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781-39
SUMÁRIO
PPMG ......................................................................................................................... 2
Legislação Penal Especial ...................................................................................... 2
Lei De Drogas (Lei nº 11.343/2006) ...................................................................... 2
Lei De Execução Penal (Lei nº 7.210/1984) ......................................................... 3
(Lei nº 13.675/2018) Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social
(PNSPDS) e Sistema Único de Segurança Pública (Susp); e Decreto de
Regulamentação 9.489/2018. ............................................................................. 5
Gabarito ................................................................................................................. 7
Gabarito Comentado ............................................................................................ 8
Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006) ...................................................................... 8
Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984) ....................................................... 15
(Lei nº 13.675/2018) Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social
(PNSPDS) e Sistema Único de Segurança Pública (Susp); e Decreto de
Regulamentação 9.489/2018. ........................................................................... 40

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando - se o aut or à responsabi lização civil e cri minal.

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PPMG
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
LEI DE DROGAS (LEI Nº 11.343/2006)

1. LEP289 (SELECON - 2020 - Prefeitura de Boa Vista - RR - Guarda Civil Municipal)

Caio Tácito coordena o setor antidrogas do município X e busca organizar eventos


educativos quanto aos efeitos nocivos da utilização de drogas ilícitas. Nos termos
da Lei nº 11.343/2006, deve ser instituído:

a) o dia nacional de Políticas sobre drogas


b) a semana nacional de Políticas sobre drogas
c) o mês nacional de Políticas sobre drogas
d) o ano nacional de Políticas sobre drogas

2. LEP290 (FCC - 2018 - MPE-PB - Promotor de Justiça Substituto)

A Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006) estabelece que a pena prevista no artigo 33


será aumentada de um sexto a dois terços se caracterizado o tráfico entre Estados
da Federação. De acordo com o entendimento sumulado do Superior Tribunal de
Justiça,

a) é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras, sendo suficiente a


demonstração inequívoca da intenção do agente de realizar o tráfico
interestadual.
b) a quantidade de droga apreendida, bem como a forma do seu
acondicionamento, é essencial para a caracterização do tráfico
interestadual.
c) o aumento da pena, no tráfico interestadual, exige a associação de quatro
ou mais pessoas estruturalmente ordenadas.
d) por abranger pluralidade de entes federativos, a ação penal será da
competência da Justiça Federal.
e) o aumento de dois terços da pena somente poderá ser aplicado quando o
tráfico interestadual ocorrer entre Estados não fronteiriços.

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LEI DE EXECUÇÃO PENAL (LEI Nº 7.210/1984)

3. LEP291 (FCC - 2021 - DPE-GO - Defensor Público)

O regime de assistência previsto na Lei de Execução Penal

a) garante assistência médica no âmbito do Sistema Único de Saúde, incluindo


tratamento odontol ógico, excepcionando apenas o serviço farmacêutico.
b) permite o serviço humanitário de organizações não governamentais, desde
que instituídas por mais de um ano e admitidas pela direção da unidade
prisional.
c) impõe ao Estado o dever de acompanhamento psicol ógico para gestão de
serviço de saúde mental em razão dos efeitos danosos do aprisionamento.
d) autoriza a liberdade de culto com previsão de local apropriado para sua
realização dentro da unidade prisional.
e) permite que familiares complementem a assistência material com
fornecimento de produtos de higiene, alimentação e vestiário, mas proíbe o
comércio interno de tais itens.

4. LEP296 (FCC - 2018 - FCRIA-AP - Monitor Socioeducativo - Nível Médio)

Segundo a Lei de Execução Penal

a) a progressão de regime é incabível para condenados por crimes graves.


b) a execução penal tem por objetivo castigar o condenado e infligir
sofrimento.
c) é direito do preso a proteção contra qualquer forma de sensacionalismo.
d) a remição é o direito de saída nos feriados para os presos do regime
semiaberto.
e) o trabalho externo é vedado aos condenados por crime hediondo por motivo
de segurança.

5. LEP297 (FCC - 2019 - TJ-MA - Oficial de Justiça)

De acordo com a Lei de Execução Penal,

a) a remição de pena é vedada aos condenados por crime cometido com


violência contra a pessoa.
b) o indulto permite a saída em feriados e datas festivas aos condenados em
regime fechado.
c) a progressão de regime demanda a comprovação de bom comportamento
carcerário pelo diretor do presídio.

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d) o agravo em execução é recurso exclusivo da defesa tal qual os embargos
infringentes e de nulidade.
e) o livramento condicional é um substitutivo da prisão preventiva que se
mostrar desnecessária.

6. LEP298 (FCC - 2018 - IAPEN-AP - Educador Social Penitenciário - Nível Médio)

Incumbe ao Conselho da Comunidade

a) emitir parecer sobre indulto e comutação de pena.


b) supervisionar os patronatos.
c) elaborar programa nacional penitenciário de formação e aperfeiçoamento
do servidor.
d) visitar, pelo menos mensalmente, os estabelecimentos penais existentes na
comarca.
e) propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção do delito.

7. LEP292 (FCC – 2018 – IAPEN-AP – Educador Social Penitenciário)

A remição pelo estudo

a) É vedada no cumprimento de pena em regime aberto.


b) Prevalece sobre a remição pelo trabalho, pois incompatíveis entre si.
c) É contada em dobro para presos primários e de bons antecedentes que
tenham bom comportamento prisional.
d) É contada pela metade em caso de metodologia de ensino à distância ou
de mera leitura.
e) É acrescida de um terço no caso de conclusão do ensino fundamental
durante o cumprimento da pena.

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8. LEP293 (FCC – 2018 – IAPEN-AP – Educador Social Penitenciário)

Incumbe ao Conselho Penitenciário

a) Supervisionar a assistência aos egressos.


b) Decidir sobre faltas disciplinares na execução da pena.
c) Prestar assistência material e psicológica aos presos .
d) Conceder indulto e progressão de regime.
e) Requerer aplicação de medida de segurança.

(LEI Nº 13.675/2018) POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA


PÚBLICA E DEFESA SOCIAL (PNSPDS) E SISTEMA ÚNICO DE
SEGURANÇA PÚBLICA (SUSP); E DECRETO DE
REGULAMENTAÇÃO 9.489/2018.

9. LEP294 (SELECON – 2020 – Prefeitura de Boa Vista - RR – Guarda Civil Municipal)

Nelson é profissional especialista em temas de segurança pública, tendo atuado


em forças de elite e realizado mestrado em Ciência Política. Em 2018, foi convidado
para assessorar o município Tebas na organização de um sistema de prêmios aos
agentes que se destacassem na proteção do patrimônio público e dos cidadãos
locais. Nos termos da Lei Federal nº 13.675/2018, esse sistema premial se coaduna
com o princípio do:

a) organismo.
b) pretendido.
c) reconhecimento.
d) progresso.

10. LEP295 (IBFC – 2020 – Prefeitura de Vinhedo - SP – Guarda Municipal)

A Lei n° 13.675/2018 institui o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) e cria a


Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS). Assinale a
alternativa que apresenta um objetivo da PNSPDS.

a) Apoiar as ações de manutenção da ordem pública e da incolumidade das


pessoas, do patrim ônio, do meio ambiente e de bens e direitos.

