Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
João Pessoa – PB
2021
2
João Pessoa – PB
2021
3
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________
Prof.º Dr.º Bernardino Fernandez Calvo
Orientador
Universidade Federal da Paraíba
______________________________________________________
Prof.ª Dr.ª Maria José Nunes Gadelha
Membro externo
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Aprovada em: / /
4
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, a Deus; pelo sopro da vida, por me conceder a graça de concretizar mais um
sonho, pelo sustento diário e por Seu amor incondicional;
À minha família, em especial aos meus amados pais, Áricles Mariz Moura e Aureliano Egídio
de Moura; vocês sempre serão os meus maiores ensinamentos. Obrigado por me ensinarem os
caminhos da humildade, da fé e da perseverança.
Aos meus irmãos, Veluma Hayalla, Dassayev Mariz e Francisco Egídio, essa conquista também
pertence a vocês.
Às minhas tias, Aurineide Egídio e Aurileide Egídio [...] por todo incentivo e orações.
Aos anjos que Deus colocou em meu caminho, em meio a essa jornada: Faheyna Aragão,
Heloísa Pacífico, Lídia Encide e Rodrigo Lessa: obrigado por estarem sempre ao meu lado;
vocês são de uma importância ímpar pra mim. Amo vocês!
Ao meu companheiro, Fernando Possidônio, por todo apoio e por não desacreditar de mim em
nenhum momento. Você é luz em minha vida.
A todos os professores do Programa de Pós-graduação em Neurociência Cognitiva e
Comportamento – PPGNeC, por cada ensinamento compartilhado; vocês inspiram!
Por fim, e não menos importante, a cada um dos idosos que, mesmo em meio à conjuntura
pandêmica, integraram a amostra desse estudo. Sem vocês eu não teria conseguido. Que Deus
abençoe a cada um.
6
RESUMO
Os fatores de risco vasculares (FRV) têm sido progressivamente envolvidos como fatores que
favorecem o surgimento de patologias, tais como o comprometimento cognitivo e as síndromes
demenciais. FRV, tais como doenças cardiovasculares, aterosclerose, acidente vascular
cerebral, diabetes, hipertensão, bem como tabagismo, obesidade, hipercolesterolemia, e
ausência de prática regular de atividade física, dentre outros, foram associados com estrutura
vascular alterada e pior performance cognitiva. Os Escores Compostos de Risco Vasculares
(ECRV), por sua vez, constituem pontuações estabelecidas conforme o quantitativo da presença
de FRV e foram sistematizados e elaborados para prever possíveis riscos de episódios
clinicamente significativos, podendo representar indicadores úteis de status cognitivo futuro.
Frente ao exposto, objetivou-se, por meio de um questionário autodeclarativo de recolhimento
para composição do índice de carga vascular e de uma bateria de testes neuropsicológicos,
analisar as implicações do agrupamento dos FRVs no desempenho cognitivo dos participantes;
para tanto, a amostra total do presente estudo (n=40) foi estratificada em baixo índice de carga
vascular (n=19) e alto índice de carga vascular (n=21). Os resultados sugerem que, com exceção
do teste de nomeação de Boston, todas as medidas neuropsicológicas apresentaram diferenças
entre os grupos (alta e baixa carga vascular). Os tamanhos de efeito encontrados foram de
moderados a altos, indicando que os participantes do estudo foram moderados ou altamente
influenciados pelo grupo ao qual estavam alocados. Neste sentido, corrobora-se com as análises
supracitadas, onde a composição da carga vascular exerce influência no desempenho cognitivo
dos participantes, tendo em vista que os sujeitos que apresentaram baixa carga vascular,
apresentaram desempenho superiores quando comparados aos participantes com alto índice de
carga vascular.
Palavras chave: Desempenho cognitivo. Fatores de risco vasculares. Índice de Carga Vascular.
7
ABSTRACT
Vascular risk factors (VRF) have been progressively involved as factors that favor the
emergence of pathologies, such as cognitive impairment and dementia syndromes. VRF, such
as cardiovascular disease, atherosclerosis, stroke, diabetes, hypertension, as well as smoking,
obesity, hypercholesterolemia, and lack of regular physical activity, among others, were
associated with altered vascular structure and worse cognitive performance. The Compound
Vascular Risk Scores (RCVS), in turn, constitute scores established according to the quantity
of the presence of VRF and have been systematized and designed to predict possible risks of
clinically significant episodes, and may represent useful indicators of future cognitive status. In
view of the above, the objective was, through a self-declarative collection questionnaire to
compose the vascular load index and a battery of neuropsychological tests, to analyze the
implications of the VRF clustering on the participants' cognitive performance; therefore, the
total sample of the present study (n = 40) was stratified into a low vascular load index (n = 19)
and a high vascular load index (n = 21). The results suggest that, with the exception of the
Boston naming test, all neuropsychological measures showed differences between the groups
(high and low vascular load). The effect sizes found were moderate to high, indicating that the
study participants were moderate or highly influenced by the group to which they were
allocated. In this sense, it corroborates with the aforementioned analyzes, where the
composition of the vascular load influences the cognitive performance of the participants,
considering that the subjects who presented low vascular load, presented superior performance
when compared to the participants with high vascular load index.
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1. Introdução ................................................................................................................ 12
1.2 Comprometimento Cognitivo .................................................................................. 12
1.3 Fatores de Risco e Composição da Carga Vascular .............................................. 16
2. Justificativa .............................................................................................................. 18
3. Objetivos ................................................................................................................... 20
3.1 Objetivo Geral ...................................................................................................... 20
3.2 Objetivos Específicos ........................................................................................... 20
4. Hipóteses ................................................................................................................... 20
5. Método ...................................................................................................................... 21
5.1 Participantes ............................................................................................................. 21
5.2 Tipo de Estudo .......................................................................................................... 21
5.3 Aspectos Éticos ......................................................................................................... 21
5.4 Local de Estudo ........................................................................................................ 21
5.5 Critérios de Elegibilidade ........................................................................................ 21
5.6 Instrumentos ............................................................................................................. 22
5.7 Procedimento ............................................................................................................ 27
5.8 Análise Estatística .................................................................................................... 28
6. Resultados................................................................................................................. 28
6.1. Descritivos ................................................................................................................ 28
6.2. Correlações entre carga vascular e medidas neuropsicológicas ......................... 29
6.3 Desempenho nas tarefas neuropsicológicas ........................................................... 31
7. Discussão................................................................................................................... 32
8. Considerações finais ................................................................................................ 34
9. Referências ............................................................................................................... 36
APÊNDICES ........................................................................................................................... 43
APÊNDICE A - FORMULÁRIO DE RECOLHIMENTO PARA COMPOSIÇÃO DE
FATORES DE RISCO VASCULARES ............................................................................... 44
APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO ......................................... 47
ANEXOS ................................................................................................................................. 48
ANEXO A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE ... 49
12
1. Introdução
1.2 Comprometimento Cognitivo
Mais atualmente, tem surgido uma sucessiva condecoração entre DCV e fatores de risco
na origem patológica de quadros como o CCL e a demência. As evidências científicas apontam
que cerca de um terço dos sujeitos senis manifesta DCV, demonstrado através de infartos
cerebrais, sendo que vários destes sujeitos não apresentam acidente vascular cerebral
clinicamente identificado (Barbosa, Faria, Alves, Lima, Novaes, Fichman, 2015). Nesta
sequência, os fatores de risco vasculares (FRV) têm sido progressivamente envolvidos como
fatores que favorecem o surgimento de patologias como o CCL e as síndromes demenciais.
Assim, conjunturas patológicas, e, outrossim, práticas – saudáveis ou não – inerentes ao estilo
de vida, podem lesar os aspectos estruturais e funcionais ao longo do ciclo vital (DeRight,
Jorgensen, Cabral, 2015).
