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781-39
SUMÁRIO
PPMG ............................................................................................................................. 2
Direito Penal – Parte Especial .................................................................................... 2
Crimes Contra a Pessoa ......................................................................................... 2
Gabarito ..................................................................................................................... 7
Gabarito Comentado ................................................................................................ 8
Crimes Contra a Pessoa ......................................................................................... 8
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PPMG
DIREITO PENAL – PARTE ESPECIAL
CRIMES CONTRA A PESSOA
Com relação aos crimes contra a pessoa, previstos no Código Penal, é correto
afirmar que
Mévio, Caio e Tício são amigos de infância. Mévio, desempregado há seis meses,
não consegue mais arcar com as despesas do tratamento do filho, portador de
paralisia cerebral. Diante do desespero de Mévio, Caio e Tício decidem ajudar. Os
dois propuseram a Mévio furtar o estabelecimento comercial de Tician a, prima de
Tício. Mévio, inicialmente, rechaçou a ideia. Mas, diante do sofrimento do filho,
concordou. Exigiu, contudo, que ninguém utilizasse arma de fogo. No dia
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combinado para a execução do furto, Caio, com medo, desistiu de participar.
Mévio e Tício decidem dar prosseguimento ao plano. Logo que ingressaram no
local, depararam-se com Ticiana que, justamente naquele dia, ficou na loja,
mesmo após o fechamento. Diante da reação de Ticiana, que gritou, Tício sacou
de arma de fogo e disparou contra ela, que morreu. Tício e Mévio fogem, sem nada
levar. Mévio, contudo, no dia seguinte, decide se entregar à Polícia e tudo revela.
Encerrada a investigação, Caio, Mévio e Tício são denunciados por latrocínio
consumado (art. 157, § 3º , CP).
a) dano simples praticado pelo agente contra seu tio, com quem n ão coabita,
este com cinquenta e um anos de idade, somente se proceder á mediante
representação.
b) apropriação indébita praticado pelo agente contra seu cônjuge, este com
cinquenta e nove anos de idade, separado judicialmente, somente se
procederá mediante representação.
c) estelionato praticado pelo agente contra seu irmão, este com cinquenta e
cinco anos de idade, somente se procederá mediante queixa.
d) alteração de limites praticado pelo agente contra seu sobrinho, com quem
coabita, este com cinquenta anos de idade, será isento de pena.
e) extorsão praticado pelo agente contra seu pai, este com cinquenta e oito
anos de idade, será isento de pena.
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5. DP500 (SELECON - 2020 - Prefeitura de Boa Vista - RR - Guarda Civil Municipal)
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c) configura crime de falsificação de documento particular o ato de falsificar,
no todo ou em parte, testamento particular, duplicata e cart ão bancário de
crédito ou débito.
d) atípica a conduta de, em situação de autodefesa, atribuir-se falsa
identidade perante autoridade policial.
e) inadmissível proposta de suspensão condicional do processo no crime de
falsidade ideológica de assentamento de registro civil.
a) corrupção
b) peculato
c) exação
d) falsidade
e) prevaricação
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10. DP449 (VUNESP - 2020 - Câmara Municipal de Pindorama - SP - Procurador
Jurídico)
a) peculato culposo.
b) excesso de exação.
c) peculato.
d) emprego irregular de verbas ou rendas públicas.
e) advocacia administrativa.
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GABARITO
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GABARITO COMENTADO
CRIMES CONTRA A PESSOA
1. DP384 (VUNESP - 2020 - Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP - Guarda
Municipal)
Com relação aos crimes contra a pessoa, previstos no Código Penal, é correto
afirmar que
Gabarito: B
A questão apresenta alguns dos crimes contra a vida, previstos no Código Penal,
assim como o delito de omissão de socorro.
