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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO

12ª CLASSE

PROGRAMAS DE ENSINO AJUSTADOS

ANO LECTIVO DE 2020

INDE

INSTITUTO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO


ÍNDICE

Prefácio .................................................................................................................................... 2

1. PORTUGUÊS ................................................................................................................. 3

2. INGLÊS ........................................................................................................................ 20

3. FRANCÊS..................................................................................................................... 25

4. HISTÓRIA .................................................................................................................... 31

5. GEOGRAFIA ............................................................................................................... 47

6. FILOSOFIA .................................................................................................................. 65

7. BIOLOGIA ................................................................................................................... 74

8. FÍSICA .......................................................................................................................... 82

9. QUÍMICA ..................................................................................................................... 88

10. MATEMÁTICA ......................................................................................................... 103

11. DESENHO E GEOMETRIA DESCRITIVA ............................................................. 116

1
Prefácio

Caros Professores,

O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, com vista a garantir a continuidade do


processo de ensino-aprendizagem, no contexto da pandemia da COVID-19, através do Instituto
Nacional de Desenvolvimento da Educação (INDE), ajustou os programas de ensino da 12ª
classe para o período lectivo de 2020.

Os programas ajustados priorizam conteúdos que remetem para o desenvolvimento de


competência essenciais que permitam a todos os alunos culminar, com sucesso, o ensino
secundário. O tempo disponível para a leccionação dos conteúdos ajustados é de 14 semanas.

Os programas observam a estrutura anterior, nomeadamente, unidade temática, objectivos,


conteúdos, competências a serem desenvolvidas pelo aluno, observação e a respectiva carga
horária e apresentam, também, orientações para a utilização do fundo de tempo disponível,
bem como sugestões metodológicas.

Caros colegas,

A abordagem dos conteúdos deve observar a espiralidade proposta nos respectivos programas,
bem como a inter-disciplinaridade, para a formação integral do aluno.

Assim, é importante que garantam o rigor na planificação e leccionação, tendo em conta a


diversidade e as necessidades de aprendizagem do aluno.

O sucesso do ano lectivo de 2020 depende, em larga medida, do empenho, dedicação e


integridade de todos nós, sobretudo, na garantia de medidas de prevenção da COVID-19.

Maputo, 28 de Setembro de 2020

CARMELITA RITA NAMASHULUA

MINISTRA DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO

2
1. PORTUGUÊS
DISCIPLINA DE PORTUGUÊS 12ª CLASSE 14 SEMANAS

Obs.: As duas primeiras semanas são reservadas para a revisão das quatro unidades temáticas leccionadas.

COMPETÊNCIAS CARGA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS OBSERVAÇÕES
O ALUNO: HORÁRIA

- Interpreta textos narrativos.


- Interpretar o texto narrativo; Textos Literários
Textos Específicos: - Identifica os elementos da narrativa; Para que se possa
- Identificar os elementos da
Textos Narrativos - Localiza a acção no tempo e no abordar esta
narrativa (narrador,
- Estrutura do texto narrativo. unidade em
personagens, acções, autor); espaço;
- Categorias da narrativa. menos tempo,
- Analisar a organização - Tipo de linguagem - Caracteriza física, psicológica e sugere-se que o
discursiva do texto; - Funcionamento da Língua socialmente as personagens do texto; professor oriente
4 Tempos
 Concordância do nome a leitura e a
- Identificar os recursos - Analisa a organização discursiva do compreensão de
predicativo do sujeito com o
expressivos usados no texto; texto narrativo; um texto
sujeito.
- Identifica os recursos expressivos específico em
- Produzir textos narrativos, Tema transversal
(figuras de estilo) usados no texto. casa e faça
usando uma sequência lógica,
posterior
com correcção ortográfica e Combate à estigmatização de
- Produz textos narrativos, usando sistematização na
pontuação adequada. pessoas vivendo com HIV/SIDA.
recursos linguísticos, com uma sala de aula.
sequência lógica, com correcção
ortográfica e pontuação adequada.

3
Sugestões de Actividades

Interpretação do texto narrativo (Extractos de textos narrativos de Mia Couto, Ungulani Baka Kossa e Paulina Chiziane.)

Narrativas de viagem: “Quem com ferro mata, com ferro morre”, de Fernão Mendes Pinto; “Fazei, Senhor, que nunca os admirados
Alemães, Galos, Ítalos e Ingleses” (Canto X); Romance, Conto, Crónica: “David regressa a casa (XXXI)”, de Paulina Chiziane; “O
aniversário de Jacinto”, de Eça de Queirós; “Dois irmãos”, de Milton Hatoum. Leitura integral e orientada da obra: Os Olhos da Cobra
Verde, de Lília Momplé

Identificação:

 das acções narradas no texto;

 das personagens;

 do narrador;

Análise da estrutura da narrativa; a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.

Caracterização dos recursos expressivos ou figuras de estilo existentes no texto (a comparação, a metáfora, a personificação, a hipérbole, a
ironia, etc.).

Nota:
Para a elaboração da síntese ou do resumo, o professor deverá orientar os alunos para:
- Leitura global do texto ou extrato do texto;
- Levantamento das ideias e factos essenciais do texto (tendo atenção ao encadeamento das ideias ou dos factos)
- Elaboração do resumo, redacção dos factos essenciais, substituindo as palavras e frases do texto original, por outras, mais económicas,
utilizando uma linguagem clara e precisa.

4
- Transformar o discurso directo presente no texto em discurso indirecto.
- Respeitar o número de palavras propostas ou as linhas propostas pelo professor. Caso não haja proposta do limite do resumo, o aluno
deve usar como limite a metade ou um terço do texto original.
- O professor orienta os alunos para a elaboração de um texto narrativo, tendo em conta a:
 Escolha do tema;
 Organização discursiva dos factos;
 Ordenação lógica dos factos relatados de forma a manter a expectativa;
 Articulação das frases e dos parágrafos, situando os factos no tempo e no espaço, assegurando a coerência da narrativa;
 Integrar o discurso directo e respeitar as normas da sua utilização (travessão antes das falas das personagens. o professor deverá
chamar atenção ao aluno para usar verbos de elocução diversificados: dizer, afirmar, perguntar, interrogar, responder, replicar,
negar, contestar, exclamar, bradar, pedir, solicitar, mandar, ordenar...);
No acto da produção, o aluno poderá também usar os recursos expressivos como a comparação, a metáfora, a personificação, a hipérbole, a
ironia. Deve respeitar a pontuação, a ortografia e a apresentação gráfica do texto.

Indicadores de desempenho
- Resume, oralmente e por escrito, textos narrativos;
- Elabora texto narrativo (narração de factos reais ou imaginários), ordenando de forma lógica os factos relatados, articulando as frases
e os parágrafos, situando os factos no tempo e no espaço, assegurando a coerência da narrativa, integrando adequadamente o discurso
directo, os recursos expressivos como a comparação, a metáfora, a personificação, a hipérbole, a ironia, escrevendo com correcção
ortográfica e respeitando a pontuação e a apresentação gráfica do texto.

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UNIDADE TEMÁTICA 6 - TEXTO DE PESQUISA DE DADOS

OBJECTIVOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÕES: CARGA


ESPECÍFICOS O ALUNO: HORÁRIA
6. Texto de Pesquisa de De forma a leccionar-se em
- Identificar os elementos dados - Elabora uma ficha de leitura menos tempo este conteúdo,
da ficha de leitura; 6.1. Textos analítica e de comentário: o professor deverá orientar a
- Ler e identificar os específicos: Ficha de - Organizar as leitura de uma obra literária
principais assuntos da obra; leitura referências em casa.
- Elaborar uma ficha de leitura - Elementos da ficha de bibliográficas;
analítica e de comentário: leitura: - Usa as orações relativas 2
- Organizar as - Síntese em frases concretas. Tempos
referências - Sumário
bibliográficas; Funcionamento da Língua
- Usar as orações relativas em - Orações relativas: uso
frases concretas. dos pronomes cujo,
onde.

Sugestões metodológicas
- Leitura selectiva de algumas obras com vista a identificar a referência bibliográfica;
- Organização individual de ficha de leitura, preenchendo: a referência bibliográfica; o sumário; a síntese do assunto retratado na obra;
o comentário sobre o assunto retratado na obra demonstrando o seu posicionamento.
- Obras literárias de autores moçambicanos e de outros Países da Língua Oficial Portuguesa.

Indicadores de desempenho
- Elabora uma ficha de leitura apresentando:

6
 A referência bibliográfica;
 O assunto principal da obra (sumário);
 As informações sobre o assunto principal da obra (síntese da obra);
 O seu posicionamento em relação ao assunto retratado na obra (comentário);
 Produz, oralmente e por escrito, orações relativas usando os pronomes cujo e onde.

7
UNIDADE TEMÁTICA 7: TEXTOS JORNALÍSTICOS

COMPETÊNCIAS CARGA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS O ALUNO: OBSERVAÇÃO
HORÁRIA
7. Texto Jornalístico
- Caracterizar a mancha gráfica e a - Caracteriza a mancha gráfica e a
7.1. Texto especifico:
estrutura do artigo de opinião e artigo estrutura do artigo de opinião e Para que se possa
7.1.1. Artigo de
de fundo. artigo de fundo. abordar esta
opinião e artigo de
- Interpretar artigo de opinião e artigo de - Interpreta artigos de opinião e unidade em
fundo
fundo que versam sobre a saúde. artigo de fundo. menos tempo,
- Mancha gráfica
- Identificar o tipo de linguagem usado - Identifica o tipo de linguagem
- Estrutura do texto sugere-se que o
em artigos de opinião e artigo de usado em artigos de opinião e
- Tipo de linguagem professor oriente
fundo. artigo de fundo.
7.2. Funcionamento da a leitura e a
- Produzir por escrito artigo de opinião e - Caracteriza os textos de opinião e
língua compreensão de 4
artigo de fundo que versem sobre o de fundo como textos de géneros
- Regência verbal: um texto tempos
tema Saúde e Nutrição. argumentativos;
complementos de específico em
- Identificar os complementos dos - Identifica os complementos dos
verbos de separação. casa e faça
verbos de separação. verbos de separação.
- Identificar a regência verbal - Identifica a regência verbal nas posterior
7.3.Tema transversal sistematização
nas orações que constituem o texto. orações que constituem o texto.
Saúde e nutrição em sala de aula.
- Produzir orações de forma adequada - Produz orações de forma
Saneamento de meio
respeitando a regência verbal. adequada respeitando a regência
verbal.

Sugestões metodológicas
- Apresentação, pelos alunos, de artigos de
opinião e de fundo recortados nos jornais;
- Interpretação dos mesmos artigos;
- Análise da mancha gráfica e da estrutura de artigo de opinião e de fundo:

8
 Titulo;
 Proposição (Apresentação da ideia principal);
 Desenvolvimento (Argumentos que sustentam a ideia principal);
 Conclusão (posicionamento do autor em relação ao tema).

- Análise do tipo de linguagem:


 Persuasiva;
 Adequada ao público-alvo;
 Identificação do ponto de vista do articulista e dos argumentos que sustentam a sua tese;
- Produção escrita de um artigo de opinião sobre o saneamento do meio.

Indicadores de desempenho
- Identifica o tema de um Artigo de opinião e artigo de fundo;
- Identifica o ponto de vista do articulista e os argumentos que o fundamentam;
- Distingue o Artigo de Opinião do Artigo de Fundo ou Editorial;
- Produz um artigo de opinião.

9
UNIDADE TEMÁTICA 8 - TEXTOS MULTIUSOS

COMPETÊNCIAS CARGA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS O ALUNO: OBSERVAÇÕES HORÁRIA

- Interpretar textos 8. Textos Multiusos


expositivos- explicativos; 8.1. Textos específicos - Lê textos expositivos-
8.1.1 Textos Didácticos explicativos;
- Analisar o texto expositivo- - Analisa os textos
explicativo nos seguintes e/ou Científicos
8.1.1.1.Texto expositivos explicativos nos
aspectos: seguintes aspectos:
expositivo-
 Apresentação do texto; explicativo • - Organização do texto;
Apresentação do - Tipo de linguagem;
 Organização do texto; - Esquematiza a informação
Na abordagem
texto; deste tipo de
 Tipo de linguagem. • Organização do do texto expositivo-
explicativo; texto, o enfoque
- Caracterizar processos de texto: deverá ser dado
• Tipo de linguagem: - Usa nas suas produções orais 4 Tempos
exposição e explicação de um no uso de
8.2. Funcionamento da e escritas
texto expositivo/explicativo; conectores
língua conjunções/locuções
- Usar nas suas produções • Conjunções/locuções subordinativas e orações explicativos.
escritas conjunções/locuções subordinativas e subordinadas consecutivas,
subordinativas e orações orações subordinadas integrantes e comparativas.
subordinadas consecutivas, consecutivas, - Produz, por escrito, textos
integrantes e comparativas. integrantes e expositivos-explicativos
comparativas: sobre assuntos relacionados
- Elaborar textos expositivos -
8.3. Tema Transversal com
explicativos sobre assuntos Desastres naturais:
relacionados com maremotos. - Maremoto, utilizando uma
Maremotos
linguagem adequada.

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Sugestões metodológicas

- Leitura de um texto expositivo-explicativo;


- Descrição da mancha gráfica do texto, identificando os títulos e subtítulos (se apresentar subtítulos);
- Análise da organização do texto expositivo- explicativo;
 introdução (apresentação e definição do assunto);
 desenvolvimento (a explicação e demonstração do assunto);
 conclusão (definição, descrição e numeração);
- Identificação da organização discursiva e do tipo de linguagem, sublinhando todos os actos de fala
constantes do texto expositivo-explicativo em estudo;
- Actos de fala para: Definir; Descrever; Enumerar;
- Análise das estruturas gramaticais usadas na produção do texto expositivo-explicativo;
- Esquematização da informação do texto expositivo-explicativo;
 Organograma/mapas;
 Elementos essenciais;
 Ideias essenciais;
 Relacionamento e hierarquização de ideias, através de setas, círculos, rectângulos e outras figuras;
 Realização de exercícios que remetam para a produção escrita de orações com conjunções/locuções subordinadas consecutivas,
integrantes e comparativas;
 Produção escrita de textos expositivos-explicativos que versem sobre maremotos, utilizando uma linguagem adequada.

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UNIDADE TEMÁTICA 9 - TEXTOS LITERÁRIOS

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIA OBSERVAÇÃO CARGA


O ALUNO: HORÁRIA
- Interpretar o texto lírico; 9. Textos Literários Na abordagem
- Identificar as características 9.1. Textos específicos: - Interpreta textos líricos, deste conteúdo, o
de um texto lírico; 9.1.1. Texto lírico tendo em conta as suas professor deverá
- Caracterizar o mundo lírico • Caracterização características; dar maior enfoque
– o mundo do eu do poeta estrutural; • - Caracteriza o mundo lírico – o ao funcionamento
face às suas emoções; Caracterização mundo do eu do poeta face às suas da língua com vista
temática; emoções e do mistério da vida. 2
- Identificar a oralidade como a racionalização do
sendo a forma mais corrente da • Tipo de linguagem. - Identifica a oralidade como sendo Tempos
tempo.
9.2. Funcionamento da a forma mais corrente da
comunicação e da transmissão Sugere-se ainda
Língua comunicação e da transmissão da
da obra literária nas Figuras de pensamento. que o professor
civilizações do passado; obra literária nas civilizações do oriente a leitura e
- Analisar os processos passado. compreensão de
estilísticos presentes nos textos - Interpreta os processos estilísticos um texto
líricos. presentes nos textos líricos. específico em casa
- Produzir textos líricos. - Produz textos líricos. e faça posterior
sistematização na
sala de aula.

Sugestões de Actividades

Leitura dos textos: :“As Águas”, de Onésimo Silveira; “Sia-Vuma”, de José Craveirinha; “Cristalizações”, de
Cesário Verde; “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias; “Viagem”, de Ana Paula Tavares; “Canto obscuro às
raízes”, de Conceição Lima; “E não te chamas Cristo”, de Tony Tcheka.

Leitura integral e orientada da obra “Kikia Matcho”, de Filinto de


Barros

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Interpretação do texto lírico;

- Identificação das características do texto lírico, a partir do


texto em estudo;
- Caracterização do mundo lírico – o mundo do eu do poeta em
face das suas emoções;
- Levantamento e análise dos processos estilísticos presentes
nos textos líricos.
 Paralelismo;
 Refrão;
 Interpelações.

Indicadores de desempenho

- Identifica o texto lírico tendo em conta as suas


características;

- Caracteriza o estado de espírito do sujeito


poético;

- Interpreta os processos estilísticos presentes no


texto lírico;

- Produz/reproduz um texto lírico.

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UNIDADE TEMÁTICA 10- TEXTO DE PESQUISA DE DADOS

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÕES CARGA


O ALUNO: HORÁRIA
- Ler textos de pesquisa de 10. Texto de Pesquisa de dados
dados; 10.1. Textos específicos: - Lê textos de pesquisa Para que se possa
- Interpretar os textos de de dados;
pesquisa de dados; Inquérito leccionar este conteúdo
- Analisar os textos de pesquisa Organização do texto: - Interpreta os textos de em menos tempo, o
de dados atendendo: Tipo de linguagem pesquisa de dados; professor orienta a
 a organização; - Analisa os textos leitura de um texto
 o tipo de linguagem; de pesquisa de específico em casa e faça
- Elaborar textos de pesquisa dados atendendo: a posterior na sala de 2 Tempos
de dados sobre temas de seu  a organização; aula a correcção e
interesse;  o tipo de sistematização.
- Delimita o assunto/tema a linguagem.
investigar - Elabora textos de
- Definir os objectivos da pesquisa de dados
produção do texto de sobre temas de seu
pesquisa de dados. interesse;
- Define os objectivos
da produção do
texto de pesquisa de
dados.

Sugestões de Actividades
Leitura e interpretação de inquéritos;
Análise de inquéritos nos seguintes aspectos:
- Organização do texto:
 Delimitação do assunto;

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 Objectividade e pertinência;
 Sequência lógica de perguntas.
 Conclusão.
- Tipo de linguagem
 Linguagem: objectiva, clara e precisa;
 A frase interrogativa;
 A frase integrante;
 O discurso directo.

Indicadores de desempenho
- Identifica a estrutura do inquérito;
- Delimita o assunto/tema a investigar;
- Elabora um inquérito;
- Recolhe informações, a partir de inquéritos, na comunidade;
- Sistematiza os dados do inquérito;
- Redige um relatório com base nos resultados do inquérito.

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UNIDADETEMÁTICA 11: TEXTOS NORMATIVOS

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÕES CARGA


O ALUNO: HORÁRIA

- Interpretar os Artigos 1 a 79 da 11. Textos Normativos


Lei nº 19/2002, de 10 de 11.1. Texto específico: - Identifica os órgãos
Outubro; autárquicos;
11.2. Lei eleitoral:
- Reconhecer os órgãos - Assume o acto de votar como
Lei nº 19/2002 de 10 de
autárquicos; direito e dever cívico; Na abordagem deste 2
Outubro CAPÍTULOS I a V
- Distinguir cidadãos com Art 1 a 79 tipo de texto, o Tempos
- Identifica cidadãos que podem
capacidade eleitoral activa dos enfoque deverá ser
11.3. Funcionamento da língua votar, os que não podem votar,
com capacidade eleitoral dada à derivação
os que podem ser eleitos e os
passiva; - Formação de palavras: que não podem ser eleitos; irregular.
derivações irregulares
- Reconhecer a importância do - Interpreta os pressupostos
voto num estado básicos do voto:
democrático;
 Pessoalidade
- Indicar as características básicas
 Presencialidade
do voto;
 Unicidade
- Descrever a função da polícia,
segundo a Constituição da  Confidencialidade
República de Moçambique. - Indica os requisitos de exercício
do direito de voto.

Sugestões metodológicas
- Leitura e interpretação dos Artigos 1 a 79 da Lei 19/2002, de 10 de Outubro;
- Identificação do assunto principal tratado na respectiva Lei 19/2002, de 10 de Outubro;
- Consulta, no glossário, o significado dos termos utilizados na Lei em análise:

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 Órgãos autárquicos;
 Capacidade eleitoral activa;
 Capacidade eleitoral passiva;
 Boletim de voto;
 Assembleia de voto;
 Mesa da assembleia de voto;
 Presidente da mesa da assembleia de voto.
Indicadores de desempenho
- Explica como são eleitos os presidentes dos conselhos e assembleias locais;
Identifica cidadãos:
 Eleitores;
 Não eleitores;
 Elegíveis;
 Inelegíveis;
- Explica o valor do voto;
- Descreve uma assembleia de voto;
- Define a autoridade, privacidade, responsabilidade e justiça.

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UNIDADE TEMÁTICA 12 - TEXTOS LITERÁRIOS

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÕES CARGA


O ALUNO: HORÁRIA
- Identificar o modo dramático; 12. Textos Literários
- Analisar textos dramáticos 12.1. Textos específicos: - Identifica o modo dramático;
e localizar as acções no tempo e 12.1.1. Texto Dramático - Analisa textos dramáticos e
no espaço; localiza as acções no tempo e no
- O Teatro contemporâneo
- Distinguir rituais dos textos em Moçambique. espaço;
dramáticos; - Distingue rituais dos textos
- O ritual na gênese do
- Diferenciar as características modo dramático: Nyao, dramáticos;
linguísticas dos textos Mapico; - Identifica as características
dramáticos moçambicanos linguísticas de textos dramáticos
dos outros não - Caracterização do modo
dramático. moçambicanos;
moçambicanos; 4
- Identifica personagens e acções
- Identificar personagens e nos textos estudados; Tempos
acções nos textos estudados; 12.2. Funcionamento da
Língua - Identifica as figuras de sintaxe
- Identificar os diferentes usadas no texto;
estádios da língua - Figuras de sintaxe (elipse,
representados pelos pleonasmo, anáfora, - Identifica os diferentes estágios
hipérbato e assíndeto). da língua representados pelos
diferentes textos;
diferentes textos;
- Reconhecer as figuras de
sintaxe patentes no texto. - Identifica as figuras de sintaxe.