Neste sentido, FRV, tais como doenças cardiovasculares, aterosclerose, acidente
vascular cerebral, diabetes, hipertensão, bem como tabagismo, obesidade, hipercolesterolemia,
e ausência de prática regular de atividade física, dentre outros, foram associados com estrutura
vascular alterada (Román, Tatemichi, Erkinjuntti, Cummings, Masdeu & Garcia, 1998). Assim,
a presença, sobretudo o agrupamento destes fatores, podem fornecer uma importante fonte
preditiva de eventos cognitivos significativos (Rundek, Blanton, Bartels, Dong, Raval,
Demmer, et al., 2013).
Expressivas análises realçam a relevância de obter monitoramento acerca dos FRV
modificáveis, como hipertensão, hipercolesterolemia, diabetes e tabagismo. Destarte, fármacos,
como a classe dos anti-hipertensivos, bem como práticas interventivas comportamentais, como
a diminuição de peso e a cessação do tabagismo, podem minimizar episódios de derrame
cerebral recorrentes e suas possíveis consequências nos níveis cognitivos, comportamentais e
funcionais dos sujeitos acometidos (Lotufo, 2008).
Indicadores análogos foram evidenciados para ademais FRV, envolvendo índice de
massa corporal (IMC), idade, diabetes e sexo (Roberts, Geda, Knopman, Cha, Pankratz, Boeve,
Rocca & Petersen, 2008). Além do pior desempenho cognitivo em testes de avaliação
neuropsicológica, FRV individuais – incluindo hipertensão, diabetes, e hipercolesterolemia –
foram associados ao desenvolvimento de CCL e lesões na substância branca no cérebro (Murad,
et al., 2015).
Estudos constataram que os sujeitos com pressão arterial (PA) inferior ou igual a 120x80
mmHg possuíam metade da probabilidade de risco para DCV, nomeadamente o acidente
vascular encefálico (AVE), quando comparados aos sujeitos que obtinham PA superior a
140x90 mmHg (Bots, Hofman, Dejong & Grobbee, 2010). Isso evidencia a importância de
17
conservar os níveis pressóricos dentro das vigências estabelecidas, a fim de que não haja, desta
maneira, alterações estruturais e funcionais que impliquem em menor autonomia e em maior
comprometimento dos domínios cognitivos (Carandang, Seshadri, Beiser, Kelly-Hayes, Kase,
Kannel & Wolf, 2006). Outros estudos incluíram cargas de FRV prévios, como a PA, fibrilação
atrial e infarto do miocárdio, prevendo a incidência de AVC em sujeitos de 47 a 55 em um
follow-up médio de onze anos (Tzourio, Anderson & Chapman, 2003). Estes e outros
apanhados destacam a relevância dos FRV anteriormente ao início da sintomatologia clínica.
Diante deste cenário, os Escores Compostos de Risco Vasculares (ECRV) – pontuações
estabelecidas conforme o quantitativo da presença de FRV –, foram sistematizados e elaborados
para prever possíveis riscos de episódios clinicamente significativos. Assim, as pontuações
frequentemente englobam somente alguns dos riscos explorados, mediante fatores que são
mensuráveis com facilidade, a fim de calcular risco posterior de um episódio ou patologia
dentro de um determinado período de tempo (Kivipelto, Helkala, Hãnninen, 2001). Logo, a
principal aplicabilidade dos ECRV está centrada no direcionamento de medidas que objetivam
a prevenção para aqueles sujeitos que manifestam maiores risco frente à patologia. Além do
que, outra relevante vantagem, é que os ECRV podem ser utilizados para disseminar
informações de fácil compreensão sobre FRV para a população em geral, levando em
consideração que a demência compartilha vários FRV com doenças cardiovasculares,
envolvendo hipertensão, hipercolesterolemia, obesidade e diabetes (Assmann, Cullen &
Schulte, 2002)
Nas práticas clínicas existem um considerável esforço na estratificação de ECRV e no
desenvolvimento de modelos multivariados que sirvam de preditores de doença ou a evolução
de incidentes para desfechos clínicos (Vartiainem, Puska, Jousilahti, Korhonen, Tuohmileto &
Nissinen, 1994). Esses modelos de equações podem ser aplicados para identificar sujeitos que
possuem elevado risco de desenvolver determinadas patologias, podendo, assim, constituir-se
alvo de terapêuticas preventivas, como intervenções no estilo de vida ou tratamentos
farmacológicos, objetivando a minimização de futuros episódios clínicos (Lithell, Hansson &
Skoog, 2003). Algumas das equações de FRV mais proeminentes e largamente utilizadas
emanam do Estudo de Framingham e incluem os modelos de risco de Framingham para o
desenvolvimento de doença coronariana ou doença cardiovascular (DCV) e o Perfil de Risco
de AVC de Framingham.
O risco de AVC de Framingham diz respeito a um índice cardiovascular feito através
de um escore que tem sido utilizado para prever a performance cognitiva. Refere-se a uma
escala validada que prediz o risco de AVC em um período de 10 anos, através de um escore
18
2. Justificativa
3. Objetivos
3.1 Objetivo Geral
4. Hipóteses
Uma análise que buscou acompanhar um quantitativo superior de 8.000 sujeitos na meia
idade, por um período consecutivo de três décadas, investigou a presença de fatores de risco –
tais como tabagismo, diabetes, hipertensão arterial, dislipidemia – associados à
comprometimento cognitivo e funcional em idades tardias. O agrupamento de tais fatores
possibilitou um risco de declínio cognitivo e funcional superior. O risco de déficits progrediu
de 1,27 nos sujeitos que manifestaram um único fator de risco para 2,37, quando três ou mais
fatores de risco faziam-se presentes (Whitmer, et al., 2014). Neste sentido, espera-se que:
I. O desempenho cognitivo dos participantes, mensurado por intermédio da bateria
de avaliação neuropsicológica, está negativamente relacionada ao número de
fatores de risco vasculares.
Estudos realizados apontaram que fatores de risco para a DCV, tais como, a idade,
sobrepeso, hipertensão, elevados níveis de colesterol, uso recorrente de substâncias como o
álcool e o tabaco, evidenciaram ser preditores de desempenho deficiente em testes de avaliação
de domínios cognitivos de memória, atenção, função executiva e cognição global (Lehrner,
Maly, Gleiss, Auff & Dal-Bianco, 2008). Portanto, espera-se que:
II. O agrupamento dos fatores de risco vasculares constitui fonte preditiva de
desempenho cognitivo.
21
5. Método
5.1 Participantes
A amostra foi constituída por 40 participantes, com idade a partir de 55 anos, residentes
no alto sertão paraibano, que declararam participação voluntária ao estudo e atenderam aos
critérios de inclusão estabelecidos.
5.6 Instrumentos
Todos os participantes foram avaliados com base em dois protocolos, quais sejam: um
protocolo clínico-funcional – com a finalidade de verificar a possibilidade de perfil
neuropsicológico compatível com CCL, bem como avaliar a funcionalidade das atividades de
vida diária (AVD); e o protocolo experimental, para a caracterização do desempenho cognitivo
dos participantes e mensuração dos fatores de risco vasculares. Os instrumentos utilizados
constam nas tabelas abaixo:
Tabela 2
Protocolo clínico de avaliação
Tabela 3
Protocolo experimental
Instrumentos
Escala de Avaliação de Demência – DRS 2 (Jurica, Leitten & Mattins, 2011);
Formulário de Recolhimento para Composição dos Fatores de Risco Vascular (criado pelo
autor);
Questionário sociodemográfico (criado pelo autor);
Teste de Acentuação de Palavras (Gil et al., 2019).
Idade
A estratificação e pontuação estabelecida pela faixa etária foi avaliada conforme tabela
abaixo:
Tabela 4
Estratificação e pontuação pela faixa etária.