b) CORRETA. A assertiva B está correta, uma vez que se trata de lesão corporal
praticada contra cônjuge de guarda civil municipal . Em razão dessa condição,
sofrerá o aumento de pena decorrente do artigo 129, §12 do Código Penal:
Vale ressaltar que os guardas civis municipais integram o rol do art. 144,
notadamente por estarem previstos no §8º do menc ionado dispositivo:
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a) INCORRETA. A assertiva “A” está incorreta, pois apenas é considerado
feminicídio o homicídio praticado na forma do art. 121, §2º-A do Código Penal:
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III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta
que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de
relação sexual não desejada, mediante intimidação,
ameaça, coação ou uso da força; que a induza a
comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua
sexualidade, que a impeça de usar qualquer método
contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez,
ao aborto ou à prostituição, mediante coação,
chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou
anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer
conduta que configure retenção, subtração, destruição
parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho,
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas
necessidades;
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta
que configure calúnia, difamação ou injúria.
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d) INCORRETA. O crime de omissão de socorro não admite a modalidade culposa,
pois o artigo 135 não prevê a possibilidade da punição desse delito se for praticado
com culpa:
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Em razão do princípio da excepcionalidade do crime culposo, apenas será punido
a título de culpa os crimes que expressamente preve em tal possibilidade, nos
termos do art. 18, parágrafo único do Código Penal :
e) INCORRETA. A assertiva está incorreta pelos motivos que serão expostos a seguir:
§ 2° Se o homicídio é cometido:
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2. DP502 (Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: TJ-MS)
Gabarito: E
Essa hipótese é prevista na súmula n° 714 do STF, concluindo que o ofendido tem
legitimidade concorrente para propor ação penal por crime contra a honra de
servidor público em razão do exercício de suas funções.
Embora a regra seja o que preconiza o art. 145, § único, do CP, que no caso de
crime contra honra de funcionário público, a ação penal deverá ser precedida
mediante representação do ofendido, poderá haver a legitimidade concorrente
conforme já mencionado na súmula editada pelo STF .
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a) ERRADA – Na verdade, quando ocorrer ofensa irrogada em juízo na discussão da
causa, pela parte ou por seu procurador, não será o caso de difamação ou injúria,
mas poderá constituir o crime de calúnia, conforme disposto no art. 142, inciso I,
do CP.
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II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas
no nº I do art. 141;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o
ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
A exceção da verdade consiste em “um meio de defesa indireto por meio do qual
se busca provar a veracidade da imputação” 1.
1 Alves, Jamil Chaim. Manual de Direito Penal – Parte Geral e Parte Especial. Editora Juspodivm, 2020.
2GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: parte especial, volume II: introdução à teoria geral da parte especial:
crimes contra a pessoa / Rogério Greco. – 14. ed. Niterói, RJ: Impetus, 2017.
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c) ERRADA – Na verdade, a retratação é cabível apenas nos crimes de calúnia e
difamação, haja vista que o bem jurídico protegido é a honra objetiva da vítima.
Diferentemente da injúria, a qual o bem jurídico protegido é a honra subjetiva.
Assim, de acordo com o artigo 143, do Código Penal, o querelado que, antes da
sentença, retrata-se cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
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Frisa-se que, conforme previsto no parágrafo único do artigo 143 do Código Penal,
caso os crimes de calúnia ou difamação tenham sido proclamados em meios de
comunicação, o ofendido poderá exigir que a retratação deverá ser realizada
pelos mesmos meios em que a ofensa foi praticada.
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d) ERRADA – Na verdade, o crime de injúria preconceituosa, previs to no art. 140, §
3°, do CP, é de ação penal pública condicionada à representação do ofendido,
nos termos do art. 145, § único, do CP.
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3. DP503 (VUNESP - 2017 - Câmara de Porto Ferreira - SP - Procurador Jurídico)
Mévio, Caio e Tício são amigos de infância. Mévio, desempregado há seis meses,
não consegue mais arcar com as despesas do tratamento do filho, portador de
paralisia cerebral. Diante do desespero de Mévio, Caio e Tício decidem ajudar. Os
dois propuseram a Mévio furtar o estabelecimento comercial de Tician a, prima de
Tício. Mévio, inicialmente, rechaçou a ideia. Mas, diante do sofrimento do filho,
concordou. Exigiu, contudo, que ninguém utilizasse arma de fogo. No dia
combinado para a execução do furto, Caio, com medo, desistiu de participar.