Sugestões metodológicas
Leitura integral e orientada dos textos:“Corte Geral”, de Carlos Lopes e “Mestre Tamoda”, de Uanhenga Xitu.

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Leitura e análise do texto dramático:
- Caracterização do modo dramático no que diz respeito a:
 Personagens;
 Acções;
 Linguagem: o efeito cômico
- Tipo de linguagem:
 Arcaísmos, neologismos, efeito cómico
 Níveis de língua
- Levantamento das personagens e das acções dos textos dramáticos;
- Estatuto social da personagem;
- Personagem-tipo.

Indicadores de desempenho
- Interpreta textos dramáticos;
- Identifica as personagens e as acções nos textos estudados;
- Distingue as características linguísticas dos textos dramáticos
moçambicanos dos outros não moçambicanos;
- Identifica as figuras de sintaxe.

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2. INGLÊS
SUBJECT: ENGLISH GRADE 12 14 WEEKS

WE EK UNIT LEARNING OBJECTIVES BASIC COMPETENCIES


Students will… CONTENTS H
1 Business - Talk about culture and good 2
and manners in business; Types of Students will be able to:
Etiquette - Talk about the importance of business - List/Name and explain good
etiquette in business promotion. Business and manners in business;
etiquette - Explain the advantages of good
Polite manners in business promotion;
language
2 Business - Discuss principles and Telephones, E-mails 2
and procedures in doing and letters - Describe Mozambican etiquette;
Etiquette business; Ethical attitudes
- Talk about the importance of - Explain the importance language
principles in doing business; in business.
- Talk about different ways
people do business.
3 Business - Discuss and practice ways of Written Presentations 2
And making effective (What companies and
Communica presentations; business can offer)
tion - Analyze and write business Business reports
reports;
- Talk about the use of visual aids
to make business presentations;
- Review simple past and present
perfect.

20
4 Taxes - Talk about taxes in the Types of taxes - Name and describe kind of 2
development of the country; Importance of paying income taxes in Mozambique;
- Discuss how taxes can change taxes for development - Explain how taxes can improve
the living standard of their of the country the living standards of their
communities; communities;
- Talk about taxes and - Name and explain the
evasion in the country; problems/impediments the taxes
- Discuss taxes in small and evasion brings to the country;
big business in their - Describe penalties incurred for
communities. tax evasion.

5 Health -Flu - Discuss ways to prevent common HIV/AIDS - Name the common viral diseases 2
diseases in their communities; Other viral diseases in their communities;
- Discuss HIV/AIDS; - Describe the symptoms of the
- Discuss treatment and cure of common diseases in their
common and viral diseases. communities;
- Name and explain ways to
prevent common diseases in the
communities;
- Describe the treatment and cure
of common diseases in their
communities.
6 Self- - Talk about local business Small hold fish - Name the local business 2
Employ activities; farming Keeping initiatives;
ment - Talk about entrepreneurship business records - Design and describe small
in their communities; Contribution of business projects for the
development of their
- Talk about the contribution of self-employment communities;
self- employment in the for economic - Illustrate the role of self
economic development of the development of employment in the socioeconomic
country. a country; development of the country.

21
7 Literature - Talk about modern African Fiction and non-fiction - Name Modern African writers; 2
writers; novels and short stories - List and explain the titles and
- Talk about Mozambican writers; Profiles of books of Modern African
- Discuss Mozambican literature some leading Writers;
(Books/ chapters) written by Mozambican - Identify and describe the main
Mozambican writers. writers characters in a story;
- Distinguish between fiction and
factual.

8 Law - Discuss sources of conflicts; Conflict: Source, - Name common sources of 2


- Discuss ways to prevent Prevention and conflicts;
conflicts; resolution - Describe ways of
- Discuss ways of resolving Human rights. preventing or resolving
conflicts; Mozambique legal system conflicts;
- Discuss the role of - Explain the importance
rehabilitation programs in of dialogue in conflict
the country. resolution

9 Drugs - Talk about drugs addiction in Helpfu - Name and explain the 2
young people; l drugs negatives effects of drug
- Describe the effects of different Harmf abuse in the society;
drugs such as cigarettes, alcohol, ul - Describe the past and current
marijuana, etc.; drugs situation of drug abuse in
- Discuss how to help or get help in Crime prevention their school and community;
case of drug addiction ; - Name ways to prevent drug
- Discuss the effects of drugs on the addiction in adolescents;
local economy. - Debate how to avoid or reduce
drug abuse at school.

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10 Unit 12: - Discuss different beliefs in Main religions in - Correlate beliefs with the truth; 2
Religions modern religion; the world Respect - Describe existing religions in
- Discuss relationship between beliefs and tolerance their communities;
and Belief - Describe African/traditional
and the truth; among religions
- Talk about existing religions in the Main teaching of the main religious practices in their
world and country; religions The school communities;
- Discuss the importance of respect and subject and fields of study - Explain the importance of
Peace co-existence between different tolerance and co- existence
cultures, religions and beliefs. between the various religious
groups.
11 Unit 13: - Discuss challenges to face after School subject and - Correlate the courses to their real 2
Life After school; field of the study survival situation;
School - Discuss the relationship between Self-employment - Explain how their knowledge
the courses and situations in the can improve the living standard
field; Discuss different initiatives of the community;
to earn their living in the - Design and present project for
independent world. local development;
- Describe the skills and attitudes
necessary for successful further
studies and employment or self
employment;
- Write CV and letter of
application.

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12 Unit 14: News - Discuss the National and world National and world news - Compare broadcast (TV, 2
news; Current issues in the Radio) and the written news
- Talk about the current issues in communities’ national (Newspaper, Magazine…);
their communities; Media (Newspaper, Radio - Compile and report the main
- Talk about the national Media and Television) current issues in their
(Newspaper, Radio and ICT communities;
Television…); Internet - Describe the main role of the
- Talk about press freedom in the Media in their communities;
world and in the country. - List the advantages of press
freedom in the world;
- Distinguish facts from opinions;
- Read and summarize news
items.
13 Unit 15: Life - Discuss Science and Technology Science and technology - Describe the current and future 2
in 2025 development indifferent fields; development indifferent trends of climate changes;
- Speculate about future climate fields; Medicine - Correlate the current climate
changes in the world; E conomy Culture changes with the future of
- Discuss the future of fuel as Politics agriculture, wildlife…;
source of energy; - Identify and explain the effects
- Talk about the cure for the of pollution in the world;
currently - Describe the big changes in
- incurable diseases (HIV, cancer science and technology in the
…). two last decade;
14 Unit 15: Life - Speculate how Mozambique will Mozambique will be the 2
- Identify and explain alternatives
in 2025 be the future in terms of politics, future in terms of politics, for future source of energy in the
economy, economy, culture and country/community.
- Culture and physical appearance. physical appearance

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3. FRANCÊS
DISCIPLINA DE FRANCÊS 12ª CLASSE 14 SEMANAS

UNIDADE TEMÁTICA: LA COMMUNAUTE (Révisions)


COMPETÊNCIAS OBS. CARGA
SEMANA OBJECTIVOS CONTEÚDOS
O ALUNO: HORÁRIA
Les lieux publics de la communauté : Hôpital,
 Lit et interprète un plan
marché…
Lire et interpréter d’une ville
1 Expression pour localiser: à côté de, à droite 2
le plan d’une ville Utilise les expression S’appuyer
de, à gauche de, au bout de, devant, après, en
adéquates pour localiser un sur la carte
face de…
lieu d’une ville
Les expressions pour demander un chemin: Demande et indique un
comment aller à…, je cherche…, pouvez-vous chemin
m’indiquer le chemin pour…
Les expressions pour indiquer un chemin:
suivez tout droit, tournez à droite/ à gauche, Aborde et remercie
Demander et continuez, traversez,… quelqu’un avec de la
2 indiquer le Les expressions de politesse: s’il vous plait, je politesse 1
chemin vous en prie,. Remerciement: merci,
Prise de congé : au revoir, à la prochaine, à
bientôt…
Verbes : Chercher S’appuyer
Les articles contractés: de + article défini. Distingue le verbe savoir sur la carte
Distinguer les verbes savoir et connaître. et connaitre d’une ville

25
Les moyens de transports : voiture, bus, taxi… Identifie les transports
dans sa communauté
Compare les moyens
Identifier et Les types de transport : routier, ferré, air… de transport de sa
2 comparer les communauté et d’autres
1
(continuação) moyens de Les prépositions à et en : en avion, en taxi, à pays Tenir compte
transport moto, à vélo,… Etablit une relation les moyens
Verbe : prendre, aller, avoir besoin de,.… entre les moyens de de transport
transport et voies de dans sa
Les transports au Mozambique et en France . circulation. communauté
La structure d’une lettre d’invitation Rédige une invitation
Formelle et informelle et indique l’itinéraire
Prévoir une
Rédiger et (Accepter une invitation et Refuser poliment une Répond à une lettre
répondre à une invitation) invitation acceptation
lettre d’invitation Remercie une d’invitation
invitation et une lettre
Refuse poliment en se pour refuser
justifiant une invitation une invitation
3 2
Expression pour demander l’heure: quelle
heure est-il ?, il est quelle heure,..
Expression pour dire l’heure : il est…
L’heure officielle : Il est treize heures trente-
Demander et dire Lit l’heure, demande
cinq. (13h 35)
l’heure et indique l’heure.
L’heure courante : Il est deux heures moins
vingt-cinq. (01h 35)
Expression pour exprimer le moment passé
présent et futur

26
UNIDADE TEMÁTICA: NOUS ET L’ENVIRONNEMENT
COMPETÊNCIAS CARGA
SEMANA OBJECTIVOS CONTEÚDOS OBS.
O ALUNO: HORÁRIA
Le temps qu’il fait : il fait beau, il fait mauvais,
 Indique le temps qu’il
il fait jour…
fait
Décrire le temps Les saisons de l’année : l’hiver, le printemps,
4  Caractérise les saisons 2
qu’il fait l’été, l’automne.
de l’année
La préposition « en » + saison (en hiver) et
 Identifie les saison de
« au » + mois (au mois de janvier)
l’année
Lire et Lire et comprendre un bulletin météo Lit et comprends un
5 comprendre un Le futur simple : faire (il fera…), futur proche bulletin météo 2
bulletin météo (il va faire…)
Produit un bulletin Insister sur la
Produire et météo distinction
Production et présentation d’un bulletin météo
6 présenter un Présente un bulletin entre le futur 2
(écrit et oral)
bulletin météo météo simple et
proche
Raconte des évènements Insister sur la
Les évènements passés
Raconter des passés discriminatio
7 2
évènements passés Emploie le passé n entre le son
Le passé composé et l’imparfait
composé et l’imparfait [e] et [ɛ]
Les catastrophes naturelles : l’orage, la crue, Identifie les catastrophes
les inondations, l’incendie, le cyclone érosion le naturelles
Identifier les
tremblement de terre …
8 catastrophes 2
L’expression de cause et conséquence : parce Produit un texte simple
naturelles
que, car, comme, à cause de, grâce à donc, alors, sur les catastrophes
ainsi, …. naturelles
Identifier les Présente les précautions
Précaution à prendre lors des catastrophes
9 catastrophes à prendre en cas de 2
naturelle
naturelles catastrophes naturelle

27
Lit et interprète des
textes narratifs
Le texte narratif : Interprétation des textes Distingue les parties
narratifs, distinction des parties qui le d’un texte narratif :
Interpréter des
10 composent. introduction 2
textes narratifs
développement et Observer la
Les discours direct et indirect conclusion concordance
Distingue les discours des temps
direct et indirect verbaux

UNIDADE TEMÁTICA: LE CORPS HUMAIN LA SANTE ET L’HIGIENE


COMPETÊNCIAS CARGA
SEMANA OBJECTIVOS CONTEÚDOS OBS.
O ALUNO: HORÁRIA
Les parties du corps: la tête, le tronc et les
Identifier les membres (la tête, le buste, le dos, la nuque, le Identifie les parties du
parties du corps front, le visage, les épaules, le doigt, les ongles, corps
la bouche, l’œil/ les yeux, l’oreille, le nez, les
11 cheveux, le cil, le sourcil, le menton, la dent, la 2
Décrire les langue)
organes du sens et Les organes du sens et leurs fonctions : l’ouïe,
leurs fonctions la vue, l’odorat, la touche, le goût Décrit les organes du
Exercices sens et leurs fonctions
la santé collective: Les maladies dues au Adopte des règles de
Conseiller
manque de l’hygiène collective et personnelle base de l’hygiène et santé
quelqu’un sur les
la prévention des maladies (égout, faire le publique
règles d’hygiène
ménage, bouillir l’eau, hôpital, médecin, être Produit des affiches sur
12 2
malade…) la santé publique
Identifier les
L’hygiène : objets et produits d’hygiène Produit des petits textes
objets et produits
personnelle (le savon, la savonnette, la serviette sur les soins de santé et de
d’hygiène
de bains, le dentifrice…) l’hygiène
28
Identifier les Produit des affiches sur
Les verbes : nettoyer, se baigner, laver, repasser,
maladies due au brosser, se brosser, se raser, se maquiller les préventions de
manque de Les quantificateurs : beaucoup de, trop de, maladies
l’hygiène assez de, un peu de,…. Indique les objets et
L’impératif. produits d’hygiène
utilisés dans la vie de tous
les jours
Identifie et prends soins
des maladies due au
manque d’hygiène
personnelle.
Les vêtements: un pantalon (un jean), une mini- Identifie les différents
jupes une chemise,… types de vêtements et
Identifier et
Accessoires : une ceinture, une cravate… accessoires
décrire les
les couleurs (jaune, orange, bleu, blanc…) Distingue les différentes
13 différents types 2
les pronoms démonstratifs (celui-ci, celui-là, couleurs
vêtements et
ceux-ci, ceux-là) Emploie correctement
accessoires.
Les verbes : acheter, payer, choisir, nettoyer, les adjectifs démonstratifs
laver, se baigner

29
UNIDADE TEMÁTICA: LOISIRS ET DIVERTISSEMENTS
COMPETÊNCIAS CARGA
SEMANA OBJECTIVOS CONTEÚDOS OBS.
O ALUNO: HORÁRIA
Identifier les Loisir : Les activités de loisirs et de
Identifie et décrit les
principales divertissements des jeunes au Mozambique et
principales activités de
activités de loisirs d´autres pays.
loisirs et de
et de Le verbe – passer son temps à + infinitif
divertissements des
14 divertissements. Demander et donner des infos au sujet de 2
jeunes mozambicains et
Proposer, programmes de loisir : le sport, la musique, le
d’autres pays
accepter, insister théâtre et la télévision au Mozambique.
Propose, accepte,
et refuser une Les actes de paroles : proposer, accepter,
insiste et refuse une
activité. insister et refuser une activité de loisir.
activité de loisir

30
4. HISTÓRIA

DISCIPLINA DE HISTÓRIA 12ª CLASSE 14 SEMANAS

OBJECTIVOS COMPETÊNCIAS CARGA


CONTEÚDOS OBSERVAÇÕES
ESPECÍFICOS O ALUNO: HORÁRIA

Revisão
Unidade 1:
Periodização da História de Moçambique 4
Unidade 2:
Moçambique: Da comunidade primitiva ao
surgimento das primeiras sociedades de exploração

UNIDADE TEMÁTICA 3: OS ESTADOS DE MOÇAMBIQUE E A PENETRAÇÃO MERCANTIL ESTRANGEIRA


OBJECTIVOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÕES CARGA
ESPECÍFICOS HORÁRIA
O ALUNO:
3. Abordagem teórica sobre a origem do Estado: A abordagem da
- Explicar o processo
- surgimento da diferenciação social; penetração mercantil
do surgimento do
- algumas teorias sobre a origem do Estado; estrangeira deverá
Estado;
- concepção marxista; - Distingue as diferentes incidir sobre os
- Descrever algumas - a concepção liberal; aspectos económicos,
concepções de origem
teorias sobre a origem - a concepção totalitária. culturais linguísticos
do Estado;
do Estado; 3.1. Os Estados moçambicanos e a penetração que têm alguma
- Faz resumos
- Explicar o processo de mercantil estrangeira: sobre a penetração visibilidade nos nossos
formação dos Estados O Estado do Zimbabwe: mercantil estrangeira em dias.
Moçambicanos; - origem; Moçambique;
- actividades económicas; É importante que o
- Explicar o papel da - a organização político-social; - Pesquisa, selecciona e professor não se
31
ideologia nos Estados - a decadência. organiza informação detenha nos detalhes, 10
Moçambicanos; 3.2 O Estado dos Mwenemutapas: para transformar em destacando o impacto
- origem; conhecimento da penetração árabe e
- Caracterizar a forma de
- actividades económicas; mobilizável; da penetração
actuação do capital
- a organização político-administrativa; - Analisa o papel portuguesa.
mercantil em
- a estrutura sócio-económica; do capital mercantil Propõe-se uma
Moçambique;
- a ideologia. estrangeiro em abordagem genérica e
- Relacionar o processo 3.3. A penetração árabe-persa: Moçambique, tomando em bloco das diversas
de desenvolvimento dos - os factores da penetração: geográficos, técnicos um posicionamento fases do comércio
Estados Moçambicanos e económicos; crítico; (ouro, marfim e
com a actuação do - os contactos ao longo da costa e suas Elabora mapas escravos).
capital mercantil; repercussões; mostrando a localização
- Explicar a importância - as marcas da presença árabe nos nossos dias. espacial dos Estados;
do capital mercantil 3.4. A penetração mercantil europeia
para o reforço da classe - factores económicos, sociais e religiosos da
dominante; penetração europeia;
- a presença portuguesa e o Estado dos Os prazos deverão ser
- Explicar a importância - Mwenemutapa (1505/1693): vistos como
do capital mercantil - as lutas entre portugueses e árabes; consequência política
para a desestruturação - os acordos de 1607 e 1629: suas repercussões. da penetração europeia
dos Estados e não como um novo
moçambicanos; 3.5 A decadência do Estado dos Mwenemutapas: tema.
- Caracterizar as diversas - os conflitos inter-dinásticos na sociedade
etapas da penetração Shona;
mercantil em - o papel do capital mercantil no
Moçambique; Mwenemutapa;
- a revolta de Changamire Dombo (1693);
- Diferenciar a actuação - As consequências do Ciclo do Ouro.
do capital mercantil
árabe-persa da europeia; 3.6 A presença portuguesa e o Estado Marave (1693-
- Explicar o surgimento 1750)
das novas unidades - o papel do capital mercantil nos Estados Para este tema, o
políticas em Marave; professor deve fazer

32
Moçambique; - a decadência dos Estados Marave; uma breve
- Considerar a escravatura 3.7 O comércio do marfim e a expansão colonial: contextualização dos
- as principais zonas do comércio do marfim Estados de
como um crime contra a
- os principais intervenientes; Moçambique no século
Humanidade;
- a Companhia dos Mazanes: seu papel; XIX, destacando os
- Analisar o impacto da - a separação de Moçambique de Goa (1752): Estados Militares do
penetração mercantil sua importância; Vale do Zambeze e o
Europeia (portuguesa) - a macuana. Estado de Gaza, ficando
para os Estados os restantes Estados
Africanos; 3.8 O Ciclo dos Escravos (1750/60- 1836/ século para estudo individual
- Explicar a importância XX) orientado pelo
do capital mercantil - Aspectos gerais o início do tráfico de professor.
para o reforço da escravos em Moçambique;
aristocracia dominante; - Locais de recrutamento;
- Destino dos escravos;
- Explicar as teorias da - Impacto do tráfico de escravos para as
resistência africana; sociedades moçambicanas.
- Explicar o papel
desempenhado pela 3.9 Os Estados de Moçambique no século XIX:
economia de tráfico até os Estados Militares do Vale do Zambeze
à fase imperialista; - Formação;
- base económica;
- Explicar o papel - estrutura social e aparato ideológico;
específico de Portugal - decadência.
na penetração
imperialista em 3.10 O Estado de Gaza
Moçambique. - o Mfecane e o estado de Gaza;
- formação;
- base económica;
- estrutura social e aparato ideológico;
- decadência.

33
Sugestões metodológicas

Nesta unidade sugere-se que se explorem as competências que os alunos possuem de classes anteriores sobre o processo do surgimento do Estado,
destacando o papel do excedente que, ao ser apropriado pelas classes dirigentes, contribuiu para o surgimento da diferenciação social.

Em relação aos primeiros Estados Moçambicanos, sugere-se que se elabore tabelas-resumo, destacando os seguintes aspectos:

i) Estado;

ii) Ano de fundação;

iii) Organização político-administrativa;

iv) Classes Sociais;

v) Formas de exploração económica;

vi) Fontes económicas do poder dos chefes;

vii) Decadência

Ao caracterizar a forma de actuação do capital mercantil estrangeiro em Moçambique, sugere-se que se diferencie a actuação do capital árabe-
persa do europeu, pois enquanto o primeiro preocupava-se fundamentalmente com a actividade comercial, mantendo boas relações com os Estados
Moçambicanos, o segundo preocupava-se em controlar todos os domínios, penetrando até na esfera ideológica.

