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SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO: Compreensão e Produção deTextos
TEMA/TOPICOS: Gêneros. Verbetes e horóscopo.
Contexto de produção, circulação e recepção de textos.
HABILIDADE(S):
- Considerar os contextos de produção, circulação e recepção de textos, na compreensão e na
produção textual, produtiva e autonomamente.
- Reconhecer o gênero de um texto a partir de seu contexto de produção, circulação e recepção.
- Ler textos de diferentes gêneros, considerando o pacto de recepção desses textos.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Nós sabemos que as linguagens são essenciais para as relações humanas. Além disso, os textos
mantêm relações com outros que já existem e, por isso, seguem alguns padrões, apresentam
certa regularidade de forma, tema e estilo. Porém, há tantos gêneros que seria impossível a
qualquer pessoa conhecer e dominar todos eles. Cada um conhece diversos gêneros em
diferentes graus, mas domina apenas aqueles que circulam nas esferas sociais das quais
participa.
Agora você vai entrar em contato com textos de outros gêneros, analisando de que modo
estabelecem a interação entre as pessoas.
No cotidiano, é possível escrever e ler bilhetes, cartas, e-mails, relatos de experiência, dar e ouvir
recados, ler regras de jogo etc. No universo jornalístico, existem entrevistas, resenhas, notícias,
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reportagens, artigos de opinião, cartas de leitores, propagandas etc. No universo da literatura, há
contos, histórias em quadrinhos, piadas, poemas, cordéis, crônicas, textos teatrais, novelas,
romances. Na vida pública e profissional, são comuns cartas de solicitação, de reclamação,
requerimentos, estatutos, currículos, entrevistas profissionais. No universo da divulgação
científica, há artigos, verbetes de dicionários e enciclopédias e muitos outros.
Ter familiaridade com diferentes gêneros, perceber as regularidades e variações entre eles
amplia a capacidade de leitura e as ferramentas de que se dispõe para participar de diferentes
situações de interação social.
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_Quais você teria interesse em estudar? Por quê?
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Gêneros textuais: diferentes modos de interação
Para isso, serão considerados quatro aspectos principais: suporte, forma, tema e estilo. Sem
esquecer, é claro, de considerar em que situação os textos foram produzidos, sua função social e
os interlocutores envolvidos.
Você tem o hábito de ler horóscopo? Acredita que a Lua, o Sol e outros planetas podem ter
relação com sua vida aqui na Terra?
De acordo com a Astrologia, cada pessoa recebe a influência dos astros de modo diferente ao
longo do ano. Por isso, o ano é dividido em doze períodos, cada um regido por um signo do
zodíaco. Assim, dependendo do dia e do mês de nascimento, cada pessoa também é regida por
um signo. O signo de câncer, por exemplo, rege as pessoas que nascem entre 21 de junho e 21
de julho.
O horóscopo é um gênero textual que tem como característica principal se dirigir a todas as
pessoas de um mesmo signo, que podem ser homens, mulheres, adultos, jovens ou idosos.
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Observe como poderia ficar a previsão para o mesmo signo se fosse escrita para uma revista
feminina para jovens:
Além de se dirigir apenas para meninas, a previsão considera a rotina de uma adolescente:
namoros, escola, amizades. A mudança de interlocução se reflete no texto, no enfoque que se dá
aos temas, nas palavras escolhidas, no estilo adotado pelo autor. O uso dos pontos de
exclamação, de palavras e expressões como ficante, DR, príncipe, rolar, coroas faz sentido para
leitores, ou melhor, leitoras adolescentes, pois expressa um uso da língua que se considera
próprio dessa faixa etária.
Entretanto, é possível verificar que, de modo geral, os textos desse gênero vão ter muitos
aspectos em comum:
• Formato: são textos curtos, geralmente acompanhados de outros onze textos (um para cada
signo do zodíaco).
• Tema: ligado à vida profissional, amorosa, familiar em sintonia com as influências astrais.
• Estilo: marcado pela citação do nome dos planetas que têm destaque naquele dia, as
recomendações de como o leitor deve agir, o que deve evitar, em que deve se concentrar; a
presença de verbos no imperativo ou outras formas que têm o mesmo efeito de dar conselho,
orientar, instruir (repare, não esquente, fique aberta).
Agora, veja um texto de outro gênero. Usando os mesmos critérios (suporte, formato, tema,
estilo), é possível reconhecer as pistas sobre o tipo de interação que estabelecem.
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O texto é um verbete de dicionário, usado para conhecer o significado, os usos e até a grafia
correta das palavras.
