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Relatório final de estágio

supervisionado em clínica
infantil e ortodontia I
Acadêmicas: Danusa dos Anjos da Silva e Isabela Maria Maciel de Souza.
Balneário Camboriú, 2021.
INTRODUÇÃO

✘ Descrita por Angle, em 1899, a má oclusão Classe III foi


definida através de seu sistema de classificação. Seu padrão
esquelético é representado pela posição anteriorizada da
mandíbula em comparação com à maxila, pode-se dar pela
deficiência maxilar, excesso mandibular ou a junção dos dois.

(DE SOUZA ANDRADE et al., 2021)

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objetivos
Objetivo geral:

✘ Pesquisar através de artigos científicos e da literatura o


tratamento odontológico adequado para o caso apresentado, no qual
a paciente compareceu a clínica de Estágio em Clínica Infantil e
Ortodontia I.

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objetivos
Objetivos específicos:
✘ Buscar por meio de livros e artigos científicos um plano de
tratamento que possibilite a reabilitação oral, solucionando e
tratando de problemas de acordo, como tais:

A. Orientações de higiene bucal e deita;


B. Selamento de cavidades com cimento de ionômero de vidro;
C. Restauração provisória com ionômero de vidro;
D. Expansão rápida da maxila com aparelho Hyrax;
E. Correção de classe III esquelética com máscara facial;
F. Utilização de aparelho fixo com elásticos em dentição permanente.
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JUSTIFICATIVA
✘ Implementação de costumes benéficos através de
instruções de higiene bucal e dieta; (GOMES, 2009)
✘ O diagnóstico e a intervenção ortodôntica precoce são
fundamentais durante a formação da dentição nos casos de
má oclusão. (VIANA, et al.,2020)
✘ Utilização de expansor palatino e em seguida máscara
facial de Petit; (AGUIAR, et al., 2018)
✘ Dentística restauradora e preventiva para salvar a estrutura
dental. (MONNERAT, et al., 2013)

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✘ Paciente N.B .F, sexo feminino, 7 a nos e 9
meses;
✘ Queixa principa l: descontenta mento com o

Relato de sorriso e que esta va sofrendo pia da s na

caso
escola .

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Escovação e dieta
✘ Relatou preguiça de escova r os dentes,
escova ndo a pena s uma vez a o dia (a pós o
a lmoço);

✘ Nã o utiliza fio denta l;

✘ Alimenta çã o ba la ncea da e nã o possui o há bito


de toma r á gua , somente sucos e refrigera ntes.
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Exame clínico
✘ 54, 55, 65 e 74 com
presença de lesã o ca riosa ;

✘ 84 a presenta resta ura çã o


com ionômero de vidro em
bom esta do;

✘ Cla sse III esquelética ;

✘ Atresia ma xila r.
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cefalometria
✘ Evidenciou retrusão
maxilar e a mandíbula
bem posicionada, com o
ângulo ANB inferior a 0°.

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DIAGNÓSTICO
✘ Após a análise clínica e radiográfica, o diagnóstico para a
paciente foi de classe III de Angle esquelética. Sendo
assim necessária a instalação de disjuntor palatino
(Hyrax) em decorrência da atresia maxilar, seguida de
tração reversa com máscara facial de Petit. Além de
restaurações das cavidades cariosas e finalização do caso
com aparelho fixo com elásticos em dentição permanente.

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CAUSAS DO DIGNÓSTICO
✘ Fatores herdados geneticamente;
✘ Fa tores loca is ou a mbienta is.

(SUASSUNA, 2018)

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Plano de
tratamento
1ª Consulta 2ª Consulta 3ª Consulta

• Exame clínico; • Adequação do meio • Análise do


• Revelação de placa; bucal com restaurações comprometimento
• Profilaxia; da paciente quanto
das cavidades cariosas,
• Moldagem para a higiene, em caso
modelo de estudo; com ionômero de vidro positivo, realizar a
• Análise da alteração nos dentes 54, 55, 65 e troca das
oclusal; restaurações em
74.
• Instruções de dieta e ionômero de vidro
higiene; por resina
• Solicitação de composta.
documentação
ortodôntica.
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4ª Consulta 5ª Consulta 6ª Consulta

• Colocação de • Remoção dos • Três dias antes da


separador três dias separadores; instalação do
antes da prova da • prova das bandas; Hyrax, colocar
banda, nos dentes • Moldagem de novamente o
16 e 26. transferência; separador nos
• Encaminhado o dentes que serão
modelo para bandados.
laboratório;

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7ª Consulta nte
8ª Consulta

• Instalação do • Após a disjunção • Consulta 5 meses


expansor Hyrax. da sutura após a instalação
• Instruções sobre palatina, inicia-se do Hyrax, realizar
radiografia oclusal
o uso e higiene o uso da máscara
para verificar a
do aparelho. facial de Petit.
formação de osso
na sutura palatina.