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b) Celebrar termo de parceria e protocolos com agências de vigilância
privada, respeitada a lei de licitações.
c) Usar o sistema integrado de informações e dados eletrônicos.
d) Incentivar a designação de servidores da carreira para os cargos de chefia,
levando em consideração a graduação, a capacitação, o mérito e a
experiência do servidor na atividade policial específica.

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GABARITO

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GABARITO COMENTADO
LEI DE DROGAS (LEI Nº 11.343/2006)

1. LEP289 (SELECON - 2020 - Prefeitura de Boa Vista - RR - Guarda Civil Municipal)

Caio Tácito coordena o setor antidrogas do município X e busca organizar eventos


educativos quanto aos efeitos nocivos da utilização de drogas ilícitas. Nos termos
da Lei nº 11.343/2006, deve ser instituído:

a) o dia nacional de Políticas sobre drogas


b) a semana nacional de Políticas sobre drogas
c) o mês nacional de Políticas sobre drogas
d) o ano nacional de Políticas sobre drogas

Gabarito: B

A questão discorre a respeito das políticas sobre drogas.

Nos termos da Lei de Drogas (Lei nº 11.343/06) deve ser instituído a semana nacional
de Políticas sobre drogas.

Essa semana deve ser comemorada anualmente, na quarta semana de junho, nos
termos do artigo 19-A da lei.

Art. 19-A. Fica instituída a Semana Nacional de Políticas


sobre Drogas, comemorada anualmente, na quarta
semana de junho.

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Durante essa semana, serão abordadas as ações de:

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O Plano Nacional de Políticas sobre Drogas possui como objetivo:

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2. LEP290 (FCC - 2018 - MPE-PB - Promotor de Justiça Substituto)

A Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006) estabelece que a pena prevista no artigo 33


será aumentada de um sexto a dois terços se caracterizado o tráfico entre Estados
da Federação. De acordo com o entendimento sumulado do Superior Tribunal de
Justiça,

a) é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras, sendo suficiente a


demonstração inequívoca da intenção do agente de realizar o tráfico
interestadual.
b) a quantidade de droga apreendida, bem como a forma do seu
acondicionamento, é essencial para a caracterização do tráfico
interestadual.
c) o aumento da pena, no tráfico interestadual, exige a associação de quatro
ou mais pessoas estruturalmente ordenadas.
d) por abranger pluralidade de entes federativos, a ação penal será da
competência da Justiça Federal.
e) o aumento de dois terços da pena somente poderá ser aplicado quando o
tráfico interestadual ocorrer entre Estados não fronteiriços.

Gabarito: A

A questão requer entendimento sumulado do STJ sobre tr áfico entre os Estados da


Federação.

a) CORRETA – De acordo com a Súmula nº 487 do STJ, é desnecessária a efetiva


transposição de fronteiras, sendo suficiente a demonstração inequívoca da
intenção do agente de realizar o tráfico interestadual.

Assim, o crime de tráfico de drogas presente no artigo 33 da referida Lei será


majorado de 1/6 a 2/3, se caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou
entre estes e o Distrito Federal.

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Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir,
fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo
com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e
pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos)
dias-multa.
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são
aumentadas de um sexto a dois terços, se:
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou
entre estes e o Distrito Federal;

É importante destacar a diferença entre o tráfico transnacional e o interestadual.


O primeiro trata da prática de tráfico entre dois ou mais países (art. 40, inciso I da
Lei 11.343/06), por sua vez, o segundo trata do crime ocorrido entre Estados ou
Distrito Federal.

Destaca-se ainda que a legislação não prevê a majorante da pena em caso do


crime de tráfico entre diferentes cidades (tráfico intermunicipal).

Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei s ão


aumentadas de um sexto a dois terços, se:
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto
apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a
transnacionalidade do delito;
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou
entre estes e o Distrito Federal;

Nesse sentido, Cleber Masson disciplina:

Mas, por expressa opção do legislador, a majorante não


abrange a intermunicipalidade, se o delito envolver dois
ou mais municípios de um mesmo Estado. Assim, se a droga
for transportada de um Estado para outro ou para o Distrito
Federal, a causa de aumento será aplicável. Não terá
lugar, contudo, se a droga for levada,
exemplificativamente, de Angra dos Reis ao Rio de
Janeiro. E, quanto maior for o número de Estados
abrangidos pela ação criminosa, maior deverá ser o
patamar de elevação da pena. 1

1Masson, Cleber - Lei d e Dro gas: asp ecto s p enais e pro cessuais – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉ TODO,
2019. P. 130

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b) ERRADA – Conforme mencionado é suficiente a demonstração inequívoca da
intenção do agente de realizar o tráfico interestadual, para que seja reconhecido
o aumento de pena do artigo 40, inciso V, da Lei nº11.343/06, assim, a quantidade
de droga, para sua aplicação não é essencial.

c) ERRADA – Como destacado é suficiente a demonstração inequívoca da intenção


do agente de realizar o tráfico interestadual para aplicação da majorante.

Ressalta-se, entretanto, que aquele que se associar a duas ou mais pessoas para o
fim de praticar, reiteradamente ou não o tráfico de drogas, estará sujeito a
penalidade prevista no artigo 35 da Lei nº 11.343/06.

Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de


praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes
previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento
de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias -multa.

d) ERRADA – Nos casos de tráfico interestadual a ação penal será da competência


da Justiça Estadual, de acordo com a Súmula nº 522 do STF.

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Assim, somente será de competência da Justiça Federal se tratar de tráfico
transnacional.

e) ERRADA – A pena poderá ser majorada de 1/6 a 2/3 em caso de tráfico


interestadual, sendo desnecessária a efetiva transposição de fronteiras.

Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei s ão


aumentadas de um sexto a dois terços, se:
V – caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou
entre estes e o Distrito Federal;

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LEI DE EXECUÇÃO PENAL (LEI Nº 7.210/1984)

3. LEP291 (FCC – 2021 – DPE-GO – Defensor Público)

O regime de assistência previsto na Lei de Execução Penal

a) garante assistência médica no âmbito do Sistema Único de Saúde, incluindo


tratamento odontol ógico, excepcionando apenas o serviço farmacêutico.
b) permite o serviço humanitário de organizações não governamentais, desde
que instituídas por mais de um ano e admitidas pela direção da unidade
prisional.
c) impõe ao Estado o dever de acompanhamento psicol ógico para gestão de
serviço de saúde mental em razão dos efeitos danosos do aprisionamento.
d) autoriza a liberdade de culto com previsão de local apropriado para sua
realização dentro da unidade prisional.
e) permite que familiares complementem a assistência material com
fornecimento de produtos de higiene, alimentação e vestiário, mas proíbe o
comércio interno de tais itens.