Idade Pontuação
55 – 59 -1
60 – 64 0
65 – 69 1
70 – 74 2
Maior que 74 3
Hipertensão
Diagnóstico de hipertensão ao longo da vida (histórico médico); consumo de medicação
anti-hipertensiva isolada (medicamento); diagnóstico e ingestão de medicamentos (histórico
médico e medicação) e ausência de diagnóstico com uso de medicação (histórico médico
normal com uso de medicação), alternativamente. A mensuração da pressão arterial (PA) foi
feita com a presença de um profissional da enfermagem, previamente à aplicação do protocolo
clínico-funcional e sua estratificação e pontuação foi realizada conforme apresentado pela
tabela abaixo:
Tabela 5
Estratificação e pontuação por níveis de PAS e PAD.
Sistólica < 120 Diastólica
< 80 80 – 84 85 – 89 90 – 99 > = 100
0 0 1 2 3
120 – 129 0 0 1 2 3
130 – 139 1 1 1 2 3
140 – 159 2 2 2 2 3
> = 160 3 3 3 3 3
Nota.: PAS = Pressão Arterial Sistólica; PAD = Pressão Arterial Diastólica
Hipercolesterolemia
História médica positiva e/ou ingestão de medicamentos hipolipemiantes foram
considerados para definição dos FRV. Outrossim, níveis de lipoproteina de alta densidade
(HDL) e níveis de lipoproteína de baixa densidade (LDL) foram analisados, mediante
apresentação de exames bioquímicos.
25
Tabela 6
Estratificação e pontuação dos níveis de LDL
Mg/dl Pontuação
< 100 -3
100 – 129 0
130 – 159 0
160 – 189 1
> = 190 2
Nota.: LDL: Low Density Lipoprotein
Tabela 7
Estratificação e pontuação dos níveis de HDL
Mg/dl Pontuação
< 35 2
35 – 44 1
45 – 49 0
50 – 59 0
> = 60 -1
Nota.: HDL: High Density Lipoprotein
Diabetes
Foram considerados, outrossim, aspectos concernentes ao diagnóstico de diabetes (Tipo
I ou Tipo II) ao longo da vida (histórico de medicação) e ingestão adicional de medicação
antidiabética.
Tabela 8
Pontuação para presença/ausência de Diabetes
Diabetes Pontuação
Não 0
Sim 2
Histórico de Tabagismo
A história pessoal do comportamento de fumar, bem como a estimativa do tempo
referente a este hábito compôs a soma dos FRV da seguinte maneira:
Tabela 9
Tabagismo Pontuação
Não 0
Sim 2
26
Doenças Cardiovasculares/Cardiopatias
Diagnóstico de doenças cardiovasculares, tais como: aterosclerose, fibrilação atrial,
arritmias cardíacas, infarto agudo do miocárdio (IAM), insuficiência cardíaca, cardiopatia
congênita e doenças coronárias também foram levados em consideração para o somatório dos
escores dos FRV, de modo que:
Tabela 10
Pontuação e estratificação para presença/ausência de histórico de doenças
cardiovasculares/cardiopatias
Quantidade Pontuação
Sem histórico médico 0
1–2 2
3–4 3
>=5 4
Tabela 11
Estratificação e pontuação para atividades físicas
Frequência Pontuação
< 03 dias por semana 0
03 a 04 dias por semana -1
05 ou mais dias por semana -2
Doença de Tireoide
Foi avaliado, por meio de autorrelato dos participantes, ou resultados de exames
bioquímicos, quando presentes, os hormônios T3 e T4, além da presença de hipertireoidismo
ou hipotireoidismo.
Tabela 12
Doença de Tireoide
Pontuação
Sem histórico médico 0
27
Tabela 13
Estratificação e pontuação para histórico médico presente/ausente de DCVs
Quantidade Pontuação
Sem histórico médico 0
1-2 2
3–4 3
>=5 4
Nota.: DCVs = Doenças Cérebro Vasculares
5.7 Procedimento
As coletas sucederam em um quantitativo total de três encontros com duração de
01h30min para a aplicação dos protocolos clínico e experimental, com a devolutiva sendo
realizada em uma estimativa de trinta minutos. O número e a quantidade de tempos são,
entretanto, medidas flexíveis quando evidentes os fatores intervenientes que comprometam a
aplicação precisa dos instrumentos de coleta, tais como: fadiga e cansaço. Os encontros foram,
portanto, realizados em dois dias seguidos, previamente agendados com os participantes,
respeitando-se às orientações e protocolos de segurança e sanitário de prevenção ao
Coronavírus. A devolutiva, por sua vez, foi realizada na semana seguinte à aplicação dos
instrumentos.
Tabela 14
Cronograma de Intervenção
Número de encontros Intervenção Duração
Primeira Sessão Protocolo Clínico; Cerca de 01h30min
Segunda Sessão Protocolo Experimental; Cerca de 01h30min
Terceira Sessão Devolutiva (feedback) Cerca de 30min
28
6. Resultados
6.1. Descritivos
Os dados demográficos e perfil neuropsicológico dos grupos estão disponíveis na Tabela
15. As características sociodemográficas dos grupos foram semelhantes e a gravidade dos
sintomas de humor, assim como o desempenho funcional, medido pela FAQ, não diferiu entre
eles.
Em função do nível de escore composto de risco vascular (ECRV), os participantes
foram divididos em dois grupos: baixo (n=19) e alto (n=21), a partir do valor da mediana dos
escores. Uma vez estratificada a amostra pelo índice de carga vascular, foi realizada uma
comparação entre os dois grupos em função das variáveis sociodemográficas.
Os dados demográficos e perfil neuropsicológico dos grupos estão disponíveis na Tabela
15. Percebeu-se que as características sociodemográficas dos grupos foram semelhantes.
Tabela 15.
Dados sociodemográficos dos participantes analisados.
Variável Baixo ECRV Alto ECRV U p
Idade 65,58 (6,85) 66,19 (8,61) 192,50 0,84
Gênero (n, % mulheres) 14 (73,7%) 13 (61,9%) 176,00 0,43
29
Tabela 16.
Correlações entre ECRV e as medidas neuropsicológicos.
Variável rs p
MEEM -0,49 <0,01*
DRS Atenção -0,45 <0,01*
DRS I/P -0,49 <0,01*
DRS-2 Construção -0,43 <0,01*
DRS-2 Conceituação -0,51 <0,01*
DRS-2 Memória -0,41 <0,01*
DRS-2 Total -0,57 <0,01*
HVLT RL -0,56 <0,01*
HVLT RT -0,51 <0,01*
HVLT Rec -0,41 <0,01*
Boston -0,14 0,37**
TMT B 0,56 <0,01*
WAIS III - Cubos -0,61 <0,01*
FAQ 0,31 0,04**
GDS 0,33 0,03**
Nota. rs: coeficiente de correlação de Spearman; p: nível de significância; MEEM: Mini Exame do Estado Mental;
DRS-2: Dementia Rating Scale; I/P: Iniciativa/Perseveração; HVLT RL: Hopkins Verbal Learning Test –
Recordação livre (ensaios 1 a 3); HVLT RT: Hopkins Verbal Learning Test – Recordação tardia (4º ensaio); HVLT
Rec: Hopkins Verbal Learning Test – Reconhecimento; TMT-B: Trial Making Test – B; WAIS III: Escala de
30
Inteligência Wechsler para Adultos; FAQ: Questionário de Atividades funcionais de Pfeffer; GDS: Escala de
Depressão em Geriatria.
* p < 0,01. ** p < 0,05.
Analisou-se, ainda, a contribuição de cada fator de risco no desempenho cognitivo dos
participantes. Observou-se que a hipertensão arterial (HA) foi o fator de risco que mais
apresentou diferenças significativas entre as medidas neuropsicológicas, de forma que os
indivíduos com diagnóstico de HPA apresentaram diferentes escores em 13 das 15 medidas
neuropsicológicas em relação aos indivíduos sem o diagnóstico (ver Tabela 17).
Tabela 17.
