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ESTUDO DE ENSINAMENTOS ORIENTADOS PELO PRESIDENTE

REVERENDO MARCO ANTONIO BAPTISTA RESENDE


CULTO MENSAL ABRIL/2021

SUMÁRIO

Esclarecimento da Verdade ................................................................................. 3

Alicerce do Paraíso, vol. 1, pág. 43

1. O que é a verdadeira salvação .......................................................................... 5

Alicerce do Paraíso, vol. 1, pág. 21

2. Religião Daijo .................................................................................................. 7

Alicerce do Paraíso, vol. 2, pág. 21

3. Religião e fé...................................................................................................... 9

Alicerce do Paraíso, vol. 2, pág. 43

4. Nós podemos mudar o nosso destino ............................................................. 10

Alicerce do Paraíso, vol. 3, pág. 58 ................................................................ 11

5. Os pecados e as impurezas e sua relação com a doença ................................ 12

Alicerce do Paraíso, vol. 4, pág. 38

6. Não menospreze os cálculos .......................................................................... 14

Alicerce do Paraíso, vol. 5, pág. 238

7. Ambiciosos sem ambição ............................................................................... 17

Alicerce do Paraíso, vol. 4, pág. 160

8) Exclusão do mal ............................................................................................. 19

Alicerce do Paraíso, vol. 5, pág. 167


9) Amor à humanidade é amor à vida ................................................................ 21

Os Novos Tempos, pág. 89

10) Derrota dos espíritos malignos..................................................................... 22

Alicerce do Paraíso, vol. 2, pág. 105

11) Poma 71........................................................................................................ 24

O Pão nosso de cada dia, vol. 1, pág. 214


Esclarecimento da Verdade (24)

Antes de mais nada, qual é o verdadeiro objetivo da religião? Sem dúvida, é o


esclarecimento da Verdade.
E o que é a Verdade?
A Verdade é a natureza tal qual ela se apresenta. O Sol desponta no leste e
desaparece no oeste; o ser humano nasce e, inevitavelmente, caminha para a
morte. O budismo se refere a isso com as expressões “tudo o que nasce está
sujeito a desaparecer” e “todo encontro está condenado à separação”. O fato de
o ser humano manter-se vivo por meio da respiração e da alimentação,
evidentemente, também é verdade. Preciso insistir sobre assuntos tão óbvios
porque a atual situação da sociedade é absurda.
Observando os revoltantes acontecimentos deste mundo, o caos reinante
na sociedade, os conflitos, a desordem, as más ações etc., é impossível negar que
há mais fatores que contribuem para a infelicidade do que para a felicidade da
humanidade. Precisamos, pois, refletir sobre a origem disso. Segundo o meu
ponto de vista, é evidente que a causa reside no demasiado afastamento da
Verdade, embora não se perceba isso.
Vejo que o homem moderno perdeu a noção da Verdade. Parece que a vida
se mostra tão difícil para ele, que não consegue refletir sobre o assunto. Além
disso, até hoje, a Verdade não era clara nem mesmo para as religiões. Por esse
motivo, não era raro pregar a pseudoverdade acreditando estar transmitindo a
Verdade. Se esta tivesse sido revelada tal qual ela é, a sociedade humana deveria
estar muito melhor do que é visto hoje, e o Paraíso estaria concretizado até certo
ponto.
Contudo, com a chegada do tempo, Deus revelou Sua Vontade e, por meu
intermédio, está explicando e demonstrando a Verdade. Neste sentido, meus
diversos escritos esclarecem a Verdade de maneira que qualquer pessoa possa
compreender com facilidade. Portanto, certamente, a correta visão sobre a
Verdade aflorará naqueles que lerem atentamente minhas palavras com a mente
livre de preconceitos.
Vou explicar por meio de situações que são familiares a todos. O ser
humano adoece porque se distancia da Verdade, e a medicina não consegue curá-
lo porque também está fora da Verdade. Política errônea, má ideologia,
sofrimentos decorrentes do aumento de crimes, crise financeira, inflação e
deflação, tudo isso também decorre desse afastamento.

(24)
Título anterior: “Concretização da Verdade”.
Se não houver nenhum desvio da Verdade, tudo o que for correto
caminhará de acordo com o desejo do ser humano, pois Deus criou a sociedade
humana dessa maneira. Assim, não seria difícil surgir uma sociedade ideal,
virtuosa e bela, em que as pessoas vivem com alegria e felicidade. Nisto reside
a possibilidade do advento do Paraíso Terrestre que venho propondo.
Diante disso, talvez alguns achem que há muitos pontos controversos em
minha teoria, mas na realidade não é nada disso. Tudo o que eu digo é muito
óbvio. Se esses pontos parecerem estranhos é porque a análise parte da
perspectiva da pseudoverdade. Quanto mais controversa minha teoria parecer,
mais evidente é o contrassenso vigente na sociedade. Portanto, podemos dizer
que aquele que aceita minha teoria sem objeções, é alguém que assimilou a
Verdade.
Deus concedeu ao ser humano a liberdade infinita. Eis a Verdade. Às
demais criaturas, como os animais e os vegetais, Ele permitiu a liberdade
limitada. Dessa forma, a nobreza do ser humano reside nesta diferença. Falar da
sua liberdade é dizer que, quando ele se eleva, torna-se divino; quando se
degrada, equipara-se ao animal. Em outras palavras, ele existe entre os dois
extremos. Se desenvolvermos esse princípio, veremos que, dependendo das
ações do ser humano, o mundo se torna um paraíso jubiloso, ou ao contrário, um
inferno desolador. Esta é a Verdade. Não há dúvidas quanto à escolha: a não ser
aqueles de espírito maligno de nascença, todos desejarão o paraíso.
De acordo com o que acabamos de expor, a concretização do mundo
paradisíaco é, em última instância, o objetivo da humanidade. E somente por
meio do esclarecimento da Verdade é possível atingi-lo. Uma vez que esta é a
missão da religião, estou sempre ensinando a Verdade por meio da fala e da
escrita. Assim sendo, dedico-me intensamente dia e noite como aquele que
esclarece a Verdade.

