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INFORMÁTICA NO ENSINO DA

MATEMÁTICA

BELO HORIZONTE / MG
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4

2 TECNOLOGIAS .................................................................................................... 5

3 AS TECNOLOGIAS E O ENSINO ........................................................................ 9

4 TECNOLOGIAS NO ENSINO APREDNIZAGEM DA MATEMÁTICA ................. 12

4.1 O uso da calculadora em sala de aula ............................................................ 13

4.2 Aplicativos de Calculadora .............................................................................. 19

4.3 Computador ..................................................................................................... 31

4.4 Internet ............................................................................................................ 33

4.5 Video/dvd ........................................................................................................ 35

5 AS TICS .............................................................................................................. 36

5.1 A modelagem da matemática .......................................................................... 40

5.2 A modelagem da matemática e das TICs ........................................................ 41

6 O USO DE SOFTWARE NA APREDNIZAGEM DA MATEMÁTICA ................... 42

6.1 Tuxmath .......................................................................................................... 44

6.2 Mathsys ........................................................................................................... 44

6.3 C.a.R. - Régua e Compasso............................................................................ 45

6.4 KmPlot ............................................................................................................. 45

6.5 Calques 3D ...................................................................................................... 46

6.6 Octave ............................................................................................................. 47

6.7 Scilab ............................................................................................................... 47

6.8 Sage ................................................................................................................ 48

6.9 R ...................................................................................................................... 49

6.10 Calc - Planilha de Cálculo ............................................................................ 50

6.11 Axiom ........................................................................................................... 50

6.12 Maxima......................................................................................................... 50

6.13 GeoGebra .................................................................................................... 51

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6.14 Os jogos no ensino-aprendizagem da Matemática ...................................... 54

7 WEBQUEST ....................................................................................................... 56

7.1 Webquest: prática pedagógica construtivista .................................................. 57

7.2 WEBQUEST – uma metodologia inovadora .................................................... 57

7.3 WebQuest: ferramenta pedagógica para o professor ...................................... 59

7.4 Webquest: oportunidade para o aluno ............................................................. 60

8 EXCEL E MATEMÁTICA .................................................................................... 61

8.1 Como somar no Excel ..................................................................................... 62

8.2 Como subtrair no Excel ................................................................................... 62

8.3 Como multiplicar no Excel ............................................................................... 63

8.4 Como fazer divisão no Excel ........................................................................... 64

8.5 Outras funções ................................................................................................ 64

9 DIFICULDADES ENCONTRADAS NA IMPLANTAÇÃO DE SOFTWARES NO


ÂMBITO ESCOLAR .................................................................................................. 69

10 BIBLIOGRAFIAS BÁSICAS ............................................................................. 73

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1 INTRODUÇÃO

A Matemática está presente em nosso dia a dia e, portanto, pode ser explorada
em sala de aula, utilizando as experiências vivenciadas pelos alunos no seu cotidiano.
Atualmente o ensino de Matemática não é tarefa fácil de realizar. Essa disciplina
apresenta altos índices de reprovação e é vista pelos alunos com desinteresse e
desânimo.
As aulas tradicionais de Matemática precisam ser modificadas para despertar
o interesse dos alunos e permitir que estes se envolvam e possam trocar experiências
e saberes, refletir, construir, pesquisar, analisar e formular métodos próprios para
resolver situações matemáticas. Partindo da necessidade de melhorar as aulas de
Matemática, uma alternativa é utilizar as diferentes tecnologias existentes hoje como
auxílio no processo de ensino-aprendizagem, tornando as aulas mais interessantes,
criativas e dinâmicas, despertando assim o interesse e motivando os alunos a
aprenderem matemática. Segundo Libâneo,
na vida cotidiana, cada vez maior o número de pessoas é atingido pelas novas
tecnologias, pelos novos hábitos de consumo e indução de novas
necessidades. Pouco a pouco, a população vai precisando se habituar a
digitar teclas, ler mensagens no monitor, atender instruções eletrônicas
(2001, p. 16).

Atualmente as tecnologias estão presentes na sociedade da informação em


que vivemos e são indispensáveis para nos comunicarmos, para ensinarmos e
aprendermos, enfim, para vivermos. O uso de tecnologias em sala de aula é uma
alternativa na busca de melhorar o processo de ensino-aprendizagem da Matemática
e preparar os alunos para viverem nesta sociedade em constante evolução.
Partindo dessa necessidade, buscamos explorar como as tecnologias podem
auxiliar no processo de ensino-aprendizagem da Matemática, primeiramente
precisamos identificar quais são as diferentes tecnologias existentes, quais as
contribuições que estas podem trazer e de que maneiras é possível explorá-las para
que o ensino-aprendizagem da Matemática ocorra.

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2 TECNOLOGIAS

Fonte de: www.planetafolha.com.br

Vivemos em uma sociedade em constantes transformações onde precisamos


estar sempre bem informados e atualizados para podermos nos comunicar, trabalhar,
estudar e utilizar os diferentes tipos de recursos tecnológicos que existem para nos
auxiliarem nessas atividades.
Podemos dizer que vivemos em uma sociedade tecnológica e por isso é
importante definirmos o que são tecnologias. De acordo com Moran,
quando falamos em tecnologias costumamos pensar imediatamente em
computadores, vídeo, softwares e Internet. Sem dúvida são as mais visíveis
e que influenciam profundamente os rumos da educação. Vamos falar delas
a seguir. Mas antes gostaria de lembrar que o conceito de tecnologia é muito
mais abrangente. Tecnologias são os meios, os apoios, as ferramentas que
utilizamos para que os alunos aprendam. [...] O giz que escreve na lousa é
tecnologia de comunicação e uma boa organização da escrita facilita e muito
a aprendizagem. A forma de olhar, de gesticular, de falar com os outros isso
também é tecnologia. O livro, a revista e o jornal são tecnologias
fundamentais para a gestão e para a aprendizagem e ainda não sabemos
utilizá-las adequadamente. O gravador, o retroprojetor, a televisão, o vídeo
também são tecnologias importantes e também muito mal utilizadas, em geral
(2003, p. 1).

Poderíamos definir tecnologias de diversas maneiras, no entanto podemos


dizer de maneira simples que tecnologias podem ser objetos, instrumentos, aparelhos
eletrônicos, enfim, todos os recursos que venham facilitar nossas vidas e em alguns
momentos se tornam indispensáveis. Em nosso dia a dia usamos diversos artefatos
de forma tão natural que não nos damos conta de que constituem distintas tecnologias

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há muito presentes em nossas vidas, uma vez que já estão incorporadas aos nossos
hábitos.
Muitas pessoas ainda cultivam um certo receio em relação ao uso de certas
tecnologias, por medo de cometer erros e não saber como lidar com o “diferente”.
Podemos perceber isso em relação ao uso dos diferentes artefatos, como câmeras
digitais, computador, celular, entre outros, que estão cada vez mais sofisticados e
causam um certo impacto e muitas pessoas sentem medo de manuseá-los, achando
que podem estragar ou danificar algo.

Fonte: www.moodlelivre.com.br

Esse medo não é diferente de quando falamos dos professores com relação ao
uso das tecnologias, pois estes não se sentem preparados e nem motivados, devido
ao fato de não possuírem a formação adequada para lidar com esses instrumentos
em suas aulas. Não podemos esquecer que existe uma aceleração no
desenvolvimento de novas tecnologias, cada vez mais estamos acostumados a ver
novos produtos cada vez mais modernos e sofisticados, exigindo assim uma
atualização constante para que possamos estar preparados para utilizar esses novos
recursos como ferramentas na construção do conhecimento.
Com o surgimento desses aparelhos mais sofisticados, muitas pessoas se
preocupam em comprar esses produtos por uma questão de status, porque
consideram que adquiri-los é importante para ter uma vida social, sem ter consciência
da importância e utilidade desses recursos, sendo esse consumismo exagerado um
dos pontos negativos em relação ao uso das tecnologias, onde as pessoas compram
por ser novidade, diferente, sem ter consciência da utilidade ou aplicação do produto.

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Com esse avanço tecnológico em ascensão, várias mudanças ocorrem,


podemos perceber que atualmente várias pessoas perdem seus empregos por
estarem sendo substituídas por máquinas que desempenham seu papel em um tempo
menor, tornando assim o custo de produção menor e contribuindo para o aumento da
produção que visa sempre ao lucro e, portanto, quanto mais rápido for esse processo
melhor para as empresas, por isso muitas acabam substituindo a mão de obra humana
por máquinas cada vez mais sofisticadas.
Porém a inserção das tecnologias também tem muitos pontos positivos. A
tecnologia digital desenvolve-se num processo acelerado nos dias de hoje e traz
inúmeros benefícios à sociedade em geral. Atualmente todas as classes sociais são
beneficiadas por essas novas tecnologias que surgem, pois torna-se cada vez fácil as
pessoas obterem acesso a estes recursos digitais.

Fonte: www.moodlelivre.com.br

As tecnologias estão relacionadas ao desenvolvimento da humanidade, cada


vez surgem novos artefatos tecnológicos que nos permitem ter uma vida mais
confortável, fazer atividades de rotina com mais agilidade, facilidade de comunicação,
economia de tempo entre outros benefícios que as novas tecnologias oferecem, por
isso, precisamos estar conscientes com relação à maneira de explorar esses recursos
e fazer um bom uso dos mesmos, para que possamos nos adaptar a essa vida na
sociedade tecnológica em que vivemos atualmente.
Um dos pontos positivos em relação ao uso das tecnologias são as simulações
e estas são de grande importância, pois muitas vezes realizam-se atividades
humanamente impossíveis, que poderiam pôr em risco a vida de pessoas, tornandose,
portanto, inviável de serem realizadas ou então, quando realizadas, podem colocar

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em risco a vida de seres humanos a fim de obter resultados científicos através de


experimentos.
Por isso, as empresas estão adotando computadores equipados com softwares
que permitem simular situações a um curto prazo de tempo e com um custo muito
baixo. Esses recursos têm despertado o interesse comercial, pois torna-se viável a
implementação dos mesmos para facilitar a execução de projetos existentes, pois
através das simulações pode-se visualizar possíveis resultados que seriam obtidos e
assim fazer os ajustes, se necessários, para que se obtenha os resultados esperados.
Conforme aponta Maria de Almeida,
atualmente, com a intensa comunicação entre as pessoas, é comum a
transferência das técnicas de uma cultura para outra, mas é no interior de
cada cultura que as técnicas adquirem novos significados e valores. No
entanto, as tecnologias e seus produtos não são nem bons nem maus em si
mesmos, os problemas não estão na televisão, no computador, na Internet,
ou em quaisquer outras mídias, e sim nos processos humanos, que podem
empregá-los para a emancipação humana ou para a dominação (2003, p. 2).

Portanto, é necessário um uso consciente desses recursos que estão


disponíveis hoje, para que os mesmos possam ser explorados de maneira que
venham a desenvolver novos pensamentos em relação ao uso dessas ferramentas,
que essas não sejam vistas como um meio de manipulação, ou destruição, ou
obtenção de poder.
As novas tecnologias, se usadas de forma consciente, tendem a ampliar os
conhecimentos e promover a aprendizagem significativa, pois através do uso delas é
possível desenvolver novos meios de obtenção de conhecimento, os quais permitam
buscar novas formas de aprendizagem.

Fonte: www.istoe.com.br

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3 AS TECNOLOGIAS E O ENSINO

É fato que o ensino precisa ser melhorado e as tecnologias são uma proposta
para que isso ocorra.
As novas tecnologias fazem parte da vida dos alunos, estão presentes em seu
cotidiano, seja nas atividades de rotina como ir ao banco, ao supermercado, os
próprios meios de comunicação que estão cada vez mais digitalizados, portanto, a
escola não pode e não deve ignorá-las, pois a tendência é de que a sociedade se
informatize cada vez mais e assim faz-se necessário aprender a conviver e manipular
estes recursos.
Atualmente as tecnologias estão ao alcance tanto das crianças como dos
adolescentes que aprendem a manipular as mesmas direta ou indiretamente,
independente de classe social. O acesso a estes meios torna-se cada vez mais fácil,
pois vivemos em uma sociedade informatizada e temos necessidades de utilizar esses
recursos para realizar algumas tarefas do dia a dia.
Quando falamos em formas de ensino, é comum ouvir reclamações dos alunos
quanto a métodos de ensino dos professores, que as aulas são sempre monótonas, o
professor fala o aluno ouve e não passa disso, não há uma ligação entre os conteúdos
trabalhados e a realidade vivenciada pelos alunos, dificultando assim a aprendizagem
de certos conteúdos que poderiam ser melhor compreendidos, se relacionados a
atividades do dia a dia dos alunos.
Uma das maneiras de tornarmos as aulas de Matemática mais atraentes é
utilizarmos recursos tecnológicos como auxílio, pois através deles podemos
desenvolver inúmeras atividades que possibilitem ao aluno pesquisar, observar,
raciocinar e desenvolver principalmente métodos próprios de trabalhar com situações
envolvendo a Matemática.

As tecnologias são pontes que abrem a sala de aula para o mundo, que
representam, medeiam o nosso conhecimento do mundo. São diferentes
formas de representação da realidade, de forma mais abstrata ou concreta,
mais estática ou dinâmica, mais linear ou paralela, mas todas elas,
combinadas, integradas, possibilitam uma melhor apreensão da realidade e
o desenvolvimento de todas as potencialidades do educando, dos diferentes
tipos de inteligência, habilidades e atitudes (MORAN, 2006, p. 2).

São várias as questões que surgem, quando falamos em métodos que devem
ser adotados pela escola e pelos professores para inserir as tecnologias no ambiente

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de aprendizagem. O professor tem a necessidade de se adaptar a todas essas


mudanças que ocorreram e vem acorrendo atualmente, ele precisa aprender a
trabalhar com situações que muitas vezes não fazem parte de sua formação
acadêmica e também precisa estar sempre bem informado e atualizado para que
possa atender à demanda de alunos que vivem nesta era tecnológica.

