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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

CAROLINE MOURA GARCIA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR EM EDUCAÇÃO


FÍSICA I: EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL

Dom Pedrito
2021
CAROLINE MOURA GARCIA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR EM EDUCAÇÃO


FÍSICA I: EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL

Relatório apresentado à Universidade


Anhanguera como requisito parcial para o
aproveitamento da disciplina de Estágio
Curricular em Educação Física I: EDUCAÇÃO
Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental
do Curso de Licenciatura em Educação Física.

Dom Pedrito
2021
SUMÁRIO

1 LEITURAS OBRIGATÓRIAS....................................................................................4

2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)...........................................................6

3 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC 8

4 PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA ABORDAGEM DOS TEMAS


CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS DA BNCC.................................................10

5 CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS


DIGITAIS.....................................................................................................................12

6 PLANOS DE AULA.................................................................................................14
1 LEITURAS OBRIGATÓRIAS

O artigo ‘’Educação Física na educação infantil: o papel do professor de


Educação Física’’, de D’Ávila e Silva (2018), discorre sobre vários aspectos da
questão presente no título do trabalho. A maior indagação dos autores é sobre a
pertinência da relação entre professor especializado em Educação Física e da
professora uni docente. Uma vez que esta última tenha tido pouco contato com a
cultura corporal durante sua formação como professora (o que acontece no nesses
nossos tempos), o outro vem a suprir essa demanda.

Em 2015, os autores começaram uma pesquisa em uma escola, em Porto


Alegre, para analisar o panorama da Educação Física na Educação infantil. A
pesquisa caracterizou-se em um estudo de caso qualitativo e interpretativo. O trunfo
da pesquisa está no relato dos professores, sendo eles que vivenciam a questão.
Em linhas gerais, as professoras uni docentes reconhecem a importância de se ter
um professor especializado para conduzir as aulas. Elas também admitem se
sentirem pouco preparadas para lecionarem tal disciplina. Isso acontece porque, em
via de regra, a Educação Física é pouco abordada na formação do professor.

Como os autores ressaltam ao longo do texto, a pertinência da relação


professor uni docente e especializado cobre vários aspectos. Por tal faixa etária ser
dos 0 aos 5 anos, é importantíssimo ter um professor qualificado, que seja capaz de
possibilitar aos alunos diversas experiências. Experimentar diversas formas de se
movimentar, compreender a estrutura corporal, ter a oportunidade de se
desenvolver, há vários elementos para se ter tal professor. Como cada idade dessa
faixa etária possui especificações próprias, é relevante esse trabalho em conjunto
dos dois professores. O desenvolvimento locomotor está intimamente ligado ao
cognitivo da criança, daí a relevância dessa contratação.

A importância da Educação Física para o desenvolvimento da criança vai


além. Por exemplo, a criança expressa suas mais diversas emoções a partir do
corpo, e a Educação Física entra com o papel de escoar esse transbordamento,
canalizando esta energia para a prática esportiva. O movimento, assim, assume
funções importantes no desenvolvimento infantil, especialmente em seus primeiros
anos de vida.
O papel do professor de Educação Física na educação infantil reside, como já
afirmado, na falta de formação do professor uni docente. Estes dois profissionais
juntos poderão, então, planejar o cronograma de estudo levando em conta objetivos
específicos e respeitando características individuais de cada aluno. Em outros
termos, a importância desse profissional especializado tem relação com a
importância da própria Educação Física nessa faixa etária. Se tal disciplina se
mostra tão essencial para as crianças, também o é essencial um profissional
preparado.

Infelizmente não é o que acontece, uma vez que o mais comum é a própria
professora comandar também as aulas de Educação Física. E isso vai de encontro
às outras missões dela, como manter a turma apaziguada, concentrada, enfim várias
implicações na rotina da escola.