Mévio e Tício decidem dar prosseguimento ao plano. Logo que ingressaram no
local, depararam-se com Ticiana que, justamente naquele dia, ficou na loja,
mesmo após o fechamento. Diante da reação de Ticiana, que gritou, Tício sacou
de arma de fogo e disparou contra ela, que morreu. Tício e Mévio fogem, sem nada
levar. Mévio, contudo, no dia seguinte, decide se entregar à Polícia e tudo revela.
Encerrada a investigação, Caio, Mévio e Tício são denunciados por latrocínio
consumado (art. 157, § 3º , CP).
Gabarito: C
c) CORRETA – De fato, Mévio, ao ter anuído apenas com a prática de crime menos
grave, por desconhecer que Tício portava arma de fogo, deverá ser
responsabilizado com as penas deste, nos termos do art. 29, § 2°, do CP.
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aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o
resultado mais grave.
a) ERRADA – Por mais que os agentes Mévio e Tício não tenham levado nenhum
objeto do local, não descaracteriza o crime de latrocínio, uma vez que suas
intenções eram de subtrair o patrimônio da vítima, agindo assim com dolo de
praticar a conduta de subtração. Portanto, aplica -se a súmula n° 610 do STF ao
caso.
3 Alves, Jamil Chaim. Manual de Direito Penal – Parte Geral e Parte Especial. Ed. JusPodivm, 2020. Pág. 369
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d) ERRADA – Na verdade, não há que se falar em benefício de redução de pena,
mesmo que o agente tenha relação de parentesco com a vítima, pois esse fato
não é uma circunstância que agrava nem uma causa de diminuição de pena,
como afirmado na assertiva.
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CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
a) dano simples praticado pelo agente contra seu tio, com quem n ão coabita,
este com cinquenta e um anos de idade, somente se proceder á mediante
representação.
b) apropriação indébita praticado pelo agente contra seu cônjuge, este com
cinquenta e nove anos de idade, separado judicialmente, somente se
procederá mediante representação.
c) estelionato praticado pelo agente contra seu irmão, este com cinquenta e
cinco anos de idade, somente se procederá mediante queixa.
d) alteração de limites praticado pelo agente contra seu sobrinho, com quem
coabita, este com cinquenta anos de idade, será isento de pena.
e) extorsão praticado pelo agente contra seu pai, este com cinquenta e oito
anos de idade, será isento de pena.
Gabarito: B
A questão trabalha com entendimento a respeito das escusas absolutórias (art. 181
do CP) e das imunidades relativas (art. 182 do CP) aplicáveis aos crimes contra o
patrimônio, bem como suas exceções (art. 183 do CP).
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Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos
anteriores:
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral,
quando haja emprego de grave ameaça ou violência à
pessoa;
II - ao estranho que participa do crime;
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual
ou superior a 60 (sessenta) anos.
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Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Portanto, comete este crime aquele que, inicialmente, tem a posse de boa-fé sobre
a coisa, mas, num segundo momento, transforma essa posse em domínio, passando
a praticar atos típicos de proprietário.
a) ERRADA – Nos termos do artigo 167 do Código Penal, o crime de dano simples,
previsto no caput do artigo 163, em regra, é de ação penal privada.
c) ERRADA – O crime contra patrimônio praticado pelo agente contra seu irmão,
somente se procederá mediante representação, conforme disposto no artigo 182,
inciso II do Código Penal.
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Nesses casos, para que o agente seja processado, é exigido a representação da
vítima, para que o Ministério Público promova a ação, tornando assim a ação
pública condicionada a representação.
Por sua vez, a queixa-crime é a peça inicial da ação privada, onde a vítima
(ofendido ou seu representante) precisa necessariamente ingressar com a ação
para que o agente seja processado criminalmente pelo crime.
4 Masson, Cleber - Direito Penal: parte geral (arts. 1º a 120) – vol. 1 – 13. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2019. P. 1242.
