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ACETILCISTEÍNA

Sarah Faria
A acetilcisteína é preparada a partir da acetilação do aminoácido cisteína. Exerce
intensa ação mucolítico-fluidificante das secreções mucosas e mucopurulentas,
despolimerizando os complexos mucoproteicos e os ácidos nucléicos que são
viscosidade ao escacarro e às outras secreções, além de melhorar a depuração
mucociliar.

Estas atividades tornam a acetilcisteína particularmente adequada para o


tratamento das afecções agudas e crônicas do aparelho respiratório caracterizadas
por secreções mucosas e mucopurulentas densas e viscosas.

Além disso, a acetilcisteína exerce ação antioxidante direta, sendo dotada de um


grupo de um grupo tiol livre (-SH) nucleofílico em condições de interagir diretamente
com os grupos eletrofílicos dos radicas oxidantes.

De particular interesse é a recente demonstração de que a acetilcisteína protege a


alfa-l- antitripsina, enzima inibidora da elastase, de ser inativada pelo ácido
hipocloroso (HClO), potente agente oxidante que é produzido pela enzima
mieloperoxidase dos fagócitos ativados. A estrutura da sua molécula lhe permite,
além disso, atravessar facilmente as membranas celulares. No interior da célula, a
acetilcisteína é desacetilada, ficando assim disponível a L-cisteína, aminoácido
indispensável para a síntese da glutationa (GSH).

O GSH é um tripeptídio extremamente reativo que se encontra difundido por igual


nos diversos tecidos dos organizamos animais e é essencial para a manutenção da
capacidade funcional e da integridade da morfologia celular, pois é o mecanismo
mais importante de defesa intracelular contra os radicais oxidantes (tanto exógenos
como endógenos) e contra numerosas substâncias citotóxicas, incluindo o
paracetamol.

O paracetamol exerce sua ação citotóxica pelo empobrecimento progressivo de GSH.


A acetilcisteína desempenha seu principal papel mantendo níveis adequados de
GSH, contribuindo, assim para a proteção celular. Portanto a acetilcisteína é um
antidoto específico para intoxicação por paracetamol.
Quem é a cisteína?
A cisteína é um tipo de aminoácido que ajuda na construção de tecidos, músculos,
hormônios e enzimas. Dentre os aminoácidos, a cisteína é classificada como
condicionalmente essencial. Isso significa que ela é produzida pelo nosso organismo,
mas essa produção pode ser insuficiente em condições de alta demanda, como, por
exemplo,
atividade física intensa ou algumas doenças. Nesses casos, pode ser necessária a
ingestão de cisteína via alimentos ou suplementos.

Funções da cisteína
A cisteína é um dos principais componentes do antioxidante glutationa, da queratina
e dos músculos em geral. Além disso, ela também tem funções antioxidantes e
detoxificantes.

Produção de glutationa
A glutationa é uma molécula formada por três aminoácidos — cisteína, glicina e
ácido glutâmico — e é o antioxidante mais abundante no organismo. Sua principal
função é combater o excesso de radicais livres, protegendo o organismo de doenças
como Parkinson, Alzheimer, degeneração muscular e acidente vascular cerebral
(AVC). A falta de glutationa é considerada um dos principais fatores que causam
envelhecimento celular e redução da expectativa de vida.

A glutationa atua em diversos processos, como na eliminação de toxinas, no


transporte de aminoácidos, na síntese de proteínas e na proteção do organismo
contra radiações solares. Além disso, atua na proteção das células contra
substâncias cancerígenas e participa do combate aos sinais de envelhecimento.
Detoxificação
Assim como a glutationa, a própria cisteína participa da eliminação do acetaldeído,
uma substância tóxica derivada do álcool que pode se acumular no fígado. Este
mecanismo potente de desintoxicação é facilmente anulado pela ingestão de
quantidades
relativamente grandes de bebidas alcoólicas. Além disso, a cisteína auxilia na
neutralização de toxinas e poluentes, incluindo metais pesados, que se acumulam no
fígado, rins e partes gordurosas do corpo.

Produção de queratina
A cisteína é o principal aminoácido componente da queratina, uma proteína
produzida pelo nosso organismo. Trata-se de uma proteína estrutural que tem como
características a resistência, a elasticidade e a impermeabilidade à água. Assim, a
queratina auxilia na proteção da pele, unhas e cabelo contra a quebra e a perda de
hidratação, mantendo sua vitalidade.

