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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

CAMPUS SANTO AMARO

CURSO DE PSICOLOGIA

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO INCLUSIVA

SÃO PAULO

2021

JONATAN SANTOS CRUZ SOUZA, 2221105380

LEA PELLEGRINI, 2220114051

ROBERTA ALVES DIAS PASSOS, 2220114269


Trabalho Avaliativo de
Semestre, apresentando à
disciplina de Psicologia e
Educação Inclusão 2021, do
curso de Psicologia –
Universidade Nove de Julho,
Campus Santo amaro.

Prof.° Jason Gomes

SÃO PAULO

2021
ANA, UMA ALUNA QUE NÃO DESISTIU DE SEUS SONHOS

Ana é uma aluna bolsista cursando o 1° ano do ensino médio, tem 16 anos de
idade e está no processo de formação escolar. Neste trabalho, é apresentada de forma
sucinta as dificuldades enfrentadas por ela ao deparar-se em um contexto que não foi
suficientemente adaptado para lhe oferecer recursos, uma vez que Ana é paraplégica. Ana
encontrou diversos problemas, que vão desde a infraestrutura até a inclusão propriamente
dito com os demais alunos. A escola possui elevador, porém, em dias em que ocorrem
quedas de energia, Ana não consegue acessar as salas de aula que ficam no piso superior,
pois não há gerador de energia. Outro problema enfrentado por ela é a participação nas
atividades físicas, haja vista os professores não terem recebido a capacitação necessária
para lidar com casos como de Ana. Quando Ana não consegue acessar as salas de aula, de
forma paliativa é levada à biblioteca para que durante o tempo de instabilidade não fique
sem atividades. O corpo discente contribui com ela em alguns aspectos, como por exemplo
conduzi-la à biblioteca quando há interrupção de fornecimento de energia. Todavia, em
relação as atividades físicas, possuem uma ideia de que Ana não é capaz de praticar
esportes, evitando assim a sua participação, pois segundo eles é uma forma de preservá-la
de possíveis acidentes.

Como um psicólogo pode atuar na inclusão social de Ana neste contexto? É


importante ressaltar que essa tarefa requer do psicológico, habilidades para desconstruir
paradigmas e preconceitos, como a generalização indevida, uma vez que está “refere-se à
transformação da totalidade da pessoa com deficiência na própria condição de deficiência,
na ineficiência global” (AMARAL, 1998). Ou seja, a deficiência de Ana não a incapacita
diante das demandas escolares, como as atividades físicas ou a prática de esportes, antes
desafia a escola a pensar em como engajar Ana com os demais alunos nessas atividades.

Outro ponto fundamental a ser trabalhado é que os professores visando a


“integridade física" de Ana, acabam marginalizando e a veem como uma pessoa frágil,
uma ideia totalmente capacitista:

“Segundo estudos recentes sobre o tema definem como capacitismo; a forma


como pessoas com deficiência são tratadas como “incapazes”, aproximando as demandas
dos movimentos de pessoas com deficiência a outras discriminações sociais como o
racismo, o sexismo e a homofobia”. (MELLO,2016)

Concluindo, a atuação do psicólogo na inclusão de Ana é crucial, pois:

“A partir da exploração e do questionamento desses parâmetros pode-se pensar a


anormalidade de forma inovadora: não mais e somente como patologia -seja individual ou
social, mas como expressão da diversidade da natureza e da condição humana”
(AMARAL, 1998).

Quanto as demandas infraestruturais, o psicólogo pode sugerir que a escola se


adapte aos momentos de queda de energia, instalando um gerador para que o elevador
continue funcionando nesses momentos. Essa readequação permitirá que Ana participe das
aulas mesmo numa iminente interrupção do fornecimento de energia elétrica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARAL, Lígia Assumpção. Sobre crocodilos e avestruzes: falando das diferenças


físicas, preconceitos e superação. In: AQUINO, Julio Groppa (org.). Diferenças e
preconceitos na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1998, p.11-30

REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS

MELLO, Anahi Guedes de. 2016. Citado por 129 — ARTIGO • Ciênc. saúde colet. 21
(10) Outubro de 2016. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/csc/a/J959p5hgv5TYZgWbKvspRtF/abstract/?lang=pt>. Acesso
em:

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