5 Masson, Cleber - Direito Penal: parte geral (arts. 1º a 120) – vol. 1 – 13. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2019. P. 1250
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O crime de alteração de limites consiste em suprimir ou deslocar tapume, marco,
ou qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se, no todo ou
em parte, de coisa imóvel alheia, conforme disposto no artigo 161 do Código Penal.
e) ERRADA – Não poderá ser aplicada escusa absolutória ao agente que praticou
crime de extorsão contra seu pai.
Em regra, será aplicado os artigos 181 e 182 do Código Penal aos crimes contra o
patrimônio, entretanto, há exceções, conforme previsto no artigo 183 do Código
Penal:
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Nos termos do artigo 158 do Código Penal, o crime de extorsão consiste em
constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de
obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que
se faça ou deixar de fazer alguma coisa.
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5. DP500 (SELECON - 2020 - Prefeitura de Boa Vista - RR - Guarda Civil Municipal)
Gabarito: D
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a) ERRADA – Se houver o concurso de duas pessoas ou mais pessoas no crime de
roubo, a pena é majorada em 1/3 até metade, conforme artigo 157, §2º, inciso II
do Código Penal.
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VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de
acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua
fabricação, montagem ou emprego.
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CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
6. DP454 (VUNESP - 2018 - PC-BA - Escrivão de Polícia)
Gabarito: C
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a) ERRADA – Na verdade, o cartão de crédito é equiparado a documento
particular, conforme previsto no art. 298, parágrafo único, do CP.
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CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
7. DP497 (FCC - 2019 - TJ-AL - Juiz Substituto)
Gabarito: E
De acordo com os termos do artigo 89 da Lei 9.099/95, nos crimes em que a pena
mínima cominada for igual ou inferior a 1 ano, o MP poderá propor a suspensão do
processo por dois a quatro anos, desde que o acusado n ão esteja sendo
processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais
requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código
Penal).
Nesse sentido, nos termos do parágrafo único do artigo 299 do Código Penal,
aquele que falsifica ou adultera assentamento de registro civil, comete o crime de
falsidade ideológica com aumento de pena.
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Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular,
declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer
inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser
escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obriga ção ou
alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o
documento é público, e reclusão de um a três anos, e
multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o
documento é particular.
Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e
comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a
falsificação ou alteração é de assentamento de registro
civil, aumenta-se a pena de sexta parte.
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A competência para processar e julgar os crimes de falsificação será determinada
pelo ente responsável pela confecção do documento.
Por sua vez, equipara-se a documento público, para fins penais, o título ao portador
ou transmissível por endosso (ex: duplicata), as ações de sociedade comercial, os
livros mercantis e o testamento particular.
6 Gonçalves, Victor Eduardo Rios - Direito penal: parte especial – 11. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2021.
P. 1539
7 Gonçalves, Victor Eduardo Rios - Direito penal: parte especial – 11. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2021.
P. 967
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e) ERRADA – É típica a conduta de quem, mesmo em situação de autodefesa,
atribui falsa identidade perante autoridade policial , conforme a Sumula nº
522 do STJ.
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Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.
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CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
a) corrupção
b) peculato
c) exação
d) falsidade
e) prevaricação
Gabarito: B
O crime de peculato, disposto no artigo 312 do Código Penal, caracteriza -se pela
apropriação de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular,
realizada pelo funcionário público, que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-
lo, em proveito próprio ou alheio.
Nesse sentido, a doutra ensina que “o desvio deve ser em proveito próprio ou de
terceiros, porque, se for em proveito da própria administração, haverá o crime do
art. 315 do CP (emprego irregular de verbas ou rendas públicas) 8”.
O peculato é crime próprio, ou seja, só pode ser cometido por funcionário público,
entretanto o particular que, sabendo dessa qualidade, concorre para a prática
8 Gonçalves, Victor Eduardo Rios – Direito Penal Parte Especial Esquematizado. 11 ed. 2021 – cit. P. 1638
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delituosa, também responderá pelo crime nos termos do art. 30 do Código Penal,
pois a qualidade de funcionário público é elementar do crime.
