Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Natal/RN
2021
MARINA SAMPAIO DE MENEZES CRUZ
Natal/RN
2021
i
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS
ii
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIOGRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
iii
MARINA SAMPAIO DE MENEZES CRUZ
Banca examinadora:
Presidente da Banca
Membros da banca
Nutrição / UFRN
Toxicológicas / UFRN
Prof. Dr. João Felipe Bezerra - Escola Técnica de Saúde / CCS / UFPB
iv
DEDICATÓRIA
Ao meu pai, José Onilson de Menezes Cruz (in memoriam), em quem me inspiro
para trilhar essa jornada acadêmica. Você é saudade, amor e sabedoria em minha
vida.
Ao meu irmão, Ciro Sampaio, que sempre esteve presente “do jeitinho dele”.
À minhas meninas, Ciri e Laurinha, que me ensinaram uma nova forma de amar.
v
AGRADECIMENTOS
Aos professores Dr. André Luchessi e Dr.ª Vivian Silbiger pela idealização deste
trabalho e por todas as orientações, que muitas vezes iluminaram com respostas um
caminho obscuro.
À CAPES e CNPq pelo apoio financeiro e bolsa de estudos para a realização dessa
pesquisa.
À toda família LBBM, em especial os amigos mais próximos (najs), Victor, Jéssica,
Isabelle, Nana e os agregados Iago, Karla e Ony, o meu sincero agradecimento por
todos os momentos de descontração, os sushis, os Mcs, bem como os momentos de
estudos. Sem vocês, eu não teria a força necessária para seguir e colher os frutos
desse caminho tempestuoso que muitas vezes é a pós-graduação.
#FORABOLSONARO
vii
14
RESUMO
A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome progressiva caracterizada pela
incapacidade do coração bombear sangue suficiente para os demais tecidos, e sua
principal causa é o infarto agudo do miocárdio (IAM). Apesar dos avanços na
identificação de marcadores associados ao remodelamento do ventrículo esquerdo
(VE), o marcador ideal para uma detecção precoce e acurada da IC isquêmica ainda
não foi encontrado. Sendo assim, esse estudo tem como objetivo avaliar a expressão
de 13 genes previamente associados ao IAM em pacientes com disfunção ventricular
após o IAM comparando-os com aqueles que não tiveram complicações após o IAM.
Além disso, esse estudo buscou listar os miRNAs mais frequentemente citados na
literatura por estarem relacionados ao desenvolvimento da IC isquêmica e verificar
a influencia deles na expressão dos genes estudados. Os pacientes que sofreram
IAM prévio foram classificados em dois grupos: disfunção do VE [fração de ejeção
do VE (FEVE) ≤ 40%, n = 14] e função do VE normal (FEVE > 40%, n = 14). A
expressão de ALOX15, AREG, BCL2A1, BCL2L1, CA1, COX7B, ECHDC3, IL18R1,
IRS2, KCNE1, MMP9, MYL4 e TREML4 foram avaliados por RT-PCR. Apenas a
expressão de KCNE1 diminuiu no grupo FEVE ≤ 40% (p = 0,007). Foi encontrada
correlação positiva entre KCNE1 e fração de ejeção (r = 0,557; p = 0,001). Houve
um risco de 12,25 vezes (IC 95%: 1,33 - 113,06; p = 0,027) de disfunção do VE para
pacientes com menor expressão de KCNE1. A expressão de KCNE1 mostrou alto
AUROC (AUROC: 0,811, IC 95%: 0,642-0,979, p = 0,007), indicando a expressão de
KCNE1 como um bom preditor em desfechos cardíacos. Análise da literatura
mostrou que os miRNAs mais associados com o desenvolvimento da IC isquêmica
são miR-499, miR-1, miR-133a, e miR-208b, sendo o miR-1 já descrito como
regulador da expressão do KCNE1, de acordo com banco de dados público miRNet.
