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PETROLINA-PE
2021
RAPHAELLA GONÇALVES TEIXEIRA, RU 3306288, TURMA 2020/02
Relatório de ESTÁGIO
SUPERVISIONADO HÍBRIDO da
disciplina de Estágio Supervisionado em
Educação Infantil apresentado ao curso de
Licenciatura em Pedagogia – Segunda
Licenciatura, do Centro Universitário
Internacional UNINTER.
PETROLINA-PE
2021
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 3
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 47
REFERÊNCIAS....................................................................................... 48
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1 INTRODUÇÃO
O tema das políticas públicas para a primeira infância foi escolhido tendo em
vista sua fundamental importância para refletir a atuação dos profissionais e a
concretização do acesso das crianças aos seus direitos fundamentais. A educação
infantil é umas das políticas públicas de maior importância para a garantia do
desenvolvimento humano pleno na infância, sendo as experiências vivenciadas
nesta etapa da vida marcantes e condicionantes das futuras experiências de
aprendizado. As políticas públicas para a infância, por sua vez, são construídas
social, cultural e historicamente e são estruturadas a partir da concepção que se tem
sobre as crianças e a infância.
2 O PROJETO DE EXTENSÃO
uma visão fracionada de criança. Em vez de se ver a pessoa inteira, vê-se apenas
uma fração dela” (LAFFITE, et al., 2018, p. 12).
Nesse contexto, a intersetorialidade como estratégia busca dar relevância às
interdependências e da convergência dos setores, órgãos e ações.
[...] a atenção à criança pode ser muito mais profunda e qualificada
porque conta com as especializações profissionais e setoriais, e ser
mais eficiente e eficaz porque os setores e os especialistas das
diferentes áreas (re)começam a dialogar, a articular as ações com
vistas a um atendimento integral e integrado. A intersetorialidade
propõe uma nova maneira de abordar os problemas: partir da visão
holística da criança (pessoa, cidadã, sujeito de direitos), em vez de
objeto de várias áreas de intervenção; valorizar o conhecimento
especializado e a especialização profissional; e articulá-los num
projeto conjunto, num plano integrado de atenção integral. (LAFFITE,
et al., 2018, p. 14-15)
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Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Ab2ZFnqu4dg Acesso em: fevereiro de 2021.
E em 13min.45s – 23min.40s do vídeo https://www.youtube.com/watch?v=1ouQ5A6-TM8
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Sinopse: Colégio Móbile - A HIstória da Infância - por Júlia Takeuti - Orientação: Denise Mendes - 3B, 2014. A infância é a
fase da vida da qual boa parte das pessoas deseja retornar. As boas lembranças e bons sentimentos que normalmente temos
dessa fase nos fazem pensar por que desejavamos crescer rápido quando crianças. Mas a infância, considerada hoje essencial,
nem sempre existiu. Como será que ela se desenvolve ao ponto de chegar em sua condição atual?
Conteúdos Explícitos4: Infância como Conteúdos Implícitos5: teoria do conhecimento
construção social; Lugar privilegiado da pedagógico, pedagogia como ciência, teorias da
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Informações de produção:são informações como locações, custos de produção, adaptações de livros, entre outras e que
possibilitam ao professor contextualizar o uso da obra. Essas informações também podem estabelecer ações interdisciplinares
com outras áreas;
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Observações:
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Conteúdos explícitos: são aqueles conteúdos que a narrativa apresenta de forma clara e direta, ou seja, que o aluno
identifica sem dificuldades. Podem representar um desdobramento do Assunto;
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Conteúdos implícitos: são aqueles que de alguma forma podem ser subentendidos na narrativa. Não ocupam uma cena
principal, porém fazem parte, implicitamente, da história. Podem surgir em diálogos, ações, figurinos, cenários, músicas ou
outras formas.
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Interdisciplinaridade com outras áreas: relaciona as áreas que podem estabelecer diálogos com a área principal. A
interdisciplinaridade ocorre ou, pode ser proposta, a partir da área de formação do professor que propõe a utilização do
documentário.
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A partir daí, foi realizada uma breve apresentação da autora 7 do livro que é a
principal referência da aula, e o conteúdo do livro foi apresentado e discutido a partir
dos pontos que serão abordados no tópico 2.4.1 (práxis). O vídeo segue ainda com
indicação do livro “Etnografia da Prática escolar”, de Marli Elisa Dalmazo Afonso de
André, que aborda a contribuição dos estudos do tipo etnográfico voltados ao
cotidiano escolar oferecem para repensar e reconstruir o saber didático. O livro traz
os princípios da pesquisa e questões éticas que possibilitam aos pedagogos em
formação colocarem em prática o olhar antropológico em sala de aula e no
desenvolvimento de pesquisas, observando as crianças e ouvindo o que elas têm a
dizer sobre o mundo, e tomando a criança como um sujeito “capaz de refletir, de ter
suas próprias posições e ações” (DAYRELL, 2007, p. 161).
Como é possível perceber na descrição de um dos 4 materiais que são produtos
do curso de extensão desenvolvido na disciplina de estágio supervisionado em
Educação Infantil, o processo de produção conceitual é extenso e muito profícuo
para a formação profissional do graduando e envolve pesquisas em bases de dados,
produção conceitual, a produção material e a atuação gravada em vídeo que fica
como colaboração e democratização do conhecimento para a comunidade em geral.