9 NUCCI, Guilherme de Souza – Curso de Direito Penal. Vol 1. 3 ed. 2019 - 856
10 GONÇALVES, Victor Eduardo Rios – Direito Penal Parte Especial Esquematizado. 11 ed. 2021 – cit. p. 1737
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A corrupção passiva, por sua vez, consuma-se quando o funcionário público
solicita ou recebe a vantagem, ou ainda, quando aceita a promessa.
11 GONÇALVES, Victor Eduardo Rios – Direito Penal Parte Especial Esquematizado. 11 ed. 2021 – cit. p. 1665
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d) ERRADA – Conforme mencionado, o crime praticado foi o de peculato, disposto
no artigo 312 do Código Penal, o qual caracteriza-se pela apropriação do
funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou
particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito
próprio ou alheio.
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Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando-se o autor à responsabilização civil e criminal.
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9. DP499 (VUNESP - 2018 - TJ-SC - Juiz Leigo
Gabarito: D
12 GONÇALVES, Victor Eduardo Rios – Direito Penal Parte Especial Esquematizado. 11 ed. 2021 – cit. p. 1737
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Conforme disciplina Victor Eduardo Rios Gonçalves 13 “no recebimento e na
aceitação de promessa de vantagem indevida, a conduta inicial é do corruptor
(particular). Nesses casos, o funcionário responderá por corrupção passiva e o
particular por corrupção ativa.”
Nesse sentido, inclusive, o Código Penal dispõe que em ambos os crimes a pena é
aumentada de 1/3, se o funcionário, de fato, retarda ou deixa de praticar qualquer
ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
13 GONÇALVES, Victor Eduardo Rios – Direito Penal Parte Especial Esquematizado. 11 ed. 2021 – cit. p. 1662
14 GONÇALVES, Victor Eduardo Rios – Direito Penal Parte Especial Esquematizado. 11 ed. 2021 – cit. p. 1665
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a) ERRADA – São crimes próprios de funcionários públicos o de concussão, o de
peculato, entretanto, o crime de tráfico de influência é crime praticado por
particular contra a Administração Pública.
Por sua vez, comete crime de peculato o funcionário público que se apropria de
dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem
posse em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio, conforme
art. 312 do Código Penal.
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O crime de tráfico de influência é modalidade de crime praticado por particular
contra a Administração Pública:
E ainda em sua forma qualificada em caso do crime ser praticado por interesse é
ilegítimo, a pena é de detenção de 3 meses a 1 ano, e multa.
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Sobre o crime, há entendimento jurisprudencial no seguinte sentido:
15 Gonçalves, Victor Eduardo Rios - Direito penal: parte especial – 11. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2021.
P. 167
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Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de
responsabilizar subordinado que cometeu infração no
exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não
levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
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10. DP449 (VUNESP - 2020 - Câmara Municipal de Pindorama - SP - Procurador
Jurídico)
a) peculato culposo.
b) excesso de exação.
c) peculato.
d) emprego irregular de verbas ou rendas públicas.
e) advocacia administrativa.
Gabarito: D
d) CORRETA – De fato, nos termos do art. 315 do Código Penal, o funcionário público
que dá às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei
comete o crime de emprego irregular de verbas ou rendas públicas.
É importante ressaltar que o crime do art. 315 do Código Penal não se confunde
com o crime de peculato desvio, o qual se dá com o desvio do valor ou do bem
móvel em proveito próprio ou alheio.
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16 Gonçalves, Victor Eduardo Rios – Direito Penal Parte Especial Esquematizado. 11 ed. 2021 – cit. P. 1638
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ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório
ou gravoso, que a lei não autoriza:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
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e) ERRADA – O crime de advocacia administrativa, previsto no art. 321 do Código
Penal tipifica a conduta de patrocinar interesse privado junto à administração
pública, valendo-se da qualidade de funcionário público. Portanto, não se amolda
ao caso descrito.
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