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intersaberes
ísbiemask !
INFORMAÇÕES GERENCIAIS
[N A ATUALIDADE]
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G jp intersaberes
O selo D IA LÓ G ICA da Editora InterSaberes faz referência às publicações que privilegiam uma lingua
DIALÓGICA
gem na qual o autor dialoga com o leitor por meio dc recursos textuais c visuais, o que torna o conteúdo
muito mais dinâmico. São livros que criam um ambiente de interação com o leitor - seu universo
cultural, social e de elaboração de conhecimentos - , possibilitando um real processo de interlocuçáo
para que a comunicação se efetive.
M arco Antonio Masoller Eleuterio
Sistemas de informações
gerenciais na atualidade
a 9a ed itora
Av.Viccntc Machado, 317 :: 14° andar
Centro :: CEP 80420-010 :: Curitiba :: PR :: Brasil
intersaberes Eone: (41) 2103-7306
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Bibliografia.
ISBN 978-8S-443 0286-6
1* edição, 2015.
Foi feito o depósito legal.
Informamos que é dc inteira responsabilidade do autor
a emissão de conceitos.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida
por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da
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A violação dos direitos autorais c crime estabelecido na
Lei n. 9.610/1998 c punido pelo art. 184 do Código Penal.
sum ario
ap resen tação 9
c o m o ap ro v eitar ao m á x im o e ste livro 12
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 4
Sistemas de informação
4 .1 C o n ce ito d e sistem a 67
4 .2 C o n ce ito d e sistem a de in fo rm ação 70
4 .3 O rgan ização das in fo rm aç õ e s: u m a tarefa
p ara o b an co de d ad o s 80
4 .4 A p licações de um sistem a d e in fo rm ação 83
Capítulo 5
Capítulo 7
Conteúdos do capítulo
Logo na abertura do capítulo, você
capítulo.
Estudo de caso
Esta seção traz ao seu
profissional.
CN
Síntese
Você dispõe, ao final do
de rever o s principais
conceitos analisados.
Conteúdos do capítulo
e a economia global.
1.1 Papel da informação nas empresas
Organização
■> Fluxo da informação ------------------- >
Fluxo da informação produzida pela organização Fluxo da informação produzida
coletada externamente à e destinada a ela pela organização e destinada
organização e usada por ela ao mercado (clientes,
fornecedores e concorrentes)
Síntese
o
CN
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
4. U m flu x o in fo rm acio n al fo rm al é aq u ele qu e:
r\
CN
Marco Antonio M asoller Eleuterio
00
CN
Informações
e prática gerencial
Conteúdos do capítulo
D ep e n d e n d o d o c o n te x to em q u e o s d ad o s são in te rp re ta d o s, e le s p o d e m
p ro d u zir d iferen tes in fo rm a ç õ e s, c o m o v ere m o s n os e x e m p lo s a seguir.
E xem p lo 1
C ad a vez cm q u e c o m p ra m o s um p ro d u to cm um site d c co m e rcio e le
trô n ico , são c o le tad o s d iv erso s d ad os so b re a tran sação. E n tre e le s estão
o có d ig o d o p ro d u to , a qu an tid ade d e itens a d q u irid o s, a data e a hora
da co m p ra e a localização g e o g ráfica d o usu ário. N o b an co de d ad o s d o
sistem a d e e-com m erce , e sses d ad o s ficam arm azen ad o s em re g istro s in di
viduais, c o m o (5 4 2 3 ), (3 ), ( 0 2 / 1 2 / 2 0 1 4 ) , (1 2 :5 3 ) c ( 1 9 2 .0 9 .8 7 .3 1 ) , qu e
in d icam , re sp ectiv am en te, o c ó d ig o d o p ro d u to , a q u an tid ad e, a d ata, a
h ora e o en d ereço IP d o c o m p u tad o r d c o rig e m , o qual p o d e se r utilizado
para iden tificar a localização g e o g rá fica d o u su ário . E sses re g istro s serão
CN
apen as um con ju n to d e d ad o s até qu e sejam in terp re tad o s e relacio n ad os
CO
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
en tre si. Q u an d o isso o c o rre , e le s se to rn am in fo rm a ç õ e s, ad q u irin d o u ti
lidade e relevân cia, c o m o n o caso d e serv irem p ara avaliar o d e sem p en h o
de venda de cad a p ro d u to , d e te c ta r as p re fere n cias de cad a re g iã o , revelar
o s p ro d u to s m ais v isitad os n o s ite , iden tificar a é p o c a d o ano em q u e cada
p ro d u to vende m ais e o s h o rário s d e m aio r ace sso , en tre in ú m eras o u tras
in fo rm açõ es.
E xem p lo 2
O su p e rv iso r de u m a fáb rica re g istra o vo lu m e d e p ro d u ção de jan eiro a
d e ze m b ro d e d e term in a d o ano co m o s seg u in tes d ad o s:
D ad o s d e p ro d u ç ã o (q u a n tid a d e d e iten s p ro d u z id o s)
Jan. Fev. Mar. Abr. M a io Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
130 200 250 300 700 8ÕÕ 9ÕÕ 250 230 220 30 240
N ã o te m o s dúvida d e q u e as in fo rm a ç õ e s d e sem p en h am u m p ap el c e n
tral nas o rgan izaçõ es m o d e rn as. M as qual c o v alo r d c um a in fo rm ação ?
E m b o ra se trate de u m re cu rso intan gível, p o d e m o s afirm ar q u e m aio r
será o valor de um a in form ação quanto m aio r fo r seu p o ten cial em afetar
o n egó cio da e m p re sa. E sse valor p o ten cial de u m a in fo rm ação p o d e se r
e stim a d o p e lo nível d e aten ção q u e ela p ro v oca nas p e sso as e p e lo qu an to
as e m p re sas e stão d isp o stas a p a g a r p o r ela.
Informação irrelevante
Informação potencial
Informação mínima
Informação crítica
Sobrevivência da organização
Gestão da organização
Vantagem competitiva
A se r descartada
Seleção dos
-~> \ Filtragem dados relevantes
Dados para a análise informações
A
Coleta de V
dados, fontes
internas e
externas
Processamento > Apresentação
r\
CO
2.4.1 Filtragem dos dados
Marco Antonio M asoller Eleuterio
o
CO
Marco Antonio M asoller Eleuterio
2 .5 Pirâmide do conhecimento
Síntese
a. O d ad o é u m a in fo rm ação quantitativa.
b. O d ad o se tran sfo rm a em in fo rm ação n o m o m e n to e m q u e seu
v alo r é validado p o r u m a fo n te confiável.
c. A in fo rm ação é p ro d u zid a com b ase na in terp retação d o s dad os.
d. In fo rm açõ es são d ad o s c rítico s p ara o d e sem p en h o da e m p re sa.
e. As in fo rm a ç õ es são a m atéria-p rim a para a p ro d u ção d o s d ad os.
CN
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
c. B u sca, co n v ersão e apresen tação .
d. E x traç ão , seleç ã o e p ro ce ssam en to .
e. F o rm atação , co n v ersão e p ro ce ssam en to .
B A E Z A -Y A T E S, R .; R IB E IR O N E T O , B. R e c u p e ra ç ã o d e in fo rm a
ção . 2. ed. P o rto A le g re : B o o k m an , 2 0 1 1 .
O liv ro de R ica rd o B aeza-Y ates e B e rth ie r R ib e iro N e to faz u m a d e ta
lhada im e rsão n o tem a recu p eração d a s in fo rm açõ e s , ab o rd an d o as técnicas
de re p resen tação , o rgan ização, arm azen am en to e ace sso ao s itens de in
fo rm a çã o na fo rm a d e d o c u m e n to s, págin as web e re g istro s e stru tu ra d o s,
en tre o u tro s.
CO
Prática gerencial
e tomada de decisões
Conteúdos do capítulo
cesso decisório.
3.1 Atividades gerenciais
Seg u n d o D ru c k e r (1 9 7 2 ), g e re n c ia r significa fazer com
q u e as p e sso a s “façam o q u e p re cisa s e r fe ito ” . O g e s to r
n ão é aq u ele p ro fissio n al q u e e x e c u ta as tare fas direta-
m e n te , m a s aq u ele q u e a sse g u ra q u e e las se ja m re aliz a
das p o r su a eq u ip e e de aco rd o co m o s o b jetiv o s traçad o s.