* Quando a paciente estiver com toda a dentição permanente e com saúde


bucal, inicia-se a finalização do caso com aparelho fixo.

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hyrax
✘ Em pacientes em que a higienização não é realizada de
maneira ideal, o aparelho de eleição é o que não contém
parte de acrílico. Porém a não higienização do aparelho
fixo pode formar a placa no local, sendo importante a
escovação com a própria escova de dente;
✘ Disjunção de 7 a 10 dias, a primeira ativação deve ser 24h
após a instalação;
✘ Ativações de 2/4 de volta, duas vezes ao dia.

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(BAKOR et al., 2010)
Máscara facial de petit
✘ Início após o término da disjunção palatina;
✘ Uso diário de 10 a 14 horas;
✘ Tratamento de 2 a 6 meses;
✘ Elásticos de força inicial de 150 a 200g até
atingir 400 a 600g de cada lado;

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CORREÇÃO DA CLASSE III
✘ O tratamento da má oclusão de classe III por meio de expansão
maxilar e uso de máscara facial tem concordância com o surto
de crescimento. Essa conformidade é decorrente do fato de
pacientes em fase vital de crescimento exibirem resultados
melhores quando comparados aos em estágio desacelerado de
desenvolvimento, devido à maturidade esquelética. O tratamento
ortodôntico, após a fase de crescimento, é realizado com
correção cirúrgica.

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Considerações finais
✘ Quando se trata do tratamento odontológico infantil é de suma
importância que os responsáveis estejam cientes da
necessidade da preservação e manutenção dos dentes
decíduos. O diagnóstico e tratamento ortodôntico realizados
precocemente com expansão rápida da maxila com aparelho
Hyrax e tração reversa com máscara facial de Petit, permitem o
desenvolvimento mais harmonioso da fase e diminuem as
chances de intervenções mais invasivas na vida adulta.

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referências
• AGUIAR, Priscila Lins, R. M. da R. B.; SÔNIA MARIA SOARES DA SILVA, J. V. B. S. da S. V. S. B. C.
A importância da utilização de aparelhos ortopédicos em pacientes Classe III de Angle: relato de
caso clínico. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, [S. l.], v. 7, 2018. Disponível em:
https://www.archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/3395. Acesso em: 25 out. 2021.
• BAKOR, Silvia Fuerte et al. Demineralization of teeth in mouth-breathing patients undergoing
maxillary expansion: demineralization of teeth in mouth-breathing patients undergoing maxillary
expansion. Brazilian Journal Of Otorhinolaryngology: Brazilian Journal of Otorhinolaryngology,
Bahia, p. 709-712, 2010. Mensal. Disponível em: http://www.bjorl.org.br. Acesso em: 10 nov. 2021.
• CASTRO, Myrella Lessio; TREVISAN, Glauce Lunardelli e TABA JUNIOR, Mário. O estado atual e os
avanços no diagnóstico da doença periodontal e da cárie dentária. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent.
[online]. 2016, vol.70, n.4, pp. 358-362. ISSN 0004- 5276.
• COELHO, V. F. D.; COELHO, L. V. D.; COSTA, A. M. G. Técnicas de manejo em Odontopediatria:
uma revisão narrativa da literatura. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 11, p.
e414101119489, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i11.19489. Disponível em:
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/19489. Acesso em: 12 out. 2021.
• DE SOUZA ANDRADE, G..; ALAN VIEIRA BITTENCOURT, M. Revis. TRATAMENTO DA MORDIDA
CRUZADA ANTERIOR ESQUELÉTICA: ACOMPANHAMENTO APÓS QUATRO ANOS
ORTHODONTIC TREATMENT FOR SKELETAL ANTERIOR CROSSBITE: A FOUR-YEAR
FOLLOW-UPta da Faculdade de Odontologia da UFBA, [S. l.], v. 51, n. 2, 2021. Disponível em:
https://periodicos.ufba.br/index.php/revfo/article/view/46651. Acesso em: 30 nov. 2021.