Gabarito: D

A questão solicita compreensão sobre o regime de assistência previsto na Lei de


Execução Penal.

d) CORRETA – O artigo 24, §1º, da Lei de Execução Penal, autoriza a liberdade de


culto com previsão de local apropriado para sua realização dentro da unidade
prisional.

Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, ser á


prestada aos presos e aos internados, permitindo -se-lhes a
participação nos serviços organizados no estabelecimento
penal, bem como a posse de livros de instru ção religiosa.
§ 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os
cultos religiosos.
§ 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a
participar de atividade religiosa.

Além disso, há expressa previsão constitucional assegurando o livre exercício dos


cultos religiosos e a proteção aos locais de culto, de acordo com o artigo 5º, inciso
VI da Constituição Federal.

Art. 5º - VI – é inviolável a liberdade de consci ência e de


crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos
locais de culto e a suas liturgias;

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Nesse sentido, Rogério Sanches disciplina sobre a assistência religiosa dentro dos
estabelecimentos prisionais:

Todo preso deve ter o direito de atender às necessidades


de sua vida religiosa, que pode ser por meio de
celebrações de cultos, leitura de livros, ensino religioso
etc. (Regras de Mandela, preceito 66).
A assistência religiosa exerce importante papel na
recuperação do condenado, ajudando também a sua
família, que precisará lidar com a drástica realidade de ter
um ente recluso. 2

Assim, a assistência ao preso, do internado e do egresso é dever do Estado,


objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade (art.
10 da LEP).

a) ERRADA – Segundo o artigo 14 da Lei de Execução Penal, é garantido a


assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo, que
compreenderá em atendimento médico, farmacêutico e odontológico.

Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de


caráter preventivo e curativo, compreender á
atendimento médico, farmacêutico e odontológico.

Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para fornecer a


assistência médica necessária, é necessário que seja prestado em outro local, de
acordo com o §2º do referido artigo.

2 Cunha, Rogério Sanches - Execução P ena l para Concursos: LEP - 6. ed. - Sa lvador: Juspodiv m, 2016. P. 38.

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Art. 14 - § 2º Quando o estabelecimento penal não estiver
aparelhado para prover a assistência médica necessária,
esta será prestada em outro local, mediante autoriza ção
da direção do estabelecimento.

É assegurado ainda o acompanhamento médico especializado à mulher,


principalmente no pré-natal e no pós-parto, o que se estende ao recém-nascido,
de acordo com o §3 º do artigo 14 da Lei de Execução Penal.

Art. 14 - § 3º Será assegurado acompanhamento médico à


mulher, principalmente no pré-natal e no pós-parto,
extensivo ao recém-nascido.

b) ERRADA – Não há previsão na Lei de Execução Penal a permissão de serviço


humanitário de organizações não governamentais.

A assistência ao preso, do internado e do egresso é dever do Estado, objetivando


prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade, nos termos do
artigo 10 da LEP.

Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do


Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à
convivência em sociedade.
Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso.

c) ERRADA – Não há previsão legal da assistência psicológica ao preso, internado


ou egresso na Lei de Execução Penal.

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A assistência ao preso, do internado e do egresso é dever do Estado, objetivando
prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade. De acordo com
o artigo 11 da Lei de Execução Penal essa assistência é feita de forma:

Art. 11. A assistência será:


I - material;
II - à saúde;
III -jurídica;
IV - educacional;
V - social;
VI - religiosa.

e) ERRADA – O estabelecimento colocará à disposição instalações e serviços que


atendam aos presos nas suas necessidades pessoais, al ém de locais destinados à
venda de produtos e objetos permitidos e não fornecidos pela Administração, de
acordo com o artigo 13 da Lei de Execução Penal.

Art. 12. A assistência material ao preso e ao internado


consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e
instalações higiênicas.
Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e
serviços que atendam aos presos nas suas necessidades
pessoais, além de locais destinados à venda de produtos
e objetos permitidos e não fornecidos pela Administração.

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4. LEP296 (FCC - 2018 - FCRIA-AP - Monitor Socioeducativo - Nível Médio)

Segundo a Lei de Execução Penal

a) a progressão de regime é incabível para condenados por crimes graves.


b) a execução penal tem por objetivo castigar o condenado e infligir
sofrimento.
c) é direito do preso a proteção contra qualquer forma de sensacionalismo.
d) a remição é o direito de saída nos feriados para os presos do regime
semiaberto.
e) o trabalho externo é vedado aos condenados por crime hediondo por motivo
de segurança.

Gabarito: C

A questão versa sobre as disposições da Lei de Execução Penal .

c) CORRETA – De fato, de acordo com o art. 41, inciso VIII, da Lei n° 7 .210/84, trata-
se de um direito do preso a proteção contra qualquer forma de sensacionalismo.

Art. 41 - Constituem direitos do preso:


[...] VIII - proteção contra qualquer forma de
sensacionalismo;

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a) ERRADA – A progressão de regime poderá ser concedida a qualquer preso que
tiver cumprido algumas das exigências estabelecidas no art. 112 da Lei n° 7.210/84.

Portanto, mesmo que o preso tenha sido condenado por crimes graves terá o
direito à progressão de regime, exigindo-se apenas que seja cumprido as
exigências do referido dispositivo legal.

Assim, se tratando de crime grave, crime hediondo ou equiparado, com resultado


morte, se for primário, será aplicado o disposto no inciso VI, alínea “b”, da Lei n°
7.210/84, em que haverá a progressão de regime quando o preso tiver cumprido
ao menos 50% da pena.

Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em


forma progressiva com a transferência para regime menos
rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver
cumprido ao menos: (Redação dada pela Lei nº 13.964,
de 2019)
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for
primário e o crime tiver sido cometido sem violência à
pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for
reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou
grave ameaça; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado
for primário e o crime tiver sido cometido com violência à
pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for
reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou
grave ameaça; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for
condenado pela prática de crime hediondo ou
equiparado, se for primário; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for :
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
a) condenado pela prática de crime hediondo ou
equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado

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o livramento condicional; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019)
b) condenado por exercer o comando, individual ou
coletivo, de organização criminosa estruturada para a
prática de crime hediondo ou equiparado; ou (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)
c) condenado pela prática do crime de constituição de
milícia privada; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for
reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado;
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for
reincidente em crime hediondo ou equiparado com
resultado morte, vedado o livramento condicional.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

b) ERRADA – A execução penal não tem a finalidade de castigar o condenado e


infligir sofrimento, seu objetivo é executar as determinações e disposições da
sentença ou de decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica
integração social do condenado e do internado, conforme previsto no art. 1° da
Lei n° 7.210/84.

Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as


disposições de sentença ou decisão criminal e
proporcionar condições para a harmônica integraçã o
social do condenado e do internado.

Neste sentido, de acordo com o art. 5°, incisos III, XLVII e XLIX, da CF/88 e as regras
de Mandela n° 43, é vedado tratamentos cruéis ou desumanos ao preso, devendo
assegurar a integridade física e moral destas pessoas.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando - se o aut or à responsabi lização civil e cri minal.