Produção de músculos
As fibras musculares são compostas por proteínas, que por sua vez são formadas
por combinações de aminoácidos essenciais, condicionalmente essenciais e não
essenciais. Quando em falta no organismo, qualquer um desses aminoácidos pode
levar a uma redução na produção das proteínas que formam as fibras musculares.
Como o desgaste da massa muscular é um processo constante, essa menor
reposição de proteínas leva a uma diminuição no volume dos músculos, afetando
também a força. Isso pode se refletir em maior dificuldade até para executar tarefas
cotidianas.
Orientações do Grupo Técnico de Trabalho de Suplementos Alimentares do CRF-
SP e do Departamento de Orientação sobre dispensação de produtos que
contém acetilcisteína

São Paulo, 9 de março de 2022

Considerando as diversas dúvidas recebidas pelo CRF-SP em relação aos


produtos industrializados que contém acetilcisteína, esclarecemos que de acordo
com o Anexo I da Instrução Normativa IN nº 86/2021 que define a Lista de
Medicamentos Isentos de Prescrição, a acetilcisteína possui classificação como
medicamento isento de prescrição (não tarjado) nas concentrações máximas de:

600mg (comprimido efervescente e granulado): quando indicada para secreções


mucosas densas e viscosas nas vias respiratórias, decorrentes ou associadas a
doenças broncopulmonares;

11,5mg/mL (solução nasal): quando indicada para congestão nasal associada a


rinites ou após procedimentos cirúrgicos no nariz;

40mg/mL (solução oral): quando indicada para secreções mucosas densas e


viscosas nas vias respiratórias, decorrentes ou associadas a doenças
broncopulmonares.

No entanto, a acetilcisteína também aparece como constituinte utilizada em


suplemento alimentar no Anexo I da Instrução Normativa IN nº 28/18 que estabelece
as listas de constituintes, de limites de uso, de alegações e de rotulagem
complementar dos suplementos alimentares com número de registro CAS (Chemical
Abstracts Service) de 616-91-1.

Desta forma, a cisteína (que pode ser obtida da fonte de acetilcisteína), poderá ser
indicada/prescrita como suplementação alimentar para grupo populacional igual ou
maior que 19 anos em quantidade máxima de 830mg diárias, conforme Anexo IV da
mesma Instrução Normativa nº 28/2018. Também informamos que a acetilcisteína é
indicada como fonte de aminoácido cisteína quando utilizada em suplementos
alimentares, conforme a página de Constituintes Autorizados para Uso em
Suplementos

Diante do sobreposto, por meio das normas supracitadas, entendemos que o que
difere o medicamento acetilcisteína do constituinte de suplemento alimentar
acetilcisteína será a indicação do produto, ambos podendo ser comercializados na
drogaria. Portanto, o suplemento alimentar contendo acetilcisteína não poderá ser
indicado para secreções mucosas densas e viscosas nas vias respiratórias,
decorrentes ou associadas a doenças broncopulmonares e/ou congestão nasal
associada a rinites ou após procedimentos cirúrgicos no nariz, sendo a indicação
como fonte do aminoácido cisteína, por se tratar de um suplemento alimentar.
Dessa forma, compete ao farmacêutico no momento de avaliar o receituário
observar o modo de uso do produto prescrito, considerando a indicação e alegação
de uso por parte do paciente.

Caso o farmacêutico verifique trata-se de prescrição com indicação de uso para


secreções mucosas densas e viscosas nas vias respiratórias, decorrentes ou
associadas a doenças broncopulmonares e/ou congestão nasal associada a rinites
ou após procedimentos cirúrgicos no nariz, não cabe a dispensação do suplemento
alimentar que contenha acetilcisteína, mas sim o medicamento.

Em caso de dúvidas sobre a prescrição recebida, compete ao farmacêutico entrar em


contato com o prescritor para esclarecimentos de forma que a dispensação ocorra
de forma correta em relação à indicação de uso. De acordo com a Resolução do CFF
nº 357/01, artigo 23, em havendo necessidade, o farmacêutico deve entrar em
contato com o profissional prescritor para esclarecer eventuais problemas que tenha
detectado no momento da avaliação do receituário.

Orientamos ao farmacêutico que realize a especificação correta ao fornecedor no


momento da aquisição de produtos que contenham acetilcisteína, de forma que não
haja dúvidas para fornecimento do suplemento alimentar ou do medicamento por
parte do distribuidor/fabricante.

WHEY PROTEIN

O Whey protein é a proteína do soro do leite. Naturalmente, há 0,9g de proteína em


cada 100g do soro do leite. As proteínas do soro do leite promovem a síntese de
proteínas musculares e o aumento da massa muscular (magra) quando utilizado e
paralelo com exercício físico, principalmente o de força.

Quando uma pessoa faz exercícios, durante o treino ocorre a degradação das
proteínas musculares. Porém, para que a pessoa construa massa magra, deve
ocorrer síntese de proteínas e não degradação. Dessa forma, com a nutrição é
possível oferecer fonte de proteínas e de aminoácidos capazes de atuar no processo
de síntese de proteínas e não na degradação delas.