P o rtan to , a atividade geren cial p re ssu p õ e o p lan ejam en to
e a c o o rd en aç ão d as p e sso as e d o s p ro c e sso s o rg an izacio
nais. D ru c k e r (1 9 7 2 ) re su m e as ativ idades d e um g e sto r
e m cinco categ o rias:
3 .2 Tomada de decisões
3 .3 Tip os de decisões
o
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
3.3.4 Exemplos de decisões
«o
Marco Antonio M asoller Eleuterio
Figura 3.1 - Tipos de decisões e respectivos níveis funcionais
CN
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
m elh o r altern ativa em u m a to m ad a d e decisão. Sim on (1 9 7 9 ) d e c o m p õ e
o p ro c e sso d e c isó rio em q u a tro e ta p a s, d e sc rita s a se g u ir: in teligên cia,
co n cep ção , seleção e revisão.
Etapa 1: inteligência
Etapa 2: concepção
N a etap a d e co n ce p ção , as p o ssív eis altern ativ as de so lu ção são levan ta
d as, e seu s p ró s e co n tras são avaliados. O s e stu d o s de viabilidade técn ica,
c o m p o rta m cn ta l c financeira tam b é m fazem p a rte d essa análise. N e ste
m o m e n to , as in fo rm a ç õ e s c o le ta d a s na e ta p a de in teligên cia são an ali
sad as p o r m é to d o s qu an titativos e e statístico s, p ara p re v e r o s re su ltad o s
d e cad a altern ativ a. Para isso , n o rm a lm e n te são utilizadas fe rra m e n ta s
co m p u tacio n ais, c o m o planilhas de cálcu lo e sistem as de ap o io à d e cisão ,
c o m o v erem o s a seguir.
Etapa 3: seleção
CO
Marco Antonio M asoller Eleuterio
Etapa 4 : revisão
T T T T
• Relatórios de stotus • Modelos • Cenários possíveis • Dados de
• Dados internos do matemáticos • Previsões e monitoramento
projeto • Ferramentas projeções • Feedback
• Análise de analíticas • Avaliação das
tendências • Projeções alternativas
• Pesquisas de
mercado
in
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
3 .5 Combinação das informações para a escolha
da melhor solução
Etapa 1: inteligência
Etapa 1 : Inteligência
Etapa 2: concepção
>o
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
m o d e lo s d e veícu los são id en tificad o s c o m o altern ativas viáveis: o s m o
d e lo s A , B e C . N a etap a seg u in te, av aliarem os essas altern ativ as com pa-
rativ am cn te, co m a utilização d o m é to d o linear.
Etapa 3: seleção
1. p re ço ;
2. cu sto de m an u ten ção ;
3. valor m éd io d e reven d a;
4 . satisfação d o s u su ário s.
Preço 0,2
r\
V aloração d a s alte rn ativ as
Marco Antonio M asoller Eleuterio
Critérios de seleção
M od elo A 50 20 100 80 5 8 ,0
M od elo B 60 30 45 90 6 1 ,5
M od elo C 30 50 50 70 5 4 ,0
00
*o
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
Etapa 4 : revisão
i n t e l l i g e n c e ) , c o n fo rm e d e scrito p o r K ro en k e (2 0 1 2 ) e L au d on e Laudon
Síntese
o
Marco Antonio M asoller Eleuterio
se co n cen tram na ap licação d e m é to d o s m atem ático s e e statístico s para
reso lv er situ açõ es c o m p le x a s e pon tu ais. O s S A E s, p o r o u tro lado, visam a
su p rir as dem an d as da alta g e stão d as o rgan izaçõ es co m in fo rm a ç õ e s c o n
solid ad as e relev an tes so b re o n e gó cio da e m p re sa e seu am bien te e x tern o .
2. O q u e é u m a d ecisão m u lticritério ?
a. D e sc a rte d e u m p ro d u to p e recív e l da g ô n d o la de u m su p e r
m e rc a d o p o r ex p iração da validade.
b. D ecisão d e um a e m p re sa so b re ad q u irir um a e m p re sa c o n c o r
ren te para am p liar su a fatia d e m ercad o .
c. A p licação de re c u rso s em um fu n do de a çõ e s p ara au m en tar o
d esem p en h o fin an ceiro da organização.
d. L an çam en to de um novo p ro d u to n o m e rc a d o co m e stratég ia
d e m an u ten ção da com p etitiv id ad e.
e. E m issão de u m a o rd e m de co m p ra de u m p ro d u to p ara m an ter
o e sto q u e m ín im o , c o n fo rm e e stab ele cid o e m n o rm as in ternas.
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
5. U m a d a s e ta p a s d o p r o c e sso d e c isó rio é d e n o m in a d a d e se le ç ã o .
Identifique a seg u ir a altern ativa q u e caracteriza e ssa e tap a:
CO
o
Sistemas de informação
Conteúdos do capítulo
1. en ten d er o q u e c um sistem a;
2. co m p re e n d e r o q u e é um sistem a de in fo rm ação e qu ais são seu s
ele m en to s;
3. en ten d er c o m o um sistem a de in fo rm ação se diferen cia d o s dem ais
sistem as co m p u tacio n ais;
4 . reco n h ecer o p ap el da m o d e lag e m d e d ad o s em um sistem a de
in fo rm ação ;
5 . co m p re e n d e r c o m o o s sistem as d e in fo rm ação se ap licam nas
organ izações.
Entendidos os conceitos de informação e decisão,
sistemas de informação.
4.1 Conceito de sistema
4 .1 .1 Definição de sistem a
4 . 1 . 2 Regras de um sistem a
00
o
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
• U m sistem a re ce b e u m a ou m ais e n trad as, as qu ais são p roven ien tes
d o am b ien te e influenciam o siste m a de algu m a fo rm a , c o m o um a
fo rça e x te rn a , um sinal e lé tric o o u um a on da so n o ra.
• U m sistem a tem e le m en to s in te rn o s q u e p ro ce ssa m as en tradas e as
co n v e rtem em saídas.
• U m sistem a p ro d u z u m a ou m ais saíd as, qu e re to rn am ao am bien te.
Entradas
O termo caixa-preta é utilizado para designar um sistema definido de forma simplificada, con
siderando-se apenas a relação entre suas entradas e saídas, sem analisar seu funcionamento
interno.
O
K
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
te c n o ló g ic o s, h u m an os e n o rm ativ o s. S egu in d o essa ab o rd a g e m , O ’ Brien
(2 0 1 3 , p. 3 0 ) defin e um sistem a d e in fo rm ação c o m o “u m a com b in ação
organ izada de p e sso a s, h a rd w a re , so ftw are , re d e s d e com u n icação , re cu rso s
de d ad o s e po líticas e p ro ce d im en to s q u e arm azen am , re sta u ra m , tra n s
fo rm am e d issem in am in fo rm açõ e s em um a o rgan ização ” . A ab o rd agem
m u ltidiscip lin ar de O ’ Brien é refo rçad a p o r K ro en k e (2 0 1 2 , p. 2 9 ), para
q u em um siste m a d e in fo rm a ç ã o é “ um co n ju n to d e cin co e le m e n to s:
p e sso a s, p ro c e d im e n to s, so ftw are, h ard w are e re d e de d ad o s” . A s p e sso as
seg u em p ro ced im en to s para o uso d o sistem a c en tre elas estão os usu ários
finais e o s técn ico s q u e p ro je ta m , o p e ra m e p re stam su p o rte ao sistem a.
N e ste p o n to , v ocê deve e sta r se p e rg u n tan d o : qual d efin ição de sistem a
é a m ais ad equ ad a? P o d em o s afirm ar q u e as defin içõ es ap re se n tad as d i
ferem fu n d am en talm en te q u an to á ab ran gên cia d o co n ce ito d e sistem a
d e in fo rm aç ão . E n quan to T urban et al. (2 0 1 0 ) e Stair (2 0 0 4 ) en focam
o s e le m en to s te c n o ló g ico s de u m sistem a de in fo rm ação , O ’ Brien (201 3)
c K ro en k e (2 0 1 2 ) ad o tam um a ab o rd ag e m m ais am p la c m ultidisciplinar,
q u e ta m b é m c o n sid e ra c o m o p a rte d o siste m a o s e le m e n to s h u m an os
e o s p ro ced im en tais. E ssa ap aren te d iscrep ân cia con ceitu ai faz p a rte da
p ró p ria n o ção d e sistem a. C o m o v im o s a n te rio r m e n te , um sistem a p o d e
ser d elim itad o c o n fo rm e a natureza d e seu s e le m en to s e , d e p o is, agregad o
a o u tro s sistem as p ara am p liar sua ab ran gên cia. P o rtan to , a ab o rd agem
m ais ad eq u ad a é aqu ela q u e m e lh o r se ad éq u a ao s o b je tiv o s d e análise
cm q u estão . É essa a im p o rtân cia da v isão sistêm ica, q u e p ro p o rcio n a
d iferen tes n íveis d e ab stração d e aco rd o co m o c o n te x to d e o b serv ação .
