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Orientações Gerais para entrega das Atividades de Portfólios

PORTFÓLIO 01: Atividades aulas 01 e 02


Realize as duas atividades e envie ao mesmo tempo, em um só arquivo. As
próximas não serão enviadas por Word, mas digitadas no portfólio 01.

Leia o capítulo 01 da Apostila. Após isto, responda as questões:

01 - Para resolver casos complexos de sequestro, existe um grupo da polícia


chamada Divisão Antissequestro composta por policiais altamente treinados para
agir em situações de extremo risco. Imagine a seguinte cena: a polícia cerca o
esconderijo de alguns sequestradores e inicia-se a negociação. Dentro da casa,
visualiza-se um deles, com uma arma apontada para a cabeça de uma criança. A
negociação se estende, sem perspectivas de resolução adequada. A Divisão
Antissequestro se posiciona estrategicamente, e anuncia aos seus superiores que
possuem na mira, para tiros certeiros e de morte, cada um dos sequestradores.
Estão prontos. Só esperam a ordem para atirar e matar.

Diante deste quadro, pergunta-se:

1. Poderia um cristão participar de uma divisão como esta? Justifique.


2. No material didático, conceituamos tipos de teorias éticas. Uma delas
defende a existência de valores absolutos. O que seriam estes valores?
3. Neste caso acima tratado, seria possível uma orientação normativa
absolutista dar conta deste conflito? Justifique.

Resposta (para ter a nota completa, a dissertação deve ter 15 linhas ou mais):
1- Na minha opinião, um cristão pode sim fazer parte de uma divisão como a referida no texto,
pois ele estaria a serviço da sociedade e prestando um serviço de grande valor à sua comunidade,
além de estar cumprindo a lei, e ajudando a manter a ordem social. A Bíblia nos diz em Romanos
13.4-5 que: “...Pois a autoridade é ministro de Deus para o seu bem. Mas, se você fizer o mal,
então tenha medo, porque não é sem motivo que a autoridade traz a espada; pois é ministro de
Deus, vingador, para castigar quem pratica o mal. Portanto, é necessário que vocês se sujeitem
à autoridade, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de
consciência”. Esse texto de Romanos, deixa claro que a ação punitiva da autoridade, de acordo
com suas funções e com as leis, é respaldada por Deus para que haja castigo para o indivíduo que
pratica maldades, e para proteger as pessoas de bem, sendo assim posso concluir que não há
impedimento algum em um cristão seguir a carreira policial.

2- A Teoria da Ética Absolutista, propõem que todas as ações possuem valores inerentes de certo
ou errado, existe sempre um princípio moral que nunca pode ser violado. Roubar, por exemplo,
pode ser considerado sempre imoral, mesmo se feito para o bem-estar alheio (por exemplo, roubar
comida para alimentar uma família que passa fome), mesmo se o resultado for benéfico. Segundo a
filosofia moral defendida por Kant, o valor absoluto não pode ser definido pois a concepção de
valores varia de acordo com os conflitos éticos que possam existir. Desta forma, Kant buscou criar
um modelo ético que fosse independente de qualquer tipo de justificação moral religiosa e se
baseasse apenas na capacidade de julgar inerente ao ser humano. Assim, ele elaborou um
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imperativo, uma ordem, de forma que o indivíduo pudesse utilizar como uma bússola moral: o
Imperativo Categórico. Esse imperativo é uma lei moral interior ao indivíduo, baseada apenas na
razão humana e não possui nenhuma ligação com causas sobrenaturais, supersticiosas ou
relacionadas a uma autoridade do Estado ou religiosa. Kant buscou estabelecer uma fórmula moral
para a resolução das questões relativas à ação. O Imperativo Categórico, ao longo das obras de
Kant, aparece formulado de três maneiras diferentes: 1) Age como se a máxima de tua ação
devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza; 2) Age de tal maneira que trates a
humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como
um meio; 3) Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres
racionais. Segundo a ética kantiana, a razão mostra, por exemplo, que mentir não é justo. A mentira
não pode ser tomada como uma lei. Em um mundo onde todos mentissem, tenderia ao caos e não
seria possível determinar a verdade. Dentro do exposto, pudemos ver que o valor absoluto não é
uma coisa pré-definida, e deve ser estabelecido com base no problema ético que está sendo
vivenciado/apresentado.

3- Neste caso, levando em consideração a sociedade em que vivemos, acredito que uma normativa
absolutista não daria conta do conflito exposto, pois as leis citadas nas Escrituras Sagradas, foram
escritas para pessoas que viviam em outra época e, portanto, estariam desatualizadas para os nossos
dias. Podemos acrescentar a esta constatação, o fato de que vivemos em uma sociedade
multicultural, com uma vasta diversidade religiosa, onde nem todos os cidadãos aceitam ou
acreditam nas Sagradas Escrituras. Isso sem falar que pela nossa legislação, o Estado Brasileiro, é
um estado laico, e sendo assim, não existe ou não deveria existir espaço para normativas ou leis
baseadas em absolutismos religiosos. Uma política absolutista poderia funcionar, caso vivêssemos
em uma teocracia absolutista, onde o líder religioso, é também a autoridade máxima, e portanto
incontestável.

Obs.: Orientação absolutista é aquela que defende a tese de que qualquer


conflito ético tem resposta CLARA nas Escrituras Sagradas, não admitindo
posições divergentes.

*** Para alcançar a nota máxima, as respostas devem ter no mínimo 15


linhas.