22
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[...]
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento
desumano ou degradante;
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos
termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade
física e moral;

Regra 43 1. Em nenhuma hipótese devem as restrições ou


sanções disciplinares implicar em tortura ou outra forma
de tratamento ou sanções cruéis, desumanos ou
degradantes. As seguintes práticas, em particular, devem
ser proibidas:
(a) Confinamento solitário indefinido;
(b) Confinamento solitário prolongado;
(c) Encarceramento em cela escura ou constantemente
iluminada;
(d) Castigos corporais ou redução da dieta ou água
potável do preso;
(e) Castigos coletivos.

d) ERRADA – Na verdade, “a remição é o benefício, de competência do juízo da


execução, consistente no abatimento de parte da pena privativa de liberdade pelo
trabalho ou pelo estudo” 3, é um instituto previsto no art. 126 da Lei n° 7.210/84.

A remição pode ser pelo trabalho ou pelo estudo, não havendo limite para tal
benefício. Deste modo, “quanto mais o condenado trabalhar ou estudar, maior
será o desconto da pena, ou do período de prova do livramento condicional, no
tocante ao estudo” 4

3 Masson, Cleb er Direi to P ena l: parte geral (arts. 1º a 120) – vo l. 1 / Cleber Masson. – 13. ed. – Rio de Janeiro:
Forense; São Paulo : MÉ TODO, 2019.
4 Masson, Cleb er Direi to P ena l: parte gera l (arts. 1 º a 120) – vol. 1 / Cleb er Masson. – 13. ed. – Rio de Janeiro :
Forense; São Paulo : MÉ TODO, 2019. Ci t. p. 914. E-book.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando - se o aut or à responsabi lização civil e cri minal.

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Vale mencionar algumas súmulas relacionadas ao tema. Vejamos:

e) ERRADA – Ao contrário do que afirma a assertiva, o condenado à pena privativa


de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e
capacidade, nos termos do art. 31 da Lei n° 7.210/84.

Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está


obrigado ao trabalho na medida de suas aptidões e
capacidade.
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é
obrigatório e só poderá ser executado no interior do
estabelecimento.

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Porém, o trabalho externo é cabível apenas aos condenados, aos presos provisórios
não se exigem tal condição, mas se o fizer poderá ser executad o no interior do
estabelecimento penitenciário.

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5. LEP297 (FCC - 2019 - TJ-MA - Oficial de Justiça)

De acordo com a Lei de Execução Penal,

a) a remição de pena é vedada aos condenados por crime cometido com


violência contra a pessoa.
b) o indulto permite a saída em feriados e datas festivas aos condenados em
regime fechado.
c) a progressão de regime demanda a comprovação de bom comportamento
carcerário pelo diretor do presídio.
d) o agravo em execução é recurso exclusivo da defesa tal qual os embargos
infringentes e de nulidade.
e) o livramento condicional é um substitutivo da prisão preventiva que se
mostrar desnecessária.

Gabarito: C

A questão diz respeito às disposições da Lei de Execução Penal .

c) CORRETA – De fato, se o preso apresentar bom comportamento será cabível a


progressão de regime pelo diretor do presídio, nos termos do art. 112, § 1°, da Lei
n° 7.210/84.

Art. 112. [...] § 1º Em todos os casos, o apenado só terá


direito à progressão de regime se ostentar boa cond uta
carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento ,
respeitadas as normas que vedam a progressão.

Conforme cita o Nucci, “o sistema de cumprimento da pena é baseado na sua


individualização executória, devendo ser apurado o critério objetivo do tem po no
regime anterior, associado ao merecimento do sentenciado, verificado pelo seu
bom comportamento carcerário e, conforme o caso, para autores de crimes
violentos contra a pessoa, também se determina a realização do exame
criminológico”5.

a) ERRADA – O benefício da remição poderá ser concedido para todos os crimes,


inclusive os hediondos e equiparados, conforme previsto no art. 126 Lei n° 7.210/84.
Além disso, tal benefício, também, será cabível aos presos provisórios (art. 126, §
7°, da Lei n° 7.210/84).

Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime


fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por
estudo, parte do tempo de execução da pena.

5 Nucci, Gui lherme d e Souza Curso de execu ção pena l / Gui lherme d e So uza Nucci. – 3. ed. – Rio de Janeiro:
Forense, 2020. Ci t. p. 227. E-book.

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Assim, “a remição é o benefício, de competência do juízo da execução,
consistente no abatimento de parte da pena privativa de liberdade pelo trabalho
ou pelo estudo” 6, é um instituto previsto no art. 126 da Lei n° 7.210/84.

A remição pode ser pelo trabalho ou pelo estudo, não havendo limite para tal
benefício, deste modo, “quanto mais o condenado trabalhar ou estudar, maior
será o desconto da pena, ou do período de prova do livramento condicional, no
tocante ao estudo” 7

Vale mencionar algumas súmulas relacionadas ao tema. Vejamos:

b) ERRADA – Na verdade, o indulto consiste em uma causa de extinção da


punibilidade, prevista no art. 107, inciso II, do CP e nos artigos 187 a 193 da Lei n°
7.210/84.

Segundo define Cleber Masson, o indulto é uma “modalidade de clemência


concedida espontaneamente pelo Presidente da República a todo o grupo de
condenados que preencherem os requisitos apontados pelo decreto ” 8

O indulto poderá ser concedido total ou parcial, condicionado ou incondicionado.

6 Masson, Cleb er Direi to P ena l: parte geral (arts. 1 º a 120) – vo l. 1 / Cleber Masson. – 13. ed. – Rio de Janeiro:
Forense; São Paulo : MÉ TODO, 2019.
7 Masson, Cleb er Direi to P ena l: parte gera l (arts. 1 º a 120) – vol. 1 / Cleb er Masson. – 13. ed. – Rio de Janeiro :
Forense; São Paulo : MÉ TODO, 2019. Ci t. p. 914. E-book.
8 Masson, Cleb er Direi to P ena l: parte gera l (arts. 1 º a 120) – vol. 1 / Cleb er Masson. – 13. ed. – Rio de Janeiro :
Forense; São Paulo : MÉ TODO, 2019. Ci t. 1276. E-book.

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d) ERRADA – Na verdade, de acordo com o art. 197 da Lei n° 7.210/84, das decisões
proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, este agravo não tem efeito
suspensivo e seu rito é o mesmo do recurso de sentido estrito, segundo
entendimento majoritário da doutrina.

Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso


de agravo, sem efeito suspensivo.

e) ERRADA – Ao contrário do que afirma a assertiva, o livramento condicional é “um


instituto de política criminal, destinado a permitir a redução do tempo de prisão
com a concessão antecipada e provisória da liberdade do condenado, quando é
cumprida pena privativa de liberdade, mediante o preenchimento de
determinados requisitos e a aceitação de certas condições”9.

Portanto, o livramento condicional não é um substitutivo da prisão preventiva, mas


sim um benefício ao preso que concede a liberdade antecipada, desde que
cumpridos os requisitos legais.

9 Nucci, Gui lherme d e Souza Curso de execu ção pena l / Gui lherme d e So uza Nucci. – 3. ed. – Rio de Janeiro:
Forense, 2020. Ci t. p. 259. E-book.

