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Terapia Cognitivo Comportamental nos

TRANSTORNOS DE
ANSIEDADE

Esp. Ariádny Abbud - CRP: 12/16739


ANSIEDADE

“um estado emocional com a qualidade do medo, desagradável,


dirigido para o futuro, desproporcional e com desconforto subjetivo”.

ANSIEDADE FUTURO

Aproximadamente 1 em cada 10 crianças e jovens preencherá os critérios diagnós:cos para


transtorno de ansiedade durante a infância.
ANSIEDADE
Um dos componentes importantes da ansiedade é a preocupação. Cerca de 70% das
crianças entre 8 e 13 apresentam preocupações relacionadas principalmente com o
desempenho escolar, de morrer, na saúde dos contatos sociais.

Entre crianças pequenas a ansiedade está relacionada a ruídos repen:nos, relação com
estranhos, medo de ficar longe dos pais, etc.

Ou seja, preocupações fazem parte do desenvolvimento normal.

Crianças com ansiedade tendem a ter preocupações mais intensas

Os transtornos de ansiedade estão entre os diagnós/cos de saúde mental mais comuns na


infância. Se não tratados, persistem e aumentam o risco de depressão, abuso de drogas e
subdesempenho educacional na idade adulta inicial.
ANSIEDADE

Transtornos de Ansiedade
compartilham características de medo
e ansiedade:
Medo: respostas emocional a
ameaça iminente real ou percebida;
Ansiedade: antecipação de
ameaça futura;
Comportamentos de
esquiva;
ANSIEDADE

Os medos que persistem depois de cumprirem a sua função e que interferem


significaEvamente com o funcionamento adaptaEvo da criança, causando-lhe sofrimento,
podem resultar em Perturbações de Ansiedade.

“os medos norma:vos diferem da ansiedade clinicamente significa:va na severidade, no


nível de sofrimento associado e no grau de interferência com o funcionamento adapta:vo”.
(Schniering, Hundson e Rapee (2000)
COMPONENTES DA ANSIEDADE
A ansiedade não é bem uma emoção, é uma resposta emocional que envolvem
mais emoções, como por exemplo o medo.

Tem vários componentes:

Fisiológicos: que preparam para uma ação

Comportamentais: Esquiva

Cognitivos: Distorções Cognitivas

Emocionais: ativação da amigdala


COMPONENTES DA ANSIEDADE
Fatores que contribuem para ansiedade:

Biológicos: temperamento (inibição comportamental, tendência a esquiva) pais


ansiosos, sensibilidade para ativação da amígdala.

Ambientais: experiencias de aprendizagem com cuidadores e familiares

Individual: processamento cognitivo e avaliação sobre o ambiente ( o que eles


pensam a respeitos das situações)

Está tudo integrado.


ANSIEDADE
COMPONENTES DA ANSIEDADE
TEORIA DE RACHMAN - é antigo mas é bem aceito até hoje
Para ele nós temos formas de adquirir e manter a ansiedade.

De adquirir: condicionamento clássico: associamos situações.

Condicionamento vicário ou modelação: aprende vendo o outro de comportar

Na transmissão de informação: tenho medo de acordo com as informações que me


passam e adquiro uma resposta de ansiedade.

Adquiro isso pelo condicionamento operante, e isso se mantém. As consequências de


quando eu manifesto ansiedade, ajudam a mantê-la.

Ex: medo de elevador


ANSIEDADE
Rachman (1991) defende que a aprendizagem de um foco de ansiedade pode ser realizada através de três
percursos. O primeiro, baseado na experiência própria, funciona de acordo com os princípios do
condicionamento clássico em que a associação repetida entre acontecimentos ou objetos aversivos e
situações neutras pode transformar estas últimas num estímulo aversivo, capaz de desencadear
ansiedade.
ANSIEDADE
Os princípios do condicionamento clássico podem explicar tanto a aquisição das
reações ansiosas a certos tipos de estímulos, bem como, a manutenção dessas
reações ao longo do tempo.

A essência dos modelos da teoria da aprendizagem é que a ansiedade e o medo


são adquiridos por condicionamento ou outros processos de aprendizagem
que, por sua vez, geram comportamentos de fuga e de evitação.

