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Curso Online de Trigonomagia – Aulas 04, 05 e 06

Matemático por Diversão – Prof. Davi Lopes

1. Introdução
Nas aulas anteriores, vimos como são definidos os senos, cossenos, tangentes e outras funções
trigonométricas em ângulos agudos. No entanto, existem diversas situações onde se exige
funções análogas às que vimos, mas para ângulos diferentes. Por exemplo, na geometria plana,
podemos precisar saber cossenos de ângulos obtusos para termos uma lei dos cossenos, ou até
mesmo senos de ângulos negativos, quando usamos o teorema da ceviana qualquer para
segmentos fora de um triângulo (esses e outros resultados importantes serão vistos nas próximas
aulas). Outra situação onde a generalização das funções trigonométricas se fez necessária é no
estudo de oscilações na ondulatória, onde precisamos ver a posição de uma partícula como
função contínua trigonométrica em função do tempo.

E como faremos para conciliar todos esses problemas? Será que há uma maneira simples e
prática de generalizar todas as funções trigonométricas? E que propriedades novas serão obtidas
dessa generalização? É o que veremos nesse material, então só bora!

2. A Função Ângulo
Para começarmos a entender como fazer tais extensões, precisamos primeiro expandir nosso
conceito de ângulo. Para tanto, imagine o seguinte: tome um ponto 𝑃 sobre uma circunferência
de centro 𝑂 e raio 1. Para cada número real 𝛼, seja 𝑃(𝛼) o ponto obtido através de um
“deslocamento contínuo” de 𝑃 ao longo da circunferência, com comprimento total desse
deslocamento sendo igual a |𝛼|, e tal deslocamento sendo no sentido anti-horário, se 𝛼 for
positivo (Fig. 1.1), ou no sentido horário, se 𝛼 for negativo (Fig. 1.2).

Note que, para cada ponto 𝑄 nessa circunferência, existem infinitos números reais 𝛼 tais que
𝑄 = 𝑃(𝛼) (por exemplo, se 𝑄 é o ponto diametralmente oposto a 𝑃, então 𝑄 = 𝑃(𝜋) = 𝑃(3𝜋) =
𝑃(5𝜋) = ⋯ = 𝑃(−𝜋) = 𝑃(−3𝜋) = ⋯. Note ainda que 𝑃 = 𝑃(0) = 𝑃(2𝜋) = 𝑃(4𝜋) = ⋯ =

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𝑃(−2𝜋) = 𝑃(−4𝜋) = ⋯). No entanto, tais números reais não são “tão diferentes assim”, uma
vez que 𝑄 = 𝑃(𝛼) = 𝑃(𝛼 ′ ) se, e somente e, existe um inteiro 𝑘 tal que 𝛼 − 𝛼 ′ = 2𝑘𝜋. Isso se
justifica pelo seguinte: para caminhar 𝛼, primeiro caminhamos 𝛼 ′ e depois 𝛼 − 𝛼 ′ (respeitando
os sentidos horário/anti-horário, conforme o sinal de cada um). Porém, ao caminhar 𝛼 − 𝛼′,
estamos começando no ponto 𝑄 e terminando em 𝑄, de modo que demos um número inteiro |𝑘|
de voltas (𝑘 será positivo, se as voltas forem no sentido anti-horário, e 𝑘 será negativo, se as
voltas forem no sentido horário). Como cada volta tem comprimento 2𝜋, ao considerarmos as
devidas orientações, temos que o deslocamento total representado por 𝛼 − 𝛼′ é 2𝑘𝜋.
𝛼−𝛼0
Dessa forma, para cada 𝛼 ∈ ℝ, existe um único 𝛼0 ∈ [0,2𝜋) tal que ∈ ℤ. A função
2𝜋
𝜙(𝛼): ℝ → [0,2𝜋), que associa a cada 𝛼 seu 𝛼0 correspondente (𝜙(𝛼) = 𝛼0 ), é denominada
função ângulo. Para podermos definir geometricamente um ângulo de medida 𝛼 ∈ ℝ, com
vértice 𝑂 e uma extremidade 𝐴, tomamos uma circunferência Γ de raio unitário com centro em
⃗⃗⃗⃗⃗ com Γ, e fazemos o deslocamento descrito anteriormente
𝑂, chamamos 𝑃(0) a interseção de 𝑂𝐴
no sentido anti-horário em Γ, parando no ponto 𝑃(𝛼). Então, ∠𝐴𝑂𝐵 = 𝛼, onde 𝐵 ∈ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑂𝑃(𝛼),
conforme a Fig. 2.