Para o s p ro p ó sito s d e ste liv ro , ab o rd a re m o s o siste m a de in fo rm ação
so b o p o n to d e v ista te c n o ló g ic o , o u se ja , d o h a rd w a re , d o so ftw are e
das red es de d ad o s (F igu ra 4 .2 ) , sem n os e sq u e c e rm o s, no en tan to , d o s
u su ário s e d o s p ro ce d im en to s.
K
Marco Antonio M asoller Eleuterio
Figura 4 .2 - Elementos de um sistema de informação
Sistema de informação
Crédito: Fotolia
Â-L
Informações
de entrada
A Í
Informações
de saída
4 . 2.1 Software
O so ftw are é a p a rte ló gica d e um siste m a d e in fo rm ação . P o d em o s afirm ar,
CN
K
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
sistem a q u e d escrev e seu fu n cio n am en to e a d o cu m e n tação de u su ário
q u e ex p lica c o m o u sar o sistem a” .
Q u an d o um softw are 6 d esen v o lvido para su p rir u m a n ecessid ad e e sp e c í
fica —o u a p lic a ç ã o —, ele é ch am ad o de s o ft w a r e ap licativ o ou sim p le s
m en te ap licativ o *. C o m o d escrev e Paula Filho (2 0 0 9 , p. 4 ) , “o softw are é
a p a rte p ro gram áv el de um sistem a de in fo rm ática [ . . . ] qu e traz fu n çõ es,
utilid ade e v alo r ao sistem a” .
de trê s cam ad as, cada qual d esem p en h an d o u m a fu n ção esp ecífica. São
elas a cam ada de in terface d e u su ário , a cam ad a de c ó d ig o e a cam ada de
ban co d e d ad o s, c o n fo rm e ilu stra a F igu ra 4 .3 .
S o ftw a re
Além dos softwares aplicativos, existem os sistemas operacionais, que são os programas básicos
4 . 2 . 2 Hardw are
Aqui, utilizam os a expressão banco de dados para representar conceitualmenfe o elemento que
K M ySQL® e Sybase®.
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
S eg u n d o E n glan d er (2 0 1 1 , p. 1 1 ), “ o h ard w are fo rn e ce o s m ecan ism o s
físicos p ara a en trada e a saída d e d ad o s, para m an ip u lar e p ro c e ssa r dad o s
e p a ra co n tro la r e le tro n icam en te o s d iv e rso s c o m p o n e n te s d e e n trad a,
saída e a rm azen am en to ” .
O s c o m p u tad o res se dividem em duas cate g o rias, c o n fo rm e a finalidade
de u so : o s serv id o res e o s m icro co m p u tad o re s. O s se rv id o re s - tam bém
ch am ad o s d e servers — são o s e q u ip am en to s q u e co n cen tram o p ro c e ssa
m en to de d ad o s de u m a o rgan ização. E le s ro d am o s sistem as c o rp o ra ti
v o s, ab rig am o s ban co s d e d a d o s, garan tem a segu ran ça d as in fo rm açõ es
e g e re n cia m as re d e s d e d a d o s. S ão d o ta d o s d e g ra n d e c ap ac id ad e de
p ro c e ssa m e n to , m e m ó ria e arm a z e n am e n to , b em c o m o são e q u ip ad o s
co m circu ito s red u n d an tes (d u p licad o s, ou se ja , qu an do um circu ito falha,
o o u tro assu m e a fu n ção ), q u e o s to rn am to le ran te s (re siste n te s) a falhas.
O s se rv id o re s n o rm alm cn te funcionam de fo rm a in in terru p ta e são in s
talad o s em locais esp eciais — o s d a t a centers —, o n d e e n co n tram con d içõ es
ad equ ad as de clim atização, b a c k -u p *, cab cam cn to , en erg ia c segu ran ça de
acesso.
O s m icro c o m p u ta d o re s, p o r o u tro lado, são o s e q u ip am en to s o p e
rad o s p e lo s u su ário s finais. São o s desk to ps e o s notebooks in stalad o s nas m e
sas de trabalh o, usado s p ara ro d a r aplicativos locais e ace ssar o s sistem as de
inform ação. Sua capacidade de p ro cessam en to dep en d e d o s aplicativos que
irão ro dar, p o d e n d o se r d e sd e eq u ip am en to s con ven cion ais p ara edição
de te x to , leitu ra d e e -m a ils e ace sso à in tern e t até e q u ip am en to s d e m aio r
capacidade para ro d ar sistem as fin an ceiros, softw ares g ráfico s e sim uladores
n u m érico s. Em u m a e m p re sa , o s m ic ro co m p u ta d o re s se co n e ctam aos
se rv id o re s p o r m eio da red e co rp o rativ a.
dados.
Marco Antonio M asoller Eleuterio
4.2.2.1 Elementos do computador
Computador
4 .2 .3 Rede de dados
r\
K
Marco Antonio M asoller Eleuterio
4 .2 .3 .2 Internet: a rede das redes
00
sistem a de in fo rm ação : p o r m eio da in terface, o u su ário inicia a co n su lta;
K
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
p o r in term éd io da red e de d ad o s, a solicitação é recebid a p e lo so ftw are , que
é e x e c u ta d o em u m se rv id o r n o d a t a cen ter ; o so jtw are acessa a in fo rm ação
n o b an co d e dad o s e a devolve ao u su ário ; p o r fim , a in fo rm ação solicitada
p e rc o rre o cam inho in verso até ch egar à in terface de u su ário , c o n fo rm e
ilu strad o na F igu ra 4 .5 .
Interface
O software processa a
solicitação e recupera
a informação no
banco de dados
A solicitação é
enviada ao servidor
 u
Usuário
Rede de dados
Comandos SQL
1
U L-
Interface BD f f )
£ Inserir, consultar, atualizar v
MmJj
Usuário
-------------*
S o ftw a re
^__________________________________
Resultado da transação
Transação
de dados
1. Por meio da interface, o usuário solicita as informações, por exemplo, um relatório gerencial.
2 . Em resposta, o software envia comandos SQ L ao banco de dados (BD) para obter as informações.
3 . O banco de dados devolve as informações para que sejam enviadas à interface de usuário.
O
co SQ L é a sigla de struetured query language, ou linguagem de consulta estruturada.
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
A lin gu agem S Q L , criad a o rig in alm e n te p ela IBM n o s an os 1 9 7 0 , ra p i
dam en te se to rn o u um p adrão para o s sistem as de inform ação. A tu alm en te,
to d o s o s b an co s de d a d o s são com p atív eis co m a lin gu ag em S Q L , o qu e
lhes p e rm ite re sp o n d e r a q u a lq u e r so ftw are q u e envie c o m a n d o s n essa
lin gu agem . D essa fo rm a , o s ban co s de d ad os se to rn am en tid ad es a u tô
n o m as, q u e p o d e m se rv ir a d iv erso s ap licativ o s, c o m o o c o rre em m u ito s
sistem as de inform ação. P or essa razão , H e u ser (2 0 0 9 ) descreve um banco
de d ad o s c o m o u m con ju n to d e arqu ivos in te g rad o s qu e p o ssib ilitam o
co m p artilh am en to d e d ad o s en tre um co n ju n to de sistem as.
4 .3 .2 .1 Modelagem relacional
CN
00 O utros fatores também podem causar a indisponibilidade de um sistema, como falhas de hard
ware, de software e da rede de dados.
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
a finalidade de a le rta r o s o p e ra d o re s n o m o m e n to em q u e fo r detectad a
algu m a an o rm alid ad e.
Síntese
«o
CO
Marco Antonio M asoller Eleuterio
1. O q u e é u m sistem a de in fo rm ação ?
'O
00
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
5. Q u ais d o s so ftw ares a seg u ir são c o n sid e rad o s sistem as de in fo rm a
ção?
e. R e d e so cial, c o m o o F aceb o ok .