O estilo é sempre marcado pelo uso da linguagem de forma objetiva, pela presença de termos
técnicos das diversas áreas do conhecimento, dados, classificações e explicações. Isso porque,
em geral, são dirigidos a um público que está fazendo uma pesquisa, querendo informações
diretas sobre o significado ou sobre a grafia de uma palavra, buscando esclarecer um conceito ou
uma dúvida com um fim profissional ou escolar.
ATIVIDADES
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Leia com atenção o verbete dessa palavra, retirado do Dicionário Houaiss. Depois, responda às
questões a seguir.
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4. Na versão impressa do Minidicionário Houaiss, o verbete interação aparece de modo
diferente:
a) Ao comparar os dois textos, quais são as principais diferenças que você percebe?
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b) Em sua opinião, por que os dois verbetes foram elaborados de modos diferentes?
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SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO: Compreensão e Produção de Textos
Gêneros:
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A construção de nossa visão de mundo: mídias e jornal impresso
Essa semana, você vai observar como as linguagens atuam nos meios de comunicação de
massa e num de seus veículos mais antigos: o jornal impresso.
Tudo o que as pessoas sabem, tudo o que conhecem do mundo chega por duas vias
diferentes. Uma delas é a observação direta, feita com os próprios sentidos (tato, olfato, visão,
paladar e audição), quando vivenciam e participam dos acontecimentos. É assim que se aprende
qual é a textura e o peso da água, qual o formato e os movimentos da Lua, como se comportam
certos animais, plantas e pessoas...
A outra via é aquela que traz informações provenientes da vivência de outras pessoas e que são
acessadas por meio de conversas, livros, revistas, cinema, jornal e outros suportes das mídias.
As mídias têm um papel de destaque na sociedade e na vida particular de cada um. Com elas
convive-se intensamente todos os dias: pela televisão, vê-se, por exemplo, como um terremoto
aconteceu do outro lado do planeta, numa cidade distante; pelo rádio, ouve-se um jogo de futebol,
a movimentação dos jogadores, o comportamento das torcidas, o placar final; pelo jornal
impresso ou digital, leem-se notícias dos fatos que ocorreram em uma cidade, dos eventos
políticos e culturais que você não pôde presenciar.
Para lidar de modo inteligente com tanta informação, é preciso desenvolver um senso crítico que
permita avaliar se o que se lê ou se ouve está ou não de acordo com aquilo que se pensa e em
que se acredita, se deve ser contestado, aceito ou desprezado. Um jeito de aguçar o olhar para
fazer leituras mais críticas é examinar as informações e os pontos de vista levando em conta as
linguagens empregadas, seus recursos e efeitos.
O jornal impresso
O jornal impresso é bastante difundido e de fácil acesso. Muita gente, ao sair de casa, gosta de
parar em uma banca para comprar o jornal, para dar uma olhadinha nos destaques da primeira
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página ou ler os jornais que são distribuídos gratuitamente em sinais de trânsito ou no metrô.
Você costuma fazer isso?
Nessas publicações, há um conjunto de textos dos mais variados gêneros sobre os assuntos
mais diversos. Notícias, editoriais, reportagens, crônicas, poemas, charges, informações sobre a
vida cultural da cidade, propagandas, quadrinhos, horóscopo podem compor um jornal voltado
para um público bem diversificado. A primeira página dos jornais impressos traz os destaques, os
resumos das notícias mais importantes, na visão dos editores.
No trecho que você lerá a seguir, há uma reflexão sobre o poder da imagem e das palavras na
primeira página do jornal impresso, apontando alguns de seus efeitos sobre o leitor:
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Na continuação desse texto, o autor ressalta, porém, que às vezes essa relação entre palavras e
imagens pode entrar em colapso, alertando para casos em que as palavras podem recriminar um
tipo de comportamento, enquanto as imagens que as acompanham tratam de seduzir o leitor.
As notícias
Pense num acidente entre dois caminhões que tenha interrompido, logo pela manhã, o trânsito
em uma importante estrada que liga duas grandes cidades.
Será que esse acontecimento interessaria a um grande número de pessoas? Quem seriam essas
pessoas? Será que há relevância para que seja publicado?
Essa é a primeira condição para que um fato mereça espaço nas páginas do jornal. Quem decide
o que deve ou não virar notícia são os próprios veículos que as divulgam, em sintonia com o
interesse do público que consome as notícias. Assim, conhecer a posição do jornal que você lê e
o público-alvo a que se direciona é uma pista para saber qual “mundo” será retratado nas notícias
que produzem e o que será ignorado.