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Bizu Interessante: Para sabermos o equivalente em radianos de um ângulo em graus (ou vice-
versa), basta fazermos uma regra de três, associando 2𝜋 a 360°.

Bizu Interessante: A princípio, podemos nos perguntar qual a necessidade de se trabalhar com
radianos ao invés de graus, se basta uma regra de três simples para converter um no outro. A
vantagem de se trabalhar com radianos se deve ao fato de diversos resultados, sobretudo
relacionados ao Cálculo Diferencial, serem válidos apenas se expressarmos em radianos. Por
exemplo, as identidades:

sen 𝑥 𝑥 𝑥3 𝑥5 𝑥7 𝑥2 𝑥4 𝑥6
lim = 1; sen 𝑥 = − + − + ⋯ ; cos 𝑥 = 1 − + − + ⋯ ;
𝑥→0 𝑥 1! 3! 5! 7! 2! 4! 6!
São válidas apenas se 𝑥 ∈ ℝ, ou seja, 𝑥 estiver em radianos.

3. Definindo Ciclo Trigonométrico e Generalizando Funções Trigonométricas

Definimos o ciclo trigonométrico como sendo a circunferência no plano cartesiano cujo centro é
a origem (0,0) = 𝑂 e cujo raio é 1. De modo analítico, o ciclo trigonométrico é a circunferência
de equação 𝑥 2 + 𝑦 2 = 1. Para cada real 𝛼, seja 𝑃 = (𝑥𝑃 , 𝑦𝑃 ) o ponto no ciclo trigonométrico tal
⃗⃗⃗⃗⃗ e 𝑂𝑃
que o ângulo, no sentido anti-horário, formado por 𝑂𝑥 ⃗⃗⃗⃗⃗ (Veja as Fig. 3.1, 3.2 e 3.3).

Definimos o cosseno e o seno de 𝛼 como cos 𝛼 = 𝑥𝑝 e sen 𝛼 = 𝑦𝑃 , ou seja, o cosseno é a


abscissa e o seno é a ordenada do ponto 𝑃, respectivamente. A circunferência 𝑥 2 + 𝑦 2 = 1 é
chamada de Ciclo Trigonométrico. Observe que, na figura 3.1, temos a representação para
0 < 𝛼 < 𝜋/2; na figura 3.2, temos a representação para 𝜋/2 < 𝛼 < 𝜋, e na figura 3.3, temos a
representação para −𝜋/2 < 𝛼 < 0. De maneira analítica, podemos escrever 𝑃 = (cos 𝛼 , sen 𝛼).

A ideia do ciclo trigonométrico é a seguinte: Quando 0 < 𝛼 < 𝜋/2, a hipotenusa do triângulo
retângulo hachurado na Fig. 4.1 é igual a 1, de modo que, pelas definições vistas antes, os catetos
coincidem com as definições de cos 𝛼 e sen 𝛼 vistas no triângulo retângulo. Para manter a
relação sen2 𝛼 + cos2 𝛼 = 1, o ponto 𝑃 deve estar “preso” à circunferência 𝑥 2 + 𝑦 2 = 1. Assim,
com o intuito de estender de maneira contínua as funções seno e cosseno, fazemos 𝑃 “escapar”

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do primeiro para o segundo quadrante, pelo perímetro da circunferência. Dessa forma, podemos
definir o seno e o cosseno de maneira contínua para 𝜋/2 < 𝛼 < 𝜋, através das coordenadas, e
para definir para valores maiores de 𝛼, basta fazer 𝑃 “escapar” do segundo para o terceiro
quadrante, pelo perímetro da circunferência (Veja a Fig. 4.2). Continuando com essa ideia,
podemos definir senos e cossenos para qualquer número real.

Bizu Interessante: Observe que, definidos senos e cossenos através do ciclo trigonométrico, as
demais funções trigonométricas ficam definidas dependendo delas, usando as mesmas fórmulas
sen 𝛼 1
que vimos na primeira aula (tg 𝛼 = , sec 𝛼 = cos 𝛼, etc.). Porém, é importante frisar que
cos 𝛼
devemos tomar cuidado com o domínio onde a função é definida, para que a divisão por 0 não
ocorra. Por exemplo, ao definirmos a função tangente, devemos ter cos 𝛼 ≠ 0. Assim, a função
𝜋 𝜋
tangente tem como domínio ℝ − {2 + 𝑘𝜋: 𝑘 ∈ ℤ}, já que cos 𝛼 = 0 para 𝛼 = 2 + 𝑘𝜋: 𝑘 ∈ ℤ.