K
00
E N G L A N D E R , I. A a r q u ite tu r a d c h a rd w a re c o m p u ta c io n a l,
Marco Antonio M asoller Eleuterio
CO
00
Sistemas de informação
utilizados nas empresas
Conteúdos do capítulo
Aeronáutica e do Espaço), uma agência do governo dos Estados Unidos que tem como principal
A modelagem de dados criada por W atts organizava os registros em uma estrutura do tipo
"á rv o re ", o que resultou nos bancos de dados hierárquicos. Posteriormente, essa técnica evoluiu
para a organização em tabelas, dando origem aos bancos de dados relacionais utilizados
* O termo nuvem [cloud, em inglês) é utilizado para designar genericamente a internet. Dizemos,
'O
C/* por exemplo, que nossos arquivos estão armazenados "na nuvem", quando na verdade eles
5 .4 .1 .1 Sistemas departamentais
5 .4 .1 .2 Sistemas integrados
5 .4 .1 .3 Sistemas interorganizacionais
Joint venture é uma expressão em inglês que se refere à união entre duas ou mais empresas que
00
o colaboram para explorar uma atividade empresarial por um determinado período de tempo.
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
ro tin eiras, previsíveis e altam en te e stru tu rad as. Q u an d o “ e scalam o s” para
o s níveis su p e rio re s da o rgan ização, elas se to rn am m en o s e stru tu ra d a s e
m ais c o m p le x a s. Isso o c o rre p o rq u e o s e le m e n to s in fo rm acio n ais re q u e
rid o s e m cada nível funcional são d ife ren te s e, p o r e ssa razão , n ão e x iste
um sistem a único capaz de fo rn e c e r to d as as in fo rm açõ e s n ecessárias para
u m a o rgan ização (L ew is e t a l., 2 0 0 7 ).
A ssim , de a co rd o co m o nível d e c isó rio , o s sistem as de in fo rm ação são
d iv id id o s em trê s c ateg o rias:
o nível decisório
o
o
Marco Antonio M asoller Eleuterio
Figura 5 .4 - Tipos de sistemas de informação e seus níveis funcionais
o
c. In te g rid a d e d e d a d o s — R e fe re -se à cap acid ad e q u e o sistem a
Marco Antonio M asoller Eleuterio
CM
o
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
5 . 5 . 2 Tip o s de processamento em um S P T
CO
o
Marco Antonio M asoller Eleuterio
N o nível gere n cial, u m a das p rin cip ais ativ idades é o aco m p an h am en
to c o n stan te d as o p e ra ç õ e s p o r m e io d e seu s in d icad o re s d e d e s e m p e
nho. Para isso , o s g e sto re s p recisam re c e b e r in fo rm a ç õ e s qu alificadas e
significativas q u e o s aju d em a iden tificar situ açõ e s d e e x c e ç ã o e , se for
n e ce ssário , to m a r d ecisõ es. P or e x e m p lo , um g e re n te co m e rcial p recisa
o b se rv a r co n stan tem en te o d esem p en h o d a ven da de cad a p ro d u to p ara,
p o ssiv elm en te, rever sua estraté g ia co m e rcial.
O s sistem as de in fo rm a ç õ es qu e au xiliam o s g e sto re s n o aco m p an h a
m en to do nível o peracion al são d en o m in ad o s sistem as d e in fo rm açõ es
g e re n c ia is (SIG s). C o n fo rm e O liv eira (2 0 1 2 , p. 2 9 3 ), um SIG “tra n s
fo rm a d ad o s em in fo rm açõ es q u e são utilizadas na e stru tu ra d e cisó ria da
e m p re sa , p ro p o rc io n a n d o , ain da, a su ste n tação adm in istrativ a p ara o ti
m izar o s re su lta d o s e sp e ra d o s” . Seg u n d o Baltzan e P hillips (2 0 1 2 , p. 2 2 ),
o s SIG s são “sistem as de in fo rm ação p ara re so lv er p ro b le m as de n e g ó cio ” .
K ro e n k e (2 0 1 2 ) d efin e u m SIG c o m o u m siste m a d e in fo rm a ç ã o q u e
au xilia as e m p re sas a atin gir suas m e tas c seu s o b jetiv o s.
A s in fo rm açõ es p ro d u zid as p o r um SIG são ap resen tad as na fo rm a de
re la tó rio s g e re n c ia is e g rá fic o s, qu e m o stram ao ge sto r, d e fo rm a
clara e o b jetiv a, c o m o seu se to r e stá se sain do. N as palavras de L au d on e
Laudon (2 0 1 0 , p. 4 3 ) , “ o s SIG s p ro p o rcio n am re la tó rio s so b re o d e se m p e
nho atual da organização qu e p o ssibilitam m o n ito rar c con tro lar a em p resa,
além d e p re v e r se u d e se m p e n h o fu tu ro ” . S eg u n d o R am ach an d ra e t al.
(2 0 1 2 ), a prin cipal função de um SIG con siste em ap re se n tar a in fo rm ação
c e rta p ara a p e sso a c e rta , n o te m p o c e rto e a u m cu sto adequ ado.
5 .6 .1 Componentes de um S IG
5 . 6 . 2 U su á rio s de um S IG
5 . 6 . 4 T ip o s de re la tó rio s gerenciais
5 .6 .4 .1 Relatórios programados
N e sse tip o d e SIG , o s re g istro s d as ven das são u tilizad o s para p ro d u zir
re la tó rio s geren ciais qu e p e rm ite m o b servar, p o r e x e m p lo , o vo lu m e de
ven das de cad a p ro d u to em cada re g iã o , avaliar o s p e río d o s d o ano em
qu e d e term in ad o p ro d u to vende m ais, co m p arar o fatu ram en to atual com
p e río d o s a n te rio re s, avaliar o d e sem p en h o d e cad a v en d ed o r c iden tificar
an o rm alid ad es. C o m b ase n essas in fo rm a ç õ e s, o ge re n te co m e rcial p o d e
to m a r d e c isõ e s im p o rta n te s, c o m o aju star p re ç o s, rever o p o rtfó lio de
p ro d u to s, ab rir novas fren tes d e d istrib u ição e p ro p o r re e stru tu ra ç õ e s na
eq u ip e de vendas.
00
o
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
5 .7 Sistemas para o nível estratégico (SISs)
Uma dessas técnicas computacionais é a mineração de dados - ou data mining que explora
grandes bases de dados na busca por padrões de dados que possam revelar novas informações.
C o n ceito d e SAD
Seg u n d o Baltzan e P hillips (2 0 1 2 , p. 4 7 ) , um SA D “m o d e la a in fo rm ação
p a ra a p o ia r g e sto r e s e p ro fissio n a is d e n e g ó c io d u ran te o p ro c e sso de
to m ad a d e d e c isão ” . D e a co rd o co m Shim e t al. (2 0 0 2 ), o s S A D s são so lu
çõ e s co m p u tacio n ais utilizadas p ara d ar su p o rte às d e c isõ e s c o m p le x a s e à
reso lu ção d e p ro b le m as. N e ssa defin ição , o s au to re s utilizam a e x p re ssão
“d e cisõ e s c o m p le x a s” para se re fe rire m à n atu reza não trivial d e ssas d e c i
sõ e s, o q u e ju stifica a u tilização de sistem as co m p u tacio n ais e sp e cífico s
para ap o iar a to m ad a de d ecisõ e s.
C o m o e x e m p lo d e sse tip o de d e cisão , p o d e m o s m en cio n ar a avaliação
d o im p acto financeiro d e u m in v estim en to d e lo n go p razo q u e u m d ire
to r d e p ro d u ção p reten d e realizar p ara m o d e rn iz ar seu p arqu e in du strial.
T rata-se claram en te de um p ro b le m a se m ie stru tu ra d o , b ase ad o em um
con ju n to de in fo rm açõ es o b jetiv as, m as tam b é m em d iv ersas in fo rm açõ es
não e stru tu ra d a s, c o m o p ro je ç õ e s d e m e rc a d o , cen ário s e co n ó m ic o s, p r o
b ab ilid ad es, in certez as e risc o s. É a e sse tip o d e situ ação de d e cisão qu e o s
S A D s n o rm alm cn te se aplicam .
