Anexo I - Ementa do Programa FIA/RJ Edital 02/2022

ANEXO I

EMENTA DO PROGRAMA DE ATENÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE EM

SITUAÇÃO DE RISCO

MODALIDADE: PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DE MÉDIA COMPLEXIDADE

1. PROGRAMA DE ATENÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE EM

SITUAÇÃO DE RISCO - APRESENTAÇÃO

O objetivo deste Programa é promover a convivência familiar e comunitária de

crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e risco social e pessoal,
oferecendo atendimento de forma continuada e planejada, com foco no resgate da
autoestima, da dignidade e do pleno exercício da cidadania, em consonância com a
legislação pertinente, na modalidade Convivência Dia, em consonância com o
previsto na Resolução CNAS n.º 109, de 11.11.2009 – Tipificação Nacional de
Serviços Socioassistenciais, fazendo, pois parte das atividades finalísticas desta
Fundação.

Os Proponentes que concorrem neste Programa deverão, obrigatoriamente:

a) Organizar relatório individualizado, com registro de cada profissional envolvido;

b) Acompanhar o rendimento escolar e a frequência à entidade de ensino do

assistido;
c) Realizar reuniões periódicas com os familiares ou responsáveis e com a equipe
técnica, registrando a participação por meio de lista de presença;
d) Relatórios trimestrais avaliativos do atendimento de cada assistido.
e) Atendimento especializado compreende as atividades em habilitação,
reabilitação, acompanhamento das atividades escolares, sociais e
complementares como de esporte, lazer e outras, sob a responsabilidade
direta e indireta (quando fornecidas pela rede intersetorial) do proponente,
através da modalidade de Convivência Dia.

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f) Fornecer lanche contendo no mínimo um sanduíche ou biscoito e uma bebida

(refresco ou suco) para as crianças e/ou adolescentes durante o turno em que
estiverem no programa;

1.1. FUNCIONAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

Os serviços serão ofertados na modalidade Convivência Dia, com atendimento

especializado a crianças e adolescentes em situação de risco, em período
contraturno, com atividades diárias de segunda a sexta-feira, em dois turnos (manhã
e tarde), carga horária mínima de quatro horas, inclusive durante o recesso e as férias
escolares, com a promoção de atividades individuais e em grupo, por meio da atuação
de equipe multiprofissional, composta por profissionais de apoio técnico e
administrativo, para fortalecer e assegurar a convivência familiar, comunitária e
prevenção do risco social.
As tarefas realizadas na convivência dia são atividades físicas, educativas,
recreativas, culturais, esportivas e de lazer, promoção da saúde e prevenção de
doenças, além de ações de inclusão e ampliação das redes sociais desenvolvendo a
autoestima, a promoção, a estimulação e a organização na participação nas
atividades para uma melhor integração das crianças e dos adolescentes na
sociedade, e fortalecimento de vínculos afetivos da família.

1.2. PÚBLICO ALVO

Crianças e adolescentes de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos e 11 (onze) meses,

em comprovada situação de vulnerabilidade e risco social e pessoal, sob medida de
proteção (art. 98 do ECA e art. 227, II da Constituição Federal), que estejam em
situação de vulnerabilidade social.

1.3. RECURSOS HUMANOS

O Proponente deverá prever em sua Proposta de Projeto (Anexo II do

Edital) a equipe mínima de profissionais, considerando o quantitativo de até 50
(cinquenta) crianças e adolescentes em situação de risco, a saber:

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CARGA
PROFISSIONAL QUANTIDADE HORÁRIA
Coordenador Técnico (a) 1 40h
Assistente Social 1 30h
Psicólogo (a) 1 30h
Oficineiros 2 40h
Educador Social 2 40h

O quadro de recursos humanos da PROPONENTE poderá ser acrescido de

outros profissionais se a demanda se fizer necessária.
A exigência na composição dos recursos humanos, constante deste Edital,
poderá ser gradativamente adequada, conforme legislação pertinente.
Deverá ser providenciada a reposição imediata de profissional da equipe em
caso de férias, licença e outros.

1.4 EXIGÊNCIAS MÍNIMAS

Os Proponentes que concorrem neste Programa deverão obrigatoriamente

oferecer:

a) Ambiente Físico

O local destinado à prestação de serviço deverá contar com ambiente salubre, as

salas de atividades devem ser amplas, limpas, bem arejadas com boa ventilação e
iluminação, área externa em bom estado de conservação para realização de
atividades recreativas; banheiros específicos para crianças/adolescentes respeitando
as diversidades de gênero.

b) Recursos Materiais, Socioeducativos e Alimentação.