Dessa forma, este estudo sugere que a expressão de KCNE1, bem como seus
mecanismo regulatórios como o miR-1, podem estar relacionados com os níveis de
FEVE e, portanto, com o risco de desenvolvimento da IC pós-IAM.
viii
15
ABSTRACT
Heart failure (HF) is a progressive syndrome characterized by the heart's inability to
pump enough blood to other tissues, and its main cause is acute myocardial infarction
(AMI). Despite advances in identifying markers associated with left ventricular (LV)
remodeling, the ideal marker for early and accurate detection of ischemic HF has not
yet been found. Therefore, this study aims to evaluate the expression of 13 genes
previously associated with AMI in patients with LV dysfunction after AMI, comparing
them with those who had no complications after AMI. In addition, this study sought to
summarize the miRNAs most frequently cited in the literature as they are related to
the development of ischemic HF and to verify their influence on the expression of the
13 genes. Patients who suffered previous AMI were classified into two groups: LV
dysfunction [LV ejection fraction (LVEF) ≤ 40%, n = 14] and normal LV function (LVEF
> 40%, n = 14). Expression of ALOX15, AREG, BCL2A1, BCL2L1, CA1, COX7B,
ECHDC3, IL18R1, IRS2, KCNE1, MMP9, MYL4 and TREML4 were updated by RT-
PCR. Only KCNE1 expression decreased in the LVEF ≤ 40% group (p = 0.007). A
positive correlation was found between KCNE1 and ejection fraction (r = 0.557; p =
0.001). There was a 12.25-fold risk (95% CI: 1.33 - 113.06; p = 0.027) of LV
dysfunction for patients with lower expression of KCNE1. KCNE1 expression showed
high AUROC (AUROC: 0.811, 95% CI: 0.642-0.979, p = 0.007), indicating KCNE1
expression as a good predictor of cardiac outcomes. Literature analysis showed that
miR-499, miR-1, miR-133a, and miR-208b are the miRNAs most associated with the
development of ischemic HF. According to miRNet public database, miR-1 is already
described as a regulator of KCNE1 expression. Thus, this study suggests that the
expression of KCNE1, as well as its regulatory mechanisms such as miR-1, may be
related to LVEF levels and, therefore, to the risk of development of post-AMI HF.
ix
16
x
17
LISTA DE TABELAS
xi
18
LISTA DE FIGURAS
xii
19
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 14
2. JUSTIFICATIVA 19
3. OBJETIVOS 20
3.1. Objetivo geral. 20
3.2. Objetivos específicos 20
4. MÉTODOS 21
4.1. Descrição do estudo e participantes 21
4.2. Parâmetros bioquímicos 21
4.3. Isolamento de RNA e Reação em Cadeia da Polimerase em tempo 22
real (RT-PCR)
4.4. Análise Estatística 23
4.5. Estratégia de busca bibliográfica para potenciais miRNA como 24
biomarcadores de IC isquêmica e seleção dos estudos
5. ARTIGOS EM PRODUÇÃO E PRODUZIDOS 25
5.1. Artigo 1: Publicado 25
5.2. Artigo 2: Produzido para Submissão 35
5.3. Artigos desenvolvidos em colaborações durante o período do 37
doutorado
6. CONCLUSÕES 38
7. COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E SUGESTÕES 39
8. REFERÊNCIAS 44
9. APÊNDICES 47
Apêndice A: TCLE 47
Apêndice B: Questionário 49
10. ANEXOS 51
xiii
14
1. INTRODUÇÃO
causa mais estresse nessa região, estabelecendo um feedback positivo. Esse ciclo,
associado à morte de miócitos, desbalanço entre consumo e fornecimento de
oxigênio, estresse oxidativo, inflamação e fibrose levam ao remodelamento do VE
(RVE), caracterizado por alterações no tamanho, formato e funcionamento do
coração. A disfunção sistólica no paciente pós-IAM é frequente, sinalizando o início
da IC, porém não demonstrando sinais e sintomas observáveis neste momento. De
acordo com a literatura, um terço dos pacientes que sofreram IAM com supradesnível
do segmento ST (IAMCSST) desenvolvem RVE (10–13).