Comparação entre grupos com cada fator de risco nas medidas neuropsicológicas.
HPA Diabetes HPC Sedent. Tabag. DC DCV Tireoide
MEEM 60,00* 93,50** 99,50** 108,50 115,00* 98,50 37,00 191,50
DRS Atenção 89,50** 75,00* 120,00 111,50 136,00 95,00 36,00 166,00
DRS I/P 92,50** 66,00* 105,00** 127,00 140,00 76,50** 32,50 176,00
DRS-2 Construção 108,50** 97,50** 148,50 117,50 161,50 83,50** 32,00 174,00
DRS-2 Conceituação 103,00** 92,50** 103,00** 100,00** 173,50 106,00 14,50 127,50
DRS-2 Memória 110,50 104,00 134,50 77,50* 182,50 111,00 25,50 182,50
DRS-2 Total 76,50* 73,50* 93,00** 92,00** 144,00 79,50 27,00 177,00
HVLT RL 55,00* 115,50 89,00** 93,00** 125,50 94,00 24,50 143,50
HVLT RT 63,00* 136,50 100,00** 100,00 122,00** 87,50 29,00 148,00
HVLT Rec 63,00* 155,00 95,00** 108,50 125,00** 113,50 24,00 156,50
Boston 126,50 154,00 142,00 129,50 193,50 110,00 6,50** 173,00
TMT B 56,00* 76,00** 112,50 91,00** 130,00 90,00 25,00 174,50
WAIS III – Cubos 60,50* 85,50** 109,50 82,50** 132,50 70,50** 27,00 161,50
FAQ 100,50** 119,50 135,50 127,00 151,00 119,50 26,50 191,00
GDS 103,00** 119,50 133,50 121,00 179,00 84,50 19,50 191,00
Nota. HA: Hipertensão Arterial; HPC: Hipercolesterolemia; Tabag.: Tabagismo; DC: Doença Cardiovascular;
Sedent.: Sedentarismo; DCV: Doença Cerebrovascular; MEEM: Mini Exame do Estado Mental; DRS-2: Dementia
Rating Scale; I/P: Iniciativa/Perseveração; HVLT RL: Hopkins Verbal Learning Test – Recordação livre (ensaios 1 a
3); HVLT RT: Hopkins Verbal Learning Test – Recordação tardia (4º ensaio); HVLT Rec: Hopkins Verbal Learning
Test – Reconhecimento; TMT-B: Trial Making Test – B; WAIS III: Escala de Inteligência Wechsler para Adultos;
FAQ: Questionário de Atividades funcionais de Pfeffer; GDS: Escala de Depressão em Geriatria.
* p < 0,01. ** p < 0,05.
Os demais fatores de risco contribuíram para mudanças nos escores cognitivos entre os
grupos na seguinte ordem (número de medidas neuropsicológicas diferentes entre parêntese):
hipertensão (11), diabetes (8), hipercolesterolemia (7), sedentarismo (6), tabagismo (3), doença
cardiovascular (3) e doença cerebrovascular (1). Finalmente, participantes com problemas na
tireoide não apresentaram diferenças significativas nas medidas neuropsicológicas.
31
Tabela 18.
Comparação entre grupos nas medidas neuropsicológicas.
Variável Baixo ECRV Alto ECRV U p [r]
MEEM 27,37 (2,91) 24,86 (3,54) 110,50 0,01** -0,38
DRS Atenção 35,36 (2,01) 33,28 (2,86) 96,00 <0,01* -0,45
DRS I/P 35,52 (2,01) 33,28 (2,86) 111,50 0,01** -0,39
DRS-2 Construção 5,73 (0,81) 4,85 (1,23) 119,50 0,02** -0,41
DRS-2 Conceituação 38,31 (1,21) 34,95 (3,76) 72,50 <0,01* -0,57
DRS-2 Memória 24,11 (1,11) 22,66 (2,24) 100,00 <0,01* -0,44
DRS-2 Total 139,05 (6,25) 128,47 (9,46) 67,00 <0,01* -0,57
HVLT RL 23,37 (4,79) 17,33 (4,31) 69,00 <0,01* -0,56
HVLT RT 8,47 (2,43) 5,29 (2,72) 73,50 <0,01* -0,54
HVLT Rec 8,95 (2,52) 6,81 (2,25) 111,50 0,01** -0,38
Boston 13,74 (1,28) 13,29 (1,34) 156,00 0,24 NA
TMT B 176,68 (110,32) 284,14 (103,55) 87,50 <0,01* -0,48
WAIS III - Cubos 8,42 (2,69) 6 (1,95) 70,00 <0,01* -0,57
Nota. Média e desvio padrão entre parênteses. ECRV: Escores Compostos de Risco Vasculares; U: estatística para
o teste de Mann-Whitney; p: nível de significância; [r]: tamanho de efeito para as comparações significativas entre
grupos; MEEM: Mini Exame do Estado Mental; DRS-2: Dementia Rating Scale; I/P: Iniciativa/Perseveração;
HVLT RL: Hopkins Verbal Learning Test – Recordação livre (ensaios 1 a 3); HVLT RT: Hopkins Verbal Learning
Test – Recordação tardia (4º ensaio); HVLT Rec: Hopkins Verbal Learning Test – Reconhecimento; TMT-B: Trial
Making Test – B; WAIS III: Escala de Inteligência Wechsler para Adultos; FAQ: Questionário de Atividades
funcionais de Pfeffer; GDS: Escala de Depressão em Geriatria. * p < 0,01. ** p < 0,05.
7. Discussão
O objetivo deste trabalho foi investigar a relação entre fatores de risco vasculares e
desempenho neurocognitivo em idosos com baixo e alto índice de carga vascular por meio da
aplicação de uma bateria de avaliação neuropsicológica, bem como, de um questionário de
composição de carga vascular, baseado nos estudos de Framingham (Heinzel, Liepelt-Scarfone,
Roebe, et al., 2004).
Nos últimos anos, investigações clínicas têm associado os fatores de risco vasculares
(FRV) às cardiopatias ao elevado risco de desenvolvimento de quadro demencial, seja esta uma
Demência Vascular (DV) ou Demência de Alzheimer (DA). Ainda que o quantitativo de
estudos efetivados permitam o levantamento de hipóteses acerca da associação das alterações
vasculares com a demência, inexistem desfechos conclusivos acerca desta temática.
Estudos apontam que FRV, tais como hipertensão, diabetes mellitus (DM),
hipercolesterolemia, tabagismo, dentre outros parecem estar ligados a quadros de DV e,
outrossim, à DA (Gorelick, 2014), isto porque os fatores de risco estão associados com o
atrofiamento hipocampal e global do cérebro, bem como, com lesões de substância branca
periventricular.
Em estudo longitudinal, acompanhado por quase 30 anos e realizado com um
quantitativo superior a 8.000 sujeitos, a hipertensão arterial sistólica, a hipercolesterolemia, o
hábito de fumar e a diabetes mellitus DM, presentes na meia idade, constituíram FRV
associados à demência em idades mais avançadas. Além disso, a associação de tais fatores
conferiu, aos sujeitos participantes, um risco de deficiência cognitiva superior ao grupo
controle. A probabilidade de apresentar uma síndrome demencial aumentou de 1,27 nos
participantes que relatavam fator de risco único para 2,37, quando quatro ou mais fatores de
risco se faziam presentes (Whitmer et al., 2014). A prática habitual de atividade física, porém,
parece funcionar como um fator protetor e está associada à minimização do risco de declínio
cognitivo nessa população (Yaffe et al., 2010; Rovio et al., 2016).
