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Existem 3 espécies distintas: (Filice, 1952)

Giardiase e Amebíase

Giardia agilis
(Anfíbios)

Giardia lamblia
Giardia intestinalis
Giardia muris
(Roedores, aves e repteis)
Giardia duodenalis
Susana Inés Segura Muñoz (mamíferos)

EPIDEMIOLOGIA
MORFOLOGIA Giardia lamblia
Giardíase – doença cosmopolita

Alta prevalência em entre pessoas de baixo nível


sócio-econômico

400.000 novos casos são relatados cada ano


(OMS, 2010)

Atinge principalmente crianças de 8 meses a 12 anos


Cisto Trofozoíto
Prevalência de 16% em pacientes com AIDS (Forma Infecciosa)

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Cisto Trofozoíto
8 – 12 m Disco ventral
Membrana suctorial adesivo
cística
Núcleo (2)

4 núcleos

Resistentes 4 pares de flagelos


Na água podem durar 2 meses ou
mais
Importante como veículo de 14 X 7 m
transmissão

Piriforme

Cisto - Trofozoíto
CICLO BIOLÓGICO Tipo monoxênico
Ocorre após a ingestão exposição
a baixo pH
Iniciando a colonização do
duodeno
4-15 dias começa produção de
novos cistos

Trofozoíto - Cisto
Na porção posterior do ID, em
presença de bile
A parede do cisto se forma em 70
horas, seguindo-se a formação de
4 núcleos
Os cistos são viáveis por 2 meses

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• REPRODUÇÃO Divisão binária longitudinal
TRANSMISSÃO

 Ingestão de cistos maduros presentes na água


e alimentos (verduras cruas e frutas mal
lavadas)

 De pessoa a pessoa

 Locais de aglomeração humana (creches,


Dinâmica de crescimento:
orfanatos, enfermarias pediátricas, etc.)
O parasita se reproduz por divisão binária.  Através de contatos sexuais
Diferenças da cepa e/ou do hospedeiro influem a
dinâmica de crescimento  Por contato com animais domésticos infectados

GIARDÍASE GIARDÍASE
-Maioria assintomáticos -Mudanças na arquitetura da mucosa
-Atrofia parcial ou total das vilosidades
Quando sintomática:
Diarreia Aguda Autolimitada e Má-Absorção

Náusea, anorexia, febre, diarreia, flatulência, dor


abdominal, fadiga, dor de cabeça, presença de
muco nas fezes, síndrome de má absorção,
esteatorreia.
Imagem de Doudeno Aspecto microscópico da
por Endoscopia mucosa intestinal do
duodeno com vilosidades

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Atapetamento das vilosidades

Subst. Citopáticas

Liberação de substâncias citopáticas pelos trofozoítas


Lesão da mucosa (atapetamento)  Diminui a superfície de absorção que estão aderidos na mucosa intestinal - Diarréia.
de nutrientes  B12, A, D, E, K, Ferro, gorduras, etc.
Sindrome de má absorção

MECANISMOS DE PATOGENICIDADE DA Giardia lamblia


Linfocitos
produção

T B Ação de Prostaglandinas sobre a motilidade


Mastócito intestinal > estimulando o movimento da água e
IgA eletrólitos para a luz intestinal > diarréia.
ligação
IgE
H2O
Histamina
Mediadores químicos

Prostaglandinas
H2O
H2O H O
2
Liberação de Histamina > Reação de hipersensibilidade >
Mastócito
edema da mucosa > aumento da motilidade intestinal >
má absorção >diarréia

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Crianças de 8 meses a 10-12 anos AMEBÍASE
Espécies de interesse clínico:
Esteatorreia
Irritabilidade, insônia Entamoeba histolytica
Nâuseas e vômitos, dor abdominal Entamoeba coli
Anorexia, perda de peso

Vulnerabilidade na Infância

Institucionalização

EPIDEMIOLOGIA E. histolytica Entamoeba spp.


•Distribuição geográfica mundial MORFOLOGIA
Maior prevalência: regiões tropicais e subtropicais
Associada a baixas condições sociais e sanitárias

3a mais importante doença parasitária em


número de óbitos no mundo
•40.000-110.000 óbitos/ano
Cisto
•10% da população mundial está infectada
Trofozoíto

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Cisto -> Trofozoíto Ciclo Monoxênico

AMEBÍASE
Cisto sai através de uma fenda e
sofre divisão binária
Ocorre após a ingestão exposição TRANSMISSÃO
a baixo pH Ingestão de cistos:
Iniciando a colonização no verduras e frutas, água
intestino grosso
Veiculados nas patas de
Alimentam-se de detritos e
báctérias baratas e moscas.

Falta de higiene
Trofozoíto -> Cisto
Portadores
No cólon, se transformam em pre- assintomáticos
cisto e cistos

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA AMEBÍASE: E. histolytica


• Colites não disentéricas: 2 a 4 evacuações por dia com
fezes moles pastosas; desconforto abdominal e cólicas.

• Forma disentérica: Colite Amebiana


Doença aguda, infecciosa, específica, com lesões
inflamatorias e ulcerativa das porções inferiores do
intestino.
8 a 10 evacuações por dia acompanhadas de cólicas
intestinais e diarreia com evacuações Trofozoito acoplado Começo da lesão Lesão avançada
mucosanguinolentas, febre moderada e dor abdominal. às celulas da mucosa
intestinal

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Lesão intestinal causada por E. histolytica Os trofozoitos invadem os
tecidos
ceco e colon sigmoide
necrose da mucosa e submucosa

úlceras complicar
podem
cicatrizar o quadro

Complicações:
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Confluência das úlceras
Extensa perda da mucosa

Fezes diarréicas
AMEBÍASE
EXTRA-INTESTINAL Pesquisa de trofozoítos pelos métodos
Direto (usar salina ou lugol)
abscesso hepático

abscesso cutâneo
Fezes formadas
abscesso pulmonar Pesquisa de cistos pelos Métodos de
Faust ou de MIFC
abscesso cerebral

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ENTEROTEST
Análise do fluido duodenal

Método Sedimentação
Papel indicador de pH

Fio de nylon

Cápsula gelatinosa

TRATAMENTO PROFILAXIA
Higiene pessoal
Nitroimidazólicos: metronidazol, tinidazol
Proteger e lavar adequadamente os alimentos
toxicidade seletiva aos microrganismos anaeróbios
Tratamento da água

Dar destino adequado aos dejetos


Benzimidazóis: Mebendazol e Albendazol
inibição de formação de proteínas essenciais à protozoário Tratamento dos assintomáticos positivos

Exame de fezes periódicos


Tratamento dos positivos

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