Fonte:www. aovivonaweb.tv

Os professores sentem dificuldade de manipular essas novas tecnologias que


existem, pois sentem medo de revelar essa dificuldade diante dos alunos, os mesmos
sabem que algumas mudanças são necessárias, mas não sabem como fazê-las e não
se sentem preparados para enfrentar o “diferente”. Pois isso é um novo desafio, onde
estes precisam buscar novas alternativas para inserir essas “tecnologias” como uma
forma de auxílio no processo educacional, afinal eles têm em suas mãos instrumentos
importantes que devem ser utilizados de maneira a que venham a propiciar um ensino
inovador (MORAN, 2007).
Cabe ao professor ter a consciência de que a sociedade está evoluindo e dessa
forma ele precisa acompanhar esse processo, procurando se adaptar e estar
preparado para mudar.
Os métodos tradicionais de ensino são importantes e têm seu valor significativo.
Quando falamos em inserir as tecnologias no ambiente escolar, não significa querer
substituir os métodos tradicionais de ensino e quanto menos substituir o papel do
professor e, sim, estas deveriam ser inseridas com a finalidade de auxiliar o professor
na execução de suas aulas, tornando-as mais interessantes e criativas, o professor

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

torna-se mediador deste processo incentivando a pesquisa, a dedução de conceitos,


a exploração de métodos próprios de resolução e participando assim no processo de
construção do conhecimento do aluno.
Ao fazer uso das tecnologias, é necessário que os professores tenham clareza
de como explorar corretamente os recursos tecnológicos e qual é mais eficiente para
desenvolver determinadas atividades, pois as tecnologias são ferramentas e precisam
ser aplicadas, considerando cada situação em particular, para que assim seja possível
que os professores atinjam os objetivos almejados.
A preparação do professor é fundamental para que a educação dê o salto de
qualidade e deixe de ser baseada na transmissão de informações para incorporar
também aspectos da construção do conhecimento do aluno, usando para isso as
tecnologias digitais que estão cada vez mais presentes em nossa sociedade
(VALENTE, 2005, p. 30).
O professor precisa estar preparado para inserir as tecnologias no ambiente
escolar, ele precisa ter uma formação adequada para poder orientar e desafiar o aluno
para as atividades desenvolvidas, utilizando os recursos tecnológicos que contribuam
para a aquisição de novos conhecimentos. O professor tem o papel de servir como
mediador deste processo, ele precisa criar situações que promovam a aprendizagem,
utilizando como auxílio os recursos disponíveis atualmente. Sabemos que o professor
não pode ser substituído pelas tecnologias, estas devem ser utilizadas apenas como
forma de auxílio em sua prática docente.
Atualmente o ensino apresenta várias deficiências, a inserção das tecnologias
é uma forma de auxiliar na melhoria das mesmas, no entanto não podemos pensar
que elas são a solução para todos os problemas.
Sua aplicação deve estar sempre baseada em objetivos previamente
estabelecidos, de modo que ocorra a integração com os conteúdos trabalhados,
viabilizando assim a aprendizagem e também requer um planejamento das atividades
que serão realizadas, pois os recursos tecnológicos não devem ser introduzidos em
sala de aula simplesmente para tornar a aula diferente, mas sim, para trazer
informação, conhecimento e principalmente auxiliar no processo de ensino-
aprendizagem dos educandos.

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

4 TECNOLOGIAS NO ENSINO APREDNIZAGEM DA MATEMÁTICA

A disciplina de Matemática não é bem aceita pelos alunos, pois é vista como
uma disciplina que apresenta muitas dificuldades, talvez falte apresentar aos alunos
aplicações da Matemática, fazer com que eles percebam que ela está inserida em
nosso dia a dia, e que é de grande importância em nossas vidas.
Segundo Monique Ravanello,

os alunos brasileiros estão entre os piores do mundo em matemática,


segundo o último Pisa (sigla em inglês para Programa Internacional de
Avaliação de Alunos), realizado em 2006. As preocupações com a deficiência
vão além das paredes do Ministério da Educação. O Ministério da Ciência e
Tecnologia também está atento. Isso porque, segundo especialistas, não há
como desvincular o aprendizado da matemática das possibilidades de
desenvolvimento do país (2008, p. 4).

É necessário e urgente que os professores busquem alternativas para melhorar


a situação do ensino da Matemática, pois, segundo os Parâmetros Curriculares
Nacionais - PCNs (1997),
[...] a Matemática é componente importante na construção da cidadania, na
medida em que a sociedade utiliza, cada vez mais, de conhecimentos
científicos e recursos tecnológicos, dos quais os cidadãos devem se
apropriar. A aprendizagem em Matemática está ligada à compreensão, isto
é, à apreensão do significado; aprender o significado de um objeto ou
acontecimento pressupõe vê-lo em suas relações com outros objetos e
acontecimentos. Recursos didáticos como jogos, livros, vídeos, calculadora,
computadores e outros materiais têm um papel importante no processo de
ensino aprendizagem. Contudo, eles precisam estar integrados a situações
que levem ao exercício da análise e da reflexão, em última instância, a base
da atividade matemática (p. 10).

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

A Matemática não pode ser vista somente como um conjunto de técnicas ou


regras a serem seguidas, nem como algo pronto, e sim, ela deve instigar o aluno na
busca de respostas, na criação de métodos próprios, deve promover a criatividade, o
desenvolvimento do raciocínio e cabe ao professor essa função de criar situações
onde os alunos desenvolvam essas habilidades, onde eles possam aplicar a teoria,
os conceitos matemáticos na construção do conhecimento, tornando-se assim ativos
no processo de construção da aprendizagem significativa, pois quando o aluno
vivencia determinada situação, ele absorve os conteúdos com maior facilidade, pois a
aplicação da teoria está implícita na situação-problema que cabe a ele resolver.
A Matemática está perante velhos problemas e novos desafios. As
insuficiências hoje apontadas já foram identificadas há muito. [...] Se a
Matemática souber "dar a volta", vencendo os desafios que lhe são propostos,
ela deixará de ser a disciplina onde se faz o Ensino da Matemática - com toda
a carga depreciativa aliada a uma transmissão unívoca de conhecimentos -
para ser a disciplina onde se faz Educação Matemática (VASCONCELOS,
2000, p. 29).

A inserção das tecnologias existentes seria uma proposta para auxiliar nessas
mudanças que se fazem necessárias ao ensino da Matemática, gostaríamos de
destacar algumas que podem contribuir para o ensino-aprendizagem da Matemática,
tais como as calculadoras, o computador, a Internet e o vídeo/ DVD. Cada uma dessas
ferramentas tem sua importância significativa neste processo e deve ser explorada,
tendo sempre um planejamento específico, de acordo com a situação a ser aplicada.

4.1 O uso da calculadora em sala de aula

Atualmente, a calculadora é um recurso tecnológico acessível e muito utilizado.


Percebe-se, que ela faz parte do nosso cotidiano e que também pode ser encontrada
numa variedade de modelos e de preços.
No meio social ela se apresenta como um instrumento facilitador de cálculos,
porém, nas escolas não é vista assim. É perceptível que grande parte dos professores
de Matemática são resistentes quanto ao uso da calculadora em sala de aula, pois
são fiéis a uma inverdade que acaba por tornar-se justificativa frequente para o não
uso desta, já que quase sempre, dizem que usando a calculadora, os alunos não
aprendem a fazer contas e ficam dependentes da máquina.

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Baseados nessa e em outras inverdades os professores acabam por não


incorporarem em suas práticas o uso da calculadora, apesar desta fazer parte das
experiências cotidianas dos alunos e estar presente em materiais e acessórios de uso
diário dos alunos, tais como: relógios, agendas eletrônicas e principalmente celulares.
Além das formas mencionadas onde demonstra que a calculadora permeia a
vida dos alunos deve-se ainda destacar que a calculadora tem um custo baixo, o que
consequentemente, também contribuí para a sua disseminação.
Assim como outros aparelhos eletrônicos, a calculadora é um instrumento de
uso popular. Ela é fruto do desenvolvimento tecnológico alcançado pela humanidade,
faz parte do nosso presente e fará do nosso futuro. De acordo com D’Ambrósio (1986,
p. 42):
“A escola deve se antecipar ao que será o mundo de amanhã. É impossível
conceber uma escola cuja finalidade maior seja dar continuidade ao passado.
Nossa obrigação primordial é preparar gerações para o futuro.”

Dessa forma, a escola deve preparar o aluno para o futuro e, para isso, deve
incorporar os avanços tecnológicos.

Fonte de: www.amadeudaluz.blogspot.com

Segundo os PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p. 43), tal


incorporação abre novas possibilidades educativas, como a de levar o aluno a
perceber a importância do uso dos meios tecnológicos disponíveis na sociedade
contemporânea.

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

É preciso esclarecer que o uso da calculadora é expressamente autorizado


pelos PCNs. A escola é que decide pela adoção ou não da calculadora, portanto, não
se deve mais discutir esta questão. Nas palavras de D’Ambrósio (1986, p. 56):

“Hoje, todo mundo deveria estar utilizando a calculadora, uma ferramenta


importantíssima. Ao contrário do que muitos professores dizem, a calculadora
não embota o raciocínio do aluno – todas as pesquisas feitas sobre
aprendizagem demonstram isso.”

O foco das discussões deve ser então o de como utilizar a calculadora, de forma
a desenvolver atividades que contribuam para o desenvolvimento dos alunos? Como
afirma Ponte (1986, p. 1):

“Não faltarão anedotas com exemplos caricatos, pretendendo demonstrar as


vantagens do cálculo com papel e lápis e dos métodos tradicionais. Mas a
verdade é que não devemos atribuir à calculadora nem um carácter
milagroso, nem um carácter demoníaco. Como qualquer outro instrumento,
pode, simplesmente, ser bem ou mal-usada.”

Considerando que atualmente, tornou-se primordial saber analisar situações e


encontrar soluções para os problemas surgidos. Neste contexto, a calculadora é um
instrumento que vem auxiliar o trabalho do professor, de acordo com o National
Council of Teachers of Mathematics (NCTM) (1991):

“As calculadoras permitem às crianças a exploração de ideias numéricas e de


regularidades, a realização de experiências importantes para o
desenvolvimento de conceitos e a investigação de aplicações realistas, ao
mesmo tempo que colocam a ênfase nos processos de resolução de
problemas. O uso inteligente das calculadoras pode aumentar, quer a
qualidade do currículo, quer a qualidade da aprendizagem.”

Então, ao decidir pelo uso da calculadora, o professor deve estar ciente das
mudanças que esta atitude implica. Não basta incorporar o uso da calculadora a suas
aulas ou apenas permitir que os alunos façam o uso desta nas aulas de matemática.
É preciso reflexão, segundo Silva (1989 p. 3):

“A calculadora se introduzida na aula de Matemática sem qualquer projeto


educativo que a sustente será mais um ‘modernismo’ que nada mudará para
além de poder criar grande insegurança em professores e alunos.”
A utilização da calculadora requer mudança na postura do professor, na
metodologia que usa e nas avaliações que faz. Por isso, essa tomada de decisão deve
ser precedida de reflexões, como:

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

• Qual é a visão de Matemática que tenho?


• Qual é o peso que atribuo ao cálculo aritmético e algébrico?
• Para mim, é mais importante que o aluno seja criativo e resolva
problemas ou que memorize técnicas e fórmulas?
• Valorizo mais a aquisição de conceitos matemáticos ou habilidades
mecânicas de cálculo?
• Que conteúdos matemáticos considero importantes para que meu aluno
seja atuante na sociedade?
• Como farei minhas avaliações?

Faz-se necessário lembrar que a calculadora é apenas um instrumento auxiliar


e que seu uso será melhor tanto quanto melhor for a capacidade crítica do aluno.
É bem verdade que, ao fazer uso dela o aluno pode vir a “acomodar-se” e
necessitar da máquina até para realizar operações simples, porém este é um risco
que se corre, um perigo que existe, sobretudo com os alunos mais novos.
Sendo assim, compete ao professor estar atento, incentivar o uso consciente
da calculadora e explorar as vantagens do uso da calculadora nas aulas.

Fonte de: www.estudokids.com.br

A calculadora é um instrumento rico em potencialidades e, como enfatiza Silva


(1989 - p. 6), permite que se faça um trabalho voltado para a compreensão e
construção de conceitos, para o desenvolvimento do raciocínio e para a resolução de
problemas.