30 de janeiro de 1950
Alicerce do Paraíso, vol. 1, pág. 43
1. O que é a verdadeira salvação

Hoje em dia, a crítica mais frequente em relação à nossa religião é que, por tratar-
se de uma instituição religiosa, ela está errada em empenhar-se na cura de doenças.
Entretanto, se pensarmos bem, concluiremos que não há nada tão sem sentido como
essa observação. Ela provém do pensamento inflexível dos críticos, para quem a
religião deve ocupar-se apenas da salvação no âmbito espiritual, não cabendo a ela a
parte material. Ainda, segundo esses críticos, a cura de doenças é uma questão
material e, por esse motivo, ela não compete à religião. Categoricamente, excluem das
atribuições religiosas a salvação material, limitando suas ações ao campo espiritual.
Obviamente, o que eles imaginam como salvação espiritual, consiste, em síntese, na
resignação. Até hoje, a concepção da maioria das pessoas sobre religião é que, por ela
não possuir força para salvar as pessoas do sofrimento no plano material, por falta de
outro recurso, tenta, ao menos, diminuir esse sofrimento através da resignação.
Se a religião excluir a matéria e preocupar-se unicamente com a solução das
questões espirituais, na prática ela não promoverá a salvação. Isso pelo motivo de que
é a crença na possibilidade da solução dos problemas materiais que nos permite obter,
também espiritualmente, a verdadeira tranquilidade. Quando sentimos fome, por
exemplo, só podemos ficar tranquilos se tivermos a certeza de que alguém nos trará
comida; se soubermos que ninguém o fará, é natural que fiquemos desesperados,
temendo morrer de inanição. O mesmo se dá em relação a doenças, reveses da vida e
outros problemas. O reconhecimento de que tudo isso pode ser solucionado através
da fé é que nos dá a verdadeira tranquilidade. Dessa forma, é por meio da solução de
ambas as questões, as materiais e as espirituais, que conseguiremos a salvação e
alcançaremos o verdadeiro estado de paz interior(8).
Sendo assim, a base da salvação material e espiritual é eliminar as doenças
tornando as pessoas sadias. Isso porque, por maior que seja a nossa fortuna ou a fartura
de alimentos saborosos provenientes do mar e da terra em nossas refeições, por mais
honrarias e status que tenhamos, nada disso terá sentido se estivermos sofrendo com

(8)
Paz interior: Em japonês anshin ryumei. É uma expressão utilizada no confucionismo e no
budismo que indica um estado psicológico de completa serenidade. Pode indicar também um estado
de Iluminação, completamente livre de preocupações
doenças. Por conseguinte, a primeira condição para a salvação da humanidade é, antes
de mais nada, alcançar a saúde. Por essa ser a base da salvação, nossa religião tem
como meta, indivíduos e sociedade livres de doenças.

24 de dezembro de 1949
Alicerce do Paraíso, vol. 1, pág. 21
2. Religião Daijo

Todos sabem que as religiões apresentam aspectos daijo e shojo, especialmente


no budismo; mas me parece que o assunto não foi devidamente aprofundado até
nossos dias. Vou expor meu ponto de vista a esse respeito.
Em linhas gerais, daijo se refere à "Grande Natureza". E Grande Natureza,
logicamente, diz respeito ao nascimento e ao desenvolvimento de todas as coisas
existentes. Portanto, daijo abrange tudo, nada escapa. Neste sentido, o daijo a que me
refiro não é o daijo do budismo, mas sim, o caminho(4) daijo, que engloba a religião,
a filosofia, a ciência, a política, a educação, a economia e a arte. Evidentemente, inclui
também a guerra e a paz, o bem e o mal.
Ao observarmos o desenvolvimento de todas as coisas, notamos o caminho da
Natureza. Logicamente, o valor de um verdadeiro ser humano reside no fato de ele ser
capaz de reconhecer que, por meio da obediência ao caminho, tudo se desenvolve
naturalmente. Por essa razão, quando há desvio do caminho, força-se a situação, o que
acarreta, infalivelmente, obstáculos e, por conseguinte, estagnação ou ruína. Assim, a
realidade do mundo nos mostra que, se estivermos em conformidade com o caminho,
haverá construção; se nos desviarmos dele, haverá destruição. É exatamente como se
passa com um trem: quando se encontra sobre os trilhos, avança; fora deles, não anda.
Seguindo essa lógica, pode-se dizer que, em tudo, se algo desaparece é porque existe
uma razão para tal. Da mesma forma, se algo nasce também há uma causa. O acaso
não existe: tudo ocorre porque há um motivo.
Nesse sentido, quando uma ideologia tende para a esquerda, surge uma para a
direita e vice-versa. Em qualquer situação, devemos seguir o caminho, sem pender
para só um lado. É como dirigir um automóvel. Respeitando esse princípio, podemos
dizer que o capitalismo, o socialismo, o comunismo, as alas conservadoras e as
progressistas, o ativismo e o passivismo, e demais "ismos" nascem por haver uma
necessidade e, igualmente, desaparecerão quando não forem mais imprescindíveis.
Evidentemente, as religiões também são assim: elas só surgem por haver uma razão

