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Os docentes e seu poder de decisão para a formação do aluno

O professor tem um poder imenso de relação com o aluno, são dois sujeitos imbricados perante o
ensino, são os principais indivíduos do meio escolar, o aluno é capaz de espelhar suas ações e
decisões, perante sua afinidade com o mestre. O professor proporciona ao aluno a sua formação
humana incentivando, estimulando– o durante toda a sua trajetória, pois eles passam metade de sua
vida na escola, do mesmo modo que ele investe todo o seu conhecimento nos mesmos, fazendo com
que proporcione tornar-se um ser autônomo capaz de tomar suas próprias decisões.

Ao mesmo tempo que o professor contribui para aprendizagem do aluno no seu processo avaliativo,
também pode deixar o educando em desespero perante suas decisões, como professor perceber o
aluno como o sujeito que estar em processo de desenvolvimento talvez seja a maior virtude de um
educador, a paciência e análise são virtudes que faz com que o professor tome certas atitudes
prejudicando ou não o aluno. Não poderia deixar de citar o exemplo que Vasconcellos coloca em
seu livro “Concepção dialética – libertadora do processo de avaliação escolar” ele faz um
comentário de um adolescente que cometeu suicídio após ter sido pego colando pelo professor uma
notícia que foi editada pela Folha de São Paulo nos anos 90. O autor cita que:

[...] O adolescente Celestino, de 14 anos, aluno do colégio Militar do Rio de


Janeiro, foi pego ‘colando’ quando fazia uma prova de geografia. Por isso foi
suspenso por seis dias e perdeu seis pontos em comportamento. O aluno deu
um tiro na cabeça na terça feira, morrendo no dia seguinte FOLHA DE SÃO
PAULO, 18 de maio de 1990 (apud VASCONCELLOS, 2006, p. 13)

No dia a dia de sala de aula o professor convive com situações das quais a maioria das vezes podem
ser evitadas, todo processo de punição merece reflexão o educador antes de agir por impulso faz
toda uma análise diante dos problemas os quais o levam a tomar decisões que venham prejudicá-lo
desde uma simples “cola” ou algo mais grave.

A situação avaliativa que percorre pelo exemplo é de mera punição, pois ao perceber que o aluno se
encontra em uma determinada ação de não aprendizagem “o professor põe sua prática além do
desespero, de poder constranger mais ainda o aluno diante da avaliação da aprendizagem tornando-a
um verdadeiro problema da educação escolar” (VASCONCELOS, 2003, p. 16).

De acordo com o autor a avaliação da aprendizagem é um processo bastante complexo que requer
de todo o educador a persistência de poder entendê-la . Não basta só conceituar o processo
avaliativo ele tende a ser vivenciado para ser entendido.

O ato avaliativo tem que ser assumido pelo professor, no entanto a busca pelo seu domínio é
bastante complexa, isto é, vivenciamos a todo instante este processo que é de natureza humana
envolvido em uma tamanha dinamicidade.

Segundo Kenski (2006, p. 139) “ao assumirmos que o ato de avaliar se faz presente em todos os
momentos da vida humana, estamos admitindo que ele também está presente em todos os momentos
vividos em sala de aula” .Ou seja, a sala de aula é o espaço o qual os alunos se encontram com os
professores, é nela onde eles devem discorrer suas ideias, dúvidas e manifestações para adquirir
conhecimento.

Entender a avaliação da aprendizagem na prática do docente é percebê-la como um processo


investigativo e permanente, isto ocorre de modo que o professor verifique todas as discussões e
atividades devem ser assistidas causando então uma interação que irá proporcionar aprendizagem.
Para a garantia que os alunos aprendam e se formem cidadãos é preciso todo um desempenho por
parte da escola e principalmente do professor e do discente, a formação desse sujeito garantirá o
profissionalismo de ambas as partes, a participação desse indivíduo na sociedade trará benefícios de
formas individuais e coletivas, pois, assim as atividades desenvolvidas no ambiente escolar visam
muito mais que mera informações, ou seja, pretende formar um aluno crítico capaz de tomar
decisões e que suas ações contribuam socialmente no seu cotidiano.

O contexto atual exige do professor novas posturas para o ensino-aprendizagem, suas ações
reflexões definirão que tipo de educador vai se constituir ao longo da trajetória profissional, suas
competências é que lhe trará sucesso e novas concepções de aprendizagem, pois. Segundo
Sepúlveda e David (2008, p.5):

Para mudar a postura, é preciso trabalhar a partir de uma outra concepção de


aprendizagem. Desse modo, a prática avaliativa (assim como todo o conjunto
da prática docente) seria vista sobre outro enfoque. Partindo dessas reflexões
seria possível o professor entender a avaliação como um instrumento de
investigação e reflexão constante sobre as suas próprias práticas, tornando-a o
eixo condutor para o (re)pensar das suas ações, o que culminaria,
consequentemente, com o aumento qualitativamente superior do processo de
aprendizagem dos alunos e do próprio professor.

Portanto, não cabe somente ao professor o poder de decisão de que tipo de cidadão pretende formar,
pois sabemos que o processo de educar não é somente função da escola e sim de toda uma sociedade
através da interação entre os seres, ou seja, o ser humano vai se constituindo ao longo de todo o
processo de aprendizagem. O repensar das ações é que irá definir toda prática reflexiva, um
conjunto de competências que aumentará as perspectivas de avaliar o processo mediante toda a
trajetória de aprendizagem do aluno, situações que ambas as relações de um discurso formativo,
dando sempre a ideia de novos conceitos reforçando, então, o conjunto de práticas que resultará em
uma aprendizagem significativa.

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