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COMTE:
ATUAÇÃO:
Como indicamos acima, não é novidade que a palavra “Positivismo” atualmente carrega um valor
semântico bastante negativo. Entre a confusão terminológica a respeito da palavra “Positivismo” e a
crítica mais ou menos informada a respeito de Comte, várias são as correntes teóricas que se
encarrega(ra)m de combatê-lo, a partir das mais variadas perspectivas, entre as quais podemos citar
o marxismo, o pós-modernismo, a Sociologia Compreensiva. Essas quatro observações – devidamente
feitas sem referências bibliográficas – causam a profunda impressão de que a obra de Comte, em
particular a de sua fase mais madura, foi o resultado da especulação de um lunático. Isso é um
recurso retórico próximo ao sofisma ad hominem, em que a argumentação teórica e empírica é
por que a gritante duplicidade de critérios em que se considera que a “loucura” de Comte é
prejudicial mas os sérios problemas emocionais e psicológicos de todos os demais autores não o
é? : além de simples hipocrisia, trata-se do recurso sistemático ao já citado sofisma ad
hominem como estratégica retórica para desqualificar o pensamento de Augusto Comte.
.
Vejamos alguns: o atualmente tão festejado Friedrich Nietzsche era louco ou catatônico,
alternando fases mais ou menos lúcidas a longos períodos anormais; Karl Marx tinha esposa e
amante e estuprava ambas, além de difundir mentiras a respeito de seus inimigos políticos para
desmoralizá-los7; Max Weber teve um colapso nervoso e desde cerca de 1900 até sua morte,
em 1920, esteve incapaz de lecionar oficialmente (embora extra-oficialmente tenha lecionado
em diversas instituições do mundo germanófono); John Stuart Mill passou por uma severa
depressão no meio de sua carreira intelectual; foram suicidas ou homicidas Roland Barthes,
Nicos Poulantzas e Louis Althusser; Georg Lukács abjurou inúmeras vezes perante Stálin e sua
corte; Sartre fazia da promiscuidade sexual e intelectual um valor moral e político; last but not
the least, não podemos esquecer os nazistas Carl Schmidt e Martin Heidegger, que, após a
queda do III Reich, encerraram-se em silêncios obsequiosos mas sem jamais renegarem os
passados nacional-socialistas. Comte morreu prematuramente em 1857, deixando seus bens (aí
incluídos os direitos autorais de suas obras) para um grupo de 13 executorestestamenteiros.
Logo em seguida, a viúva, Carolina Massin, procurou leiloar todos os bens de Comte e anular o
testamento, o que iniciou um processo judicial que se estendeu até 1870. Esse processo visava a
permitir que Massin editasse as obras de Comte, retirando as várias referências elogiosas a
Clotilde de Vaux e as referências negativas a ela própria; além disso, em associação com o ex-
discípulo de Comte, o dicionarista Littré, pretendia permitir a publicação apenas do que fora
escrito durante a convivência conjugal (essencialmente a Philosophie), classificando, não
poacaso, de “produto de loucura” tudo aquilo que foi escrito depois da separação conjugal. O
resultado desse longo litígio foi que, com base em laudos médicos, em testemunhos e na análise
do testamento, a Justiça da França deu ganho de causa aos executores-testamenteiros,
recusando assim a tese da loucura. GIBBINS DIZ Q A TROCA DE NOME DA SOCIOLOGIA É POR
MOTIVO MESQUINHO. Em um exame sistemático das ciências abstratas constituídas até então,
de acordo com a “escala enciclopédica” de Comte; a sequência seria a seguinte: Matemática,
Astronomia, Física, Química e Biologia. Esse exame das ciências não era um fim em si mesmo,
mas um meio para um fim ambicioso: a constituição da ciência da sociedade, inicialmente
chamada de “Física Social” e depois renomeada para “Sociologia”. Os três primeiros volumes
foram dedicados a essa progressão de ciências preliminares; já os três últimos trataram da
definição do objeto e do método da nova ciência, incluindo aí as tentativas anteriores e as
principais questões teóricas (especificamente, a Estática e a Dinâmica sociais). A formulação da
Religião da Humanidade provocou divisão entre os discípulos de Comte. A doutrina religiosa
prosperou em diversos países da Europa, nas Américas e na Ásia. No Brasil, ela recebeu
o primeiro templo construído exclusivamente para seu exercício, segundo orientações deixadas
por Auguste Comte: o Templo da Humanidade, situado no Rio de Janeiro. Também foi no Brasil
onde a Religião da Humanidade ganhou maior número de adeptos, causando impacto decisivo
em suas instituições e reformas políticas.