(4)
Caminho daijo: Em japonês, "daijo-do". Na cultura japonesa, "do" (caminho) é um sufixo muito
utilizado no sentido de método, ensinamento, princípio, como por exemplo em "arte da ikebana"
conhecida como kado (caminho das fiares); "arte do chá", conhecida como sado ou chado (caminho
do chá) e, na arte marcial, "judô" (caminho suave).
para tal. Acontece que os seres humanos, em sua grande parte, presos ao próprio ponto
de vista, acabam considerando uma heresia tudo o que difere de sua maneira de pensar.
O provérbio "Tentar ver todo o céu através de um orifício no telhado" se refere a essa
maneira de observar as coisas com a própria e estreita visão. No entanto, aos olhos de
Deus, que governa a Terra, a pequenez do ser humano, que discute por coisas
insignificantes, deve ser bastante decepcionante.
Neste mundo, tudo o que se torna dispensável para o ser humano sofre uma
seleção natural. Entretanto, se uma coisa é necessária, por mais que o ser humano
tente, não conseguirá eliminá-la. Suponhamos que surja uma nova religião ou
ideologia. Mesmo que ela pareça supersticiosa ou errada aos olhos humanos, se for
necessária à humanidade, progredirá; caso contrário, será eliminada. Assim sendo, até
certo ponto, devemos deixar os acontecimentos seguir seu curso natural. Se for uma
religião realmente atuante e de valor, a perseguição feita pelo ser humano até
contribuirá para o seu crescimento. O maior exemplo disso é o cristianismo. Quem
contestaria seu atual e próspero crescimento apesar de seu líder espiritual ter sido
crucificado?
Escrevi este artigo para estimular o homem moderno a refletir sobre o erro de se
ater à sua visão demasiadamente estreita e curta.

30 de janeiro de 1950
Alicerce do Paraíso, vol. 2, pág. 21
3. Religião e fé(33)

É comum pensar que religião e fé significam a mesma coisa. Na verdade, há


muitos aspectos em que uma e outra se diferenciam. O ditado popular japonês: "Até
mesmo uma cabeça de sardinha pode ser alvo de crença" é próprio da fé e não da
religião. Da mesma forma, a adoração de estranhos ídolos de pedra ou de madeira
feitos pelos homens primitivos é fé e não religião.
Por esse motivo, é compreensível que as pessoas cultas da atualidade desprezem
a fé em que se adoram ídolos, considerando-a de baixo nível. Por outro lado, isso não
quer dizer que basta ser religião, pois há aquelas de nível superior, médio e inferior.
Pode parecer estranha a afirmação de que existem níveis entre as religiões, mas é
preciso que a religião seja de nível superior para salvar verdadeiramente o ser humano.
O fato é que os níveis estão presentes em todas as coisas do Universo, e as religiões
não fogem à regra. As de nível superior são dirigidas pelo Supremo Deus. Visto que
Ele é poderoso devido à Sua elevada e grandiosa virtude, é natural que a força de
salvação dessas religiões também corresponda a isso, e seus milagres sejam notáveis.
É por isso que, em nossa religião, ocorrem milagres como livrar-se de doenças
consideradas incuráveis pela medicina, conseguir escapar de desastres iminentes, sair
ileso de um incêndio etc. Por conseguinte, devemos saber que, quanto mais relevantes
forem as graças recebidas nesta vida, mais evidente é a presença do Supremo Deus
nessa religião.

20 de abril de 1950
Alicerce do Paraíso, vol. 2, pág. 43

(33)
Título anterior: “Fé e religião”.
4. Nós podemos mudar o nosso destino(52)

