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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE  
 
 
 
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
PROFESSORA SUSETE 
 
 
 
RESUMO DO ARTIGO "TRANSTORNO DE ANSIEDADE INFANTIL NA TERCEIRA 
INFÂNCIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.  
Feito por Bruna Dreyer e Paola Andressa Kohn 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUANNA MORENILLA LEAL - 41908449  

SÃO PAULO

OUTUBRO/2020
ARTIGO TERCEIRA INFÂNCIA :

TRANSTORNO DE ANSIEDADE INFÂNTIL NA TERCEIRA INFÂNCIA: UMA


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Resumo

O artigo escolhido faz uma revisão bibliográfica acerca dos principais agentes
causadores da ansiedade infantil, em específico na terceira infância (6 aos 12 anos),
que é marcada pelo início das atividades escolares e outras dinâmicas que são
importantes para o desenvolvimento cognitivo da criança. É uma fase cheia de
mudanças físicas, psicológicas, emocionais e sociais, sendo necessário o
entendimento dos fatores que possam interferir no crescimento saudável da criança.
Nesta fase a criança já não é tão egocêntrica, aumentando sua empatia e a
preocupação com o sentimento e as atitudes dos outros. É nessa fase também que
a criança passa a fazer novas descobertas. É necessária uma atenção em relação à
interação social, se ela está acontecendo normal ou se a criança está muito retraída
pois, se esse for o caso, um acompanhamento psicossocial pode ser uma boa
opção.
Os problemas emocionais e de comportamento mais comuns entre crianças
de idade escolar são: ansiedade, comportamento de representação e depressão.
Os estresses hormonais da infância são comuns e podem alterar o desenvolvimento
emocional. O meio externo em que a criança vive pode afetar muito, causando
estresse, ansiedade ou depressão.
Sobre ansiedade, o artigo comenta que eventos estressantes fazem parte da
infância e é natural. A criança precisa aprender a lidar com eles. O problema é
quando o estresse é insuportável, isso pode gerar problemas psicológicos. As
crianças atualmente estão muito apressadas e isso faz com que elas se forcem a
crescer prematuramente, tornando a infância um fato estressante. “Espera-se das
crianças modernas que sejam bem sucedidas na escola, competitivas no esporte e
que atendam as necessidades emocionais dos pais". Elas ficam expostas aos
problemas dos adultos que aparecem nas televisões.
Tanto a ansiedade quanto a depressão podem ter bases neurológicas ou ter
origem em vínculos inseguros de apego, contato com pais ansiosos/depressivos, ou
passar por situações que façam com que eles se sintam sem controle em relação ao
que acontece ao seu redor.
Crianças ansiosas geralmente apresentam medos exagerados e sintomas
físicos como náuseas, suor, palidez, tremores, aumento do ritmo cardíaco. 4,6% das
crianças brasileiras apresentam algum quadro de ansiedade. Elas geralmente
relacionam sua ansiedade com eventos relacionados à escola, família, amigos.
Com o passar do tempo elas começam a usar do coping (conjunto de
estratégias utilizadas para lidar com as situações em que a criança avalia que não
está pronta para enfrentar, como situações de grande exigência e de conflitos)
Os agentes causadores do TAI são variados. O artigo separa alguns:
1. Transtorno de Ansiedade por Separação: mais frequente dos sete aos
nove anos de idade. Devido a insegurança normal diante da possibilidade de
ficar longe de familiares em situações novas. Só é caracterizado quando a
ansiedade é muito elevada em situações que a criança deveria estar
adequada. Comum em crianças que sofreram perda de entes queridos,
mudanças de bairro, divórcio dos pais. Quando elas estão sozinhas, temem
que algo prejudicial possa acontecer e por conta disso, agem com
comportamento de apego excessivo, evitando o afastamento.
2. Transtorno de ansiedade generalizada: ​manifestam preocupações, medos
excessivos diante a vários aspectos da vida. São muito aderentes à regras,
consciência dos perigos e preocupações em excesso. Tendem a ser
autoritárias e ter dificuldade em relaxar. Pais tendem a valorizar os sintomas
(preocupação com a saúde, segurança, situação financeira, operfeccionismo,
pontualidade) e isso torna mais difícil o diagnóstico.
3. Transtorno de ansiedade por fobias específicas: ​reação excessiva a
medos que fogem do controle do indivíduo, levando a reações de fuga,
podendo comprometer o funcionamento da criança. Reações de choro,
desespero, imobilidade, agitação psicomotora ou até mesmo ataque de
pânico. Os medos mais comuns são de animais de pequeno porte, escuro e
ruídos intensos. Os medos podem aparecer depois de eventos traumáticos
vivenciados ou observados por elas.
4. Ansiedade por transtorno de estresse pós-traumático: quando em
consequência à exposição a um acontecimento que ameace a integridade ou
a vida da criança. É comum à maioria a presença de memórias visualizadas
ou repetidamente percebidas, comportamentos repetitivos, medos
específicos relacionados à traumas. São percebidos um aumento da agitação
emocional, hipervigilância e pensamentos obsessivos em relação ao trauma.
Comum em crianças que sofreram em guerras, acidentes de carros,
desastres naturais e maus-tratos.

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