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Na construção de conceitos, o emprego da calculadora facilita o


desenvolvimento e a compreensão de conceitos como os de número (inteiro, decimal,
racional, irracional...), sucessão, série, convergência, média, arredondamento e
aproximação, etc. Nas calculadoras científicas ainda há possibilidade de se trabalhar
com funções exponenciais e logarítmicas e com a notação científica.
No que se refere aos números, estes poderão ser utilizados em uma gama
muito maior de situações reais, já que, com a calculadora, há economia de tempo e o
professor não precisa “ajeitar” os números para evitar cálculos complicados e
cansativos. Há possibilidade de se trabalhar com números de maior ordem de
grandeza, podendo explorar suas possíveis decomposições. Mesmo o surgimento de
resultados “sem sentido” constitui-se em ótima oportunidade para levantar discussões
sobre o seu aparecimento.
Segundo Ponte, o uso da calculadora não anuncia o fim do cálculo, mas implica
que o cálculo seja encarado de outra maneira.
Em artigo publicado no (NCTM) (1991) onde diz que a calculadora pode ser
usada pelo professor para abordar e desenvolver tópicos sob novas formas e, além
disso, ela tem o poder de gerar rapidamente muitos exemplos, o que ajuda os alunos
na compreensão de conceitos.
A utilização da calculadora permite que relações geométricas e algébricas mais
abstratas tenham um tratamento numérico, tornando-as mais concretas. Deste modo,
com a calculadora pode-se dar um tratamento informal a certos conceitos abstratos,
só depois passando para a formalização.
De acordo com Ponte, a calculadora estimula novas formas de trabalhar
favorecendo uma atitude mais prática e experimental na Matemática.
Isso nos possibilita também, fazer um trabalho de experimentação e
investigação, descoberta de regularidades e generalização de situações, que são os
elementos caracterizadores do pensamento algébrico. Entretanto, é na resolução de
problemas que a calculadora desempenha seu papel mais importante.
A coordenadora do capítulo de Matemática (PCNs) (1998) Tereza Perez
Soares, enfatiza que o tempo de cálculo economizado é usado pelo aluno para se
concentrar no processo de resolução do problema.
Com isso, o cálculo ganha nova dimensão, deixando de ser tão repetitivo e
cansativo. Maior rapidez nos cálculos significa ganho de tempo. Tempo este, que pode

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

ser aproveitado para o trabalho com variedades diferentes de problemas e com a


discussão das várias estratégias de resolução usadas pelos alunos. Pode-se também
fazer a discussão dos resultados obtidos e da validade desses resultados dentro das
exigências do problema.
Conforme afirma Silva (1986 – p. 4), a calculadora abre novas possibilidades
para a atividade de resolver problemas, pois o aluno poderá elaborar e explorar novas
estratégias, segundo o autor tais possibilidades permitem não só que, os alunos façam
a tentativa do erro e aproximações sucessivas, mas que também passem a organizar
dados, formular e verificar hipóteses e refazer cálculos com maior rapidez,
desenvolvendo o seu raciocínio.

Fonte de: www.magnum.com.br

Porém, conhecendo a realidade escolar pode se dizer que, é muito fácil


encontrarmos alunos que executam cálculos mecânicos com desembaraço, que não
conseguem analisar um problema ou uma situação real e reconhecer ali as operações
que devam ser feitas para que se encontre a solução.
Portanto, o trabalho com a calculadora nas aulas de matemática faz se
necessário por permitir ao aluno que reflita mais sobre o problema, já que não precisa
gastar tanto tempo fazendo contas, porém, a simples permissão do uso da calculadora
aos alunos sem um direcionamento por parte do professor de como utilizar essa
ferramenta tecnológica será inválido, já que embora esta faça parte do cotidiano dos
alunos, na maioria das vezes fica evidente que os alunos apenas a manuseiam

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

superficialmente, demonstrando desconhecer funções e possibilidades de uso da


calculadora.
Sendo assim, é preciso que o professor tenha clareza de seus objetivos e,
sobretudo, escolha a metodologia mais adequada para alcançá-los.
Contudo, deve-se ressaltar que todas essas práticas com a calculadora bem
como, o uso da calculadora nas aulas de Matemática, só serão promissoras se o
professor ao as incorporar, procurar rever sua metodologia de trabalho docente e suas
condutas pedagógicas, pois é fato que a utilização da calculadora em sala de aula
exige mudanças nas práxis do professor1

4.2 Aplicativos de Calculadora

O avanço da tecnologia permitiu a criação de centenas de dispositivos potentes,


como tablets e smartphones, e que cabem na palma da mão. Além disso, a
popularização destes gadgets nos trouxe inúmeras facilidades, como a possibilidade
de usá-los para vários objetivos.
Uma dessas finalidades pode ser a de uma calculadora avançada. Além
daquele aplicativo que vem de forma nativa em seu aparelho e faz contas básicas, há
uma série de aplicativos capazes de transformar um simples celular em uma
calculadora científica ou financeira. Seja no Android ou no iOS, são muitos os apps
disponíveis, e o melhor: a maioria é totalmente gratuita. Segue abaixo uma lista de
calculadoras para o gadget móvel.

App PhotoMath
Nesse app o usuário poderá resolver problemas de matemática, apenas
apontando a câmera do seu celular para a equação que deseja executar. Rapidamente
o app mostra a resolução passo a passo e com todos os detalhes do desenvolvimento
da conta.
O único problema é que o aplicativo não reconhece manuscritos. Segundo o
desenvolvedor eles estão tentando solucionar esse problema. Mas caso não tenha a
questão impressa pode usar o teclado e digitar a equação. Na ativação, o aplicativo
exibe um tutorial com as orientações básicas de uso.

1 Texto extraído de: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

www.geniodamatematica.com.br

Os seus últimos cálculos ficam armazenadas na memória em forma de lista e


é só clicar nos exercícios anteriores para visualizar suas soluções, com o
desenvolvimento do cálculo passo a passo.
Nesse app o usuário pode fazer:
1) Operações fundamentais de soma, subtração, multiplicação, divisão,
potenciação, radiciação e operações com módulos.
2) Equação do primeiro e segundo graus
3) Sistemas de equações
4) Inequações
5) Funções exponenciais e logarítmicas
6) Operações trigonométricas
7) Derivadas, Integrais (terceiro grau) e muito mais…

APP Cola
É um app que pode ser usado para Android e iOS, disponibiliza recursos para
resolver problemas de álgebra e geometria. Os assuntos pertinentes são: mmc,
equações do segundo grau, conversões, regra de três, divisibilidade, juros,
progressões aritméticas e geométrica, equações, gráficos, geometria, trigonometria.
Nesse aplicativo seus usuários poderão verificar as resoluções passo a passo
de suas questões.
Tem um visual bem atrativo que lembra um quadro negro. Apresentando
fórmulas e recursos diferentes, seus usuários poderão acompanhar o passo a passo
na resolução de diversas operações.

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www.geniodamatematica.com.br

O usuário deverá escolher uma das alternativas exibidas no quadro negro, e


logo após deverá inserir os valores exatos de cada elemento dentro dos problemas
matemáticos que estarão disponíveis.
Depois disso é só clicar em “Vai!”, na parte de cima da interface, e ela fará uma
demonstração completa da resolução dos exercícios, que exibirá gráficos e o
desenvolvimento do exercício.
O app Cola Matemática é gratuito. Tem como ponto negativo as publicidades
mostradas durante o uso. Mas caso o usuário queira fazer o plano pago isso será
resolvido. A versão paga é apresentada tanto para Android ou iOS sendo que ambas
não apresentarão anúncios de publicidade.
Tem a vantagem de ser totalmente em português, e apresenta uma interface
bastante simples e intuitiva.

App My Script Calculator


A votação na internet mostra que esse é um dos melhores aplicativos de
Matemática. Nele o usuário pode escrever manualmente e o app converte o texto da
caligrafia em um texto digital. E essa é uma de suas grandes vantagens, além de
resolver rapidamente equações com incógnita bastante complexas.

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

www.geniodamatematica.com.br

Com esse aplicativo pode exportar seus cálculos como imagens para
compartilhamento e reutilização em qualquer outro aplicativo. Pode também fazer
cálculos manualmente em graus ou radianos, foi criado para o sistema Android.
Sua plataforma é muito simples e intuitiva.

Fonte:geniodamatematica.com.br
O usuário poderá usar a escrita à mão para todas as fórmulas da aritmética,
sem precisar do teclado, riscar e eliminar facilmente símbolos e números digitados
errados, operação de retrato e paisagem, refazer e desfazer funções. O que esse
aplicativo faz?
• Operações básicas: +, -, x, ÷, + / -, 1 / x
• Outras operações: !, %, √, x, | X |
• Exponenciais: x, xy, x2
• Cálculos com parênteses: ( )
• Funções trigonométricas: cos, sin, tan
• Trigonometria inversa: acos, asin, atan

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

• Logaritmos: Ln e log
• Constantes: π, ℯ, Phi.

App Rei da Matemática


Esse aplicativo serve bem como passatempo. Sem muita utilidade para quem
vai fazer um vestibular por exemplo. Mas pode ser relaxante e útil para dar mais
agilidade aos nossos cálculos mentais. Apresenta jogos para treinar habilidades das
operações elementares da Matemática.

Fonte de: www.geniodamatematica.com.br

Esse app, serve para crianças, a partir de 8 anos, e servirá para ela desenvolver
a sua capacidade de resolver contas com maior velocidade. Subtrair, somar,
multiplicar, dividir etc. A interface mostra um Rei dentro de um reino que terá que
acertar cálculos para aniquilar os seus inimigos. Na versão paga o usuário terá mais
opções de conteúdo.
O usuário poderá optar por cálculos bem simples de adição e subtração, ou
resolver problemas de maior complexidade de geometria, potências... Conforme vai
acertando os cálculos, o usuário acumula medalhas e pontos que serão partilhados
num ranking mundial.
Apresenta uma interface bem simples e intuitiva, com controle multitoque: basta
o usuário colocar o dedo na resposta. Tem como vantagem o idioma em Português.

23
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Na realidade o Rei da Matemática é um joguinho infantil, em que você terá um


reino e começa como agricultor. Para avançar no jogo, você deve ir solucionando os
problemas de Matemática, e à medida que sua pontuação cresce, o usuário muda de
posição.
A versão gratuita só tem as opções básicas de adição, subtração, que mistura
as duas. Já a versão paga conta com opções mais interessantes como geometria,
frações, potências, entre outros.
Compatibilidade: Requer o iOS 6.0 ou posterior. Compatível com iPhone, iPad
e iPod touch2.

MalMath

Fonte de: www.canaltech.com.br

Já imaginou uma calculadora para ajudá-lo a resolver equações avançadas?


Pois os criadores da MalMath pensaram e é justamente isso que este aplicativo faz.
Com ele, é possível resolver equações derivadas e integrais, problemas de
trigonometria, álgebra e muito mais. E tudo isso de forma visual, inclusive com gráficos
e tudo mais, o que torna o aplicativo mais funcional e o conteúdo mais fácil de ser
aprendido.
O app também oferece um gerador de problemas matemáticos aleatórios, ideal
para incrementar seus estudos. O único contratempo é o fato de não estar traduzido
para português e não ter versões para todos os sistemas.

2 Texto extraído de: www.geniodamatematica.com.br

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

MaxiCalc

Fonte de: www.canaltech.com.br

Este aplicativo transporta uma calculadora retrô para dentro de seu iPad, com
visual nítido e até mesmo sons de uma calculadora antiga de verdade. Apresentando
um modo básico e outro avançado, ela oferece recursos variados para solucionar
problemas matemáticos de diferentes ordens. Para cálculos básicos, deixe o tablet no
sentido vertical; se quiser uma calculadora científica, basta colocar o aparelho no
sentido horizontal.
O MaxiCalc ainda traz suporte para inúmeras funções matemáticas, oferece
recursos para copiar e colar conteúdo, permite envio de cálculos por e-mail e muito
mais. O app é exclusivo para iOS.

AutoMath
Há momentos em que tudo o que você queria era tirar uma foto de uma equação
e deixar seu smartphone chegar à solução dela, não é? Então, o AutoMath faz isso
para você.
Basta mirar a câmera, fotografar o problema e aguardar alguns instantes para
descobrir o resultado final.
Obviamente, o intuito do programa é servir como prova real para você verificar
o resultado e descobrir se o seu raciocínio está correto. Até porque, nem sempre exibir
apenas o resultado final é o suficiente para conseguir pontos. O app é exclusivo para
Android.

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Fonte de: www.canaltech.com.br

Hewlett Packard 12C Financial Calculator

Fonte de: www.canaltech.com.br

A Hewlett Packard não perdeu tempo e criou aplicativos para as principais


plataformas da atualidade, oferecendo sua calculadora com o mesmo visual do
aparelho físico também para tablets e smartphones. Você tem tudo aquilo que
encontra na calculadora de verdade, mas por um preço bem mais acessível. O
aplicativo Hewlett Packard 12C Financial Calculator está disponível para Android e
iOS.

Calculadora – Calc Pro

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Fonte de: www.canaltech.com.br

A Calculadora – Calc Pro é outro aplicativo amplo, repleto de recursos para


quem precisa calcular diferentes funções matemáticas. Ela reúne 10 calculadoras
diferentes dentro de si, indo desde conversão de moedas até calculadora de
estatísticas, passando pela matemática financeira, suporte para gráficos e muito mais.
Se você tivesse que escolher um aplicativo pela quantidade de coisas que ele é capaz
de fazer, Calculadora – Calc Pro é uma das melhores opções. Ele tem versões para
iOS e Windows Phone, contando com edições pagas e gratuitas.

• Calculadora Financeira

Fonte de: www.canaltech.com.br

Se você quer algo mais específico para matemática financeira, uma excelente
opção é o app Calculadora Financeira. Com ele, você calcula juros simples, juros
compostos, descontos, financiamentos e montantes, tudo diretamente da palma da
mão, em qualquer tablet ou smartphone.

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

O visual do app é bem agradável e ele está traduzido para o português, mais
uma característica que o torna bastante amigável. Calculadora Financeira é um
aplicativo exclusivo para Android.

CALC

Calculadora científica, conversor e temporizador em um só lugar: este é o


CALC. No aplicativo, você conta com a opção de ter sempre um teclado flutuante
sobre a tela do próprio app, algo que torna mais simples o acesso e a utilização de
todos os seus recursos.
Ele conta com funções especiais quando você mantém botões pressionados e
pode ser personalizado, oferecendo inúmeros temas para você escolher e mudar o
visual da calculadora. A ferramenta é exclusiva para iOS.

Scientific Calculator Panecal

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Fonte de: www.canaltech.com.br


Outra calculadora científica completa, acessível e gratuita, a Scientific
Calculator Panecal conta com inúmeras funções para você encontrar o resultado de
basicamente qualquer cálculo. Ela oferece função de memória e tem o visual bastante
semelhante ao de uma calculadora de verdade. Você ainda pode realizar operações
de aritmética, funções trigonométricas inversas, funções logarítmicas, de potência, de
raiz de potência, fatoriais e muito mais. O aplicativo pode ser instalado em aparelhos
com Android ou iOS.