Ao destacar os ciclos do ouro, do marfim e dos escravos, chama-se atenção para o ciclo do ouro que começa com a chegada dos árabes – persas e
prolonga-se com a chegada dos europeus.

Sugere-se que se explore o papel da religião africana nos Estados moçambicanos, pois a legitimidade do chefe só é reconhecida se passar por
cerimónias mágico - religiosas. Ainda sobre o capital mercantil, o professor deverá promover debate com seus alunos o papel do mesmo no reforço
do poder da classe dominante e na desestruturação das sociedades moçambicanas.

34
Ao abordar os Estados de Moçambique no século XIX, é importante destacar o envolvimento dos Estados militares do vale do Zambeze, Ajaua e
Afro-Isâmicos no tráfico de escravos, fazendo referência ao impacto deste facto tanto no florescimento como na decadência dos mesmos.

Sobre o comércio de escravos, deve-se enfatizar que o mesmo é considerado actualmente um crime contra a Humanidade, procurando com seus
alunos exemplos de escravatura dos tempos modernos, contribuindo, assim, para desenvolver uma atitude de repulsa contra todas as formas de
escravatura.

Nesta Unidade Temática o conteúdo sobre a escravatura está relacionado com o tema transversal Cultura de Paz, direitos humanos e democracia,
os alunos podem fazer trabalhos de pesquisa sobre impacto económico, social e cultural da escravatura em Moçambique, destacando a violação
dos direitos humanos e suas consequências.

No que respeita ao Estado de Gaza, sugere-se que se destaque o papel do M’fecane na formação do mesmo. Ao terminar a unidade, sugere-se que
oriente os seus alunos a elaborar um resumo sobre o impacto da penetração mercantil estrangeira, destacando as fases do ouro, marfim e escravos.

Sugere-se que se trabalhe os seguintes conceitos: Excedente; Estado; Classes Sociais; Capital mercantil; Ideologia.

Indicadores de desempenho

-Localiza no mapa os Estados de Moçambique entre os séculos XV e XIX;

-Explica o processo de formação e declínio dos diferentes estados;

-Explica a importância do comércio de ouro e de marfim no desenvolvimento dos Estados de Moçambique;

-Caracteriza as relações entre os europeus e os povos de Moçambique no âmbito da penetração mercantil estrangeira;

-Descreve o impacto dos escravos nas formações políticas moçambicanas.

35
Bibliografia básica:

SERRA, Carlos (ed). História de Moçambique, Vol.1, Maputo, Livraria Universitária,2000.

SOUTO, Amélia Neves de. Guia Bibliográfico para o estudante de História de Moçambique, Maputo

36
UNIDADE TEMÁTICA 4: O PERÍODO DA DOMINAÇÃO COLONIAL EM MOÇAMBIQUE E O MOVIMENTO DE
LIBERTAÇÃO NACIONAL

OBJECTIVOS COMPETÊNCIAS CARGA


CONTEÚDOS OBSERVAÇÕES
ESPECÍFICOS O ALUNO: HORÁRIA
- Explicar o papel específico de 4.1. O papel específico de Portugal - Analisa o Sugere-se que conteúdos
Portugal na penetração na penetração imperialista em - colonialismo como introdutórios como as
imperialista em Moçambique; Moçambique uma violação dos teorias de resistência, a
direitos humanos; caracterização geral da
- Explicar o processo de 4.2. A corrida imperialista e a
exploração colonial em
delimitação das fronteiras delimitação das fronteiras - Analisa o papel Moçambique, a
moçambicanas; de Moçambique específico de montagem do Estado
- As campanhas militares e a ocupação Portugal na colonial devem ser
de Moçambique; penetração abordados em aulas
- Caracterizar a actuação do imperialista.
colonialismo português em - A delimitação das fronteiras presenciais.
Moçambique, no âmbito moçambicanas. Os conteúdos abordados
económico, político e social; em outras classes como a
4.3. As
resistências no norte, centro e sul de II corrida a África, os 12
Moçambique prazos sejam abordados
por via de trabalho
individual seguido de
correcção nas aulas
presenciais.

As acções de conquista
nas diferentes regiões do
país bem como o estudo
das companhias podem
igualmente privilegiar a
conjugação de actividades
realizadas

37
OBJECTIVOS COMPETÊNCIAS CARGA
CONTEÚDOS OBSERVAÇÕES
ESPECÍFICOS O ALUNO: HORÁRIA
4.4. A montagem do Estado colonial individualmente seguidas
de correcção na sala de
Analisar a natureza do duplo 4.5. A Economia colonial aulas.
poder: Estado
colonial/Companhias; - características gerais. A luta anticolonial é um
4.6 O Centro e a Companhia de Moçambique tema abordado nas
Caracterizar a economia
- A origem da Companhia de classes anteriores por isso
colonial em Mocambique
Moçambique; sugere-se que se faça uma
abordagem baseada em
- O sistema tributário: o mussoco e o
trabalhos individuais,
imposto de palhota;
mas devidamente
- Explicar o papel das - A política concessionária; acompanhados pelo
companhias no contexto da professor.
- A política laboral.
Economia Colonial;
5. O sul e o trabalho migratório
-
- A situação política e económica do sul do
Caracterizar a economia Save em 1880
colonial em Moçambique; -Os acordos sobre o trabalho: 1867;
1897,1901, 1909 e 1928
-a entrada do sul do Save a economia -
mundo
- Caracterizar as formas de - as vias de comunicação
- exploração de força de 5.1. A política social
trabalho moçambicana
 a estrutura social;
nas plantações e minas da
África do Sul;  a emergência do proletariado urbano;
 a luta do proletariado urbano;

38
I Guerra Mundial e a crise Analisa a
económica e social da década de 20. Ao abordar o colonialismo
dependência de
5.2. As primeiras formações nacionalistas
entre 1930 - 1960, o
Moçambique colonial ao
professor deve focalizar
 diferença entre o nacionalismo capital estrangeiro não
nos principais aspectos que
europeu e africano português;
distinguem este período do
- Caracterizar as primeiras  o papel das associações: o Grémio Usa correctamente o anterior (1890 - 1930).
manifestações nacionalistas; Africano; a Liga Africana; a vocabulário histórico Recomenda-se, também,
Associação Africana de para expressar as suas que o professor faça
- Moçambique ideais. menção, sem detalhar, ao
-  o papel da imprensa nacionalismo económico de
Salazar, (formação dos
 as manifestações literárias e artísticas colonatos, redução do
poder das companhias ,
centralização
administrativa, planos
fomentos, aumento da
exploração, trabalho
5.3. O período do colonialismo português, a forçado).
partir de 1930
5.4. A Conjuntura política e económica e os
marcos de viragem
- o nacionalismo económico de Salazar:
- Caracterizar o nacionalismo características gerais
económico de Salazar;
- o Acto Colonial e a Carta Orgânica do
-; Império colonial Português
- - a Crise de 1929 e suas repercussões em
Moçambique
- o capital comercial no quadro da
agricultura forçada: o caso do
algodão, arroz e chá
- a continuação da exportação mão-
39
de-obra e da dependência em
relação ao capital estrangeiro
5.5. A política social: a crescente importância
da colonização mental
- o papel das missões católicas
- a natureza do ensino
5.6. Alterações na política colonial
- o crescimento da população colona
- os colonatos
- os planos de fomento: primeiro Diferencia o
plano (1953-1958); segundo nacionalismo
- Descrever o desenrolar da
plano (1959-1964), moçambicano do
Luta Armada de Libertação
5.7. O nacionalismo moçambicano europeu.
Nacional.
- os factores do nacionalismo Identifica as diferentes
moçambicano; fases da luta pela
independência.
- o papel das Associações e movimentos
- Explicar o surgimento dos estudantis:
movimentos nacionalistas; - a Associação dos Naturais de
- Caracterizar a luta anti- Moçambique;
colonial; - o Movimento do Jovens Democratas
Moçambicanos (MJDM);
- o Núcleo dos Estudantes
-Destacar o papel de
Secundários de Moçambique
Eduardo
(NESAM);
Mondlane na fusão das três
- o papel da Casa dos Estudantes do
formações políticas e
Império e o Centro de Estudos
fundação da FRELIMO
Africanos.
5.8. A luta anti-colonial
- Caracterizar a crise do - a resistência no campo;
colonialismo.
40
- a formação das primeiras
organizações nacionalistas:
 Convenção do Povo de Moçambique;
 União Nacional para Moçambique
(MANU);
 União Democrática Nacional de
Moçambique (UDENAMO);
 União Nacional Africana de
Moçambique Independente (UNAMI);
5.9. A fusão dos três movimentos e a
criação da Frente de Libertação de
Moçambique
6. O desencadeamento da Luta Armada de
Libertação Nacional.
6.1. A crise do Colonialismo português.
6.2 A Independência Nacional:
- A República Popular de Moçambique
As estratégias políticas, económicas e
Sociais, (interna e internacional).

41
Sugestões metodológicas

Ao abordar-se esta unidade, sugere-se que se faça uma ligação com os conteúdos abordados na 11ª Classe sobre os sistemas coloniais em África.

Ao tratar a partilha e a ocupação de África, sugere-se que se elabore mapas de África antes e depois da partilha para uma melhor compreensão da
ocupação efectiva deste continente. No que se refere a Moçambique, o professor deverá conduzir seus alunos a explicarem o processo de
delimitação das fronteiras moçambicanas, destacando o papel específico de Portugal na penetração imperialista. É importante referir que perante
a ocupação do seu território os moçambicanos resistiram, destacando o papel dos principais resistentes. A elaboração de tabelas sobre as
resistências no norte, centro e sul de Moçambique, contribuirá para sistematizar os conteúdos e a levantar o orgulho de pertença a uma nação.

Os dois períodos do colonialismo português (1890-1930; 1930-1962) devem ser bem destacados, mencionando os principais aspectos
característicos, enfatizando que com a subida de Salazar, as colónias passam efectivamente a servirem os interesses da burguesia metropolitana
portuguesa. O estudo de documentos como o Acto Colonial, o Acordo Missionário, a Concordata, entre outros ajudarão a compreender melhor a
actuação do colonial - fascismo e em particular, o Nacionalismo económico de Salazar.

Sugere-se também que trabalhe com seus alunos, as várias etapas do nacionalismo moçambicano, desde as primeiras formulações nacionalistas
até ao surgimento das primeiras organizações nacionalista.

Nesta unidade o professor poderá enquadrar os temas transversais ligados a identidade cultural e moçambicanidade para além do tema sobre o género
e equidade. Os alunos podem analisar informações recolhidas sobre o papel desempenhado pelos nacionalistas na luta contra o colonialismo.

O professor, poderá orientar os alunos a aprofundar os conhecimentos sobre a História da Frente de Libertação de Moçambique, destacando os seguintes
aspectos:

 A História dos três movimentos;


-União Nacional para Moçambique (MANU);

-União Democrática Nacional de Moçambique (UDENAMO);

-União Nacional Africana de Moçambique Independente (UNAMI).

42
 A criação de uma frente única – Frente de Libertação de Moçambique em Dar-es-Salaam/1962

Deverá trabalhar os seguintes conceitos: colonialismo, imperialismo, economia colonial, mussoco, proletariado, nacionalismo, nacionalismo
económico, luta de libertação e unidade nacional.

Indicadores de desempenho

- Elabora mapas localizando as companhias monopolistas;

-Avalia a actuação do colonialismo português no aspecto económico, político e social;

-Recolhe e sistematiza informação junto dos seus pais e encarregados de educação; autoridades locais e outras sobre o sistema opressor
colonial.

Bibliografia básica:

BOHAEN, A. Adu (ed). História Geral da África- A África sob dominação colonial,1880-1935,Vol. VII, Paris, UNESCO/Ática, 1991

MONDLANE, Eduardo Chivambo. Lutar por Moçambique. Maputo, Minerva Central,1995.

SERRA, Carlos (ed). História de Moçambique, Vol.1, Maputo, Livraria Universitária,2000.

SOUTO, Amélia Neves de. Guia Bibliográfico para o estudante de História de Moçambique, Maputo, UEM/CEA,1996.

43
UNIDADE 5: MOÇAMBIQUE DEPOIS DA INDEPENDÊNCIA

OBJECTIVOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÕES CARGA


ESPECÍFICOS O ALUNO: HORÁRIA

- Analisar as estratégias 7. As estratégias políticas, económicas e sociais (interna e


de desenvolvimento internacional):
depois da - PPI;
independência; - PEC;
- Explica o A luta anticolonial é
significado e a um tema abordado nas
- Caracterizar a política - PRE e PRES; importância classes anteriores, por
interna e externa de
- SADCC e SADC; da isso sugere-se que se
Moçambique depois da
- O Não Alinhamento; independência faça uma abordagem
Independência; nacional; baseada em trabalhos
- Analisar a importância - A Linha da Frente. individuais, mas
da resolução não 7.1. Guerra de desestabilização: 1976-1992 devidamente
violenta de conflitos; acompanhados pelo
- A conjuntura nacional, regional e internacional; 2
- Caracterizar as professor.
- Descrever os passos - As consequências políticas, sociais e económicas;
rumo à Reconciliação medidas
Nacional; Destacar a - A Constituição de 1990 e a adopção do tomadas para o
multipartidarismo; desenvolvime
importância dos
processos eleitorais e da - O Acordo Geral de Paz. nto sócio-
consolidação da 7.2. Os processos eleitorais em Moçambique: económico do
democracia em país.
Moçambique. - Legislativas;
- Presidenciais;
- Autárquicas e provinciais.

44
Sugestões metodológicas

Com esta unidade pretende-se dotar os alunos de conhecimentos sobre a História recente do país, particularmente dos processos do período pós-
independência.

Assim, mais do que o processo de ensino-aprendizagem na sala de aulas recomenda-se o recurso a exposições/palestras de convidados e visitas
a museus, bibliotecas e outros locais e centros de interesse histórico.

Nesta unidade o professor poderá enquadrar os temas transversais ligados a cultura de paz, direitos humanos e democracia; identidade cultural
e moçambicanidade para além do tema sobre o género e equidade ao analisar a orientação politica de Moçambique após – independência.

O professor poderá orientar os alunos para a leitura e interpretação da Constituição da República. Este trabalho poderá ser apresentado e debatido
em sala de aula. Este é um momento importante para se trabalhar a necessidade de se respeitar as diferenças raciais, sexo, religiosas, filiação
partidária e outras.

Em relação as eleições presidenciais, legislativas, autárquicas e provinciais o professor deverá orientar os alunos para a busca de informação que
caracteriza cada um destes momentos históricos desde o Acordo Geral de Paz assinado em 4 de Outubro de 1992, destacando a pertinência de
sua participação na vida do País.

Indicadores de desempenho

-Analisa as estratégias de desenvolvimento económico adoptadas por Moçambique no período pós-independência;

-Defende a importância da resolução pacífica dos conflitos;

-Discute a importância da manutenção dos processos democráticos.

Bibliografia

Nesta Unidade recomenda-se a leitura das seguintes obras:

45
 História de Moçambique Vol. II
 Coelho, João Paulo Borges: as fontes coloniais escritas no estudo da Luta Armada de Libertação Nacional: Sobre uma experiência de
investigação no Arquivo Histórico. in: Arquivo Maputo ( Moçambique) 1(1) : 53 – 39, Abril de 1987.
 Mondlane, Eduardo Chivambo – Movimento de Libertação de Moçambique, in: Arquivo Histórico: Maputo ( Moçambique), 5 : 5 – 13,
Abril de 1989.

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5. GEOGRAFIA
DISCIPLINA DE GEOGRAFIA 12ª CLASSE 14 SEMANAS

UNIDADE TEMÁTICA 1 - UNIDADE POPULAÇÃO (REVISÃO)

OBSERVAÇÃO
CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS CARGA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS AJUSTADOS O ALUNO: HORÁRIA

- Reconhecer a importância do estudo - Desenvolve o espírito de O professor deve


tolerância e cooperação e orientar os alunos para
da Geografia da População; realizarem trabalhos
habilidade de viver com os sobre:
- Caracterizar os factores que Crescimento efectivo e taxa outros; • Os movimentos
influenciam a distribuição espacial de crescimento efectivo populacionais;
- Realiza actividades que
da população; - Teorias; concorrem para a melhoria • Migrações;
- Analisar as principais variáveis – Evolução da População. da qualidade de vida e bem-
• Tipos de
demográficas; estar da população;
 Países desenvolvidos; migração;
- Interpretar os principais indicadores - Calcula taxas demográficas; • Causas das
 Países em vias de 8
demográficos; desenvolvimento - Constrói pirâmides etárias; migrações;
- Comparar a evolução da população Demográficas. - Relaciona as estruturas • Consequências
tendo em conta o nível de - Estrutura da população demográficas com o das migrações;
desenvolvimento sócio-económico;  Estrutura etária e desenvolvimento; • Saldo migratório;
socioeconómico dos países.
- Analisar a migração como fenómeno sexual da • Principais
demográfico; população. - Analisa as causas e problemas
consequências das demográficos
- Explicar as causas das migrações; migrações; relacionados com:
- Comparar taxas de crescimento

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efectivo de diferentes países do - Alimentação;
mundo; - Saúde e higiene;
- Explicar as consequências das - Habitação;
migrações. - Educação;
- Explica os principais - Emprego;
problemas demográficos; - Causas e
consequências;
- Relaciona o crescimento
- População e
populacional e o equilíbrio
ambiente;
ambiental.
- Importância da
relação população
Economia e
população ambiente.

Sugestões Metodológicas para a Unidade 1 - População

Nesta unidade é importante que o professor promova uma discussão sobre a importância de dados sobre a população apresentando exemplos
concretos de vários países, desenvolvidos e menos desenvolvidos. Na abordagem do tema Teorias demográficas, o aluno poderá fazer a
comparação das teorias e tirar as conclusões relativas ao aparecimento destas teorias e a mais exemplificativa para a explicação do crescimento
da população.
Um dos pressupostos para a compreensão do crescimento ou evolução populacional é a análise das variáveis demográficas (fecundidade,
natalidade mortalidade e os movimentos migratórios) e os factores que as influenciam. Assim, é importante explicar como é que estas variáveis
demográficas têm influenciado no crescimento da população. É necessário fazer a distinção entre o crescimento natural e o crescimento
efectivo.

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Ao abordar a evolução da população mundial é importante que o professor procure ajudar o aluno a ilustrar este fenómeno através de gráficos
ou dados estatísticos mais actualizados. Deve-se começar por uma análise da evolução no conjunto dos países do mundo e, em seguida, uma
análise tendo em conta o nível diferenciado dos países (países desenvolvidos e países em desenvolvimento). Por fim, explicar as tendências da
actualidade, problemas decorrentes e medidas a tomar. O professor pode partir do exemplo do próprio movimento pendular que o aluno
realiza, para identificar outros e definir o conceito de migração. Partindo da própria turma pode procurar saber a idade dos membros do
agregado familiar dos alunos, quantos homens, mulheres e esboçar uma possível pirâmide etária. Através de exemplos das profissões dos pais
e encarregados de educação, os alunos com ajuda do professor poderão identificar os sectores de actividade da população. Sendo Moçambique
um país propenso a desastres naturais como ciclones, cheias, sismos, e outros, é importante falar da necessidade de reduzir riscos que possam
afectar a população.
Aspectos relacionados com o género, devem ser tomados em conta. Por exemplo, na estrutura sectorial, mostrar aos alunos que não existem
actividades só para homens e outras só para mulheres, o que contribuirá para a diminuição dos complexos de inferioridade das raparigas e de
superioridade dos rapazes. Igualmente os temas relacionados com DTS’s e HIV/SIDA devem ser discutidos profundamente, mostrando que
este mal é responsável pelas elevadas taxas de mortalidade nos nossos dias; indicar os métodos de prevenção e a importância. Abordando a
problemática da gravidez precoce, o professor deve debater com os alunos as consequências da mesma (interrupção dos estudos, futuro
sombrio, entre outras) e das medidas preventivas contribuindo para desenvolver nos alunos atitudes positivas e responsáveis.

Indicadores de desempenho

• Explica a evolução da população;

• Identifica os factores que influenciam a distribuição espacial da população;

• Relaciona as variáveis demográficas com o crescimento populacional;

• Analisa as consequências das migrações tanto para o local de saída como para o local de chegada;

• Interpreta as teorias demográficas;

• Explica os principais problemas demográficos.