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
4. MÉTODOS
O RNA total foi extraído com Trizol, de acordo com o protocolo do fabricante,
e sua concentração e pureza foram medidas em espectrofotômetro Nanodrop
(NanoDrop ND-1000, Montchanin, DE, EUA). A integridade do RNA foi determinada
por eletroforese em gel de agarose (2% agarose / MOPS). O gel foi corado com
GelRed (Uniscience, São Paulo, SP, Brasil), revelando a presença de duas bandas
em aproximadamente 5 e 1,8 Kb, correspondendo ao RNA ribossômico 28S e 18S,
respectivamente (23). O cDNA foi obtido usando o High-Capacity cDNA Reverse
Transcription Kit (Applied Biosystems, Foster City, CA, EUA) seguindo as instruções
do fabricante.
A expressão relativa foi calculada usando o método 2−ΔCt, usando ACTB como
gene de referência (24).
Os dados foram analisados pelo software SPSS versão 15.0 (SPSS Inc.,
Chicago, IL, EUA) e GraphPad PRISM, versão 5.0 (GraphPad Software, Inc., San
Diego, CA, EUA). A significância foi estabelecida em p <0,05.
DOI: https://doi.org/10.1007/s10741-019-09821-1
Marina Sampaio Cruz 1,2, Karla Simone Costa de Souza 1, Ananília Medeiros Gomes da Silva
1
, Rayssa Alinne da Silva Dantas 1,3, Rosiane Viana Zuza Diniz 4, André Ducati Luchessi 1*†,
Vivian Nogueira Silbiger 1*†
1
Department of Clinical and Toxicology Analysis, Federal University of Rio Grande do Norte,
Natal, RN, Brazil.
2
Graduate Program in Health Sciences, Federal University of Rio Grande do Norte, Natal,
RN, Brazil.
3
Graduate Program in Pharmaceutical Sciences, Federal University of Rio Grande do Norte,
Natal, RN, Brazil.
4
Clinical Medicine Department, Federal University of Rio Grande do Norte, Natal, RN,
Brazil.
*Corresponding authors:
V.N. Silbiger: Av. General Gustavo Cordeiro de Farias, 384, Faculdade de Farmácia,
Petrópolis, CEP: 59012-570, Natal, RN, Brazil; Phone: +55 84 99939 4224; E-mail:
vivian.silbiger@ufrn.br
A.D. Luchessi: Av. General Gustavo Cordeiro de Farias, 384, Faculdade de Farmácia,
Petrópolis, CEP: 59012-570, Natal, RN, Brazil; Phone: +55 84 99903 3577; E-mail:
andre.luchessi@outlook.com
†
These authors have equal contributions.
37
6. CONCLUSÕES
Quanto a análise dos miRNAs, ainda existem poucos estudos na literatura que
associam essas moléculas à IC isquêmica e ainda há muita variação nas populações
e tipos de amostra analisadas. Mesmo assim, foi possível identificar 4 miRNAs (miR-
499, miR-1, miR-133a, e miR-208b) que estão diferentemente expressos no
desenvolvimento da IC em mais de um estudo.
tecido cardíaco nesses pacientes. Estudos futuros devem ser realizados a fim de
analisar o perfil de expressão do KCNE1 e do miR-1 em leucócitos de pacientes em,
pelo menos, 2 momentos distintos: logo após o IAM e 6 meses depois. Dessa forma,
a habilidade diagnóstica desses marcadores poderia ser mais bem investigada e
relacionada com o desenvolvimento da disfunção cardíaca antes mesmo do
estabelecimento da doença.
Por fim, durante estes anos mantive minha produção científica com
publicações em anais de congressos e artigos científicos, além de participar de
palestras, bancas de TCC e contribuir com orientações científicas.
