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CANFABULANDO AS BELEZAS DE
MATO GROSSO DO SUL
Organizadores
Erika Natacha Fernandes de Andrade
Fabiola Ponton Saadi Salomão
Yasmin Oliveira Cabral
Caroline Caceres
Diagramação: Marcelo A. S. Alves
Capa: Lucas Margoni
Imagem de Capa: Autores
Revisão: Marcos Messerschmidt
Canfabulando as belezas de Mato Grosso do Sul: possibilidades brincantes com bebês (0 a 3 anos)
[recurso eletrônico] / Erika Natacha Fernandes de Andrade; Fabiola Ponton Saadi Salomão;
Yasmin Oliveira Cabral; Caroline Caceres (Orgs.) -- Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2022.
73 p.
ISBN: 978-65-5917-665-6
DOI: 10.22350/9786559176656
CDD: 370
Índices para catálogo sistemático:
1. Educação 370
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 9
Erika Natacha Fernandes de Andrade
Fabiola Ponton Saadi Salomão
Yasmin Oliveira Cabral
Caroline Caceres
1 15
ACALANTO DA ARARA. CANÇÃO DE NINAR PARA OS BEBÊS E PARA AS CRIANÇAS
PEQUENAS
2 19
CASA DE MADEIRA. BRINCADEIRA COM MÃOS, DEDOS E CÓCEGAS PARA DIVERTIR
3 23
VAMOS PASSEAR NO PANTANAL? BRINCADEIRA RITMADA, COM VOCALIZAÇÕES
EXPRESSIVAS E MOVIMENTOS
4 27
DONA ARIRANHA. BRINCADEIRA MUSICAL E COM MOVIMENTOS
5 32
TUCANO DANÇANDO CHAMAMÉ. BRINCADEIRA MUSICAL COM DANÇA E COM
TECIDOS
6 38
MOLONGO, O E.T. BRINCADEIRA MUSICAL PARA COMPOR
7 44
MEU BARCO MÁGICO. BRINCADEIRA MUSICAL E DE IMAGINAÇÃO
8 50
ROCK DO SKATE. CANTO, DANÇA E EXPRESSÃO CORPORAL COM OS PEQUENÍSSIMOS
REFERÊNCIAS 56
APÊNDICE 59
PARTITURAS
APRESENTAÇÃO
Erika Natacha Fernandes de Andrade
Fabiola Ponton Saadi Salomão
Yasmin Oliveira Cabral
Caroline Caceres
ACALANTO DA ARARA
Música e letra: Fabiola Ponton
Introdução: D Em A7 D
Parte 1
D Em
Arara, arara voando bem alto
A7 D
Que lindas suas asas colorindo o céu
BIS
D Em
Vermelho, azul, amarelo e verde
A A7 D
Bailando, dançando que lindo de ver
Parte 2
Bm F#m
Voou, voou, voou e agora tem que descansar
BIS
G A A7
Vem amiga, amanhã você brinca mais
Repetir a parte 1
*****
Introdução: A E A A
A
Com quantas madeiras
E A BIS
Faço a minha casa?
Bm
Olha o Tico e olha a Titoca
E
Que vão martelar
Bm
E as paredes
E
Irão encaixar
A
Toc, toc, toc
E A
Quem será?
A BIS
Tuc, tuc, tuc
E A
Olha lá!
Bm
Entram os amigos,
E
22 • Canfabulando as belezas de Mato Grosso do Sul
Na casa de madeira
Bm
Fazem uma festa,
E
Com brincadeira
A
Toc, toc, toc
E A
Quem será?
A BIS
Tuc, tuc, tuc
E A
Olha lá!
*****
*****
Como todos os dias, dona Ariranha acordou bem animada ao som das araras!
Colocou uma saia laranjada e foi se encontrar com a Onça Pintada.
Foi contente andando, encontrou seu Jacaré, e acabou se atrasando.
Talvez o café com a Onça vai ficar para outro dia, tendo em vista que a conversa
ali só se estendia.
Seu Jacaré fez um convite: passear no corixo e fazer um delicioso piquenique!
No meio do caminho, encontraram a dona Capivara, que já estava há dias pela
estrada, e queria dar uma nadada.
Então, dona Ariranha e seu Jacaré resolveram mudar de planos; decidiram chamar
para nadar, o Tucano.
Um pouco mais adiante, encontraram o senhor Tamanduá resmungando, porque
o calor estava aumentando.