Num acidente como o inventado, muitos pontos de vista dariam ao caso ênfases e contornos
diferentes: um motorista envolvido diretamente no acidente (os motoristas dos caminhões ou
alguém que presencie o acidente e fique preso no trânsito), um órgão público (a polícia rodoviária,
que deve ter sido chamada ao local) ou privado (a empresa que administra a estrada,
responsável por organizar o fluxo, prestar socorro e gerenciar as situações) e mesmo o jornalista
responsável pela cobertura da situação nas estradas, que passa todo o tempo esperando que
algo aconteça. Cada um desses atores sociais falaria do acidente privilegiando seus interesses,
de acordo com suas responsabilidades e posição.
Quando se trata do universo jornalístico, o “contrato” que se estabelece com o público leitor é de
que os fatos ocorreram do modo como são divulgados. Isso cria uma ideia de que haverá
imparcialidade, ou seja, neutralidade e objetividade na transmissão dos acontecimentos. Mas
sempre que há linguagem verbal ou não verbal, há escolhas, e as escolhas implicam
posicionamento.
É possível que uma notícia seja exata, mas não neutra; pode apresentar um equilíbrio, mostrando
vários lados de um acontecimento, mas não é absolutamente imparcial.
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Crônicas: o olhar do cronista sobre o mundo
Nas páginas dos jornais, há também espaço para a literatura. Em meio a notícias, entrevistas e
reportagens comprometidas com a informação e com versões da realidade, existe a crônica!
O cronista é um misto de escritor e jornalista. Escreve textos que podem tratar de assuntos
diversos, daquilo que foi noticiado recentemente ou de qualquer outro fato que se ligue ao
cotidiano dele e de seus leitores. Costuma-se afirmar que a crônica sempre se prende à
atualidade, sem excluir a nostalgia do passado; que sempre procura ser engraçada, sem deixar
de ser séria; que sempre é tendenciosa mente crítica, mas nunca agressiva; que não escolhe
outro assunto que não a vida cotidiana, e que por isso fala de tudo.
Ela também assume as formas mais inusitadas. Tanto que, às vezes, pode se parecer mais com
uma reportagem, um artigo, uma crítica, um conto, uma carta, um comentário...Pode, enfim,
parecer-se com o gênero textual que o cronista quiser.
As crônicas, em geral, circulam em jornais e revistas, impressos ou digitais, mas é cada vez mais
comum que apareçam também em livros, em forma de antologias, e sites.
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ATIVIDADES
1. Você poderia dizer que a crônica de Rubem Braga trata de um assunto do cotidiano? Qual?
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2. O personagem da crônica critica os jornais da década de 1950 por considerar que neles
não há espaço para a vida. Você acha que os jornais atuais são diferentes nesse sentido?
Dê sua opinião.
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3. Leia alguns títulos das notícias que os jornais brasileiros deram sobre o estudo do IBGE.
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a) Qual(is) manchete(s) destaca(m) a questão do consumo?
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SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO: Temas, motivos e estilos na literatura brasileira e em outras manifestações
culturais
Discursos fundadores
Podemos classificar como “literários” todos os textos que têm uma função artística, prezando pela
estética e pela subjetividade para construir narrativas ficcionais com base em acontecimentos do
cotidiano, memórias, reflexões, abstrações e outras fontes diversas de inspiração.
Altamente subjetivos, trazem a “marca” de seus autores, ou seja, contam com total influência de
quem os escreve sem ter compromisso com a objetividade ou com a clareza de ideias e, por isso,
estão sujeitos a múltiplas interpretações.
No entanto, isso não significa que eles não possuam uma função educativa ou informativa, mas
sim que não se prendem à comunicação pura e simples de fatos, optando por utilizar um tom que
desperte a emoção dos leitores em primeiro lugar.
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Mas como reconhecer um texto literário? A seguir, vamos listar as particularidades desse estilo de
escrita para ajudá-lo a identificá-lo com mais facilidade!
Imagine que você está diante de uma questão de prova e precisa identificar qual é o estilo de
escrita utilizado para compreender o enunciado. Que pontos você destacaria para classificar o
conteúdo com um texto literário ou não?
Para acertar na resposta, confira os atributos que vamos destacar na lista abaixo:
– sentido conotativo;
– ocorrência de simbolismos;
Em muitos casos, os autores podem, até mesmo, desobedecer a algumas normas gramaticais,
recorrendo à famosa licença poética.renascentista.