Deverá ser ofertado todo material permanente e de consumo necessário para

funcionamento. (Limpeza e higiene, pedagógico, escritório e brinquedos).

Disponibilizar diariamente lanche saudável, armazenado em local adequado,

devidamente recomendado por nutricionista considerando a condição de
desenvolvimento de cada criança e adolescente.

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2. PROGRAMA DE TRABALHO PROTEGIDO NA ADOLESCÊNCIA - PTPA

O Programa objetiva proporcionar a adolescentes uma complementação de

sua educação formal, com uma formação inicial voltada para a sua futura inserção
produtiva inclusiva.

2.1. PÚBLICO-ALVO

Adolescentes de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e 11 (onze) meses

considerando um ou mais itens abaixo:

● Estar em situação de pobreza e/ou privação (ausência de renda, precária

condição de moradia e dificuldades de acesso aos serviços públicos);

● Ter sido submetido ao trabalho infantil;

● Estar em cumprimento de medidas socioeducativas;

● Estar em situação de rua e/ou abandono familiar;

● Estar em situação de refúgio;

● Estar em situação de violência, exploração, maus tratos físicos e/ou

psíquicos e abuso sexual;

● Apresentar dificuldade de aprendizagem, defasagem série/idade, evasão

escolar;

● Apresentar algum tipo de deficiência, sendo submetidos (as) à Entrevista

Diagnóstica para a avaliação com vistas ao disposto na lei 13.146/15, podendo essa
entrevista ocorrer por meio eletrônico;

● Estar em tratamento psicológico em decorrência do preconceito de raça, cor,

etnia, lugar de moradia ou orientação sexual;

● Pertencer à família monoparental, onde a mulher é chefe de família;

● Pertencer à família cadastrada em Programas de transferência de renda,

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● Estar matriculados e frequentando efetivamente o Ensino Fundamental 2 ou

Médio;

2.2. EXIGÊNCIAS MÍNIMAS

Os Proponentes que concorrem neste Programa deverão obrigatoriamente

oferecer:

a) experiência acumulada em cursos para adolescentes similares ao do

Programa PTPA aqui descrito;

b) curso com duração de 320 h, de segunda a sexta-feira, em dois turnos

(manhã e tarde), com 4 horas diárias em cada turno, com turmas de 30 alunos por
turno, com o seguinte conteúdo programático a ser distribuído em:

● Aulas de cidadania - 50h

● Aulas de empreendedorismo - 25h

● Complementação pedagógica em português e matemática - 85h

● Noções de informática - 90h

● Iniciação profissional específica - 70h

c) instalações e equipamentos adequados para as aulas do curso;

d) material necessário para execução dos cursos;

e) lanche contendo no mínimo um sanduíche ou biscoito e uma bebida

(refresco ou suco);

f) cadastro dos alunos e seu desempenho durante o curso, através de

formulário próprio;

g) acompanhamento da frequência escolar e do desempenho no estágio dos

adolescentes, com encaminhamento trimestral para a FIA/RJ dos relatórios gerados;

h) mapeamento das famílias dos alunos e seu acompanhamento;

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i) encaminhamento para estágio laborativo de, no mínimo, 30% (trinta por

cento) dos alunos formados.

2.3. RECURSOS HUMANOS

A equipe mínima de profissionais para duas turmas de 30 adolescentes será

composta por:

CARGA
PROFISSIONAL QUANTIDADE HORÁRIA
Coordenador Técnico (a) 1 40h
Assistente Social 1 30h
Psicólogo (a) 1 30h
Pedagogo (a) 1 30h
Professores (as) 02 20h
Instrutor (a) 01 20h

O quadro de recursos humanos da PROPONENTE poderá ser acrescido de

outros profissionais se a demanda se fizer necessária.
A exigência na composição dos recursos humanos, constante deste Edital,
poderá ser gradativamente adequada, conforme legislação pertinente.
Deverá ser providenciada a reposição imediata de profissional da equipe em
caso de férias, licença e outros.

3. FORMAS DE ACESSO

A atuação nos Programas ocorrerá no atendimento de crianças e adolescentes

em situação de risco, encaminhadas pelos órgãos do Sistema de Garantia de Direitos,
a saber:

• Determinação do Poder Judiciário.