Gostaria de escrever sobre o destino, mas é preciso que se saiba que as pessoas,
muitas vezes, pensam que predestino e destino significam a mesma coisa. A diferença,
no entanto, é radical. O predestino é algo que já está determinado desde antes do
nascimento, ao passo que o destino pode ser definido pelo ser humano.
Todos já devem ter vivido a situação de seus desejos e aspirações não se
realizarem com facilidade. Isso se deve, como disse, aos limites do predestino de cada
indivíduo, que já estão determinados e, evidentemente, não podem ser ultrapassados.
Por conseguinte, seria essencial a pessoa conhecer claramente os limites de seu
predestino. Todavia, isso é muito difícil; aliás, pode-se dizer que é quase impossível.
O desconhecimento desse limite leva o ser humano a traçar planos superiores à
sua capacidade e ter esperanças descabidas, que o levam ao fracasso. Se, nessas
ocasiões, ele se der conta disso, recuar e depois começar de novo, certamente o
sofrimento será menor. Todavia, por não conhecer os limites do predestino, ele
persiste a todo custo em seus planos, o que acaba aumentando seu fracasso.
Evidentemente, isto decorre também pelo fato de se subestimar o rigor do mundo.
Assim sendo, a maioria das pessoas falha nas tentativas de recuperação ou encontra
empecilhos para recomeçar, só tomando consciência da realidade após amargas
experiências. Felizes aqueles que conseguem despertar para isso, pois,
lamentavelmente, há muitas pessoas que, mesmo chegando ao estado de extrema
infelicidade, permanecem até a morte, sem despertar para essa realidade.
Referi-me ao destino das pessoas que não possuem uma fé. Nesse ponto, as que
a possuem são diferentes.
A esse respeito, devo abordar pelo aspecto espiritual e dizer que todos os
sofrimentos são ações purificadoras. Quando me refiro às ações purificadoras,
poderão pensar que elas se limitam à doença: de forma alguma. Tudo que nos traz
preocupações ou sofrimentos são ações purificadoras. Por exemplo, ser vítima de
fraude, de incêndio, de acidente, de roubo; passar por uma tragédia familiar, fracasso
e prejuízo comercial; sofrer por conta de questões financeiras, conflito conjugal;
contendas entre pais e filhos ou entre irmãos; desentendimento entre parentes e

(52)
Título anterior: “Nós é que traçamos o nosso destino”.
amigos etc., tudo faz parte da ação purificadora. Já que, normalmente, as nuvens
espirituais são eliminadas por meio do sofrimento, enquanto elas existirem, não há
como escapar dele. Desta maneira, a condição absoluta para melhorar o destino é a
redução das nuvens espirituais. No momento em que a alma se tornar purificada até
certo grau, a purificação não será mais necessária. Dessa forma, a infelicidade se
transforma em felicidade. Sendo esta a Verdade, a boa sorte não se espera de braços
cruzados, conforme afirma o ditado, mas sim, purificando.
Como já disse, se a fé é o meio para purificar a alma sem sofrimento, é óbvio que
não haja felicidade, de forma alguma, para os descrentes. Entretanto, uma vez que
existem diferenças no âmbito da fé, se ela não tiver uma força extraordinária, a
verdadeira felicidade não será alcançada. Daí a necessidade de se reconhecer a Igreja
Messiânica como uma religião que corresponde a essa condição.

25 de outubro de 1952
Alicerce do Paraíso, vol. 3, pág. 58
5. Os pecados e as impurezas(20) e sua relação com a doença(21)
A relação entre o pecado e a doença já veio sendo bastante divulgada no âmbito
religioso. Essa relação é real, mas vou abordar o assunto sob o ponto de vista da
Medicina Espiritualista.
Conforme me referi anteriormente, à medida que a pessoa acumula maus
pensamentos e más ações, suas nuvens espirituais vão aumentando. Quando estas
atingem certo grau de densidade, tem início um processo natural de purificação a fim
de eliminá-las. Sendo essa regra uma lei inviolável do Mundo Espiritual,
evidentemente ninguém consegue escapar dela. Essa purificação, na maioria das
vezes, manifesta-se em forma de doença, mas há casos em que ela ocorre de outras
maneiras, como as diversas calamidades e desastres naturais. O acúmulo de sangue
tóxico e pus são as manifestações físicas dessas nuvens espirituais. Entretanto, o que
se origina dos pecados e impurezas, não oriundos da parte material, ou seja, as
enfermidades de origem espiritual são difíceis de curar e exigem muito tempo.
Doenças como a tuberculose, a osteomielite, o câncer etc., que apresentam sintomas
persistentes, na maioria contam-se entre esses casos.
Há dois meios para se redimir o pecado: passar por sofrimentos ou praticar o
bem. Escolher o último parece ser o modo mais fácil. Como exemplo, vou contar um
fato ocorrido na época em que eu estava pesquisando a Igreja Tenrikyo.
Um rapaz que sofria de tuberculose pulmonar e fora desenganado, ingressou na
referida religião. Pensando na prática de uma boa ação, decidiu fazer a limpeza do
escarro expectorado por outras pessoas pelas ruas da cidade. Decorridos três anos,
durante os quais fez isso todos os dias, o rapaz estava completamente curado; a doença
tinha desaparecido sem deixar o menor vestígio.
A história que se segue é muito conhecida.