Por fim, D’Ávila e Silva ressaltam para a dicotomia Educação Física como
uma atividade lúdica versus atividade meramente biologicista. Enquanto que hoje
não resta dúvidas que tal disciplina se assenta fortemente na ludicidade, algumas
décadas atrás não era assim. Um dos professores entrevistados inclusive afirma
que, em seus tempos como aluno, a Educação Física era uma ‘’aula mais dirigida’’,
o que é um problema, somado à falta de qualificação de profissionais já formados,
sejam uni docentes ou especializados.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LBD), vale salientar,


postula que a Educação Física deve-se ajustar às faixas etárias e às condições da
população escolar. Desde sua implantação, em 1996, fortificou-se o debate sobre a
importância do professor especializado em Educação Física. A contratação desse
profissional, no entanto, está longe de ser realidade em vários municípios brasileiros
ainda hoje, 25 anos depois.
2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)

1. O que é o PPP e qual a importância desse documento para o ambiente


escolar?

PPP significa Projeto Político Pedagógico. Ele é importante à medida que


estabelece diretrizes de trabalho a partir do acompanhamento da realidade dos
alunos e as reflexões acerca delas. O documento revê, adapta e atualiza a proposta
educativa praticada na Instituição. Sua execução é baseada na transparência, junto
a outros princípios como a valorização do ser humano, ética e trabalho em equipe,
dentre outros. Além do mais, este documento estabelece as diferenças
metodológicas, direitos e deveres dos alunos de cada nível de ensino – desde a
educação infantil ao fundamental (anos iniciais e finais) e ao médio.

2. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo


que define as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem se apropriar na
educação básica. Sendo assim, todas as escolas devem organizar seu currículo a
partir desse documento. Com base na leitura que você realizou, como as
competências gerais da Educação Básica se inter-relacionam com o PPP?

A Base Nacional Comum Curricular se inter-relaciona com o PPP de diversas


e múltiplas formas. Para começar, seus objetivos gerais de ensino proporcionam aos
educandos a formação necessária ao desenvolvimento de potencialidades e ao
pleno exercício da cidadania. O PPP precisa estar consoante com o que estabelece
a BNCC. São dez as aprendizagens essenciais da BNCC que o PPP em questão
aborda: as competências cognitivas, abrangendo conhecimento, pensamento
científico, crítico e criativo e repertório cultural; competências comunicativas, como
linguagem, cultura digital e argumentação; e competências socioemocionais,
abrangendo autoconhecimento e autocuidado, trabalho e projeto de vida, empatia e
cooperação e responsabilidade e cidadania.

Já as competências gerais e áreas de conhecimento (no caso, linguagens,


matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino religioso) são
construídas por habilidades desenvolvidas a partir de atividades em sala de aula.
Como a BNCC propõe que o aluno seja agente ativo de sua educação, o PPP do
colégio estudado se refina continuamente, a fim de acompanhar o progresso dos
discentes. Em última análise, tais competências gerais são os novos fundamentos
da educação brasileira, a fito de construir um ensino linear. A BNCC contribui,
finalmente, para uma certa homogeneização da educação a nível nacional,
permitindo que se tenha uma qualidade de educação equivalente nas várias regiões
do país.

3. A avaliação da aprendizagem é um elemento crucial no processo de ensino


e de aprendizagem, visto que oportuniza indícios dos avanços escolares e dos
pontos que precisam ser aperfeiçoados. Com base na leitura que você realizou do
PPP, de que modo a escola apresenta o processo de avaliação?

O processo de avaliação da escola analisada é satisfatório, uma vez que ela


deve orientar a aprendizagem. É usada tanto a avaliação individual quanto a
avaliação coletiva, construindo uma nova cultura como compromisso do coletivo.
Ainda que naturalmente a avaliação coletiva tenha menos peso, o compromisso com
o todo passa a então permear nas relações aluno-aluno.