No caso da suplementação com whey protein, pesquisas com ratos demonstraram


um aumento no seu tempo de vida, medido, parcialmente, pelo envelhecimento
celular. O whey protein também melhorou as reservas hepáticas e cardíacas de
glutationa, bem como o sistema imune, melhorando a mobilidade dos linfócitos.

Hoje sabe-se que o whey protein é uma das melhores fontes alimentares os
precursores da glutationa, um poderoso antioxidante. A concentração da glutationa
abaixa na atividade física. Concentrações baixas de glutationa alteram a integridade
funcional e estrutural dos tecidos musculares. Por isso, a suplementação com fontes
que possuem altas concentrações de cisteína reduzem o estresse oxidativo, que é
induzido por atividades intensas, melhorando o rendimento de quem pratica os
exercícios.
Outras funções das proteínas do leite sugeridas por estudos, além de seu alto valor
biológico, é que elas possuem peptídeos bioativos, que atuam como agentes
antimicrobianos, antihipertensivos, reguladores da função imune, assim como
fatores de crescimento.

As proteínas do soro de leite são altamente digeríveis e rapidamente absorvidas pelo


organismo, estimulando a síntese de proteínas sangüíneas e teciduais a tal ponto
que alguns pesquisadores classificaram essas proteínas como proteínas de
metabolização rápida, muito adequadas para situações de estresses metabólicos em
que a reposição de proteínas no organismo se torna emergencial.

As proteínas são constituídas de aminoácidos. No caso das proteínas de soro, elas


apresentam quase todos os aminoácidos essenciais em excesso às recomendações
de dosagens diárias normais, exceto pelos aminoácidos aromáticos (fenilalanina,
tirosina) que não aparecem em excesso, mas atendem às recomendações para todas
as idades. Apresentam elevadas concentrações dos aminoácidos triptofano, cisteína,
leucina, isoleucina e lisina. Pessoas envolvidas em treinos de resistência aeróbia
necessitam de 1,2 a 1,4g de proteína por quilo de peso ao dia, enquanto que atletas
de força, 1,6 a 1,7g por kg de peso/dia, bem superior aos 0,8- 1,0g por kg de
peso/dia, estabelecidos para indivíduos sedentários.

Para quem indicar Whey protein?

Para pacientes que praticam exercícios físicos regularmente e que não fazem
nenhum tipo de suplementação com proteínas. Para adultos que não se alimentam
bem. Para adultos que querem ganhar massa muscular. Para adultos com
problemas relacionados ao apetite.

Como indicar:

Que a pessoa tome 1 medida imediatamente após a realização de atividade física.


Pode bater com água, com leite, com suco. Pode preparar receitas com banana e
pasta de amendoim, dependendo o objetivo.

Diferentes tipos de Whey Protein:

Whey Protein concentrado:

Tem maiscarboidratos e gorduras do que os outros tipos de whey. Mas isso não faz
do dele uma fonte inferior de proteínas do soro do leite, mas o torna uma fonte mais
nutritiva de Whey protein. Como suas moléculas são maiores, sua absorção é mais
lenta.
Whey Protein Isolado:
Sua principal característica é a baixa concentração de carboidratos, calorias e
gorduras. E isso faz dele um whey de rápida digestão e absorção. Largamente
utilizado no período pós-treino, pois fornece alta disponibilidade de aminoácidos no
período imediato após o término dos exercícios, otimizando assim a recuperação
muscular e acelerando o ganho de massa.

Whey Protein hidrolisado:


É o tipo de proteína do soro do leite com maior digestibilidade e mais rápida
absorção no organismo. O whey protein hidrolisado passa por um processo
chamado de hidrólise, onde ocorre a quebra das moléculas que faz com que a
proteína chegue ao organismo em menor tamanho, por isso, apresenta mais rápida
absorção e melhor digestibilidade. É por esse motivo que ele tem a absorção e
digestão mais rápida do que os outros tipos de whey, sendo indicada para pessoas
que buscam a mais rápida disponibilidade de aminoácidos essenciais para seus
músculos.

CREATINA

Quimicamente, a creatina é uma amina de ocorrência natural, ou seja, ela é


fabricada pelo próprio organismo, mais especificamente pelo fígado, rins e pâncreas,
a partir dos aminoácidos glicina e arginina. ambém pode ser obtida via alimentação,
especialmente pelo consumo de carne vermelha e peixes. O organismo produz cerca
de 1g por dia. Essa também a quantidade que normalmente consumimos,
considerando uma alimentação comum. Cerca de 95% é armazenada no músculo
esquelético, sendo que o restante se situa no coração, músculos lisos, cérebro e
testículos.

Estudos mostram que a suplementação com creatina promove efeito ergogênico.


Isso quer dizer que aumenta o desempenho através da intensificação da potência
física. Em outras palavras, podemos dizer que a creatina aumenta a força e retarda o
início da fadiga.