(20)
Pecados e impurezas: Tsumikegare em japonês. O termo tsumikegare pode ser dividido em
duas palavras: tsumi, que, no âmbito legal, se refere aos crimes, delitos e infrações e, no aspecto
religioso, significa “pecado” e descreve qualquer desobediência à Vontade de Deus, em especial,
qualquer desconsideração deliberada das Leis Divinas. Já a palavra kegare significa “impureza” e é
utilizada particularmente no xintoísmo como termo religioso. São causas típicas de kegare o contato
com qualquer forma de morte, parto, doença, menstruação, cuja condição pode ser remediada por
meio de rituais de purificação.
(21)
Título anterior: “O pecado e a doença”
O Sr. Chogoro Yamamoto(22), mais conhecido pela alcunha de Shimizu-no-
Jirocho, encontrou-se, certo dia, com um ilustre monge budista que lhe disse: “Sua
face está marcada pelo estigma da morte. Será difícil o senhor viver mais de um ano.”
Jirocho, preparando-se para morrer, doou todos os seus bens a obras filantrópicas e
passou a viver em um templo budista, aguardando a chegada da morte.
Passou-se um ano, dois anos, mas nada de extraordinário lhe sucedera, o que o
deixou muito zangado. Coincidentemente, surgiu a oportunidade de encontrar-se com
aquele monge e Jirocho pensou em repreendê-lo severamente. Entretanto, quando se
encontraram, foi o religioso quem falou primeiro, revertendo a situação: “Que coisa
estranha... O estigma da morte que havia em sua face quando eu o encontrei naquele
dia, desapareceu completamente. Deve haver alguma razão profunda para isso, não?”
Jirocho, surpreso, contou o que fizera, ao que o monge disse: “O ato de caridade que
o senhor praticou transformou sua morte em vida.”
Ampliando essa lógica, o sofrimento de praticamente todo o povo japonês devido
à derrota na guerra nada mais é que o processo de purificação dos pecados decorrentes
do longo período em que o Japão invadia outros países e explorava ou dizimava outras
etnias.

Evangelho do Paraíso, 5 de fevereiro de 1947


Alicerce do Paraíso, vol. 4, pág. 38

(22)
Chogoro Yamamoto (1820–1893): foi um bem-sucedido comerciante de arroz. Após a
Restauração Meiji, torna-se empresário na área de transporte marítimo.
6. Não menospreze os cálculos

A meu ver, o que mais falta aos políticos japoneses são conhecimentos sobre
economia, que, em síntese, são os cálculos. Entretanto, isso não se limita à política; é
impossível ao ser humano obter êxito, em qualquer coisa, sem se basear nos cálculos.
E estes não dizem respeito apenas às coisas relacionadas ao dinheiro. Seja qual for a
questão, sem os cálculos, não será possível saber claramente as possibilidades de
lucros e prejuízos, avaliar as vantagens e desvantagens.
Está mais do que claro que o princípio da democracia é expressar a vontade da
maioria do povo. Como depende de votações, não há outra forma de indicar a
quantidade de votos a não ser por meio dos cálculos. Não há qualquer probabilidade
de sucesso ou progresso se ocorrerem descuidos no cálculo.
O melhor exemplo do que dizemos é a última grande guerra. Talvez haja várias
causas para a derrota do Japão, mas a maior delas foi não ter analisado os prós e os
contras. Com base nessa análise, os japoneses nem deveriam ter começado a guerra,
mas, ainda que por um erro, uma vez iniciada, deveriam tê-la encerrado o mais rápido
possível. Deixando escapar essa oportunidade, à medida que a guerra avançava,
menos lucrativa esta se apresentava. Isso fica evidente se relembrarmos aquela época.
Os cálculos não são algo exclusivo da época atual: existem desde os tempos
antigos. Um dos principais motivos pelos quais o senhor feudal [Minamoto no]
Yoritomo [1147–1199] conseguiu reinar o Japão foi a riqueza que ele acumulou,
nomeando Kanabori Kitiji, um extraordinário e hábil perito em descobrir minas de
ouro. O mesmo se deu com o general Toyotomi Hideyoshi [1536–1598], que
conseguiu extrair uma quantidade colossal de ouro na mina de Sado. Quando
Hideyoshi construiu o Palácio Jurakudai, convidou vários senhores feudais para uma
festa e deu-lhes de presente pepitas de ouro e prata, as quais estavam dispostas em
grande quantidade nos dois lados do corredor. Este possuía um percurso bastante
longo, indo desde o portão até o hall de entrada. O anfitrião disse que cada um poderia
levar a quantidade que conseguisse carregar. Essa história nos faz compreender que
ele realmente mantinha, em seu poder, uma grande quantidade de ouro e prata.
Também era o caso de Ieyasu Tokugawa(99).
O fato de que a dinastia Tokugawa conseguiu manter-se no poder durante
trezentos longos anos foi graças à mina de ouro de Sado. Temos outra história famosa:
com a intenção de procurar ouro por todos os cantos do país, Ieyasu contratou Ookubo
Nagayasu [1545–1613], célebre descobridor de jazidas minerais, que encontrou a
mina de ouro de Izu Oohito.
Com o passar do tempo, entretanto, o ouro da mina de Sado foi-se tornando
escasso. No final da época do governo feudal no Japão, a queda drástica da produção
provocou uma crise econômica na qual até mesmo o pagamento dos súditos,
frequentemente, deixava de ser efetuado. É indiscutível que as consequências
provocadas pelas dificuldades financeiras causaram a ruína do regime feudal.
Por eu ser religioso, as pessoas pensam que sou leigo em economia, mas isso não
corresponde à realidade. Pelo fato de eu já ter sido empresário, estou seguro de que
ninguém me passa para trás em matéria de cálculos. Para falar a verdade, se me
alimentasse e me vestisse humildemente, morando em um casebre, como fizeram os
antigos religiosos, não me seria possível salvar o homem contemporâneo, porque os
tempos mudaram.
Tanto o terreno como a construção devem estar de acordo com a época. Até
mesmo para se construir o modelo do Paraíso Terrestre, é necessária uma enorme
quantia. Por essa razão, é óbvio que os recursos financeiros constituem uma das forças
fundamentais para a nossa expansão. Como exemplo, no atual cenário das religiões, a
entidade mais reconhecida como tal é a Igreja Tenrikyo. Todos sabem que, desde os
tempos antigos, seu ponto forte é a importância que ela sempre deu à obtenção de
recursos financeiros.
Por esses exemplos, podemos entender que, tanto em âmbito maior, como a
política de uma nação, como em um empreendimento particular, nada correrá
bem se negligenciarmos os cálculos. Este assunto nos faz lembrar os Estados Unidos.
A maioria dos políticos americanos influentes começou no mundo empresarial. Até
mesmo no caso do presidente Truman, é famosa a sua história de que, por mais de