A ansiedade e o medo persistem, em parte, porque eles são parcialmente bem-


sucedidos em levar a comportamentos de fuga e evitação, seguidos, por sua
vez, de uma redução significativa de ansiedade ou medo.
ANSIEDADE

Para a teoria da aprendizagem, qualquer estímulo neutro é potencialmente


capaz de ser convertido em um estímulo evocativo de ansiedade, via
condicionamento a um estímulo não condicionado, promovendo a habilidade de
evocar subsequentemente, e por si próprio, medo e ansiedade

Numa tentativa para reduzir a ansiedade, as pessoas engajam-se em


comportamentos de evitação e fuga, como, por exemplo, evitando
interações no trabalho. Se este comportamento é seguido de redução
na ansiedade, ele se torna potencializado, ou reforçado, e as reações
de ansiedade se encaminham para a extinção.
ANSIEDADE
Assim, os indivíduos que são repetidamente expostos às experiências aversivas
circundando situações sociais, naturalmente aprendem a associar contextos sociais
com ameaças e perigo, sendo prontamente condicionadas a responderem a tais
situações sociais com níveis elevados de ansiedade.

Ademais, as respostas de ansiedade podem ser generalizadas para uma variedade de


outros estímulos, tais como, atender a eventos sociais, bem como, ministrar palestras e
aulas, entre outros.
COMPONENTES DA ANSIEDADE
COMPONENTES DA ANSIEDADE

Quando os seres humanos aprendem novos reflexos, eles passam a apresentar


respostas emocionais na presença de novos estímulos.
ANSIEDADE

Modelação
COMPONENTES DA ANSIEDADE
Foi apresentado a crianças, com 15 a 20 meses de idade, uma cobra e uma aranha
de borracha, tendo sido alternadas expressões faciais negativas e positivas das
mães.

Os resultados do estudo mostraram que as crianças tendem a evidenciar maiores


comportamentos de medo e evitamento quando as suas mães demonstram
expressões faciais negativas.

Pelo contrário, verificou-se que as crianças evidenciavam menos medo e mais


comportamentos de aproximação quando as suas mães respondiam positivamente
ao estímulo. Estes resultados foram apoiados por vários estudos que defendem que
as crianças ao observarem reacções de medo das suas mães, face a determinadas
situações ou objetos, acabam por aprender a manifestar as mesmas reações
quando confrontadas com os mesmos estímulos ameaçadores

Gerull e Rapee (2002)


O PAPEL DA FAMÍLIA
Pais superprotetores: aumenta a vulnerabilidade da criança para o desenvolvimento de
ansiedade.
O PAPEL DA FAMÍLIA
De acordo com este modelo, as crianças que possuem uma vulnerabilidade
genética para o desenvolvimento de ansiedade têm uma maior probabilidade de
manifestarem elevados níveis de excitação e emotividade.

Assim, os pais destas crianças tenderão a intervir de um modo mais protetor com o
intuito de minimizar e prevenir o sofrimento dos filhos.

Os pais de crianças ansiosas são mais ansiosos, o que poderá exacerbar o excessivo
controle dos pais sobre o ambiente dos filhos, na tentativa de minimizarem as suas
experiências aversivas. Contrariamente, os pais não ansiosos tendem a incentivar e a
encorajar os filhos para o confronto, diminuindo a probabilidade de
desenvolvimento de uma Perturbação de Ansiedade.

Rapee (2001)
O PAPEL DA FAMÍLIA
Foi observada e documentada uma dinâmica na qual as práticas parentais de pais
ansiosos servem para reforçar e exacerbar involuntariamente a ansiedade de um
filho ansioso.

Várias dinâmicas relacionais importantes parecem funcionar nessas díades de alto


risco. Uma é que os pais modelam comportamentos de medo e evitação para a
criança.
Eles também podem reforçar estilos de enfrentamento evitativos, ensinando e
modelando a percepção intensificada de ameaças como uma função de sua própria
ansiedade. Relacionado a isso está que pais ansiosos tendem a ser altamente
protetores e controladores e, portanto, podem falhar em facilitar a autonomia da
criança pequena, um desafio central do desenvolvimento

Rapee (2001)
PREVALÊNCIA
Bastante comum na infância, e com alta taxa de comorbidades

As crianças do sexo feminino têm uma maior probabilidade de desenvolver Perturbações de Ansiedade relaEvamente aos indivíduos do sexo masculino,
embora esta diferença não seja tão acentuada como na idade adulta e seja diferente relaEvamente aos diferentes quadros clínicos de ansiedade
ANSIEDADE EM PRÉ-ESCOLARES
Embora apenas alguns estudos epidemiológicos utilizando entrevistas
semiestruturadas sensíveis estejam disponíveis para informar a taxa de
prevalência de transtornos pré-escolares, as taxas de ansiedade e depressão
foram estimadas em 9% e 2%, respectivamente, semelhantes às taxas relatadas
em crianças em idade escolar.