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UNIDADE TEMÁTICA 2 - AGRICULTURA E PECUÁRIA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIA OBSERVAÇÃO CARGA


O ALUNO: HORÁRIA

- Compara a agricultura e O professor deve elaborar


2.1. Agricultura –
pecuária dos diferentes textos de apoio e fichas de
- Relacionar a agricultura com a pecuária; Conceito exercícios para os alunos,
grupos de países;
- Explicar as diversas fases da evolução 2.2. Relação entre a - Explica o papel da tendo em conta os
conteúdos abaixo para
da agricultura e pecuária; agricultura e a agricultura e pecuária complementar e
pecuária no combate à pobreza e consolidar a unidade
- Explicar os factores que influenciam a temática.
2.3. Evolução da rumo ao
organização do espaço agrário; A realização dos
agricultura e desenvolvimento; exercícios deve ser
- Caracterizar a agricultura-pecuária dos pecuária - Reconhece a importância controlada pelo professor.
diferentes grupos de países. da prática da actividade Conteúdos:
2.4. Análise do espaço - Tipos de pecuária:
- Identificar os sistemas agrários; agrário agro-pecuária na  Pecuária intensiva
- Identificar os países de maior produção economia dos países;  Pecuária extensiva
- Elementos do espaço - Distribuição mundial
agrícola e pecuária à escala mundial; agrário dos principais produtos
- Propõe e divulga na agropecuários; 4
- Explicar a importância da actividade - Factores de comunidade soluções - Importância da
agro-pecuária; organização do para os problemas produção agro-
espaço agrário pecuária na economia
- Caracterizar os diferentes sistemas ambientais decorrentes dos países;
agrários;  Factores da actividade agro- - Problemas ambientais
físico-naturais pecuária; derivados das
- Diferenciar os tipos de pecuária; actividades agro-
- Identificar os principais problemas  Factores pecuários e suas
- Participa em campanhas consequências.
ambientais decorrentes da actividade sócio- .Sistemas agrários e
económicos de combate às
agro-pecuária e propor soluções para os níveis de
ou humanos queimadas desenvolvimento;
mesmos. descontroladas; - Agricultura
Tradicional das regiões
tropicais:

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2.6. Actividade pecuária - Valoriza a actividade
 Origem e
- Factores de agropecuária; localização
desenvolvimento e  Características
sua localização - Explica os problemas gerais
 Factores naturais  Agricultura
ambientais decorrentes Itinerante
 Factores da actividade  Agricultura
socioeconómicos agropecuária e propõe Sedentária de
sequeiro
medidas para solução;  Agricultura da Ásia
das Monções e
- Compara a agricultura e Oásis
pecuária dos diferentes  Agricultura
Moderna
grupos de países.  Origem e
localização
- Explica o papel da  Características
agricultura e pecuária no gerais
 Importância
combate à pobreza e
rumo ao
desenvolvimento;
Reconhece a
importância da prática
da actividade
agropecuária na
economia dos países.

Sugestões Metodológicas para Unidade Temática 2 - Agricultura e Pecuária

Neste capítulo são abordadas as bases para o desenvolvimento da agricultura e pecuária e os contrastes existentes no mundo (países
desenvolvidos e países em vias de desenvolvimento).

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O professor deve valorizar os conhecimentos e experiências do aluno, deve ser flexível e criativo de forma a permitir uma correcta ligação
com a realidade, partindo das condições locais e assim desenvolver no aluno as suas capacidades investigativas e interpretativas de modo a
que se transforme num cidadão interveniente no combate a pobreza. O aluno com base na sua experiência pode concluir, por exemplo, que no
nosso país a maior parte da população encontra o seu sustento na agricultura. As nossas cidades recebem produtos vindos do campo, a matéria-
prima para o abastecimento das indústrias provém da agricultura e pecuária e que nenhum país por mais desenvolvido que seja pode prescindir
da agricultura.
O professor poderá também, através de trabalhos em grupo, mostrar que toda a actividade humana tem o seu impacto no ambiente, daí a
necessidade de uma organização racional dos espaços para a sua melhor utilização.

Dependendo da localização da escola, o professor poderá organizar uma visita de estudo. Para tal recomenda-se que o professor faça primeiro
o reconhecimento do lugar a ser visitado e auxilie os alunos a elaborar um guião de orientação que poderá ser composto de 27 objectivos,
itinerário, questionários sobre os principais aspectos a serem observados. Finda a visita dever-se-á reunir os alunos para efectuar a
sistematização e avaliação da mesma.

Recomenda-se ao professor que em colaboração com os alunos, como forma de sistematização, elabore um quadro sobre as principais
características dos sistemas agrários já tratados, de forma a aplicar e consolidar os conhecimentos adquiridos.

Os alunos têm que reconhecer a integração entre a agricultura e a pecuária, identificar os problemas ambientais decorrentes da actividade agro-
pecuária e propor soluções para os mesmos.

Indicadores de desempenho
- Interrelaciona agricultura e pecuária;
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- Explica a evolução da agricultura e pecuária;
- Explica os factores que influenciam a organização do espaço agrário;
- Analisa os diversos sistemas agrários;
- Relaciona a pecuária com os factores do seu desenvolvimento;
- Explica a importância da actividade agro-pecuária na economia dos países;
- Identifica as consequências dos problemas ambientais provocados pela actividade agro-pecuária e propõe soluções para os mesmos.

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UNIDADE 3 - INDÚSTRIA E COMÉRCIO

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARGA


O ALUNO: HORÁRIA
3. Indústria e Comércio - Relaciona a indústria
- Relacionar a indústria com o
com o comércio;
comércio; - Conceitos O professor deve
- Explicar o processo de evolução 3.1. Relação entre a indústria e - Aplica na vida prática elaborar textos de
da indústria e do comércio no comércio conhecimento sobre a apoio e fichas de
mundo; - Evolução da indústria e produção industrial; exercícios para os
comercio no mundo; alunos, tendo em
- Explicar a importância da
- Explica o papel e a conta os conteúdos
indústria e do comércio para o - A indústria e comercio
importância da indústria
desenvolvimento dos países; tradicional na Antiguidade; abaixo para
na economia dos países;
- Identificar os principais grupos - A indústria e comercio complementar e
de produtos comerciais; tradicional na idade Média; - Diferencia o comércio consolidar a
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internacional dos países unidade temática.
- Localizar as grandes regiões - A indústria na Actualidade;
desenvolvidos e menos
comerciais do mundo; - Revolução Industrial A realização dos
desenvolvidos;
exercícios deve ser
- Analisar a influência dos  Conceito;
controlada pelo
factores físico-naturais e sócio-  Causas da revolução - Analisa os factores da
económicos na localização da industrial; localização e classificação professor.
indústria; da indústria;
 Fases da revolução
- Discutir os critérios de industrial;
- Relaciona as diversas Conteúdos:
classificação das indústrias;  Consequências da paisagens industriais; - Paisagens
- Caracterizar as principais revolução industrial. industriais
paisagens industriais; - Comércio depois da revolução - Regiões negras
industrial e na actualidade; - Assume a necessidade do
- Relacionar o desenvolvimento - Paisagens
uso racional dos recursos industriais
industrial com o uso sustentável - Comércio internacional; naturais; urbanas

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dos recursos naturais; - Comércio dos países menos - Indústrias
desenvolvidos; - Desenvolve hábitos de portuárias
- Principais grupos de produtos conservação ambiental.
comerciais; - Complexos
- Relacionar o desenvolvimento industriais
industrial com a utilização - As grandes regiões comerciais
do mundo; - Indústrias
racional dos recursos naturais; dispersas
3.2. Factores da localização da Importância da
- Explicar o impacto da actividade actividade
indústria e comercial sobre o indústria
industrial na
ambiente. - Factores físico-naturais; economia dos
países
-Factores sócio-económicos.
- Impacto da
3.3. Classificação da indústria actividade
- Critérios de classificação;
industrial sobre o
meio ambiente.
- Afinidade tecnológicos; - Protecção e
- Indústria de ponta. conservação dos
recursos naturais
3.4. Natureza das matérias- (desenvolviment
primas utilizadas o sustentável).
- Destino dos bens
produzidos.

Sugestões Metodológicas para a Unidade 3 - Indústria e Comércio


A actividade industrial reveste-se de grande importância pelo seu carácter inovador sempre crescente.
A indústria processa os produtos primários que constituem elementos essenciais para a sobrevivência humana.
A partir da realidade industrial moçambicana, ou da região onde a escola está inserida, o professor poderá mostrar ao aluno a importância da
indústria, promovendo visitas de estudo a algumas unidades fabris.

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Na abordagem desta unidade o professor deve, para além de outros aspectos, demonstrar a evolução da indústria, o seu peso na economia
dos países, bem como as repercussões ambientais decorrentes do seu desenvolvimento.
Propomos ao professor a apoiar-se em tabelas, gráficos ou diagramas sobre os volumes de produção industrial a nível dos continentes. Com
a orientação do professor o aluno poderá desenvolver actividades práticas com vista a criação de hábitos de protecção e conservação dos
recursos naturais (potenciais matérias-primas) do meio circundante. Por exemplo, nas cidades, a recolha de material usado (papel, garrafas,
plásticos, latas entre outros), plantio de árvores e limpeza do recinto escolar. A escola pode desenvolver actividades de sensibilização da
comunidade para a necessidade do uso racional de recursos tais como: bambu, caniço, pau-preto, umbila, entre outros.
No fim, o professor pode programar uma visita de estudo a uma unidade fabril, mais próxima para concretização do que foi abordado nas
aulas. Também poderá orientar os alunos na realização de trabalhos de investigação, por exemplo, sobre o impacto ambiental da actividade
industrial, seguindo-se a apresentação e debate na turma.
Ao abordar o tema sobre os principais produtos industriais, o professor poderá procurar incentivar no aluno o orgulho pelo consumo dos
produtos nacionais e a sua importância para o desenvolvimento económico do país.
Na abordagem do tema comércio, pode-se programar palestras com a colaboração de profissionais do comércio externo e interno, as
alfândegas ou empresários para darem a sua experiência no ramo.
Dada a estreita relação entre transportes e comunicações e o comércio, os alunos podem visitar instituições como: portos, armazéns dos
cominhos de ferro, armazéns dos aeroportos e sectores de actividades cuja produção destina-se ao comércio.
Sugere-se que se realize trabalhos de investigação baseada na bibliografia recomendada, pesquisa na internet, o uso de atlas geográfico,
cabendo o professor seleccionar o assunto a ser investigado.

Indicadores de desempenho
- Reconhece a importância da indústria e do comércio no desenvolvimento dos países;
- Analisa os factores da localização da indústria;
- Analisa os critérios de classificação das indústrias;
- Valoriza a actividade comercial e industrial para o desenvolvimento dos países;

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- Analisa o impacto da indústria sobre o ambiente;
- Relaciona o desenvolvimento industrial com o uso dos recursos naturais;
- Avalia o impacto da actividade industrial sobre o meio ambiente.

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UNIDADE TEMÁTICA 4 - TURISMO

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARHA


O ALUNO: HORÁRIA
- Identificar tipos de turismo; 4.1. Turismo - Identifica os tipos de turismo;
- Localizar principais – Conceito - Explica a importância da
centros turísticos; protecção e conservação do
4.2 – Tipos de turismo: ambiente;
- Classificar o turismo; . Cultural; - Explica os impactos positivos e
- Identificar factores de negativos do turismo;
- Desportivo;
- desenvolvimento do turismo - Assume a importância do
- Recreativo; turismo para o 2
- Saber conviver com pessoas desenvolvimento e
de diferentes raça, culturas e - Literário; intercâmbio entre povos;
etnias; - Religioso; - Respeita raças e crenças.
- Avaliar o impacto do turismo. - Ambiental.
4.3. Classificação do
turismo
-Em função de:
. Volume de turistas;
. Direcção do fluxo
turístico e amplitude das
viagens.
4.4. Principais centros
turísticos do mundo
4.5. Importância do turismo
4.6. Impacto do turismo

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Sugestões Metodológicas para a Unidade 4 - Turismo

Na abordagem deste tema, pode-se programar actividade com a colaboração de profissionais do ramo turístico, a fim de se recolher dados e
informações sobre a funcionalidade da actividade turística.

A actividade turística tem uma estreita relação com o comércio, os transportes e comunicações. Deste modo, os alunos poderiam visitar
instituições como: portos, os caminhos-de-ferro e a terminal de cargas, aeroporto, incluindo os seus armazéns para entenderem a dinâmica
das suas actividades.

É importante observar os aspectos ambientais, para a necessidade da preservação dos recursos turísticos existentes em cada espaço geográfico
concreto onde é praticado o turismo.

Nesta unidade, o professor poderá dar trabalhos de investigação baseados na bibliografia recomendada, informação da internet e o uso do
atlas geográfico, cabendo ao professor seleccionar os assuntos a serem investigados. Os alunos podem propor possibilidades para o
desenvolvimento do turismo na sua comunidade e no país em geral.

Indicadores de desempenho
- Reconhece a importância do turismo;
- Identifica os tipos do turismo;
- Avalia os factores de localização do turismo;
- Identifica os factores de desenvolvimento do turismo;
- Explica o impacto do turismo;
- Explica a importância da conservação do ambiente;
- Contribui para a conservação dos espaços turísticos.

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UNIDADE TEMÁTICA 5 - TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARHA


O ALUNO: HORÁRIA
- Explicar a evolução dos 5 Transportes e comunicações - Analisa a evolução dos
transportes e sua importância; 5.6. Sistemas de Comunicação transportes e
comunicações; 2
- Comparar as vantagens e 5.7. Evolução de comunicação e
desvantagens de tipos de sua evolução - Destaca o papel dos
transportes; - Processos de transportes e
comunicações; comunicações na
- Caracterizar os diversos tipos
economia dos países;
de transporte; - Principais vias de
comunicações. - Explica a importância
- Evidenciar o papel dos transportes
dos transportes na
e comunicações na economia dos 5.8. Importância do economia dos Países;
países; transporte e comunicações
- Contribui com acções
- Avaliar o impacto dos 5.9. Transportes e concretas para redução
transportes e comunicações no comunicações e ambiente
ambiente. do impacto negativo
dos transportes e
comunicações no
ambiente.

Sugestões Metodológicas para Unidade 5 - Transportes e Comunicações


O estudo dos Transportes e Comunicações permite que o aluno compreenda a evolução dos transportes, vantagens comparativas dos diferentes
tipos de transportes e dos meios de comunicação, importância e as particularidades que estes meios representam no cresc imento e
desenvolvimento das economias dos países ou regiões. O professor pode demonstrar a importância dos meios de transporte e comunicações,
tomando como base a experiência do próprio aluno.

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Recomenda-se a elaboração e o uso de mapas para a localização das principais redes e rotas de transportes, análise de gráficos ou tabelas sobre
o tráfego de mercadorias e de passageiros em diferentes momentos da evolução dos transportes, sobre a relação custo e eficácia de cada tipo
de transporte entre outros.
Sugere-se a marcação de trabalhos de pesquisa em grupos sobre a influência directa ou indirecta dos transportes e comunicações no di a a dia.
Aconselha-se que antes do início do trabalho, se enumerem os meios de transportes que predominam no seio dos alunos, assim como, o uso
racional dos recursos condicionantes a preservação do meio ambiente local. O professor poderá orientar o aluno para o levanta mento dos
problemas decorrentes do uso dos transportes e possíveis soluções, para posterior discussão a partir das suas experiências.
Nesta unidade o professor deve orientar o processo de ensino-aprendizagem de modo que o aluno adquira conhecimentos sobre os conceitos
relativos aos transportes e comunicações, os principais fluxos mundiais e o impacto no ambiente.

Indicadores de desempenho
- Explica a evolução dos transportes;
- Analisa as particularidades regionais dos transportes;
- Reconhece as vantagens e desvantagens de cada tipo de transportes;
- Destaca o papel dos transportes e comunicações na economia dos países;
- Explica a importância da existência de uma rede de transportes e comunicações;
- Propõe soluções para os problemas ambientais causados pelos transportes e comunicações.

61
UNIDADE TEMÁTICA 6 - URBANISMO

CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARHA


OBJECTIVOS HORÁRIA
O ALUNO:
ESPECÍFICOS
- O professor deve
- Analisar os critérios de 6.1. Cidade – Conceito; - Explica os critérios de
definição de cidade; elaborar textos de
classificação das cidades;
6.2. Critérios de definição de apoio e fichas de
- Caracterizar a evolução da cidade - Debate principais problemas exercícios para os
população urbana; Critério numérico; demográfico; das cidades e propõe soluções alunos, tendo em
funcional para os mesmos; conta os conteúdos 2
- Distinguir os tipos de
cidades e concentrações 6.3. Breve evolução histórica das abaixo para
urbanas; cidades; complementar e
- Analisa a relação de consolidar a unidade
- Explicar a classificação 6.4. Taxa de Urbanização interdependência entre a temática.
das cidades e suas funções; 6.5. Classificação e Função das cidade e o campo; - A realização dos
- Identificar modelos de Cidades exercícios deve ser
estrutura urbana; - Função comercial; controlada pelo
- Desenvolve actividades para
industrial; professor.
- Discutir a relação campo- a melhoria da qualidade de
cidade; administrativa; cultural; vida nas cidades;
turística; religiosa e Conteúdos:
- Explicar a importância do - A cidade, pólo
planeamento urbano; Funções múltiplas
- Conservação de água potável,
organizador do
- Debater os principais 6.6. Estrutura espaço;
depositar lixo no lugar
problemas das cidades. - Urbana Modelos de - Relação campo –
próprio, etc.
estrutura urbana cidade;
- Planeamento urbano
6.7. Localização das principais e sua importância;
actividades urbanas e - Principais
tendências de evolução. problemas das
cidades e suas
consequências.

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Sugestões Metodológicas para a Unidade 6 - Urbanismo

Nesta unidade são referidos os factores que influenciaram o desenvolvimento dos povoamentos dispersos, assim como a dinâmica actual de
desenvolvimento das cidades no mundo e os problemas daí resultantes.

O aluno poderá realizar trabalhos de investigação, por exemplo, sobre os critérios de definição de cidade, os principais problemas das cidades,
tendência do crescimento das cidades nos países desenvolvidos e nos países menos desenvolvimento.

Sugere-se que, ao apresentar a distribuição geográfica das regiões urbanas o professor desperte no aluno o interesse pelo uso do mapa.

Se a escola estiver localizada num centro urbano, o professor poderá criar um espaço para debate dos problemas concretos que enfermam as
cidades.

O aluno poderá também apresentar estratégias de solução. Caso esta esteja localizada numa zona rural, o professor poderá utilizar textos de
apoio, exemplo de saída do campo para a cidade provocando debate sobre a saída da mão-de-obra do campo e os problemas que surgem nos dois
lugares, tanto o de saída e de chegada (relacionado com conteúdo migrações).

Poder-se-á orientar o aluno para a elaboração de pequenos planos de acção para a resolução de problemas relacionados com a conservação e
preservação do ambiente, podendo os planos estar direccionados para o plantio de árvores, manutenção dos jardins, jornadas de limpeza, entre
outros, criando condições para que os mesmos sejam implementados.

O aluno poderá realizar um trabalho sobre: as relações de interdependência entre as cidades e o campo, identificando as áreas de influência do
centro urbano. Será importante discutir as inter-relações urbanas e a necessidade do aluno assumir um comportamento que se enquadre na vida
das cidades.

O aluno pode fazer trabalho de investigação sobre as conveniências e inconveniências de aglomerações urbanas.

A referência aos monumentos existentes nas cidades, vilas e outros lugares históricos deve merecer uma abordagem como forma de criar no
aluno o espírito de valorização do património cultural.

Estas actividades podem ser realizadas em coordenação com as entidades locais.


63
Indicadores de desempenho

- Caracteriza a evolução da população urbana;


- Estabelece a relação de interdependência entre o campo e a cidade;
- Explica a classificação das cidades e suas funções;
- Reconhece a importância do planeamento urbana.

64
6. FILOSOFIA

DISCIPLINA DE FILOSOFIA 12ª CLASSE 14 SEMANAS

UNIDADE TEMÁTICA 1 - INTRODUÇÃO À LÓGICA II (Revisão)

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARGA


CONTEÚDOS O ALUNO: HORÁRIA
- Operar criticamente com a relação - Constrói um pensamento
funcional entre o juízo e a 1.1 Lógica do coerente aplicando as regras da
proposição; Juízo/Proposição: O linguagem lógica;
- Articular os próprios raciocínios juízo e a proposição. - Redige discursos lógicos e
segundo as etapas e princípios do Classificação dos juízos coerentes e faz uso criativo da
argumento; e das proposições. diversidade das dimensões dos
- Distinguir com clareza os raciocínios 1.2 As inferências simples discursos; A leccionação
quanto à sua natureza (indutivos, ou imediatas (oposição - Explica os erros de raciocínio desta unidade
dedutivos e analógicos); e conversão de nos diversos contextos da deverá dar maior
- Sistematizar a complexidade do proposições) manifestação do pensamento; enfoque ao uso 10 horas
universo dos raciocínios: imediatos e 1.3 Inferências complexas Articula de modo criativo e das regras das
mediatos; categóricos e hipotéticos; ou mediatas (analogia, pessoal discursos categóricos e inferências para a
regulares e irregulares; indução e dedução) hipotéticos, em diferentes construção de um
- Distinguir raciocínios coerentes dos 1.4 Silogismos (categórico contextos situacionais; raciocínio lógico,
incoerentes; regular e hipotético - Formular juízos e coerente e válido.
- Explicar a importância da aplicação condicional) raciocínios; usando
dos princípios das operações lógicas 1.5 Falácias (apelo à linguagem simbólica
na interpretação dos factos. ignorância, à - Aplica os princípios das
autoridade, à operações lógicas na
misericórdia, à emoção, consolidação do raciocínio
à força, ataque ao coerente autónomo.
homem).