(99)
Ieyasu Tokugawa (1543–1616): fundador e primeiro xógum do Xogunato Tokugawa, que
durou de 1600 a 1868.
vinte anos, trabalhou como comerciante de miudezas e artigos em geral. Em se
tratando de militares de prestígio, dizem que muitos começaram a carreira como
empresários. Por essa razão, a principal causa de os Estados Unidos terem chegado à
condição atual reside no fato de as pessoas que exercem liderança terem vindo da área
empresarial e serem hábeis nos cálculos.
Em contrapartida, observando os líderes do Japão, estes, em sua maioria, se
tornaram funcionários do governo logo após terem concluído os estudos universitários
e, devido ao longo tempo de carreira pública, subiram rapidamente de posição. Assim
sendo, além de não possuírem o devido conhecimento acerca da sociedade, não têm o
menor interesse pelos cálculos. Assemelham-se a filhinhos de papai ou a um senhor
feudal. A melhor prova disso são as empresas públicas. Mesmo em se tratando da
Ferrovia Nacional, esta apresenta um déficit anual de centenas de milhões de ienes,
enquanto as companhias ferroviárias privadas continuam distribuindo dividendos
razoáveis. O mesmo se verifica com a venda de cigarros, que é um monopólio estatal.
Aqueles são vendidos com lucros excessivos e nem são de boa qualidade. Podemos
afirmar que se trata realmente de “comerciantes samurais”(100), como são conhecidos
popularmente. Por conseguinte, levando em consideração essa situação, sinto que
devemos acolher, com alegria, futuros políticos que já tenham atuado na área
empresarial. Desejo advertir que essa é condição básica e fundamental para a
reconstrução do Japão e não existe outro caminho além deste.

Jornal Hikari nº 26, 10 de setembro de 1949


Alicerce do Paraíso, vol. 5, pág. 238

(100)
Com a Restauração Meiji, por volta de 1870, o antigo regime governamental japonês sofreu
mudanças radicais, e muitos samurais foram obrigados a se tornar comerciantes. Por ser uma
atividade a que não estavam habituados, a maioria foi à falência. Isso se tornou uma expressão para
citar pessoas que se põem à prática daquilo a que não estão acostumadas.
7. Ambiciosos sem ambição(111)

Vou falar a seguir sobre a pessoa sem ambição e não sobre a pessoa má (112). Ao
me referir a pessoas sem ambição, o leitor poderá achar estranho, por isso vou explicar
de forma compreensível a todos. Ao observar a sociedade atual, constato que existe
um grande número de ambiciosos, embora, na verdade, sejam todos sem ambição. O
fato de serem ambiciosos sem ambição é estranho, mas na realidade, trata-se de
pessoas que só pensam em lucrar temporariamente e não percebem que, depois disso,
passarão a ter prejuízos. No início, elas proferem mentiras bem arquitetadas. Todavia,
como a mentira é sempre revelada, acabam perdendo totalmente a confiança dos
outros.
Quanto mais hábil for o mentiroso, mais tempo levará para ser descoberto. Por
esse motivo, durante algum tempo, ele pode pensar que se saiu bem; no entanto, a
verdade sempre vem à tona. Criaturas assim caem na ilusão de que jamais serão
desmascaradas e, por esse motivo, não se corrigem e continuam a se empenhar em
enganar as pessoas. Obviamente, não acreditam na existência de Deus e, por estarem
“moldadas” pelo materialismo, é difícil lidar com elas. Ao serem expostas, como toda
a confiança depositada nelas cai por terra, enfrentam perdas incalculáveis, pois os
outros não mais lhes dão ouvidos.
Em tais ocasiões, fico com pena dessas pessoas e ponho-me a pensar que, se
tivessem agido honesta e corretamente desde o início, certamente seriam merecedoras
de crédito e obteriam grandes lucros, ao invés das vantagens efêmeras que tiveram.
Por esse motivo, lamento e penso comigo mesmo: “Mas que pessoas sem ambição são
elas?” Conclui-se, portanto, que essas pessoas são realmente desprovidas de ambição.
A maioria dos indivíduos da atualidade que estão em apuros financeiros ou cujos
empreendimentos não vão bem, é por serem ambiciosos, mas do tipo sem ambição.
Seja como for, a pessoa deve conquistar, em primeiro lugar, a confiança de todos.
Não há riqueza maior que esta. Da riqueza chamada confiança surgem “juros” sem
limites, e mesmo que a sociedade esteja atravessando dificuldades financeiras, os
“ricos” desta ordem nunca passarão apuros. É por isso que, de qualquer modo, devem