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6. LEP298 (FCC - 2018 - IAPEN-AP - Educador Social Penitenciário - Nível Médio)

Incumbe ao Conselho da Comunidade

a) emitir parecer sobre indulto e comutação de pena.


b) supervisionar os patronatos.
c) elaborar programa nacional penitenciário de formação e aperfeiçoamento
do servidor.
d) visitar, pelo menos mensalmente, os estabelecimentos penais existentes na
comarca.
e) propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção do delito.

Gabarito: d

A questão explana um dos órgãos da execução penal, o Conselho da


Comunidade.

d) CORRETA – O Conselho da Comunidade é um órgão incumbido de visitar, pelo


menos mensalmente, os estabelecimentos penais existentes na comarca, conforme
previsto no art. 81, inciso I, da Lei n° 7.210/84.

Art. 81. Incumbe ao Conselho da Comunidade:


[...] I - visitar, pelo menos mensalmente, os
estabelecimentos penais existentes na comarca;

a) ERRADA – A função de emitir parecer sobre indulto e comutação de pena é uma


atribuição do Conselho Penitenciário, conforme dispõe o art. 70, inciso I, da Lei n°
7.210/84.

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Art. 70. Incumbe ao Conselho Penitenciário:
I - emitir parecer sobre indulto e comutação de pena,
excetuada a hipótese de pedido de indulto com base no
estado de saúde do preso;
II - inspecionar os estabelecimentos e serviços penais;
III - apresentar, no 1º (primeiro) trimestre de cada ano, ao
Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciá ria,
relatório dos trabalhos efetuados no exercício anterior;
IV - supervisionar os patronatos, bem como a assistência
aos egressos.

b) ERRADA – A atribuição de supervisionar os patronatos é competência do


Conselho Penitenciário, conforme dispõe o art. 70, inciso IV, da Lei n° 7.210/84.

Art. 70. Incumbe ao Conselho Penitenciário:


[...] IV - supervisionar os patronatos, bem como a
assistência aos egressos.

c) ERRADA – A função de elaborar programa nacional penitenciário de formação


e aperfeiçoamento do servidor é incumbido ao Conselho Nacional de Política
Criminal e Penitenciária, conforme previsto no art. 64, inciso V, da Lei n° 7.210/84.

Art. 64. Ao Conselho Nacional de Política Criminal e


Penitenciária, no exercício de suas atividades, em âmbito
federal ou estadual, incumbe:
[...] V - elaborar programa nacional penitenciário de
formação e aperfeiçoamento do servidor;

e) ERRADA – A atribuição de propor diretrizes da política criminal quanto à


prevenção do delito é do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária,
conforme previsto no art. 64, inciso I, da Lei n° 7.210/84.

Art. 64. Ao Conselho Nacional de Política Criminal e


Penitenciária, no exercício de suas atividades, em âmbito
federal ou estadual, incumbe:
I - propor diretrizes da política criminal quanto à
prevenção do delito, administração da Justiça Criminal e
execução das penas e das medidas de segurança

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7. LEP292 (FCC – 2018 – IAPEN-AP – Educador Social Penitenciário)

A remição pelo estudo

a) É vedada no cumprimento de pena em regime aberto.


b) Prevalece sobre a remição pelo trabalho, pois incompatíveis entre si .
c) É contada em dobro para presos primários e de bons antecedentes que
tenham bom comportamento prisional.
d) É contada pela metade em caso de metodologia de ensino à distância ou
de mera leitura.
e) É acrescida de um terço no caso de conclusão do ensino fundamental
durante o cumprimento da pena.

Gabarito: E

A questão trata do instituto da remição pelo estudo, nos termos da Lei nº 7.210 de
1984.

e) CORRETA – Nos termos do §5º do artigo 126, da Lei nº 7.210/1984, de fato, ao


condenado que concluir o ensino fundamental durante o cumprimento da pena
será acrescido 1/3 do tempo a remir em função das horas de estudo.

Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime


fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por
estudo, parte do tempo de execu ção da pena.
§ 5º. O tempo a remir em função das horas de estudo será
acrescido de 1/3 (um terço) no caso de conclusão do
ensino fundamental, médio ou superior durante o
cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão
competente do sistema de educação.

Nas palavras de Guilherme de Souza Nucci, a remição “Trata-se do desconto na


pena do tempo relativo ao trabalho ou estudo do condenado, conforme a
proporção prevista em lei.” 10

A remição pelo estudo, de acordo com o art. 126, §1º, inciso I da LEP (Lei de
Execução Penal), será contada à razão de 1 dia de pena a cada 12 horas de
frequência escolar, divididas, no mínimo, em 3 dias (carga horária diária máxima
de estudo de 4 horas).

Art. 126, § 1º A contagem de tempo referida no caput ser á


feita à razão de:
I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência
escolar - atividade de ensino fundamental, médio,
inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de

10 Nucci, Guilherme de So uza. Curso d e Execução Penal – 3. ed. – Rio d e Janeiro: Forense, 2020.

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requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3
(três) dias;

a) ERRADA – O §6º do art. 126 da LEP garante ao condenado que cumpre pena em
regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade condicional a possibilidade
de remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional,
parte do tempo de execução da pena ou do período de prova.

§ 6º O condenado que cumpre pena em regime aberto ou


semiaberto e o que usufrui liberdade condicional poderão
remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de
educação profissional, parte do tempo de execução da
pena ou do período de prova, observado o disposto no
inciso I do § 1o deste artigo.

Trata-se de uma das novidades trazidas pela Lei 12.433/2011, que alterou a LEP
para dispor sobre a remição de parte do tempo de execução da pena por estudo
ou por trabalho.

Sobre o tema, Guilherme de Souza Nucci 11 ressalta que:

No regime aberto, não cabe remição pelo trabalho, pois é


obrigação do condenado, como condi ção para
permanecer no mencionado regime, o exercício de
atividade laboral honesta. Entretanto, a Lei 12.433/2011
permitiu a remição, em regime aberto, pelo estudo, como
forma de incentivo ao sentenciado para tal atividade (art.
126, § 6.º, LEP).

11 Nucci, Guilherme de So uza. Curso d e Execução Penal – 3. ed. – Rio d e Janeiro: Forense, 2020.

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b) ERRADA – O caput do art. 126 da Lei de Execução Penal assegura que o
condenado poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de
execução da pena.

Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime


fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por
estudo, parte do tempo de execução da pena.

Ademais, o §3º do próprio artigo regulamenta a compatibilização nas hipóteses de


cumulação dos casos de remição pelo estudo e trabalho, não havendo que se
falar, portanto, em incompatibilidade dos institutos, pois ambos se complementam.

§ 3º Para fins de cumulação dos casos de remição, as


horas diárias de trabalho e de estudo serão definidas de
forma a se compatibilizarem.