LOCKE:
John Locke nasceu na aldeia de Somerset, em Wrington, Inglaterra, no dia 29 de agosto
de 1632. Filho de um advogado e capitão da cavalaria parlamentar, com 14 anos ingressou
na Westminster em Londres.
Em 1652, entrou para a Christ Church College, da Universidade de Oxford. Formou-se em
1656 e dois anos mais tarde fez o mestrado. Em 1660 foi nomeado professor da
instituição, onde lecionou grego antigo e retórica.
Durante algum tempo, Locke estudou a filosofia racionalista de Descartes – que lhe
despertou o interesse pela teoria do conhecimento. Em 1667, tornou-se secretário de Lord
Ashley Cooper, chanceler da Inglaterra e futuro conde Shaftesbury, época em
que desenvolveu sua teoria do liberalismo político e se interessou cada vez mais pelas
discussões filosóficas e científicas.
Em 1668, John Locke tornou-se membro da Academia Científica da Sociedade Real de
Londres, onde realizou diversas pesquisas. Foi amigo e colaborador do cientista Robert
Boyle. Como sua especialidade era a Medicina ele manteve relações com importantes
cientistas da época, entre eles, Isaac Newton. Entre 1675 e 1679 residiu na França em
missão diplomática.
Em 1689, depois da Revolução Gloriosa, Guilherme de Orange foi coroado como
Guilherme III, tendo que aceitar a “Declaração dos Direitos” apresentada pelo Parlamento,
como base do sistema de monarquia constitucional, a qual Locke ajudou a redigir.
KARL MARX
Em 1835, depois de concluir seus estudos no Liceu Friedrich Wilhelm, Karl ingressou no
curso de Direito da Universidade de Bonn onde participou das lutas políticas estudantis.
No fim do ano de 1836, Karl Marx se transferiu para a Universidade de Berlim para estudar
Filosofia. Nessa época, se propagavam as ideias de Hegel, destacado filósofo e idealista
alemão.
Marx se alinhou com os "hegelianos de esquerda", que procuram analisar as questões
sociais, fundamentados na necessidade de transformações na burguesia da Alemanha.
Entre os anos de 1838 e 1840, Karl Marx dedicou-se à elaboração de sua tese, pois
pretendia lecionar Filosofia na Universidade de Jena e ganhar bastante dinheiro para
casar-se com Jenny, irmã de seu amigo Edgard.
Em 1841, segue para Universidade de Jena, onde defende a tese "A Diferença Entre a
Filosofia da Natureza de Demócrito e a de Epicuro". A tese foi defendida com brilhantismo,
mas Marx não foi nomeado por motivos políticos, pois a universidade não aceitava mestres
que seguem as ideias de Hegel.
Em Bruxelas, Marx instala-se com a família e junto com Engels dedica-se a escrever teses
sobre o socialismo e manteve contato com o movimento operário europeu. Fundam a
"Sociedade dos Trabalhadores Alemães", adquirem um semanário.e se integram à "Liga
dos Justos" - entidade comunista secreta de operários alemães, com filiais por toda a
Europa.
Emile Durkheim nasceu em Épinal, região de Lorena, na França, no dia 15 de abril de
1858. Descendente de família judia, filho e neto de rabinos, desde cedo foi preparado
para seguir o mesmo caminho, mas rejeitou sua herança judaica.
