Você está na página 1de 18

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

Código
ANÁLISE MECANICISTA – ELSYM 5 MA-ELS-17-001-R00

Descrição deste documento


Este procedimento apresenta a metodologia para dimensionamento e verificação de estruturas de pavimento através de análise
mecanicista utilizando o programa ELSYM 5.

Documentos correlacionados
- Pavimentação Asfáltica: materiais, projeto e restauração (Oficina de Textos, 2007) do Prof. José Tadeu Balbo.
- Mecânica dos Pavimentos (Interciência, 2015) dos Professores Jacques de Medina e Laura Maria Goretti da Motta.
- PL-ELS-17-XXXX-001-R0_Analise Mecanicista, em “I:\Modelos\30. Engenharia\Planilhas”

Observações
1. Vigência: A partir da publicação do documento.
2. Campo de Aplicação: Este documento aplica-se ao setor da UNIPRO (Unidade de Projeto) da Copavel que utiliza o software
computacional ELSYM 5 em arquivos na rede local e aos que prestam serviços para a empresa em microcomputadores
isolados (Notebook).

A versão impressa deste documento constitui-se em cópia de trabalho não controlada.


Antes do uso, verificar a existência de atualização do documento na Rede Local.

00 31/01/17 Emissão Inicial. FVG


REV. DATA DESCRIÇÃO E / OU FOLHAS ATINGIDAS ELAB. APROV.

REVISÕES

1/8
CODIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO 3
2 MECÂNICA DE PAVIMENTOS 3
3 TEORIA DE SISTEMAS DE CAMADAS ELÁSTICAS 3
4 ANALISE MECANICISTA EM PAVIMENTOS FLEXÍVEIS E SEMI-RÍGIDOS 3
5 ELASTIC LAYER SISTEM MODEL 5 (ELSYM5) 4
5.1 O PROGRAMA 4
5.2 ABRINDO O PROGRAMA 4
5.3 TELA INICIAL E NAVEGAÇÃO 5
5.4 CRIANDO UM NOVO ARQUIVO PARA ANÁLISE 5
5.5 MODIFICANDO UM ARQUIVO PARA ANÁLISE 12
5.6 ANÁLISE DA ESTRUTURA 12

6 VERIFICAÇÃO DA ESTRUTURA 18

2/ 8
CODIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

1 I NT RO DUÇÃO
Este documento apresenta e estabelece os procedimentos básicos para a aplicação da
metodologia de análise mecanicista para o dimensionamento e verificação de estruturas de
pavimento utilizando o programa computacional ELSYM 5.

2 M ECÂNI CA DE P AVI M ENTO S


A análise mecanicista basea-se na avaliação das tensões e deformações atuantes na
estrutura solicitada através da aplicação de teorias de Mecânica clássica como a Teoria de
Sistema de Camadas Elásticas (TSCE) e o Método de Elementos.
É recomendável que seja feita uma leitura cautelosa e estudiosa a respeito da Teoria de
Mecânica de Pavimentos. Para isso recomendam-se os livros Pavimentação Asfáltica:
materiais, projeto e restauração (Oficina de Textos, 2007) do Prof. José Tadeu Balbo e
Mecânica dos Pavimentos (Interciência, 2015) dos Professores Jacques de Medina e
Laura Maria Goretti da Motta.

3 T EO RI A DE S I ST EM AS DE C AM ADAS E L ÁST I CAS


A TSCE tem suas origens na Teoria de Elasticidade de Cauchy em 1822, sendo
particularizada em 1885 por Boussinesq através das inter-relações entre forças de contato
em um sólido semi-infinito (sistema de uma camada), e depois definida por Burmister para
um sistemas de múltiplas camadas em 1945.
Este modelo, no entanto, conta com hipoteses que ajudam na discretização do problema, e
consequentemente inserem imperfeições no modelo. Estas hipóteses são:
1. Cada camada é homogênea, elástica e isotrópica (se comporta da mesma forma
em todas as direções), permitindo a aplicação da Lei de Hooke;
2. Todas as camadas são horizontalmente infinitas, sendo apenas o subleito (camada
inferior) semi-infinita na vertical, enquanto as demais camadas tem espessuras
finitas e constantes;
3. Na superfície (da primeira camada), não existem tensões de cisalhamento,
havendo tensões normais apenas onde há aplicação de carga.
Para que a TSCE seja aplicada corretamente, estas hipoteses precisam ser respeitadas.
Quando as simplificações inerentes do atendimento dessas hipoteses resultarem em erros
significativos, outras metodologias de cálculo deverão ser buscadas.
Modelado o problema, é possivel calcular para qualquer ponto da estrutura as tensões,
deformações e deslocamentos resultantes do carregamento imposto.