Dona Ariranha, seu Jacaré, dona Capivara e o Tucano chamaram o senhor Taman-
duá para também nadar, e só assim ele parou de reclamar.
E todos foram buscar os amigos que faltavam.
Dona Ariranha nem imaginava, mas dona Onça estava muito chateada.
Também pudera, quem é que se atrasa?
Dona Onça já estava ficando com aquela cara de brava!
O Tucano que estava em cima do acuri, viu dona Onça, e ficou preocupado.
Saiu voando e contou para Dona Ariranha o que tinha observado.
Dona Ariranha e os outros animais sabiam que: onde há diálogo, guerra não se faz!
Decidiram ir conversar com dona Onça e selar a paz!
Conversaram e colocaram tudo em pratos limpos!
E através do diálogo, o que aconteceu entre dona Ariranha e dona Onça ficou re-
solvido.
Depois do acontecido, pra comemorar, um banho no rio era merecido!
Ao chegar no rio Paraguai, dona Ariranha só queria saber de nadar, mergulhar e
rolar.
Seus amigos, com ela não paravam de brincar.
Dona Ariranha não parava um segundo de barulhar. E dizia bem alto, que dos seus
amigos ela não irá se separar!
30 • Canfabulando as belezas de Mato Grosso do Sul
Depois de um dia divertido como esse, ao retornar para sua casa, dona Ariranha
só pensava em uma coisa, descansar para um novo dia começar!
DONA ARIRANHA
Música e letra: Professoras da educação infantil de Corumbá-MS
Introdução: A E A E A
A E
Dona Ariranha saiu para passear
A
Preste atenção que agora vai... Andar.
A E
Dona Ariranha saiu para passear
A
Preste atenção que agora vai... Nadar.
A E
Dona Ariranha saiu para passear
A
Preste atenção que agora vai... Mergulhar.
A E
Dona Ariranha saiu para passear
A
Preste atenção que agora vai... Rolar.
A E
Dona Ariranha saiu para passear
A
Preste atenção que agora vai... Barulhar.
Erika N. F. de Andrade; Fabiola P. S. Salomão; Yasmin O. Cabral; Caroline Caceres • 31
A E
Dona Ariranha saiu para passear
A
Preste atenção que agora vai... Descansar.
*****
A mãe respondia:
- Deve ser o vizinho mexendo no quintal!
O menino dizia bem baixinho:
- Não é, não é! Mas eu vou descobrir o que é!
E corria para perguntar para o irmão:
- O que é isso?
O irmão, que estava ocupado brincando, respondia:
- Eu não ouvi nada, mas deve ser o barulho da televisão!
O menino dizia bem baixinho:
- Não é, não é! Mas eu vou descobrir!
E corria para perguntar para o pai:
- O que é isso, papai?
Imaginando que o pai inventaria qualquer resposta só para que fi-
casse quieto, como fez a mamãe e o irmão, o menino curioso, antes que
o pai falasse que era não sei lá o que, já se preparou para dizer bem alto:
- Não é, não é! Mas eu vou descobrir!
Mas, para a surpresa do menino curioso, o pai, que era músico e tam-
bém gostava de brincar com sons e de cantar músicas, ao invés de dar
uma resposta rápida e sem graça para que o menino curioso ficasse qui-
eto, fez um convite bem inusitado para a criança.
O pai disse:
- Vamos até o quintal descobrir de onde vêm esses sons?
O menino, apesar de não estar esperando o convite, aceitou-o ra-
pidamente.
Lá, no quintal, pai e filho começaram a perceber que, na verdade, o
que o menino pensava ser barulho, era o canto de vários pássaros que
se aconchegavam nas árvores, no final do dia.
Erika N. F. de Andrade; Fabiola P. S. Salomão; Yasmin O. Cabral; Caroline Caceres • 35
O pai pensou, pensou e resolveu dar outra dica, mas como ele era
músico, resolveu dar a pista cantando uma canção que ele inventou na
hora com um ritmo muito conhecido na região onde moram.
A música que o pai cantou foi “Tucano dançando o Chamamé”, de
Érika Natacha e Fabíola Ponton:
Tuturu tucano, tuturu tucano
Bate, bate as asas e os pés
Tuturu tucano, tuturu tucano
Dança, dança, dança o chamamé
Tuturu Tucano
Tuturu Tucano
Introdução: C G7 C
Parte 1
C
Tuturu tucano, tuturu tucano
G7
Bate, bate as asas e os pés BIS
Parte 2
F C
Roda, roda, roda, Roda bem ligeiro
G
Bica, bica, bica lá no mamoeiro
F C
Pula, pula, brinca lá no oco, oco
G G7
Voa, voa, baila um bailado louco
Repetir a parte 1
C
Tuturu Tucano, Tuturu Tucano
*****
MOLONGO, O E.T.