Estudou no Colégio d’Epinal e no Liceu, em Paris. Interessou-se inicialmente por filosofia
e estudou na Escola Normal Superior de Paris. Terminado seus estudos, lecionou em
diversos liceus provinciais franceses.
Entre 1885 e 1886, Durkheim realizou uma viagem de estudo na Alemanha,
especializando-se em Sociologia. Dentro da Sociologia educacional filiou-se à corrente
denominada Pedagogia Social. Foi fortemente influenciado pelos métodos de psicologia
experimental de Wilhelm Wundt.
Em 1887, Durkheim foi nomeado professor da primeira cadeira de Ciências Sociais,
associada à educação, na Universidade de Bordeaux. Em 1896 fundou a revista
“L’Année Sociologique”, quando reuniu um eminente grupo de estudiosos. Em 1902, foi
convidado para lecionar Sociologia e Pedagogia na Sorbonne, onde permaneceu até
sua morte.
MAX
Max Weber (1864-1920) foi um importante sociólogo e destacado economista alemão.
Suas grandes obras são, “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo” e "Economia
e Sociedade". Dedicou sua vida ao trabalho acadêmico, escrevendo sobres assuntos
variados como o espírito do capitalismo e as religiões chinesas.
Max Weber nasceu em Erfurt, Turíngia, Alemanha, no dia 21 de abril de 1864. Filho de
um jurista e político do Partido Liberal Nacional na época de Bismarck. Estudou nas
universidades de Heidelberg, Berlim e Gotinga. Formou-se em Direito e doutorou-se em
Economia e acabou desenvolvendo obras sobre Sociologia.
A partir de 1893, lecionou em diversas universidades da Alemanha, principalmente em
Heidelberg. Entre 1898 e 1906, ficou afastado do magistério em consequência de crises
depressivas. Nesse período, realizou diversas viagens e dedicou-se ao trabalho
acadêmico.
Os principais objetos de estudo de Weber na sociologia foram o capitalismo e o
protestantismo, levando o sociólogo a desenvolver uma sociologia da teologia. A visão
weberiana do capitalismo era diferente da visão marxista. Enquanto Marx via no
capitalismo a exploração do proletariado pela burguesia, Weber encara-o como o fruto
de um ideal, o ideal do capitalismo. Como um ideal, o capitalismo promovia uma espécie
de racionalização do trabalho e do dinheiro, sendo sustentado pela prosperidade e pela
capacidade cada vez maior de gerar dinheiro.
Max Weber foi profundamente influenciado pela filosofia de Immanuel Kant sustentada
pelo idealismo. Para Kant, o plano das ideias e conceitos deveria pautar todo o trabalho
filosófico, que partiria da prática para chegar aos conceitos mais puros e a priori
(anteriores a qualquer vivência material). Weber acreditava que o capitalismo originava-
se com um ideal, com um espírito, e a partir disso, esse sistema ia sendo construído na
prática. Com base nesse ideal, surgiu a noção de administração como ciência capaz de
promover o crescimento do capital.
"Para os calvinistas, havia uma noção de predestinação (trabalhada por Weber como
hipótese a ser considerada) que dizia que o homem já nascia predestinado ao paraíso
ou ao inferno. A maneira de saber se determinada pessoa iria para o céu era medir o
seu sucesso no trabalho e a sua resistência ao pecado. Como pecado, os calvinistas
incluíam as diversões fúteis, como festas e luxo, além do ócio e da preguiça.
O homem de valor para os calvinistas era aquele que trabalhava muito, o máximo que
o seu corpo aguentasse, e não se entregava aos prazeres da vida, acumulando assim
cada vez mais dinheiro. Para as outras vertentes protestantes, há uma ideia geral bem
semelhante a essa de valorização do trabalho e de fuga dos prazeres.
Isso fez com que Weber enxergasse a diferença de desenvolvimento econômico entre
nações predominantemente protestantes que se tornaram as maiores potências
econômicas (Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos) e nações predominantemente
católicas que não tiveram tanto crescimento econômico, como Espanha, Portugal e
Itália."