4 A NAL I SE M ECANI CI ST A EM P AVIM ENT O S F L EXÍ VEI S E S EM I - RÍ G I DO S


A analise mecanicista em estruturas de pavimentos se baseia no principio da Lei de Miner
de consumo da Vida Útil de uma determinada estrutura, a partir do acumulo do dano
causado por repetições de carga, até atingir um Número máximo de repetições
admissíveis, o casionando a falha da estrutura.
Desta forma, são utilizados modelos de desempenho, para cálculo de um número de
repetições de solicitações admissíveis até a falha do material. A falha do material pode ser
considerada como a mudança de seu comportamento (através da perda de rigidez), sua
alteração física (trincamento, densificação e deformação permanente).

3/ 8
CODIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

O calculo do Número de repetições admissíveis é usualmente feito para o carregamento do


eixo padrão simples de rodagem dupla de 8,2t, embora possa também ser calculado para
quaisquer outras condições de carregamento.
De maneira análoga, é possivel tendo-se um Numero N de repetições do eixo padrão,
calcular o parâmetro de dano em função do carregamento (tensão, deformação, estado de
tensões,etc.). Assim podemos calcular tensões e deformações máximas admissíveis, para
comparar com as tensões e deformações atuantes.
Caso as tensões e deformações atuantes sejam inferiores às admissíveis, a estrutura está
adequada ao Tráfego (carregamento de Projeto), caso contrário a estrutura deve ser
alterada a fim de atender as demandas previstas.
Os modelos de desempenho podem ser encontrados junto a um modelo de Análise
Mecanicista no arquivo “PL-ELS-17-XXXX-001-R0_Analise Mecanicista”, no diretório
“I:\Modelos\30. Engenharia\Planilhas”.

5 E L AST I C L AYER S I ST EM M O DEL 5 (ELSYM5)


Como definido pelo próprio nome, o programa ELSYM 5 foi concebido para resolução de
um sistema de camadas elásticas de até 5 camadas, sob patrocínio da Federal Highway
Administration (FHWA).
Através do programa Elsym 5 é possível determinar as tensões, os deslocamentos e as
deformações atuantes na estrutura definida e sujeita a uma condição de carregamento pré-
estabelecida.
Algumas das possibilidades de utilização do programa são:
• Análise mecanicista do comportamento da estrutura;
• Determinação de parâmetros para controle de execução;
• Determinação da bacia de Deslocamentos Verticais Recuperáveis (Deflexões);
Nos próximos itens serão apresentadas seu funcionamento, bem como os recursos que
podem ser usados no programa.

5.1 O PROGRAMA
Por ter sido desenvolvido em 1986 e programado na linguagem Fortran, o Elsym5 é
exibido em formato DOS. Utiliza-se então o software DOS Box para emular a interface
DOS e abrir o programa.

5.2 ABRINDO O PROGRAMA


A pasta do Elsym 5 deve ser instalada na raiz do diretório c: do computador que irá rodar o
programa. De forma análoga, ele pode ser instalado em outro diretório ou disco rígido (ex:
d:, f:, etc.) mas para efeito de simplificação, as explicações serão dadas considerando o
uso do diretório c:.
Em seguida, deve-se iniciar o programa DOS Box e através dele, acessar o arquivo
executável do Elsym através dos seguintes comandos:
1. mount c c:\elsym
2. c:\

4/ 8
CODIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

3. elsym
Para o bom fundionamento deste procedimento, é necessário que o programa esteja
instalado em uma pasta de nome Elsym, no diretório c: (ex: c:\elsym) caso os nomes da
pasta ou do diretório sejam diferentes, os comandos deverão ser ajustados.

