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Centro Universitário UNINASSAU - JP

Curso de Psicologia
Disciplina: Psicologia e Pessoa com
Deficiência
Turma: 5º Período
Prof.ª M.ª Mayara Mendes

Possibilidades de intervenção
psicológica: educação inclusiva
A Psicologia e a Educação
As investigações em Psicologia são fundamentais para
a compreensão dos processos educacionais e escolares;

A noção de inclusão social e educacional se reveste não


só de aspectos teóricos e metodológicos mas também
de um forte tom crítico que expressa o surgimento de
um discurso sobre a formação e prática da psicologia;

Proceso de redemocratização do Brasil e a popularização


da psicologia.
Principais O Atendimento Educacional
Especializado (AEE);
marcos

legais A Convenção sobre os


Direitos das Pessoas com
Deficiência (CDPD);

A Lei Brasileira de Inclusão


(Lei nº 13.146/2015).
Inclusão escolar
Há consenso no que diz respeito à necessidade de trabalhar em prol da
inclusão escolar. O debate agudiza-se em relação a como compreendê-
la, quais as condições que podem favorecê-la e como fazê-la viável;

O princípio que orienta essa estrutura é o de que escolas deveriam


acomodar todas as crianças, independentemente de suas condições
físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras.
A expressão educação inclusiva surgiu
Educação inclusiva
na luta de profissionais da área de
educação especial e na reivindicação
do ingresso de alunos, chamados de
"portadores de necessidades
educativas especiais" nas escolas
regulares, e não apenas nas escolas
especiais;

A exclusão não é um fenômeno


isolado, anômalo: nem sempre se
resume ao fato de que a criança está
fora do espaço físico da escola, mas
fora do espaço simbólico da cultura e
da economia.
Tais condições geram uma variedade de
diferentes desafios aos sistemas escolares; Inclusão e
A escola ofereceria as mesmas condições
exclusão
para todos os alunos, sem exceção, e o escolar
sucesso ou o fracasso seria decorrência das
aptidões e da inteligência de cada um;

Uma vasta literatura revela que a


Psicologia, no Brasil, colaborou para a
construção de uma escola que obedeceu a
uma lógica da exclusão.
As críticas
1. Ao modelo tradicional da Psicologia escolar/educacional baseado na
concepção da clínica psicológica;
2. Uma reflexão sobre os desafios da educação no Brasil contemporâneo;
3. Investigação sobre o processo de produção institucional da queixa
escolar e da produção social do fracasso escolar;
4. Proposição de um novo perfil do psicólogo necessário à realidade
educacional e social brasileira e estabelecimento de um novo campo de
atuação do psicólogo escolar e educacional que implique noções de
saúde, qualidade de vida e cidadania;
5. Reflexão sobre a formação teórico-epistemológica do psicólogo
escolar e educacional e sua articulação com a pesquisa e a prática;
6. Busca de novas formas do processo de avaliação e das estratégias de
intervenção psicológica.
Psicologia e educação hoje
As teorias psicológicas da educação (que
sustentam que a aprendizagem é algo que se
dá no sujeito individual e está relacionada
com seus mecanismos, disposições e
capacidades psicológicas) representaram
um paradigma nos estudos em educação;
Hoje, temos um debate em torno da
proposta de uma Psicologia educacional
engajada com os desafios da educação no
Brasil, caracterizada por uma crítica ao
modelo clínico e pela proposição de uma
Psicologia escolar crítica.
c t o s f u n d ame nt
s p e ai s
A

A formação A Psicologia A pesquisa


do psicólogo na formação em Psicologia
do professor
Os problemas,
Os embates e conflitos dificuldades e queixas
que ocorrem na devem ser
instituição escolar devem considerados no
ser ressignificados no interior de uma ordem
horizonte de um processo institucional e social
de diferença, contestação, onde a criança vive, e
reação e interação, no A psicologi não um problema
qual o sujeito estudante
e a educaçã a exclusivo da própria
criança;
expressa algumas
expectativas e interesses o
que não se harmonizam inclusiva A meta da atuação do
com as demandas ou psicólogo deve ser a de
expectativas fazer com que as
institucionais; relações institucionais,
demandas sociais e
expectativas do
O estudante deve ser estudantes e dos outros
concebido como um atores educacionais
sujeito inscrito em um sejam explicitadas,
sistema social; compreendidas e
enfrentadas
diretamente.
Laura é uma criança de 8 anos que nasceu com uma deficiência física
Deficiência que a impede de caminhar. Ela usa uma cadeira de rodas para se
locomover e precisa de ajuda para realizar algumas atividades
física físicas. É uma criança ativa e adora brincar com seus colegas na
escola. No entanto, muitas vezes se sente excluída e isolada. Ela
percebe que seus colegas têm dificuldade em interagir com ela e
muitas vezes não sabem como ajudá-la a participar de algumas
atividades. Isso faz com que Laura se sinta triste e sozinha, e ela
começa a ter dificuldades em se concentrar nas aulas e em se envolver
nas atividades escolares. Você é a psicóloga da escola de Laura, qual
seria a itervenção adequada nesse contexto?
João é um menino de 10 anos com deficiência intelectual que está
Deficiência na quarta série do ensino fundamental. Ele apresenta
intelectual dificuldades para acompanhar as aulas e realizar atividades
escolares, o que tem afetado seu desempenho acadêmico e sua
autoestima. João também tem dificuldades em interagir
socialmente com seus colegas e muitas vezes se sente excluído em
atividades em grupo. A família demonstra preocupação com a
situação de João, pois seu diagnóstico só foi possível tardiamente,
o que impossibilitou acompanhamento adequado. Você é a
psicóloga que acompanha João na escola, qual seria sua
intervenção no caso?
Bianca é uma jovem adulta surda que ingressou na universidade
há dois anos para cursar pedagogia. Ela tem apresentado
dificuldades em acompanhar as disciplinas, principalmente
Deficiência aquelas que envolvem leitura e escrita, o que tem afetado seu
auditiva desempenho acadêmico e sua autoconfiança. Luana tem
enfrentado muitos obstáculos na universidade devido à falta de
adaptação pedagógica para sua deficiência auditiva, como
ausência de intérpretes de Libras, dificuldades na comunicação
com os professores e a falta de recursos didáticos adaptados. Você
é a psicóloga que acompanha Bianca na universidade através do
núcleo de educação inclusiva, qual seria sua intervenção no caso?
Pedro é um estudante do ensino médio com deficiência
visual que adora desenhar e pintar. Ele enfrenta muitas
Deficiência dificuldades na aula de arte, pois os materiais não são
visual adaptados para sua deficiência e a professora não tem
experiência em ensinar alunos com deficiência visual.
Pedro tem dificuldades em compreender as orientações da
professora e em acompanhar as atividades que exigem o
uso de cores e contrastes. Você é a psicóloga que acompanha
Pedro na escola, qual seria sua intervenção no caso?
Referências
Dazzani, M. V. M. (2010). A psicologia escolar e
a educação inclusiva: Uma leitura crítica.
Psicologia: ciência e profissão, 30, 362-375.

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