Figure Calculator ShapeInfo


Cálculos com formas geométricas não precisam ser complicados,
especialmente se você tem o Figure Calculator ShapeInfo instalado em seu aparelho.
Com ele, você digita as informações que já possui de triângulos, quadriláteros ou o
que for, e, em instantes, obtém os dados faltantes. Ele vem com uma lista extensa de
formas suportadas, então é só selecionar aquela que você deseja calcular. Depois,
insira as informações todas e pronto, em instantes você obtém os resultados. O
aplicativo é exclusivo para iOS.

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Fonte de: www.canaltech.com.br

Calculadora Gráfica da Mathlab

Fonte de: www.canaltech.com.br

Quando o assunto é quantidade e variedade, a Calculadora Gráfica da Mathlab


é um dos principais nomes disponíveis na atualidade. Este aplicativo integra várias
calculadoras diferentes em um só lugar: científica, gráfica, de frações, algébrica e de
matrizes.

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

A calculadora científica suporta a resolução de expressões aritméticas, raízes,


funções trigonométricas, hiperbólicas e inversas, números complexos, derivadas,
porcentagens e muito mais.
A gráfica permite a geração de gráficos de múltiplas funções, gráficos polares
e diversos outros, além de permitir salvar gráficos em imagens e tabelas em CSV
(separação por vírgulas). Cálculo de frações simples e complexas, de equações
lineares e quadráticas, de vetores e matrizes e outros recursos também estão
presentes no app, que é exclusivo para Android3.

4.3 Computador

O computador é um recurso que, se explorado de maneira correta, poderá


contribuir muito no desenvolvimento de aulas interessantes, atrativas e diferentes, pois
o mesmo pode proporcionar a verificação de determinados conteúdos matemáticos de
diferentes formas, podem ser utilizados softwares matemáticos, jogos matemáticos,
outros programas que exploram a programação, o desenvolvimento de planilhas de
cálculo, de gráficos, de tabelas, entre outras coisas. Em relação ao uso do
computador, Brandão (1995, p. 91) diz que,

sozinho o computador não pode resolver todos os problemas antigos e


complexos que norteiam o processo ensino-aprendizagem, mas pode ser um
elemento importante na reestruturação da educação escolar para a qual é
oportuno que sejam canalizados os resultados da pesquisa didática, as
experiências de professores e os recursos que oferece. O abandono de
formas e instrumentos tradicionais ainda válidos para a ação didática não
pode ser uma constante, quando se analisa a introdução de novas
tecnologias na educação.

Atualmente o uso do computador faz parte das tarefas diárias de muitas pessoas, o
mesmo é utilizado para trabalhar, estudar, desenvolver inúmeras tarefas que facilitam
nossa vida. Precisamos ter clareza quanto às formas de como explorar o computador,
este não deve ser visto como um recurso milagroso ou que vem para substituir o papel
do professor, muito pelo contrário, este recurso poderá ajudar muito 21 no ensino,
porém cabe aos professores estarem preparados para enfrentar esse desafio, que é
desenvolver aulas utilizando os computadores como auxílio no processo de ensino-
aprendizagem.

3 Texto extraído de: www.canaltech.com.br

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Primeiramente, sabemos da importância de planejar as aulas e estabelecer os


objetivos ao escolhermos estes recursos, é preciso avaliar de que forma explorar o
computador nas aulas de Matemática. Sabemos das dificuldades existentes e do
receio dos professores ao introduzir o computador em sala de aula, pois muitos
sentem-se despreparados para trabalhar com este recurso. Porém é preciso atitude
para mudar essa realidade, é necessário transformar esse medo de enfrentar o novo
em experiências com uso destas ferramentas tão importantes, isso trará muitos
benefícios ao ensino e também fará com que os professores se sintam motivados a
buscar novas formas e métodos de ensino.

Fonte: monicaesolange.blogspot.com

O computador pode ser explorado na realização de diversas tarefas, uma delas


é utilizando diferentes softwares matemáticos que desenvolvam o raciocínio e a
criatividade do aluno, estes devem promover situações que despertem a curiosidade
e prendam a atenção do aluno, mesmo durante a realização das atividades propostas.
Existem diversos softwares matemáticos muito bons que auxiliam o professor no
processo de ensino-aprendizagem da Matemática, um exemplo é o software Logo,
com o qual é possível aplicar aulas muito atrativas e interessantes, explorando vários
conceitos matemáticos.
É importante destacar que existem diversos softwares disponíveis
gratuitamente na Internet, mas nem todos são “bons”, é preciso fazer uma pesquisa e
verificar qual destes irá auxiliar o professor a atingir seus objetivos, afinal não devemos
utilizar um software nas aulas apenas para tornar a aula diferente, é necessário
pesquisar e analisar quais softwares matemáticos vão ao encontro da proposta do uso
do computador em sala de aula.

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Como salientamos anteriormente, existe uma diversidade grande de softwares


matemáticos disponíveis na internet, muitos deles pagos e outros livres e gratuitos.
Os softwares livres ou gratuitos são importantes, pois as escolas podem ter
acesso e usufruir deste recurso no desenvolvimento de aulas nos laboratórios de
informática, com eles é possível copiar, modificar, redistribuir, independente da
gratuidade. Já os softwares gratuitos não implicam no pagamento de licenças, na
maioria dos casos esses softwares são liberados para uso doméstico.
Atualmente a maioria das escolas já tem acesso aos computadores, porém, é
preciso que os professores percam esse medo com relação ao uso dos mesmos, não
devemos adquirir as máquinas e depois deixá-las em salas fechadas com medo de
que os alunos as danifiquem, é preciso que haja muitas mudanças e estas precisam
partir dos professores que devem ter coragem de mudar e adquirir segurança ao
trabalhar com este recurso e não demonstrar medo diante do “diferente”, pois só assim
estes recursos poderão ser explorados e utilizados pelos alunos no processo de
construção do conhecimento.

4.4 Internet

Atualmente um dos meios tecnológicos mais utilizados por ser rápido e prático
é a Internet, a qual possibilita obter informações instantâneas sobre qualquer assunto
em qualquer hora e em qualquer lugar, tornando-se assim um meio de comunicação
muito útil e de fácil acesso.
Nas escolas, a Internet é um meio de fazer com que os alunos pesquisem e
desenvolvam atividades e aprendam a buscar novas formas de adquirir
conhecimentos matemáticos.
A questão é verificar as formas como o professor pode utilizar a Internet em
sala de aula.
Devido à facilidade de acesso a trabalhos prontos que os alunos encontram na
rede é indispensável que o professor seja criativo na hora de planejar as atividades
que irá solicitar aos alunos, para que estes possam pesquisar e desenvolver seus
trabalhos e não simplesmente fazer uma cópia dos materiais que estão disponíveis na
Internet.

33
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Fonte:www.noticiasenegocios.com.br

Segundo Moran (2004), antes o professor só se preocupava com o aluno em


sala de aula. Agora, continua se preocupando com o aluno no laboratório (organizando
a pesquisa), na Internet (atividades a distância) e no acompanhamento das práticas,
dos projetos, das experiências que ligam o aluno à realidade, à sua profissão (ponto
entre a teoria e a prática).
Agora o professor precisa saber como orientar todas essas atividades, precisa
aprender a flexibilizar o tempo de estada em sala de aula e incrementar esses outros
meios de aprendizagem que estão disponíveis atualmente.

Um projetor multimídia com acesso à Internet permite que professores e


alunos mostrem simulações virtuais, vídeos, jogos, materiais em CD, DVD,
páginas WEB ao vivo. Serve como apoio ao professor, mas também para a
visualização de trabalhos dos alunos, de pesquisas, de atividades realizadas
no ambiente virtual de aprendizagem (um fórum previamente realizado, por
exemplo). Podem ser mostrados jornais on-line, com notícias relacionadas
com o assunto que está sendo tratado em classe. Os alunos podem contribuir
com suas próprias pesquisas on-line. Há um campo de possibilidades
didáticas até agora pouco desenvolvidas, mesmo nas salas que detêm esses
equipamentos. (Moran, 2004, p. 5).

O papel do professor ao utilizar esse recurso é estimular, provocar o aluno no


desenvolvimento de novas experiências, e não se manter acomodado, acreditando
que simplesmente levando os alunos a um laboratório com acesso à Internet, ele está
tornando as aulas diferentes e cumprindo com seu papel, essa tarefa de inserir as
novas tecnologias é mais complexa do que se imagina, é necessário organização,
planejamento, uma metodologia adequada com aulas expositivas, explicativas e

34
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

dialogadas e uma avaliação das atividades desenvolvidas nesse espaço de


aprendizagem.
É importante que o professor esteja capacitado para ministrar essas aulas em
laboratórios equipados com os computadores e acesso à Internet, pois, irão surgir
inúmeros questionamentos, dúvidas, e o professor precisa prever tudo isso para que
consiga promover atividades que auxiliem no processo de ensino-aprendizagem.

4.5 Video/dvd

Uma outra opção de uso de tecnologias é o vídeo ou o DVD, que podem ser
explorados para tornar as aulas mais interessantes, promover a interdisciplinaridade,
o diálogo e a discussão sobre assuntos diversos.
Moran (1995) define vídeo como sendo toda mensagem audiovisual registrada
em fita, desde gravações de TV e filmes de videocassete a mensagens produzidas
por câmeras de vídeo.
Segundo Moran (1995), utilizar o vídeo como “tapa buraco”, ou seja, colocar
vídeo quando há um problema inesperado, como ausência do professor, usar este
expediente eventualmente, pode ser útil, mas se for feito com frequência, desvaloriza
o uso do vídeo e o associa, na cabeça do aluno, a não ter aula.
Muitas vezes, ao exibir um vídeo sem muita ligação com a matéria, o aluno
percebe que o vídeo é usado como forma de camuflar a aula, pode concordar na hora,
mas discorda do seu mau uso.
Também é preciso que o professor tome cuidado com o uso exagerado do
vídeo, este diminui sua eficácia e empobrece as aulas.
Os vídeos que apresentam conceitos problemáticos podem ser usados para
descobri-los junto com os alunos e questioná-los. Não é satisfatório didaticamente
exibir o vídeo sem discuti-lo, sem integrá-lo com o assunto de aula, sem voltar e
mostrar alguns momentos mais importantes.
O vídeo e o DVD podem ser utilizados de diversas maneiras, como, por
exemplo: para iniciar uma aula, servindo portanto como motivação, como informação
do conteúdo, sendo utilizado no decorrer da aula, demonstração (ilustração) de
experiências que seriam impossíveis de serem realizadas em sala de aula; criação de

35
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

projetos onde os alunos poderiam produzir um vídeo e discuti-lo este em sala de aula,
ou como integração para finalizar uma aula4.

5 AS TICS

Com o surgimento das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) tudo


o que se conhecia por apetrechos tecnológicos teve uma nova reformulação, uma
nova roupagem. Em definições não tanto formais temos que a Tecnologia é todo meio
que se usa para facilitar a vida humana em seus múltiplos momentos; Informação é a
disseminação dos conhecimentos pretéritos, presentes e futuros e a Comunicação é
todo meio de interação, é a possibilidade do diálogo, é o meio pela qual a informação
é disseminada.
As TICs facilitam o contato entre as pessoas, por mais distantes que estejam.
Com o nascimento da Internet, mola mestra no concernente as TICs, a acessibilidade
aos saberes acumulados tornou-se palpável e fora dos parâmetros que outrora
pertenciam ao cume da pirâmide educacional.

Fonte:www.porvir.com.org

A escola já não é mais detentora dos saberes, os professores já não são mais
transmissores de conhecimentos, os espaços educacionais sofrem mudanças
precoces a fim de se adaptarem a nova realidade, os livros impressos começam a

4 Texto extraído de: www.uri.com.br

36
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

serem substituídos por livros digitais, as mídias são inseridas nas salas de aulas
através de computadores, data shows, TVs, DVDs, etc.
Ponte (2000, p. 75) afirma que:

As TIC poderão ajudar na aprendizagem de muitos conteúdos, recorrendo a


técnicas sofisticadas de simulação e de modelação cognitiva baseadas na
inteligência artificial. No entanto, não me parece que será desse modo que
elas vão marcar de forma mais forte as instituições educativas, mas sim pelas
possibilidades acrescidas que trazem de criação de espaços de interação e
comunicação, pelas possibilidades alternativas que fornecem de expressão
criativa, de realização de projetos e de reflexão crítica.

É muito importante frisar que o governo federal tem também distribuído


notebooks e construído laboratórios de informática nas escolas levando a globalização
de conhecimentos cada vez mais próximo do aluno.

Fonte: www.prof-edigleyalexandre.com

Esses acontecimentos fazem com que o professor sinta o perpasso do


compromisso no cumprimento restrito dos conteúdos programáticos formais e
atualizem-se tecnologicamente buscando nas TICs um novo horizonte do ensino e da
aprendizagem. Ainda existe uma dificuldade predominante no contato dos docentes
com as TICs, principalmente, pelo fato da atuação profissional num modelo escolar
tradicional e ultrapassado. Na nova escola, as práticas docentes devem acompanhar
as necessidades atuais dos alunos, devendo, para isso, haver um foco permanente
na formação continuada dos atores da educação.
As TICs não são somente os computadores ou a internet. Elas também são
representadas por qualquer meio facilitador da transmissão do conhecimento: livros

37
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

impressos, caderno, caneta, lápis, quadro negro, etc. Para compreender melhor o
porquê dessas ferramentas serem caracterizadas como tecnológicas, basta voltarmos
ao passado, na época em que escrevíamos em pedaços de argila, na areia ou
realizávamos inscrições sobre ossos e veremos a revolução tecnológica que esses
singelos mecanismos ofereceram a humanidade.
Podemos nesse momento fazer uma breve exposição sobre os elementos que
compõe as tecnologias e que podem ajudar no ensino aprendizagem quando bem
exploradas pelos protagonistas do sistema educacional. Esses elementos são:
• Rapidez,
• Recepção individualizada,
• Interatividade e participação,
• Hipertextualidade e
• Realidade virtual

• Rapidez: a rapidez com que a informação chega até nós é uma das grandes
características das TICs, temos acesso a todos os tipos de informação em
tempo quase que real. Hoje com o uso da internet os jovens são capturados
pelas múltiplas linguagens e sentido, adquirem habilidades sem o menor
auxilio da escola, pois na maioria das vezes a escola ainda está naquela de
preparar seus alunos para ler símbolos (palavras e frases) em textos escritos,
sem considerar imagens e as linguagens dos diferentes suportes
tecnológicos presentes na atualidade. O que temos presenciado no ensino
são as tecnologias e seus aparatos chegando aos alunos de forma direta
sem haja a intervenção de um mediador para prepará-lo a lidar com aquele
meio e suas abundantes informações.