S u rg im en to e ev o lu ç ã o d o s SADs
O s S A D s tê m sid o e stu d a d o s há m ais de 4 0 an os. Sua h istó ria te m início
n os an os 1 9 7 0 co m o desen v o lv im en to d o s p rim e iro s S A D s b ase ad o s cm
m o d e lo s, ao qu e se seg u iu , n o in ício da d écad a d e 1 9 8 0 , a im p le m en tação
d o s sistem as d e p lan ejam en to financeiro, das planilhas e le trô n icas e d o s
S A D s colab o rativ o s (Pow er, 2 0 0 4 a ). N a d écad a de 1 9 9 0 , acom pan h an d o
o s avan ços d a e ra d a in te rn e t, su rg ira m n ovas te c n o lo g ia s, c o m o d a t a
w areh ou se , O la p ( o n lin e a n a ly t ic a l p ro c e ssin g , o u p ro c e ssa m e n to an alítico
In te ração SA D -u su ário
D e a c o rd o co m C a rlso n e S p ra g u e ( 1 9 9 6 ) , um S A D é um siste m a de
in fo rm a ç ã o q u e au x ilia o s g e sto r e s a so lu cio n a r p ro b le m a s d e d e cisão
não e stru tu ra d o s ou se m ie stru tu ra d o s p o r m eio da in te raç ão com os
d a d o s e m o d e lo s d e an álise. O u tra d efin ição sim ilar n o s c dada p o r
Potter, R ain er eT urban (2 0 0 5 ), qu e caracterizam o SA D c o m o um sistem a
de in fo rm ação q u e com b in a m o d e lo s e d a d o s para re so lv e r p ro b le m as s e
m ie stru tu ra d o s e algu n s p ro b lem as n ão e stru tu ra d o s, co m in ten so en v ol
v im en to d o u su ário . C ab e aqui e n fatizarm o s a n atu re za in terativ a
de u m SA D , u m a vez q u e o s u su ário s p articip am da criação d o s m o d e lo s
de análise e d o aju ste d o s p a râ m e tro s e variáveis d o p ro b lem a.
Q u an d o d izem o s q u e u m SA D in terag e in ten sam en te co m o u su ário ,
isso sign ifica q u e o u su á rio d esem p en h a u m p ap e l ativo na so lu ção do
p ro b le m a, cab en do a ele esp e cificar o m o d e lo de análise e e sta b e le ce r as
variáveis q u e in terferem em su a reso lu ção .
C o n sid e re m o s, p o r e x e m p lo , um d ire to r p re o c u p a d o com o im p acto
da v ariação d o d ó la r so b re a lu cratividade d e sua e m p re sa n o p ró x im o
trim e stre . O q u e se b u sca, n esse caso , não c um re su ltad o p re ciso , m as
o s p o ssív eis cen ário s e suas p ro b ab ilid ad es. Para so lu cio n ar e sse tip o de
p ro b le m a , não b asta re so lv er um a única e q u ação m atem ática. Sua r e s o
lução re q u e r su cessiv as análises p ro b ab ilísticas e sim u laçõ e s de faixas de
v alo res p ara as m ú ltip las variáveis d o p ro b le m a. T rata-se de um trabalh o
com p u tacio n al c o m p le x o , q u e tip icam e n te 6 d e le g a d o a um SAD.
Marco Antonio M asoller Eleuterio
A qu estão que n os co lo cam o s aqui é a segu in te: qual é o papel d o usu ário
nessa reso lu ção? O usuário, n esse caso um especialista em análise d e cu sto s,
alim entará o sistem a com o m o d e lo m atem ático e as variáveis d o p rob lem a.
O sistem a, p o r sua vez, realizará o trabalh o com p u tacion al n ecessário para
g e ra r o s cen ário s p o ssív eis, p o r m eio d e su cessivas sim u laçõ es. E ssa é a
natureza interativa de um SA D , qu e inclui o u su ário c o m o p arte in tegran te
da so lu ção d o p ro b lem a.
T ip o s d e SAD
Em razão d a g ran d e d iv ersid ad e de p ro b le m as d e d e c isão , e x iste m v ário s
tip o s de SA D , q u e, seg u n d o P ow er (2 0 0 4 b ), p o d e m se r classificado s cm
cin co c ateg o rias:
A comunicação síncrona é aquela que ocorre quando os participantes estão conectados simulta
neamente, como em uma chamada telefônica, uma sessão de videoconferência ou um chat online.
1 14
A comunicação assíncrona, por outro lado, ocorre quando os participantes trocam mensagens
C o n ceito d e SAE
O s S A E s — ta m b é m co n h e c id o s p e la sig la EISs, d o in glê s E x e c u t i v e
I n f o r m a t i o n S y s t e m s — são so ftw are s d e stin a d o s a su p rir o s e x e c u tiv o s
com in fo rm açõ es ú teis p ara a g e stão e straté g ica da organ ização. Segu n d o
L au d o n e L au d on (2 0 1 0 , p. 4 6 ) , “o s SA E s aju d am o s g e re n te s sên io res
a to m a r d e cisõ e s não ro tin eiras q u e e x ig e m b o m sen so c cap acid ad e de
avaliação e p e rc e p ç ã o , ag reg an d o d ad o s d e d iv ersas fo n te s, in tern as e e x
te rn a s” . A o c o n trário d o s d em ais sistem as e m p re saria is, o s SA E s n ão se
lim itam a m o n ito rar o desem p en h o in tern o da e m p re sa e seu s in dicadores
de d esem p en h o , u m a vez q u e essa tarefa é e x e rc id a n o s níveis in te rm e
d iário s d e g estão . O s SA E s vão alem d isso : eles o b se rv am p rin cip alm cn tc
as in fo rm aç õ e s e x te rn a s à o rg a n iz a ç ã o , e m p a rtic u la r o c o m p o r
tam en to d o m e rc a d o , do s co n c o rre n te s, d o s clien tes e d o s p a rce iro s, cm
u m a v isã o an te c ip a tiv a q u e p o ssib ilita ao s e x ecu tiv o s a g ir de fo rm a
pro ativ a em seu am bien te de n egó cio s.
A característica proativa d e u m SA E tam b ém é enfatizada nas defin ições
de o u tro s au to re s. P araW alls e t al. (1 9 9 2 ), a e ssên cia d o s SA E s é sua cap a
cid ad e d e a p rim o ra r a efetiv id ad e d o s e x ecu tiv o s cm iden tificar e d iag n o s
ticar o p o rtu n id ad e s e am eaças estraté g icas p o r m e io de u m a v ig ilân cia
co n stan te d o am bien te d e n egó cio s. C o n fo rm e El Saw y (1 9 8 5 ), em um
am b ien te c o m p e titiv o , d in âm ico e tu rb u le n to , as d e c isõ e s e stra té g ica s
d e p e n d e m fo rte m e n te d a con tín u a v arred u ra d o am b ie n te e x te rn o de
n eg ó cio s em busca d e sin ais d c a le rta , e e ssa v arred u ra se faz p rim a ria
m en te so b re as in fo rm açõ es e x tern as.
E m razão d o seu p ap el e stra tég ico , o s SA E s fre q u en te m en te e stão no
cen tro de d ecisões de alto im pacto. D e aco rd o com R ainer Ju n io r e W atson
(1 9 9 5 ), u m SA E p o d e se r en ten d id o c o m o um siste m a d e alto risc o e n.
Marco Antonio M asoller Eleuterio
alto r e to rn o , p o rq u e as p e sso as qu e o u tilizam tê m g ran d e influência n os
ru m o s da organ ização. P or e sse m o tiv o , as in fo rm açõ e s p ro d u zid as p o r
u m SA E são ap resen tad as d e fo rm a ab ran gen te, o b jetiv a e am igável, g e
ra lm e n te na fo rm a de p ain éis — o u d a sh b o a rd s —, q u e u tilizam g rá fic o s,
íco n es, sin alizadores de atin gim en to de m e tas e o u tro s re c u rso s visuais
qu e facilitam a in terp retação das in fo rm a ç õ e s p o r p a rte d o s e x e cu tiv o s,
m esm o sem fam iliarid ad e co m a tecn o lo gia.
Síntese
CM
CN
Sistemas de informações
gerenciais (SIGs) e sistemas
integrados de gestão (ERPs)
Conteúdos do capítulo
informações departamentais.
6.1 SIG para a administração financeira
situação de forma condicional, ou seja, "se determinada situação ocorrer, então o resultado
126
será este".