Segundo Guilherme de Souza Nucci 12, “o preso pode remir sua pena pelo trabalho
e pelo estudo, concomitantemente, desde que as horas dedicadas ao trabalho
não coincidam com as horas voltadas ao estudo.”

c) ERRADA – Não há essa previsão em nosso ordenamento jurídico.

d) ERRADA – A Lei de Execução Penal não faz distinção entre a forma presencial e
a metodologia de ensino à distância, prevendo, inclusive, no §2º do art. 126, que
ambas as modalidades poderão ser desenvolvidas a fim de remir o tempo da pena.

§ 2º As atividades de estudo a que se refere o § 1º deste


artigo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou
por metodologia de ensino a distância e deverão ser
certificadas pelas autoridades educacionais competentes
dos cursos frequentados.

12 Nucci, Guilherme de So uza. Curso d e Execução Penal – 3. ed. – Rio d e Janeiro: Forense, 2020.

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8. LEP293 (FCC – 2018 – IAPEN-AP – Educador Social Penitenciário)

Incumbe ao Conselho Penitenciário

a) Supervisionar a assistência aos egressos.


b) Decidir sobre faltas disciplinares na execução da pena.
c) Prestar assistência material e psicológica aos presos.
d) Conceder indulto e progressão de regime.
e) Requerer aplicação de medida de segurança.

Gabarito: A

A questão exige o conhecimento sobre a Lei nº 7.210/1984 (Lei de Execução Penal),


mais precisamente a respeito do Conselho Penitenciár io.

a) CORRETA – De fato, dentre as incumbências do Conselho Penitenciário está a de


supervisionar os patronatos, bem como a assistência aos egressos.

O Conselho Penitenciário é um dos diversos órgãos da execução penal. O art. 61


da LEP elenca esses órgãos:

Art. 61. São órgãos da execução penal:


I - o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária;
II - o Juízo da Execução;
III - o Ministério Público;
IV - o Conselho Penitenciário;
V - os Departamentos Penitenciários;
VI - o Patronato;
VII - o Conselho da Comunidade.
VIII - a Defensoria Pública.

O art. 70 da LEP trata das incumbências do Conselho Penitenciário, dentre as quais,


a de supervisionar a assistência aos egressos:

Art. 70. Incumbe ao Conselho Penitenci ário:


I - emitir parecer sobre i ndulto e comutação de pena,
excetuada a hipótese de pedido de indulto com base no
estado de saúde do preso;
II - inspecionar os estabelecimentos e servi ços penais;
III - apresentar, no 1º (primeiro) trimestre de cada ano, ao
Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária,
relatório dos trabalhos efetuados no exercício anterior;
IV - supervisionar os patronatos, bem como a assist ência
aos egressos.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando - se o aut or à responsabi lização civil e cri minal.

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A Seção VIII do Capítulo II da Lei de Execução Penal disciplina sobre as assistências,
entre elas, a assistência aos egressos (art. 25 e 26).

Nos termos do art. 25 a assistência ao egresso consiste:

Art. 25. A assistência ao egresso consiste:


I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em
liberdade;
II - na concessão, se necessário, de alojamento e
alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo
de 2 (dois) meses.

O art. 26, por sua vez, nos traz em seus incisos o conceito de egresso:

Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:


I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar
da saída do estabelecimento;
II - o liberado condicional, durante o período de prova.

Dessa forma:

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35
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b) ERRADA – Incumbe à autoridade administrativa decidir sobre as faltas
disciplinares de natureza leve ou média e ao Juiz da execução sobre as faltas
graves.

Assim, nos termos dos arts. 47 e 48 da LEP:

Art. 47. O poder disciplinar, na execução da pena


privativa de liberdade, será exercido pela autoridade
administrativa conforme as disposi ções regulamentares.

Art. 48. Na execução das penas restritivas de direitos, o


poder disciplinar será exercido pela autoridade
administrativa a que estiver sujeito o condenado.
Parágrafo único. Nas faltas graves, a autoridade
representará ao Juiz da execução para os fins dos artigos
118, inciso I, 125, 127, 181, §§ 1º, letra d, e 2º desta Lei.

Ainda, conforme previsto no art. 49, as faltas disciplinares classificam-se em leves,


médias e graves.

Art. 49. As faltas disciplinares classificam -se em leves,


médias e graves. A legislação local especificará as leves e
médias, bem assim as respectivas sanções.

Nas palavras de Guilherme de Souza Nucci 13:

Quem tem contato direto com o preso é a autoridade


administrativa, inclusive pelo fato de ser o Executivo o
Poder de Estado encarregado de organizar, sustentar e
fazer funcionar um estabelecimento penal. Portanto,
torna-se natural que a aplicação da sanção disciplinar se
faça por meio do diretor do presídio e seus agentes.

13 Nucci, Guilherme de So uza. Curso d e Execução Penal – 3. ed. – Rio d e Janeiro: Forense, 2020.

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É importante lembrar também da Súmula 533 do STJ, que dispõe:

c) ERRADA – Não é atribuição do Conselho Penitenciário prestar assistência material


e psicológica aos presos. Nos termos dos arts. 10 e 11 da LEP, essa função é dever
do Estado e tem como objetivo prevenir o crime e orientar o retorno à convivência
em sociedade.

Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do


Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à
convivência em sociedade.
Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso.

Art. 11. A assistência será:


I - material;
II - à saúde;
III - jurídica;
IV - educacional;
V - social;
VI - religiosa.

Conforme mencionado, o art. 70 da LEP trata das incumbências do Conselho


Penitenciário:

Art. 70. Incumbe ao Conselho Penitenci ário:


I - emitir parecer sobre indulto e comutação de pena,
excetuada a hipótese de pedido de indulto com base no
estado de saúde do preso;
II - inspecionar os estabelecimentos e servi ços penais;
III - apresentar, no 1º (primeiro) trimestre de cada ano, ao
Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária,
relatório dos trabalhos efetuados no exercício anterior;

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37
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IV - supervisionar os patronatos, bem como a assistência
aos egressos.

d) ERRADA – Nos termos do art. 84, XII, da Constituição Federal, a concessão de


indulto cabe privativamente ao Presidente da República.

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da


República:
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
necessário, dos órgãos instituídos em lei;

Com relação à progressão de regime, trata-se de competência do Juiz da


execução, prevista no art. 66, III, “b”, da Lei de Execução Penal.

Art. 66. Compete ao Juiz da execução:


III - decidir sobre:
b) progressão ou regressão nos regimes;

Todavia, em conformidade com os artigos 188, 189 e 190 da LEP, o Conselho


Penitenciário participará ativamente do processo de concessão do indulto ,
promovendo diligências, elaborando parecer, e poderá, inclusive, provoca -lo.

Art. 188. O indulto individual poderá ser provocado por


petição do condenado, por iniciativa do Ministério
Público, do Conselho Penitenciário, ou da autoridade
administrativa.

Art. 189. A petição do indulto, acompanhada dos


documentos que a instruírem, será entregue ao Conselho
Penitenciário, para a elaboração de parecer e posterior
encaminhamento ao Ministério da Justiça.