5.3 TELA INICIAL E NAVEGAÇÃO


A tela principal do programa é apresentada a seguir:

A navegação no programa é feita de forma simplificada através da digitação dos números


designados para cada item do menu. A seguir são descritos cada um dos itens do menu
principal e suas funções:
1. Instructions – Apresenta um introdução ao programa, bem como instruções gerais
de utilização.
2. Create a new data file – Abre um menu para criação de uma nova análise, a partir
do zero.
3. Modify an Existing Data File – abre um menu para alteração de todas as premissas
da análise anterior, caso não haja uma análise anterior, ele permitirá a criação de
uma análise do zero.
4. Perform Analysis – Inicia a análise da estrutura e parâmetros de carregamento
definidos.
5. Exit – Return to DOS – Encerra a aplicação e retorna ao DOS Box.

5.4 CRIANDO UM NOVO ARQUIVO PARA ANÁLISE


Para acessar esta opção basta digitar 2 no menu principal, e a tela a seguir se abrirá:

5/ 8
CODIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

A seguir são apresentados cada opção do menu para Criação de nova análise:

1. Enter/Modify Run Title – Oferece a opção de dar um nome para a análise;


2. Enter/Modify Elastic Layer Data – abre a tela para caracterização da estrutura de
pavimento a ser analisada;
3. Enter/Modify Load Data – abre a tela para caracterização do carregamento
4. Enter/Modify Evaluation Location Data – Abre a tela de definição dos pontos de
avaliação
5. Write Data to an Output File – abre tela para exportação dos dados de entrada para
um arquivo .txt.
6. Return to Main Menu – retorna ao menu principal

5.4.1 Criação de um título para a análise


A opção 1 do menu permite que a análise criada seja nomeada. Este nome será impresso
sempre que a análise for exportada para um arquivo .txt, mas não tem muito mais utilidade.

5.4.2 Caracterização da estrutura de pavimento


Selecionar a opção 2 (Enter/Modify elastic layer data) para entrar com os dados do sistema
de camadas.
A partir do sistema de camadas idealizados, deve-se proceder à digitação dos dados de
cada camada. Como exemplo, apresenta-se a estrutura de pavimento idealizada a seguir:

6/ 8
CODIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

CBUQ - Concreto Betuminoso Usinado a


8,0 cm E = 37.500 kgf/cm² m = 0, 30
Q uente

Base - BSM (Espuma de Asfalto) 18,0 cm E =6.000 kgf/cm² m = 0, 35

Sub-base - BGTC 20,0 cm E = 40.000 kgf/cm² m = 0, 25

Ref. De Subleito - RACHÃO 50,0 cm E =1.500 kgf/cm² m = 0, 40

SUBLEITO E = 500 kgf/cm² m = 0, 45

8
Primeiro, define-se o numero de camadas do sistema, limitado a 5, considerando o subleito
como a última delas.
Em seguida, deve-se digitar para cada camada a espessura, o coeficiente de poisson e o
Modulo de Elasticidade, nessa ordem. Após a inserção de cada dado, deve-se pressionar
“Enter” para confirmação.

A espessura do subleito, por ser uma camada semi-infinita, deve sempre ser definida com
espessura nula. Caso contrário, o programa ira perguntar se a última camada possui
aderência ou não com substrato (FF-Full friction ou NF No friction, respectivamente). Para
as análises propostas e para facilitação dos cálculos, sempre considerar o Subleito com
espessura nula.
Ao final, caso a estrutura esta digitada corretamente, digitar N para retornar ao menu
anterior e seguir preenchendo outros dados. Caso seja necessário modificar algum dado,
digitar Y.
Ao modificar uma estrutura, inicialmente o programa perguntará se há necessidade de
exclusão de alguma camada. Caso positivo, digitar o numero da camada, caso negativo,
digitar 0.

7/ 8
CODIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

5.4.3 Caracterização do Carregamento da Estrutura


Ao finalizar a caracterização da estrutura, o programa voltará à tela “Create a new data file
menu”, onde deverá ser selecionada a opção 3 Enter/Modify Load data, para
caracterização do carregamento da estrutura.
Aparecerá a seguinte tela:

Embora as características de carregamento possam variar em função da análise realizada,


descreve-se aqui a analise mais comum, que considera o eixo padrão de rodagem dupla
com 8,2 toneladas de carga.
Devido a simetria do eixo, e à distância entre os pares de rodas, pode-se simplificar o
problema considerando apenas um dos lados do eixo, analisando o carregamento sobre 2
rodas.
Dados de Carga:
• No. de cargas =2
• Carga por roda = 2050 kgf
• Pressão dos pneus = 5,6 kgf/cm2
• Espaçamento entre rodas = 30 cm
Não é necessário preencher o campo do raio de impressão dos pneus (load radius). O
programa calcula este dado a partir dos dados de tensão e carga aplicadas.
O programa define a localização do carregamento a partir de um sistema de coordenadas
no plano XY. Desta forma, as cargas devem ser locadas no plano XY de forma a refletirem
as características geométricas desejadas.
Deve-se ficar atento às unidades utilizadas no programa. Embora seja sugerido o uso de
unidades imperiais (inches, lbs, etc.) o programa é adimensional, e derá respostas
coerentes com as unidades dos dados de entrada.
Ao final, novamente será perguntado se deja-se realizar alguma alteração, sendo digitado
N caso negativo e Y caso positivo.

8/ 8
CODIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

5.4.4 Definição dos Pontos de Análise


Ao retornar a tela “Create a new data file menu”, deverá ser selecionada a opção 4
Enter/Modify Evaluation Location Data para preenchimento dos pontos de avaliação da
estrutura..
Aparecerá a seguinte tela:

O número de posições no plano XY depende das características do carregamento. Define-


se aqui os valores para a avaliação utilizando-se o eixo padrão, considerando 2 pontos de
avaliação, sob a aplicação de carga e entre os dois pontos de aplicação de carga.
A posição X=15 indica que a avaliação é entre as rodas, uma vez que estas estão
localizadas nos pontos X=0 e X=30.
As posições em Z definem a profundidade da análise, de forma crescente a medida que se
aprofunda na estrutura.
Cada ponto definido representa uma análise em função da estrutura analisada (seguindo o
a estrutura apresentada em 4.4.2):
1. Z = 0,01 - Deflexão Máxima na Superfície;
2. Z = 7,99 - Deformação Horizontal na fibra inferior da camada betuminosa;
3. Z = 12,50 – Estado de tensões a ¼ da espessura da camada estabilizada com
espuma de asfalto.
4. Z = 45,99 - Tensão de Tração na base da camada cimentada
5. Z = 96,01 - Deformação Vertical no Topo do Subleito
Caso o ponto de avaliação estaja localizado próximo ou na interface entre camadas, para
garantir que a análise seja realizada dentro da camada desejada, aplica-se 0,01 á posição
desejada a partir da cota da interface.
Apresenta-se a seguir uma figura ilustrativa com o posicionamento dos pontos de
avaliação crítico para diferentes materiais e camadas:

9/ 8
CODIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

Posição e parâmetro de análise para cada camada (SANRAL, 2014)

Caso sejam definidos outros tipos de análise, como a verificação de Deflexões para
Controle Deflectométrico, e a Determinação da bacia de Deslocamentos Verticais
Recuperáveis (Deflexões), os pontos de análise deverão ser avaliados de forma
diferenciada, conforme telas a seguir:
Controle Deflectométrico de Execução de Camadas:

Determinação da bacia de Deslocamentos Verticais Recuperáveis (Deflexões) (exemplo


para Viga Benkelman):

10/ 8
CODIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

Determinação da bacia de Deslocamentos Verticais Recuperáveis (Deflexões) (exemplo


para FWD):

A alteração da forma de avaliação pode estar associada a forma de carregamento,


devendo a análise ser ajustada a sua finalidade.

5.4.5 Exportação de arquivo de dados de entrada


Após definição dos pontos de avaliação da estrutura, é possível exportar um arquivo em
formato .txt com as características definidas na análise. Para isso, deve-se utilizar o item 5
do menu de criação de uma nova análise (“Create a new data file menu”). É necessário
que o nome do arquivo seja salvo sem espaços ou caracteres especiais, e tenha a
terminação “.txt.”.

11/ 8
CODIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

5.4.6 Fim da caracterização da Análise


Após definição das características da estrutura, carregamento e pontos de análise, pode-
se retornar ao menu principal selecionando-se o item 6 no menu “Create a new data file
menu”.

