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FEA
GUSTAVO DE MARTINI MARIZ- RA00331321
LUCAS MURARI ABOU ASSALI-RA00330889
BIOGRAFIA DE KARL MARX
São Paulo, SP
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................3
2 BIOGRAFIA.......................................................................................................................4
3 CONTEXTO HISTÓRICO...............................................................................................5
4 CÍRCULO SOCIAL...........................................................................................................6
5 TEORIAS E IDEIAS........................................................................................................8
5.2 MAIS-VALIA...................................................................................................................9
6 PRINCIPAIS OBRAS....................................................................................................11
6.1 “O Capital”......................................................................................................................11
8 LEGADO...........................................................................................................................13
9 CONCLUSÃO..................................................................................................................14
REFERÊNCIAS......................................................................................................................15
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1 INTRODUÇÃO
Karl Marx, é o tópico dessa biografia, um grande crítico aos economistas clássicos e um dos
maiores revolucionários já existentes. Serão discutidos e explicados aspectos de sua vida
como contexto histórico, social, suas obras, legado e principais teorias. Objetivo desse
trabalho é estudar e aprender sobre este grande nome dos estudos econômicos, o qual
compartilhou um outro ponto de vista em relação aos clássicos.
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2 BIOGRAFIA
Karl Marx nasceu em Tréveris, cidade na Alemanha, antiga Prússia. Originado de uma
família rica e filho de um grande conselheiro do governo, Marx estudou no Liceu Friedrich
Wilhelm e prestou Direito na Universidade de Bonn, onde era bastante ativo, tanto na parte
acadêmica quanto na parte boêmia da faculdade. Porém, seu pai o transferiu para a
Universidade de Berlim, no curso de Filosofia.
Em 1841, com apenas 23 anos Karl Marx já havia conseguido seu doutorado em
filosofia, e já fazia severas críticas ao governo prussiano. Essa personalidade crítica de Marx
levou à censuras em diversos artigos publicados impossibilidade de lecionar em várias
universidades.
Sem muitas opções, em 1842 Marx torna-se jornalista e torna-se diretor do jornal
Gazeta Renana. Nesse período, conhece Friedrich Engels (1820-1895), que se tornará grande
amigo e colaborador e começa a ter mais familiaridade dos problemas econômicos que
afetavam as nações
Em 1843, casa-se com sua amiga de infância Jenny von Westphalen, e se muda para
Paris. Nessa cidade, fundou, com seu amigo Arnold Ruge, a revista Anais Franco-Alemães.
No ano seguinte, Marx e Engels continuam publicando artigos que desagradavam o imperador
prussiano, a ponto de, às ordens dele, em 1845 também foram expulsos da França, indo para
Bélgica
Em Bruxelas o economista intensificou os contatos com operários e participou de
organizações clandestinas, publicando em 1848, com Engels “O Manifesto Comunista”, que
marca o início do socialismo científico. Além disso, fundou uma entidade secreta do
operariado alemão que mais tarde se chamaria Liga dos Comunistas.
Após mais uma vez expulsos, Marx e sua mulher vão para Londres, onde terão sete
filhos e viverão em miséria, por conta da dificuldade do pensador em conseguir empregos. Na
Inglaterra, em 1867, após anos escrevendo publica o primeiro volume de uma de suas obras
mais famosas “O Capital”. Falece em 1883, e Engels da continuidade a sua obra, publicando
os volumes dois e três em 1885 e 1894, respectivamente.
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3 CONTEXTO HISTÓRICO
Marx viveu e foi influenciado por 2 períodos distintos. O primeiro deles foi enquanto
esteve na Prússia, que diante de Otto von Bismarck (1815 – 1898) e Guilherme I (1797 –
1888) unificaram-na tornando-se na Alemanha dos dias atuais. O reino da Prússia estava sob
domínio Austríaco, os territórios eram chamados de Confederação Germânica.
Tal não significava unidade territorial para essa região. Além disso, a presença
austríaca nesse lugar enfraquecia o poder dos prussianos, os grandes interessados na
unificação. Os ideais de unificação fortaleceram-se com o crescimento de movimentos
nacionalistas nessa região, a partir das revoluções de 1848. Que foram uma série de protestos
coordenados e rebeliões. Elas demonstraram o anseio popular para uma maior liberdade
política, junto com políticas liberais, a liberdade de expressão, democracia e nacionalismo. Os
conjuntos da classe média estavam preenchidos com princípios liberais, enquanto a classe
trabalhadora buscou melhorias em suas condições de trabalho e de vida. No entanto, a classe
média e os fatores que compunham a classe trabalhadora foram divididos durante a revolução,
e no final, a aristocracia havia derrotado os dois, forçando muitos liberais para o exílio.
