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Anualmente,
no
mês
de
junho,
celebra-se
por
todo
o mundo, o mês do orgulho LGBTQIA +.
Diferente do que muitos pensam,
não
trata-se
de
uma
ocasião
para
fotos
coloridas
ou
festas
arco-íris - ao menos, não só disso-, mas sim um momento de relembrar todos aqueles
que
lutaram para que se chegasse aqui. Ainda que longe de um cenário ideal de aceitação e
respeito, a população que não se
encaixa
no
padrão
hétero
e cisgênero
tem
conquistado
seu
espaço. A pergunta complicada de se fazer é: a sociedade está, de fato, progredindo ou só está
tolerandooquenãopodemudar?
Em primeiro lugar, mesmo que a indagação proposta possa parecer
confusa
para
o leitor,
é
preciso ser contundente quanto à significação do termo "tolerar". Por mais que os
cartazes
peçam tolerância,
como
um
mínimo
aceitável,
"suportar
com
indulgência"
a identidade
ou
a
sexualidade de alguém é totalmente ilógico. Faz algum sentido que alguém se coloque na
condição
de
clemência
por
simplesmente
não
aceitar
o que
se
passa
com
outra
pessoa? Não,
nãofaz!
Logo, com
tais
análises,
torna-se
à primeira
pergunta
que
se
fez...atendo-se
a mais
algumas:
uma sociedade que aceita (e não simplesmente
tolera
as
pessoas)
se
constrange
em
falar
de
algo
tão
simples
para
suas
crianças?
Dentro
desta
sociedade, uma
escola que abriga 7 turmas
de ensino médio, deixa de fazer ao menos um comentário sobre um dos meses mais
emblemáticos
para
a população
LGBTQIA
+?
A educação
é o principal reflexo de que rumo
umasociedadeestátomando.OBrasiltoleraenãoaceita,aquelesquesedistamdopadrão.
Enfim, a reflexão leva à indignação. Se nem mesmo os responsáveis
por
educar
os
futuros
motores
do
país
se
dispõem a lidar com as possíveis represálias
advindas do tema para mudar
a situação atual, a luta ainda será longa. Mas não importa o tempo que leve, a existência dessa
população (que automaticamente, se torna resistência), vai ser
aceita - ainda que isso continue
custando o sangue de muitos-, esse é o sentido do orgulho. Esse mês não é só sobre o
arco-íris,
é o respiro
de
todos
aqueles
que
se
silenciam,
se
escondem ou que são perseguidos
porgritarem.