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CENTRO DE BIOCIÊNCIAS
CURSO DE BIOMEDICINA
Natal
Setembro de 2021
i
por
Monografia Apresentada à
Coordenação do Curso de
Biomedicina da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, como
Requisito Parcial à Obtenção do
Título de Bacharel em Biomedicina.
Natal
Setembro de 2021
ii
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________
Profa. Dra. Maria Bernardete Cordeiro de Sousa
(Instituto do Cérebro – UFRN)
_________________________________________
Prof. Dr. Emerson Arcoverde Nunes
(EBSERH – UFRN)
_________________________________________
Prof. Dr. Gleidson Mendes Rebouças
(Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN)
iii
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS .................................................................................................. iv
RESUMO ...................................................................................................................... v
ABSTRACT ................................................................................................................. vi
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 11
2 METODOLOGIA ................................................................................................. 14
6 DISCUSSÃO ....................................................................................................... 28
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 33
viii
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
Figura 2. (A) O garfo carotídeo de Corning com fios elétricos; (B) Aplicação do garfo
carotídeo conectado a uma bateria galvânica. ............................................................... 21
Figura 4. (A) Dispositivo taVNS Cerbomed NEMOS; (B) Ouvido externo esquerdo
indicando as regiões da concha címbica, tragus e lóbulo da orelha; (C) Dispositivo taVNS
estimulando a concha címbica. ...................................................................................... 26
Figura 5. (A) Dispositivo tcVNS Electrocore gammaCore; (B) Paciente aplicando tcVNS
na região do pescoço. .................................................................................................... 27
11
1 INTRODUÇÃO
as projeções vagais na orelha (ramo auricular do vago) e no pescoço (ramo cervical com
trajeto na bainha carotídea). Dispositivos tVNS que visam a porção auricular (taVNS) ou
cervical (tcVNS) do nervo vago foram recentemente desenvolvidos e, devido ao seu baixo
custo e usabilidade sob demanda, têm o potencial de ser amplamente implementados
para reabilitação, tratamento de transtornos mentais e melhoria de desempenho (DENG,
MCCLINTOCK, et al., 2015; TEO, MUTHALIB, et al., 2016).
Diante de tais limitações das formas de tratamento atuais para pacientes com
TEPT, se faz necessário conhecer e evidenciar as possibilidades de novas alternativas
terapêuticas que possam contribuir de maneira prática e eficaz na evolução clínica e na
qualidade de vida desses pacientes. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi analisar a
literatura recente sobre a VNS, os seus parâmetros, locais e formas de estimulação, a
sua aplicabilidade terapêutica, bem como a sua segurança, eficácia, efeitos adversos e
limitações.
14
2 METODOLOGIA
sistema, o principal nervo responsável pela inervação da maioria das vísceras torácicas
e abdominais é o nervo vago (LOPRESTO, SCHIPPER e HOMBERG, 2016; YARIBEYGI,
PANAHI, et al., 2017).
O eixo HPA corresponde a um mecanismo de regulação neuroendócrina e envolve
uma cascata hormonal entre três órgãos e que determina o nível de cortisol circulante no
corpo. Em experiências de processamento de estresse intenso, norepinefrina e vias
neurais límbicas indiretas do hipocampo, córtex pré-frontal medial e amígdala modulam
os neurônios do núcleo paraventricular do hipotálamo que produz o hormônio liberador
de corticotropina (CRH), também conhecido como fator de liberação de corticotropina
(HERMAN, MCKLVEEN, et al., 2016). A ativação do eixo HPA começa, portanto, com a
liberação de CRH nos vasos portais hipofisários até a pituitária anterior, onde se liga aos
receptores de CRH tipo 1 (CRF1 adrenocorticotropina) para estimular a liberação do
hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) na circulação sistêmica. A ligação do ACTH aos
receptores de melanocortina 2 na zona fasciculada do córtex adrenal estimula a liberação
de cortisol, a molécula efetora primária do eixo HPA. O cortisol induz uma variedade de
efeitos em todo o corpo para apoiar a resposta ao estresse, incluindo inibição da insulina
para aumentar a disponibilidade de glicose, regulação de funções do sistema imunológico
e do equilíbrio hidroeletrolítico (MYERS, MCKLVEEN e HERMAN, 2014). Uma
característica crucial do eixo HPA é o sinal de feedback negativo produzido pelo cortisol.