Um ponto a se considerar em relação à educação infantil é que, como é


impossibilitada a avaliação quantitativa nesse nível, são usados dois pressupostos: a
observação sobre as manifestações da criança e a reflexão sobre o significado de tal
manifestação. No nível fundamental, essa observação ainda é feita, junto com a
reflexão e registro acerca dela. No entanto, somam-se o uso de vários instrumentos
de avaliação, bem como a consideração do processo de aprendizagem.

No que consta à recuperação da nota, vários adendos podem ser feitos.


Quando o aluno não atinge 70% da nota máxima, é necessário ser feita a
recuperação. Se ele atingiu 79,9%, a recuperação é opcional. A recuperação é feita
em até três dos componentes curriculares. Ultrapassado esse número, o aluno é
automaticamente reprovado, bem como por ausência – se se constatar frequência
inferior a 75% do total, ele também é reprovado. Por fim, não há segunda chamada
para recuperação final.

Diferente dos regulares, os alunos com Necessidades Educacionais Especiais


(NEE) serão avaliados, a partir do segundo ano do ensino fundamental, com critérios
diferenciados, como desenvolvimento cognitivo, psicossocial e fisiológico.
3 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC

1. A BNCC é um documento que regulamenta as aprendizagens essenciais a


serem trabalhadas nas escolas públicas e privadas para garantir os direitos de
aprendizagem e desenvolvimento aos alunos. Quais os principais desafios da
atuação do professor nos anos iniciais do Ensino Fundamental a partir das
regulamentações apresentadas na BNCC?

Planejamento anual com as estratégias do que acontecerá ao longo d ano


letivo é o primeiro desafio do professor. A execução do PPP também é desafiadora,
demandando do profissional estar atento às necessidades peculiares daquela
unidade escolar, bem como dos alunos. A BNCC, enfim, é outro documento que
precisa ser notado pelo professor, para ter sua prática respaldada por eles. Precisa-
se também sistematizar o que foi aprendido no ensino infantil e a bagagem que o
aluno trouxe de lá. É fundamental ter um olhar individual para cada aluno, e suas
eventuais dúvidas, o deixando à vontade para perguntar sobre o conteúdo quando
for o caso. A comunicação com os pais é mister, e a participação destes é cada vez
mais significativa.

Num contexto amplo, o professor deve ter um conhecimento sobre a BNCC e


articulá-lo com as atividades da sala de aula. As competências tanto gerais quanto
específicas devem ser articuladas entre si para um bom respaldo profissional.

Tudo isso deve ser contemplado pelo professor e orientar o planejamento das
aulas. Fazem parte disso avaliações diagnósticas, formativas e somativas. Os
conselhos de classe, momento em que os professores pensam estratégias
conjuntas, são outro ponto alto desse processo e na elaboração de como as
interdisciplinaridades serão trabalhadas.

2. Exemplifique de que maneira a equipe pedagógica poderá orientar o


professor tendo como referência a utilização do Projeto Político Pedagógico e da
Proposta Curricular.

A equipe pedagógica deve, em linhas gerais, saber o que está acontecendo


na escola, juntamente a outras instâncias, pois é articulador na formação das
pessoas e na sua função social. Tendo esse conhecimento, ela poderá interferir
mais eficazmente no processo educacional. O pedagogo, junto à sua equipe, é
responsável pelo acolhimento do aluno no ambiente escolar e intermediador dos
conflitos.

Como exemplo, consideremos o caso de um aluno que se atrasa todos os


dias para a aula, sem um motivo plausível. Se o Projeto Político Pedagógica da
escola afirma que o aluno passará para assistir a aula somente com bilhete escrito
pelos pais ou com atestado médico, pouco se pode se fazer se o aluno não dispuser
de um ou de outro. Ele poderá argumentar que não consegue acordar a tempo,
porém, seguindo o que se diz o PPP, a direção não deixará esse aluno passar. A
equipe pedagógica pode interferir aí, procurando saber por qual motivo o aluno não
consegue acordar: será que é problema de depressão, talvez? Algumas entrevistas
da equipe pedagógica com o aluno e seus responsáveis podem servir para uma
tomada de decisões, dando a partir daí suporte aos professores no seu agir com o
aluno em questão. Se for o caso, se dará encaminhamento para atendimento com
psicólogo.