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
6 .1 .1 Funções de um SIG financeiro
D e fo rm a g e ra l, p o d e m o s e le n c a r as se g u in te s fu n çõ e s d e u m SIG
financeiro:
b. A d m in istração d e c a ix a — R e g istra o s re ce b im e n to s e o s d e se m
b o lso s da e m p resa, p ossibilitan d o a adm in istração d e caixa, incluindo
as m o v im en taçõ es en tre co n tas, a g e stã o de e x c e sso s de caixa, a a n
tecip ação d e situ açõ es d e d éficit, a p o ssibilid ad e de investim entos etc.
c. P lan ejam en to o rç a m e n tá rio — R ealiza o re g istro e o co n tro le
das re ceitas e d as d e sp esas fu tu ras, in clu in do as análises de variações
Marco Antonio M asoller Eleuterio
d e flu x o de caixa e as an álises d e risc o , além da avaliação das o p ç õ e s
de capitalização da organ ização.
d. A d m in istração d e in v estim en to s — A d m in istra o p o rtfó lio de
in v estim en tos da e m p re sa, ou se ja, ap o ia o s g e sto re s nas d e cisõ e s de
c o m p ra e venda d e títu lo s de fo rm a a m in im izar o s risc o s e m a x im i
zar o s resu ltad o s d o s in vestim en tos.
0
1 Operacional Gerencial Estratégico
U -
2
1
O l i
Equipe operacional
(lançamentos contábeis,
ordens de pagamento, Dados Dados
faturas, recebimentos etc. internos externos
Sistema de apoio
à decisão (SAD)
Transações internas
Sistema de processamento
Informoções paro o
de transações (SPT) nível estratégico
Transações externas
Q Saídas Sistema de apoio
aos executivos
Relatórios gerenciais
î • DRE
• Fluxo de caixa
(SAE)
Clientes e fornecedores
• Orçamento
(pedidos de compra, ordens
de serviço etc.) • Estatísticas
• Auditoria
1. Dados resultantes das transações financeiras (internas e externas) introduzidos via SPT.
2 . Dados recebidos de outras bases de dados, por exemplo, dados do sistema de RH ou
do sistema comercial.
3 . Saídas geradas na forma de relatórios gerenciais em diferentes formatos.
4 . Informações do S IG usadas pelos sistemas estratégicos (SAD s e SA Es).
oo
CN
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
6 .2 SIG para o relacionamento com os clientes (CRM)
N o q u e sc re fere à a u to m a ç ã o d a e q u ip e d e v en d as, d e v e m o s o b
serv a r qu e cada vez m ais as m o d e rn as e q u ip es d e v en das utilizam re c u rso s
d igitais — c o m o sm a rtp h o n e s , ta b le ts c notebooks — p ara c o le tar in fo rm açõ e s
d e clien tes e p ro sp ects* em suas visitas d e c am p o . P ara isso , n e ce ssitam
d e sistem as de in fo rm açõ es qu e agilizem seu trabalh o e au m e n tem sua
p ro d u tiv id ad e. É p ara su p rir essa fu n ção q u e e x iste m as fe rram e n tas de
a u to m a çã o d a e q u ip e de v en d as, tam b é m ch am ad as d e fe rra m e n ta s
S F A , d o in glês Sales Force Automation . E las se rv e m de a p o io à o p eração
O termo prospect refere-se o um indivíduo ou empresa que ainda não é cliente de uma empresa,
mas tem potencial para tanto e que, por isso , será abordado - ou prospectado - pela equipe
* O termo lead é comumente empregado na área de m arketing para designar um indivíduo que
informa seus dados de contato em troca de algum benefício, como um internauta que informa
seu endereço de e-m ail para poder baixar um catálogo de produtos. A geração de leads é o
capítulo.
O s atuais m ó d u lo s d e p lan ejam e n to e e scalo n am en to da p ro d u ção são
ferram e n tas avançadas q u e o fere ce m so fisticad o s a lg o ritm o s d e e scalo n a
m en to e u m a am p la g am a d e o p ç õ e s e p arâm e tro s p ara se ad ap tarem aos
req u isito s d o s d iferen tes p ro c e sso s p ro d u tiv o s.
para c o n tro lar variáveis d isp ersas p o r u m a gran d e área g e o g rá fica , geral-
m en te in terco n cctad as p o r re d e s de lon ga distân cia e d ife ren te s m e io s
d e com u n icação , c o m o cab o s de fibra ó p tica, rád io d igital e m icro -o n d as.
U m P C S p o d e se r um sistem a relativ am en te sim p le s, c o m p o sto p o r
sen so res, q u e re ce b e m c o m o en trad a o s d ad o s d o p ro c e sso (p o r e x e m p lo ,
136
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
te m p e ra tu ra , n ível, p re ssã o e p o siç ã o ), e u m co n tro lad o r, q u e p ro ce ssa
as en trad as e g e ra as saídas de co n tro le q u e atuam d irctam e n te n os e q u i
p am en to s (p o r e x e m p lo , válvulas, in te rru p to re s e acio n ad o re s). Sistem as
m ais c o m p le x o s in clu em d isp o sitiv o s ro b ó tic o s q u e realizam m ú ltip las
tarefas de fo rm a au tô n o m a. E m g e ra l, um P C S se in terliga co m o siste
m a E R P p o r m eio de u m a cam ada in term e d iária d e so ftw are , ch am ad a de
MES — M a n u f a c t u r i n g E x e c u t i o n S y s t e m , ou sistem a d e e x e c u ç ã o
d e m an u fatu ra.
Estudo de caso
Implementação global de um sistema ERP e BI por uma empresa
multinacional
co
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
Síntese
o
«o
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
Questões para reflexão
«o
Tendências em sistemas
de informação
Conteúdos do capítulo
em serviços.
7.1 Inteligência de negócios
A in telig ên cia d e n e g ó c io s, ou b u s i n e s s i n t e l l i g e n c e
(BI), diz re sp e ito ao p ro c e sso de análise de in fo rm açõ es
q u e o fe re c e su p o rte a o s n e g ó c io s d e u m a e m p re sa . E la
ap oia o s e x ecu tiv o s em suas d e c isõ e s e stra té g ica s, q u e , n o r
m alm en te, e stão asso ciad as à co m p e titiv id ad e d a em p re sa
em relação a seu s c o n c o rre n te s e a seu m e rcad o c o n su m i
dor. Para g eren ciar o s n e g ó cio s de um a e m p re sa, não basta
aco m p an h ar seu s in dicad ores in tern o s d e d e sem p en h o : é
p re ciso o b se rv a r o s c o n c o rre n te s, an tecip ar as ten dên cias
d o m erc a d o , co n h ecer o s co n su m id o re s e iden tificar p o s
síveis am eaças e o p o rtu n id ad e s de n egó cio s.
E m razão d isso , o s sistem as geren ciais para o nível e stra
té g ic o são d iferen te s d aq u e le s u tilizad o s n o s níveis in te r
m ed iário s de gestão (S IG s). O s sistem as e stratég ico s devem
c o n sid erar a evo lu ção d as in fo rm a ç õ e s ao lo n go d o te m p o ,
co letá-las cm fo n tes d iv ersas — cm p articu lar, d o am bien te
e x te rn o de n egócio —e realizar análises sob re elas. E sse tip o
esp ecial d e sistem a é ch am ad o de siste m a de B I.
7.1.1 Sistemas de BI
Marco Antonio M asoller Eleuterio
o
1
2
3
o
M uitas e m p resas utilizam diferen tes sistem as de in form ação para cada área
fun cion al, c o m o con tab ilidad e, recu rso s hu m an os (R H ), vendas e lo gística,
co m cada u m d e les alim en tan d o seu p ró p rio ban co d e d ad os. A lém d isso ,
é co m u m en co n trar in fo rm açõ es im p o rta n te s em planilhas e em o u tro s
arq u iv o s arm azen ad o s n o s se rv id o re s c o rp o rativ o s o u , ain da, em fon tes
e x te rn a s, c o m o site s esp ecializad o s c sistem as de p a rce iro s c fo rn e ce d o re s.
Marco Antonio M asoller Eleuterio
Q u an d o o s d ad o s se o rig in am de v árias fo n tes e e stão arm azen ad o s em d i
feren tes fo rm a to s, d izem os qu e eles são h etero g ên eo s. Para an alisarm os
d ad o s h e tero g ên e o s, é n e ce ssário , an tes de tu d o , in teg rá-lo s em u m local
ún ico e tran sfo rm á-lo s em um p ad rão q u e p e rm ita sua in terp retação . E sse
p ro c e sso d e in teg ração e tra n sfo rm a ç ã o é ch am ad o de c o n so lid a ç ã o
d e d ad o s. É n esse c o n te x to q u e se ap licam as ferram en tas d e d a ta
w are h o u se (DW ).