O círculo trigonométrico também permite dar a essas outras funções trigonométricas uma
interpretação geométrica bem bacana. Vejamos:

 Tangentes e Ciclo Trigonométrico: Considere 𝐴 = (1,0) e 𝑃 = (cos 𝛼 , sen 𝛼) um


̅̅̅̅ e a tangente ao ciclo trigonométrico
ponto qualquer no ciclo trigonométrico. A reta 𝑂𝑃
por 𝐴 se intersectam em 𝐵. Então, tg 𝛼 = 𝑦𝐵 (Veja as Fig. 5.1 e 5.2)

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 Cotangentes e Ciclo Trigonométrico: Considere 𝐴 = (0,1) e 𝑃 = (cos 𝛼 , sen 𝛼) um
ponto qualquer no ciclo trigonométrico. A reta ̅̅̅̅
𝑂𝑃 e a tangente ao ciclo trigonométrico
por 𝐴 se intersectam em 𝐵. Então, cotg 𝛼 = 𝑥𝐵 (Veja as Fig. 6.1 e 6.2).

 Secantes, Cossecantes e Ciclo Trigonométrico: Considere 𝑃 = (cos 𝛼 , sen 𝛼) um


̅̅̅̅ , com 𝐴 no eixo 𝑥 e 𝐵 no eixo 𝑦, são
ponto qualquer no ciclo trigonométrico. A reta 𝐴𝐵
tangentes ao ciclo trigonométrico em 𝑃. Então, sec 𝛼 = 𝑥𝐴 e cossec 𝛼 = 𝑦𝐵 (Fig. 7).

Para terminarmos essa análise preliminar, observe que, dependendo de qual quadrante o ponto no
ciclo trigonométrico esteja, temos os sinais das funções seno e cosseno, de acordo com a Fig. 8.
Mas para saber os valores exatos em cada quadrante, precisamos de uma maneira para convertê-
los a seus equivalentes no primeiro quadrante. É o que veremos a seguir.

4. Reduções ao Primeiro Quadrante


Os valores das funções trigonométricas para números reais quaisquer podem ser calculadas se
soubermos os valores das funções trigonométricas pra ângulos agudos. Para fazer a conversão,
precisaremos das fórmulas de reduções ao primeiro quadrante. As fórmulas a seguir valem

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também para todo 𝛼 real, embora necessitem de outras ferramentas para provar isso (veremos
tais ferramentas na próxima aula teórica).

 Reduzindo Funções Seno e Cosseno ao 1° Quadrante: A ideia aqui é refletir o ponto 𝑃, seja
pela origem, sejam pelos eixos coordenados, de modo a comparamos suas coordenadas à sua
imagem no primeiro quadrante.

1. Reduzindo Ângulos Quaisquer ao Intervalo [0,2𝜋) (Fig. 9.1):

sen(𝛼 + 2𝑘𝜋) = sen 𝛼 ; cos(𝛼 + 2𝑘𝜋) = cos 𝛼 (𝑘 ∈ ℤ)

2. Redução do 2° ao 1° Quadrante (Fig. 9.2):

sen(𝜋 − 𝛼) = sen 𝛼 , cos(𝜋 − 𝛼) = − cos 𝛼

3. Redução do 3° ao 1° Quadrante (Fig. 9.3):

sen(𝜋 + 𝛼) = − sen 𝛼 , cos(𝜋 + 𝛼) = − cos 𝛼

4. Redução do 4° ao 1° Quadrante (Fig. 9.4):

sen(2𝜋 − 𝛼) = − sen 𝛼 = sen(−𝛼) , cos(2𝜋 − 𝛼) = cos 𝛼 = cos(−𝛼)

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 Reduzindo Funções Tangente e Cotangente ao 1° Quadrante: Aqui a situação já é
mais simples: basta usar as reduções ao primeiro quadrante vistas para seno e cosseno, e
sen 𝛼 cos 𝛼
observar que tg 𝛼 = cos 𝛼 e cotg 𝛼 = sen 𝛼. O resultado é o que vem a seguir:

1. Reduzindo Ângulos Quaisquer ao Intervalo [0, 𝜋):

tg(𝛼 + 𝑘𝜋) = tg 𝛼 ; cotg(𝛼 + 𝑘𝜋) = cotg 𝛼 (𝑘 ∈ ℤ)

2. Redução do 2° ao 1° Quadrante:

tg(𝜋 − 𝛼) = − tg 𝛼 ; cotg(𝜋 − 𝛼) = −cotg 𝛼


𝜋
Bizu Interessante: Podemos ainda reduzir as funções ao intervalo [0, 4 ], através das fórmulas
𝜋 𝜋
sen 𝑥 = cos (2 − 𝑥) e cos 𝑥 = sen ( 2 − 𝑥).

5. Funções Trigonométricas: Domínio, Imagem e Gráficos

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Agora, que tal estudarmos as funções trigonométricas de uma maneira mais algébrica? No que
segue, veremos quem é o domínio, imagem, período e gráfico de cada uma dessas funções.

 Função Seno (𝒙 ↦ 𝐬𝐞𝐧 𝒙):

Domínio: ℝ; Imagem: [−1,1]; Período: 2𝜋;

Gráfico:

 Função Cosseno (𝒙 ↦ 𝐜𝐨𝐬 𝒙):

Domínio: ℝ; Imagem: [−1,1]; Período: 2𝜋;

Gráfico:

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 Função Tangente (𝒙 ↦ 𝐭𝐠 𝒙):
𝜋
Domínio: ℝ − {2 + 𝑘𝜋: 𝑘 ∈ ℤ}; Imagem: ℝ; Período: 𝜋;

Gráfico:

 Função Cotangente (𝒙 ↦ 𝐜𝐨𝐭𝐠 𝒙):

Domínio: ℝ − {𝑘𝜋: 𝑘 ∈ ℤ}; Imagem: ℝ; Período: 𝜋;

Gráfico:

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 Função Secante (𝒙 ↦ 𝐬𝐞𝐜 𝒙):
𝜋
Domínio: ℝ − {2 + 𝑘𝜋: 𝑘 ∈ ℤ}; Imagem: (−∞, −1] ∪ [1, +∞); Período: 2𝜋;

Gráfico:

 Função Cossecante (𝒙 ↦ 𝐜𝐨𝐬𝐬𝐞𝐜 𝒙):

Domínio: ℝ − {𝑘𝜋: 𝑘 ∈ ℤ}; Imagem: (−∞, −1] ∪ [1, +∞); Período: 2𝜋;

Gráfico:
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6. Exercícios Básicos
01. Determine o período e a imagem da função 𝑓: ℝ → ℝ dada por:
𝜋
(a) 𝑓(𝑥) = cotg (𝑥 − 3 )
(b) 𝑓(𝑥) = 4 sec 5𝑥
(c) 𝑓(𝑥) = 3|sen 3𝑥|
𝜋
(d) 𝑓(𝑥) = −1 + 2 cos (3𝑥 − 4 )

02. Para que valores reais de 𝑚 existe 𝑥 real satisfazendo:

(a) cotg 𝑥 = √2 − 𝑚
(b) sec 𝑥 = 3𝑚 − 2
𝑚+2
(c) cos 𝑥 = 2𝑚−1
2𝑚−1
(d) cossec 𝑥 = 1−3𝑚

03. Determine se cada uma das expressões é positiva, negativa ou zero.

(a) sen 45° + cos 45°

(b) sen 200° + cos 200°


7𝜋 𝜋
(c) sen + cos (− 4 )
4

11𝜋 𝜋
(d) sen + cos (3 )
6

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𝜋
04. Reduza as expressões a expressões equivalentes, mas com ângulos em [0, 4 ]:

(a) sen 2861°


3𝜋
(b) cos ( 7 )

20𝜋
(c) tg (− )
9

4𝜋
(d) sec ( 3 )

05: Simplifique as expressões a seguir:


𝜋
sen(−𝑥) cos( +𝑥)
2
(a)
tg(2𝜋−𝑥) cos(𝜋−𝑥)
𝜋
sen(180°−𝑥) tg(𝑥− )
2
(b) cotg(270°+𝑥) cos(270°−𝑥)
𝜋
sec(𝜋−𝑥) tg(𝑥− )
2
(c) cossec(9𝜋−𝑥) cotg(−𝑥)
3𝜋 3𝜋
(d) sen ( 2 − 𝑥) + cos(4𝜋 − 𝑥) + tg ( 2 − 𝑥)