Título anterior: “Gananciosos sem ganância”


(111)

Em japonês, a expressão yoku nai ninguen pode ser traduzida como “pessoa sem ambição” ou
(112)

“pessoa má”. Por essa razão, Meishu-Sama fez o referido esclarecimento


acreditar na existência de Deus, que é invisível. Para tanto, só há um caminho: tornar-
se um praticante da fé. Quem pratica a fé, é dono de um ilimitado tesouro: além de ser
autenticamente feliz, é de fato profundamente ambicioso.

Jornal Kyusei nº 49, 11 de fevereiro de 1950


Alicerce do Paraíso, vol. 4, pág. 160
8) Exclusão do mal(71)
O que é o mal?

Mal, sem dúvida, é atemorizar o próximo, causar-lhe sofrimentos e prejudicar a


sociedade, para obtenção de benefício próprio. Por causa do mal, os danos individuais
e sociais são grandes. Pode-se dizer que não há ninguém que, em maior ou menor
proporção, não seja vítima do mal.
Por exemplo, para impedir a entrada de ladrões em suas residências, as pessoas
se veem obrigadas a diminuir o tamanho das janelas, mesmo se sujeitando à má
circulação do ar no interior da casa, a trancar bem as portas e a mantê-las fechadas
mesmo em pleno calor do verão. Para se ausentar, deixam alguém de guarda.
Do mesmo modo, somos levados a nos acautelar de quem nos acena com
negócios vantajosos e a observar tudo com desconfiança. Os comentários sobre
roubos na vizinhança e as notícias dos jornais perturbam o nosso sono. Sair à noite,
principalmente mulheres desacompanhadas, é muito perigoso. Não podemos
descuidar-nos dos batedores de carteiras nos transportes coletivos. Entre os
empregados, há os desonestos e, nas casas comerciais, é necessária toda a atenção
para evitar a ocorrência de furtos. Enumerando tais fatos, veremos que, na maioria das
vezes, sentimo-nos cercados de trapaceiros e não conseguimos viver uma vida
tranquila. Eis a situação da sociedade atual em que vivemos. E não é só isso, pois para
os pais existe a preocupação de os filhos adolescentes serem expostos às tentações.
As esposas se preocupam com os maridos no que se refere às diversões e às amantes,
e os maridos, com a fidelidade das esposas.
Além dos inesperados prejuízos nas empresas privadas, são enormes as despesas
do governo para manter os órgãos de segurança, como a polícia e os tribunais de
justiça. As casas comerciais e as empresas constroem sólidos depósitos e, como
medida preventiva contra a má ação de seus funcionários, instalam cofres, criam livros
de registro, notas e recibos, além do necessário, selando-os e carimbando-os um por
um, o que exige um número maior de funcionários. Nas fábricas, há necessidade de
atentar para o furto de matérias-primas e prevenir-se contra as fraudes dos empregados
por ocasião do desvio de mercadorias e de pagamentos. Mercadorias fora das

(71)
Título anterior: “Eliminação do mal”
especificações, greves mal-intencionadas ou sabotagens, lucros extorsivos dos
capitalistas: podemos afirmar que não há o que não tenha causa direta no mal.
Atualmente, a corrupção dos funcionários públicos é praticada quase que
publicamente. Ouve-se que as matrículas nas escolas são obtidas por meio de
gratificações. É sabido que só se conseguem os alvarás nas repartições públicas,
agindo nos bastidores. É muito rara a ocorrência de imparcialidade em vários setores
da sociedade. A situação é tal, que todos sabem que talvez seja impossível sobreviver
sem utilizar alguma forma de ilegalidade.
Analisando o bem e o mal no mundo, desta forma observa-se que a proporção do
mal é muito maior em relação ao bem. Portanto, não conseguiremos sequer avaliar a
proporção dos prejuízos e a insegurança que os indivíduos e a sociedade sofrem, os
quais devem ser realmente incalculáveis.
Consequentemente, tanto o progresso da civilização como a construção do novo
Japão vão depender da maior ou menor proporção do mal. Acredito que os sucessos e
os fracassos em todas as questões dependem do quanto de bem e mal incide nelas, e
tanto os governantes como os educadores e os intelectuais devem empenhar-se para
eliminar o mal. Afirmo sem receio que, não há, além deste, outro meio eficaz. Então,
qual seria o melhor meio? Não resta dúvida de que é a fé correta.