Marx além de viver a Unificação Alemã, quando foi para a Inglaterra, viveu na Era
Vitoriana. O principal feito durante o reinado foi o auge da política industrial e colonial
inglesa, marcado pela prosperidade industrial da burguesia.
4 CÍRCULO SOCIAL
O segundo erro de Hegel na visão de Marx é que Hegel reparte o pensamento lógico
da sensibilidade humana, considerando a sensibilidade um produto pensamento e não do ser
humano. Logo, Marx diz que a filosofia de Hegel “atua” como a ciência que criticava.
Marx teria uma amizade duradoura com Friedrich Engels, ambos tiveram conclusões e
ideias parecidas vindas de caminhos completamente diferentes. O primeiro encontro deles é
após a expulsão de Karl Marx de Paris, viajando para Bruxelas na Bélgica. Eles elaboram e
publicam sua primeira obra em conjunto: “A Sagrada Família”, no qual criticam os jovens
hegelianos de direita e defendem a ideia do materialismo contra o idealismo. “A Ideologia
Alemã” é outro livro publicado em parceria com Engels. “Os filósofos têm apenas
interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, é transformá-lo” (MARX,
ENGELS, 2007, p. 539), excerto tirado do livro.
Em 1846 a dupla publica “A Ideologia Alemã” Se tratando da mais densa crítica deles
à filosofia idealista, a qual eles tentaram, através de um Comitê de Correspondência criado
pelos dois para levar à frente com rumos de socializar as ideias e lutas comunistas
aproximando aqueles quem se tornariam os revolucionários e as revoluções. O livro somente
foi publicado em 1932 devido a dificuldades editoriais. Neste livro, um dos pontos principais
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Ao entrarem na Liga dos Justos que futuramente se tornaria a Liga dos Comunistas
devido a influências de Marx, precisaram fazer um manifesto apresentando as ideias da
organização comunista, “O Manifesto Comunista”, lançado um ano depois em 1848, um
marco na história do pensamento humano e uma síntese do desenvolvimento histórico da
sociedade burguesa e suas contradições. Analisa as principais tendências políticas do
movimento socialista e fundamenta o programa comunista no movimento operário. Uma
análise histórica do capitalismo mostra que o comunismo não é a utopia que os socialistas
pensaram no passado, mas uma possibilidade aberta pelo desenvolvimento da sociedade
burguesa de hoje. Com o processo de industrialização, a convergência da economia mundial e
o desenvolvimento da ciência A emergência do proletariado, classe geradora da riqueza da
sociedade, é apropriada pelo capital na forma de mais-valia, vive inteiramente do seu próprio
trabalho e, portanto, não tem interesse em manter sua exploração social.
Marx e Engels ainda viriam a viver muito mais juntos até a morte de Marx, onde a
partir daí os livros e documentos feitos por este, seriam publicados por seu grande amigo
Friedrich Engels.
Declara Marx na Gazeta Renana sobre Joseph Pierre Proudhon.
ruinaria todo o sistema, já Marx dizia que era o único meio de defesa dos operários no sistema
capitalista.
Diz Mikhail Bakunin sobre Karl Marx. Outrora fossem membros da Associação
intelectuais e discussões de grupos ao qual eles divergiam. Marx também denunciara Bakunin
como um agente imperial inúmeras vezes, tendo que se retratar ao longo do tempo. Essas
5 TEORIAS E IDEIAS
5.2 MAIS-VALIA
Na obra “Salário, Preço e Lucro” de 1865, Marx trata de sua teoria do valor. Nela, o
pensador definirá a fonte do valor sendo o trabalho social, que é o trabalho que satisfaz uma
necessidade social, fazendo parte do conjunto de trabalhos que reproduzem a sociedade. A
medido do valor é a quantidade de trabalho incorporado em condições médias de produção,
intensidade e destreza média do trabalho. Assim, segundo Marx os valores das mercadorias
estão na razão direta do tempo de trabalho social investido na sua produção e na razão inversa
da força produtiva do trabalho empregado.