3. No que se refere às atribuições da equipe administrativa, descreva a


importância da relação da direção com a equipe pedagógica para a qualidade dos
processos educativos no contexto escolar.

A direção escolar vai além das suas atribuições administrativas, como se


pode pensar, sendo atrelada à questão pedagógica, ao se trabalhar coletivamente
com os demais profissionais. Essa rede de apoio, junto à comunidade civil, conselho
escolar, grêmio estudantil, etc., é importante para o diretor da escola, que se
movimentará por ela. O plano de ação do diretor é ponto essencial de cada escola,
seja com reformas, serviços de seus professores, atendimento à comunidade.

A implantação dessa rede deve ser feita pelo diretor para uma melhor
qualidade da educação e possibilidade de se trabalhar coletivamente. Assim, todos
os processos educativos, independente de que ordem sejam (financeiros,
educacionais, infra-estruturais), serão baseados para que o diretor possa melhor
agir.
4 PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA ABORDAGEM DOS TEMAS
CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS DA BNCC

1. Como podemos entender o termo Transversalidade?

O termo transversalidade, na educação, remete à ação dos educadores em


cruzar dois ou mais componentes curriculares em um mesmo trabalho, abordando
especialmente temas contemporâneos. A transversalidade vai de encontro ao
conceito de intradisciplinariedade, que tem a ver com conteúdos trabalhados dentro
de uma disciplina. Ela, a transversalidade, atravessa as disciplinas, em um
movimento de ruptura com o modo até então operante da educação formal.
Completarmente temos também a interdisciplinaridade. Se esta se refere à
intersecção das disciplinas, a transversalidade, por sua vez, diz respeito à falta de
fronteiras entre as disciplinas.

2. Qual a importância de se trabalhar com os TCTs na escola?

Os Temas Contemporâneos Transversais encontram sua importância na


escola ao tratar de assuntos pertinentes ao aluno, nas esferas humanística e cidadã.
Se, antigamente, o modelo era tido como rígido, com conteúdos pouco passíveis de
serem postos em prática, hoje se observa um esforço para superar esta limitação.
Hoje em dia se reconhece a importância de trazer aos alunos elementos que
servirão em sua vida fora da escola. Questões como finanças, meio ambiente,
direitos da criança e do adolescente, diversidade étnica, dentre outros, são
exemplos de temas que podem ser abordados transversalmente, ao mesclar
ciências da natureza e matemática, geografia e linguagens, e por aí vai. As
possibilidades de combinação dessas disciplinas são infinitas e devem ser sempre
consideradas e reconsideradas.

3. Dos TCTs listados, quais podem ser trabalhados de forma transversal no


seu curso de graduação?

Os TCT’s que podem ser trabalhados de forma transversal no meu curso de


graduação são meio ambiente, saúde, além de cidadania e civismo.

4. O Guia apresenta uma metodologia de trabalho para o desenvolvimento


dos TCTs, baseado em quatro pilares. Quais são estes pilares? Comente sua
perspectiva sobre essa metodologia.
O primeiro pilar se refere à problematização da realidade e das situações de
aprendizagem. Tal pilar vem em contramão à ideia de alienação (crítica essa
contumaz em relação à educação formal). Enquanto a alienação tem relação com
estar estranho ao que o circunda, a problematização da realidade vem com o
propósito de: 1º) reconhecer sua realidade; 2º) problematizá-la, ou seja, a encará-la
com criticidade.

O segundo pilar se refere à superação da concepção fragmentada do


conhecimento para uma visão sistêmica. Isto significa tirar as disciplinas das
‘’caixinhas’’ nas quais eram postas e as (re)combinar de outras maneiras. Muito
conteúdo pode ser melhor trabalhado combinando duas ou mais disciplinas.
Pedagogicamente é interessante, uma vez que permite ao educando ver um tal
assunto sob outras luzes, sob outras ópticas.