5.5 MODIFICANDO UM ARQUIVO PARA ANÁLISE


A partir do menu principal, a opção 3 permite a modificação de um arquivo já existente. O
menu que irá aparecer é muito similar ao menu para criação de um novo arquivo, conforme
apresentado a seguir:
Acrescenta-se a este menu, porém, o item 5, para leitura de um arquivo de dados já
existente. Para isso, contando que o arquivo de dados esteja na mesma pasta do
programa ELSYM5 (c:\elsym\”nome do arquivo”), basta digitar o nome do arquivo para
carrega-lo.
Como resultado da inclusão desta opção, a exportação de arquivos de dados e a opção
para retorno ao menu principal tiveram suas teclas de acesso alteradas para 6 e 7
respectivamente.

Fora estas alterações, a operação deste menu é a mesma descrita no item 4.

5.6 ANÁLISE DA ESTRUTURA


Após definidos todos os parâmetros de análise pode-se a partir do menu principal, acessar
o item 4, “Perform Analysis”.
Acessando esta opção, a primeira tela que aparecerá perguntará se é desajada a
exportação dos resultados da análise, conforme tela a seguir. Caso positivo, deve-se
digitar Y, e em seguida nomear um arquivo sem espaços ou caracteres especiais, com
terminação “.txt” que será salvo na pasta raiz do programa. Caso não seja necessária
exportação, digita-se N para continuação da análise

12/ 8
CODIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

Na sequencia, apresenta-se a tela de avaliação para os pontos de análise definidos.

Esta tela indica qual a camada analisada, a cota da profundidade avaliada e oferece 4
opçoes de escolha:
1- Stresses Normal & Shear & Principal – Tensões Normais, de cisalhamento e Principais
2- Strains Normal & Shear & Principal – Deformações Normais, de cisalhamento e
Principais
3- Displacements - Deslocamentos
4- Return or Continue with Next Layer – Continuar a análise passando ao próximo ponto.
Em função do ponto e do material analisados, deverá ser avaliada a tensão, a deformação
ou o deslocamento.

13/ 8
CODIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

5.6.1 Deflexão na superfície do pavimento


O primeiro ponto de análise é na superfície do pavimento, onde a soma de todas as
deformações da estrutura resulta no deslocamento total da estrutura (deflexão).

Como deseja-se o deslocamento vertical da estrutura (deflexão), deve ser escolhido o


maior deslocamento (crítico) no eixo Z (vertical).
Deve-se ficar atento às unidades utilizadas no programa. Embora seja sugerido o uso de
unidades imperiais (inches, lbs, etc.) o programa é adimensional, e derá respostas
coerentes com as unidades dos dados de entrada.
Neste caso, uma vez que os dados foram inseridos em cm, a resposta também será dada
em cm. Portanto, o maior deslocamento na superfície é de 0,0324 cm, ou 32,4 x 10-2 mm,
ou 324 μm.
Finalizada a análise neste ponto procede-se ao ponto seguinte, digitando-se 4.

5.6.2 Deformação de Tração na fibra inferior do Revestimento Asfáltico


O segundo ponto de análise detalhado neste exeplo é a 7,99 cm da superfície, na base do
revestimento asfáltico. Para este ponto o parâmetro de controle é a deformação (opção 2)
de tração na fibra inferior da camada.

14/ 8
CODIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

Na programação do ELSYM5, convencionou-se chamar de negativas todas as tensões e


deformações de compressão.
No caso da tela acima, as deformações criticas estão localizadas nos planos XX ou YY. A
maior tensão de tração é, para o exemplo, na direção YY, sob a aplicação da carga, com
1,20 x10-4, que é a maior deformação de tração na estrutura.
Devido a simetria do sistema as tensões e deformações normais são muitas vezes
similares às principais, podendo haver para situações de carregamento assimétrico,
Principais mais críticas.

Obs.: Ao analisar camadas asfálticas sobre camadas cimentadas, frentemente verifica-se tensões e
deformações de compressão, ou tração muito baixa. Ao analisar camadas asfálticas sobre camadas
granulares, por outro lado o nível de tensões e deformações de tração se eleva significativamente,
tornando-se uma questão crítica à estrutura;
Obs2.: A análise de deformações leva a resultados adimensionais.