“Como os valores de troca das mercadorias não
passam de funções sociais delas, e nada têm a ver com suas propriedades naturais,
devemos antes de mais nada perguntar: Qual é a substância social comum a todas as
mercadorias? É o trabalho. Para produzir uma mercadoria tem-se que inverter nela
ou a ela incorporar uma determinada quantidade de trabalho. E não simplesmente
trabalho, mas trabalho social. Aquele que produz um objeto para seu uso pessoal e
direto, para consumi-lo, cria um produto, mas não uma mercadoria. Como produtor
que se mantém a si mesmo, nada tem com a sociedade. Mas para produzir uma
mercadoria, não só se tem de criar um artigo que satisfaça uma necessidade social
qualquer, como também o trabalho nele incorporado deverá representar uma parte
integrante da soma global de trabalho invertido pela sociedade. Tem que estar
subordinado à divisão de trabalho dentro da sociedade. Não é nada sem os demais
setores do trabalho, e, por sua vez, é chamado a integrá-los.” (MARX, 1865, p. 13)
6 PRINCIPAIS OBRAS
6.1 “O CAPITAL”
Escrito com Engels em 1848, o “Manifesto Comunista” é uma das obras mais
importantes para a política contemporânea, trazendo as principais ideias do comunismo, e
introduzindo temas recorrentes no estudo de Marx, como famosa luta de classes e o papel do
proletariado, assim como a alienação dos meios de produção.
A obra veio a pedido por uma sociedade alemã chamada Liga dos Justos, e propunha
que operários se organizassem para realização de mudanças, em nome da classe trabalhadora.
O que se propunha era uma grande comunhão em que os trabalhadores se pusessem a serviço
de um grande objetivo comum.
“O Manifesto Comunista” é uma das obras mais influentes sobre os fatos históricos da
pós-revolução industrial. Inspirou a Revolução Russa de 1917, a Revolução Chinesa de 1949
e a Revolução Cubana de 1953, entre outros movimentos que criaram governos comunistas e
socialistas em todo o mundo.
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A Ideologia Alemã é considerada por muitos estudiosos como a obra filosófica mais
importante de Marx e Engels. Escrito entre 1845 e 1846, representa a primeira exposição
estruturada de uma visão materialista da história e é o texto central do autor sobre religião.
O trabalho aborda a teoria da história materialista, enfatizando a importância das
relações de produção e da luta de classes no desenvolvimento social. A obra possui, em
muitas partes, um tom sarcástico, característico de Karl Marx, ridicularizando o idealismo
alemão. Lenin em seu livro “O Estado e a Revolução”
Como se sabe, alguns meses antes da Comuna, no outono de 1870, Marx,
pondo de sobreaviso os operários parisienses contra o perigo, demonstrava-lhes que
qualquer tentativa para derrubar o governo era uma tolice ditada pelo desespero.
Mas quando, em março de 1871, a batalha decisiva foi imposta aos operários e estes
a aceitaram, quando a insurreição se tornou um fato consumado, Marx saudou com
entusiasmo a revolução proletária. Apesar dos seus sinistros prognósticos, Marx não
teimou em condenar por pedantismo um movimento "prematuro", como o fez o
renegado russo do marxismo Plekhanov, de triste memória, cujos escritos
instigadores e encorajavam à luta os operários e camponeses em novembro de 1905,
e que, depois de dezembro de 1905, gritava como um verdadeiro liberal: "Não
deviam pegar em armas! " (LENIN, 2017, p. 41)
Karl Marx, durante sua vida e carreira, sempre teve uma atitude muito crítica e irônica,
rejeitando modos de pensamento, como o idealismo alemão, que enfatizava a primazia da
consciência e das ideias, em favor de uma abordagem materialista que enfocava as condições
materiais e sociais, e conceitos do liberalismo clássico, como a propriedade privada e o livre
mercado
Além disso, Marx teve diversas rivalidades e conflitos, com outras figuras intelectuais
e políticas. O pensador criticou o livro “Sistemas das Contradições Econômicas ou Filosofia
da Miséria” de Proudhon, o chamando de mau economista e mau filósofo, iniciando um
grande conflito entre os dois.