O pilar seguinte se refere à integração das habilidades e competências


curriculares à resolução de problemas. Isto quer dizer que as habilidades que serão
exercidas na escola precisam estar consoantes a resolução de problemas práticos.
Afinal, a escola, a priori, tem como missão preparar o cidadão para a vida, portanto,
deve ser feito um trabalho que integre estes dos polos de atuação.

O último dos pilares se refere à promoção de um processo educativo


continuado e do conhecimento como uma construção coletiva. Há, aqui, dois
núcleos de significação: 1º) o processo educativo continuado, isto é, a consideração
da educação em seu devir (a utilização dos conhecimentos do ano passado e a
futura utilização amanhã do que aprendemos hoje). A educação não é estanque, ela
funciona em um processo gradual, sobrepujando conhecimentos em níveis cada vez
mais altos e/ou profundos. 2º) conhecimento como uma construção coletiva, isto é, o
conhecimento só se efetua por seu caráter coletivo.
5 CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS
DIGITAIS

A fim de obter um alto rendimento dos alunos e potencializar ao máximo suas


capacidades, deve-se ser escolhidas metodologias que fomentem a imaginação, a
cooperatividade e a formação de valores na prática corporal. As escolhas devem
também ser consoantes com as diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN), que afirma que a contribuição da Educação Física, por meio da cultura
corporal, deve promover o exercício da cidadania.

No entanto, nem sempre as circunstâncias são favoráveis e precisamos lidar


com problemas que gargalham a educação. Na situação apresentada, há questões
como evasão escolar, além do baixo rendimento em relação aos índices estaduais.
Isto devido a, primeiro, a escola ter poucos recursos tecnológicos, o que a torna
pouco atrativa aos discentes; já a questão do baixo rendimento, a pedagoga crê ser
devido ao uso de celulares na sala de aula.

Assim, encontramos dois problemas a serem sanados com metodologias


pertinentes ao caso. Antes de mais nada, precisamos pesquisar e refletir o porquê
desta alta evasão que a unidade escolar percebe. Se ela se deve a problemas
familiares, por exemplo, será interessante que o aluno encontre na escola um
ambiente agregador, que lhe sirva de refúgio na hipótese de problemas de tal
ordem. A estratégia a ser adotada então virá ao encontro disso, contornando a
pouca tecnologia que disporemos. Pois, por um lado temos uma escola com poucos
recursos tecnológicos; por outro, temos alunos que gastam tempo de aula usando
celulares. Será preciso, portanto, jogar com essa situação.

Dentre as cinco metodologias a que disponho para escolher, fico entre a


Aprendizagem Baseada em Projeto (ABP) e a Sequência Didática, decidindo, enfim,
pela primeira delas. Minha escolha se deve, principalmente, pelo senso colaborativo
de tal metodologia, por acreditar que isso fará nascer um espírito em comum entre
os alunos. Há nisso o potencial de estagnar a evasão que a escola sofre ao oferecer
aos alunos um lugar mais acolhedor a se trabalhar e estudar. A partir de sete
passos, trabalharemos com mais afinco na equipe. O primeiro deles, a pergunta
motivadora, poderá se dar como ‘’O que eu faço na Educação Física?’’, ou ‘’por que
eu faço Educação Física?’’, ou ainda, ‘’qual a importância de comparecer à aula de
Educação Física?’’, ou até ‘’como seria nosso mundo sem práticas físicas?’’. A
Educação Física é vista por muitos como sem sentido prático e questões como
essas podem aclarar muitos pontos tanto para os discentes quanto para os
docentes. Além do mais, uma pergunta formulada tal qual não demandará pesquisa
online, mas sim partir da própria vivência do aluno. O desafio proposto, a segunda
etapa da ABP, irá requerer que os alunos reflitam sobre o que já aprenderam na
disciplina e que organizem esse conhecimento para os demais. Nesta etapa, eles
irão ilustrar duas hipóteses: o cenário quando comparecem a todas as aulas e
quando nunca comparecem. Os futuros resultados dessa etapa contribuirão para
que a escola tenha indícios sobre a evasão e os motivos que levam a ela.

