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Desde seu planejamento inicial, em 1975, a usina hidrelétrica do Belo Monte,

localizada na bacia do Xingu no Pará, causa controvérsias entre ambientalistas e


idealizadores do projeto, apesar de se tratar de uma fonte limpa de energia e, quando
operada em sua capacidade total, poderá abastecer até 60 milhões de brasileiros, se
tornando, aos olhos de seus apoiadores, crucial em meio a uma demanda crescente por
energia em um país que já passava por crises e apagões. A construção da usina se tornou
um projeto cobiçado por muitos mas, apesar de seus efeitos positivos, os impactos
ambientais e sociais que ela causaria e causou na região eram inerentes ao seu projeto.
Tratava-se de uma região carente de presença do estado, sem saneamento básico
entre outros problemas de infraestrutura. Com a promessa da construção da usina em 2011
a empresa que ganhasse a obra, a Norte Energias, seria responsável por trazer melhorias
às cidades afetadas, principalmente ao município de Altamira, porém o que foi reportado
anos depois em 2014 foram obras inacabadas e desavenças com a administração da
cidade, como o caso das casa construídas para os mais de 4 mil habitantes que tiveram que
deixar suas residências devido a estarem localizadas na região de alagamento da usina,
que apresentaram rachaduras logo após sua construção, e o sistema de saneamento
básico construído pela empresa que não faz conexão com as residências da cidade, para
qual a empresa alega ser responsabilidade da prefeitura, tal descaso levou o esgoto a
continuar sendo escoado pelo rio onde fica represado após a construção da usina.
A obra que custou R$31,5 bilhões também causou graves impactos ambientais,
como a alteração do curso natural do rio que além de ser de grande importância para a
população que usa diariamente seus igarapés para se deslocar, alterou também o curso dos
peixes que agora não podem mais desfrutar das regiões antes alagadas, isto combinado
com a diminuição dos níveis de oxigênio do rio devido a decomposição de matéria orgânica,
como as árvores das regiões alagadas, levou a morte de 16 toneladas de peixes no final de
2014 e início de 2015, o que, além do claro dano ambiental, gerou prejuízo a famílias
pescadoras e indígenas que dependiam da pesca para sua alimentação.
Estes foram apenas alguns dos danos ambientais e sociais que a construção da
Hidrelétrica de Belo Monte, em conjunto com o descaso por parte dos seus apoiadores,
causaram a uma região tão sensível e essencial para a biodiversidade como a bacia do Rio
Xingu.

Acessados em 06/10/2020
https://youtu.be/GouCEd41x0Y
Usina de Belo Monte: energia ou impacto ambiental?
https://faculdadebarretos.com.br/noticias/artigo-usina-hidreletrica-de-belo-monte-pa-
os-impactos-ambientais/#:~:text=Assim%2C%20como%20resultado%20ao%20alagam
ento,e%20ocupa%C3%A7%C3%A3o%20desordenada%20da%20regi%C3%A3o.

TEMA: A construção da Hidrelétrica de Belo Monte exigiu a realização de Estudos de


Impactos Ambientais (EIA), com a finalidade de identificar os impactos causados pelo
empreendimento ou atividade. E, também, dar soluções concretas aos efeitos desses
impactos. Com base nos estudos desenvolvidos, identifique quais foram os impactos
(negativos e positivos) causados pela construção da Hidrelétrica de Belo Monte para a
região da bacia do Rio Xingu e, também, para o Município de Altamira-Pa.
Vídeo 1: reportagem do fantástico mostra impacto causado pela Usina de Belo Monte
no Pará-29/05 https://youtu.be/GouCEd41x0Y

● 35 milhões de reais devido a morte dos peixes, que alega ter implementado
aeradores.
● Operação lava-jato investiga se houve pagamento de propina a políticos que pode
chegar a 150 milhões

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