Leia o capítulo 02 da Apostila. Após isto, a bra e assista aos vídeos no


YOUTUBE e depois responda as duas questões:

a) Violência contra a Mulher


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https://www.youtube.com/watch?v=Yow1JvIlsWA
b) Vergonha é não fazer nada
https://www.youtube.com/watch?v=mQNuKzBJTT0
c) Hoje recebi Flores

1. O que os vídeos revelam sobre a violência contra a mulher? Qual dos vídeos
lhe chamou mais a atenção?
2. Sabendo que no Brasil, milhares de mulheres são violentadas por seus maridos
(estupros, espancamentos, torturas, cortes, queimaduras, humilhações, etc.), o
que você considera mais insuportável em uma relação: uma traição sexual ou a
prática repetida de violência física e verbal contra uma mulher?
3. Pode-se dizer que uma destas condutas é pior do que a outra? Explique.

Resposta (para ter a nota completa, a dissertação deve ter 15 linhas ou mais):
1- Os vídeos revelam que realmente a violência contra a mulher é um problema crescente em nossa
sociedade existem vá rios problemas que devem superar para que se possa colocar um basta na
situaçã o. Entre esses problemas, podemos citar a falta de coragem para denunciar o agressor, a
falta de coragem para largar o agressor e solicitar uma medida protética contra ele, o fato de a
mulher muitas vezes depender financeiramente do agressor para seu sustento e de seus filhos,
leis muito brandas nos casos de violência doméstica (herança de uma sociedade machista e de um
có digo penal ultrapassado), falta de esclarecimento e de campanhas educativas como os vídeos
em questã o, etc. O vídeo que mais me chamou a atençã o foi o terceiro, pois ele aborda exatamente
a questã o da insegurança financeira como fator decisivo para nã o denunciar o agressor, e o mais
interessante é que o vídeo vai escalando as formas de violência até que se chegue no ó bito da
agredida. A nossa sociedade está carente de campanhas como está que tenham uma abrangência
que possa alcançar a maioria da populaçã o.
2- Eu acredito que os dois atos sã o igualmente insuportá veis. De acordo com a psicó loga Adriana
Souza, apesar da traiçã o ser considerada uma forma de agressã o ao relacionamento, ela nã o é
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suficiente para configurar um abuso. “A relaçã o monogâ mica é um combinado entre duas pessoas
e quebrar esse pacto é uma irresponsabilidade afetiva”, opina a profissional¹. Já as agressõ es
verbais e físicas, sã o consideradas como violência e devem ser denunciadas, pois podem levar a
uma escalada dos abusos, podendo levar a um feminicídio.
3- Nã o existe uma forma de agressã o pior que a outra, pois todas elas podem levar a consequências
desastrosas. De acordo com a Secretaria da Saú de do Mato Grosso do Sul, toda e qualquer forma
de violência contra a mulher deve ser combatida. Para isso a secretaria desenvolveu um projeto
em conjunto com o governo federal um plano de Políticas para a Mulher chamado “Nã o se Cale”.
De acordo com esse Projeto, temos as seguintes definiçõ es:

A violência contra mulheres constitui-se em uma das principais formas de violação dos seus
direitos humanos, atingindo-as em seus direitos à vida, à saúde e à integridade física. Ela é
estruturante da desigualdade de gênero. A violência contra as mulheres se manifesta de diversas
formas. De fato, o próprio conceito definido na Convenção de Belém do Pará (1994) aponta para
esta amplitude, definindo violência contra as mulheres como “qualquer ação ou conduta, baseada
no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no
âmbito público como no privado” (Art. 1°). Além das violações aos direitos das mulheres e a sua
integridade física e psicológica, a violência impacta também no desenvolvimento social e
econômico de um país. A violência atinge mulheres e homens de formas distintas. Grande parte das
violências cometidas contra as mulheres é praticada no âmbito privado, enquanto que as que
atingem homens ocorrem, em sua maioria, nas ruas. Um dos principais tipos de violência
empregados contra a mulher ocorre dentro do lar, sendo esta praticada por pessoas próximas à sua
convivência, como maridos/esposas ou companheiros/as, sendo também praticada de diversas
maneiras, desde agressões físicas até psicológicas e verbais. Onde deveria existir uma relação de
afeto e respeito, existe uma relação de violência, que muitas vezes é invisibilizada por estar
atrelada a papéis que são culturalmente atribuídos para homens e mulheres. Tal situação torna
difícil a denúncia e o relato, pois torna a mulher agredida ainda mais vulnerável à violência.
Pesquisa revela que, segundo dados de 2006 a 2010 da Organização Mundial de Saúde, o Brasil
está entre os dez países com maior número de homicídios femininos. Esse dado é ainda mais
alarmante quando se verifica que, em mais de 90% dos casos, o homicídio contra as mulheres é
cometido por homens com quem a vítima possuía uma relação afetiva, com frequência na própria
residência das mulheres. Um dos instrumentos mais importantes para o enfrentamento da violência
doméstica e familiar contra as mulheres é a Lei Maria da Penha – Lei nº 11.340/2006. Esta lei,
além de definir e tipificar as formas de violência contra as mulheres (física, psicológica, sexual,
patrimonial e moral), também prevê a criação de serviços especializados, como os que integram a
Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, compostos por instituições de segurança
pública, justiça, saúde, e da assistência social².

Referências:
¹-https://www.metropoles.com/vida-e-estilo/comportamento/afinal-quando-a-traicao-
caracteriza-uma-relacao-abusiva
²- http://www.naosecale.ms.gov.br/
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