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referências
• FELDENS, Carlos Alberto et al. Feeding frequency in infancy and dental caries in childhood: a
prospective cohort study. International dental journal, v. 68, n. 2, p. 113- 121 2018.

• GALLÃO, Simone et al. Diagnóstico e tratamento precoce da Classe III: relato de caso clínico: diagnóstico
e tratamento precoce da classe iii: relato de caso clínico. Revista do Instituto de Ciências da Saúde: J.
Health Sci. Inst., São Paulo, p. 104-108, 2013. Volume 30. Disponível em: Acesso em: 20 out. 2021.

• GOMES, Viviane. A importância do controle de placa dental na clínica odontológica. 2010. 06. Rio
Claro. 2009.

• GONTIJO, G.; BERNARDES, A.; SOUSA, G.; GUIMARÃES, K.; PEREIRA, M.; SILVA, G.; DIETRICH,
L. Disjuntor Hyrax. Revista de Odontologia Contemporânea, v. 4, n. 1 Supl 2, p. 24, 17 dez. 2020.

• LAZZARIN, Helen Cristina et al. Avaliação do perfil de prescrição de dentifrícios fluoretados por
cirurgiões dentistas em crianças menores de 6 anos. Revista Conscientiae Saúde: Revista
ConScientiae Saúde, [s. l], v. 17, n. 1, p. 32-40, 2018.

• MONNERAT, Antônio Fernando et al (ed.). Tratamento Restaurador Atraumático. Uma técnica que
podemos confiar? Revista Brasileira de Odontologia: Revista Brasileira de Odontologia, Rio de
Janeiro, v. 70, n. 1, p. 33-36, 2013. Disponível
em:http://revodonto.bvsalud.org/pdf/rbo/v70n1/a08v70n1.pdf. Acesso em: 02 out. 2021.

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referências
NORONHA, J. C; RÉDUA, P. C. B.; DE ANDRADE MASSARA, M. L. 25. Periodicidade das
consultas de manutenção preventiva. Manual de referência para procedimentos clínicos em
odontopediatria. São Paulo: Santos, p. 411-419, 2010.
• PEDRIN, Renata Rodrigues de Almeida et al. Etiologia das Más Oclusões - Causas Hereditárias e
Congênitas, Adquiridas Gerais, Locais e Proximais (Hábitos Bucais): etiologia das más oclusões -
causas hereditárias e congênitas, adquiridas gerais, locais e proximais (hábitos bucais). R Dental Press
Ortodon Ortop Facial: R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 5, n. 6, p. 107-129, 2000.
Mensal. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/281574669. Acesso em: 20 nov. 2021
• SUASSUNA, Katia Maria de Lima et al. EXPANSÃO E DISJUNÇÃO PALATINA EM PACIENTES
CLASSE III COM USO DE MÁSCARA FACIAL: expansão e disjunção palatina em pacientes
classe iii com uso de máscara facial. Revista Odontologia: Revista Odontologia, São Paulo, v. 30,
n. 3, p. 290-306, 2018. Disponível em:
https://publicacoes.unicid.edu.br/index.php/revistadaodontologia/article/view/734. Acesso em: 20 out.
2021.
• TEIXEIRA, Brenda Neves et al. Diferenças dos Disjuntores Hyrax é Haas: diferenças dos disjuntores
hyrax é haas. Prática Problematizadora Ensino Parcipativo na Odontologia: Prática
Problematizadora Ensino Parcipativo na Odontologia, Ponto Grossa, Paraná, v. 2, n. 3, p. 17-26, 2020.
Anual.
• VIANA, T. S. G.; CRUZ, J. H. de A.; ALENCAR, E. Q. de S. e; FONSECA, F. R. A.; MACENA, M. C. B.
O uso do plano inclinado fixo na correção de mordida cruzada anterior dentária: relato de caso
clínico. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 67–71, 2020. DOI:
10.21270/archi.v10i1.4847. Disponível em:
23
https://www.archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/4847. Acesso em: 25 out. 2021.

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