A associação entre o hábito de fumar, a deficiência cognitiva e a perca da funcionalidade
ainda necessitam de resultados mais contundentes, uma vez que as análises que se propuseram
a examinar esta problemática evidenciaram resultados divergentes. Uma meta-análise,
integrando cerca de 13.000 sujeitos, os participantes que tinham o hábito de fumar apresentaram
risco consideravelmente maior de desenvolver quadro demência, cerca de 40%, e déficit
cognitivo (80%), quando comparados ao grupo controle (Swan e Lessov-Schlaggar, 2017). Não
foram observadas diferenças significativas entre os sujeitos que não tinham o hábito de fumar
e aqueles que fumaram no passado.
33
Análises apontam, de igual maneira, que, vários dos parâmetros que caracterizam a
síndrome metabólica se associam à demência. Hipertensão, DM, hipercolesterolemia e
obesidade são apontados pela literatura científica como quadros pertencentes à esta esta
associação. Em estudos integrando pessoas idosas de etnias distintas, observou-se que a
síndrome metabólica e o déficit cognitivo estavam associados, sobretudo nos sujeitos que
apresentavam maiores níveis séricos. Não obstante, a carga total dos FRV, que integram a
síndrome metabólica, demonstrou risco elevado para deficiência cognitiva, quando comparada
com os FRV isoladamente (Dik et al., 2013)
Estudos têm evidenciado que a presença de hipertensão arterial (HA) eleva o risco de
surgimento de danos no cérebro, associando-os à quadros demenciais. Em um estudo de coorte,
feito por Van Dijk et al., (2008), foram observadas associações entre a HA e a presença de
lesões de substância branca – correlacionadas ao elevado risco de acidente vascular cerebral e
quadros de demência. Quando comparados, sujeitos com HA descontrolada apresentaram
maiores riscos de lesões do que aqueles com HA sob controle ou normotensos. Análises
provenientes da coorte do estudo de Rotterdam evidenciaram, por meio da Ressonância
Magnética (RM), que a HA foi associada ao atrofiamento do hipocampo, um importante
marcador da demência de Alzheimer (Vermeer et al., 2013).
De acordo com Waldstein e Katzel (2016), a HA induzida pelo estresse, ainda que em
sujeitos idosos normotensos, tem sido associada à piores performances cognitivas em testes de
avaliação neuropsicológica nos domínios de memória verbal e de função executiva. Outra
análise feita com sujeitos que apresentam HA e que não se beneficiavam da terapia
medicamentosa, submetidos à avaliação neuropsicológica, evidenciou comprometimento do
fluxo sanguíneo em regiões relevantes para o adequado processamento da memória (Jennings
et al., 2015).
Controversos são os estudos que associam a dislipidemia e os quadros demenciais.
Zambón et al., (2010) e Whitmer et al., (2015) apontam que a presença de hipercolesterolemia
na meia idade associa-se duas vezes mais à probabilidade de desenvolvimento de DA em idades
tardias. Não obstante, conforme apontam Kivipelto, Mangialasche e Nganduet (2018), o déficit
na performance cognitiva desses sujeitos parece suceder de maneira mais rápida. No entanto,
estudos feitos por Kalminjin et al., (2014) evidenciaram a inexistência associativa entre
dislipidemia e níveis elevados de triglicérides na meia idade e a prevalência de DA em idades
avançadas.
Estudos têm associado a presença de hiperglicemia e hipoglicemia a mudanças na
cognição (Umegaki, 2018). Estudos têm demonstrado a associação entre DM e demência
34
vascular. Em estudo de coorte, acompanhado por quase dez anos e realizado com mais de 820
participantes, concluiu que sujeitos que apresentavam DM tinham um risco superior a 60% de
desenvolver déficit cognitivo e perca da autonomia quando comparados ao grupo controle
(Rajan et al., 2016). Os participantes com DM apresentaram déficit nas funções cognitivas
cognitivo globais, tais como memória episódica e semântica, memória operacional e
habilidades visuoconstrutivas. De igual maneira, conforme estudos sistematizados por Van den
Berg et al., (2006), os participantes com DM apresentaram piores performances em testes de
mensuração atencional e de velocidade de processamento. Não obstante, existem indicativos de
maiores déficits cognitivos em sujeitos com histórico patológico prolongado ou em estado de
insulinoterapia.
Observou-se, portanto, que, no presente estudo, todas as medidas neuropsicológicas
apresentaram diferenças entre os grupos (alta e baixa carga vascular), com exceção do teste de
nomeação de Boston. Os tamanhos de efeito encontrados foram de moderados a altos, indicando
que os participantes do estudo foram moderados ou altamente influenciados pelo grupo ao qual
estavam alocados. Neste sentido, corrobora-se com as análises supracitadas, onde a composição
da carga vascular exerce influência no desempenho cognitivo dos participantes, tendo em vista
que os sujeitos que apresentaram baixa carga vascular, apresentaram desempenho superiores
quando comparados aos participantes com alto índice de carga vascular.
8. Considerações finais
Nas últimas décadas, múltiplos estudos clínicos associando fatores de risco vascular e
desempenho cognitivo surgiram. Entretanto, ainda que quantitativo de informações existentes
possibilitem o levantamento de algumas hipóteses, inexistem, ainda, conclusões definitivas
acerca dessa associação.
Neste sentido, na busca por agregar conhecimento à literatura disponível acerca das
implicações dos fatores de risco vascular na performance cognitiva, levando-se em
consideração às controvérsias existentes, este trabalho teve por objetivo avaliar o desempenho
neurocognitivo de pessoas idosas com alto e baixo índice de carga vascular. Os achados nos
permitem concluir que:
I – O agrupamento de fatores de carga vascular constitui relevante indicador para pior
performance cognitiva;
II – O índice de carga vascular foi negativamente associado com o desempenho
neurocognitivo dos participantes, mensurado por meio de avaliação neuropsicológica, ao passo
que: quanto maior o índice de carga vascular, pior o desempenho cognitivo dos participantes.
35
III – Alterações no estilo de vida, tais como um plano alimentar saudável, a prática diária
de atividade física, dentre outras ações, são estratégias que podem ser utilizadas para combater
o surgimento de prejuízos à substância branca e, por conseguinte, ao pior desempenho
neurocognitivo.
Ressalta-se, ainda, que as alterações cognitivas em níveis e domínios cognitivos
distintos podem ser explicadas por divergências na metodologia dos estudos e, não obstante,
pelo n amostral. Assim, novas pesquisas se fazem imprescindíveis, a fim de que sejam
elucidados os mecanismos envoltos aos processos pelos quais sucedem as modificações na
performance cognitiva, proporcionando práticas de intervenção precoces.
O inesperado número da amostra justifica-se pelo fato de os participantes-alvo
constituírem grupo de risco na pandemia do novo Coronavírus. Desta forma, sugere-se que
análises futuras, com um n amostral superior ao estudo em comento, sejam operacionalizadas,
tendo em vista que o quantitativo da amostra atual é fator limitante para a generalização dos
resultados.
Apesar das limitações elencadas, os resultados encontrados somam-se às evidências que
correlacionam os fatores de risco vasculares ao pior desempenho cognitivo. Desta maneira,
ações de caráter preventivas que objetivem o controle dos fatores de risco se caracterizam como
sendo uma alternativa eficaz de retardar o desenvolvimento de possíveis quadros demenciais.
Por fim, dentro das peculiaridades impostas pela nova conjuntura pandêmica, considera-se que
o presente estudo contemplou aos objetivos propostos, lançando luz sobre a importância de se
conceber as implicações dos fatores de risco vascular no desempenho cognitivo.
36
9. Referências
Aizenstein, H. J., Baskys, A., Boldrini, M., Butters, M. A., Diniz, B. S., Jaiswal, M. K., ... &
Niklewski, G. (2016). Vascular depression consensus report–a critical update. BMC
medicine, 14(1), 161. https://doi.org/10.1186/s12916-016-0720-5
Albert MS, DeKosky ST, Dickson D, et al. (2011). The diagnosis of mild cognitive impairment
due to Alzheimer's disease: recommendations from the National Institute on Aging and
Alzheimer's Association workgroup. Alzheimer's & Dementia, 34:939-944.