Além disso, as taxas e o padrão de comorbidade nesses transtornos de início pré-


escolar também são semelhantes aos conhecidos no período escolar.

Estudos empíricos estabeleceram agora que a ansiedade clínica e os transtornos


depressivos podem surgir em crianças pré-escolares desde os 3,0 anos.

Luby, 2013
COMORBIDADE

As Perturbações de Ansiedade na infância raramente ocorrem isoladamente,


ou seja, estas perturbações possuem uma comorbidade elevada.

Cerca de 40 a 60 % das crianças preenchem os critérios de diagnóstico


para mais do que uma Perturbação de Ansiedade.

Existe, igualmente, uma grande comorbidade entre as Perturbações de


Ansiedade e outras perturbações clínicas, como por exemplo, Perturbações
Depressivas e Perturbações do Comportamento ou de Oposição.

Rapee, Schniering e Hudson (2009)


AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO
A entrevista inicial é planejada para oferecer uma visão geral da criança, dos seus
problemas atuais e do contexto. Durante a entrevista o clínico terá a oportunidade de
obter um conhecimento básico de vários aspectos da criança e da sua vida, incluindo:

• Personalidade e temperamento
• Desempenho acadêmico, relações sociais e comportamentais na escola
• Estrutura familiar, relações familiares e conhecimento básico da dinâmica da família
• Eventos significativos, como traumas, mudanças/transições difíceis, questões de
saúde ou problemas no desenvolvimento
• Eventos significativos para os pais, como problemas de relacionamento, demissão,
preocupações financeiras ou de moradia, problemas de saúde mental.
• Amizades, interesses e vida social da criança
• Pontos fortes pessoais e atributos positivos
AVALIAÇÃO
A primeira parte proporciona um conhecimento geral, a segunda conduz a uma
avaliação mais detalhada dos seus problemas psicológicos específicos e irá incluir:

Uma descrição clara do problema e preocupação atual - precisa ser específica e


detalhada; discutir com um exemplo recente

Um conhecimento da resposta emocional da criança e algum sinal de ansiedade


particularmente porte que ela perceba

PEÇA EXEMPLOS, SEMPRE


AVALIAÇÃO
Escalas de rastreio
AVALIAÇÃO

Nenhuma validada pelo Satepsi


AVALIAÇÃO EM PRÉ-ESCOLARES
Os princípios-chave da avaliação na primeira infância que a diferenciam dos métodos de
avaliação padrão usados em crianças mais velhas incluem a necessidade de múltiplas
observações da criança ao longo do tempo com diferentes cuidadores (quando
aplicável).

Este princípio, portanto, requer que as avaliações de saúde mental na primeira infância
envolvam mais tempo do que o padrão para crianças mais velhas.

Além disso, o uso do contexto diádico cuidador-criança e do brincar como meio de


observação também é crítico e exclusivo para essa faixa etária. Ou seja, o exame do
estado mental da criança pequena deve ser realizado como uma observação de
brincadeira diádica com um cuidador principal.
AVALIAÇÃO EM PRÉ-ESCOLARES
Observação da interação da criança brincando com os cuidadores são os fatores de
desenvolvimento centrais e talvez mais importantes de uma avaliação de saúde mental
pré-escolar apropriada para a idade.

Relatórios do professor da pré-escola / creche e, se possível, as observações também


são muito importantes e devem ser considerados como parte de uma avaliação
abrangente da criança pequena.

A avaliação das competências de desenvolvimento, um componente de toda avaliação


infantil, é particularmente importante na primeira infância, quando a trajetória de
desenvolvimento é íngreme e atrasos no desenvolvimento comumente acompanham
problemas emocionais e comportamentais.

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3640809/
NÃO ESQUECER DA
CONCEITUALIZAÇÃO COGNITIVA

A conceitualização oferece uma ilustração visual do atual problema dentro de um


arcabouço de TCC.

Isso ajuda a identificar padrões inúteis ou mantenedores entre pensamentos, emoções


e comportamentos, e sublinha o que precisa mudar.

É uma bússola clínica.

Deve ser compartilhada com a criança e com os pais para que eles compreendam como
a ansiedade se mantém.
TRATAMENTO
TRATAMENTO
A TCC se baseia no empirismo colaborativo e utiliza uma abordagem de testagem de
hipóteses. O modelo teórico subjacente presume que respostas afetivas e
comportamentais são em grande medida determinadas por cognições.

Problemas psicológicos surgem quando essas cognições são disfuncionais e


tendenciosas. O foco da intervenção é, portanto, compreender, testar e questionar os
significados e interpretações que a criança faz sobre as coisas que aconteceram.
TRATAMENTO

Existem evidências cumulativas que sugerem que a TCC resulta em melhoras


significativas e duradouras em crianças com transtorno de ansiedade.