Em indivíduos saudáveis, a atividade do cortisol é limitada no tempo por meio de sua
ligação aos receptores mineralocorticoides e glicocorticoides na hipófise e no hipotálamo,
que atuam para reduzir a liberação de CRH e ACTH. Assim, o cortisol é tanto a molécula
primária que permite a resposta ao estresse quanto o inibidor primário da atividade
contínua do eixo HPA (DUNLOP e WONG, 2019).
Dessa forma, fica demonstrado que as participações do SNA e do eixo HPA
acontecem de forma sinérgica, onde o primeiro atua de uma forma imediata em resposta
ao agente estressor, em questão de segundos, e o segundo sendo ativado um pouco
depois, em alguns minutos, podendo predominar a ativação de um dos dois componentes
em disfunções decorrentes do estresse crônico. A dinâmica das ações das catecolaminas
e dos hormônios possuem duração e efeitos diferentes nesta resposta, podendo causar,
caso o estímulo seja prolongado, disfunções de órgãos e sistemas com consequências
17
O nervo vago (NV; do latim vagus: que vagueia, que vai ao acaso, errante) é o
décimo e o mais longo dos nervos cranianos (NC X). Ele trafega da medula ao cólon
inervando, predominantemente, os órgãos torácicos e abdominais (Figura 1). Fornece a
inervação autonômica aos sistemas, cardiovascular, respiratório, gastrointestinal,
imunológico e endócrino (BERTHOUD e NEUHUBER, 2000).
trigêmeo, o núcleo do trato solitário, o núcleo ambíguo e o núcleo motor dorsal do nervo
vago (BERTHOUD e NEUHUBER, 2000; RUFFOLI, GIORGI, et al., 2011).
Função principal
Fibras pré-
ganglionares (trajeto
Fibra B 1-5 3-15 ---
do SNC até o gânglio
do parassimpático)
Fibras pós-
ganglionares (trajeto
Visceral; dor, química,
Fibra C 0.4-2 0.5-2 do gânglio até os
temperatura
músculos liso e
cardíaco e glândulas)
O termo "estimulação do nervo vago" (VNS) pode ser usado geralmente para
descrever qualquer técnica que estimula o nervo vago (HOWLAND, 2014). No início da
década de 1880, o neurologista americano James Leonard Corning (1855–1923) foi o
primeiro a usar a VNS para tratar pacientes com quadros de epilepsia, uma condição
patológica até então considerada como consequência de fluxo sanguíneo cerebral em
excesso. Corning utilizou em seus experimentos um dispositivo ao qual denominou de
“garfo carotídeo”. A aplicação desse dispositivo causava uma compressão parcial das
artérias carótidas bilateralmente, ao mesmo tempo em que eletrodos de corrente direta
anexados ao dispositivo provocavam estimulação transcutânea do NV e dos nervos
simpáticos em uma tentativa de reduzir o fluxo sanguíneo cerebral excessivo e diminuir
a frequência cardíaca (Figura 2). Embora a experiência do garfo carotídeo de Corning
não tenha funcionado bem, ele introduziu a ideia da VNS ao mundo a partir de seus
estudos (LANSKA, 2002).
Figura 2. (A) O garfo carotídeo de Corning com fios elétricos; (B) Aplicação do garfo
carotídeo conectado a uma bateria galvânica.
tolerada em pacientes pediátricos, da mesma forma que não foram identificados riscos
no uso em gestantes. A VNS é segura e compatível para uso conjunto com drogas
psicotrópicas e com terapia eletroconvulsiva (HOWLAND, 2014). Durante o procedimento
cirúrgico, podem ocorrer bradicardia e assistolia durante o teste de impedância do
eletrodo, porém é um evento raro. Isso pode ocorrer devido à propagação da corrente
colateral ou à colocação inadvertida de eletrodos em ramos cardíacos do NV
(ASCONAPÉ, MOORE, et al., 1999). No pós-operatório, a implantação pode resultar em
hematoma peri-incisional, dispneia e infecção localizada ao redor do local da ferida
(SANTOS, 2003). Dados recentes sugerem que a necessidade de repetir a cirurgia é
relativamente rara, com o motivo mais comum sendo a substituição do gerador do
estimulador relatada a uma taxa de 4–10% ao longo de um período de acompanhamento
de 6 anos (LAM, LIN, et al., 2016)
O ouvido externo possui inervação mediada via três nervos sensoriais: o nervo
auriculotemporal, o nervo auricular grande (nervo auricular magno) e o ramo auricular do
nervo vago (RANV), este último também conhecido como nervo de Arnold. O meato
acústico externo, a concha címbica (ou cimba) e a concha cava da orelha são supridos
principalmente pelo RANV, mas a concha címbica é inervada exclusivamente pelo RANV
(ELLRICH, 2011). A taVNS tem como alvo o campo receptivo cutâneo do RANV ao
aplicar um estímulo elétrico à concha címbica esquerda (KRAUS, KIESS, et al., 2013).