• Recepção individualizada: a grande maioria dos docentes trabalha de


forma única, sem consideração aos anseios e necessidades individuais dos
estudantes, muitas vezes devido a sala de aula estar cheia o professor tem
dificuldade de aproximar de seus alunos e assim realizar um trabalho de
acordo com os anseios, possibilidades e realidades destes. Assim jovens
acabam se envolvendo com a tecnologia segundo seu modo de viver e ver a
realidade, utilizando-se das representações pessoais e sociais para compor
e (re)criar seu próprio valores e conceitos.

38
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

• Interatividade e participação: através das múltiplas funcionalidades da


internet, sendo os jogos um de seus componentes, os jovens desenvolvem
capacidades como, construir e intervir na história, escolher os caminhos, criar
e experimentar possibilidades, discutir e compartilhar as descobertas com os
amigos, essa estimulação acaba por acontecer como uma máquina que
estimula seu usuário a querer participar, a discutir e compartilhar as
descobertas com os amigos. Enquanto a escola por muitas vezes está
distante do universo de seus alunos, na busca de atender às exigências
curriculares, acaba por não incentivar a autonomia e participação entre os
jovens, possibilitando ensinamentos e experiências descontextualizadas do
universo adolescente.

• Hipertextualidade: através de textos virtuais, alunos tem que descobrir


alternativas que o tornem mais competente em suas escolhas e decisões,
mesmo que estas aconteçam por ensaios e erros. O texto virtual permite
associações, mixagens, e faz com que o usuário tenha diferentes opções de
escolha, seja sujeito em busca da complexidade de informações/caminhos
que, na maioria dos processos escolares, não é usual, pois os currículos
escolares não dão conta, por exemplo, de situações vividas pelos jovens em
contato com outros jovens em situações do dia a dia de incertezas, acertos,
erros, medos, entre outros aspectos. A educação por hipertextos possibilita
ao estudante ações de decisão, visto que este é responsável pela seleção e
produção de caminhos e informações.

• Realidade virtual: o indivíduo interage com a realidade das imagens,


criando elementos próprios para entender a situação virtual. A realidade
virtual prazerosa tem um pequeno lugar pedagógico, principalmente nos
primeiros anos escolares, com a fantasia das histórias contadas, no entanto,
na continuidade da vida escolar trabalha-se mais textos formais, distantes
das emoções, dos desejos e do conhecimento informal do cotidiano dos
alunos. Entendemos que o prazer da aprendizagem pode ser obtido através
de componentes que respondam aos anseios imaginários dos estudantes e
propiciem a eles vivências significativas e criativas.

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Fonte: www.reamp.com.br

Como podemos ver o frequente uso das tecnologias desperta a imaginação,


investe na afetividade e nas relações como mediação primordial no mundo, sua
incorporação no ambiente escolar pode ensinar seus indivíduos a respeitar o diferente,
a vencer obstáculos, a trabalhar coletivamente, entre outros aspectos, o que
pretendemos com esse trabalho não é propor uma nova didática, mas uma postura
que se apoia na inter-relação entre professor e aluno como sujeitos que se organizam,
decidem e buscam superar obstáculos, tendo em vista conteúdos curriculares que
podem ser intermediados com as tecnologias, é interessante elencar a utilização
destas como molas propulsoras na sala de aula, elemento de percepção sobre as
complexidades do mundo atual e como mediadoras de processos comunicacionais5.

5.1 A modelagem da matemática

Os modelos matemáticos nasceram da necessidade de explicar fenômenos


externos a esse campo do saber por meio de métodos e conceitos matemáticos.
Sendo assim, a modelagem é mais uma plataforma de conhecimentos que permite
pegarmos um problema não matemático, abstrairmos os seus dados, convertê-los a
um modelo matemático, resolvermos tal problema matematicamente e externarmos
uma avaliação sobre os dados estudados.

5 Texto extraído de: www.brasilescola.uol.com.br

40
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

É bastante crescente o desenvolvimento de estudos no campo da modelagem.


Vários autores já escreveram sobre esse ambiente de aprendizagem e suas
implicações no meio educacional: compreensão de conteúdos transdisciplinares,
dificuldades dos docentes em suas aplicações, sua complexidade na concepção dos
alunos e várias outras temáticas que debatem esse tema tão relevante ao ensino da
matemática moderna.
Criar modelos matemáticos não é uma tarefa fácil, mas através dos seus
resultados pode-se chegar à compreensão de fatos até então implícitos do ponto de
vista minucioso do saber. Poder chegar ao entendimento das manifestações
decorrentes das mais diversas áreas do conhecimento humano, ser consciente dos
seus processos evolutivos, ser capaz de realizar estimativas e discorrer sobre esses
fatos, é sem dúvida gratificante e intelectualmente positivo.
Nessa ótica a modelagem consiste em uma ferramenta necessária ao
desenvolvimento de habilidades cognitivas tendo em vista que leva a compreensão
dos diversos fenômenos físicos ou naturais, bem como, suas aplicabilidades
cotidianas.

5.2 A modelagem da matemática e das TICs

As TICs têm uma importância fundamental no desenvolvimento da modelagem,


principalmente, com a chegada do computador como poderosa ferramenta de cálculo.
Através dessa aliança tornou-se facilitada a manipulação de várias ferramentas
matemáticas e suas aplicações sociais. Os matemáticos apoiam-se nas tecnologias
para desenvolverem cálculos abstratos que antes eram realizados manualmente
causando uma sensação enfadonha em seus propagadores.
Outro aspecto importante da chegada das TICs é a possibilidade de simulação
de fenômenos naturais estudados no campo da modelagem matemática. Antes
tínhamos que efetuar tais simulações alterando o meio ambiente ou manipulando
elementos isolados da natureza, mas essas ações poderiam causar reações no
percurso ingênito do ambiente estudado.
Os matemáticos baseiam-se na modelagem para explicar fatos não
matemáticos. A modelagem ampara-se nas TICs, em especial no computador para
promover um estudo preciso e prático dos objetos em ação. A comunidade escolar
realiza, através da modelagem e das TICs, a conversão de fatos corriqueiros a

41
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

modelos matemáticos a fim de chegar à compreensão detalhada do evento em estudo.


Como consequência disso tudo, tem-se uma sociedade crítica, analítica e reflexiva
das coisas ao seu redor6.

6 O USO DE SOFTWARE NA APREDNIZAGEM DA MATEMÁTICA

O uso de softwares educacionais como ferramenta de ensino, exige muito dos


educadores, que além de saberem usar o computador e trabalhar com o software,
precisam conhecer as vantagens que o uso do software trará no sentido de fortalecer
as habilidades matemáticas dos alunos. Brito e Purificação (2006) argumentam que
um software é considerado educacional quando é desenvolvido para atender a
objetivos educacionais preestabelecidos, sendo que a qualidade técnica se subordina
às determinações de ordem pedagógica que orientam seu desenvolvimento.

Fonte: www.keillanayara.wordpress.com

Percebe-se a partir disso que ao fazer uso dos softwares educativos, o


educador precisar ter conhecimento sobre os mesmos para poder diferenciar os que
poderão auxiliá-lo em suas práticas pedagógicas, dos que não condizem com seu
trabalho em sala de aula. O PCN matemática (1997), afirma que:

Quanto aos softwares educacionais é fundamental que o professor aprenda


a escolhê-los em função dos objetivos que pretende atingir e de sua própria
concepção de conhecimento e de aprendizagem, distinguindo os que se
prestam mais a um trabalho dirigido para testar conhecimentos, dos que

6 Texto extraído de: www.infoescola.com

42
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

procuram levar o aluno a interagir com o programa de forma a construir


conhecimento (PCN: MATEMÁTICA, 1997, p. 35).

Neste paradigma pode-se ratificar que o uso dos softwares pedagógicos


voltados para a educação matemática, propiciam ao educador uma proveitosa
ferramenta de ensino. Para Gladcheff, Zuffi e Silva (2001), a utilização de softwares
em aulas de matemática no ensino fundamental pode atender objetivos diversos: ser
fonte de informação; auxiliar o processo de construção de conhecimentos;
desenvolver a autonomia do raciocínio, da reflexão e da criação de soluções. No
entanto o software em si, não garante a qualidade do aprendizado, é preciso que ele
esteja englobado em um plano pedagógico que tenha seus objetivos e metas
definidos.
É preciso que o professor saiba escolher o software educacional que melhor
consiga suprir os requisitos definidos, com a finalidade de possibilitar um avanço
qualitativo no processo de ensino e aprendizagem da matemática. Para avaliar a
qualidade de um software, o professor deve priorizar o público que irá utilizá-lo.
Conforme Gladcheff, Zuffi e Silva (2001). especificam: no ponto de vista
psicopedagógico, um software usado para fins educacionais, no Ensino Fundamental,
deve levar em conta características formais e também aspectos de conteúdo.
O educando enquanto sujeito ativo na construção do seu conhecimento precisa
se sentir estimulado a interagir com o software e para isso se faz necessário que esta
ferramenta computacional esteja de acordo com suas habilidades, ou seja, o
educando deve ter conhecimentos suficientes para desenvolver as atividades
propostas pelo software em questão.
A introdução de conteúdos programáticos através de softwares que explorem
a realidade do educando é uma forma de fazer com ele compreenda a matemática
como parte de seu cotidiano.
Fazer uso dos softwares educacionais no ensino da matemática é um desafio,
tanto para os professores como para os alunos. Mas esta metodologia precisa
ser bem elaborada e desenvolvida, para assim tornar os softwares uma ferramenta
que proporcione um diálogo entre a evolução tecnológica e a participação ativa do
educando na construção de seu conhecimento matemático7.

7 Texto extraído de: www.repositorio.ufsm.br

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Fonte: www.prof-edigleyalexandre.com

Pode-se encontrar alguns softwares gratuitos para o ensino da matemática,


dentre eles estão:

6.1 Tuxmath

É um facilitador no aprendizado de aritmética. O jogo é apresentado como uma


batalha espacial, onde o personagem Tux, comandado pelo jogador deve responder
de forma correta as operações algébricas para que aumentem sua pontuação
(CASTRO; WANZELER; MARINHO, 2016). Percebe-se que o jogo busca desenvolver
o raciocínio lógico, a atenção e a coordenação motora do aluno.
(http://tuxmath.br.uptodown.com/windows).

6.2 Mathsys

O software educacional Mathsys permite que sejam estudados vários


conteúdos matemáticos, como: frações, matrizes, matemática financeira, geometria
analítica, binômio de Newton, análise combinatória, probabilidade e estatística. Com
o aplicativo que trata das frações é possível, somar, subtrair, multiplicar, dividir e
simplificar as frações numéricas. O software é de fácil instalação, se encaixa ao
projeto pedagógico da escola e as habilidades do professor e dos alunos. A interface
do software é clara e objetiva, a linguagem é apresentada na língua portuguesa,
encaixa-se aos conteúdos que estão sendo estudados e explora os conhecimentos
matemáticos que o aluno possui.

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

6.3 C.a.R. - Régua e Compasso

O programa Régua e Compasso (C.a.R.) é um software de geometria dinâmica


plana, desenvolvido pelo professor René Grothmann da Universidade Católica de
Berlim, na Alemanha. No C.a.R. é possível realizar construções geométricas tais
como: ponto, retas, círculos. Uma vez feita a construção destes objetos geométricos
podemos deslocá-los na tela mantendo-se as relações geométricas de pertinência,
paralelismo, etc. Com o C.a.R o aluno e/ou o professor pode propor e testar
conjecturas através de exemplos e contraexemplos, usando as facilidades do
software.
Está disponível para as plataformas Windows, Linux e Mac OS X.

6.4 KmPlot

O KmPlot faz parte do projeto KDE-Edu que possui um pacote de aplicativos


educacionais que integra vários softwares.
Segundo a comunidade KDE (2014), o KDE-Edu é um projeto da KDE, iniciado
em 2001, cujo objetivo é desenvolver Aplicações de Educação Livres (licença GPL)
destinadas às escolas, estudantes, pais e outras pessoas que desejam aumentar o
seu conhecimento.

Fonte de: www.rollapp.com


O KmPlot desenha gráficos de funções matemáticas, das suas integrais ou
derivadas. Além disso suporta diferentes sistemas de coordenadas, inclusive
cartesiano, polar, paramétrico e implícito. É possível desenhar a primeira e segunda
derivada e a sua integral. Possui ferramentas para gráficos de funções, tais como:
encontrar ponto de máximo e/ou mínimo, desenhar a área entre a função e o eixo OY.
Os plots gerados são exportáveis para formato bitmap (KDE-Edu, 2014). KmPlot faz

45
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

parte do pacote de aplicativos educacionais e pode ser instalado juntos nas


plataformas: Windows, Linux e Mac OS X.

