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UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS,

UNIMES
Curso: Bacharelado em Arqueologia
Disciplina: Histórias e Teorias da Arqueologia
Aula: 10/05/2022
Prof. Dr. Claudio Walter Gomez Duarte
Gordon Childe O primeiro arqueólogo
Neoevolucionista?
https://www.youtube.com/watch?v=O
d2jjeVFV0s
Neste vídeo analisamos algumas das
teorías de Vere Gordon Childe para
averiguar se se trata do primeiro
representante da arqueologia
neoevolucionismo.
Childe adulto

Foi Gordon Childe


O primeiro arqueólogo marxista
ou neo evolucionista?
O primeiro Neo evolucionista?
As revoluções

Em sua obra Man Makes Himself


(As origens da civilização),
1939
Levanta sua teoria sobre a
Revolução Urbana
A revolução

.Manufatura. ...Crescimento…
.Revolução.
especializada/ Coméricio da população
A Revolução Urbana

Condições
ambientais

.Vales. Excedentes de. Crescimento


..fluviais.. ...produção... populacional
…alimentícia… .Revolução
Comércio e ...Urbana..
Carência de intercâmbio
matérias primas

Diagrama do modelo de revolução urbana de Gordon Childe.


Uma explicação marxista?

“As revoluções ocorreram quase simultâneas no Egito,


na Suméria e na Índia.
Se pensa que ouve independência neste
acontecimento”
Uma explicação marxista?

“Havia contato entre as regiões.


Existia um meio de propagação.
eles não permanecem isolados ou independentes
entre antes da revolução
Se pensa que não houve independência neste
acontecimento”
Uma explicação Compartilham uma tradição cultural comum. Foi
enriquecido pelo intercâmbio de mercadorias, artesanatos e
marxista? ideias (ontologia idealista)
A lista de características urbanos
Childe estabeleceu dez critérios básicos para diferenciar uma cidade de
assentamentos urbanos.
1. Maior tamanho de assentamento
2. Disponibilidade de especialistas em tempo integral.
3. Concentração de excedentes.
4. Arquitetura monumental.
5. Existência de classe de governantes.
6. Sistema de escrita.
7. Notação numérica.
8. Ciências exatas.
9. Arte
10. Sistema de intercâmbio a longa distância.
A lista de características urbanos

São uma série de características desconectadas e não hierárquico.

No lugar de entender um processo, Childe esboçou uma etapa de desenvolvimento


com base em uma lista de características funcionalmente não relacionadas.
A lista de compras
1. Maior tamanho de assentamento. ✔
2. Disponibilidade de especialistas em tempo
integral. ✔
3. Concentração de excedentes. ✔
4. Arquitetura monumental. ✔
5. Existência de classe de governantes. ✘
6. Sistema de escrita.
7. Notação numérica.
8. Ciências exatas.
9. Arte
10. Sistema de intercâmbio a longa distância.
S38 ARQ - Classe 1 - Correntes Arqueológicas
https://www.youtube.com/watch?v=hJ8mdBA
TSwc
Apresenta-se uma síntese do desenvolvimento
da Arqueologia como disciplina científica até os
dias atuais. Voltamos ao Renascimento para
chegar às correntes processuais e
pós-processuais.
Arqueologia
Um passeio histórico

Professor de história…..
Lic. Leonardo S. Paulides
Imaginação
2 níveis discursivos:
arqueológica
Thomas (1996)
● Disciplina curiosidade de transcender a
● Contexto social das Ciências Sociais experiência cotidiana e repensar o
passado
Arqueologia
Interação entre:

Perguntas/ Ideias Metodologia Dados


Teoria Descobertas

Por que? Como? Que?


Marcos
Existem controvérsias a respeito das contribuições da arqueologia
nos últimos 200 anos de história. Willey y Sabloff (1974)
distinguem 4 períodos sucessivos.

Especulativo Classificatório
Descritivo

Classificatório
Histórico Explicativo
..Especulativa.. …....Classificatória Descritiva…...
.Fontes Históricas. .Sem Fontes.

Clássica

…....Classificatória Histórica…...
.Sem Fontes.