Art. 190. O Conselho Penitenciário, à vista dos autos do


processo e do prontuário, promoverá as diligências que
entender necessárias e fará, em relatório, a narração do
ilícito penal e dos fundamentos da senten ça
condenatória, a exposi ção dos antecedentes do
condenado e do procedimento deste depois da pris ão,
emitindo seu parecer sobre o mérito do pedido e
esclarecendo qualquer formalidade ou circunst âncias
omitidas na petição.

O indulto é o perdão concedido pelo Presidente da República, mediante decreto,


que extingue a punibilidade.

Sobre o indulto, destaca-se a Súmula 631 do STJ que dispõe:

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando - se o aut or à responsabi lização civil e cri minal.

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e) ERRADA – Não incumbe ao Conselho Penitenciário requerer aplicação de
medida de segurança. Nos termos do art. 68, II, “c”, da Lei de Execução Penal,
essa função cabe ao Ministério Público.

Art. 68. Incumbe, ainda, ao Ministério Público:


I - fiscalizar a regularidade formal das guias de
recolhimento e de internamento;
II - requerer:
a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento
do processo executivo;
b) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de
execução;
c) a aplicação de medida de segurança, bem como a
substituição da pena por medida de segurança;
d) a revogação da medida de segurança;
e) a conversão de penas, a progressão ou regressão nos
regimes e a revogação da suspensão condicional da pena
e do livramento condicional;
f) a internação, a desinternação e o restabelecimento da
situação anterior.
III - interpor recursos de decisões proferidas pela
autoridade judiciária, durante a execução.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando - se o aut or à responsabi lização civil e cri minal.

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(LEI Nº 13.675/2018) POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA
PÚBLICA E DEFESA SOCIAL (PNSPDS) E SISTEMA ÚNICO DE
SEGURANÇA PÚBLICA (SUSP); E DECRETO DE
REGULAMENTAÇÃO 9.489/2018.

9. LEP294 (SELECON – 2020 – Prefeitura de Boa Vista - RR – Guarda Civil Municipal)

Nelson é profissional especialista em temas de segurança pública, tendo atuado


em forças de elite e realizado mestrado em Ciência Política. Em 2018, foi convidado
para assessorar o município Tebas na organização de um sistema de prêmios aos
agentes que se destacassem na proteção do patrimônio público e dos cidadãos
locais. Nos termos da Lei Federal nº 13.675/2018, esse sistema premial se coaduna
com o princípio do:

a) organismo.
b) pretendido.
c) reconhecimento.
d) progresso.

Gabarito: C

A questão demanda conhecimentos a respeito dos princípios regentes da PNSPDS


(Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Nacional), constantes na Lei nº
13.675/2018.

A lei 13.675/2018 instituiu o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e criou a


Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS), conforme consta
em seu art.1º.

Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Único de Segurança


Pública (Susp) e cria a Política Nacional de Segurança
Pública e Defesa Social (PNSPDS), com a finalidade de
preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, por meio de atuação conjunta,
coordenada, sistêmica e integrada dos órgãos de
segurança pública e defesa social da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, em articulação com a
sociedade.

O art. 4º da Lei citada elenca os princípios da PNSPDS, dentre os quais o da


proteção, valorização e reconhecimento dos profissionais de seguran ça pública.

Art. 4º São princípios da PNSPDS:


I - respeito ao ordenamento jurídico e aos direitos e
garantias individuais e coletivos;

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando - se o aut or à responsabi lização civil e cri minal.

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II - proteção, valorização e reconhecimento dos
profissionais de segurança pública;
III - proteção dos direitos humanos, respeito aos direitos
fundamentais e promoção da cidadania e da dignidade
da pessoa humana;
IV - eficiência na prevenção e no controle das infrações
penais;
V - eficiência na repressão e na apuração das infrações
penais;
VI - eficiência na prevenção e na redução de riscos em
situações de emergência e desastres que afetam a vida,
o patrimônio e o meio ambiente;
VII - participação e controle social;
VIII - resolução pacífica de conflitos;
IX - uso comedido e proporcional da força;
X - proteção da vida, do patrimônio e do meio ambiente;
XI - publicidade das informações não sigilosas;
XII - promoção da produção de conhecimento sobre
segurança pública;
XIII - otimização dos recursos materiai s, humanos e
financeiros das instituições;
XIV - simplicidade, informalidade, economia
procedimental e celeridade no servi ço prestado à
sociedade;
XV - relação harmônica e colaborativa entre os Poderes;
XVI - transparência, responsabilização e prestação de
contas.

Conclui-se, portanto, que o sistema premial em que Nelson foi convidado para
assessorar se coaduna com o princípio do reconhecimento.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando - se o aut or à responsabi lização civil e cri minal.

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As demais alternativas não se tratam de princípios da PNSPDS.

Dessa forma, a alternativa que contempla o princípio correto é a letra “c”.

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando - se o aut or à responsabi lização civil e cri minal.

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10. LEP295 (IBFC – 2020 – Prefeitura de Vinhedo - SP – Guarda Municipal)

A Lei n° 13.675/2018 institui o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) e cria a


Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS). Assinale a
alternativa que apresenta um objetivo da PNSPDS.

a) Apoiar as ações de manutenção da ordem pública e da incolumidade das


pessoas, do patrim ônio, do meio ambiente e de bens e direitos.
b) Celebrar termo de parceria e protocolos com agências de vigilância
privada, respeitada a lei de licitações.
c) Usar o sistema integrado de informações e dados eletrônicos.
d) Incentivar a designação de servidores da carreira para os cargos de chefia,
levando em consideração a graduação, a capacitação, o mérito e a
experiência do servidor na atividade policial específica.

Gabarito: A

A questão exige compreensão a respeito dos objetivos da PNSPDS (Política


Nacional de Segurança Pública e Defesa Nacional), constantes na Lei nº
13.675/2018.

a) CORRETA – Dentre os objetivos constantes no art. 6º da Lei 13.675/18 está o de


apoiar as ações de manutenção da ordem pública e da incolumidade das pessoas,
do patrimônio, do meio ambiente e de bens e direitos.

Vejamos quais são os objetivos da PNSPDS:

Art. 6º São objetivos da PNSPDS:


I - fomentar a integração em ações estratégicas e
operacionais, em atividades de inteligência de segurança
pública e em gerenciamento de crises e incidentes;
II - apoiar as ações de manutenção da ordem pública e da
incolumidade das pessoas, do patrimônio, do meio
ambiente e de bens e direitos;
III - incentivar medidas para a moderniza ção de
equipamentos, da investigação e da perícia e para a
padronização de tecnologia dos órgãos e das instituições
de segurança pública;
IV - estimular e apoiar a realização de ações de
prevenção à violência e à criminalidade, com prioridade
para aquelas relacionadas à letalidade da população
jovem negra, das mulheres e de outros grupos vulneráveis;
V - promover a participação social nos Conselhos de
segurança pública;
VI - estimular a produção e a publicação de estudos e
diagnósticos para a formulação e a avaliação de políticas
públicas;

