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Biografia de Manuel Bandeira

Manuel Bandeira (1886-1968) foi um dos escritores mais importantes da primeira fase do
Modernismo e um dos lugares mais altos da poesia nacional. É considerado um clássico da literatura
brasileira do século XX.

O poema "Irei a Pasárgada" é um de seus poemas mais famosos. Foi também professor de literatura,
crítico literário e crítico de arte. Já ocupou a cadeira n.º 24 da Academia Brasileira de Letras.

Infância e Juventude

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho, conhecido como Manuel Bandeira, nasceu na cidade de
Recife, Pernambuco, em 19 de abril de 1886. Filho do engenheiro Manuel Carneiro de Souza
Bandeira e Francelina Ribeiro, família de proprietários rurais, advogados e políticos.

Seu avô materno, Antônio José da Costa Ribeiro, foi citado no poema "Evocação do Recife". A casa
onde morava, localizada na Rua da União, no centro do Recife, é citada como "a casa do meu avô".

Manuel Bandeira iniciou seus estudos em Recife e em 1896, aos 10 anos, mudou-se com a família
para o Rio de Janeiro, concluindo o ensino médio no Colégio Pedro II. Em 1903 ingressou no curso de
Arquitetura da Escola Politécnica de São Paulo, mas interrompeu os estudos para tratar da
tuberculose.

Dez anos depois, ainda doente, foi para a Suíça em busca da cura, onde permanenau durante um
ano, de 1913 a 1914, eliminando definitivamente um déjà. Nesse período, conviveu com o poeta
francês, internado na mesma clínica, Paul Éluard, sem a menor esperanza de soviver, conforme
confessou posteriormente no poema Pneumotórax, do livro Libertinagem.

De volta ao Brasil,, tornou-se inspetor de ensino e, depois, professor de Literatura


na Universidade do Brasil
.
Manuel Bandeira e o Modernismo
Em 1921, Manuel Bandeira conheceu Mário de Andrade e, através dele, colaborou
com a revista contemporânea Klaxon, com o poema Bonheur Lyrique. Morando no
Rio de Janeiro, seu envolvimento com o Movimento Modernista sempre foi distante.
Para a Semana de Arte Moderna de 1922, enviou o poema Os Sapos, que lido por
Ronald de Carvalho, tumultuou o Teatro Municipal, com vaias e gritos.

Manuel Bandeira, continuando a participar na sua síntese de novas técnicas, deu-se um outro
caminho à sua maneira, como vê nas técnicas modernas o seu outro caminho.

Em 1924, publicou "Ritmo Dissoluto", obra temporária. A partir de 1925, escreve biografias nas quais
critica o cinema e a música.
Em 1930 Bandeira publicou "Libertinagem, uma obra de plena maturidade modernista", com todas
as suas variações (verso livre, linguagem coloquial, irreverência, liberdade criativa etc.), e a
ampliação do hino nacional com sua capacidade de expressar a poesia com clareza. coisas da vida
cotidiana.

Os temas mais comuns na obra de Bandeira são: paixão pela vida, morte, amor e sensualidade,
solidão, tristeza existencial, cotidiano e infância.

Academia Brasileira de Letras

Foi como poeta que Manuel Bandeira conquistou seu lugar de destaque na literatura brasileira, mas
também se dedicou à prosa, à história, às memórias. Em 1938, Manuel Bandeira foi nomeado
professor de literatura do Colégio Pedro II.

Em 1940, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira número 24. Em 1943,
foi nomeado professor de Literatura Hispano-Americana da Faculdade Nacional de Filosofia.

Manuel Bandeira faleceu no Rio de Janeiro, em 13 de outubro de 1968. Seus poemas haviam sido
coletados, pouco antes, em Estrela da Vida Inteira (1966).

Manuel Bandeira é homenageado no Recife com uma estátua na Rua da Aurora às margens do Rio
Capibaribe e a casa onde morava, prédio tombado, hoje em funcionamento "Espace Pasárgada" é
hoje um centro cultural onde realiza diversos trabalhos voltados para a dele. livros, como
lançamentos de livros, leituras de poesias, visitas guiadas a escolas, além da divulgação do cineclube
Cine Pasárgada.

Obras de Manuel Bandeira


• A Cinza das Horas, poesia, 1917
• Carnaval, poesia, 1919
• O Ritmo Dissoluto, poesia, 1924
• Libertinagem, poesias reunidas, 1930
• Estrela da Manhã, poesia, 1936
• Crônicas da Província do Brasil, prosa, 1937
• Guia de Ouro Preto, prosa, 1938
• Noções de História das Literaturas, prosa, 1940
• Lira dos Cinquenta Anos, poesia, 1940
• Belo, Belo, poesia, 1948
• Mafuá do Malungo, poesia, 1948
• Literatura Hispano-Americana, prosa, 1949
• Gonçalves Dias, prosa, 1952
• Opus 10, poesia, 1952
• Intinerário de Pasárgada, prosa,1954
• De Poetas e de Poesias, prosa, 1954
• Flauta de Papel, prosa, 1957
• Estrela da Tarde, poesia, 1963
• Andorinha, Andorinha, prosa, 1966 (textos reunidos por Drummond)
• Estrela da Vida Inteira, poesias reunidas, 1966
• Colóquio Unilateralmente Sentimental, prosa, 1968

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