3 Metais…
Difusionismo 3 Rochas.
Histórico ..Explicativa..
.Com e Sem Fontes.
.Pós-.
Processual
Processual HOJE

...Nova Arqueologia…..
….Neo Evolutiva…
Existe um interesse pelo passado,
manifestado em fontes históricas.

Monumentalidade
Primeiras escavações
Thomas Jefferson (1784) excava o
Montículo Monticello (Virgínia) no
Mississipi

Fim da especulação, Se confronta a


teoria com a evidência e a escavação.

Princípios geológicos (camadas,


sedimentos)

Necessidade de novos marcos explicativos


Sistematizações.

Naturais Geologia Tipologias Antropologia

Sistema Natural Princípios de Geologia Guia para as A origem das Espécies Estudos sobre a
(1735) (1833) Antiguidades Nórdicas (1859) Humanidade Primitiva
Princípios de Princípios de (1836) Adaptação (17865)
taxonomia moderna Uniformismo Sistema de 3 idades Seleção Natural Cultura
Evolucionismo
Unilinear
Classificatória-descritiva

Evolução - Sequências culturais

Difusão vs. Evolução


Contribuições metodológicas

Escavação I Escavação II ..Cronologias.. Tipologias


..Relativas..
Níveis artificiais
Níveis naturais Seriação Guia de guia
Prospecções
Decapagem Estilos de frequência Sequências culturais
Uso de perfis
Associação/ estratigrafia William Petrie Krӧeber e outros
Contexto
André Leroi-Gourhan
August Pitt Rivers
Mortimer Wheeler
Classificatória-descritiva

Sequências Cronologias
Áreas culturais cronológicas relativas
regionais
marcadores
Willey e Sabloff
(1960)
cronológicos

1949 - Método de 14C (Willard Libby)


Datas absolutas
Independentes de fontes históricas ou seriação
Nova arqueologia (1962)
Binford (E.U) - Thomas (R.U)

Principais suposições:
● Os objetos não se correlacionam com
sua história passada.
● O R.A é um dado presente, média.
● Argumentos baseados em
crescimento de teoria e métodos.
Científicos.
● Explica processos, não história.
Sistêmicos.
● Arqueologia como Antropologia:
Subsistemas…tecnologia,
subsistência.
● Que condições dão origem a R.A e
que isso varia?
● Adaptação/ diversidade.
Nova Arqueologia - Arqueologia Processual

Explicativa vs. Descritiva


Projeto de pesquisa vs.
Acumulação de dados

Dedutiva vs. Indutiva


(hipóteses)
Quantitativa vs. Qualitativa

Validação por provas


Otimista vs. Pessimista

Processos vs. História cultural


Arqueologia Interpretativa Pós-Processual

Principais suposições:
● São uma reação ao neo
evolucionismo.
● Questionam ao historicismo/ não
agência.
● A R.A como um texto que esconde
um significado. Hermenêutica.
● A interpretação Arq. é influenciada
por um gênero, classe, país, dinheiro.
Contexto social da ciência.
● Não tem uma única verdade.
Relativismo e rejeição a todo
determinismo.
● Rejeição a experimentação e outros
aspectos do método científico
Retomar

Especulativa Classificatória Explicativa

Ecletismo Morfo-tipológica Materialidade


Autoridade Sequências culturais Atores-Processos
Fontes Centralidade nos objetos Diversidade Cultural
Objetividade/
Interpretação
O que é uma teoria?

Neste vídeo de Teoria


Arqueológica, analizaremos o
que é e o que não é uma
teoria na ciência. 29:56
https://www.youtube.com/
watch?v=D8XntvuLhDI
O que é uma teoria?

● A palavra deriva do
Grego θεωρεIV,
● Que significa contemplar, observar
ou estudar
O que é uma teoria?

● Conhecimento
especulativo,
explicação que
uma pessoa dá de
algo, ou opinião
própria que se tem
sobre algo.
O que é uma teoria?

● Dicionário:

● Série de leis que servem para relacionar


determinada ordem de fenômenos.
● Hipóteses quais consequências se aplicam
a toda uma ciência.