O dispositivo NEMOS (distribuído pela tVNS Technologies, anteriormente
Cerbomed) é um estimulador elétrico de nervos, transcutaneamente portátil, que fornece
estímulos para distribuições RANV localizadas na concha címbica esquerda. Em 2010, o
dispositivo recebeu a certificação europeia (marca CE) para o tratamento de epilepsia
resistente e depressão e em 2012, para o tratamento da dor. O dispositivo é composto
de dois componentes principais: a unidade de estimulação, que contém a bateria e o
gerador de pulsos (e é quase do tamanho de um telefone celular), e um eletrodo de
ouvido dedicado (similar a um fone de ouvido), que é conectado ao estimulador através
de um cabo (Figura 4). A intensidade da estimulação é controlada pelo usuário (até 25
V), com tratamentos durando pelo menos 1 hora em três a quatro sessões por dia para
um total de 4–5 horas. A corrente de estimulação é ajustada até que uma leve sensação
de formigamento ou pulsação seja percebida no local de estimulação. Antes de iniciar o
procedimento, o usuário deve limpar o local da estimulação, bem como os eletrodos, para
que a impedância seja minimizada, garantindo uma boa condutividade. Os parâmetros
de estimulação restantes são fixos, fornecendo pulsos de onda quadrada monofásica
contínua de 0,25 ms a 25 Hz. Os efeitos adversos incluem uma leve sensação de dor,
queimação, formigamento ou coceira sob o eletrodo, que se dissipa com a remoção do
dispositivo (YAP, KEATCH, et al., 2020).
26
Figura 4. (A) Dispositivo taVNS Cerbomed NEMOS; (B) Ouvido externo esquerdo
indicando as regiões da concha címbica, tragus e lóbulo da orelha; (C) Dispositivo taVNS
estimulando a concha címbica.
A estimulação do nervo vago transcutânea cervical (tcVNS) é outro método que foi
desenvolvido para estimular de forma não invasiva o NV. O dispositivo gammaCore,
comercializado pela electroCore, é um aparelho portátil que estimula o NV dentro da
bainha carotídea cervical. O equipamento obteve aprovação experimental da FDA para
o tratamento agudo e/ou profilático de cefaleia primária e cefaleia por uso excessivo de
medicamentos em adultos. Um gel condutor é aplicado nas duas superfícies de contato
de estimulação presentes no dispositivo, que é então colocado no pescoço do paciente
sobre o músculo esternocleidomastóideo, mais precisamente em um local onde o pulso
da artéria carótida é encontrado (Figura 5). A forma de onda do pulso elétrico foi projetada
para penetrar a barreira biológica em vários níveis de tecido, incluindo pele, músculo e
bainhas nervosas, a fim de estimular as fibras nervosas vagais aferentes dentro da bainha
carotídea. A intensidade da estimulação é controlada pelo paciente (até 24 V e 60 mA),
com sessões de tratamento individuais com duração de 120 s. O tratamento pode ser
administrado com segurança várias vezes ao dia, tendo sido aplicado múltiplas
27
estimulações (doses) de até 6-12 vezes por dia em estudos clínicos (YUAN e
SILBERSTEIN, 2016). Os demais parâmetros de estimulação são constantes,
fornecendo pulsos de 1 ms de ondas senoidais de 5 kHz a 25 Hz. Os potenciais efeitos
colaterais podem incluir formigamento sob os eletrodos de estimulação e leve contração
facial em altas intensidades. Trata-se de um dispositivo de uso limitado que está
disponível em dois modelos: 50 doses e 150 doses. As configurações de uso ideal do
dispositivo gammaCore, em termos de número de estímulos por dia e duração total da
estimulação para atingir uma resposta satisfatória para cada distúrbio, ainda não foram
determinadas (YUAN e SILBERSTEIN, 2016; YAP, KEATCH, et al., 2020).
Figura 5. (A) Dispositivo tcVNS Electrocore gammaCore; (B) Paciente aplicando tcVNS
na região do pescoço.
6 DISCUSSÃO
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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