2.4.1 Práxis
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AULA 1: A Criança e a Infância na perspectiva da Antropologia da Criança. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=1ouQ5A6-TM8
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AULA 2: Marco Legal da Primeira Infância – Avanços e Desafios. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=H6mUDPylvkQ
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AULA 3 - BNCC Educação Infantil. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9M03pSkVuRE
11
AULA 4: Entrevista com o Psicólogo Herberth Mascarenhas - Primeira Infância e Intersetorialidade. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Y5Jq-9pb_D8
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Há então uma concepção de criança sem papel ativo, mas como receptáculo de
papeis funcionais que desempenham ao longo do processo de socialização nos
momentos apropriados. É a partir de 1960 que surge uma nova antropologia da
criança, na qual o conceito de cultura, de sociedade, de agência, ou de ação social
deixa de ser considerada como algo empiricamente observável: costumes, crenças,
valores, que “não é mensurável ou detectável em um lugar apenas - é o que faz com
que as pessoas possam viver em sociedade compartilhando sentidos” (COHN, 2005,
p. 19). Ou seja, a cultura é tomada como um sistema simbólico acionado pelos
atores sociais a cada momento para dar sentido a suas experiências (COHN, 2005).
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É a partir dessa nova concepção de cultura que passa a ser possível entender o
lugar das crianças nos novos estudos compreendendo o contexto cultural como
sendo um sistema simbólico que está em constante transformação e mudança.
Sendo assim, a cultura e a sociedade não são mais uma totalidade apenas a ser
reproduzida, mas um conjunto estruturado em constante produção de relações e
interações. O que muda a perspectiva também sobre a criança, uma vez que, em
vez de receptáculos de papéis e funções sociais, os indivíduos passam a ser vistos
como atores sociais (COHN, 2005)
É a partir daí que as crianças são consideradas como seres sociais plenos
com legitimidade de sujeitos nos estudos que são feitos sobre elas nas mais
diversas áreas do conhecimento. Desse modo as crianças passam a ser
consideradas em três aspectos: como ator social, como produtora de cultura e na
definição da condição social da criança. É nesse sentido também que a autora
elucida que fala numa antropologia da criança e não da infância, pois a infância é
modo de pensar a criança construído social e historicamente e varia de cultura para
cultura.
ativamente com os adultos e as outras crianças, com o mundo, sendo parte das
relações e dos papéis sociais que assume” (COHN, 2005, p. 28).
Cohn (2005) salienta ainda que a autonomia das crianças é relativa, com
relações possíveis e outras não. Contudo, a autora explica que “de acordo com a
margem de manobra que lhes é dada culturalmente, as crianças [...] constroem
grande parte das relações sociais” (COHN, 2005, p. 28).
Para tanto, é preciso que seja mudada a “ótica dos adultos sobre as crianças,
se as enxergarmos como sujeitos de direitos, tanto quanto os adultos, direitos que
são próprios das crianças, ou seja, diferentes dos adultos (ALMEIDA, 2016, p. 134).
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Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=S6kpdu-j-FI Acesso em maio de 2021.
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Desse modo, para fundamentar a discussão dessa aula doi utilizado como
referencial o material “BNCC na prática: tudo que você precisa saber sobre a
educação infantil” (Nova Escola, 2018). Também foram trazidos vídeos com falas e
experiências de especialistas que têm relação com cada direito de aprender.
Além da listagem você irá colocar os dados de repercussão nas mídias sociais:
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
área para dialogarem sobre as temáticas. Desse modo, foi possível também obter
um aprendizado fundado em experiências práticas que aliadas aos estudos e a
produção conceitual realizadas fomentaram muito conhecimento e um trabalho de
verdadeiro aprofundamento teórico e prático.
Sendo assim, ter um curso de extensão com participação ativa da
comunidade como resultado desse estágio, possibilitou um importante crescimento
na trajetória de formação profissional. Um salto qualitativo na profissionalização, na
autonomia do graduando e no trabalho de articulação e mobilização dos
conhecimentos trabalhados ao longo de toda graduação, possibilitando a
visualização e aplicação prática desses conhecimentos nos mais diversos âmbitos
de atuação do pedagogo e em diferentes linhas de pesquisa.
Desse modo, o estágio na modalidade extensão cumpriu todos os objetivos
de formação e crescimento profissional dos estudantes.
REFERÊNCIAS
BRITO, Raissa Freitas Gomes; PONTES, Herika Paiva; FROTA, Mirna Albuquerque.
Um retrato da primeira infância em situação de pobreza. Rev Bras Promoç
Saúde, 31(4): 1-8, out./dez., 2018. Disponível em:
https://periodicos.unifor.br/RBPS/article/view/8766/pdf Acesso em: mai.2021.
COHN, Clarice. Antropologia da criança. Jorge Zahar Ed.: Rio de Janeiro, 2005.
LAFFITE, Luzia Torres Gerosa; TUBELIS, Paula; MAIA, Shaila Vieira; DIDONET,
Vital. (Orgs.). A intersetorialidade nas políticas para a primeira infância. Rede
Nacional Primeira Infância, 2015. Disponível em:
https://undime.org.br/uploads/documentos/phpcrSG7h_55a64dbb2efb2.pdf Acesso
em mai.2021
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REVISTA NOVA ESCOLA. BNCC NA PRÁTICA: Tudo que você precisa saber sobre
Educação Infantil. Revista Nova Escola, 2018. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/12676/bncc-para-a-educacao-infantil-baixe-em-
pdf-um-livro-gratuito-sobre-todas-as-mudancas Acesso em mai.2021.