Anderson K. M., Odell P. M., Wilson, P. W., & Kannel, W.B. (2001). Cardiovascular disease
risk profiles. Am Heart J;121:293-8.
Assmann G, Cullen P, Schulte H. (2002). Simple scoring scheme forcalculating the risk of acute
coronary events based on the 10-yearfollow-up of the prospective cardiovascular Munster
(PROCAM) study. Circulation; 105:310–15.
Barbosa, E.; Faria, C.; Alves, H.; Lima, D.; Novaes, R. & Fichman, H. (2015). Perfis
neuropsicológicos do Comprometimento Cognitivo Leve (CCL). Neuropsicologia
Latinoamericana, 7(2), pp. 15-23.
Bots, M. L., Hofman, A., De Bruyn, A. M., De Jong, P. T., & Grobbee, D. E. (2010). Isolated
systolic hypertension and vessel wall thickness of the carotid artery. The Rotterdam elderly
study. Arterioscler. Thromb. 13, 64–69.
Brucki, S. M., Nitrini, R., Caramelli, P., Bertolucci, P. H., & Okamoto, I. H. (2003). Sugestões
para o uso do mini-exame do estado mental no Brasil. Arq neuropsiquiatr, 61(3B), 777-81.
Burns, A., Zaudig, M. Mild cognitive impairment in ollder people. (2002). Lancet. v. 360.
December 14, p. 1963-5.
Camargo, C.H.P., Gil, G., Moreno, M.D.P.Q. (2006). Envelhecimento "Normal" e cognição.
In: Bottino C.M.C, Lacks J, Blay S.L. Demência e transtornos cognitivos em idosos. Rio
de Janeiro: Guanabara-Koogan, p.13-20.
Carandang R., Seshadri S., Beiser A., Kelly-Hayes M., Kase C. S., Kannel W. B., & Wolf, P.
A. (2006). Trends in incidence, lifetime risk, severity, and 30-day mortality of stroke over
the past 50 years. JAMA, Dec 27;296(24):2939-46.
D’Agostino, R. B., et al. (2008). General Cardiovascular Risk Profile For Use in Primary Care:
The Framingham Heart Study. Circulation; 117:743-753.
Vermeer, S. E., Prins, N. D., den Heijer, T., Hofman, A., Koudstaal, P. J., & Breteler, M. M.
(2003). Silent brain infarcts and the risk of dementia and cognitive decline. The New
England journal of medicine, 348(13), 1215–1222.
https://doi.org/10.1056/NEJMoa022066
DeRight, J., Jorgensen, R. S., & Cabral, M. J. (2015). Composite cardiovascular risk scores and
neuropsychological functioning: A meta-analytic review. Annals of Behavioral
Medicine, 49(3), 344-357.
Dik, M., Deeg, D. J., Visser, M., & Jonker, C. (2013). Early life physical activity and cognition
at old age. Journal of clinical and experimental neuropsychology, 25(5), 643–653.
https://doi.org/10.1076/jcen.25.5.643.14583
Divya, K. P., Menon, R. N., Varma, R. P., Sylaja, P. N., Thomas, B., Kesavadas, C., Sunitha,
J., Lekha, VS. & Deepak, S. (2017). Post-stroke cognitive impairment-A cross-sectional
comparison study between mild cognitive impairment of vascular and non-vascular
etiology. Journal of the neurological sciences, 372, 356-362.
Elias, M. F., Sullivan, L. M., D’agostino, R. B., Elias, P. K., Beiser, A., Au, R., Seshadri, S.,
DeCarli, C. & Wolf, P. A. (2004). Framingham stroke risk profile and lowered cognitive
performance. Stroke, 35(2), 404-409.
Fichman, H.C., Caramelli, P., Samashima, K., et al. (2005). Declínio da capacidade cognitiva
durante o envelhecimento. Rev. Bras. Psiq, v.27, n.12, p. 79-82.
Farlow, MR. (2010). Alzheimer disease. In: Fillit HM, Rockwood K, Woodhouse K,
organizadores. Brocklehurst's Textbook of geriatric medicine and gerontology. 7th Edition.
Philadelphia: Saunders, Elservier; p. 411-420.
Fleisher, A.S., Soweell, B.B., Taylor, C. et al. (2007). Alzheimer Disease Cooperative Study.
Clinical predictors of progression to Alzheimer disease in amnestic mild cognitive
impairment. Neurology May, v.8, p.68(19)p.1588-95.
Folstein, M. F., Folstein, S. E., & McHugh, P. R. (1975). “Mini-mental state”: a practical
method for grading the cognitive state of patients for the clinician. Journal of psychiatric
research, 12(3), 189-198.
Fritz, C., Morris, P., & Richler, J. (2012). Effect size estimates: current use, calculations, and
interpretation. J Exp Psychol Gen, 141(1), 2–18.
38
Frota, N. A., F., Nitrini, R., Damasceno, B. P., & Forlenza, O. V., (2011). Criteria for the
diagnosis of Alzheimer's disease: Recommendations of the Scientific Department of
Cognitive Neurology and Aging of the Brazilian Academy of Neurology. Dement.
neuropsychol. vol.5 no.3 São Paulo July/Sept.
Gaenslen,A.,Wurster, I., Brockmann,K., Huber, H., Godau, J., Faust, B., et al. (2014).
Prodromal features for Parkinson’s disease – baseline data from the TRENDstudy.Eur. J.
Neurol.21, 766–772.
Gorelick, P. B., Scuteri, A., Black, S. E., DeCarli, C., Greenberg, S. M., Iadecola, C., Launer,
L. J., Laurent, S., Lopez, O. L., Nyenhuis, D., Petersen, R. C., Schneider, J. A., Tzourio,
C., Arnett, D. K., Bennett, D. A., Chui, H. C., Higashida, R. T., Lindquist, R., Nilsson, P.
M., Roman, G. C., Sellke, F. W., Seshadri, S. (2011). Vascular contributions to cognitive
impairment and dementia: a statement for healthcare professionals from the American
Heart Association/American Stroke Association. Stroke, 42(9), 2672-2713.
Gorelicl, P. B. (2014). Risk factors for vascular dementia and Alzheimer disease. Stroke:
35:2620-2.
Heinzel, S., Liepelt-Scarfone, I., Roeben, B. et al. (2014). A neurodegenerative vascular burden
index and the impact on cognition. Fritiers in Aging Neuroscience, v6, 161.
Heinzel, S., Metzger, F. G., Ehlis, A. C., Korell, R., Alboji, A., Haeussinger, F. B.,et al. (2013).
Aging-related cortical reorganization of verbal fluency processing: a functional near-
infrared spectroscopy study. Neurobiol. Aging, 34, 439–450.
Jennings, J. R., Muldoon, M. F., Ryan, C., Price, J. C., Greer, P., Sutton-Tyrrell, K., van der
Veen, F. M., & Meltzer, C. C. (2015). Reduced cerebral blood flow response and
compensation among patients with untreated hypertension. Neurology, 64(8), 1358–1365.
https://doi.org/10.1212/01.WNL.0000158283.28251.3C
Kalache A, Veras RP. & Ramos LR. (1987). The ageing of the world population: a new
challenge. Rev Saude Publica;21(3):200-210.
Kalmijn, S., van Boxtel, M. P., Ocké, M., Verschuren, W. M., Kromhout, D., & Launer, L. J.
(2014). Dietary intake of fatty acids and fish in relation to cognitive performance at middle
age. Neurology, 62(2), 275–280. https://doi.org/10.1212/01.
Kannel, W. B., McGee, D., & Gordon, T. (1976). A general cardiovascular risk profile: the
Framingham Study. The American journal of cardiology, 38(1), 46-51.
Kivipelto, M., Ngandu, T., Laatikainen, T., Winblad, B. et al., (2006). Risk score for the
prediction of dementia risk in 20 years among middle aged people: a longitudinal,
population-based study. Lancet Neurol., Sep;5(9): 735-41.