O D W co leta e organ iza o s d ad o s c o rp o ra tiv o s p ara fins g e re n ciais, em
esp ecial p ara o s o b jetiv o s da ad m in istração e stratég ica. E le se baseia na
ideia de q u e as in fo rm a ç õ es n e ce ssárias para u m g e s to r aco m p an h ar seu
n egócio são diversificadas, v o lu m osas, d isp ersas e não estão organ izadas de
fo rm a ap ro p riad a p ara sua rápida com p reen são . P ortan to , é p re ciso d isp o r
d e ferram en tas cap azes d e c o le tar o s d ad o s de su as fo n tes, ad ap tá-lo s e
atrib u ir a e le s um sign ificado co m u m .
A b reu e R ezen d e (2 0 1 3 , p. 1 9 7 ) d efin em um D W c o m o “u m g ran d e
b an co de d ad o s q u e reú n e in fo rm açõ e s so b re o s n e g ó cio s e m p re sariais
p ro v en ien tes de d iv ersas fo n te s p ara [a] fu tu ra g e ra ç ão de in fo rm a ç õ e s
in te g ra d a s” . D e a c o rd o co m K ro e n k e ( 2 0 1 2 ) , a fin alidade d e um D W
co n siste e m e x tra ir e “ lim p ar” d ad o s de sistem as o p eracio n ais e de o u tras
fo n te s, arm azen an d o e p ro ce ssan d o e sse s d ad o s p ara serem p ro ce ssa d o s
pelas ferram en tas de BI. O p ap el e straté g ico d e um D W c co n firm ad o p o r
G o rd o n e G o rd o n (201 3 ), qu e defin em um D W c o m o um banco de d ad os
d e ab ran gên cia e m p re saria l, p ro je ta d o para su p o rta r um se rv iço d e in te
ligên cia de n eg ó cio s e g e stã o d o p ro c e sso d e to m ad a d e d e c isõ e s, e m vez
d e aten d er às n ecessid ad es o p eracio n ais. E sse é o o b jetiv o de um DW, qu e
b u sca e x tra ir v alo r do s d ad o s c o rp o ra tiv o s para o p ro p ó sito d o n egócio.
7.2.1 Origem do D W
00
«o
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
tran saçõ es, m as não estavam p re p arad o s p ara su p rir as cre sce n te s d e m a n
das das em p re sas p o r in fo rm a ç õ es re le v an tes so b re seu s n e g ó cio s.
N o final d o s anos 1 9 8 0 , B arry D evlin e Paul M urphy, p e sq u isad o re s da
IB M , p u b licaram u m a rtig o em qu e d e scre v e m u m a arq u ite tu ra de ban co
de d ad o s capaz de fo rn e c e r ao u su ário in fo rm a ç õ e s relev an tes e analíticas
so b re g ran d e s m assas d e d a d o s (D ev lin ; M urphy, 1 9 8 8 ). N e sse a rtig o , os
au to re s p ro p õ e m a criação de u m a e sp é cie d e “ re p o sitó rio in teg rad o ” de
d ad o s c o rp o ra tiv o s, co m o o b jetiv o de m an ter as in fo rm açõ e s so b re as
atividades da em p resa p ara utilização nas to m ad as d e decisão. N o artig o de
D ev lin e M urphy, e sse re p o sitó rio foi d e scrito c o m o u m b an co de dad os
relacion al c riad o co m b ase n os ban co s de d ad o s da e m p re sa, ao qual se
d eu o n o m e de d a t a w arehouse — D W (d e p ó sito d e d a d o s).
Em linhas g e ra is, p o d e m o s c o m p re e n d e r um D W c o m o um ban co de
d ad o s esp ecial q u e con cen tra as in fo rm açõ e s so b re as atividades d e um a
e m p re sa. E le d ifere de u m b an co d e d ad o s trad icio n al p o rq u e su as in fo r
m açõ es e x p ressam o n e g ó c io d a e m p re sa cm vez d e sua o p e ra ç ã o . Por
esse m o tiv o , em u m DW, as in fo rm a ç õ e s n o rm alm e n te são h e tero g ên e as,
su m arizad as e p roven ien tes de d iv ersas fon tes.
7.2.2 Características de um DW
o
«o
Marco Antonio M asoller Eleuterio
a. O r i e n t a ç ã o a o a s s u n t o — O s D W s são p ro je ta d o s p ara p o ssib i
litar a análise d e in fo rm a ç õ e s relev an tes em u m a d e te rm in ad a área
d e n e g ó c io s da e m p re sa. P or isso , su as in fo rm a ç õ e s são iden tifica
das c o m o o r ie n ta d a s a o a ssu n to . P or e x e m p lo , para c o m p re e n d e rm o s
m elh o r a área de ven das, p o d e m o s p ro je ta r um D W q u e con cen tra
e co n so lid a as in fo rm açõ es co m e rciais e qu e n o s aju d a a re sp o n d e r
q u e stõ e s c o m o “ Q u e m foi seu m elh o r clien te no ano p assad o ?” ou
“ Q u al p ro d u to será o d estaq u e nas vendas d o ano qu e vem ?” . E ssa
característica to rn a um D W o rie n tad o ao assun to.
b. C o n s o l i d a ç ã o — U m a fu n ção im p o rtan te de u m D W é a p ad ro n i
zação d o fo rm a to das in fo rm a ç õ e s p ro v en ien tes d e fo n te s d iferen tes
para garan tir a con sistên cia em su a utilização. Para isso , é n e ce ssário
realizar u m a sé rie de ad a p ta çõ e s, c o m o re so lv e r co n flito s d e n o m es,
d u p licaçõ es de d ad o s e in con sistên cias em suas u n id ad es d e m ed id a
e in serir m etad ad o s* q u e d arão sign ificad os a ele s. Q u an d o as in fo r
m a çõ e s h etero g ên eas são relacio n ad as en tre si, d ize m o s q u e e stão
c o n so lid a d a s. N a p rática, a co n so lid ação d o s d ad o s é realizad a co m a
O termo metadado refere-se a um dado que descreve outro dado. A função de um metadado
é dar sentido aos dados a que ele se refere. Por exemplo: em uma biblioteca virtual, as obras
160
digitais normalmente estão associadas a metadados que descrevem informações úteis sobre elas,
7 .2 .3 Ambiente de D W
CM
o
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
co m p le x a s e in terd ep en d en tes to rn a ra m -se , p o rta n to , e le m e n to s e sse n
ciais n o cotid ian o d o s g e sto re s e stratég ico s.
O s m o d e rn o s sistem as de in fo rm ação , em p artic u lar o s sistem as d e BI,
têm ferram en tas analíticas específicas para essa finalidade. São as cham adas
ferram en tas O lap - o n lin e a n a ly t ic a l p r o c e s s in g , ou p ro c e ssa m e n
to a n a lític o o n lin e —, qu e p o ssib ilitam a análise ráp id a d e g ran d e s v o lu
m es de d ad o s so b m ú ltip lo s ân gulos d e o b se rv ação - o q u e d en o m in am o s
de an álise m u ltid im en sio n al.
Seg u n d o O ’ B rien (2 0 1 3 , p. 3 6 0 ), “ o p o d e r real d o O lap vem da união
de d ad o s e m o d e lo s em g ran d e escala, q u e p e rm ite ao s ge re n tes re so lv e r
v ário s p ro b lem as cu jo en fren tam en to eficaz se ria an tes co n sid e rad o d e
m asiad o c o m p le x o ” .
C o n fo rm e d e sc rito em G o rd o n e G o rd o n (2 0 1 3 ), o softw are O lap p o s
sibilita a análise d e d ad o s m u ltid im cn sio n ais de fo rm a sim p lificad a, p o r
m e io d e e stru tu ra s d e m ú ltip las d im e n sõ e s — fre q u en te m en te cen ten as
delas — d en o m in ad as de cubos O la p . A característica m u ltidim en sion al de
u m cu b o O la p c o n fere a essas fe rra m e n ta s u m a c ap ac id ad e d e análise
am p liad a, q u an d o co m p arad a com as tradicion ais an álises bidim en sion ais
p ro p o rcio n ad as p elas planilhas eletrô n icas.
N a análise m u ltid im en sio n al, cad a fato r qu e in fluencia na in fo rm ação
é re p resen tad o p o r u m a dim en são esp ecífica. P or e x e m p lo , a in fo rm ação
fa tu r a m e n to a n u a l do p ro d u to X v aria d e a c o rd o c o m algu n s fa to re s, tais
CO
o
Marco Antonio M asoller Eleuterio
7 .3 .1 Funções de exploração do O la p
d i s c o v e r y J r o m d a t a b a s e s ( K D D ) , c o m o d e scrito em M ik u t e R eischl
trecho de programa.