7. Exercícios Propostos
𝜋
01. Sejam 𝑥 e 𝑦 dois números reais tais que 0 ≤ 𝑥 < 𝑦 < 2 . Assinale a afirmação falsa:

(A) 2tan 𝑥 < 2tan 𝑦 (B) cos 𝑥 < cos 𝑦 (C) sen 𝑥 < sen 𝑦

(D) cotg 𝑥 > cotg 𝑦 (E) sec 𝑥 < sec 𝑦


𝜋 𝑥
02. (ITA) A função 𝑓: [0, 4 ] → [0,1], definida por 𝑓(𝑥) = (1 + tg 𝑥 . tg (2)) . cos 𝑥, é uma
função:

(A) constante (B) sobrejetora e ímpar (C) injetora e par

(D) injetora e ímpar (E) sobrejetora e par:

03. (ITA) O número de soluções da equação (1 + sec 𝜃)(1 + cossec 𝜃) = 0, com 𝜃 ∈ [−𝜋, 𝜋],
é:

(A) 0 (B) 1 (C) 2 (D) 3 (E) 4

04. O período da função 𝑓 definida por 𝑓(𝑥) = sen4 𝑥 é:


𝜋 𝜋 4
(A) 2 (B) 4 (C) 𝜋 (D) 2𝜋 (E) √2𝜋

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1 cotg 𝑥−1
05. (ITA) Se cos 2𝑥 = 2, então um possível valor de cossec(𝑥−𝜋)−sec(𝜋−𝑥) é:

√3
(A) (B) 1 (C) √2 (D) √3 (E) 2
2

06. (ITA) A soma ∑𝑛𝑘=0 cos(𝛼 + 𝑘𝜋), para todo 𝛼 ∈ [0,2𝜋], vale:

(A) − cos 𝛼, quando 𝑛 é par

(B) − sen 𝛼, quando 𝑛 é ímpar

(C) cos 𝛼, quando 𝑛 é ímpar

(D) sen 𝛼, quando 𝑛 é par

(E) zero, quando 𝑛 é ímpar

07. A expressão:

cos(90° + 𝑥) + cos(180° − 𝑥) + cos(360° − 𝑥) + 3 cos(90° − 𝑥)


sen(270° + 𝑥) − sen(90° + 𝑥) − cos(90° − 𝑥) + sen(360° + 𝑥)

É igual a:

(A) −1 (B) 1 (C) cotg 𝑥 (D) − tg 𝑥 (E) n.d.a

08. (ITA) Sejam 𝛼, 𝛽 números reais tais que 𝛼, 𝛽, 𝛼 + 𝛽 ∈ ]0,2𝜋[, e satisfazendo as equações:

𝛼 4 𝛼 1 𝛽 4 𝛽 3
cos 2 = cos4 + 𝑒 cos2 = cos 4 +
2 5 2 5 3 7 3 7
Então, o menor valor de cos(𝛼 + 𝛽) é igual a:

√3 √2 1
(A) −1 (B) − (C) − (D) − 2 (E) 0
2 2

09. A função 𝐹(𝑥) = sen 𝑥 . log 1 𝑥 é:


2

(A) sempre negativa, para 0 < 𝑥 < 𝜋

(B) sempre positiva, para 0 < 𝑥 < 𝜋

(C) positiva para 0 < 𝑥 < 1 e negativa para 1 < 𝑥 < 𝜋

(D) negativa para 0 < 𝑥 < 1 e positiva para 1 < 𝑥 < 𝜋


𝜋 𝜋
(E) positiva para 0 < 𝑥 < e negativa para 2 < 𝑥 < 𝜋
2

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10. (ITA) Seja 𝑎 um número real e 𝑛 o número de todas as soluções reais e distintas 𝑥 ∈ [0,2𝜋]
da equação cos 8 𝑥 − sen8 𝑥 + 4 sen6 𝑥 = 𝑎. Das afirmações:

I, Se 𝑎 = 0, então 𝑛 = 0;
1
II. Se 𝑎 = 2, então 𝑛 = 8;