Por fim, vamos apresentar as características do texto não literário para que você saiba diferenciar
o estilo literário, que foi destaque deste artigo.
De forma resumida, podemos identificar o texto não literário — também chamado de utilitário —
como um relato fiel de fatos que prioriza a informação com objetividade e o uso de uma
linguagem impessoal. O intuito é sempre facilitar a compreensão da mensagem para evitar a
multiplicidade de interpretações.
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ATIVIDADES
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II. Apresenta características como a variabilidade, a complexidade, a conotação, a
multissignificação e a liberdade de criação.
III. A linguagem não literária faz da linguagem um objeto estético, e não meramente
linguístico, ao qual podemos inferir significados de acordo com nossas singularidades
e perspectivas. É comum na linguagem não literária o emprego da conotação, de
figuras de linguagem e figuras de construção, além da subversão à gramática
normativa.
IV. Na linguagem não literária, a informação é repassada de maneira a evitar possíveis
entraves para a compreensão da mensagem. No discurso não literário, as convenções
prescritas na gramática normativa são adotadas.
V. A linguagem não literária pode ser encontrada na prosa, em narrativas de ficção, na
crônica, no conto, na novela, no romance e também em verso, no caso dos poemas.
Texto 1
Os padres jesuítas José de Anchieta e Manoel da Nóbrega subiram a Serra do Mar, nos idos de
1553, a fim de buscar um local seguro para se instalar e catequizar os índios. Ao atingir o planalto
de Piratininga, encontraram o ponto ideal. Tinha “ares frios e temperados como os de Espanha” e
“uma terra mui sadia, fresca e de boas águas”. Os religiosos construíram um colégio numa
pequena colina, próxima aos rios Tamanduateí e Anhangabaú, onde celebraram uma missa. Era
o dia 25 de janeiro de 1554, data que marca o aniversário de São Paulo. Quase cinco séculos
depois, o povoado de Piratininga se transformou numa cidade de 11 milhões de habitantes.
Daqueles tempos, restam apenas as fundações da construção feita pelos padres e índios no
Pateo do Collegio. Piratininga demorou 157 anos para se tornar uma cidade chamada São Paulo,
decisão ratificada pelo rei de Portugal. Nessa época, São Paulo ainda era o ponto de partida das
bandeiras, expedições que cortavam o interior do Brasil. Tinham como objetivos a busca de
minerais preciosos e o aprisionamento de índios para trabalhar como escravos nas minas e
lavouras. (Disponível em http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/a-cidade-de-sao-paulo)
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Texto 2
SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO: Temas, motivos e estilos na literatura brasileira e em outras manifestações
culturais
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de épocas diferentes da história literária brasileira.
-Estabelecer relações intertextuais entre um texto literário e uma outra manifestação cultural
de/sobre índio.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
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em que o romancista procura a ligação entre o índio e o branco, sendo que, no primeiro, o branco
é exaltado tanto quanto o índio, além de ser dedicado um episódio do romance a um ataque de
uma tribo indígena à fazenda do pai de Cecília, na qual Peri desempenha importante papel na
luta em defesa dos amigos brancos. No realismo, a literatura mais voltada para uma visão crítica
do país não dá nenhuma sequência ao indianismo e chega a transformar o sertanismo em um
regionalismo de cunho pessimista. José Veríssimo e Inglês de Sousa escreveram de parceria o
livro Contos amazônicos, no qual aparecem alguns traços de populações mestiças da Amazônia;
mas além de não ser grande a sua preocupação com registros precisos da cultura indígena, o
livro teve repercussão quase nula, apesar dos méritos propriamente literários. Nessa fase
começam a se desenvolver os estudos etnográficos e folclóricos que poderiam, como ocorre em
quase todas as culturas, contaminar as obras literárias, principalmente as poéticas. Mas entre
nós, além da já citada atitude crítica do regionalismo, a preocupação com o cientificismo por parte
dos naturalistas e a preocupação dos poetas com uma "poesia civilizada", que devia apresentar
eficiente aprendizado do modelo dos parnasianos franceses, acabaram por impedir a
contaminação. No modernismo, logo no início, com a poesia Pau Brasil e o Antropofagismo de
Oswald de Andrade, podemos dizer que surgiram alguns sintomas do indianismo, não tanto pelos
dois manifestos de Oswald, quanto por algumas obras de pintura. Mas, depois de pouco tempo, o
antropofagismo tomou da poesia oswaldiana somente o poema piada e, com esse modelo, tratou
apenas motivos folclóricos. Mário de Andrade, sem qualquer declarada intenção de
antropofagismo ou de qualquer corrente, procurou reintroduzir o motivo indígena; em primeiro
lugar, fazendo herói do seu livro a personagem mítica encontrada por ele no livro de Koch-
Grünberg; além disso, vários episódios de Macunaíma são de matéria do lendário dos índios.