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VII - promover a interoperabilidade dos sistemas de
segurança pública;
VIII - incentivar e ampliar as ações de prevenção, controle
e fiscalização para a repressão aos crimes
transfronteiri ços;
IX - estimular o intercâmbio de informações de inteligência
de segurança pública com institui ções estrangeiras
congêneres;
X - integrar e compartilhar as informações de segurança
pública, prisionais e sobre drogas;
XI - estimular a padronização da formação, da
capacitação e da qualificação dos profissionais de
segurança pública, respeitadas as especificidades e as
diversidades regionais, em consonância com esta Política,
nos âmbitos federal, estadual, distrital e municipal;
XII - fomentar o aperfei çoamento da aplicação e do
cumprimento de medidas restritivas de direito e de penas
alternativas à prisão;
XIII - fomentar o aperfei çoamento dos regimes de
cumprimento de pena restritiva de liberdade em rela ção
à gravidade dos crimes cometidos;
XV - racionalizar e humanizar o sistema penitenci ário e
outros ambientes de encarceramento;
XVI - fomentar estudos, pesquisas e publicações sobre a
política de enfrentamento às drogas e de redução de
danos relacionados aos seus usuários e aos grupos sociais
com os quais convivem;
XVII - fomentar ações permanentes para o combate ao
crime organizado e à corrupção;
XVIII - estabelecer mecanismos de monitoramento e de
avaliação das ações implementadas;
XIX - promover uma relação colaborativa entre os órgãos
de segurança pública e os integrantes do sistema
judiciário para a construção das estratégias e o
desenvolvimento das ações necessárias ao alcance das
metas estabelecidas;
XX - estimular a concessão de medidas protetivas em favor
de pessoas em situação de vulnerabilidade;
XXI - estimular a criação de mecanismos de proteção dos
agentes públicos que compõem o sistema nacional de
segurança pública e de seus familiares;
XXII - estimular e incentivar a elaboração, a execução e o
monitoramento de ações nas áreas de valorização
profissional, de saúde, de qualidade de vida e de
segurança dos servidores que compõem o sistema
nacional de segurança pública;
XXIII - priorizar políticas de redução da letalidade violenta;
XXIV - fortalecer os mecanismos de investigação de crimes
hediondos e de homicídios;
XXV - fortalecer as ações de fiscalização de armas de fogo
e munições, com vistas à redução da violência armada;

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XXVI - fortalecer as ações de prevenção e repressão aos
crimes cibernéticos.

A manutenção da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio


trata-se, inclusive, da principal finalidade para qual a Lei 13.675/18 instituiu o Susp
e ciou o PNSPDS.

Assim, nos termos do art. 1º da referida Lei:

Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Único de Segurança


Pública (Susp) e cria a Política Nacional de Segurança
Pública e Defesa Social (PNSPDS), com a finalidade de
preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, por meio de atuação conjunta,
coordenada, sistêmica e integrada dos órgãos de
segurança pública e defesa social da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, em articulação com a
sociedade.

b) ERRADA – Celebrar termo de parceria e protocolos com agências de vigilância


privada, respeitada a lei de licitações trata-se de uma das diretrizes da PNSPDS,
presente no inciso XXVI do art. 5º da Lei 13.675/2018.

Assim, nos termos do art. 5º, XXVI:

Art. 5º São diretrizes da PNSPDS:


I - atendimento imediato ao cidadão;
II - planejamento estratégico e sistêmico;
III - fortalecimento das ações de prevenção e resolução
pacífica de conflitos, priorizando pol íticas de redução da
letalidade violenta, com ênfase para os grupos
vulneráveis;
IV - atuação integrada entre a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios em ações de segurança pública e
políticas transversais para a preservação da vida, do meio
ambiente e da dignidade da pessoa humana;
V - coordenação, cooperação e colaboração dos órgãos
e instituições de segurança pública nas fases de
planejamento, execução, monitoramento e avaliação das
ações, respeitando-se as respectivas atribuições legais e
promovendo-se a racionalização de meios com base nas
melhores práticas;
VI - formação e capacitação continuada e qualificada
dos profissionais de segurança pública, em consonância
com a matriz curricular nacional;
VII - fortalecimento das instituições de segurança pública
por meio de investimentos e do desenvolvimento de
projetos estruturantes e de inovação tecnológica;

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VIII - sistematização e compartilhamento das informações
de segurança pública, prisionais e sobre drogas, em
âmbito nacional;
IX - atuação com base em pesquisas, estudos e
diagnósticos em áreas de interesse da segurança pública;
X - atendimento prioritário, qualificado e humanizado às
pessoas em situação de vulnerabilidade;
XI - padronização de estruturas, de capacitação, de
tecnologia e de equipamentos de interesse da seguran ça
pública;
XII - ênfase nas ações de policiamento de proximidade,
com foco na resolução de problemas;
XIII - modernização do sistema e da legislação de acordo
com a evolução social;
XIV - participação social nas questões de segurança
pública;
XV - integração entre os Poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário no aprimoramento e na aplicação da legislação
penal;
XVI - colaboração do Poder Judiciário, do Ministério
Público e da Defensoria Pública na elaboração de
estratégias e metas para alcançar os objetivos desta
Política;
XVII - fomento de políticas públicas voltadas à reinserção
social dos egressos do sistema prisional;
XIX - incentivo ao desenvolvimento de programas e
projetos com foco na promoção da cultura de paz, na
segurança comunitária e na integração das políticas de
segurança com as políticas sociais existentes em outros
órgãos e entidades não pertencentes ao sistema de
segurança pública;
XX - distribuição do efetivo de acordo com critérios
técnicos;
XXI - deontologia policial e de bombeiro militar comuns,
respeitados os regimes jurídicos e as peculiaridades de
cada instituição;
XXII - unidade de registro de ocorrência policial;
XXIII - uso de sistema integrado de informações e dados
eletrônicos;
XXV - incentivo à designação de servidores da carreira
para os cargos de chefia, levando em consider ação a
graduação, a capacitação, o mérito e a experi ência do
servidor na atividade policial específica;
XXVI - celebração de termo de parceria e protocolos com
agências de vigilância privada, respeitada a lei de
licitações.

c) ERRADA – Usar o sistema integrado de informações e dados eletrônicos trata-se


de uma das diretrizes da PNSPDS, presente no inciso XXIII do art. 5º da Lei
13.675/2018.

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Assim, nos termos do art. 5º, XXIII:

Art. 5º São diretrizes da PNSPDS:


XXIII - uso de sistema integrado de informações e dados
eletrônicos;

d) ERRADA – Incentivar a designação de servidores da carreira para os cargos de


chefia, levando em consideração a graduação, a capacitação, o mérito e a
experiência do servidor na atividade policial específica trata-se de uma das
diretrizes da PNSPDS, presente no inciso XXV do art. 5º da Lei 13.675/2018.

Assim, nos termos do art. 5º, XXV:

Art. 5º São diretrizes da PNSPDS:


XXV - incentivo à designação de servidores da carreira
para os cargos de chefia, levando em consi deração a
graduação, a capacitação, o mérito e a experi ência do
servidor na atividade policial específica;

Proibida a reprodução não autorizada, sujeitando - se o aut or à responsabi lização civil e cri minal.

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