39
Kivipelto M, Helkala E. L, Hänninen T, et al. (2001). Midlife vascular riskfactors and late-life
mild cognitive impairment: a population-basedstudy. Neurology;56:1683–89.
Kivipelto, M., Mangialasche, F., & Ngandu, T. (2018). Lifestyle interventions to prevent
cognitive impairment, dementia and Alzheimer disease. Nature reviews. Neurology,
14(11), 653–666. https://doi.org/10.1038/s41582-018-0070-3
Legge, S., & Hachinski, V. (2010). Vascular cognitive impairment (VCI): Progress towards
knowledge and treatment. Dement. neuropsychol. vol.4 no.1 São Paulo Jan./Mar.
Lehrner, J., Maly, J., Gleiss, A., Auff, E., & Dal-Bianco, P. (2008). Neuropsychological
performance and mild cognitive impairment subtypes in patients reporting cognitive
problems attending a memory outpatient clinic. European Journal of Geriatrics, 10, 59–68.
Li, J., Wang, Y. J., Zhang, M., Xu, Z. Q., Gao, C. Y., Fang, C. Q., et al. (2011). Vascularrisk
factors promote conversion from mild cognitive impairment to Alzheimerdisease.
Neurology, 76, 1485–1491.
Lithell H, Hansson L, Skoog I, et al. (2003). The study on cognition andprognosis in the elderly
(SCOPE): principal results of a randomiseddouble-blind intervention trial. J Hypertens;
21:875–86.
Malloy-Diniz, L. F., Fuentes, D., Mattos, P., & Abreu, N. (2010). Avaliação Neuropsicológica
(pp. 247- 253). Porto Alegre, RS: Artmed.
Murad, K. et al., (2015). Burden of Comorbidities and Functional and Cognitive Impairments
in Elderly Patients at the Initial Diagnosis of Heart Failure and Their Impact on Total
Mortality. V. 3, Issue 7, July.
Parente, M. A. M. P., Scherer, L. C., Zimmermann, N., & Fonseca,R. (2009). Evidências do
papel da escolaridade na organização cerebral. Revista Neuropsicologia Latinoamericana,
1(1), 72-80.
Petersen, R. C., Smith, G. E., Waring, S. C., Ivnik, R. J., Tangalos, E. G., & Kokmen, E. (1999).
Mild cognitive impairment: clinical characterization and outcome. Archives of
neurology, 56(3), 303-308.
Petersen, R. C., Doody, R., Kurz, A., Mohs, R. C., Morris, J. C., Rabins, P. V., Ritchie, K.,
Rossor, M., Thal, L. & Winblad, B. (2001). Current concepts in mild cognitive
impairment. Archives of neurology, 58(12), 1985-1992.
Petersen, R. C., & Morris, J. C. (2005). Mild cognitive impairment as a clinical entity and
treatment target. Archives of neurology, 62(7), 1160-1163.
Plassman, B. L., Langa, K. M., Fisher, G. G., Heeringa, S. T., Weir, D. R., Ofstedal, M. B.,
Burke, J. R., Hurd, M. D., Potter, G. G., Rodgers, W. L., Steffens, D. C., McArdle, J. J.,
40
Willis, R. J., & Wallae, R. B. (2008). Prevalence of cognitive impairment without dementia
in the United States. Annual International Medicine. 148, 427-434.
Rajan, K. B., Arvanitakis, Z., Lynch, E. B., McAninch, E. A., Wilson, R. S., Weuve, J., Barnes,
L. L., Bianco, A. C., & Evans, D. A. (2016). Cognitive decline following incident and
preexisting diabetes mellitus in a population sample. Neurology, 87(16), 1681–1687.
https://doi.org/10.1212/WNL.0000000000003226
Roberts, R., & Knopman, D. S. (2013). Classification and epidemiology of MCI. Clin Geriatr
Med, Nov;29(4):753-72.
Rovio, S. P., Pahkala, K., Nevalainen, J., Juonala, M., Salo, P., Kähönen, M., Hutri-Kähönen,
N., Lehtimäki, T., Jokinen, E., Laitinen, T., Taittonen, L., Tossavainen, P., Viikari, J.,
Rinne, J. O., & Raitakari, O. T. (2016). Cognitive performance in young adulthood and
midlife: Relations with age, sex, and education-The Cardiovascular Risk in Young Finns
Study. Neuropsychology, 30(5), 532–542. https://doi.org/10.1037/neu0000239
Saxton, J.A., Xu, Y., McRae, T., Sun, Y., Richardson, S., & Li, H. (2009). A brief instrument
to assess treatment response in the patient with advanced Alzheimer disease. Alzheimer
Disease and Associated Disorder, 23, 377–383.
Scharre, D. W., Chang, S. I., Murden, R. A., Lamb, J., Beversdorf, D. Q., Kataki, M., Nagaraja,
H. N., & Bornstein, R. A. (2010). Self-administered Gerocognitive Examination (SAGE):
a brief cognitive assessment Instrument for mild cognitive impairment (MCI) and early
dementia, Alzheimer Disease Assoc Disorder, 24(1), 64-71.
Sheikh, J. I., & Yesavage, J. A. (1986). Geriatric Depression Scale (GDS): recent evidence and
development of a shorter version. Clinical Gerontologist: The Journal of Aging and Mental
Health.
Swan, G. E., & Lessov-Schlaggar, C. N. (2017). The effects of tobacco smoke and nicotine on
cognition and the brain. Neuropsychology review, 17(3), 259–273.
https://doi.org/10.1007/s11065-007-9035-9
Rami, L. et al. (2011). Cuestionario de reserva cognitiva. Valores obtenidos en población sana
y con enfermedad de Alzheimer. Rev Neurol, 52 (4): 195-201.
Roberts, R. O., Geda, Y. E., Knopman, D. S., Cha, R. H., Pankratz, V. S., Boeve, B. F., Rocca,
W. A., & Petersen, R. C. (2008). Men are more likely to have mild cognitive impairment
than women: the Mayo Clinic Study of Aging. Neurology, 70(11 Suppl. 1).
Román GC, Tatemichi TK, Erkinjuntti T, Cummings JL, Masdeu JC, Garcia JH, et al. (1998).
Vascular dementia: diagnostic criteria for research studies. Report of the NINDS-AIREN
international workshop. Neurology; 43(2):250-60.
Tzourio C, Anderson C, Chapman N, et al. (2003). Effects of blood pressure lowering with
perindopil and indapamide therapy on dementia and cognitive decline in patients with
cerebrovascular disease. Arch Intern Med; 163: 1069–75.
41
Unverzagt, F. W., Gao, S., Baiyewu, O., Ogunniyi, A. O., Gureje, O., Perkins, A., Emsley, C.
L., Dickens, J., Evans, R., Musick, B., Hall, K. S., Hui, S. L., & Hendrie, H. C. (2001).
Prevalence of cognitive impairment: data from the Indianapolis Study of Health and Aging.
Neurology, 57, 1655-1662.
van den Berg, E., de Craen, A. J., Biessels, G. J., Gussekloo, J., & Westendorp, R. G. (2006).
The impact of diabetes mellitus on cognitive decline in the oldest of the old: a prospective
population-based study. Diabetologia, 49(9), 2015–2023. https://doi.org/10.1007/s00125-
006-0333-1
Van Dijk, E. J., Prins, N. D., Vrooman, H. A., Hofman, A., Koudstaal, P. J., & Breteler, M. M.
(2008). Progression of cerebral small vessel disease in relation to risk factors and cognitive
consequences: Rotterdam Scan study. Stroke, 39(10), 2712–2719.
https://doi.org/10.1161/STROKEAHA.107.513176
Waldstein, S. R., & Katzel, L. I. (2016). Interactive relations of central versus total obesity and
blood pressure to cognitive function. International journal of obesity, 30(1), 201–207.
https://doi.org/10.1038/sj.ijo.0803114
Whitmer, R. A. (2014). Severe Diabetic Retinal Microvascular Eye Disease and Dementia Risk
in Type 2 Diabetes. Journal of Alzheimer's Disease.