6.5 Calques 3D

O software de geometria dinâmica Calques 3D, foi desenvolvido pelo professor


Nicolas Van Labeke da Universidade de Edinburgh na Inglaterra, como parte do seu
Ph.D. em Ciências da Computação na França. Ele trabalhou com duas equipes de
professores de matemática do ensino secundário que ajudaram a projetar e
desenvolver o sistema. O principal objetivo do trabalho colaborativo foi proporcionar
aos professores um software que atenda às suas necessidades e às suas próprias
abordagens de ensino de geometria espacial (LABEKE, 2014).
Segundo LABEKE (2014) o Calques 3D é um micromundo projetado para a
construção, observação e manipulação figuras geométricas no espaço. Ele permite
um acesso intuitivo e adaptável às características do ambiente. Intuitiva, porque pode
ser usado pelos alunos sem o conhecimento prévio do software. Adaptável, pois
permite o professor decidir à sua própria pedagogia, no que diz respeito as operações
que serão disponibilizadas para o aluno.
Com o Calques 3D é possível manipular figuras geométricas tridimensionais
em várias perspectivas, se tornando um excelente laboratório de aprendizagem da
geometria espacial, pois o professor e/ou aluno pode testar e elaborar suas
conjecturas por meio de exemplos e contraexemplos.
Os principais objetivos do Calques 3D são: observação, construção e a
manipulação.
Através da observação é possível entender a terceira dimensão, alterar o
sistema de referência espacial, escolher a perspectiva e modificar o ponto de vista do
observador. A construção permite construir figuras geométricas dinâmicas de objetos
elementares, tais como ponto, retas, planos, interseção de retas e planos. Além disso,
é possível construir poliedros regulares, esferas, cilindros, seções planas, porém não
é possível construir parabolóides e hiperbolóides.
E, com a exploração o professor pode descobrir as propriedades geométricas
da figura, através de deformações e deslocamentos na tela a partir das construções
realizadas, mantendo as relações (pertinência, paralelismo, etc.) previamente

46
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

estabelecidas, otimizando o tempo, que pode ser gasto na associação entre os


objetos. Ele pode ser executado na plataforma o Windows 98/2000/XP.

6.6 Octave

Segundo o site do OCTAVE (2014), o programa foi escrito por John W. Eaton
e alguns colaboradores. Concebido originalmente em 1988, um software para
notebook em nível de graduação em design de produtos químicos, sendo escrito por
James B. Rawlings, da Universidade de Wisconsin-Madison e John G. Ekerdt da
Universidade do Texas destinado principalmente para computação numérica.
O OCTAVE tem uma interface de linha de comandos ideal para resolver
numericamente problemas lineares e/ou não-lineares. Disponibilizando várias
ferramentas para resolver problemas comuns de álgebra linear, para encontrar as
raízes de equações não-lineares, funções ordinárias, polinômios, cálculo de integrais,
integração numérica de equações diferenciais ordinárias e diferenciais-algébricas.
Além disso, é possível implementar outros experimentos numéricos usando
uma linguagem que é mais compatível com Matlab e pode ser usado como uma
linguagem orientada para lote.

Fonte de: www.opensourceimaging.org

É compatível com as plataformas: GNU/Linux (Debian, Fedora, Gentoo e


SuSE), BSD, OS X e Windows.

6.7 Scilab

O Scilab é um programa para computação numérica que proporciona um


ambiente computacional poderoso para engenharia e para aplicações científicas. Tem

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

uma linguagem de programação de alto nível que permite o acesso a estruturas de


dados avançados, funções gráficas 2-D e 3-D SCILAB, 2014.
Segundo a comunidade do Scilab (2014) o programa tem centenas de funções
matemáticas. Tais como:
• Matemática e Simulação para aplicações na engenharia e ciências, incluindo
operações matemáticas e análise de dados;
• Visualização 2-D e 3-D, funções gráficas para visualizar, anotar, exportar
dados, várias maneiras de criar, personalizar diversos tipos de gráficos e
tabelas.
• Otimização, algoritmos para resolver problemas de otimização contínuos e
discretos restritos ou não restritos.
• Estatísticas, ferramentas para executar análise de dados e modelagem.
• Projetos e Análise de Controle de Sistema algoritmos padrão e ferra- mentas
para o estudo do sistema de controle.
• Processamento de Sinais, visualizar, analisar e filtrar os sinais em tempo e da
frequência de domínios.
• Desenvolvimento de Aplicações-incrementar as funcionalidades nativas do
Scilab e gerenciar trocas de dados com ferramentas externas.
• Xcos – Sistemas dinâmicos híbrido modelador e simulador – modelagem de
sistemas mecânicos, circuitos hidráulicos, sistemas de controle.

O Scilab está disponível nas plataformas GNU / Linux, Mac OS X e Windows


XP/Vista.

6.8 Sage

Sage é desenvolvido por uma comunidade de programadores e matemáticos


que pode ser utilizado por meio de linhas de comandos interativas, isto é, uma
interface dentro de um browser onde os passos podem ser armazenados em páginas
separadas por usuário. O Notebook (terminal) pode estar instalado ou acessado de
uma instalação remota via internet (nuvem). Segundo Sage (2014) sua missão é criar
uma alternativa livre para Magma, Bordo, Mathematica e Matlab.
O Sage pode ser usado para estudar matemática elementar e avançada, pura
e aplicada, adequado tanto para o ensino quanto para a pesquisa. Isso inclui uma
grande variedade de matemática, incluindo álgebra básica, cálculo, teoria dos

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

números elementar, criptografia, computação numérica, álgebra comutativa, teoria de


grupos, análise combinatória, teoria de grafos, álgebra linear e muito mais (Sage,
2014).
O Sage está disponível nas plataformas Linux, Mac OS X e Windows.

Fonte:www.malavida.com.br

6.9 R

O R é uma linguagem e ambiente para computação estatística e gráficos, criada


em 1996 por Ross Ihaka e Robert Gentleman semelhante à linguagem S-Plus – código
fechado, desenvolvido pelo Laboratórios Bell. Pode ser considerado como uma
implementação diferente de S. Embora exista diferenças importantes, a quantidade
de código escrito para S é executada inalterado em R. A linguagem R é uma
alternativa para a pesquisa em metodologia estatística, pois fornece uma ampla
variedade de estatísticas modelagem linear e não linear, testes estatísticos clássicos,
análise de séries temporais, classificação de técnicas gráficas e altamente extensível
(R, 2014).
Também fornece numerosas funções de manipulação, importação e
exportação de dados e permite operações matemáticas simples, manipulação de
vetores e matrizes.
S é uma linguagem estatística, desenvolvida por John Chambers, hoje é
mantida por Rick Becker e Allan Wilks dos laboratórios Bell.
O R executa e compila nas plataformas UNIX e sistemas similares (incluindo
FreeBSD e Linux), Mac OS X e Windows.

49
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

6.10 Calc - Planilha de Cálculo

O Calc é uma planilha eletrônica que faz parte do LibreOffice, uma "suíte de
escritório". Tem uma interface similar ao EXCEL, que faz parte do Office da Microsoft.
Com o Calc é possível realizar tarefas simples, como digitação e impressão de
planilhas, e até tarefas mais elaboradas como criação de tabelas mais sofisticados,
com dados relacionados e cálculos numéricos mais complexos. A análise de dados é
simplificada através de diagramas bidimensionais e tridimensionais, que são
facilmente construídos e de alta qualidade visual.
O LibreOffice é compatível com os sistemas operacionais Linux, Mac OS X e
Windows.

6.11 Axiom

Segundo AXIOM (2014), o software está em desenvolvimento desde 1971 e


evoluiu lentamente. Inicialmente foi chamado Scratchpad, sendo originalmente
desenvolvido pela IBM sob a direção de Richard Jenks. Barry Trager foi fundamental
para a direção técnica do projeto.
Durante vinte anos, Scratchpad foi desenvolvido e considerado uma plataforma
de pesquisa para o desenvolvimento de novas ideias em matemática computacional,
mas foi na década de 1990 que o projeto foi renomeado para AXIOM e vendido para
o Grupo Numérica Algoritmos (NAG) na Inglaterra, e tornou-se um sistema comercial.
Porém por uma variedade de razões não foi financeiramente viável. Em outubro de
2001 foi retirado do mercado.
Assim a NAG concordou em liberar o AXIOM como software livre, pois o AXIOM
representava algo diferente de outros programas, principalmente pela sua
fundamentação em matemática.
O AXIOM está disponível nas plataformas Unix (Ubuntu, Mandriva, Fedora,
Debian e outras distribuições) e Windows e OS X.

6.12 Maxima

Segundo a comunidade Maxima, o Maxima é um programa descendente do


Macsyma, o sistema de álgebra computacional desenvolvido na década de 1960 no
Massachusetts Institute of Technology (MIT) com fundos do Departamento de Energia
dos Estados Unidos e outras agências governamentais. Uma versão do Macsyma foi

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

mantida por William Schelter de 1982 até seu falecimento em 2001. Em 1998 ele
obteve a permissão do Departamento de Energia, para liberar o código-fonte sobre a
GNU General Public License (GPL). Foi revolucionário e muitos sistemas posteriores,
como o Maple, o Mathematica e o Derive foram inspirados por ele.
O Maxima pode ser utilizado para cálculos matemáticos, manipulação simbólica
incluindo diferenciação, integração, série de Taylor, transformada de Laplace,
equações diferenciais e ordinárias, sistemas de equações lineares, polinômios, e
conjuntos, listas, vetores, matrizes, autovalores, auto vetores, computação numérica
e criação de gráficos. Além disso produz resultados numéricos com alta precisão
usando frações exatas, inteiros de tamanho arbitrário, e número de ponto flutuante de
precisão variável.
Se executado pelo comando maxima em um terminal, o Maxima inicia em um
ambiente de trabalho por linha de comando, mas pode-se trabalhar por meio de uma
interface gráfica conhecida como wxMaxima, que é acionada pelo comando
wxMaxima.
O wxMaxima está disponível nas plataformas: Linux, Mac OS X e Windows8.

6.13 GeoGebra

O GeoGebra é um software gratuito e de fácil requisição destacado na disciplina


de Matemática que tem a possibilidade de fazer gráficos de diferentes estilos, podendo
conter desenhos, cálculos com letras e números, do Ensino Fundamental, Ensino
médio e também Ensino Superior.
As aulas preparadas pelo docente podem ser utilizadas também no conteúdo
de Geometria, podendo ensinar o conteúdo na parte teórica, colocar em exercícios,
atividades dinâmicas e também provas, os exercícios vão do mais fácil até o mais
difícil.
É um software que proporciona ao aluno analisar várias potencialidades da
Geometria, a pratica de diferentes informações e meios importantes para o
levantamento e o desbravamento de modificar o que a Geometria pode proporcionar,
lembrando que é a Geometria plana que lembra a feita à mão, ou seja, lápis, régua,
caneta e papel. Tarouco (2014) ainda dá a seguinte informação:

8 Texto extraído de: www.repositorio.bc.ufg.br

51
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

“Com isso, o professor pode usar a ferramenta paralelo com atividades feitas
usando o papel. Os conteúdos criados através do GeoGebra podem compor OAs
voltados para a área de Geometria” (TAROUCO, 2014, p. 92). Esse software pode ser
até mesmo em aula, num determinado dia, com certeza irá ser incrível.

Fonte:www.mdcnrl.blogspot.com
Vaz (2012) propõe quanto ao uso do GeoGebra:

“No GeoGebra podemos contemplar geometria e álgebra dinamicamente,


interagindo entre si na mesma tela, possibilitando ao usuário relacionar as
várias
faces de um mesmo objeto matemático. Permite trabalhar conceitos do ensino
fundamental, médio e superior e realizar construções matemáticas
diversificadas a alterá-las após a construção ser finalizada. Esse dinamismo
possibilita que o aluno perceba diversas relações entre os objetos
matemáticos, faça conjecturas e até mesmo formalize os resultados, de forma
visual, no próprio software.” (VAZ, 2012, p.40)

Silva (2014) aponta que a ideia de utilizar o software pode romper com algumas
concepções consideradas tradicionais, contribuindo na formação dos estudantes
inseridos no contexto de sociedade predominantemente tecnológico.
Portanto, além da tecnologia contribuir na aprendizagem de conceitos de
matemática, ela contribui para a formação de um sujeito crítico e consciente do seu
papel enquanto inserido na sociedade atual. Sobre o uso do software GeoGebra e o
convite à reflexão sobre a prática docente, Silva (2014) defende:

52
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

As tecnologias apresentam hoje um papel no desenvolvimento da sociedade,


em particular, da educação. Utilizar o software GeoGebra no desenvolvimento
de nossa pesquisa foi, sem dúvida, primordial para o sucesso de sua
aplicação. Pensemos que o uso da mesma como ferramenta auxilia, e muito,
o professor. Pensamos ser importante fazer uma reflexão de nossa prática
diária enquanto professores. Centrar nossa visão para o espaço da sala como
docentes, significa, muitas vezes, direcionar nosso trabalho para um ensino
voltado ao uso apenas dos livros didáticos e de resumos de aula, que em sua
maioria apresentam uma matemática limitada e desconectada com a
realidade, que não aborda o conteúdo como um todo e não promove as
transformações necessárias para garantir a aprendizagem dos alunos.
Precisamos investigar, criar, experimentar novas propostas de trabalho.
Sabemos que nossa sociedade está em constante transformação e
necessitamos promover mudanças significativas no ensino da matemática,
de forma que acompanhe a sociedade.” (SILVA, 2014 p.132)

Esse jogo possibilita o conhecimento de Geometria de forma criativa, o que é


muito válido, pois a Geometria está sempre presente nos conteúdos de Matemática,
além do mais, o aluno pode criar o seu desempenho sem ajuda do professor,
estimulando autonomia e confiança para o aluno.
Quando o aluno tem a possibilidade de criar e pesquisar o conteúdo atribuído
pelo professor, pode gerar conhecimento e reconhecimento perante o professor.
Conforme Ávila afirma:

Uma mudança de paradigma vem se revelando nas pesquisas que envolvem


o ensino de Matemática, alterando significativamente as concepções
docentes sobre como a aprendizagem é construída pelo aluno. As novas
ideias que devem permear o delineamento das práticas pedagógicas em
Matemática já não comportam o mero reconhecimento de técnicas
procedimentais, desconexas da realidade, a serem aplicadas sem a
necessidade de uma reflexão conceitual (Ávila, 2013, p. 2).
Os procedimentos a serem usados pelo professor devem ser analisados com
muita eficácia, afinal tem que ter relação com a realidade de cada aluno e com o
conteúdo proposto pelo professor9.
Sendo assim, percebe-se que fazer o uso de aplicativos no ensino da
matemática, podem auxiliar no déficit de aprendizado. Conforme Magedanz (2004),
diz:
Pedagogicamente falando, a utilização de ambientes informatizados,
empregando-se softwares educativos avaliados previamente pelo professor,
acompanhados de uma didática construtiva e evolutiva, pode ser uma solução
interessante para os diversos problemas de aprendizagem em diferentes níveis. (p.6).