Outro grupo que foi vítima da acidez de Marx foram os anarquistas. Embora
compartilhassem objetivos comuns, como a abolição da exploração e da desigualdade, Marx e
os anarquistas diferiam em relação à estratégia revolucionária e à organização política. Essas
diferenças levaram a tensões e hostilidades mútuas.
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Essa atitude de Karl Marx durante sua vida, principalmente suas críticas ao imperador
da Prússia Guilherme I (1797-1888) resultaram em diversas censuras de suas obras, expulsão
da Prússia, França e Bélgica e rejeição de emprego. Esses fatores fizeram com que ele e sua
família vivessem momentos difíceis e a morte de quarto de seus sete filhos devido à falta de
recursos financeiros e más condições de vida.
8 LEGADO
Marx após sua morte continuou e continua influenciando pessoas ao redor do mundo
com suas ideias, críticas, conclusões e observações da dinâmica do capitalismo, seus defeitos,
o porquê das empresas falirem, mostrou. Ele é considerado o pai do socialismo científico, que
seria uma “evolução” do socialismo utópico, influenciou pessoas como Vladimir Lenin,
Friedrich Engels, Max Weber, John Maynard Keynes, Mao Tsé-Tung, Che Guevara, Jean-
Paul-Sartre, Michel Foucault, Albert Camus, Zygmunt Baumann e muitos outros. Influenciou
inúmeros trabalhadores a lutarem por melhores direitos e condições. Um pequeno trecho de
Friedrich Engels no funeral de Marx:
“Marx era, antes de tudo, um revolucionário. Sua verdadeira missão na vida
era contribuir, de um modo ou de outro, para a derrubada da sociedade capitalista e
das instituições estatais por esta suscitadas, contribuir para a libertação do
proletariado moderno, que ele foi o primeiro a tornar consciente de sua posição e de
suas necessidades, consciente das condições de sua emancipação. A luta era seu
elemento. E ele lutou com uma tenacidade e um sucesso com quem poucos puderam
rivalizar. (…) Como consequência, Marx foi o homem mais odiado e mais caluniado
de seu tempo. Governos, tanto absolutistas como republicanos, deportaram-no de
seus territórios. Burgueses, quer conservadores ou ultrademocráticos, porfiavam
entre si ao lançar difamações contra ele. Tudo isso ele punha de lado, como se
fossem teias de aranha, não tomando conhecimento, só respondendo quando
necessidade extrema o compelia a tal. E morreu amado, reverenciado e pranteado
por milhões de colegas trabalhadores revolucionários — das minas da Sibéria até a
Califórnia, de todas as partes da Europa e da América — e atrevo-me a dizer que,
embora, muito embora, possa ter tido muitos adversários, não teve nenhum inimigo
pessoal.”
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9 CONCLUSÃO
Marx foi um homem que mudou tempos em que viveu e tempos em que não viveu,
com obras atemporais, críticas que nunca nenhum homem havia pensado até aquela época,
mudou para sempre o capitalismo como conhecemos, sem suas obras ainda perecíamos em
um sistema que naquela era época era muito abusivo. As influências de Marx em diversas
áreas acadêmicas como Psicologia, Filosofia, Direito, História e Economia Política mudaram
estas e aprimoram-nas a um nível mais elevado. Um homem que quem diz muito sobre pouco
estuda e quem diz pouco sobre estuda muito. A complexidade envolvida em cada parágrafo
escrito por Marx leva facilmente a abordagens para temas de estudos ainda mais elevados que
seus próprios decertos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DUTRA, Eliúde de Oliveira. Crítica de Marx à teoria hegeliana do estado: uma leitura da obra
crítica à filosofia do direito de Hegel. Filogenese. Vol. 6, nº 2, 2013.
MARX, Karl. O Capital: Crítica da Economia Política. São Paulo: Nova Cultural Ltda.,
1996.
MARX, Karl; ENGELS, Fredrich. O Manifesto Comunista. 4. ed. São Paulo: Boitempo
Editorial, 2005.
MARX, Karl; ENGELS, Fredrich. A Ideologia Alemã. São Paulo: Boitempo Editorial, 2007.
MARX, Karl. Teses sobre Feuerbach. Moscovo: Edições Progresso Lisboa, 1982.
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MARX, Karl. Glosas Críticas Marginais ao Artigo "O Rei da Prússia e a Reforma
Social". De um prussiano.. Belo Horizonte: Revista Praxis, 1995.