A pesquisa e conteúdo requererá que os alunos lancem mão de múltiplas


fontes para responder à pergunta norteadora. A essa altura é esperado que os
alunos já estejam desenvolvendo relações mais profundas uns com os outros. O
quarto passo, o cumprindo o desafio, os desafiará a criar algum produto que
evidencie as consequências da prática física na sociedade. Ou uma maquete ou um
aplicativo ou o que for. Haverá ainda momento para debate ou roda de conversa,
quando o professor estagiário dará feedback em relação aos trabalhos produzidos.

Os últimos passos se referem ao retorno da pergunta inicial, ‘’por que


Educação Física?’’, de modo que eles possam aplicar o conhecimento adquirido em
suas próprias vivências. Por fim, a avaliação do aprendizado se dará por prova
individual para que eles retenham tal conhecimento obtido ao longo do semestre.

A questão levantada pela pedagoga antes do início do estágio, o uso


constante dos aparelhos celulares em sala de aula, deve ser lidada com maturidade.
Talvez não se deva querer proibi-lo, uma vez que o mundo fora da sala de aula não
corroborará com isso. Eles irão presenciar as pessoas usando celulares na hora das
refeições, no meio de conversas, enfim, em todas as situações cotidianas
imagináveis. Sugiro, assim, a metodologia descrita, que não discrimina o seu uso,
fazendo do celular um aliado na aprendizagem.

Já a questão da evasão não será resolvida no próprio semestre. Será


proposto, outrossim, atividades que integrem um aluno a outro, criando, como já
supracitado, um ambiente acolhedor. Além disso, se colherá informações mais
precisas sobre os motivos que levam à evasão.
6 PLANOS DE AULA

Plano de
Aula I
Disciplina Educação Física
Série 4º ano
Identificaç
Turma 1
ão
Período Matutino
 Desenvolvimento da Saúde e Bem-Estar (3.º Indicador
Conteúdo
Brasileiro para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável).
Objetivo geral
 Desenvolver boas-práticas para a saúde física dos alunos
dentro e fora do ambiente escolar, a fim de promover um bom
condicionamento físico e contribuir para o ganho dos alunos
em termos de qualidade de vida.
Objetivos específicos
 Associar a atividade física como parte importante para a
manutenção da saúde física.
 Esboçar a importância da atividade física e as consequências
da falta de cuidado com o próprio corpo.
Objetivos
 Desafiar o aluno a incluir em seu dia-a-dia brincadeiras que
movimentem o corpo.