N a área da computação, a termo heurística se refere a uma inferência computacional que não
166
Em computação, a expressão redes neurais refere-se ao ramo da inteligência artificial que estu
humano.
A análise de sobrevivência é um método estatístico que permite re a liza r estimativas com base no
tempo de ocorrência de um evento. Ela é aplicada, por exemplo, para estimar a sobrevida de
7 .5 Computação em nuvem
p recisa realm en te investir n isso? N ã o haveria altern ativ as p ara evitar esse
in vestim en to? E ssas são as q u e stõ e s cen trais q u e fu n dam en tam a ideia de
um novo m o d e lo de T I, ch am ad o d e c o m p u ta ç ã o em nuvem .
A c o m p u ta ç ã o em n u vem , o u cloud computing , c u m m o d e lo
te c n o ló g ic o e de n e g ó c io q u e p e rm ite a co n tratação de re c u rso s d e T I
so b d em an d a, c o m o se fo sse um se rv iço terce irizad o . N e sse m o d e lo , a
in fra e stru tu ra te c n o ló g ic a p e rte n c e a o u tra e m p re sa , con h ecid a c o m o
p ro v e d o r d e nuvem (c/oud provider ) , e é ad m in istrad a p o r ela. O s
clien tes alugam a qu an tid ade de te m p o e o s re c u rso s de se rv id o r d e qu e
n e ce ssitam , d e fo rm a flex ív el, e p o d e m alterar d in âm ica e rad icalm en te
o s te r m o s da co n tratação (K ro c n k c , 2 0 1 2 ). E sse m o d e lo , qu e tran sfo rm a
a T I em u m se rv iç o , é con h ecid o c o m o ITaaS — I T as a Service, ou TI
co m o se rv iç o .
A co m p u tação em n u vem utiliza a in te rn e t p ara o fe re c e r se rv iço s q u e,
n o rm a lm e n te , n ecessitariam de u m a in fra e stru tu ra local d e h ard w are e
so ftw are. A con tratação d c u m a in fraestru tu ra cm nu vem lib e rta a em p re sa
Infraestrutura híbrida
On-premise
Internet
Provedor de nuvem
C o m isso , v e m o s q u e o s b en e fício s o fe re c id o s p e lo s se rv iç o s d e n u
vem p o d e m re d u z ir sign ificativ am en te o s c u sto s o p e ra c io n a is e o s ativos
te c n o ló g ic o s n e c e ssá rio s p ara as e m p re sa s im p le m e n ta re m su as in fraes-
tru tu ra s de T I.
7 . 5 . 2 In d u stria liza ç ã o da T I
Uma infraestrutura de nuvem utiliza fontes de energia redundantes ou duplicadas. Por exemplo:
7 . 5 . 3 Provedores de nuvem
O tempo de latência, no contexto das redes de dados, refere-se ao tempo necessário para que
os dados percorram o caminho desde o servidor até o computador do usuário final. Quanto
maior for a distância física percorrida pelos dados, maior será a latência.
simultaneamente por diversos usuários, como ocorre na hospedagem da maioria dos sites da
internet. O s provedores de nuvem oferecem servidores compartilhados como alternativa de
(L au d o n ; L au d o n , 2 0 1 0 ).
O SaaS p e rm ite co n tratar u m so ftw are — p o r e x e m p lo , um sistem a E R P
ou u m softw are de con tabilidade —com con figu rações flexíveis para aten der
a um a qu an tid ade d eterm in ad a de u su ário s. A m aio ria d o s fo rn e ce d o re s
de SaaS o ferece v ersõ e s b ásicas de seu s so ftw are s , m u itas vezes gratu itas
e co m fu n cion alidad es lim itadas, m as q u e p o d e m se r tran sfo rm ad as em
v ersõ es com p letas m ediante o p agam en to de um a taxa m en sal de utilização.
U m b o m e x e m p lo de SaaS é o so ftw are S a le sfo rc e .c o m ^ , um sistem a
d estin ad o á au to m ação de eq u ip es d e v en da c o m fu n cion alidad es d e C R M
q u e se p o p u larizo u rap id am en te e se to rn o u m u n d ialm en te utilizado pela
facilidade e p e lo b aix o cu sto de im p lem en tação . N o rm a lm e n te , p ara c o n
tratar um so ftw are SaaS , b asta cria r u m a con ta n o site d o fo rn e ce d o r e e s
co lh er a v ersão e a qu an tid ade d e u su ário s. A s v ersõ es pagas são liberadas
m ed ian te p agam en to co m cartão de cré d ito , e sua utilização é habilitada
qu ase im ed iatam en te. O clien te p o d e in te rro m p e r a co n tratação a q u a l
q u er m o m e n to , sem aviso p ré v io n em tax a de can celam en to .
Em re sp o sta ao ráp id o au m en to da com ercialização de softw ares no m o
d e lo SaaS, m u itas em p re sas g ig an te s d o seto r, c o m o a M ic ro so ft, a O racle
e a SAP, qu e tradicio n alm en te vendiam so fw a r e s c o m o p ro d u to s, en traram
no m ercad o SaaS e estão alteran d o o fo co de seu s n e g ó cio s em d ire ção à
p re stação d e se rv iç o s de T I.
Marco Antonio M asoller Eleuterio
Síntese
a p ro teç ã o d o s d ad o s co rp o rativ o s.
Marco Antonio M asoller Eleuterio
d . M esm o m ig ran d o in teg ralm e n te a in fraestru tu ra p ara a n u v e m ,
a e m p re sa p recisa m an ter u m a eq u ip e m ín im a d e T I.
e. O m o d e lo d e o p era ç ã o e m n u vem so m e n te é viável p ara e m
p resas d e g ran d e p o r te , e m razão d o s alto s cu sto s d e provisio-
nam en to.
2. O g e re n te d e T I d e u m a e m p re sa d isp õ e d e u m a g ran d e eq u ip e de
o p era ç ã o e d e u m d a t a cen ter c o m p o sto p o r dezen as d e se rv id o re s.
C o m o o m o d e lo de nuvem p o d e aju d á-lo a re d u z ir o s cu sto s o p e
racio n ais e d e in vestim en to d e sua área?
V E L T E , A .; E L S E N P E T E R , R . C o m p u taç ão em nuvem : u m a ab o rd a
g e m p rática. R io de Jan e iro : A lta B o o k s, 2 0 1 2 .
N e sse livro, o s au to re s ap resen tam in fo rm açõ e s detalh adas so b re a c o m
p u tação c m n u v em , in cluin do o s a sp e c to s con ceitu ais, o s p rin cip ais fo rn e
c ed o re s m u n d iais, o s b en efício s d a n uvem p ara o s n e g ó c io s e as m elh o res
p ráticas d e m ig ração p ara a n uvem .
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3
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CM
O'
C apítulo 1
de atendimento c as chamadas não atendidas. Com base nesses dados, são gerados
relatórios gerenciais que ajudam a compreender a dinâmica operacional da equipe
de atendimento e a propor ajustes na equipe e nos horários de atendimento.
C apítulo 2
C apítulo 3
e período de garantia.
3. c
4. a, e
194
5. b
Sistemas de informações gerenciais na atualidade
Questão para reflexão
1. Qualidade da mão dc obra da região; infraestrutura local para atrair novos colabo
radores; proximidade dos mercados consumidores e das empresas fornecedoras
do setor (custos de logística); impostos locais e possibilidade de isenções fiscais;
qualidade e continuidade do fornecimento de energia e dos meios de comunicação;
qualidade das vias de acesso.
C apítulo 4
u->
o
Marco Antonio M asoller Eleuterio
C apítulo 5
1. Os SPTs são aqueles que registram os dados operacionais de uma empresa, ou seja,
aqueles decorrentes da sua operação cotidiana. Os SIGs, por outro lado, utilizam
os dados operacionais para gerar informações gerenciais na forma de relatórios.
2. As ferramentas de SAD se destinam a resolver situações de decisão não triviais, em
que a solução requer o uso de processamento analítico complexo, como formu
lações matemáticas ou estatísticas. Um exemplo típico de utilização de um SAD
é a simulação de cenários financeiros para decidir sobre a melhor aplicação dos
recursos de uma empresa.
3. c
4. b
5. d
C apítulo 6
C apítulo 7
-•■P- O R
EDITORA
intersaberes