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Sugestões metodológicas
- O professor distribui textos seleccionados aos seus alunos, a partir dos quais fazem exercícios de identificação do discurso lógico,
coerente e do argumento;
- O professor autoriza os voluntários para escreverem no quadro os juízos categóricos e hipotéticos, as proposições e, de seguida
fazem a análise, a compreensão, a diferenciação e a classificação;
- Orienta-os a aproximarem juízos categóricos aos hipotéticos e vice-versa, para permitir a necessária consolidação dos conteúdos;
- Em grupos, os alunos vão discutir textos, notícias de jornais ou ainda factos do quotidiano com o intuito de descobrir a sua coerência,
logicidade ou ilogicidade. Os textos distribuídos devem traduzir a realidade moçambicana, conforme as possibilidades existentes em
cada escola. Nestas actividades, o aluno pensa coerentemente e manifesta-o através das suas produções escritas e orais, adquire
ferramentas lógicas que lhe possibilitam descobrir os erros que interferem no discurso humano.

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UNIDADE TEMÁTICA 2: CONVIVÊNCIA POLÍTICA ENTRE OS HOMENS
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARGA
O ALUNO: HORÁRIA
- Relacionar a filosofia com a política; 2.1 Noções Básicas: - Interage como sujeito no
panorama sócio-político;
- Explicar que os problemas políticos - Política, Filosofia política, - Analisa os fundamentos do
sempre foram preocupação dos Estado e a sua relação com os
relação entre Filosofia e
filósofos; conceitos de soberania e
Política;
- Diferenciar as ideias políticas de cidadania; A leccionação
Platão e Aristóteles quanto às - Distinção entre Estado - Encara o espírito filosófico desta unidade
questões “quem deve governar?” e e Nação; como força motriz do deverá incidir
“qual é a melhor forma de dinamismo político; na origem
- Estado de Direito: fins e Relaciona-se com consciência e contratual do
organização social para o
homem?”; funções; habilidade com elementos do Estado de 6 horas
2.2 A Filosofia Política na Estado (ex. Artigos da Sociedade; fins
- Explicar as teorias do contrato Constituição da República e e funções de
História:
social no pensamento moderno;
- A Filosofia Política na Símbolos do patriotismo); Estado
- Articular os conceitos de cidadania, Antiguidade: A origem - Cultiva um pensamento democrático.
Liberdade, Responsabilidade, autocrítico face às evidências
natural do Estado
Estado de direito e Soberania; históricas do exercício do poder
(Platão e Aristóteles); político;
- Descrever as correntes político- - A Filosofia Política na - Sugere, criativa e
filosóficas da idade contemporânea;
Idade Moderna: a origem coerentemente, suas propostas
- Identificar os princípios da Ética contratual do Estado de organização sociopolítica;
política;
(Hobbes, Locke e - Assume uma postura patriótica
- Relacionar os conceitos gerais e as Rosseau) e a teoria da de cidadania responsável;
perspectivas do debate filosófico- Fundamenta com liberalidade as
separação de poderes suas opções políticas.
político no contexto situacional da
África. políticos (Montesquieu).

67
Sugestões metodológicas

- O professor pede aos alunos para fazerem uma revisão sobre o conceito de Filosofia procurando trazer os aspectos práticos da
mesma. O professor orienta os alunos para apresentarem uma pequena peça teatral com intuito de mostrar a importância da
participação colectiva dos indivíduos na construção do país, na limpeza da escola e/ou da cidade, na abertura dum furo de água na
comunidade. De seguida, vai se introduzir os conceitos básicos da política. Estes pressupostos levarão o aluno reconhecer que ele
sozinho não se basta e que a sua existência tem sentido na relação com os outros.
- O professor parte dum breve historial do surgimento da política e da filosofia política, de modo que os alunos reconhecem a sua
importância para o desenvolvimento da sociedade. A partir da confrontação dos textos sugeridos pelo professor, os alunos mostram
a correlação existente entre a Filosofia e a política ao longo da História e concluem que a filosofia e a política estudam o homem e
a sua realização; descobrem também que as relações entre ambas nem sempre são pacíficas.
- Será preciso olhar para a organização política do Estado moçambicano. Tomar em consideração o texto da Constituição da
República de Moçambique, assim como outras fontes escritas do Direito. Os alunos podem procurar em diferentes fontes as
características do Estado de Direito e o professor insere, necessariamente, uma breve introdução sobre o percurso histórico da
filosofia política, de forma que os alunos conheçam os fundamentos de um estado de direito.
- Nesta unidade, o professor pode iniciar o tema fazendo uma revisão sobre a pluralidade do conceito filosofia. Pode, de seguida,
pedir alguns alunos para narrar um episódio relacionado com a questão da escravatura e da colonização (ver alguns conteúdos de
História e pode-se desenvolver actividades sobre a escravatura, que englobem as duas disciplinas). Por outro lado, o aluno compara
e percebe que o debate em torno da filosofia política tem como factores espaço e tempo.

Temas transversais: Género e Equidade; Cultura de Paz Direitos Humanos e Democracia; Educação Fiscal
- Sugere-se que o professor oriente os alunos a explorarem nos suportes jurídicos (Constituição da República, Lei da Família, Lei
contra a violência e abuso, Declaração Universal dos Direitos Humanos, etc.) questões relativas à cooperação e desenvolvimento;
respeito, tolerância e outros conteúdos dos direitos fundamentais da cidadania assim como o significado adequado do conceito
cultura de paz.
- Os alunos devem relatar as suas experiências locais e não só, os seus sonhos e expectativas como cidadãos moçambicanos.

68
UNIDADE TEMÁTICA 3: FILOSOFIA AFRICANA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARGA
O ALUNO: HORÁRIA
- Analisa o papel histórico e a
- Identificar a abordagem em 3.1 Contextualização do debate sobre a
importância da Filosofia em
torno do debate sobre a filosofia Filosofia africana: Filosofia em África ou
africana; Filosofia africana? Que implicações? África e posiciona-se na
(preconceitos ocidentais) controvérsia;
3.2 As principais correntes filosóficas - Discute os fundamentos das Nesta unidade, o
- Descrever as correntes político- africanas propostas de estados ideais enfoque deverá
filosóficas africanas que 3.2.1 A Etnofilosofia: segundo pensadores africanos; incidir no carácter
determinam as tendências
actuais do debate; 3.2.2 A Filosofia Política - Situa-se criticamente no debate africanista de cada
Africana: acerca da existência ou não da uma das correntes 4 horas
filosofia africana; da Filosofia
 Pan-africanismo;
Africana e sobre a
- Explicar a necessidade da  Negritude. - Decifra alguns traços da implicação da
reflexão em ordem à maturidade africanidade da filosofia africana negação da sua
da consciência política africana; 3.2.3 Filosofia Profissional
a partir de textos; existência.
e Académica:
 Criticas à - Desenvolve consciência
- Analisar as condições culturais Etnofilosofia. política com cariz identitário
locais capazes de estimular a como actor político africano,
consciência de cidadania; moçambicano, local;
- Questiona-se sobre a alienação
política e propõe respostas
objectivas.

Sugestões metodológicas

- O debate em torno da filosofia africana prende-se desde o começo à questão da sua existência ou não, polémica que remete às
páginas da História Geral da África. Será de muito interesse e proveitoso interagir com os professores de História e retomar os

69
fundamentos das correntes euro centrista e africanista, além de realçar os conhecimentos anteriores dos alunos e as suas opiniões
pessoais, de modo que os alunos participem no debate sobre a filosofia africana.
- A respeito da existência de várias orientações de pensamento na filosofia africana, maior enfoque recai sobre a filosofia política
africana, nomeadamente pelo uso específico que se lhe atribui como instrumento de libertação e emancipação política, económica
e cultural do continente. Assim, será muito vantajoso partir dos exemplos mais próximos de personalidades que encarnaram e
difundiram estes ideais de libertação a partir do país (Mondlane, Machel, entre outros), da região (Nyerere, Mandela) e da África em
geral (N´Krumah, Keniatta, Blyden, Senghor, Kadafi), discutindo os seus pensamentos a partir de textos seleccionados e/ou
adaptados pelo professor. Com base nisto, os alunos apropriem os pensamentos dos filósofos africanos e posicionam-se duma forma
crítica.
- Em relação à africanidade da filosofia africana, torna-se importante cativar os alunos a discutirem sobre os mitos, fábulas, contos da
tradição oral das comunidades locais, questionando-se sobre seu sentido e valor epistemológico, a fim de que os alunos possam
interpretar a filosofia africana a partir de mitos, fábulas, contos da tradição oral.
- O Dia de África constitui um tema que pode servir de base para um trabalho interdisciplinar a partir da Introdução à Filosofia,
História, Geografia e Introdução à Psico-pedagogia.

Temas transversais

Pode retomar questões do Género e Equidade; Cultura de Paz Direitos Humanos e Democracia, explorando dos contextos locais as
diversas concepções ou interpretações, como forma de mostrar a função pedagógica da filosofia; o uso da filosofia como instrumento de
emancipação, desalienação e construção da identidade cultural.

70
UNIDADE TEMÁTICA 4: METAFÍSICA E ARTE

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARGA


CONTEÚDOS O ALUNO: HORÁRIA
4: Metafísica e Estética - Aplica as noções de ser,
- Explicar as noções de ser, Metafísica substância e acidente na
substância e acidente acto e 4.1 Definição do conceito – interpretação da
potência; Ontologia O conceito de experiência;
- Apresentar a cadeia lógica das Ser-enquanto-ser (as - Classifica as causas nas
causas na estrutura da realidade; categorias do Ser: suas relações com
substância e acidentes) fenómenos do mundo real;
- Reflectir sobre o destino do 4.2 O acto e a potência
Homem a luz da Metafisica; - Usa as interpretações Tento em 4 horas
4.3 A essência e a existência metafísicas na consideração o uso
- Interpretar noções do Belo; 4.4. A cadeia Aristotélica das concretização da sociedade das novas
beleza artística; obra de arte; e causas; e capta os signos artísticos; tecnologias, a
não-arte; inspiração artística; - Estimula e desenvolve o leccionação desta
Estética
- Explicar o valor/significado 4.5 Conceitos de estética e de arte; seu lado artístico num dos unidade deverá
social duma obra artística; 4.6 O Belo como fundamento da arte; campos com que melhor se incidir no impacto
4.7 Divisão e classificação das artes identifica; da pirataria das
- Reconhecer que toda a (as artes belas); - Contribui no obras de arte para o
actividade humana tem/deve ter 4.8 Significado e valor social debate; sobre as artista bem como a
uma face artística; das produções artísticas manifestações artísticas/ função educativa
- Reconhecer vínculos entre arte e 4.9 A arte e a Moral (Relação mútua): culturais pela sua crítica ou das artes.
moral; o belo e a verdade. A contribuição de alguns opiniões reflectidas;
filósofos: Kant e Platão - Interpreta e valoriza obras
de arte (textos literários,
objectos esculpidos,
quadros de pintura, música,
etc.);
- Cria e usa a manifestação
artística na educação da

71
sociedade;
- Discute e defende a
identidade cultural na obra
de arte.

Sugestões metodológicas

- Os conteúdos desta unidade temática tocam de maneira especial com a sensibilidade do aluno, colocando-lhe o desafio da abstracção
em busca dos mais elevados valores da ordem da transcendência. A experiência metafísica, parte do contacto com a realidade do
Ser (ontos) nas suas manifestações mais próximas (as coisas particulares e finitas) e projecta para o infinito em busca da máxima
perfeição ideal (o sublime) que confere sentido às coisas, à existência em si, além do seu valor catársico. O professor inicia a sua
aula convidando os alunos a exporem as suas experiências.
- O aluno revela um certo domínio de si e do mundo; valoriza os recursos naturais que o meio proporciona. A criatividade e a
naturalidade na atitude do professor e dos alunos têm de constituir as notas dominantes; discutir nas suas aulas o significado e o
valor das produções artísticas.
- O aluno reconhece e capta o valor e o significado das artes. Caberá ao professor oferecer oportunidades para os seus alunos
exprimirem as experiências próprias relativamente ao Ser e ao Belo; sugere-se que, durante as aulas, sejam utilizadas como meios
auxiliares peças/obras de música, quadros de pintura, esculturas, entre outros artefactos do mosaico cultural universal, nacional
e/ou local. O aluno interpreta e explica porque é que o Belo é Belo, quando não o possui, partindo da visão Kantiana de que o Belo
é para a contemplação.
- Visitas a locais de produção artística ou museus de arte com roteiros predefinidos; entrevistas ou palestras com artistas locais e outros
de renome, serão um estímulo para que o aluno desenvolva atitudes positivas face às artes, concedendo-as especial valor como
meios de expressão do sentimento humano, da moral e da construção da identidade. Para tal, pode-se elaborar um projecto que
envolva as disciplinas de Introdução à Filosofia, Educação Visual e História (ou Introdução à Filosofia, e Educação Visual), a fim
de estudar as produções artísticas locais ou universais.
Tema Transversal: Cultura e Desenvolvimento

72
Aqui é preciso mostrar que o desenvolvimento depende muito das condições culturais, isto é, o modo como o homem ou a
comunidade se relaciona com a natureza e os valores que cria, defende e promove. Será interessante levar os alunos a perceberem,
através de exemplos de outros povos que apostaram em tal experiência, porque a criação de uma identidade cultural própria e a
defesa do seu património cultural se torna na condição fundamental do desenvolvimento sustentável local e nacional.

73
7. BIOLOGIA
DISCIPLINA DE BIOLOGIA 12ª CLASSE 14 SEMANAS

UNIDADE TEMÁTICA - FISIOLOGIA VEGETAL

OBJECTIVOS
CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÕES CARGA
O ALUNO: HORÁRIA
Revisão 2
- Identificar tecidos Fisiologia vegetal
vegetais; - Histologia vegetal: - Desenha diferentes Sugere-se o uso de figuras
Meristemas: tecidos vegetais; ilustrativas dos manuais e
- Descrever os módulos do PESD 2, para
processos de Primários e secundários visualização dos tecidos
absorção da água e Tecidos definitivos (definição, função e vegetais.
de sais minerais estrutura) - Relaciona estrutura e
pela planta; função dos diferentes
- Parenquimatoso;
tecidos na planta;
- Suporte;
- Vascular ou condutores. 8

Absorção de água e sais minerais


- Difusão, osmose, transporte activo e
passivo.

74
Tipos de membranas
- Definir os
- Permeáveis;
diferentes tipos de
membranas; - Semi-permeáveis;
- Impermeáveis.
Circulação da seiva bruta
- Explicar o
Causas do movimento da seiva: - Relaciona fotossíntese e
movimento da
seiva na planta; - Coesão, adesão, pressão radicular,a assimilação de carbono
capilaridade dos vasos e transpiração; pela planta.
- Definir - Estrutura, função e propriedade dos
fotossíntese; estomas.

- Identificar as Fotossíntese
diferentes fases do - Pigmentos fotossintéticos.
processo da Fases da fotossíntese:
fotossíntese; Fase luminosa (Fotoquímica)
- processos físico-químicos.
- Explicar as Fase escura – ( química )
diferentes fases da
fotossíntese.

75
- Funções do rubisco no ciclo de
Calvin;
- Síntese de compostos.
-
Factores que influenciam a
actividade fotossintética
- Facotres intrínsecos-internos; 2
- Facotres extrínsecos-externos.

76
UNIDADE TEMÁTICA: FISIOLOGIA ANIMAL

OBJECTIVOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÕES CARGA


O ALUNO: HORÁRIA

- Identificar as Histologia animal Sugere-se o uso de


características dos Tecidos epiteliais ( estrutura e figuras ilustrativas dos
- Relaciona os diferentes
principais tecidos; funções): manuais e módulos do
tipos de tecidos com as
- Tecidos epiteliais de PESD 2, para visualização
diferentes funções vitais
revestimento; dos diferentes sistemas
do Homem;
em estudo.
- Tecidos epiteliais glandulares e
- Relacionar as neuroepitélios.
características Tecidos conjuntivos (estrutura e
estruturais de função):
diferentes tecidos Sugere-se a apresentação
- Tecidos conjuntivos propriamente
animais com as dos tecidos em forma de
ditos: Tecido laxo, tecido
respectivas funções no tabela que devem constar a
conjuntivo denso, tecido conjuntivo
organismo; estrutura, localização e a
elástico e o tecido conjuntivo
função de cada um dos 14
adiposo.
tecidos.
- Identificar diferentes - Tecidos conjuntivos esqueléticos:
tecidos que constituem
tecido cartilagíneo e o tecido
o corpo humano;
ósseo.
- Tecidos sanguíneos: Constituição
- Explicar as funções dos
do sangue humano e função dos
constituintes do
seus constituintes:
sangue; - Reconhece o sangue
- Coagulação do sangue humano; como o meio de
- Funções do sangue humano. transporte das
substâncias no Homem;
Tecidos musculares:

77
- Tecido muscular liso;
- Tecido muscular esquelético;
- Tecido muscular cardíaco.
- Funções do tecido muscular.

- Relacionar a evolução Tecido nervoso:


dos sistemas - Estrutura das células nervosas
digestivos com o e dos nervos;
aproveitamento dos
- Funções do sistema nervoso.
alimentos;
- Explicar o
desenvolvimento Evolução dos sistemas digestivos:
dos sistemas Hidra, planária, minhoca, Homem
digestivos nos e do boi.
animais selecionados;
- Identificar diferentes Evolução dos sistemas respiratórios
sistemas respiratórios - Trocas gasosas nos animais
nos animais invertebrados e vertebrados:
selecionados; - Poríferos, celenterados,
- Identificar platelmintes, anelídeos, artrópodes,
características peixes, anfíbios, répteis, aves e
fundamentais comuns mamíferos;
às superfícies - Análises comparativas das
respiratórias; estruturas das trocas gasosas;
- Comparação dos pulmões dos
animais vertebrados.

78
- Evolução do sistema
Evolução dos sistemas
digestivo;
circulatórios:
Poriferos, celenterados, - Explica a interacção
platelmintes, anelídeos, Para o estudo das diferentes
- Explicar a importância entre o sistema nervoso,
artrópodes e vertebrados doenças, sugere-se que se
dos sistemas de endócrino e excretor no
(peixes à mamíferos) oriente os alunos para o
transporte no funcionamento integral
fazerem por meio de estudo
intercâmbio de Tipos de sistemas circulatórios do organismo;
independente.
substâncias com o - aberto ou lacunar;
meio externo e as
células; fechado.
- - Relaciona os órgãos
Circulação nos vertebrados dos sentidos e a Ao se abordar as doenças
interacção do Homem respiratórias, pode-se fazer
Comparação dos corações nos referência à Higiene
com o ambiente;
vertebrados (peixe, anfíbios, répteis, pulmonar (fumo do cigarro
aves e mamíferos) e a ventilação dos locais
- Identificar as
estruturas do sistema - Reconhece que o nível de públicos e nas habitações)
linfático; Tipos de circulação organização dos animais
- Simples; está relacionado com a
evolução dos sistemas;
- Compreender a - Dupla (incompleta e completa).
importância da Sistema Linfático - Relaciona o processo
excreção e da - Funções do sistema linfático; evolutivo dos sistemas
osmorregulação na reprodutores com Sugere-se a organização
manutenção da - Constituição do sistema adaptação dos animais ao das glândulas em forma de
homeostase; linfático. ambiente; tabela.
- Relacionar a evolução Sistema excretor - Explica embriogenese
dos sistemas como um processo;
excretores nos animais - Diferentes formas de manter o
escolhidos com equilíbrio osmótico de água no ser Sobre o sistema excretor,
adaptação aos vivo; sugere-se a apresentação
- Explica a função dos

79
respectivos - Excreção de substâncias azotadas; glóbulos brancos na defesa em forma de tabela que
ambientes; do organismo contra deve constar a estrutura,
- Comparação dos órgãos excretores
agentes patogénicos; localização e a função de
nos invertebrados e vertebrados;
- Identificar diferentes cada um dos órgãos.
células nervosas; - Regulação e reabsorção da água.

- Diferenciar acto de
Funções de sistema nervoso
arco reflexo;
- Comparação dos sistemas nervosos - Divulga informações na
- Localizar os órgãos nos invertebrados e vertebrados; comunidade sobre a
do sistema endócrino - Estrutura da célula nervosa importância da saúde e
no corpo do Homem; (neurónio); higiene dos sistemas;
- Tipos de neurónios (sensoriais,
associativas e motores);
- Impulso nervoso e a sua Relaciona a estrutura dos
transmissão; pulmões do Homem com as
- Actos reflexos, estrutura e função; trocas gasosas;
- Arco reflexo.
- Explicar as funções
das hormonas Sistema endócrino
escolhidas;
- Funções do sistema endócrino;
- Glândulas endócrinas:
• Localização e funções no
- Identificar as diferentes corpo Humano ( secretina,
partes que constituem adrenalina, insulina,
cada órgão de sentido; glucagona, tiroxina, anti-
diurética (HAD), oxitocina,
- Localizar os órgãos dos
estrogénio, testosterona entre
sistemas reprodutores
outras )
nos animais

80
escolhidos; Sistemas reprodutores
• Comparação dos sistemas
- Explicar as funções de
reprodutores dos
cada um dos órgãos do
invertebrados: hidra, planaria;
aparelho reprodutor do
Homem; •Comparação dos aparelhos
genitais dos vertebrados:
- Avaliar a importância peixe, anfíbio, réptil, ave e
dos anexos mamífero.
embrionários na Ontogenese
adaptação dos
vertebrados ao - Fases desenvolvimento
ambiente terrestre; embrionário do Homem;
- Anexos embrionários;
- Caracterizar as fases do
desenvolvimento - Destinos dos folhetos
embrionário; embrionários.