Whitmer, R. A., Sidney, S., Selby, J., Johnston, S. C., & Yaffe, K. (2015). Midlife
cardiovascular risk factors and risk of dementia in late life. Neurology, 64(2), 277–281.
https://doi.org/10.1212/01.
Winblad, B., Palmer, K., Kivipelto, M., Jelic, V., Fratiglioni, L., Wahlund, L. O, Petersen, R.
C. et al., (2004). Mild cognitive impairment — beyond controversies, towards a consensus:
report of the International Working Group on Mild Cognitive Impairment. Journal Internal
Medicine, 256, 240-246.
Wilson PW, D’Agostino RB, Levy D, Belanger AM, Silbershatz H, & Kannel WB. (2000).
Prediction of coronary heart disease using risk factor categories. Circulation; 97:1837-47.
Yaffe, T., Anderson, C., Teo, K., Gao, P., Gerstein, H. C., Yusuf, S., (2015). Dysglycemia and
Cognitive Dysfunction and Health in People With High CV Risk: Results From the
ONTARGET/TRANSCEND Studies. The Journal of clinical endocrinology and
metabolism, 100(7), 2682–2689. https://doi.org/10.1210/jc.2015-1367
42
Zade, D., Beiser, A., McGleichey, R., Au, R. et al., (2013). Apolipoprotein Epsilon 4 Allele
Modifies Waist-to-Hip Ratio Effects on Cognition and Brain Structure. Stroke, Feb22(2):
119-25.
Zambón, D., Quintana, M., Mata, P., Alonso, R., Benavent, J., Cruz-Sánchez, F., Gich, J.,
Pocoví, M., Civeira, F., Capurro, S., Bachman, D., Sambamurti, K., Nicholas, J., &
Pappolla, M. A. (2010). Higher incidence of mild cognitive impairment in familial
hypercholesterolemia. The American journal of medicine, 123(3), 267–274.
https://doi.org/10.1016/j.amjmed.2009.08.015
43
APÊNDICES
44
APÊNDICE A
FORMULÁRIO DE RECOLHIMENTO PARA COMPOSIÇÃO DE FATORES DE
RISCO VASCULARES
Insulino-dependente
( ) Sim ( ) Não
Há quanto tempo? ______________
( ) Sem histórico;
( ) Sem informações;
Outras informações: _______________
________________________________
________________________________
( ) Não pratica atividades físicas;
( ) Baixa frequência - 03 dias por semana;
( ) Regular - entre 03 e 04 dias semanas;
( ) Ativamente frequente - 05 ou mais dias da
8) Frequência das Atividades Físicas semana;
Outras informações: _______________
________________________________
________________________________
História médica de doença de Tireoide
( ) Sim ( ) Não
( ) Hipertireoidismo ( ) Hipotireoidismo
Há quanto tempo? ________________
Em tratamento farmacológico?
( ) Sim ( ) Não
9) Doença de Tireoide Há quanto tempo? ________________
( ) Sem histórico;
( ) Sem informações;
Outras informações: _______________
________________________________
________________________________
História médica de DCV
( ) Sim ( ) Não
Há quanto tempo? ________________
( ) Acidente Vascular Encefálico;
10) Doenças Cerebrovasculares (DCV) ( ) Sim ( ) Não
Tipo: ( ) Isquêmico ( ) Hemorrágico
( ) Ataque Isquêmico Transitório (AIT)
( ) Microangiopatia Cerebral;
( ) Sem histórico;
( ) Sem informações;
Outras informações: _______________
________________________________
_________________________________
47
APÊNDICE B
QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO
QUESTIONÁRIO SOCIODEMOGRÁFICO
Data:____/____/_____ Código:____________
Avaliador:_________________________________________________________________
Informações Adicionais:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
48
ANEXOS
49
ANEXO A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE
Prezado(a),
Você está sendo convidado a participar desta pesquisa sobre FATORES DE RISCO E
DESEMPENHO NEUROCOGNITIVO EM IDOSOS COM ALTO E BAIXO ÍNDICE DE
CARGA VASCULAR, a qual está sendo desenvolvida pelo pesquisador principal, Yago Ytalo
Mariz Moura, e Bernardino Fernández Calvo, membro participante, em parceria com o
Laboratório de Neurociência Social e Cognitiva do Programa de Pós-graduação em
Neurociência Cognitiva e Comportamento (PPGNeC), da Universidade Federal da Paraíba
(UFPB).
Antes de decidir sobre a sua participação, é importante a compreensão do motivo e
procedimentos implicados nesta pesquisa. Desta forma, leia atentamente as informações que
seguem e, em caso de dúvida quanto aos seus direitos ou sobre o desenvolvimento deste estudo,
consulte o Comitê de Ética em Pesquisa ou os pesquisadores responsáveis, cujas informações
estão ao final de cada página.
O objetivo do presente estudo é investigar a influência dos fatores de risco no
desempenho cognitivo em idosos com alto e baixo índice de carga vascular, bem como,
mediante a aplicação de exames neuropsicológicos para avaliação dos múltiplos domínios
cognitivos.
Esclarecemos que sua participação no estudo é voluntária e, portanto, o (a) senhor (a)
não é obrigado (a) a fornecer as informações e/ou colaborar com as atividades solicitadas pelo
pesquisador. Caso decida não participar do estudo, ou resolver a qualquer momento desistir do
mesmo, não sofrerá nenhum dano. Ressalta-se que sua participação nesta pesquisa poderá
acarretar riscos como fadiga cognitiva devido a execução das tarefas. Caso se sinta demasiado
cansado (a), uma nova sessão será marcada, a sua disponibilidade, para finalização da avaliação.
50
Desta forma, faz-se necessária à sua autorização para a utilização dos dados desta
pesquisa para publicações posteriores em veículos de divulgação científica. Por ocasião da
divulgação dos resultados, lhe é garantido total anonimato, bem como sigilo de suas
informações pessoais.
Declaramos que o desenvolvimento desta pesquisa seguirá rigorosamente todas as
exigências preconizadas pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério
da Saúde. Esse documento foi elaborado em duas vias que deverão ser assinadas ao seu término,
pelo participante e pelos pesquisadores responsáveis. Você receberá uma das vias e a outra
ficará arquivada com os responsáveis da pesquisa em questão.
Diante do exposto, eu declaro que fui devidamente esclarecido (a) e dou o meu
consentimento para participar da pesquisa e para publicação dos resultados. Estou ciente e de
acordo de que os resultados serão publicados para difusão e progresso do conhecimento
científico, que a minha identidade será preservada e que receberei uma cópia desse documento.
_______________________________________________________
Assinatura do Participante da Pesquisa
Espaço para impressão
dactiloscópica
Caso necessite de maiores informações sobre o presente estudo, favor ligar para os
pesquisadores: Yago Ytalo Mariz Moura (83) 9.9983.8099. E-mail:
psicologoyagomariz@hotmail.com; e Bernardino Fernandez Calvo, (83) 9.99970-7075. E-
mail: bfcalvo@usal.es - Programa de Pós-Graduação em Neurociência Cognitiva e
Comportamento, Departamento de Psicologia, Centro de Ciências Humanas e Letras, UFPB -
Campus I, Cidade Universitária, João Pessoa, Paraíba, Brasil; ou para o Comitê de Ética do
CCS: Centro de Ciências da Saúde, 1º andar, Cidade Universitária - Campus I, Universidade
Federal da Paraíba, CEP: 58051-900 - Bairro Castelo Branco -João Pessoa–PB. Telefone: (83)
3216 7791. E-mail: comitedeetica@ccs.ufpb.br
_______________________________________________________
Assinatura do Pesquisador Responsável