Contudo, podemos dizer que não se trata de obra essencialmente indianista, porque o livro
contém elementos folclóricos de várias regiões do Brasil, além de episódios de sátira à nossa vida
política ou aos nossos costumes. Depois de um longo intervalo é que o motivo indígena
reaparecerá, já depois da década de sessenta, principalmente com dois autores maiores, João
Guimarães Rosa e Darcy Ribeiro.
Márcio Souza, natural da região amazônica, pode ser considerado outro grande exemplo do que
poderíamos chamar indianismo da nova era literária. As suas obras visam mais ao protesto e à
sátira política. Para isso é que o tratamento ficcional dá vida ao material informativo e por isso
aproxima-nos das várias culturas da área amazônica e procura fazer-nos sentir como irmanados
a elas. ( CARVALHO, Fernando. A PRESENÇA INDÍGENA NA FICÇÃO BRASILEIRA. Itinerários, Araraquara, n° 11,1997.)
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ATIVIDADES
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d) Visto com o desprezo do branco preconceituoso, que o considera inferior.
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES
COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA PORTUGUESA PROFESSOR(A): TAÍSE CHAGAS
NOME DA ESCOLA: ESCOLA ESTADUAL JOSÉ RODRIGUES BETIM
ALUNO:
TURMA: EJA 2 (1º) TURNO: NOITE
VALOR: 05 PONTOS NOTA:
BIMESTRE: 2º BIMESTRE E-MAIL DO PROFESSOR(A): taise.chagas@educacao.mg.gov.br
SEMANA 1
EIXO TEMÁTICO: Compreensão e Produção de Textos
TEMA/TOPICOS:Gêneros:
Crônicas, notícia, reportagem.
ATIVIDADES
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Responda:
1. A finalidade do texto fica clara logo no primeiro parágrafo. Qual é ela? O texto apresenta
uma opinião ou um fato? Destaque elementos do texto que comprovem sua resposta.
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acontecimento ocorrido), Quando? (Esse fato aconteceu em que momento?), Onde? (esse fato
aconteceu em qual lugar) Quem?(o sujeito ou os sujeitos envolvidos nesse relato) Por quê?
(As razões que possibilitaram esse evento) e Como? (os processos envolvidos para consolidação
desse fato)Como essas questões são respondidas no texto?
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05 – Quais são as principais características da reportagem?
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SEMANA 2
EIXO TEMÁTICO: Compreensão e Produção de Textos
TÓPICOContexto de produção, circulação e recepção de textos.
ATIVIDADES
A leitura é um hábito que as crianças aprendem desde cedo. Os bebês podem brincar com livros
de pano, uma forma de estimular seu interesse pelo objeto e estimular diversos sentidos. Outra
possibilidade é realizar leitura assistida com crianças que ainda não foram alfabetizadas. Os
momentos de leitura conjunta são muito prazerosos e fortalecem vínculos. Além disso, a leitura
também pode ser uma brincadeira muito divertida para crianças com idades diferentes.
E é esse o propósito do projeto ‘Companheiros da Leitura’, realizado pela Escola Carlitos, em São
Paulo: reunir crianças de diferentes idades para momentos de troca, brincadeira e convívio,
sempre acompanhadas por um bom livro e uma bela história.
O projeto convida alunos do 3o ano da escola, que já estão alfabetizados, a ampliarem a prática
da leitura, contando histórias para meninos e meninas de 3 a 4 anos do Centro de Educação
Infantil Pacaembu. Durante os momentos de leitura, cada aluno lê parte de uma obra de sua
escolha.
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O contato com as crianças menores proporciona às maiores que elas aperfeiçoem novas formas
de se expressar, treinem a leitura em voz alta, além de aprenderem sobre a importância de
partilhar o que aprendem.
Responda:
1. Observe o título da notícia em análise. Ele anuncia o assunto que será desenvolvido no texto?
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2. As palavras empregadas no texto são de uso comum, fáceis de serem compreendidas pela
maioria dos leitores?
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SEMANA 3
EIXO TEMÁTICO: Compreensão e Produção de Textos
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TEMA/TÓPICO Contexto de produção, circulação e recepção de textos.