Foi demonstrado que a suplementação de creatina com 20 g/dia, durante 5-7 dias,
promove aumento de 20% nas concentrações de creatina muscular. Embora os
efeitos ergogênicos da suplementação de creatina no treinamento de força sejam
bem documentados, os mecanismos pelos quais essas adaptações ocorrem não
estão esclarecidos ainda. A origem do ganho de massa magra, por exemplo, tem
sido alvo de grandes discussões, já que é incerto se o fator responsável por essa
adaptação se refere meramente a uma retenção hídrica ou a uma “verdadeira”
hipertrofia. Ou seja, não é possível provar ainda se a creatina age sozinha no ganho
de massa ou se precisa do exercício físico para fazer esse efeito.
A creatina tem efeito crônico e não agudo, ou seja, o mais importante é a ingestão
contínua e diária da creatina, e não o momento que se ingere ela. Assim, a creatina
pode ser utilizada em qualquer momento do dia, mas é importante que esteja
acompanhada de alimentos para uma absorção mais completa.

O protocolo de uso mais comum é de aproximadamente 20 gramas de creatina por


dia em uma fase chamada de carregamento, com duração de 5 a 7 dias. Nessa fase a
suplementação é dividida em quatro doses diárias iguais de 5 g. Após esse período
de sobrecarga é utilizado uma fase chamada de manutenção, que pode durar meses,
sendo utilizado de 3 a 5 g de creatina por dia em uma dose única.

Outros benefícios da creatina


- Ajuda no desempenho cerebral, atuando em nível de neurônios.
- Auxilia contra a depressão.
- Melhora a força e o desempenho atlético.
- Reduz perda muscular na menopausa (mulheres).
- Contribui para o desenvolvimento fetal (grávidas podem usar).
- Atua na resistência insulínica.
- Melhora a cognição e a memória.
- Aumenta a densidade óssea.

Para quem indicar?

Qualquer adulto sem comprometimento renal pode tomar creatina. Ela é benéfica
par quem pratica atividade física, por idosos, por pessoas com comprometimento de
memória, por gestantes e até por diabéticos e hipertensos. Por ser formada a partir
de aminoácidos, ela não faz mal nenhum.

Qual a dose?

Existem diversos esquemas de dosagem de creatina.


Para pacientes que querem tomar por tempo indeterminado, pode usar de 1 a 3g de
creatina por dia.

Para pacientes com objetivo de ganhar massa muscular com treinos regulares, a
dosagem é de 5g por dia. Nesse caso, toma-se por 3 meses e faz-se uma pausa de 1
mês para então recomeçar o ciclo.

Outro protocolo para ganho de massa é usar aproximadamente 20 gramas de


creatina por dia em uma fase chamada de carregamento, com duração de 5 a 7 dias.
Nessa fase a suplementação é dividida em quatro doses diárias iguais de 5 g. Após
esse período de sobrecarga é utilizado uma fase chamada de manutenção, que pode
durar meses, sendo utilizado de 3 a 5 g de creatina por dia em uma dose única
Fontes de pesquisa:

Instrução Normativa 28/2018 cff.org.br

anvisa.gov.br

essentialnutrition.com.br

Aplicativo prodoctor

http://qnint.sbq.org.br/qni/popup_visualizarMolecula.php?id=HBhffZqMFap08t1xK18
XvyaYBCOnwvfj6DjbRq4Na1Z28_SERvXxskw3xvrd76aqR1JKSSLEDXvhNhvIiqZx
Pg==#:~:text=A%20acetilciste%C3%ADna%2C%20(R)%2D2,109%2C5%20%C2%B0 C).

http://www.crfsp.org.br/orienta%C3%A7%C3%A3o-farmac%C3%AAutica/642-
fiscalizacao-parceira/atua%C3%A7%C3%A3o-cl%C3%ADnica- est%C3%A9tica/12027-
fiscaliza%C3%A7%C3%A3o-orientativa.html

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva ISSN 1981-9927 versão eletrônica Periódico


do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício w w w . i b p e f
e x . c o m . b r / w w w . r b n e . c o m . b r A INFLUÊNCIA DO TEMPO DE INGESTÃO
DA SUPLEMENTAÇÃO DE WHEY PROTEIN EM RELAÇÃO À ATIVIDADE FÍSICA Simone
Cristina Fischborn

1. Wyss M and Kaddurah-Daouk R. Creatine and creatinine metabolism. Physiol


Rev 2000; 80: 1107-213.

2. Terjung RL, Clarkson P, Eichner ER, Greenhaff PL, Hespel PJ, Israel RG, et al.
American College of Sports Medicine roundtable. The physiological and health
effects of oral creatine supplementation. Med Sci Sports Exerc 2000; 32: 706-17.

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