Coletânea Assuntos sobre Fé, 5 de setembro de 1948


Alicerce do Paraíso, vol. 5, pág. 167
9) Amor à humanidade é amor à vida
Frequentemente, a diferença de atitude religiosa entre as pessoas shojo e as
pessoas daijo é que as primeiras tendem a pensar em termos de sua salvação
individual, ao passo que as segundas se inclinam a pensar “igualmente” na salvação
dos outros.
Regularmente, os indivíduos buscam apenas o próprio progresso e felicidade. Por
mais elevadas que sejam suas aspirações, essa atitude indica um indevido amor-
próprio e não pode ser muito abençoada por Deus. O verdadeiro objetivo religioso
inclui todos os homens. Quando nos esquecemos de nós mesmos e atentamos para as
necessidades dos outros, vivemos verdadeiramente nossa fé. Esta é a nossa salvação,
pois não podemos ser realmente felizes quando há outras pessoas sofrendo.
Os indivíduos de tendência religiosa shojo costumam ressentir-se com a mais
leve observação ou crítica a eles dirigida. Seu ressentimento resulta em infelicidade
para eles próprios e não agrada a Deus. Devemos orar para que lhes seja mostrado o
Caminho. Amar e ajudar um ao outro constitui verdadeira religião e verdadeiro amor
à vida.

Os Novos Tempos, pág. 89


10) Derrota dos espíritos malignos(79)
É do conhecimento de todos que Jesus Cristo foi tentado por Satanás e que Buda
Sakyamuni foi atormentado por Devadatta. Nossa religião também vem sendo
espreitada persistentemente por “satanases” e “devadattas”. O interessante é que, com
a aproximação do momento crucial, os espíritos malignos estão cada vez mais
desesperados e, ultimamente, têm agido com força total. Creio que é possível perceber
isso, por meio das matérias publicadas em nosso jornal. Observando a situação,
podemos deduzir que está iminente o destino dos espíritos malignos, o que significa
que estamos às vésperas do “Fim do mundo” profetizado por Jesus Cristo.
Falando em espíritos malignos, na verdade existem vários tipos, sendo que seus
chefes governam o Mundo dos Perversos. Quanto mais nuvens espirituais o ser
humano tiver em seu espírito, mais livremente será manipulado por eles, por
intermédio dos elos espirituais do mal e, sem ter consciência disso, tomará atitudes
que atrapalham a atuação de Deus. Uma vez que os espíritos malignos vêm agindo ao
seu bel-prazer há milhares de anos e não têm conhecimento da mudança no Mundo
Espiritual, continuam praticando suas maldades normalmente. Entretanto, por eles
não terem consciência que essa mudança está muito próxima, é compreensível que
tenham entrado em desespero.
Isso porque o que os espíritos malignos mais temem é a luz e, à medida que o
Mundo Espiritual vai-se tornando dia, aquela vai-se intensificando. Isso significa que
está chegando a época de pavor para os espíritos malignos, pois diante da luz, eles se
encolhem e perdem a força de ação. É por isso que esses espíritos não conseguem
atuar se a luz não estiver apagada nas sessões de pesquisas parapsicológicas. Somente
espíritos que alcançaram a posição de divindade(80) conseguem atuar dentro da luz.
Nesse sentido, os espíritos malignos que criam obstáculos para nossa religião,
por temerem a luz que emana da Força de Deus, recorrem a todos os meios para
obstruí-la. Isso mostra o quanto eles estão desesperados. Já que a luz do dia é
produzida pelos raios do sol, por mais que tais espíritos lutem desesperadamente para
obstruí-la, seus esforços serão em vão. Aqui existe uma questão de suma importância

Título anterior: “Derrota do demônio”.


(79)
(80)
Posição de divindade: Refere-se ao espírito que elevou sua posição no Mundo Espiritual e
adentrou o Paraíso
à qual todos devem ficar alerta: aqueles que se aliaram aos espíritos malignos estarão
fadados a extinguir-se para sempre, quando houver o juízo Final. E, nesse momento,
por mais que se arrependam, de nada adiantará, pois com toda certeza, seu fim será a
extinção. É por esse motivo que recomendamos insistentemente que todos devem,
enquanto é tempo, reconhecer seus erros, arrepender-se e corrigir-se. E, envoltos pelo
grande amor de Deus, devem livrar-se do mal, aliar-se às pessoas de bem, tornar-se
felizes e, assim, alcançar a vida eterna.

20 de novembro de 1949
Alicerce do Paraíso, vol. 2, pág. 105
11) Poma 71
Tendo a sinceridade (makoto) como cajado,
poderemos seguir pela vida com tranquilidade
até mesmo neste mundo cheio de preocupações
e sofrimentos.

A inteligência superior, tieshokaku(87), atua dependendo das toxinas que a pessoa


possui na cabeça e de seu estado de espírito. Se houver o mínimo de pensamento
impuro ou má intenção, a sabedoria é maculada e não atua. Se não houver impurezas
no pensamento, e sim o desejo de se empenhar pelo bem da humanidade, a sabedoria
atuará. É por esse motivo que as pessoas de maus pensamentos, infalivelmente,
fracassam.
Coletânea de Ensinamentos, vol. 26, 5 de setembro de 1953
O Pão nosso de cada dia, vol. 1, pág. 214

(87)Tieshokaku: termo utilizado por Meishu-Sama para designar a sabedoria humana que se desenvolve
proporcionalmente à elevação espiritual do indivíduo, a inteligência superior. É também chamada de
“inteligência da suprema iluminação”

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