5.6.3 Estado de Tensões para a Camada Estabilizada com Espuma


O terceiro ponto de análise é para a camada estabilizada com espuma, localizada a ¼ da
altura da camada. No caso da camada do exemplo, com 18 cm de espessura, tem-se que
¼ da altura seria a 4,5 cm do topo da camada, a 12,5 cm da superfície do pavimento.
Para analise desta camada é necessario verificar o estado de tensões (opção 1 do menu)
ao qual o material no interior da camada esta submetido. A tela a seguir mostra o estado
de tensões para o exemplo detalhado:

15/ 8
CODIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

Para a avaliação do estado de tensões desta camada, é necessário identificar o ponto com
maior combinação de entre a maior e a menor tensões principais, σ1 e σ3
respectivamente.
Destaca-se na tela acima que o ponto crítico geralmente esta sob o carregamento (X;Y) =
(0;0), sendo:
• σ3 = -0,404 kgf/cm² ou - 40,4 kPa;
• σ1 = -2,45 kgf/cm² ou – 245 kPa.
Pode-se então, a partir das características da mistura, calcular o Shear Ratio (SR) a que a
camada está submetida.

5.6.4 Tensão de Tração na fibra inferior da Camada Cimentada


O quarto ponto de análise para o exemplo é à 45,99 cm de profundidade, na base da
camada cimentada, para avaliar a tensão de tração crítica.
Para isso devemos analisar o estado de tensões (opção 1 do menu) no ponto 4, na parte
inferior da camada cimentada, onde a tensão é crítica.
Identifica-se a maior tensão de tração, considerada crítica para a verificação, que no caso
deste exemplo, como foram utilizadas as unidades kgf/cm² e kgf para tensão e carga,
respectivamente, tem-se uma tensão crítica de 2,66 kgf/cm² ou 0,266 MPa.

16/ 8
CODIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

5.6.5 Deformação Vertical no topo do Subleito


Após a verificação dos demais pontos críticos da estrutura procede-se a analise do ponto
imediatamente abaixo da estrutura de pavimento, no topo do subleito, à 96,01 cm da
superfície.
Para isto, deve-se analisar a deformação vertical (ZZ), o que para o exemplo aqui
detalhado resultou em -1,07 x 10-4, como mostrado na tela a seguir:

17/ 8
CODIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS

6 V ERI F I CAÇÃO DA E ST RUT URA


Após a determinação de todas as tensões, deformações e deslocamentos críticos à
estrutura estes valores devem ser transportados para a aba “Dimensionamento” da
planilha “PL-ELS-17-XXXX-001-R0_Analise Mecanicista” para comparação com os valores
admissíveis para a estrutura em função das premissas de projeto definidas.
Para o exemplo detalhado neste manual, segue o dimensionamento final da estrutura, com
a verificação das tensões e deformações associadas e a validação da estrutura em função
dos valores admissíveis para o projeto.

VERIFICAÇÃO MECANÍSTICA DA ESTRUTURA DO PAVIMENTO - 10 ANOS


Exemplo

N USACE = 5,59E+07
N AASHTO = 2,25E+07
ESTRUTURA-TIPO ANALISADA ESFORÇOS MODELO DE DESEMPENHO
ATUANTES LIMITES Órgão Equação

CBUQ- Concreto Betuminoso DNER PRO


8,0 cm E = 37.500 kgf/cm² m = 0,30 D0 = 32,4 x 10-² mm 44,3 x 10-² mm log D0adm = 3,01 – 0,176 x log N
Usinado a Quente 011/79

Base - BSM 1 (C=250, Phi=35°) 18,0 cm E =40.000 kgf/cm² m = 0,35 et(CBUQ-Fx III) = 1,20E-04 1,24E-04 Asphalt Institute (etadm) = 2,13E-02 x N ^ (-1/3,291)

Loudon
Sub-base BGTC 20,0 cm E = 2.500 kgf/cm² m = 0,25 SR = 0,19 0,27 Nf = 10(A+B(RD)+C(RC)+D(P S)+E(SR)
International

RACHÃO 50,0 cm E =1.500 kgf/cm² m = 0,35 st(BGTC) = 0,27 MPa 0,29 MPa PMSP IP-07 Nf = 10 E (17,137-19,608 x RT)

SUBLEITO E = 500 kgf/cm² m = 0,45 ev (Subl) = -1,07E-04 -1,97E-04 Asphalt Institute ev = -0,0105 x N -0,223
8

Pode-se observar que todos os esforços determinados pelo ELSYM5, que constituem os
esforços atuantes na estrutura são inferiores aos esforços limites, determinados a partir
dos parâmetros de projeto.

18/ 8

Você também pode gostar