III. Se 𝑎 = 1, então 𝑛 = 7;

IV. Se 𝑎 = 3, então 𝑛 = 2,

É (são) verdadeira(s):

(A) Apenas I (B) Apenas II (C) Apenas I e II

(D) Apenas i, II e IV (E) Todas

11. Considere as seguintes afirmações:

1+√5
I. cos 324° = 4

sen(2𝜋−𝑥) cos(𝜋−𝑥) 𝑘𝜋
II. 𝜋 3𝜋 = − sen 𝑥 cos 𝑥, para todo 𝑥 ≠ , 𝑘 ∈ ℤ.
tan( +𝑥) cotg( −𝑥) 2
2 2

𝑘𝜋
III. √tg 2 𝑥 + 1 = sec 𝑥, para todo 𝑥 ≠ , 𝑘 ∈ ℤ.
2

É (são) verdadeira(s):

(A) Apenas I (B) Apenas II (C) Apenas I e II

(D) Apenas I e III (E) Todas


𝜋
12. Seja 𝑓: ℝ → ℝ definida por 𝑓(𝑥) = 199 sen [5 (𝑥 + 6 )] e seja 𝐵 o conjunto dado por
𝐵 = {𝑥 ∈ ℝ: 𝑓(𝑥) = 0}. Se 𝑚 é o maior elemento de 𝐵 ∩ (−∞, 0) e 𝑛 e o menor elemento de
𝐵 ∩ (0, +∞), então 𝑚 + 𝑛 é igual a:

(A) 2𝜋/15 (B) 𝜋/15 (C) −𝜋/30 (D) −𝜋/15 (E) −2𝜋/15

13. (ITA) Seja 𝑓: ℝ → 𝒫(ℝ) dada por: 𝑓(𝑥) = {𝑦 ∈ ℝ: sen 𝑦 < 𝑥}. Se 𝐴 é tal que 𝑓(𝑥) = ℝ,
podemos afirmar que um possível valor de 𝐴 é:

(A) 𝐴 = [−1,1] (B) 𝐴 = [𝑎, +∞), ∀𝑎 > 1 (C) 𝐴 = [𝑎, +∞), ∀𝑎 ≥ 1

(D) 𝐴 = [−∞, 𝑎], ∀𝑎 < −1 (E) 𝐴 = [−∞, 𝑎], ∀𝑎 ≤ −1

14. (ITA) Determine o conjunto de todos os valores de 𝑥 ∈ [0,2𝜋] que satisfazem as inequações:

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2 sen2 𝑥 + sen 𝑥 − 1
<0
{ cos 𝑥 − 1
tg 𝑥 + √3 < (1 + √3 cotg 𝑥) cotg 𝑥
𝜋 𝜋
15. (ITA) Determine todos os valores 𝛼 ∈ ] − 2 , 2 [ tais que a equação (em 𝑥):

4
𝑥 4 − 2√3𝑥 2 + tg 𝛼 = 0

Admita apenas raízes reais simples.

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8. Gabaritos
Gabarito – Exercícios Básicos
01 02 03 04 05
- - - - -
01: (a) Período: 𝜋; Imagem: ℝ

(b) Período: 2𝜋/5; Imagem: (−∞, −5] ∪ [5, +∞)

(c) Período: 𝜋/3; Imagem: [0,3]

(d) Período: 2𝜋/3; Imagem: [−3,1]

02: (a) 𝑚 ≤ 2
1
(b) 𝑚 ≥ 1 ou 𝑚 ≤ 3

1
(c) 𝑚 ≤ − 3 ou 𝑚 ≥ 3

2
(d) 0 ≤ 𝑚 ≤ 5

03: (a) Positivo; (b) Negativo (c) Zero (d) Zero


19𝜋 𝜋 2𝜋 𝜋
04: (a) − sen (180 ) (b) sen (14) (c) − tg ( 9 ) (d) − cossec ( 6 )

05: (a) sen 𝑥 (b) − cotg 2 𝑥 (c) − tg 𝑥 (d) cotg 𝑥

Gabarito – Exercícios Propostos


01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B A A C A E D B C E
11 12 13 14 15
C E B - -
𝜋 𝜋 𝜋 2𝜋 3𝜋 5𝜋
14: {𝑥 ∈ ℝ: 𝑥 ∈ ( 6 , 4 ) ∪ ( 2 , )∪(4 , )}
3 6

15: 0 < 𝛼 < 𝜋/3

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