9 Texto extraído de: www.lume.ufrgs.br

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Para Fava (2011, p. 01):

“A tecnologia está mudando a educação, não apenas na organização”, dessa


forma, percebe-se que os conceitos metodológicos de ensino, precisam ser
reavaliados, de maneira a fazerem o uso dos meios tecnológicos em prol da
educação.

6.14 Os jogos no ensino-aprendizagem da Matemática

Os jogos são de grande importância para desenvolver algumas habilidades dos


discentes, e também para desmistificar a dificuldade de se aprender os conteúdos
lecionados. Percebe-se que, com o auxílio dos jogos as aulas podem torna-se mais
agradáveis, e por consequência, atingir um resultado mais satisfatório com os alunos
em questão. Como é de proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais:

Os jogos podem contribuir para um trabalho de formação de atitudes –


enfrentar desafios, lançar-se à busca de soluções, desenvolvimento de
crítica, da intuição, da criação de estratégias e da possibilidade de alterá-las
quando o resultado não é satisfatório (PCN, BRASIL, 1998, p.47)

Percebe-se a importância da utilização dos jogos como metodologias de


ensino, auxiliando também na compreensão dos assuntos abordados, isso se
trabalhado de maneira séria, dinâmica e organizada.
Desses jogos podemos destacar jogos como o Tangram, que tem como
finalidade desenvolver as noções de figuras geométricas como: Ângulos, figuras
equivalentes, relações entre lados e outros (SOSTISSO, et al., 2017). Podendo ser
trabalhada na inicialização da Geometria plana, visando uma maior afinidade do aluno
com o conteúdo estudado.

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Fonte: www.apertaqual.wordpress.com

Assim como o Tangram, a torre de Hanói pode ser usada como um jogo
didático, o jogo é composto por oito discos em média, e de três hastes, o objetivo do
jogo é mover a pilha de peças, para um dos pinos restantes, de maneira que somente
se movimenta um disco por vez, nunca colocando um disco maior por cima de um
menor (COSTA,2017). Nota-se que com o auxílio da Torre de Hanói conseguiremos
abordar as noções de proporções, raciocínio logico e progressão geométrica.
Já o Xadrez, é um jogo de tabuleiro composto por 32 casas brancas e 32 casas
pretas, cada jogador tem à disposição um total de 16 peças, de diferentes formatos e
movimentos, onde o principal objetivo do jogo é capturar o Rei do outro jogador
(PINTO; SANTOS JUNIOR, 2009). Com o auxílio do xadrez pode-se trabalhar as
noções de planos cartesianos e suas coordenadas, além de desenvolver o raciocínio
rápido dos jogadores.
Nota-se que alguns conteúdos de matemática podem ser trabalhados com o
auxílio de diversos jogos matemáticos, esses serviriam como uma ferramenta
alternativa de um recurso didático para um melhor aprendizado dos nossos alunos.
Percebe-se, também, uma necessidade de seleção e preparação desses jogos para
uma posterior aplicação em sala de aula, uma proposta pedagógica será bem
desenvolvida se existir um planejamento bem feito. Ensinar é uma arte, e podemos

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

fazer que o ensino seja enriquecido com os diversos recursos que temos hoje, basta
termos coragem, disposição e conhecimento para sabermos usá-los para tais fins10.

7 WEBQUEST

Webquest é uma metodologia que direciona o trabalho de pesquisa utilizando


os recursos da internet. É uma oportunidade de realizar algo diferente para obter
resultados diferentes em relação à aprendizagem dos alunos.
Webquest é uma proposta de Berni Dodge - 1995, e hoje conta com mais de
10 mil páginas da Web.
A WebQuest é uma atividade que serve para incentivar os alunos a utilizarem
a internet no seu estudo. Serve para alunos do ensino fundamental, médio e superior.
Essa atividade tenta também fazer com que o aluno desenvolva um pensamento
reflexivo, crítico e criativo.

Fonte: www.timetoast.com

O professor elabora a atividade e os alunos fazem essa atividade


individualmente ou em grupo. Geralmente, eles se saem melhor quando fazem em
grupo.
Os objetivos da WebQuest são modernizar o modo de ensinar, garantir acesso
a informações atualizadas, promover a aprendizagem cooperativa, ou seja, um
trabalho em grupo, desenvolver habilidades cognitivas, aplicar o que foi aprendido,

10 Texto extraído de: www.nucleodoconhecimento.com.br

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

incentivar a criatividade, incentivar o professor a criar suas próprias obras e valorizálas


e incentivar a troca de conhecimento entre os professores11.

7.1 Webquest: prática pedagógica construtivista

A WebQuest está intimamente ligada à teoria construtivista. Autores fazem


esse paralelo apontando indícios dessa teoria e chamando nossa atenção para a
elaboração da proposta.
A base construtivista é vista no momento em que a Webquest, como
metodologia de pesquisa direcionada, apresenta estratégias capazes de instigar o
aluno a encontrar soluções para desafios propostos pelo professor, pois, segundo
Piaget:
Construtivismo é um equilíbrio por auto regulações que permite remediar as
incoerências momentâneas, resolver os problemas superar as crises ou os
desequilíbrios por elaborações constantes de novas estruturas que a escola
pode ignorar ou favorecer, segundo os métodos empregados. (PIAGET,
1998, p.49).

Essa afirmação nos reporta a ideia de reconhecer na metodologia WebQuest


um novo fazer pedagógico, uma metodologia privilegiada no ponto de vista de estar
baseada no construtivismo e ainda nascer da base de aprendizagem por projetos.

7.2 WEBQUEST – uma metodologia inovadora

Esta metodologia de pesquisa na Internet foi proposta por Bernie Dodge em


1995 e visa “dimensionar usos educacionais da Web, com fundamento em
aprendizagem cooperativa e processos investigativos na construção do saber”. Dodge
a define assim:
"Webquest é uma atividade investigativa, em que alguma ou toda a informação
com que os alunos interagem provém da Internet." Em geral, uma webquest é
elaborada pelo professor, para ser solucionada pelos alunos, reunidos em grupos.
Segundo Viseu e Carvalho (2003, p.519), as WebQuests são "como que um
desafio que se coloca aos alunos que para o resolverem, transformam a informação
disponibilizada num produto final e comunicam aos outros colegas". Assim, para além
das características já mencionadas, podem ainda “constituir um desafio colaborativo

11 Texto extraído de: www.tecnologiadeensinoeaprendizagem.blogspot.com

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

não só para quem as concebe, mas também para quem as resolve”


(Carvalho,2002:145).
Para Tom March (2000) uma boa Webquest deve apresentar três importantes
qualidades, designadas os três R’s: Real, Rica e Relevante (“Real, Rich and
Relevant”).
Para este autor, quando um professor constrói uma WebQuest deve formular
as seguintes questões:

1. Real – será que o tema que estão a tratar está de algum modo ligado à
realidade? A tarefa que lhes é solicitada é uma atividade artificial só com
sentido dentro do ambiente de uma sala de aula ou, pelo contrário, tem a ver
com situações da vida real que podem encontrar num emprego?
2. Rica – fornece um contexto que muitas vezes se perde nas aulas tradicionais
e nos textos?
3. Relevante – aqui o professor terá que ser cuidadoso na forma de abordar um
assunto, procurando sempre introduzir pelo lado que mais pode interessar aos
alunos.

Fonte: www.educacaoinfantiltics.blogspot.com

Segundo seu criador, a Webquest poderá ser: curta quando criada com
objetivos a serem alcançados dentro de atividades propostas para uma ou três aulas
e longa quando estes são pensados para serem atingidos em um espaço de tempo

58
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

maior o que requer semanas ou até um mês de trabalho. Sua estrutura é composta
de: introdução, tarefas ou desafios, processo, recursos, avaliação e conclusão.
1- Uma introdução que prepare o "palco" e forneça algumas informações de
fundo, crie um cenário a ser visitado e vivenciado pelos alunos:
2- Tarefas ou desafios motivadores e instigantes;
3- Em recursos deverão aparecer todos os sites, fontes de pesquisas sejam elas
na Web ou fora dela;
4- O processo discrimina as etapas a serem seguidas para o desenvolvimento das
tarefas;
5- No tópico avaliação deverão ser elencados os indicadores a serem avaliados
de acordo com cada atividade proposta e seus objetivos chamando a atenção
dos alunos para sua autoavaliação com base nos descritores ou indicadores
citados.
6- Na conclusão o professor fará uma fala encerrando a investigação, mostrando
o que eles aprenderam e instigando-os a seguir a pesquisa.

7.3 WebQuest: ferramenta pedagógica para o professor

Sob o olhar do professor, essa nova metodologia traduz seu desejo de inovar
motivando seu aluno e redirecionando ações que caracterize a construção do
conhecimento sob o prisma do construtivismo ao mesmo tempo em que aponta o
professor como responsável em mediar esse processo oportunizando através das
tarefas propostas pela Webquest.
Pelo fato da metodologia Webquest prezar pela aquisição de conhecimento
através de um processo evolutivo onde a capacidade de análise e síntese é
estimulada percebe-se com clareza que ela despreza a tradicional memorização de
informação e ainda potencializa o usa da imaginação quando propõe desafios a serem
solucionados. Por este ângulo pode-se afirmar que esta metodologia é de fato uma
boa solução de apoio ao processo de ensino aprendizagem.
Outro ponto relevante a ser citado é o fato de estarmos diante de um recurso
focado no aluno e por esta razão buscar respaldo nas teorias do construtivismo e da
motivação o que explica a reação de nossos alunos diante desta metodologia. Seu
interesse, sua curiosidade parte justamente do fator provocação realizado
propositalmente quando da elaboração dos desafios.

59
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

7.4 Webquest: oportunidade para o aluno

Aprender a fazer fazendo, ser levado por desafios que os motivem a descobrir,
a construir em cooperação, a transformar sua simples pesquisa em ações concretas
que transformem realidades são algumas das vantagens da Webquest apontadas por
alunos. Mas, o que realmente motiva o aluno na metodologia Webquest? A resposta
a essa pergunta está no foco da metodologia: atividades de pesquisa orientada na
Web. Ao idealizar essa estrutura, seu criador Dodge conseguiu ver, descobrir o que
fascina o aluno e trazer esse prazer para o fazer pedagógico.

Fonte:www.webquesntecanoas.blogspot.com

A autenticidade dos desafios propostos aos alunos muito difere das tarefas
propostas pelos livros didáticos justamente pelo poder que estes possuem em serem
realizados a partir de pesquisas, de descobertas, ou seja, o processo de construção
do conhecimento proposto pela Webquest produz um novo fazer também por parte do
aluno.
Levados a solucionarem problemas com aspectos reais e envolvendo o outro
através da colaboração, do trabalho em grupo proporciona uma melhor compreensão
dos conteúdos em estudo e instiga também seu crescimento enquanto pessoa uma
vez que o coloca em sociedade, aprendendo com o outro através da partilha, da troca.
A motivação que estas tarefas induzem tem sido apresentada de uma forma bastante
prática, por Dodge (2003) e March (2003), com base no modelo ARCS de Keller (1983;

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

1987). O acrônimo ARCS é constituído por: Atenção, Relevância, Confiança e


Satisfação.
Portanto, elencados as oportunidades de crescimento do aluno quando
trabalhado utilizando esta nova metodologia deixa claro se tratar de uma prática a ser
aceita e propagada se pensarmos na qualidade de nosso processo de ensino e
aprendizagem12.

8 EXCEL E MATEMÁTICA

Pensando na disciplina de Matemática, há inúmeros programas (softwares) e


recursos que podem favorecer o processo de ensino e aprendizagem. O editor de
planilhas Excel é um poderoso recurso para ensinar alunos de várias etapas.
O Excel é um programa de fácil utilização, que permite uma aprendizagem
interativa e mais rica. As tabelas são compostas por linhas e colunas, em que cada
coluna representa uma letra e a intersecção entre uma linha e uma coluna, chamada
de célula, um convite para trabalhar com a Matemática. A aprendizagem cognitiva
contribui para o desenvolvimento do raciocínio lógico e da criatividade dos alunos.
O uso do Excel tem de ser dinâmico, desafiador e capaz de despertar o
interesse e o crescimento intelectual. Nesse ponto, o programa permite inúmeras
possibilidades de uso em diferentes níveis e ciclos de aprendizagem, com maior
interação e colaboração. Além do computador, professores e alunos podem trabalhar
com celulares e tablets, o que permite mobilidade e personalização do ensino através
de estações por rotações. Essa ferramenta também abre espaço para:
• Criar novas práticas de ensino, através de criações de gráficos, contas,
simulações, em diferentes etapas do ensino.
• Aprender com os erros, o que beneficia correções, compreensão e entendimento
sobre o objeto de estudo.
• Trabalhar em colaboração, priorizando o currículo e as suas várias características.
• Aproximar o aluno de ferramentas utilizadas em diferentes segmentos da
sociedade, possibilitando o trabalho com linguagem lógica e algoritmos13.

