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Resumo
O objetivo com esse artigo é divulgar o acervo pessoal do professor Ruy Madsen Barbosa, doado
para o acervo de livros antigos do Grupo História Oral e Educação Matemática (GHOEM) e
problematizar suas potencialidades para pesquisas em História da Educação Matemática. Esse
acervo vem sendo organizado seguindo referenciais relativos à organização de acervos e arquivos
e as pesquisas, em desenvolvimento, que vêm analisando obras do acervo do professor Ruy, têm
mobilizado o referencial da Hermenêutica de Profundidade (HP). Tanto a organização do acervo
quanto essas pesquisas vêm reafirmando as potencialidades dos arquivos ou acervos pessoais para
a pesquisa educacional. Essas potencialidades podem ser percebidas em relação à produção
específica do professor Ruy, na identificando e estudo de quais de suas obras foram destinadas à
formação e uso de professores de Matemática brasileiros, na problematizando de como, a partir
de suas obras, ideias matemáticas vem circulando no Brasil.
1. Introdução
1
Doutora em Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp
– Rio Claro. Professora do Departamento de Matemática e do Programa de Pós-Graduação em Educação
para a Ciência, ambos da Faculdade de Ciências da Unesp – Bauru, Brasil. E-mail:
maria.edneia@unesp.br.
XIII Encontro Nacional de Educação Matemática ISSN 2178-034X
Educação Matemática com as Escolas da Educação Básica: interfaces entre pesquisas e salas de aula
Em 2017, pela primeira vez, a esse acervo foi incorporado materiais de um Acervo
Pessoal. Trata-se de obras e materiais do Acervo Pessoal do professor Ruy Madsen
Barbosa, falecido em julho de 2017, que foi doado por sua família ao GHOEM, por
intermédio do professor Antônio José Lopes, o Bigode. Estimamos que mais de um milhar
de materiais foram doados, os quais estão sendo organizados, catalogados e
disponibilizados para consulta e estudos de professores e pesquisadores.
2. Fundamentação Teórica
O uso dos arquivos pessoais amplia as fontes e temas na pesquisa e visa também
contribuir com a preservação e problematização da memória educacional e dos
patrimônios cultural, científico e histórico do país e de sua memória (BAEZA, 2003). As
fontes são, segundo Garnica e Souza (2013):
Nesse sentido, podemos dizer que o acervo aqui em tela é uma fonte potencial e
alguns dos livros que o compõe são documentos para algumas pesquisas em
desenvolvimento, como veremos mais adiante.
Uma separação inicial dos materiais doados foi realizada por membros do
GHOEM, em uma ação coletiva e voluntária, já no mês de dezembro daquele ano.
Naquele momento os materiais foram separados em quatro grandes categorias: livros,
pastas, materiais instrucionais e outros objetos. Essa organização inicial visou melhor
alocação do grande volume de materiais e evitar riscos de perda ou extravio, além de
facilitar termos uma melhor dimensão e visualização do acervo.
A catalogação dos livros vem sendo feita de acordo com proposta de Hirata
(2009), a qual se baseou no método (Classificação Decimal de Dewey: 1 – conteúdo
matemático; 2 – Teoria dos Conjuntos e Lógica; 3 – Álgebra; 4 – Aritmética; 5 –
Topologia; 6 – Análise; 7 – Geometria; 8 – Probabilidade; 9 – Diversos; 10. – Didáticos
de Outras Disciplinas; 11. – Literatura de Referência. Durante o ano de 2018 foram
catalogadas e disponibilizadas informações a respeito de 293 livros para consulta
(MARTINS-SALANDIM, LUIZ, 2019). Visando identificar os livros que compõem o
acervo do professor Ruy, está sendo criado um campo específico para indicação de se
tratar de material de acervo pessoal e a quem pertencia. Esse campo tanto possibilitará
consultas de materiais do acervo por tipo de acervo pessoal e a etiqueta do material no
acervo físico também contém a sigla desse acervo, no caso do acervo do professor Ruy a
etiqueta terá, além de informações relativas à sua localização nos armários, uma sigla
APRMB (Acervo pessoal Ruy Madsen Barbosa).
5. Considerações Finais
A partir do acervo organizado muitas questões têm surgido. Afinal, o que guarda,
um professor de Matemática, em um Arquivo Pessoal? O que, a partir dessas suas
memórias, podemos aprender e problematizar sobre formação de professores (que
ensinam matemática), sobre Matemática e sobre a Educação Matemática Brasileira? Que
proposta é essa de Matemática Recreativa que perpassa esse acervo específico? Quais e
como contribuições desse professor e de sua produção marcam a formação de professores
que ensinam Matemática no Brasil?
6. Agradecimentos
7. Referências
THOMPSON, J. B. Ideologia e Cultura Moderna: teoria social crítica na era dos meios
de comunicação de massa. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.