Música e letra: Maria Franciane Bezerra de Oliveira e Crianças da Turma Pré Encan-
tado (2019), da Escola Municipal CAIC Pe. Ernesto Sassida, Corumbá-MS.
Arranjo: André Henrique Teixeira B. de Oliveira
Introdução:
G#m F# G#m
La, la, laa, la, la, la. La, la, laa, la, la, la. La, la, laa, la, la, la. La, la laaaa
G#m
Pongo, Molongo, Pongo
G#m
Pongo, Molongo, Pongo
G#m
Molongo quer saber o que, no planeta é bom?
F#
Agora adultos e crianças vão dizer,
Erika N. F. de Andrade; Fabiola P. S. Salomão; Yasmin O. Cabral; Caroline Caceres • 43
G#m
O que Molongo vai gostar de fazer?
G#m
Logo entre nesta roda!
G#m
Logo entre nesta roda!
F# G#m
E diga já, o que Molongo Pongo vai gostar?
G#m
O que Molongo vai gostar de fazer?
G#m
O que Molongo vai gostar de dizer?
F#
O que Molongo vai gostar...
G#m
Diz aí [o nome da criança 1 / aguardar a criação da criança].
G#m
Diz aí [o nome da criança 2 / aguardar a criação da criança]. REPETIR
G#m
Diz aí [o nome da criança 3/ aguardar a criação da criança].
G#m
Molongo vai gostar de [o que a criança 1 disser].
G#m
Molongo vai gostar de [o que a criança 2 disser].
F# G#m
Molongo vai gostar de [o que a criança 3 disser]
*****
INVENTEIRA
Autora: Erika Natacha Fernandes de Andrade
O que é, o que é?
Se move na água e dentro dele eu passeio
Os pescadores o utilizam sem receio
E espera-se que de alegria volte sempre cheio.
[Barco].
46 • Canfabulando as belezas de Mato Grosso do Sul
O que é, o que é?
Não é pássaro, mas voa bem alto.
Faz curvas no céu, mas não é peralto.
Dentro dele, eu fico bem acima do planalto.
[Avião].
O que é, o que é?
Nós o usamos para cantar.
Seu volume é regulado e não é preciso gritar.
Junto da música, a sua função é encantar.
[Microfone].
O que é, o que é?
Pode ser pequeno ou grande.
Na cabeça, equilibrado se garante
Para que eu vá avante.
[Chapéu].
O que é, o que é?
Com ele, eu posso ligar lá do Pantanal.
Para dar um alô, um bom dia ou até para falar algo nada convencional.
Por exemplo, falar das minhas brincadeiras malucas para todo pessoal.
[Telefone].
O que é, o que é?
Pode ser frio ou quentinho.
Com sua água, limpa nosso corpo com carinho.
Debaixo dele, o banho pode ser barulhento ou quietinho.
[Chuveiro].
O que é, o que é?
Nada, nada e nada lá no rio.
Lá na curva, onde as águas se encontram, sempre faz um desvio.
Erika N. F. de Andrade; Fabiola P. S. Salomão; Yasmin O. Cabral; Caroline Caceres • 47
O que é, o que é?
Nos braços podemos acalantar.
Com ela, também podemos brincar.
De faz-de-conta e de amar.
[Boneca].
O que é, o que é?
É um instrumento musical.
Tem seis cordas e faz um som bem legal.
Com ele eu faço um som bem original.
[Violão].
O que é, o que é?
Eu uso para aquecer a minha mão.
E a minha mão fica linda, como a de um artesão.
O frio por ela, não passa não.
[Luva].
Dm G
O que ele é?
C
O que ele faz? Parte 1
F G Am
Meu barco mágico que vira tudo mais...
F G C
Meu barco mágico, o que você vai virar?