São componentes de uma teoria


● Teoria como hipóteses ●
● Não são sinônimos
● Teoria como leis
Marco teórico

● Conceito proveniente
da história da arte
● Carece de qualquer
definição formal
Marco teórico
Universidade de Ciências e Artes de Chiapas
Faculdade de Engenharia

Maestria em Ciências em Crescimento Sustentáveis


e Gestão de Risco

Normas editoriais para a apresentação


do protocolo e teses de investigação

4. Marco teórico

O marco teórico é o conjunto de princípios teóricos que guiam a investigação estabelecendo


unidades relevantes para cada problema a investigar. O Marco Teórico é a seção que compreende
a delimitação teórica relativa e exclusiva que dá sustento a um tema de investigação de forma
lógica, onde seus elementos conceituais são inerentes à teoria(s) de estudo. O Marco cumpre as
seguintes funções.
a) Delimitação na área da investigação; para ele terá que ser selecionado as que têm relação
entre si, mediante a uma teoria que dê respostas ao problema em questão
b) Sugerir guias de investigação, para encontrar novas alternativas de solução do problema.
c) Resumir conhecimentos existentes na área que se está investigando.
d) Expressar proposições teóricas gerais, postulados, leves que haverá de servir como base
para a formulação mais “adequada” da hipótese, sua operacionalização, e inclui para a
determinação dos indicadores.
Marco teórico

● O Marco teórico é a coleção de:


● Antecedentes,
● Investigação prévia Estado da
arte
● E considerações teóricas nas
quais se sustentam uma
abordagem
Definição de teoria

● Filósofo e filósofo da ciência


Definição teórica
1. Deve conter um conjunto de
enunciados sistemáticos
relacionados.
● Enunciado. Uma oração ou uma expressão sintática.

Componentes da Oração
Núcleo (N):.....
um substantivo (ou um
Oração (O) pronome)

Núcleo (N):
um verbo

A cadeira está quebrada

Oração (O)
Definição de teoria
● Deve conter um conjunto de
enunciados sistematicamente
relacionados.

Expressão na Símbolo Símbolo


Conectivo linguagem natural Exemplo neste artigo alternativa

Negação. não. Não está chovendo.


Conjugação. e. Está chovendo e está nublado.
Disjunção... ou Está chovendo ou está ensolarado. ..

Condicional material... ..sim… então… Sim está ensolarado, então é de dia.


Bicondicional... sim e só sim Está nublado sim e só sim há nuvens visíveis.
Negação conjunta Nem mesmo Não está ensolarado nem mesmo está nublado.
Disjunção excludente.. …..ou… ou…... Ou está ensolarado, ou está nublado. ……
Exercício 2.

● Redatar cinco orações implementando


conectivos da lógica simbólica.
● Exemplo:
Eu irei ao parque se e somente se você me
acompanhar

● Onde P é Vou sair ao parque


● A é me acompanhar
Definição de Teoria

2. Deve conter ao menos uns


princípios gerais tipo lei.
● São enunciados generalizados,
universais.
● Que estabelecem relação entre dois ou
mais variedades, ou sistemas de
variáveis.
Princípios tipo Lei

● São enunciados generalizados, universais.

Símbolo Expressão em linguagem natural

Para todos os casos


Princípios tipo Lei.
● São enunciados generalizados
universais.

● O alargamento unitário (A)


que experimenta um
material elástico (E) em
casos de estiramento
longitudinal, é diretamente
proporcional a força
aplicada (F) sobre ele
Exercício 3..

● Buscar os exemplos de leis na ciência


e expressar mediante a símbolos de
lógica simbólica
Teoria e Lei

● Uma lei não é uma teoria

.lei.
.lei.

Teoria

.lei.
Definição de teoria

3. Deve ser empiricamente


contrastante.
● Deve ser falsificável, sujeito a refutação (K. Popper)
Definição de teoria
3. Deve ser empiricamente
contrastante.
● De outra forma tornar-se dogmático
Definição de teoria
3. Deve ser empiricamente
contrastante.
● De outra forma tornar-se dogmático
Definição de teoria
3. Deve ser empiricamente contrastante.

● De outra forma tornar-se dogmático

Esquerda. O presidente Lázaro Cárdenas e Afonso Caso em Monte Albám


Direita. Pedro Armillas

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