 Primeiramente, os alunos serão divididos em grupos, e


receberão um pequeno texto oral acerca da importância de
“se mexer”;
Metodolog  A seguir, o professor irá descrever e sortear para cada grupo
ia brincadeiras e jogos divertidos, que promovam recreação e
bem-estar.
 Estas brincadeiras virão por meio de vídeo, e cada grupo de
alunos deve aprender e ensaiar uma;
 Na próxima aula, os grupos serão organizados em círculo;
 Na sequência, os alunos devem aprender a brincadeira e
ensiná-la aos membros do grupo a seguir, em sentido horário;
 Será utilizado um pequeno texto impresso;
 Para a etapa prática do projeto, os alunos deverão aprender
as subsequentes brincadeiras, através da plataforma digital
Recursos Youtube:
 1. Bola ao centro: https://www.youtube.com/watch?
v=j0nkgF5Qh8o Acesso em: 05 out. 2021
 2. Morto-vivo: https://www.youtube.com/watch?v=dyH-
2HfSn_M Acesso em: 05 out. 2021
 3. Brincadeira do Movimento:
https://www.youtube.com/watch?v=uuGMO2BP0ro Acesso
em: 05 out. 2021
 4. Jogo Oito Cones: https://www.youtube.com/watch?
v=NFQVeuX1Jbs Acesso em: 05 out. 2021
 5. Brincadeira do Sinal: https://www.youtube.com/watch?
v=vl8q71XDbiw Acesso em: 05 out. 2021
 6. Desafio do Quadrado: https://www.youtube.com/watch?
v=GlfnlnlCC3g Acesso em: 05 out. 2021
Atividades
 Será analisado o desempenho dos alunos em aprender e
ensinar brincadeiras para seus colegas.
 O fator principal é a absorção dessas brincadeiras no
Avaliação cotidiano dos alunos.
Critérios
 Completude da tarefa, interação com os colegas e desepenho
na brincadeira.
 PETREÇA, Daniel Rogério. Planos de aula em educação
física: saúde e aptidão física: experimentações do
programa institucional de bolsa de iniciação à docência
(PIBID). Mafra, SC : Ed. da UnC, 2019
 Educação Física na Prática. Bola ao centro. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=j0nkgF5Qh8o Acesso em:
05 out. 2021
 Canal EF. Morto-vivo. Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=dyH-2HfSn_M Acesso em:
05 out. 2021
 Educação Física na Prática. Brincadeira do Movimento.
Referência
s Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=uuGMO2BP0ro Acesso em: 05 out. 2021
 Educação Física. Jogo Oito Cones. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=NFQVeuX1Jbs Acesso
em: 05 out. 2021
 Tech Mais Brasil. Brincadeira do Sinal. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=vl8q71XDbiw Acesso em:
05 out. 2021
 Prefeitura Municipal de Mandaguaçu. Desafio
do Quadrado. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?
v=GlfnlnlCC3g Acesso em: 05 out. 2021
Plano de
Aula II
Disciplina Educação Física
Série 4º ano
Identificaç
Turma 2
ão
Período Vespertino
 Vantagens da Ginástica e proposição de algumas avidades
Conteúdo
físicas.

Objetivo geral
 Introduzir a Ginástica aos estudantes do quarto ano.
Objetivos específicos
Objetivos  Reconhecer a importância da ginástica.
 Demonstrar algumas atividades e exercícios físicos
recreativos.
 Propor a introdução da Ginástica no cotidiano dos estudantes.

 Primeiramente, será efetuada a leitura do texto Ginástica para


Todos.
 O texto será debatido em sala de aula.
Metodolog  Proposição de um aquecimento, executado conforme os
ia parâmetros da apostila “Anos Iniciais – Educação Física – 4º
Ano”
 Os alunos devem aprender as três atividades recreativas
propostas na apostila.
 Por fim, os estudantes irão realizar um número em grupos de
04 (quatro) ou 05 (cinco) integrantes e apresentá-los para a
turma.
 Texto Ginástica Para Todos.
Recursos  Aquecimento e atividades propostas pela apostila Anos
Iniciais – Educação Física – 4º Ano.

Atividades
 Debate do texto Ginástica para todos; Aprendizado das
atividades; e Apresentação para a turma.
Critérios
Avaliação
 Completude do aquecimento; apresentação do número;
execução das atividades.
 Apostila. Anos Iniciais – Educação Física –
4º Ano. Município de São José dos Campos –
Referência São Paulo. Disponível em:
s https://www.sjc.sp.gov.br/media/120966/educ
acao-fisica-4%C2%BA-ano.pdf Acesso em:
05 out. 2021
 Cantinho do Saber. Apostila de Educação
Física para o 4.º Ano. Disponível em:
http://cantinhodosaber.com.br/apostilas/aposti
la-de-educacao-fisica-para-o-4o-ano/ Acesso
em: 05 out. 2021

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