Resumos:
8. REFERÊNCIAS
5. Yancy CW, Jessup M, Bozkurt B, Butler J, Casey DE, Drazner MH, et al.
2013 ACCF/AHA guideline for the management of heart failure: Executive
summary: A report of the American college of cardiology foundation/american
heart association task force on practice guidelines. J Am Coll Cardiol
[Internet]. 2013;62(16):1495–539. Available from:
http://dx.doi.org/10.1016/j.jacc.2013.05.020
6. Yancy CW, Jessup M, Bozkurt B, Butler J, Casey DE, Colvin MM, et al. 2017
ACC/AHA/HFSA Focused Update of the 2013 ACCF/AHA Guideline for the
Management of Heart Failure: A Report of the American College of
Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice
Guidelines and the Heart Failure Society of Amer. J Am Coll Cardiol.
2017;70(6):776–803.
8. Ponikowski P, Voors AA, Anker SD, Bueno H, Cleland JGF, Coats AJS, et al.
2016 ESC Guidelines for the diagnosis and treatment of acute and chronic
heart failure. Eur Heart J. 2016;37(27):2129-2200m.
9. Piegas L, Timerman, A, Feitosa GS, Nicolau JC, Mattos LAP, Andrade MD,
45
10. Westman PC, Lipinski MJ, Luger D, Waksman R, Bonow RO, Wu E, et al.
Inflammation as a driver of adverse left ventricular remodeling after acute
myocardial infarction. J Am Coll Cardiol. 2016;67(17):2050–60.
12. Azevedo PS, Polegato BF, Minicucci MF, Paiva SAR, Zornoff LAM. Cardiac
Remodeling: Concepts, Clinical Impact, Pathophysiological Mechanisms and
Pharmacologic Treatment. Arq Bras Cardiol. 2016;106(1):62–9.
14. Redfield M. Heart Failure with Preserved Ejection Fraction. N Engl J Med.
2016;375:1868–77.
15. Taylor CJ, Lay-Flurrie SL, Ordóñez-Mena JM, Goyder CR, Jones NR, Roalfe
AK, et al. Natriuretic peptide level at heart failure diagnosis and risk of
hospitalisation and death in England 2004-2018. Heart. 2021;2018:1–7.
17. Huang TF, Wu XH, Wang X, Lu IJ. Fas-FasL expression and myocardial cell
apoptosis in patients with viral myocarditis. Genet Mol Res [Internet].
2016;15(2):1–8. Available from:
46
http://eutils.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/eutils/elink.fcgi?dbfrom=pubmed&id=2742
0936&retmode=ref&cmd=prlinks
19. Shi KH, Tao H, Yang JJ, Wu JX, Xu SS, Zhan HY. Role of microRNAs in atrial
fibrillation: New insights and perspectives. Cell Signal [Internet].
2013;25(11):2079–84. Available from:
http://dx.doi.org/10.1016/j.cellsig.2013.06.009
20. Silbiger VN, Luchessi AD, Hirata RDC, Lima-Neto LG, Cavichioli D,
Carracedo A, et al. Novel genes detected by transcriptional profiling from
whole-blood cells in patients with early onset of acute coronary syndrome.
Clin Chim Acta [Internet]. 2013;421:184–90. Available from:
http://dx.doi.org/10.1016/j.cca.2013.03.011
21. Duarte VHR, Miranda CT de OF, Cruz MS, de Araújo JNG, Duarte MKRN,
Santos AMQS dos, et al. TREML4 mRNA Expression and Polymorphisms in
Blood Leukocytes are Associated with Atherosclerotic Lesion Extension in
Coronary Artery Disease. Sci Rep. 2019;9(1).
22. Gomes CPDC, Schroen B, Kuster GM, Robinson EL, Ford K, Squire IB, et al.
Regulatory RNAs in Heart Failure. Circulation. 2020;313–28.
24. Livak KJ, Schmittgen TD. Analysis of Relative Gene Expression Data Using
Real- Time Quantitative PCR and the 2 -ΔΔCT Method. Methods [Internet].
2001 [cited 2017 Mar 14];25:402–8. Available from:
http://www.idealibrary.com
47
9. APÊNDICES
Apêndice A: TCLE
48
49
Apêndice B: Questionário
50
51
10. ANEXOS