12 Texto extraído de: www.brasilescola.uol.com.br


13 Texto extraído de: www.novaescola.org.br

61
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

8.1 Como somar no Excel

Somar utilizando o Excel é mais simples do que muita gente imagina. Existem
duas maneiras principais de configurar o programa para que ele chegue
automaticamente ao resultado da soma dos valores de duas ou mais células.
A fórmula básica da operação é =SOMA(Célula1+Célula2). Nesse caso, basta
clicar na célula onde deseja ver o resultado e escrever a fórmula acima, trocando onde
se lê " Célula1" e " Célula2" pelas células que você deseja somar (por exemplo,
A1+A2+A3).

A segunda maneira é mais simples ainda: selecione todas as células que deseja
somar, arrastando o mouse entre elas e clique no símbolo "Σ". O programa vai fazer
a fórmula automaticamente, entregando o resultado para você.

8.2 Como subtrair no Excel

Subtrair no Excel não é muito diferente de somar. Assim como na operação


anterior, também existem duas maneiras principais para que o programa execute a
conta para você.
A primeira é utilizando a fórmula = Célula1-Célula2. Assim como na soma,
selecione a célula onde deseja ver o resultado da subtração e substitua onde se lê
"Célula1" e " Célula2" na fórmula acima pelas células que você quer subtrair.

62
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Já a segunda é interessante para conhecer, mas não muito prática para utilizar
no dia a dia: use a fórmula de soma (conforme as instruções do tópico anterior), mas
com os números negativos. Dessa maneira você pode obter o resultado da subtração.

8.3 Como multiplicar no Excel

A fórmula de multiplicação do Excel é Célula1*Célula2. Assim como nas


operações que citamos anteriormente, selecione a célula onde deseja ver o resultado
da multiplicação e escreva a fórmula, substituindo onde se lê "Célula1" e "Célula2"
pelas células cujo valor você deseja multiplicar.

Você também pode multiplicar utilizando a fórmula Célula1=MULT(Célula2:


Célula3). Nesse caso, o resultado da multiplicação estará em " Célula1" (que você
deve trocar pela letra e número da célula onde deseja ver o resultado). Caso você
adicione mais de duas células, o Excel sempre multiplicará o resultado das duas
primeiras células pelo da terceira. E assim sucessivamente.

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

8.4 Como fazer divisão no Excel

A divisão é a operação mais simples que você pode fazer utilizando o programa
da Microsoft. Para isso, selecione a célula onde quer ver o resultado e escreva a
fórmula = Célula1/Célula2.

Assim como na soma e na subtração, substitua onde se lê "Célula1" e "Célula2"


pelas células que deseja dividir. Por exemplo =A1/A2. Caso você selecione mais
células (=A1/A2/A3) o programa vai dividir o resultado da primeira operação (A1/A2)
pelo valor da terceira, ou seja, o resultado da divisão entre A1 e A2 dividido por A3.
Fazer as operações básicas no Excel auxilia muito a eficiência e agilidade para
fazer suas atividades. Elas tornam as tabelas mais dinâmicas, uma vez que, a cada
alteração de um valor, o resultado é atualizado14.

8.5 Outras funções

Outros algoritmos que são bastante importantes nas planilhas são aqueles que
mostram valores de média, máxima e mínimo. Mas para usar essas funções, você
precisa estabelecer um grupo de células.

Cálculo Fórmula Explicação Exemplo

14 Texto extraído de: www.sos.com.br

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Adição =SOMA(célulaX;célula Para aplicar a =SOMA(A1;A2).


Y) fórmula de soma Dica: Sempre
você precisa, separe a
apenas, selecionar indicação das
as células que células com ponto
estarão envolvidas e vírgula (;).
na adição, incluindo Dessa forma,
a sequência no mesmo as que
campo superior do estiverem em
programa junto com localizações
o símbolo de igual distantes serão
(=) consideradas na
adição

Subtração =(célulaX-célulaY) Segue a mesma =(A1-A2)


lógica da adição,
mas dessa vez você
usa o sinal
correspondente a
conta que será feita
(-) no lugar do ponto
e vírgula (;), e retira a
palavra “soma” da
função

Multiplicação =célulaX*célulaY) Use o asterisco (*) = (A1*A2)


para indicar o
símbolo de
multiplicação
Divisão =(célulaX/célulaY) A divisão se dá com =(A1/A2)
a barra de divisão (/)
entre as células e
sem palavra antes
da função

Fórmulas bastante requisitadas:

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Outros algoritmos que são bastante importantes nas planilhas são aqueles que
mostram valores de média, máxima e mínimo. Mas para usar essas funções, você
precisa estabelecer um grupo de células.

Cálculo Fórmula Explicação Exemplo


Média =MEDIA(célula Você deve usar a =MEDIA(A1:A10)
X:célulaY) palavra “media”
antes das células
indicadas, que são
sempre separadas
por dois pontos (:) e
representam o
grupo total que você
precisa calcular

Máxima =MAX(célula Segue a =MAX(A1:A10)


X:célulaY) mesma
lógica, mas usa a
palavra “max”
Mínima =MIN(célula Dessa vez, use a =MIN(A1:A10)
X:célulaY) expressão “min”

Função Se:
Essa função trata das condições de valores solicitados. Para que entenda, se
você trabalhar em uma loja que precisa saber se os produtos ainda estão no estoque
ou precisam de mais unidades, essa é uma excelente ferramenta. Veja por que:

Cálculo Fórmula Exemplo

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Função Se =se(célulaX<=0; “O que =se(B1<=0; “a ser


precisa saber 1”; “o que enviado”; “no estoque”)
precisa saber 2”) Essa linguagem diz ao
Excel que se o conteúdo
da célula B1 é menor ou
igual a zero ele deve
exibir a mensagem “a ser
enviado” na célula que
contem a fórmula. Caso o
conteúdo seja maior que
zero, a mensagem que
aparecerá é “no estoque”

Teclas de Atalho
Não tem nada que faz você economizar mais tempo do que usar a combinação
de teclas do teclado como atalho. E no Excel diversas funções podem ser controladas
dessa forma. Abaixo estão as mais requisitadas15.

Fórmula Explicação
CTRL +( Para visualizar dados que não estão
próximos, você pode usar a opção de ocultar
células e colunas. Usando esse comando
você fará com que as linhas correspondentes
à seleção sejam ocultadas.
Para que aquilo que você ocultou reapareça,

selecione uma célula da linha anterior e uma


da próxima e depois tecle CTRL + SHIFT + (

CTRL +) Atalho igual ao anterior, mas oculta colunas e


não linhas

15 Texto extraído de: www.portaleducacao.com.br

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

CTRL + SHIFT + $ Atalho para aplicar a conteúdos monetários o


formato de moeda. Ele coloca o símbolo
desejado (por exemplo, R$) no número, além
de duas casas decimais

CTRL + SHIFT + Asterisco (*) Para selecionar dados que estão envolta da
célula atualmente ativa. Caso existam
células vazias no meio dessas informações,
elas também serão selecionadas

CTRL + Sinal de adição (+) Para inserir células, linhas ou colunas no


meio dos dados

CTRL + Sinal de subtração (-) Para excluir células, linhas ou colunas


inteiras

CTRL + D Quando você precisar que todas as células


de determinada linha tenham o mesmo
valor, use esse comando. Por exemplo: o
número 2574 está na célula A1 e você quer
que ele se repita até a linha 20. Selecione
da célula A1 até a A20 e pressione o
comando. Todas as células serão
preenchidas com o mesmo número

CTRL + R Igual ao comando acima, mas para


preenchimento de colunas

CTRL + ALT + V O comando “colar valores” faz com que


somente os valores das células copiadas
apareçam, sem qualquer formatação

CTRL + PAGE DOWN Muda para a próxima planilha da sua pasta


de trabalho

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

CTRL + PAGE UP Similar ao anterior, mas muda para a planilha


anterior

CTRL+SHIFT+& Aplica o contorno às células selecionadas

CTRL+SHIFT+_ Remove o contorno das células selecionadas

CTRL+SHIFT+Sinal de Aplica o formato porcentagem sem casas


porcentagem (%) decimais

CTRL+SHIFT+ Sinal de Inclui no arquivo data com dia, mês e ano


cerquilha (#)

CTRL+SHIFT+ Sinal de arroba Inclui no arquivo hora com a hora e minutos,


(@) AM ou PM

9 DIFICULDADES ENCONTRADAS NA IMPLANTAÇÃO DE SOFTWARES


NO ÂMBITO ESCOLAR

Denota-se que não basta a intenção e mudança dos objetivos nos Parâmetros
Curriculares Nacionais de Matemática, tendo por propósito a inserção da informática,
em específico de softwares matemáticos, em sala de aula. Pois, além de inúmeras
escolas sofrerem da carência de laboratórios de informática, outros tantos ambientes
escolares sentem a ausência de um profissional que possa atuar na manutenção dos
equipamentos, portanto, ora há ausência de equipamentos, outra de profissionais que
os possam manter em funcionamento adequado.
Assim sendo, a consequência final, é que onde existem laboratórios, em várias
ocasiões encontram- se equipamentos sem manutenção e acabam sendo
descartados, diminuindo assim a quantidade de computadores para o uso, impedindo

69
INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

um trabalho de qualidade por parte do professor. Situações como essas, por vários
momentos desmotivam os docentes para incluir softwares que auxiliem na
aprendizagem, bem como levar os discentes aos laboratórios.
Costa (2015) também cita motivos que levam a desistência perante a inclusão
da informática no ambiente da sala de aula:

A falta de formação continuada para os professores fazer uso adequado dos


equipamentos de informática também é um grande desafio para o uso da
tecnologia na sala de aula. Mesmo nas poucas vezes que essas capacitações
são realizadas, os próprios professores não evoluem, a maioria não procura
se atualizar ou não disponibiliza de tempo suficiente para a informática em
sala de aula. (COSTA, 2015, p. 30).

Fonte: www.henriquebarbosa.com

Conforme pauta do Fórum Estadual das Licenciaturas em Matemática


(FELIMAT–2015), para que ocorra a capacitação de professores que consigam
correlacionar os assuntos de sala de aula com a informática, se faz necessário que a
própria formação superior e continuada ofereça em uma quantidade maior de
disciplinas para essa formação /capacitação.
Portanto, faz-se necessário que a formação no decorrer da graduação ofereça
uma noção dos softwares e programas afins, para que depois na atuação profissional
o professor tenha a capacidade de trabalhar os mais variados conteúdos da educação
básica, através da informática.

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Conforme o Projeto Político Pedagógico da escola, o próprio faz o incentivo ao


uso das tecnologias em sala de aula, entre alunos, professores, funcionários, escola
e família:
A necessidade da reorganização dos componentes curriculares a fim de se
constituir a interdisciplinaridade, numa sinergia de contextualização, ao abordarem
o trabalho, a ciência, a tecnologia e a cultura, é premissa primeira. Apresenta-se
algo mais próximo ao real. Ainda, se o processo didático-pedagógico primar pela
aprendizagem, pela atividade, a elevação de níveis cognitivos se dará. Portanto, o
presente projeto pedagógico ressalta a reflexão, nas atividades educativas, do que
segue: [...] a utilização de novas mídias e tecnologias educacionais, como
processos de dinamização de ambientes de aprendizagem; a oferta de atividades
de estudo com utilização de novas tecnologias de comunicação; a promoção de
atividades sociais que estimulem o convívio humano e interativo do mundo dos
jovens; a organização dos tempos e espaços com ações efetivas de
interdisciplinaridade e contextualização dos conhecimentos; a oferta de atividades
de estudo com utilização de novas tecnologias de comunicação. (PPP, 2015, p.
16).
Eis que se denota que muitas vezes o uso da tecnologia no ambiente escolar
se torna sem proveito, pois uma imensa quantidade de professores leva os alunos até
os laboratórios de informática para o cumprimento de horários, deixando os alunos a
livre escolha do que desejam trabalhar com tal ferramenta tecnológica. Muito disso
ocorre em função de não haver profissionais habilitados atuando, como professor de
informática, pois, geralmente ocorre de pessoas que estão atuando em tal função
terem uma formação distinta a essa, comprometendo sua atuação como profissional
da tecnologia.
É pela carência de um profissional de informática, a falta de internet ou de
péssima qualidade, computadores com falta de manutenção, sistemas de
computadores não aptos a tais softwares, que acabam por desmotivar os professores
a incluir ambientes de informática e tecnologias em suas aulas16.

16 Texto extraído de: www.eventos.uceff.edu.br

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Fonte: www.ensinamais.com.br

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INFORMÁTICA NO ENSINO DA MATEMÁTICA

10 BIBLIOGRAFIAS BÁSICAS

BORBA, M. C.; Penteado, M. G. Informática e educação matemática. 3ª ed. Belo


Horizonte: Autêntica, 2001. 99 p. (Tendências em educação matemática). ISBN
857526-021-9.

CAPRON, H.L.; JONHSON,J.A.; Introdução à informática. 8ª Ed. São Paulo: Editora


PearsonPretice Hall, 2004.

NORTON, Peter. Introdução à informática. São Paulo: Editora Makron Books, 1996.

BIBIOGRAFIA COMPLEMENTAR

A BRITO, Glaucia da Silva. Educação e novas tecnologias: um (re)pensar.


Curitiba: InterSaberes, 2012.

DEMO, Pedro. Educação Hoje: “novas” tecnologias, pressões e oportunidades.


São Paulo: Atlas S.A, 2009.

KENSKI, Vani Moreira. Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação.


Campinas: Papirus, 2008.

MORAES, Raquel de Almeida. Informática da educação. Rio de Janeiro: DP&A.


2000.

SOBRAL, Adail. Internet na escola: o que é e como se faz. São Paulo: Loyola,
1999.

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