48 • Canfabulando as belezas de Mato Grosso do Sul
F
Um avião, que legal, um avião
G7
Pra lá, pra cá
G6 C
Mas, que legal, um avião
F
Um microfone, que legal, um microfone
G7
Pra lá, pra cá
G6 C
Mas, que legal, um microfone
F
Um chapéu, que legal, um chapéu
G7
Pra lá, pra cá
G6 C
Mas, que legal, um chapéu
Parte 1
Parte 1
Parte 1
Erika N. F. de Andrade; Fabiola P. S. Salomão; Yasmin O. Cabral; Caroline Caceres • 49
*****
A MAGIA DO SKATE
Autor: Raphael Ferreira Rodrigues
Gira acelerada,
igual crescer.
Olhe, que beleza,
o amor da criança
explorando o viver.
(Descobrir-se)
ROCK DO SKATE
Música e letra: Fabiola Ponton
Introdução: Cm (4x)
Cm
Este é o rock do skate vem cantar
Este é o rock do skate vem cantar
Este é o rock do skate vem cantar
G7
Este é o rock do skate vem cantar
C F
Vamos lá na praça do skate
BIS
G7 C
Movimentar o seu corpo no skate
G7 C
As rodinhas não vão parar
BIS
G7 C
E você não vai descansar
Cm
Este é o rock do skate vem cantar
Este é o rock do skate vem cantar
Este é o rock do skate vem cantar
Este é o rock do skate vem cantar
Erika N. F. de Andrade; Fabiola P. S. Salomão; Yasmin O. Cabral; Caroline Caceres • 55
*****
BRITO. Teca Alencar. Um jogo chamado música: escuta, experiência, criação, educação.
São Paulo: Peirópolis, 2019.
Erika N. F. de Andrade; Fabiola P. S. Salomão; Yasmin O. Cabral; Caroline Caceres • 57
CARVALHO, Marina Maria Pereira; ANDRADE, Erika Natacha Fernandes. O Poetry Slam
e a poetização do trabalho pedagógico na educação infantil. In: NONO, M. A.; SOUZA,
T. N. (Org.). Pesquisas em educação infantil. Porto Alegre: Fi, 2022, p. 61-87.
DEWEY, John. Arte como experiência. Tradução de Vera Ribeiro. São Paulo: Martins
Fontes, 2010.
FALKEMBACH, Maria Fonseca. Quem disse que não tem espaço para a dança na escola?
In: FERREIRA, Tais; FALKEMBACH, Maria Fonseca. Teatro e dança nos anos
iniciais. Porto Alegre: Mediação, 2012, p. 59-130.
LOUREIRO, Maristela; TATIT, Ana. Para os pequenos. São Paulo: Melhoramentos, 2013.
NEIRA, Marcos Garcia; NUNES, Mario Luiz Ferrari. Pedagogia da cultura corporal.
Crítica e alternativas. São Paulo: Phorte, 2006.
PARE, Selma G.; ANDRADE, Erika Natacha F. Experiências de Paul Klee: contribuições
para a educação. In: Congresso de Educação do CPAN; Semana Integrada Graduação
e Pós-Graduação do CPAN, 2019, Corumbá. Anais [...] Corumbá: UFMS, 2019. v. 1, p.
1-14. Disponível em: https://bit.ly/2XlUrQs.
RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. 2. ed. São Paulo: Exo
experimental, 2005.
SILVA, Lucilene. Cultura da infância, música tradicional da infância. In: JORDÃO, Gisele
et al. A música na escola. São Paulo: Alluci & Associados, 2012. Disponível em:
http://www.amusicanaescola.com.br/o-projeto.html. Acesso em: 02 out. 2022.
ACALANTO DA ARARA
Transcrição de Fabíola Ponton
Erika N. F. de Andrade; Fabiola P. S. Salomão; Yasmin O. Cabral; Caroline Caceres • 61
62 • Canfabulando as belezas de Mato Grosso do Sul
DONA ARIRANHA
Transcrição de Fabíola Ponton
64 • Canfabulando as belezas de Mato Grosso do Sul
MOLONGO, O E.T.
Transcrição de Fabíola Ponton
Erika N. F. de Andrade; Fabiola P. S. Salomão; Yasmin O. Cabral; Caroline Caceres • 67
68 • Canfabulando as belezas de Mato Grosso do Sul
Erika N. F. de Andrade; Fabiola P. S. Salomão; Yasmin O. Cabral; Caroline Caceres • 69
ROCK DO SKATE
Transcrição de Fabíola Ponton
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Erika N. F. de Andrade; Fabiola P. S. Salomão; Yasmin O. Cabral; Caroline Caceres • 73
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