ATIVIDADES
Leia novamente o texto “Criança lendo para criança: uma boa forma de estimular a leitura”,
disponível na semana 2, e responda as questões a seguir.
Responda:
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2. Identifique no texto:
a) O fato principal;___________________________________________________________
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SEMANA 4
EIXO TEMÁTICO: Compreensão e Produção de Textos
TEMA/TÓPICO Contexto de produção, circulação e recepção de textos.
ATIVIDADES
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ATIVIDADE AVALIATIVA
COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA PORTUGUESA PROFESSOR(A): TAÍSE CHAGAS
NOME DA ESCOLA: ESCOLA ESTADUAL JOSÉ RODRIGUES BETIM
ALUNO:
TURMA: EJA 2 (1º) TURNO: NOITE
VALOR: 05 PONTOS NOTA:
BIMESTRE: 2º BIMESTRE E-MAIL DO PROFESSOR(A): taise.chagas@educacao.mg.gov.br
São Paulo vai se recensear. O governo quer saber quantas pessoas governa. A indagação
atingirá a fauna e a flora domesticadas. Bois, mulheres e algodoeiros serão reduzidos a números
e invertidos em estatísticas. O homem do censo entrará pelos bangalôs, pelas pensões, pelas
casas de barro e de cimento armado, pelo sobradinho e pelo apartamento, pelo cortiço e pelo
hotel, perguntando:
— Quantos são aqui?
E outro:
— Amigo, tenho aqui esta mulher, este papagaio, esta sogra e algumas baratas. Tome nota dos
seus nomes, se quiser. Querendo levar todos, é favor… (…)
E outro:
— Dois, cidadão, somos dois. Naturalmente o sr. não a vê. Mas ela está aqui, está, está! A sua
saudade jamais sairá de meu quarto e de meu peito!
(Rubem Braga. Para gostar de ler. v. 3. São Paulo: Ática, 1998, p. 32-3 (fragmento).)
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1. O fragmento acima, em que há referência a um fato sócio-histórico — o recenseamento —,
apresenta característica marcante do gênero crônica ao:
e. valer-se de tema do cotidiano como ponto de partida para a construção de texto que recebe
tratamento estético.~
(Texto 2) O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
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Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
(Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: J. Olympio/MEC, 1971, p.145)
I. No primeiro texto, publicado por uma revista, a linguagem predominante é a literária, pois sua
principal função é informar o leitor sobre os transtornos causados pelos detritos.
II.No segundo texto, do escritor Manuel Bandeira, a linguagem não literária é predominante, pois o
poeta faz uso de uma linguagem objetiva para informar o leitor.
III. No texto “Descuidar do lixo é sujeira”, a intenção é informar sobre o lixo que diariamente é
depositado nas calçadas através de uma linguagem objetiva e concisa, marca dos textos não
literários.
IV. O texto “O bicho” é construído em versos e estrofes e apresenta uma linguagem plurissignificativa,
isto é, permeada por metáforas e simbologias, traços determinantes da linguagem literária.
a) I, III E IV.
b) III E IV.
d) I E IV.
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a) É utilizada, sobretudo, em textos cujo caráter seja essencialmente informativo.
c) Utiliza recursos como a conotação para conferir às palavras sentidos mais amplos do que
elas realmente possuem.
d) Utiliza a linguagem denotativa para expressar o real significado das palavras, sem metáforas
ou preocupações artísticas.
As charges utilizam os recursos do desenho e do humor para tecer algum tipo de crítica a
diversas situações do cotidiano. Sobre a charge do chargista Duke, analise as seguintes
afirmações e julgue aquelas que são verdadeiras:
I. Através da expressão do torcedor, podemos notar que ele se encontra entusiasmado com a
realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil;
II. Através da gradação na mudança de expressão do torcedor, podemos perceber que ele possui
uma visão crítica sobre a realização da Copa no Brasil;
III. Não podemos afirmar que exista qualquer tipo de comentário crítico nas entrelinhas da charge,
pois essa tem apenas a função de divertir o leitor;
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IV. Podemos inferir que o entusiasmo inicial pela realização dos jogos no Brasil foi substituído por
uma postura pessimista por parte da personagem retratada.
5. Ao analisar o contexto comunicativo da charge, o termo “mané” pode ser substituído por
qual outra expressão que mantenha o mesmo sentido?
a) Descrente.
b) Irresponsável.
c) Desocupado.
d) Ingênuo.
e) Inconsequente.
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