81
8. FÍSICA
DISCIPLINA DE FÍSICA 12ª CLASSE 14 SEMANAS
UNIDADE TAMÁTICA 1 e 2 - REVISÃO

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARGA


O ALUNO: HORARIA
- Explicar a diferença e as Ondas Electromagnéticas. - Identifica características de
propriedades entre ondas mecânicas Radiação do Corpo Negro ondas mecânicas e ondas
e electromagnéticas; electromagnéticas,
- Aplicar o Princípio Fundamental da relacionando-as a seus usos nos
Calorimetria as leis de Wienn e mais diferentes contextos;
Stefan – Boltzman na resolução de - Aplica o conhecimento sobre a
exercícios concretos; análise espectro na indústria,
- Interpretar os gráficos da na determinação das
emissividade em função da densidades ou na indústria Revisão 8
frequência e do comprimento de mineira;
onda. - Analisa fenómenos de poluição
ambiental, o efeito de estufa
relacionando com o
aquecimento global e as
alterações climáticas;
- Estima a temperatura do sol e
de outros astros.

82
UNIDADE TAMÁTICA 3 - FÍSICA NUCLEAR

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARGA


O ALUNO: HORARIA
- Distinguir as diferentes partículas - Partículas nucleares e - Usa o conceito de partículas
nucleares; sua representação; nucleares para interpretar
- Representar as diferentes partículas - Elementos isótopos fenómenos físicos;
nucleares; e isóbaros. - Isótopos nos processos
- Identificar elementos isótopos e tecnológicos (na medicina e
isóbaros. na agricultura).
- Identificar os diferentes tipos de - Reacções nucleares; - Discute a origem da energia
reacções nucleares; - Reacções de de alto rendimento, sua
- Representar os diferentes tipos de desintegração (alfa, beta, utilização pacífica e os efeitos
reacções nucleares de gama e captura de destruição; 4
desintegração. electrónica). - Caracteriza diferentes
radiações nos processos
tecnológicos.
- Identificar uma reacção de fissão - Reacções de fissão. - Descreve as reacções
nuclear; nucleares que ocorrem nos
- Explicar o princípio de uma reacção processos tecnológicos.
em cadeia.
- Identificar uma reacção de fusão - Reacções de fusão. - Interpreta fenómenos físicos
nuclear; como a origem da energia
- Representar uma reacção de fusão solar.
nuclear.

Sugestões de abordagem metodológicas

- Para o tratamento deste conteúdo, para além da abordagem expositiva acerca dos conteúdos de Física Nuclear
propostos, o professor poderá, também, produzir fichas de leitura e de exercícios, baseando-se nos livros F12 de
Anastácio Vilanculos e Rogério Cossa, páginas 70 a 99, Exames da 12ª classes dos anos passados, Módulo 4 do

83
PESD2-Fisica, páginas 113 a 182 e outros livros correspondentes a este nível de ensino.
- Na abordagem dos conteúdos de Reactores nucleares e sua aplicação e Bomba atómica, o professor poderá
propor aos alunos um trabalho de pesquisa a ser apresentado na sala de aulas.

UNIDADE TEMÁTICA 4 - MECÂNICA DOS FLUÍDOS – HIDRODINÂMICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARGA


O ALUNO: HORARIA
- Aplicar a definição da vazão - Vazão volúmica. - Aplica os conceitos de
volúmica na resolução de exercícios (caudal); vazão volúmica na
concretos; - Viscosidade; escolha de tubagem
- Explicar o conceito de fluído ideal. - Fluído ideal. adequada para
distribuição de água
para habitação ou
noutros sistemas
hidráulicos.
6
- Aplicar o Princípio de - Princípio de - Descreve as aplicações
Continuidade na resolução Continuidade. do princípio de
de exercícios concretos. continuidade na
técnica;
- Aplica a relação
funcional entre
variáveis.

84
- Aplicar o Princípio de Bernoulli na - Princípio de Bernoulli. - Explica aplicações
resolução de exercícios concretos. tecnológicas do
principio de Bernoulli.

Sugestões de abordagem metodológicas

- Para o tratamento deste conteúdo, para além da abordagem expositiva acerca dos conteúdos de Mecânica dos fluidos, o
professor poderá, também, produzir fichas de leitura e de exercícios, baseando-se nos livros F12 de Anastácio Vilanculos
e Rogério Cossa, páginas 102 a 113, Exames dos anos passados, Módulo 5 do PESD2-Fisica, páginas 5 a 24 e outros
livros correspondentes a este nível.
- Para melhor potenciação dos estudantes sobre a aplicação do Princípio de continuidade e de Bernoulli na aeronáutica, na
conduta de água potável e residuais ao nível das grandes cidades e outras formas de aplicação, o professor poderá propor
aos alunos um trabalho de pesquisa a ser apresentado na sala de aulas.

85
UNIDADE TEMÁTICA 5 - GASES TERMODINÂMICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARGA


O ALUNO: HORARIA
- Aplicar os isoprocessos na - Isoprocessos; - Descreve os isoprocessos
resolução de exercícios - Diagramas dos que ocorrem no dia a dia;
concretos; Isoprocessos - Constrói e interpreta
- Interpretar os diagramas dos (Isotérmico, gráficos.
isoprocessos. isobárico e
isovolumétrico).
- Calcular o trabalho termodinâmico de - Trabalho - Usa o conceito de trabalho
um gás nos diferentes isoprocessos; termodinâmico; termodinâmico para
4
- Aplicar a Primeira Lei da - Primeira Lei. interpretar fenómenos
Termodinâmica aos isoprocessos. da físicos (por exemplo,
Termodinâmica. funcionamento duma
geleira);
- Usa a primeira lei da
termodinâmica para
explicar processos
Tecnológicos.

Sugestões de abordagem metodológicas

- Para o tratamento deste conteúdo, para além da abordagem expositiva acerca dos conteúdos de Gazes e
Termodinâmica, o professor poderá, também, produzir fichas de leitura e de exercícios, baseando-se nos livros F12
de Anastácio Vilanculos e Rogério Cossa, páginas 116 a 129, Exames dos anos passados, Módulo 5 do PESD2-
Fisica, páginas 25 a 59 e outros livros correspondentes a este nível.

86
- O professor poderá propor a realização de trabalho de pesquisa sobre a aplicação do princípio de Termodinâmica para o
funcionamento de Frigoríficos, Geleiras, congeladores e outros aparelhos de refrigeração.

UNIDADE TEMÁTICA 6: OSCILAÇÕES MECÂNICAS

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARGA


O ALUNO: HORARI
A
- Interpretar o gráfico da - Explica o fenómeno de
elongação, velocidade e - Equação e gráfico da ressonância na
aceleração em função do tempo. elongação, velocidade e - electrotécnia
aceleração em função do (funcionamento de
tempo. aparelhos de rádio e 2
televisores);
- Explica o fenómeno de
ressonância na construção
de edifícios;
- Constrói e interpreta
gráficos de elongação,
velocidade e aceleração em
função do tempo.

Sugestões de abordagem metodológicas


Para o tratamento deste conteúdo, para além da abordagem expositiva acerca dos conteúdos de Gazes e Termodinâmica, o professor
poderá, também, produzir fichas de leitura e de exercícios, baseando-se nos livros F12 de Anastácio Vilanculos e Rogério Cossa,
paginas 132 a 155, Exames dos anos passados, Módulo 6 do PESD2-Fisica, páginas 5 a 105 e outros livros correspondentes a este
nível.
O professor poderá recorrer aos conhecimentos de derivadas aprendidos na Matemática para a dedução das equações de velocidade e
aceleração.

87
9. QUÍMICA
DISCIPLINA DE QUÍMICA 12ª CLASSE 14 SEMANAS
UNIDADE TEMÁTICA 1 E 2 (REVISÃO)

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARGA


HORÁRIA
O ALUNO:
Revisão de:
1ªUnidade temática: Cinética Química
2ª Unidade temática: Equilíbrio
4 aulas
Químico

88
UNIDADE TEMÁTICA 3 - EQUILÍBRIO QUÍMICO EM SOLUÇÃO AQUOSA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARGA


HORÁRIA
O ALUNO:
- Relacionar a teoria de ácido/base de Equilíbrio em solução aquosa de
Arrhenius com a de Bronsted-Lowry; ácidos, bases e sais:
- Distingue as soluções
- Representar os pares conjugados nas- - Conceito histórico de ácido e
reacções ácido/base; ácidas, básicas e neutras
base; com base na escala do pH;
- Usar diferentes tabelas de valores de ka
e de Kb; - - Teoria ácido/base segundo
- Usa os indicadores na
Bronsted-Lowry. Ião hidrónio;
- Efectuar cálculos de Ka e de Kb com determinação do carácter
base na Lei da diluição de Ostwald para- - Reacção protolítica. Pares químico das soluções.
ácidos e bases fracos; conjugados de ácido/base;
- Calcular o pH e o pOH; - Explicar a
importância do pH no organismo; - - Forças de ácidos e de bases
Constantes de ácidos (Ka) e de base
- Efectuar cálculos de pH e pOH das
soluções ácidas e básicas; (Kb);
- Relacionar o grau de ionização e- - Equilíbrio iónico da água: Produto
constante de ionização (Ki); iónico da água (Kw); 8
- Conhecer os indicadores; - - Relação entre Ka Kb e Kw;
- Resolver problemas sobre - - Grau de ionização (α) e constante
hidrólise e produto de solubilidade; de ionização (Ki).
- Determinar a concentração de ácido ou- - Lei da Diluição de Ostwald;
de base usando a titulação ácido-base.
- - Relação entre grau de ionização e
constante de ionização (Ki);
- - Soluções ácidas e básicas.
- - Conceitos de pH e pOH. Escala de
pH e pOH. Relação entre pH e
pOH;

89
- - Cálculo de pH de ácidos e bases
fortes;
- - Cálculo de pH de ácidos e bases
fracos. - pH de soluções de sais.
Hidrólise de sais de ácidos fortes e
bases fracas e de ácidos fracos e
bases fortes;
- Indicadores ácido-base;

- Solubilidade (S) e produto de


solubilidade (Ks ou Kps);

- Titulação. Ácido forte com base


forte.

Sugestões metodológicas da 3ª Unidade temática

- Para iniciar o estudo desta unidade, o professor pede aos alunos para representar as fórmulas químicas de alguns ácidos e a partir dos exemplos
reactiva-se o conceito de ácido/base segundo Arrhenius e de Bronsted-Lowry. Define-se o conceito protólise como transferência de protões. Na
base de reacções químicas de ácidos e de bases (NH3) com água explica-se a formação de pares conjugados.
- A força dos ácidos e das bases deve ser explicada qualitativa e quantitativamente. A explicação quantitativa deve ser na base dos valores das
constantes de equilíbrio de ácido e de base (Ka e Kb). Enquanto que a qualitativa será na base da tendência da espécie do ácido de doar protões
ou da base de receber protões numa reacção química. Neste tema, serão reactivados os conhecimentos dos alunos sobre a constante de equilíbrio
adquiridos na unidade anterior. Deve-se salientar ainda que, quanto maior forem os valores de Ka e Kb, mais fortes serão os ácidos e as bases,
respectivamente.
- Para exercitar, os alunos serão orientados a escrever a expressão da constante de acidez ou da basicidade de diferentes substâncias, e a consultar
os valores tabelados dos ácidos e das bases e a partir destes concluir o grau de acidez ou de basicidade dos mesmos.
- Em relação ao tema sobre o equilíbrio iónico da água, sugere-se uma explicação dos conceitos de reacção protolítica e protólise. A partir
do exemplo da reacção da auto-protólise da água será abordado o tema sobre o Produto iónico da água (Kw). Deve-se salientar que, o valor

90
de Kw depende da temperatura, pois à medida que se aumenta a temperatura, as moléculas da água passam a ter maior energia cinética. Por
isso, torna-se mais intenso o processo de ionização e, por conseguinte, há um aumento das concentrações dos iões H+ (H3O+) e OH-, pois o
processo é endotérmico.
- Seguidamente fala-se da relação entre Ka, Kb e Kw, deduzindo e demonstrando que para quaisquer pares conjugados de ácidos e bases, o
produto Ka.Kb é precisamente igual a constante de autoprotólise do solvente, à mesma temperatura. Para soluções aquosas, temos Ka..Kb
= Kw ⇒ pKa + pkb = pKw.
- Através de uma tabela mostra a relação da variação dos valores de Kw com a temperatura, sendo a 25oC igual a 10-14, o que significa que
[H3O+] = [OH-] = 10-7.
- Seguidamente, define-se o grau de dissociação e relaciona-se com Ka e Kb e trata-se da Lei da Diluição de Ostwald, que permite prever o
que acontece ao diluir ou concentrar uma solução, isto é, o que acontece com o grau de dissociação se a concentração da solução diminui
ou se a concentração de uma solução aumenta.
- A seguir, explica-se que solução ácida (acídica) é aquela em que [H3O+] > [OH-], solução alcalina (básica), [H3O+] < [OH-], e, quando
[H3O+] = [OH-] a solução diz-se neutra (neutral). Explicar ainda que para a indicação do carácter químico de uma solução (se é acídica,
alcalina ou neutral) usa-se uma grandeza denominada potencial, potencial = log 1 . Tal grandeza é definida como o concentração logaritmo
decimal do inverso de qualquer concentração. Se a concentração considerada for de iões H+, o potencial será denominado potencial
hidrogeniónico, que é representado por pH. Se a concentração considerada for a de iões OH -, o potencial se denominará potencial
hidroxiliónico, que é representado por pOH.
- Logo: pH =log [H+] ⇒ pH = − log [H +] e pOH = -log [OH −] ⇒ pOH = − log[OH −]. De seguida, fala-se da escala de pH e de
pOH, que caracterizam as soluções.
- Como forma de exercitação, os alunos efectuam cálculos de pH e de pOH de soluções de ácidos fortes e bases fortes e de ácidos fracos e
bases fracas. Aqui é importante falar da relação entre pH e pOH ( pH + pOH = 14, a 25 oC). Esta relação é obtida da constante de
autoionização da água.
- Para falar da solubilidade (S) e do produto de solubilidade (Ks ou Kps) deve basear-se no equilíbrio de ionização e equilíbrio heterogéneo.
Deve explicar a diferença entre a solubilidade (quantidade de sal que satura100g do solvente) e produto de solubilidade (constante de
equilíbrio de ionização desse sal). Deve também diferenciar a produto de solubilidade e o produto iónico (pi) do sal (o produto das
concentrações dos iões do sal na solução) e sublinhar que numa solução saturada pi = Ks e que se pi > Ks forma-se precipitado. Nos
exercícios de aplicação deve-se incidir mais nos sais simétricos, podendo incluir alguns exercícios com sais não simétricos. Estes exercícios

91
devem incluir cálculos de Ks a partir de S e cálculo se S a partir de Ks.
- Na titulação, determina-se a quantidade de um composto, em gramas, em 1ml de solução, aplicando a fórmula T = NE/100 (onde T é o
título da solução, N é a normalidade da solução e E é o equivalente da substância). Através da solução titulada de álcali (base solúvel em
Água) é possível determinar a normalidade da solução de ácido, e, vice-versa. Para a titulação de soluções é cómodo utilizar as soluções
normais aplicando para os cálculos a fórmula Na.Va = Nb.Vb (onde N é a normalidade da solução, V é o volume da solução, a é a substância
acídica e b a substância alcalina ou básica).

Indicadores de desempenho
- Distingue ácido e base segundo Bronsted-Lowry;
- Aplica a Lei de Diluição de Ostwald na resolução de exercício o Relaciona o pH e pOH com o produto iónico da água (Kw);
- Distingue as soluções ácidas, básicas e neutras com base na escala do pH;
- Calcula o pH e pOH de soluções ácidas e básicas fortes e fracas;
- Relaciona pKa + pKb = pKw com a constante de hidrólise salina (Kh).
- Aplica as soluções tampão na determinação do pH óptimo do organismo;
- Resolve problemas de cálculo de produto de solubilidade e sobre titulação de ácidos e bases fortes;
- Selecciona e decide sobre os materiais necessários e adequados para a realização da titulação de um ácido forte com uma base forte.

92
UNIDADE TEMÁTICA 4 - REACÇÕES REDOX E ELECTROQUÍMICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARGA


HORÁRIA
O ALUNO:
- Definir os conceitos de oxidação, Reacções redox - Conhece o
redução, semiequação, agente - - Conceito histórico de oxidação e funcionamento dos
oxidante, agente redutor par redução; diferentes tipos de pilhas
conjugado rdox; utilizadas no quotidiano;
- - Conceitos básicos: agente redutor,
- Conhecer as regras de agente oxidante, reduzir, oxidar, - Estabelece a relação
determinação do número de redução, oxidação. Número de entre a electrólise com a
oxidação; oxidação; produção de
substâncias úteis no
- Deduzir uma reacção redox a - - Regras para a determinação do quotidiano (Al,
partir dum enunciado indicando o número de oxidação; Na2CO3, NaOH, Na,
oxidante e o redutor; Cl
Cu, 2 , etc.);
- - Pares conjugados redox. Semi-
- Acertar equações redox pelo equações redox. Forças de - Aplica os
método da variação do número de oxidantes e de redutores. Potencial conhecimentos da
oxidação; normal redox. Tabela de potenciais electrólise na protecção de 8
- Relacionar as reacções redox com normal redox. Série de reactividade metais contra a corrosão e
processos de transformação de de metais e de ametais; para produzir objectos de
energia; - Relacionar electrólise da - - Acerto de equações redox pelo adorno usando moldes.
electroquímica; Interpretar o método de variação do número de
funcionamento da pilha de Daniel; oxidação (equações moleculares e
- Efectuar cálculos da f.e.m. de uma método das semi-equações) e
pilha; método ião- electrão (equações
iónicas em solução).
- Conhecer o funcionamento das
pilhas e baterias comerciais;
- Relacionar electrólise ígnea da
Electroquímica
aquosa; - - Célula galvânica. A pilha de
Daniel. Transferência de electrões e
- Escrever as equações das reacções

93
de electrólise; - Conhecer as previsão de espontaneidade de
aplicações da electrólise no reações;
quotidiano; - Efectuar cálculos - - Conceito e tipos de eléctrodos.
usando Lei de Faraday. Esquema de um eléctrodo;
- - Potencial do eléctrodo; Eléctrodo
normal de Hidrogénio;
- - Determinação da f. e. m. duma
pilha;
- Potencial normal dum par redox
conjugado. - Diagrama e esquema de
célula. f . e. m. duma célula galvânica
com base na tabela com valores de
potenciais padrão (Eo);
- Bateria de chumbo. Pilha seca.

Electrólise
- - Célula electrolítica;
- - Electrólise de soluções aquosas
usando eléctrodos inertes;
- - Electrólise de substâncias iónicas
fundidas;
- - Leis de Faraday;
- - Aplicações da electrólise
(galvanoplastia, galvanostegia,
anodização, refinação de metais e
obtenção de substâncias de
interesse).