• Conselhos Tutelares.
• CRAS (Centro de Referência da Assistência Social).
• CREAS (Centro de Referência Especializado da Assistência Social).
• Demanda espontânea (solicitar um encaminhamento oficial).
• Encaminhamentos realizados pela FIA.

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4. ABRANGÊNCIA TERRITORIAL

A execução do Programa dar-se-á em todo o Estado do Rio de Janeiro,

devendo ser estabelecido pela entidade PROPONENTE, no Anexo II (Roteiro para
apresentação de Projeto) deste Edital, a região específica de realização dos
atendimentos, desde que atendam minimamente aos seguintes requisitos:

a) Os atendimentos serão prestados na sede social do Proponente;

b) O imóvel poderá ser de propriedade do Proponente, locado ou em regime de
comodato;
c) Não se confunde local dos atendimentos prestados com a sede administrativa
da organização da sociedade civil, que poderá ter o mesmo endereço;
d) A mesma organização da sociedade civil pode ter um ou mais locais para os
atendimentos prestados, desde que atendam minimamente os requisitos
exigidos neste Edital.

5. IMPACTO SOCIAL ESPERADO

Ao ofertar o Serviço de Proteção Social Especial de Média Complexidade espera-

se obter como resultado a diminuição das situações de vulnerabilidade e risco social
por violação de direitos contribuindo assim para a construção da autonomia e
ampliação da participação social dos assistidos, considerando o apoio prestado pelo
serviço oferecido. Deste modo, espera-se contribuir efetivamente para:

• Garantia da proteção a crianças e adolescentes;

• Redução das violações dos direitos de crianças e adolescentes, seus
agravamentos ou reincidência;
• Redução do número de crianças e adolescentes em situações de rua e
abandono;
• Redução das diversas formas de discriminação;
• Inclusão de crianças, adolescentes e suas respectivas famílias em serviços
socioassistenciais, com maior acesso a oportunidades e consequente
afirmação do conhecimento acerca dos seus direitos constituídos;

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• Fortalecimento da autonomia e ampliação da participação social dos

assistidos;
• Fortalecimento de vínculos familiares e comunitários;
• Facilitação na integração dos assistidos ao processo escolar, de saúde,
esporte, lazer e cultura e, quando possível, incentivo à capacitação para o
exercício de atividade laborativa;
• Fortalecimento da autoestima e das competências da família, de modo a
estimular sua resiliência, ou seja, o aprendizado a partir das experiências e a
possibilidade de superação dos desafios.

7. ACOMPANHAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS/

AÇÕES OFERTADOS

Para o acompanhamento, monitoramento e avaliação dos serviços e ações

propostos no Anexo II (Roteiro para Apresentação de Proposta de Projeto) do Edital,
a FIA contará com a Comissão de Monitoramento e Avaliação.
Todo o acompanhamento da fiel execução do objeto da parceria ocorrerá de
forma sistemática e contínua, inclusive, com visitas ao local de execução onde os
atendimentos serão prestados, sendo estes submetidos ao pronunciamento técnico
do Gerente Executivo/Gestor da parceria e à homologação pela Comissão de
Monitoramento e Avaliação.
A Comissão de Monitoramento e Avaliação é um órgão colegiado, com
designação de servidores da FIA, constituído por ato próprio publicado em meio oficial
de comunicação, e que terá como objetivo monitorar e avaliar a parceria celebrada
com a entidade proponente.

A forma de monitoramento e avaliação ocorrerá através da execução das

atividades da Comissão de Monitoramento e Avaliação, bem como por meio do
Sistema de Convênios do Estado do Rio de Janeiro – CONVERJ, desde a habilitação
da Entidade Colaboradora até o encerramento da prestação de contas final.

O Gerente Executivo/Gestor da parceria é um servidor da FIA designado com

atribuição específica de fiscalizar e gerenciar a fase de execução, responsabilizando-

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se pelas ações para que a execução física e financeira da parceria ocorra conforme
metas, prazos e recursos previstos no plano de trabalho aprovado pelo concedente.

Para a implementação do Monitoramento e Avaliação do Objeto da Parceria, a

FIA/RJ poderá valer-se do apoio técnico de terceiros, delegar competência ou firmar
parcerias com órgãos ou entidades que se situem próximos ao local de aplicação dos
recursos (art. 58, § 3º, da Lei n. 13.019/2014).