outubro de 1893 — São Paulo, 25 de fevereiro de 1945) foi um poeta, romancista, crítico de arte, musicólogo da época do movimento modernista no Brasil e produziu um grande impacto na renovação literária e artística do país, participando ativamente da Semana de Arte Moderna de 22, além de se envolver (de 1934 a 37) com a cultura nacional trabalhando como diretor do Departamento Municipal de Cultura de São Paulo. Primeiros anos
• Em sua infância foi considerado um prodígio pianista. Ao
mesmo tempo, estudou história, arte e especialmente poesia. Dominava a língua francesa: durante sua infância leu Rimbaud e os principais poetas simbolistas escrevesse poesia desde a francês. Embora Jovem, (seu primeiro poema é datado de 1904), sua primeira vocação foi musical, em 1911 foi matriculado no Conservatório de São Paulo. Em 1917, quando completou seus estudos piano, publicou seu primeiro livro de poemas, Há uma Gota de Sangue em Cada Poema, com o pseudônimo Mario Sobral. O livro já contém inícios da crescente sensibilidade em direção ao autor as características distintivas da identidade brasileira, mas, como a maior parte da poesia brasileira produzida na época, não se destacava pela originalidade: é evidente a sua influência da escola européia, sobretudo francesa. Trabalho
• Ao mesmo tempo que Andrade efetuava seu trabalho como
pesquisador do folclore brasileiro, fez amizade com um grupo de jovens artistas e escritores de São Paulo que, como ele, estavam interessados no modernismo europeu. Alguns deles mais tarde integrariam o chamado Grupo dos Cinco: ele próprio, Andrade, o poeta Oswald de Andrade (sem relação de parentesco com Mário de Andrade, apesar da coincidência de nomes) e Menotti del Picchia, além das pintoras Tarsila do Amaral e Anita Malfatti. Malfatti Malfatti havia visitado a Europa nos anos anteriores a Primeira Guerra Mundial, e foi a introdutora do expressionismo no Brasil. Missão de pesquisas folclóricas
• Em 1935, durante uma era de instabilidade do governo
Vargas, organizou, juntamente com o escritor e arqueólogo Paulo Duarte, um Departamento de Cultura para a unificação da cidade de São Paulo (Departamento de Cultura e Recreação da Prefeitura Municipal de São Paulo), onde Andrade se tornou diretor. Paulicéia Desvairada – Mário de Andrade • A Obra não tem um roteiro, um enredo. É um livro de poesia. A temática, a musa das poesias, é a cidade de São Paulo, e tudo o que é inerente a cidade. • A linguagem é simples, algo irreverente e coloquial, tendo até mesmo erros proposital de ortografia e gramática. Revolucionou a linguagem poética brasileira, pregando o verso livre. • O livro foi publicado em 1922, mesmo ano da Semana da Arte Moderna. Trata-se do primeiro livro de poemas modernista. • Na obra todos os procedimentos poéticos e arrojados eram expostos e reunidos pela primeira vez, em uma poesia urbana, sintética, fragmentária e anti - romântica, que retratava uma São Paulo concreta, cosmopolita e egoísta com a população heterogênea e a burguesia cínica. • Paulicéia desvairada pode ser lida como um inventário das vivências, percepções e sensações desencadeadas pela modernização de São Paulo, com a qual Mário de Andrade terá uma relação ambígua ao longo de sua obra. A cidade ora é tumba de homens massacrados pelas "monções da ambição", de bandeirantes ou de capitalistas. Legado
• Andrade morreu em sua residência em São Paulo devido a
um enfarte do miocárdio, em 25 de fevereiro de 1945, quando tinha 51 anos. Dadas as suas divergências com o regime, não houve qualquer reação oficial significativa antes de sua morte. Dez anos mais tarde, porém, quando foram publicados em 1955, Poesias completas, quando já havia falecido Vargas, começou a consagração de Andrade como um dos principais valores culturais no Brasil. Em 1960 foi dado o seu nome à Biblioteca Municipal de São Paulo.