94
Sugestões metodológicas da 4ª Unidade temática Reacções Redox

- Ao iniciar esta unidade, como breve historial, o professor informa aos alunos que a oxidação é um processo que já era conhecido na
sociedade primitiva visto que o desenvolvimento material da civilização, tanto no oriente como no ocidente foi acompanhado pelo
desenvolvimento de procedimentos de natureza química para a obtenção de substâncias ou para a sua purificação. De seguida, recorda
os alunos sobre os conceitos de oxidação e redução dados na 8ª Classe, como ganho e perca de oxigénio, e da 9ª Classe como transferência
de electrões. A partir de exemplos, o professor leva os alunos a definir a reacção redox como uma reacção química que ocorre com
transferência de electrões e explica que a partícula que ganha electrões chama-se oxidante e ao processo de ganhar electrões, chama-se
redução. O agente aqui, actua como um oxidante. Á partícula que cede ou perde electrões, chama-se redutor, o processo tem o nome de
oxidação. O agente actua como um redutor. Desta maneira, o redutor não pode perder electrões sem a presença de qualquer oxidante que
os apanha, por isso, redução e oxidação ocorrem simultaneamente razão pela qual, falamos de reacções redox.
- Em seguida, define o número de oxidação (Nox) dum elemento como o número de electrões que o elemento (o átomo do elemento) pode
perder ou ganhar quando participa numa reacção química, ou, a carga que o elemento teria se os electrões envolvidos nas ligações fossem
contados como pertença do elemento mais electronegativo que participa nessa ligação (composto iónico). Número de oxidação de um
elemento num composto covalente, define-se como número de electrões deslocados do átomo do elemento em causa para outros átomos
(quando este número é positivo) ou deslocados dos átomos dos outros elementos para o átomo do elemento em questão (quando é
negativo). Aqui, o professor explica as regras para a dedução dos números de oxidação das espécies químicas (átomos, iões, moléculas,
etc). Através de exemplos, com o uso do número de oxidação, os alunos identificam as reacções redox como aquelas em que há variação
de Nox de pelo menos dois elementos, identifica os processos redox e os pares conjugados redox, em comparação com os pares conjugados
ácido-base. A partir dos pares redox, o aluno deduz as semi-equações redox e a equação global. Prevê a ocorrência da reacção redox com
ajuda dos potenciais redox tabelados em comparação com as forças ácido-base.
- Sobre o acerto de equações, o professor explica os diferentes métodos, começando pela variação do nox, primeiro, pelo método da
equação global e depois pelas semi-equações. Depois explica o método de acerto de equações iónicas em solução aquosa (método ião
electrão), tanto soluções ácidas, alcalinas bem como neutras. O professor termina este tema com exercitação sobre a previsão de reacções
redox e a acerto de equações de reacções redox. Electroquímica. Sobre a Electroquímica, começa-se por citar exemplos de aparelhos e
dispositivos do dia-a-dia que usam processos electroquímicos no seu funcionamento. Pilhas e baterias constituem hoje em dia produtos
de grande importância para a sociedade.
- Este tema esclarece como é possível gerar uma corrente eléctrica por meio de uma reacção química. Também analisa a corrosão sofrida
por certos metais (fenómeno que causa muitos prejuízos ao ser humano) e meios para tentar retardá-la ou evitá-la.
- Seguidamente define-se Electroquímica como a parte da Química que estuda a relação entre a reacção química e a energia eléctrica.
Definem-se o eléctrodo, como o conjunto formado por uma barra metálica mergulhada numa solução de iões desse metal, e explica-se

95
os fenómenos que ocorrem nos eléctrodos - no eléctrodo positivo (cátodo) ocorre redução e no eléctrodo negativo (ânodo) é onde
oxidação - bem como a determinação do sentido da corrente eléctrica numa célula galvânica (célula electroquímica) e desta para o circuito
externo, e, vice-versa. Para isso, o professor recorre a ajuda de um esquema para representar os eléctrodos. Fala-se da célula galvânica e
dá-se o esquema da constituição de uma célula galvânica, e o papel e a constituição de cada uma das partes (dois eléctrodos e uma ponte
salina ou uma membrana porosa).
- Ao tratar o potencial do eléctrodo, este deve ser definido como um número medido em volts, que indica a tendência do processo em
ocorrer no sentido em que está escrito, e é representado por E, podendo ser potencial de oxidação (Eoxid) e potencial de redução (Ered),
dependendo se a equação do eléctrodo representa uma semi-equação de oxidação ou de redução. É importante que os alunos saibam que
existem outras notações para o potencial (por exemplo, ϕ, ε, etc.). Quando o potencial for medido em condições normais de temperatura
e pressão (1 atm, 25 oC) e na concentração de 1 M, diz-se potencial padrão, Eo. Os potenciais padrão dos eléctrodos estão tabelados.
- O potencial de redução do eléctrodo de Hidrogénio (H2/2H+), em condições normais de temperatura e pressão (1 atm, 25 oC) e
concentração 1 M, foi convencionado como sendo igual a zero. Este é usado como padrão de comparação para a determinação dos
potenciais de redução dos outros eléctrodos.
- O eléctrodo normal é uma placa de Platina ou Níquel mergulhada na solução de Ácido sulfúrico onde deve passar Hidrogénio. O professor
explica ainda que existem dois grupos de ânodos: insolúveis (C, Pt, Ir) e solúveis (Cu, Ag, Zn, Cd, Ni, e outros metais). Ao exemplificar
os eléctrodos, o professor deve familiarizar os alunos com os esquemas dos eléctrodos.
- O professor define a força electromotriz (f.e.m.) ou diferença de potencial (ddp) da pilha como sendo a diferença entre os valores do
potencial do eléctrodo de maior valor valor algébrico (o eléctrodo oxidante) e o do menor valor (o eléctrodo redutor); F.e.m. = Eoxid -
Ered. Realçar que para a medição da f.e.m. usa-se um aparelho chamado voltímetro.

- Depois, o aluno reactiva o diagrama da célula galvânica e faz cálculos de f.e.m. de células galvânicas, com base na tabela de valores Eo.
- Com base nos conhecimentos sobre a célula galvânica, o professor explica a estrutura e o funcionamento da pilha de Daniell, pilha seca
(de Leclanché) incluindo pilha alcalina (um melhoramento da pilha de Leclanché), da bateria de Chumbo, célula de Mercúrio (ideal para
relógios de pulso e aparelhos de surdez), e bateria de Níquel/Cádmio (como a usada nos telemóveis, brinquedos, etc). As pilhas devem
ser classificadas em reversíveis (recarregáveis, como a dos telemóveis) e irreversíveis (irecarregável, como a de Leclanché). Aqui, o
professor pode fazer a dissecação duma pilha e duma bateria velha para estudar as partes constituintes.

96
Electrólise
- Na subunidade Electrólise, começa-se por definir a Electrólise como sendo toda a reacção química provocada por corrente eléctrica
proveniente de uma fonte externa. O esquema da célula electrolítica deverá ser comparado com o da célula electroquímica. Deve-se
informar que a f.e.m. que pode provocar a electrólise deve ser maior que a f.e.m. da célula electroquímica correspondente.
- Seguidamente, classifica a electrólise em ígnea (de massas fundidas iónicas, como de sais NaCl, Na 2SO4, etc.) e em solução aquosa
(como NaCl(aq)), na superfície de eléctrodos inertes. Aqui, deve-se mencionar e estudar com pormenor.
- As relações quantitativas da electrólise devem ser estudadas na base das duas leis de Faraday.
- Para completar o estudo deste capítulo, fala-se das aplicações da electrólise (galvanoplastia, galvanostegia, anodização, refinação de
metais e obtenção de substâncias de interesse, como o processo de produção de Alumínio Soda soldada e Soda cáustica).

Indicadores de desempenho
- Aplica os conceitos de oxidação, redução, oxidante, redutor e par conjugado redox, na identificação de reacções redox;
- Aplica os métodos de variação do Nox e ião electrão no acerto de equações moleculares e iónicas;
- Identifica as células galvânicas com base num esquema de representação; o Resolução de exercícios na determinação da força
electromotriz de uma pilha;
- Descreve o funcionamento das pilhas usadas no quotidiano;
- Aplica as leis de Faraday na resolução de exercícios de electrólise.

97
UNIDADE TEMÁTICA 5: QUÍMICA ORGÂNICA

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARGA


HORÁRIA
O ALUNO:
- Usar a nomenclatura IUPAC e Hidrocarbonetos: revisão
- Fórmula geral;
- Contribui na divulgação, na
Usual para nomear os Alcanos, comunidade, sobre os
Alcenos. Alcinos e os compostos - Nomenclatura (Usual e IUPAC);
- Reacções de substituição e de adição: cuidados que se deve ter no
Aromáticos; manuseamento e conservação
- Substituição em alcanos;
- Substituição em compostos dos combustíveis (Gás de
- Escrever as cozinha, gasolina, etc.);
aromáticos (efeitos indutivos e
equações das reacções que
mesoméricos);
traduzem as propriedades Aplica as diferentes
- Reacções de adição em alcenos e -
químicas dos alcanos; alcenos, alcinos. técnicas de produção de
alcinos e compostos aromáticos; produtos a base de 8 aulas
Álcoois e fenóis: revisão hidrocarbonetos ao nível da
- Usar a nomenclatura IUPAC e - Álcoois: Fórmula geral e grupo comunidade;
Usual para nomear os álcoois, fenóis; funcional. Nomenclatura.
- Nomear os éteres, aldeidos e Classificação. Propriedades físicas.
cetonas, esteres com base na
nomenclatura Usual e IUPAC; Preparação de mono álcoois. - Promove círculos de
Propriedades químicas. Aplicações. interesse e feiras de artigos
- Conhecer as aplicações e Poliácoolis: Etilenoglicol e Glicerol. produzidos localmente com
propriedades físicas dos álcoois, - Fenóis: Preparação. Propriedades vista a despertar maior
éteres, aldeídos, e cetonas, ácidos químicas e aplicações do fenol. interesse pela química;

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carboxílicos e ésteres; Oxidação de álcoois:

- Reacções de oxidação de álcoois; -


- Escrever as equações das Obtenção de álcoois por redução. - Participa na divulgação
reacções que traduzem as sobre o perigo do
propriedades químicas dos Temas geradores: consumo de bebidas
álcoois, éteres, aldeidos e cetonas, Transformação de vinho em alcoólicas.
ácidos carboxílicos e ésteres; vinagre;
Formação do Etanol por
- Conhecer a nomenclatura, fermentação; As bebidas alcoólicas
obtenção e aplicações das amidas. e os riscos que representam;
- Utilização de álcool como
combustível.

Éteres: Fórmula geral e grupo


funcional. Nomenclatura.
Propriedades físicas. Preparação.
Propriedades químicas. Aplicações.

Aldeídos e cetonas:
- Fórmula geral e grupo funcional;
- Nomenclatura. Propriedades físicas;
Preparação. Propriedades químicas.
Aplicações.
Ácidos carboxílicos:
- Fórmula geral e grupo funcional
- Nomenclatura;
- Propriedades físicas e químicas;
- Preparação e aplicação.
Ésteres:
- Fórmula geral e grupo funcional
- Nomenclatura;
- Propriedades físicas e químicas.

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Preparação e aplicação.
Aminas:
- Fórmula geral e grupo funcional;
- Nomenclatura e classificação;
- Propriedades físicas. Métodos de
obtenção. Propriedades químicas e
aplicações. Anilina.
Amidas:
• Fórmula geral e grupo funcional;
• Nomenclatura. Obtenção e
aplicações. Ureia.
Noções sobre alguns compostos
presentes nos seres vivos.

Sugestões Metodológicas da 5ª Unidade Temática Hidrocarbonetos


- Ao principiar esta unidade o professor deve reconsiderar os conhecimentos dos alunos sobre Química Orgânica adquiridos na 10ª
Classe.
- Deve se destacar as particularidades dos hidrocarbonetos saturados, insaturados e aromáticos: A reacção principal dos hidrocarbonetos
saturados é a substituição dos átomos de hidrogénio nas suas moléculas; Os hidrocarbonetos apresentam a reacção de adição para a
ligação múltipla; para os compostos aromáticos, que são formalmente insaturados, são características as reacções de substituição, quer
de adição.
- Álcoois e fenóis
Em relação aos álcoois, os alunos revêm a estrutura destes destacando que álcoois e fenóis apresentam o mesmo grupo funcional (OH).
No entanto, explica-se que nos álcoois o grupo funcional está ligado a um Carbono saturado (R-OH) enquanto, que nos fenóis está
ligado ao radical fenil ou aril (Ar-OH). Seguidamente, o professor solicita aos alunos alguns exemplos de álcoois e fenóis.
Utilizando exemplos, o professor leva os alunos à classificação dos álcoois quanto ao número de grupos hidroxilo (OH) e quanto à

100
posição do grupo hidroxilo na cadeia. A seguir, o professor orienta a escrita de equações de reacções que traduzem as propriedades
químicas dos álcoois e fenóis, reacção de combustão e de oxidação, respectivamente.

- Éteres
No estudo dos éteres, deve-se iniciar com a sua nomenclatura citando exemplos do quotidiano, como o éter comum (éter dietílico)
usado como anestésico, entre outros. Em relação as propriedades químicas, explica-se que estes são isómeros dos álcoois, mas, não
apresentam o grupo hidroxilo. É necessário mostrar as diferenças existentes entre os álcoois e os éteres nas propriedades físicas e
químicas; por exemplo, os éteres não têm pontes de hidrogénio entre as moléculas e a temperatura de ebulição é menor do que a do
álcool correspondente.

- Aldeídos e cetonas
Sobre os aldeídos e cetonas, tratando de um tema já estudado na 10ª Classe, far-se-á uma breve revisão sobre a estrutura, nomenclatura,
propriedades e aplicações. Em relação às propriedades químicas deve-se apresentar as suas reacções qualitativas: reacção com e
Cu(OH)2. Deve-se, também, diferenciar a acção dos aldeídos e poli álcoois sobre o Cu(OH)2.

- Ácidos carboxílicos
O tema sobre ácidos carboxílicos também foi estudado na 10ª Classe, por isso, começa-se com uma revisão sobre a estrutura e a
nomenclatura e aplicações dos ácidos carboxílicos mais comuns. Os alunos recordam o conceito de ácido segundo Bronsted-Lowry
e comparam a semelhança quanto a cedência do ião H+ em solução aquosa e a diferença na sua Ag2O composição (presença ou não
do Carbono).

- Ésteres
Sendo os Ésteres, mais um tema estudado na 10ª Classe, o professor apresenta vários ésteres e solicita dos alunos a sua aplicação
prática e suas fontes naturais. Os Ésteres são largamente usados na produção de flavorizantes ou aromatizantes (substâncias naturais
ou sintéticas
que adicionadas a um alimento ou medicamento lhes confere um sabor característico), na produção de refrescos, doces, pastilhas,
xaropes. Exemplos: Acetato de etila, proporciona o sabor a menta; Etanoanato de octila, proporciona o sabor a laranja.
Sobre a preparação dos ésteres, deve-se destacar a reacção de esterificação, explicando o seu mecanismo. Para as propriedades

101
químicas dos ésteres destacam-se as reacções de hidrólise e de saponificação.

- Aminas
As aminas estudam-se como derivados do amoníaco, por isso, deve-se comparar estes dois compostos baseando-se na existência dos
electrões não partilhados no átomo do nitrogénio. De seguida, o professor deve-se referir da classificação e nomenclatura, métodos
de obtenção, propriedades físicas e químicas e aplicações com enfoque a anilina. Amidas
As amidas estudam-se começando-se por demonstrar o seu parentesco, por um lado, com os ácidos carboxílicos e por outro, como
amoníaco. Para em seguida tratar-se da sua nomenclatura, obtenção e aplicações com destaque a ureia.

Indicadores de desempenho
- Aplica a nomenclatura Usual e IUPAC para nomear os compostos orgânicos mais comuns;
- Identifica as reacções típicas para cada função química orgânica;
- Lista as principais aplicações das substâncias orgânicas no quotidiano;
- Lista as principais funções das substâncias orgânicas nos seres vivos, e em particular no homem;
- Escreve as equações das reacções de combustão, substituição, adição, eliminação e polimerização como reacções típicas dos
compostos orgânicos; Relaciona as propriedades dos polímeros com a sua aplicação;
- Realiza experiências químicas sobre saponificação;
- Selecciona e decide sobre os materiais necessários e adequados para a realização da experiência;
- Redige o relatório da experiência química e do trabalho de investigação.

102
10. MATEMÁTICA
DISCIPLINA DE MATEMÁTICA 12ª CLASSE 14 SEMANAS
UNIDADE TEMÁTICA 2 - Cálculo combinatório e probabilidades
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARGA
O ALUNO: HORÁRIA
- Aplicar fórmulas de factorial, 1. Cálculo combinatório e - Aplica combinações para
arranjos, combinações e probabilidades
resolver equações e
permutações de um número 1.1. Revisão sobre factorial,
para resolver problemas reais permutação, arranjos e problemas concretos;
da vida; combinações simples.
- Resolve problemas
- Distinguir arranjos,
permutações, combinações; 2. Introdução ao cálculo de envolvendo cálculo de
- Reconhecer regularidades em probabilidade
probabilidade; Para o cálculo de
fenómenos aleatórios; - Fenómenos aleatório;
- Aplicar probabilidades para - Operação com acontecimentos - Interpreta e compara probabilidades,
recomenda-se o 4 horas
resolução de problemas (união, intersecção);
distribuições;
práticos da vida; - Acontecimento certo, impossível. uso da regra de
- Calcular frequências - Acontecimento contrário e - Estuda casos de incerteza e Leplace.
absolutas e relativas de um incompatível (disjuntos);
interpreta previsões
acontecimento; - Noção de probabilidade obtida a
- Aplicar as propriedades de partir da noção de frequência baseadas na incerteza;
frequência relativa para o relativa;
- Interpreta de forma crítica,
cálculo de probabilidades; - Determinação da probabilidade
- Calcular probabilidades de de um acontecimento quando os toda a comunicação que
acontecimentos incompatíveis acontecimentos elementares são
utiliza a linguagem das
e equiprováveis. equiprováveis e não
equiprováveis. probabilidades.

103
- Calcular a probabilidade de um - Resolução de problemas
acontecimento pela regra de (simples).
Laplace.
- Aplicar as ideias de
probabilidade em fenómenos
naturais e do quotidiano,
realizando inferências e
fazendo predições com base
numa amostra da população.
- Resolver problemas de
determinação da
probabilidade de um
acontecimento em casos
simples.

Sugestões Metodológicas da Unidade Temática II: Cálculo Combinatório e Probabilidade

- O cálculo combinatório deve dar a possibilidade de o aluno resolver equações e problemas concretos e preparar condições para realizar
o cálculo de probabilidades com sucesso.

- Todo o trabalho deve iniciar-se pela realização de experiências aleatórias (frequências relativas e probabilidades). Os alunos devem ser
levados a elaborar formas de registo "legíveis" para os resultados das suas experiências que podem ser partilhadas em grupo. As
experiências e o estudo de situações (em particular dos jogos) devem ser aproveitadas para dinamizar discussões de tipo científico, bem
como o trabalho cooperativo.

- A modelação de fenómenos que, não sendo passíveis de ser descritos por leis determinísticas, encontra nos modelos de probabilidade
uma boa alternativa à sua descrição, é a principal motivação para a organização dos conteúdos programáticos desta unidade.

104
- Para melhor entendimento é importante que se introduzam modelos simples que permitam uma primeira abordagem de conceitos de
acontecimento, fenómenos determinísticos e fenómenos aleatórios.

- Os alunos deverão observar por via da prática que quanto maior for o número de experiências realizadas, melhor será a estimativa obtida
para a probabilidade.

- É importante que os alunos sejam capazes de estimar probabilidades de acontecimentos através da análise de um gráfico (histograma).
Os alunos poderão recorrer a alguns meios tecnológicos para determinarem a média e o desvio padrão de uma distribuição.

- A axiomática das Probabilidades pode ser obtida pela intuição a partir das conclusões que se forem tirando das experiências e de outros
exemplos apresentados. A axiomática, por ser curta, permite alguns exercícios de verificação simples capazes de motivar a apropriação
da utilidade deste tipo de abordagem matemática.

- No caso das contagens que sejam facilitados por raciocínios combinatórios, os alunos devem começar por contar os elementos um a um,
utilizando exemplos (desde os mais simples até aos complicados), até que reconheçam a utilidade dos diagramas e depois das
organizações simplificadoras. Os exemplos de conjuntos para a contagem devem surgir de situações problemáticas que lhes forem sendo
propostas. Muitos problemas postos podem e devem resultar da análise de jogos conhecidos.

- Pretende-se que o aluno trate agora com rigor os conceitos anteriormente estudados de forma primordialmente intuitiva.

- Experiências que permitam tirar partido de materiais lúdicos e de simulações com a calculadora contribuirão para esclarecer conceitos
através da experimentação e para dinamizar discussões de tipo científico, bem como para incentivar o trabalho cooperativo. A simulação
e o jogo ajudam a construir adequadamente o espaço dos resultados e a encontrar valores experimentais para a probabilidade de
acontecimentos que estão a ser estudados. É importante incentivar o estudante, sempre que possível, a resolver os problemas por vários
processos, discutindo cada um deles com o professor e com os restantes colegas de modo a poder apreciar cada uma das formas de
abordar o problema. O professor deve solicitar, frequentemente, que descrevam com pormenor, oralmente e por escrito, os raciocínios
efectuados. É aconselhável elaborar boas formas de registo para os resultados das suas experiências de modo a poderem ser partilhadas
em grupo. A axiomática das Probabilidades, por ser curta, permite alguns exercícios de verificação simples, capazes de motivar a
apropriação da utilidade deste tipo de abordagem matemática. O facto de tanto as definições frequência e clássica de probabilidade como
a probabilidade condicionada satisfazerem a axiomática das Probabilidades permite compreender melhor o papel de uma axiomática em
Matemática.

105
- Os alunos já sabem como descrever os acontecimentos associados a uma experiência aleatória usando o espaço ou conjunto de
resultados e sabem, ainda, como determinar a probabilidade de acontecimentos. Ora, é muitas vezes necessário associar a uma
experiência aleatória (associada a um modelo de probabilidade) valores numéricos pelo que é importante introduzir o conceito de
variável aleatória bem como o de função massa de probabilidade. Os estudantes poderão utilizar simulações para construir
distribuições empíricas de probabilidades. É importante que compreendam a relação entre as estatísticas e os parâmetros
populacionais. Não é objectivo do programa entrar no estudo das variáveis contínuas mas o estudante poderá investigar se não haverá
nenhuma representação que seja para a população o equivalente ao histograma na amostra. Das distribuições contínuas a mais
conhecida foi obtida pelo matemático Gauss e tem hoje um papel importante já que muitos processos de inferência estatística a têm
por base.

Indicadores de desempenho

- Aplica fórmulas de factorial, arranjos, combinações e permutações de um número para resolver equações e problemas reais da
vida;

- Descreve acontecimentos associados a uma experiência aleatória.

106
UNIDADE TEMÁTICA III: FUNÇÃO REAL DE VARIÁVEL NATURAL

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARGA


O ALUNO: HORÁRIA

- Determinar qualquer termo geral de uma 3. Sucessões No tratamento


sucessão; numéricas do cálculo do
- Verificar se um dado número é ou não 3.1. Noção de sucessão. termo geral de
- Identifica uma função de uma sucessão
termo de uma dada sucessão; 3.2. Termo geral de uma uma variável como um que não seja
- Reconhecer situações em que os modelos de sucessão.
modelo matemático; progressão,
progressões aritméticas ou geométricas são 3.3. Progressões
aritmética e geométrica: recomenda-se
adequados; Resolve problemas da vida
- Distinguir crescimento linear de fórmula do termo geral e - exercícios
soma de n termos de uma real, nomeadamente de simples.
crescimento exponencial; modelação, envolvendo 6
progressão.
- Resolver problemas que incidam sobre a 3.4. Aplicações sucessões; Sugere-se que as
soma de n termos consecutivos de uma - Resolve problemas da vida progressões
progressão; real, nomeadamente de sejam dadas na
- Aplicar o termo geral de uma sucessão na modelação, envolvendo mesma aula
resolução de problemas práticos da vida e sucessões. através de um
matemáticos. quadro
comparativo.

107
Sugestões Metodológicas da Unidade Temática III: Funções reais de variável natural (Sucessões)

- Sucessões - Definição e diferentes formas de representação. Estudo de propriedades: - monotonia e limitação. Progressões
1 𝑛
aritméticas e geométricas - termo geral e soma de n termos consecutivos. Estudo intuitivo da sucessão de termo geral (1 + 𝑛) num
contexto de modelação matemática - primeira definição do número.

- As sucessões aparecem como uma forma de organizar possíveis resoluções para situações problemáticas que são apresentadas, com
base em aspectos da realidade (social) e em aspectos do estudo das diversas ciências (Matemática incluída). O estudo das sucessões
pode e deve servir para evidenciar conexões entre a matemática e as outras disciplinas: a introdução do conceito de sucessão e das suas
propriedades pode ser feita propondo vários problemas. Exemplos sugestivos podem versar assuntos diversos: da geometria —- por
exemplo, comprimento da espiral construída a partir de quartos de circunferências; da economia — - por exemplo, problemas com
empréstimos ou depósitos bancários com juros sobre um capital constante (ou variável); da biologia — por exemplo, cálculo do número
de elementos de uma população considerado um determinado modo de reprodução de cada elemento, etc.

- O estudo das sucessões como funções de variável natural deve ser feito só depois de terem sido construídos vários exemplos/modelos.
Mas a escrita de expressões para os termos gerais das sucessões deve ser procurada como forma de representar as situações que se vão
descrevendo. Do mesmo modo se podem introduzir as noções de termo, de ordem, ou até de razão, etc.

- Os alunos podem utilizar livremente a calculadora para procurar responder aos problemas que lhes são propostos e devem procurar
formas próprias de organização e expressão para a modelação das situações. O professor deve explorar o uso da calculadora e ajudar
a construir tabelas, a desenhar e a interpretar gráficos. Só depois de serem experimentadas variadas redacções, são introduzidas as
redacções simbólicas consagradas. As redacções simbólicas serão testadas com exercícios rápidos.

- Depois de se terem introduzido as noções de sucessão como função de variável natural, de ordem, de termo geral, etc. podem
apresentar-se exemplos de sucessões definidas pelo seu termo geral e, utilizando a calculadora gráfica (ou não), através de cálculos e
representações gráficas de sequências de termos chegar aos conceitos de infinitamente grande, de infinitamente pequeno, de limite de
uma sucessão.

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- Cada definição deve ser suportada por exemplos e contra-exemplos que esclareçam as ideias imediatas e corrijam eventuais conceções
alternativas e erradas. Deste modo, os estudantes ganham confiança nos seus próprios saberes e compreendem as novas aquisições
como complementares e facilitadoras, aprofundamentos das suas competências para dar respostas a situações cada vez mais complexas.

- As definições são estabelecidas em linguagem corrente seguindo as conclusões a tirar de cada exemplo e contra-exemplo. Após cada
redacção em linguagem corrente deve ser estabelecida uma redacção em simbologia matemática e devem então ser aplicados exercícios
rápidos em que as definições simbólicas sejam testadas.

Indicadores de desempenho
- Determina termo geral de uma sucessão;
- Averigua se uma sucessão é ou não limitada;
- Diferencia uma progressão aritmética de uma progressão geométrica;
- Resolve problemas relacionados com a soma de n termos consecutivos de uma progressão;
- Resolve problemas práticos da vida conducentes a progressão aritmética e geométrica;
- Verifica se uma sucessão é uma progressão aritmética ou é progressão geométrica;
- Aplica o termo geral de uma sucessão na resolução de problemas práticos da vida e matemáticos.

109
UNIDADE TEMÁTICA IV: FUNÇÃO REAL DE VARIÁVEL REAL

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARGA


O ALUNO: HORÁRIA
- Explicar a noção de limite de 4. Limites e continuidade de - Identifica uma função de uma
uma função; funções variável como um modelo
- Identificar as formas matemático;
4.1 Limites de uma função
indeterminadas de limites de - Analisa gráficos de funções
funções; - Definição de limite de uma reconhecendo e atribuindo
significado a: domínio,
- Levantar as indeterminações de função num ponto;
contradomínio, estudo da
funções; - Função infinitamente pequena variação de sinal, intervalos de
- Calcular limites laterais; e infinitamente grande; monotonia, continuidade,
- Calcular limites notáveis; - Propriedades dos limites de simetrias, paridade e pontos
- Definir uma função contínua funções; notáveis: zero (s), intersecção
num ponto e num intervalo; - Operações com limites. com o eixo dos YY, extremos
- Identificar uma função contínua (relativos e absolutos), etc.;
- Limites notáveis; 6
- Desenvolve o espírito crítico,
dado o seu gráfico; - Cálculo de limites.
nomeadamente no referente à
- Determinar se uma função é - Indeterminações;
utilização de instrumentos
contínua, dada a sua expressão tecnológicos;
analítica; - Resolve problemas da vida real,
- Aplicar as propriedades dos 4.2. Continuidade de funções nomeadamente de modelação,
limites de funções para o cálculo envolvendo funções;
de limites; - Definição
- Usa funções para se comunicar,
- Funções contínuas.
- Calcular limites de uma função, sob diversas formas, e
- Limites laterais.
de casos notáveis e de limites fundamentar os seus raciocínios.
- Propriedades e operações
laterais.
sobre funções contínuas.

110
Sugestões Metodológicas da Unidade Temática IV: Função real de variável real

- Limite de função segundo Heine. Propriedades operatórias sobre limites (informação); limites notáveis (informação).
Indeterminações. Assímptotas. Continuidade. Teorema de Bolzano–Cauchy (informação) e aplicações numéricas. O conceito de
limite de função, a ser formalizado mais tarde, deve ser utilizado de forma intuitiva (incluindo o de limite lateral esquerdo e direito).
Neste contexto devem ser introduzidos os símbolos +∞ e −∞, devendo chamar-se a atenção para o facto de não serem números
reais, mas apenas símbolos com um significado preciso. Este conceito deve ser abordado de uma forma experimental. No cálculo
de limites de Funções reais de variável real, as indeterminações são referidas apenas para mostrar as limitações dos teoremas
operatórios. Apenas se devem levantar as indeterminações em casos simples. Dificuldade a não exceder são por exemplo:
5𝑥 4 −2𝑥+1 𝑥 3 −1
lim ; lim (√𝑥 + 1 − √𝑥); lim
𝑥→∞ 𝑥 2 +3 𝑥→∞ 𝑥→∞ 𝑥−1

- Com as novas famílias de funções surgem, também, novas oportunidades para cada estudante obter uma maior compreensão da
matemática e suas aplicações, bem como para conectar e relacionar os novos conhecimentos com os já adquiridos em anos
anteriores (quer dentro do mesmo tema quer com temas diferentes). É fundamental apresentar aos estudantes actividades
diversificadas (ver, por exemplo, brochura de apoio ao programa sobre este tema) tendo-se em conta que a exploração com a
utilização das várias tecnologias pode permitir discussões ricas, quer sobre o processo de modelação, quer sobre os conceitos
matemáticos fundamentais, para além de facilitarem propostas aconselháveis de investigações. Os estudantes precisam de
desenvolver a compreensão de procedimentos algébricos e utilizá-los sem que para isso tenham que fazer exercícios repetitivos.

- Noção de taxa média de variação; cálculo da taxa média de variação.

- Noção de taxa de variação; obtenção da taxa de variação (valor para que tende a t.m.v. quando a amplitude do intervalo tende para
zero) em casos simples. Interpretação geométrica da taxa de variação; definição de derivada (recorrendo à noção intuitiva de limite).
Para calcular derivadas de funções simples, não é necessário invocar questões especiais sobre limites, basta recorrer à noção
intuitiva.

- Determinação da derivada em casos simples:

111
- Funções polinomiais do 2º e 3º grau, função racional do 1º grau, função módulo. Podem ser propostos alguns problemas simples
que envolvam derivadas num contexto de aplicações.

- Constatação, por argumentos geométricos, de que: - i) se a derivada é positiva num intervalo aberto a função é crescente nesse
intervalo e, se a derivada é negativa num intervalo aberto a função é decrescente nesse intervalo; ii) se a função é derivável num
intervalo aberto e se tem um extremo relativo num ponto desse intervalo então a derivada é nula nesse ponto.

Indicadores de desempenho

- Averigua a existência de limite ou de limites laterais de uma função quando a variável x tende para um ponto;

- Calcula o limite de uma função num ponto dado;

- Calcula limites laterais;

- Averigua a existência de casos de indeterminação;

- Averigua se uma função é ou não contínua em casos simples;

- Define uma função contínua num ponto e num intervalo;

- Identifica uma função contínua dado o seu gráfico;

- Determina se uma função é contínua, dada a sua expressão analítica;

- Aplica as propriedades dos limites de funções para o cálculo de limites.

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UNIDADE TEMÁTICA V: CÁLCULO DIFERENCIAL

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÃO CARGA


O ALUNO: HORÁRIA
5. Cálculo diferencial - Utiliza o conceito de
- Introdução do cálculo derivada de uma
- Interpretar derivadas diferencial. função num ponto, na
geometricamente; - Conceito de razão
interpretação de
incremental. situações da realidade;
- Determinar a derivada de uma
função num ponto dado, aplicando a 5.1. Derivadas de uma - Associa o conceito de
definição; função derivada na resolução
- Aplicar as regras de derivação para - Conceito de derivada de de problemas da vida
resolver exercícios diversificados de uma função num ponto; real;
funções; - Derivadas laterais; - Faz o estudo completo
- Aplicar as derivadas para o estudo da - Derivabilidade e de uma função e 12
variação da função, variação da continuidade de uma constrói o respectivo
inclinação da função e de resolução função. gráfico;
de problemas práticos;
- Fazer o estudo analítico de uma 5.2. Função derivável
função tendo em referência questões (cálculo de derivadas) - Interpreta o
como domínio, zeros, pontos de - Regras de derivação de significando dos
descontinuidade, monotonia, uma função; pontos críticos do
máximos e mínimos e concavidades; - Derivação de cálculo de derivadas e
- Construir gráficos de uma função uma função aplica na resolução de
aplicando limites e derivadas; composta. problemas da vida real.
- Obter a partir do gráfico informações - Derivada de uma função
relativas a contradomínio, zeros, inversa;
intervalos de monotonia, extremos - Cálculo da segunda
absolutos, extremos relativos, pontos derivada de uma função;
de descontinuidade, sentido da - Aplicação das derivadas
concavidade. no estudo das funções.

113
Sugestões Metodológicas da Unidade Temática V: Cálculo diferencial

- Funções deriváveis. Regras de derivação (demonstração da regra da soma e do produto; informação das restantes regras). Derivadas
de funções elementares (informação baseada em intuição numérica e gráfica). Segunda definição do número e. Teorema da derivada
da função composta (informação). Segundas derivadas e concavidade (informação baseada em intuição geométrica).

- Derivada da função composta: grau de dificuldade a não ultrapassar: f(ax), f(x+b), f(xk).

- Em todos os teoremas se deve analisar a necessidade das condições do enunciado através de contra-exemplos.

- Deve ser adoptada a definição: f é derivável quando a derivada existe (isto é, é um número real); limites infinitos não existem, +(inf)
e -(inf) não devem nunca ser considerados como números reais.

- O número e é o único número real tal que (𝑒 𝑥 ) ´ = 𝑒 𝑥

𝑥 2 +𝑥+1 𝑥
- Dificuldade a não ultrapassar: 𝑓(𝑥) = 2−𝑥 + 2𝑥 ; 𝑓(𝑥) = ; 𝑓(𝑥) = 1−log 𝑥
2𝑥+1

- Estudo de funções em casos simples.

- Os alunos deverão explorar a integração do estudo do Cálculo Diferencial num contexto histórico através de trabalhos de pesquisa. De
igual modo, os alunos poderão realizar trabalhos individuais ou em grupo de História do Cálculo Diferencial referindo o trabalho de
alguns matemáticos como Fermat, Newton, Leibniz, Berkeley, Anastácio da Cunha, Bolzano, Cauchy, etc. Os problemas de
optimização devem ser escolhidos de uma forma a que um aluno trabalhe de uma forma tão completa quanto possível a modelação. É
uma boa oportunidade para discutir com os alunos o processo de modelação matemática e a sua importância no mundo actual.

Indicadores de desempenho

- Interpreta geometricamente o conceito de derivada; aplica a definição para determinar a derivada de uma função num ponto dado;
aplica as regras de derivação para determinar derivadas de funções; aplica as derivadas para o estudo da variação da função, variação

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da inclinação da função e de resolução de problemas práticos; faz o estudo analítico de uma função tendo em referência questões como
domínio, zeros, pontos de descontinuidade, monotonia, máximos e mínimos e concavidades;

- Constrói gráficos de uma função aplicando limites e derivadas;

- Calcula a derivada de uma função num ponto do domínio, e interpreta o seu significado geométrica e analiticamente.

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11. DESENHO E GEOMETRIA DESCRITIVA
DISCIPLINA: DESENHO E GEOMETRIA DESCRITIVA 12ª CLASSE 14 SEMANAS
UNIDADE TEMÁTICA 1: SECÇÃO DE SÓLIDOS

COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÕES HORAS


OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS
O ALUNO: LECTIVAS
- Descrever os passos para a obtenção
das projecções da secção dum sólido - Secciona sólidos com por
geométrico; vários planos;
- Representar as projecções das secções
produzidas por planos de nível e planos - Secciona sólidos por
frontais num sólido geométrico; vários planos para
- Representar as projecções das secções Revisão da representação e melhor compreender as
produzidas por planos de perfil, de topo determinação da verdadeira
suas características; 4
e verticais num sólido geométrico; grandeza da secção de sólidos.
- Determinar a verdadeira grandeza das - Representa as secções e a
secções produzidas por planos de
perfil, de topo e verticais num sólido sua verdadeira grandeza
geométrico; aplicando as convenções
- Representar através da convenção gráficas usuais e
gráfica adequada o sólido geométrico aplicáveis.
seccionado, a secção e a sua verdadeira
grandeza.

Sugestões Metodológicas
Explicar a razão de se seccionar os sólidos e representar as projeções dessas secções deve ser o ponto de partida para o estudo das
secções usando exemplos na realidade que podem ser encontrados casos em que, para compreender o interior das coisas, se faz o seu
seccionamento. Pode-se exemplificar isto no caso das secções transversais e longitudinais que se realizam no estudo dos seres vivos
na disciplina de biologia. Sugere-se o tratamento das secções partindo do mais simples ao mais complexo.

Secção intersectando a superfície lateral e a base.

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Na resolução de problemas que envolvam o traçado da elipse, será conveniente que os alunos determinem as projeções dos eixos da
elipse sendo os demais pontos obtidos com recurso a planos auxiliares.

Indicadores de Desempenho
- Secciona sólidos geométricos por vários planos;
- Representa as projeções das secções e determina a sua verdadeira grandeza;
- Utiliza as convenções gráficas adequadas para representação de secções.

117
UNIDADE TEMÁTICA 2 - INTERSECÇÃO DE RECTAS COM SÓLIDOS

COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÕES HORAS


OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS
O ALUNO: LECTIVAS
- Determinar a intersecção de
uma recta com uma
pirâmide; - Determinação da intersecção de uma
- Determinar a intersecção de recta com uma pirâmide e prisma através
uma recta com prisma; do método especifico;
- Determinar a intersecção de - Determinação da intersecção de uma
uma recta com cone; recta com uma pirâmide e prisma através - Identifica o
- Determinar a intersecção de do método geral; método
uma recta com cilindro; - Determinação da intersecção de uma adequado para
- Identificar o método recta com um cone através do método resolver um
adequado para resolução especifico; problema de
dum problema de - Determinação da intersecção de uma intersecção de
intersecção de uma recta recta com um cone através do método recta com sólido; 12
com um sólido; geral; - Aplica o método
- Utilizar o método geral para - Determinação da intersecção de uma geral para
determinar a intersecção de recta com um cilindro através do método determinar a
uma recta com um sólido; especifico; intersecção de
- Utilizar o método específico - Determinação da intersecção de uma uma recta com
para determinar a recta com um cilindro através do método um sólido.
intersecção de uma recta geral;
com um sólido; - Representação dos trocos da recta
- Identificar as linhas visíveis visíveis e invisíveis com a convenção
e invisíveis na resolução de gráfica adequada.
um problema de intersecção
de recta com um sólido.

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Sugestões Metodológicas

Para aliar a teoria com prática, desenvolver a capacidade de raciocínio e o sentido crítico, os alunos, sob a orientação do
professor, podem realizar exercícios práticos e acompanhar os desenhos que executam com um pequeno relatório teórico que
explica como foi resolvido cada exercício.

Antes de tentar determinar a intersecção de recta com um sólido, o aluno deve ser explicado que a intersecção de uma recta
com um sólido é um capítulo que tem que aplicar e integrar materiais que ele aprendeu anteriormente, nomeadamente, projeções
de sólidos, projeções de rectas, secções de sólidos, rectas de um plano. Pelo que toda esta matéria aprendida anteriormente deve
ser revista.

Estrategicamente as várias operações que integram a resolução de um exercício de intersecção de uma recta com um sólido
podem ser executadas ao lado, antes de ser integradas no exercício principal. Assim, pode-se mostrar separado do exercício
principal como se faz para conduzir um plano por uma recta, depois de perceber isto pode ser integrado no exercício de
intersecção de recta com o sólido.

Como já foi referido que esta unidade é uma aplicação de matérias que o aluno aprendeu anteriormente, a resolução de exercício
deve ser feita conjuntamente pelo aluno e pelo professor. A participação do aluno na resolução do exercício deverá ser teórica,
explicando o que fazer e como fazer num determinado estágio de resolução do exercício, ou prática em que o aluno executa
alguns passos no quadro.

Dada a complexidade, a quantidade de operações que se encontram na intersecção de recta com um sólido, o professor deve
caminhar pausadamente e dar tempo suficiente de o aluno executar cada passo da resolução no seu caderno ao invés de resolver
todo o exercício e o aluno passar para o seu caderno no fim.

Indicadores de Desempenho
- Determina os pontos de intersecção de recta com um sólido geométrico.
- Aplica o método geral para determinar a intersecção de uma recta com um sólido.
- Selecciona o método adequado para resolver um problema de intersecção de uma com um sólido.

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UNIDADE TEMÁTICA 3 - SOMBRAS

COMPETÊNCIAS OBSERVAÇÕES HORAS


OBJECTIVOS ESPECÍFICOS CONTEÚDOS O ALUNO: LECTIVAS
- Distinguir a sombra projectada,
da sombra própria e sombra - Introdução; - Determina as
espacial; - Direcção luminosa convencional; sombras
- Determinar sombra real e sombra - Noção de sombra projectada, sombra própria e
virtual de um ponto; própria e sombra espacial; projectadas de
- Determinar sombra projectada de - Noção de sombra real e sombra virtual de sólidos
pontos, segmentos de recta e um ponto; geométricos;
rectas, nos planos de projecção; - Sombra projectada de pontos, segmentos de - Aplica as
- Determinar sombra própria e recta e rectas, nos planos de projecção; convenções 12
sombra projectada nos planos de - Sombra própria e sombra projectada nos gráficas
projecção de figuras planas planos de projecção de figuras planas adequadas para
contidas em planos de nível, de contidas em planos de nível, de frente, de a representação
frente, de topo, vertical e perfil; topo, vertical e perfil; de sólidos e das
- Determinar as sombras própria - Sombra própria e sombra projectada nos sombras
projectada de pirâmides, prisma, planos de projecção de sólidos geométricos própria e
cones e cilindros com bases de com bases de nível, frente e perfil; projectada.
nível, de frente e de perfil.

Sugestões Metodológicas
- Nesta Unidade Temática será privilegiada a direcção luminosa, relativamente ao foco luminoso, ou seja, a abordagem do
foco luminoso será apenas a título informativo e não serão resolvidos quaisquer tipos de exercícios ligados ao foco luminoso.
Todos os exercícios a resolver, bem como a profundidade da explicação, deverão ser sobre a direcção luminosa.

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- Sempre que o tracejado das sombras interferir no entendimento doa passos da resolução de um exercício, esse deverá ser
feito apenas no final do desenho.

- Para facilitar a aquisição dos conceitos de sombra própria e projecteda, será conveniente a utilização de um foco luminoso
(lâmpada ou luz solar) e de formas bi ou tridimensionais que produzirão sombras de diversificadas formas conforme o seu
posicionamento.
- Para melhor compreensão dos pontos de quebra da sombra dum segmento de recta será vantajoso o estudo comparativo da
sombra de um segmento de recta fazendo alterações sucessivas das suas coordenadas de forma a projectar sombra num só
plano de projecção ou no outro plano de projecção.
- sugere-se o início do estudo das sombras dos sólidos com uma pirâmide de base de nível.
- sugere-se o estudo comparativo das sombras da pirâmide utilizando uma pirâmide com a base situada na mesmo plano, mas
variando a altura para verificar a variação do número de faces em sombra própria.
- O mesmo estudo para o cone vai permitir observar a variação de geratrizes de separatrizes de luz/sombra.

Indicadores de Desempenho
- Determina as sombras de um sólido geométrico.
- Aplica as convenções gráficas adequadas na determinação das sombras de um sólido.

FIM

121

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