A tcc envolve uma série de elementos que têm como alvo cada um dos três domínios
centrais: cognitivo, emocional e comportamental.

A extensão e a natureza do envolvimento parental na TCC poderão variar.

Os pais devem no mínimo, estar envolvidos em reuniões regulares de revisão.


TRATAMENTO

• Os componentes centrais dos programas de TCC para transtornos de ansiedade


incluem:

• Psicoeducação
• Reconhecimento e manejo das emoções
• Identificação de cognições distorcidas e que aumentam a ansiedade,
• Questionamento de pensamentos e desenvolvimento de cognições que reduzem a
ansiedade
• Exposição e prática
• Automonitoramento e reforço
• Preparação para recaídas
TRATAMENTO

• Psicoeducação é o componente chave da TCC. Deve ser empregado na fase inicial


do tratamento e continuar ao longo de toda terapia conforme necessário. Isso
envolve explicar sobre a ansiedade e sobre a tcc, tanto para a criança quanto para
os pais.

• Reconhecimento das emoções: Pedir para a criança identificar situações que sentiu
ansiedade. Explicar sobre as emoções básicas e secundárias. Explicar o mecanismo
de luta e fuga da ansiedade.
TRATAMENTO

• Consciência cognitiva: Monitorar emoções leva à identificação da ligação entre


pensamentos, sentimentos e comportamentos. Técnicas não verbais, tais como
desenhos, bonecos, balões de pensamentos e metáforas podem ser utilizados para
auxiliar a articulação de cognições.

Quadrinhos, em que situações ambíguas são passíveis de uma grande variedade de


interpretações, podem ser utilizados para gerar uma série de atribuições sobre
eventos, incluindo tanto interpretações ameaçadoras quanto não ameaçadoras.
TRATAMENTO

• Manejo da ansiedade: Habilidades de relaxamento podem proporcionar alívio


imediato quando a criança repentinamente ficar ansiosa e ajuda-lhes a recobrar o
controle. Respiração controlada, técnicas de distração e jogos mentais podem ser
utilizados.

Tensões musculares é um dos sintomas da ansiedade. Atividades físicas, prática de


hobbies, relaxamento muscular progressivo e imagística tranquilizante são algumas
atividades que podem ser usadas para dispersar a ansiedade que se acumula ao longo
do dia.
TRATAMENTO

• Estratégias comportamentais como modelação e role-play são usadas para praticar


o manejo de situações geradoras de ansiedade.

• A dessensibilização sistemática, que desempenha um papel-chave no manejo da


ansiedade comportamental, envolve parear estímulos da ansiedade, in vivo ou pela
imaginação, em uma hierarquia gradativamente crescente, com estímulos
relaxantes conflitantes, tais como imagens agradáveis e relaxamento muscular
TRATAMENTO
Sintomas comuns de ansiedade, tais como coração acelerado ou respiração rápida
podem ser manejados por respiração controlada, praticando algumas respirações
profundas.

Reestruturação cognitiva: A reestruturação cognitiva é facilitada através de um


processo de descoberta guiada em que a criança é incentivada a testar a validade e a
utilidade de suas cognições ansiosas e substituí-las por cognições construtivas e úteis.

O processo precisa ser adaptado ao nível cognitivo e de desenvolvimento da criança.

Técnicas de retribuição verbal, tais como questionar a evidência (“o que faz você
pensar que seu pai pode ter tido um acidente, só porque ele está atrasado para
chegar em casa”), técnicas de dissonância (desafiar crenças de que se preocupar é
útil).
TRATAMENTO

• O conceito de conversa interior (pensamento) útil e inútil é reforçado. Os


pensamentos associados a sentimentos de ansiedade são identificados por meio de
diários e discussão e temas comuns identificados.

• Role-play e modelagem em sessão ajudam a criança a praticar a identificação e o


questionamento da fala íntima negativa.

• Há o incentivo a práticas de conversa interior útil diante de situações que causam


ansiedade.
TRATAMENTO

Experimentos comportamentais: A criança é incentivada a testar suas previsões ou


novas formas de responder. Este é um importante elemento da TCC para transtornos
de ansiedade.

Diversos autores sugerem que a criança exteriorize seus pensamentos dando-lhes um


nome. Rotular pensamentos ansiosos como à “Dona Perfeita”. A criança pode
aprender a responder à dona perfeita tem a dizer, ou ignorar.

Exposição: Depois que a criança desenvolveu habilidades de manejo emocional e é


capaz de identificar, desafiar e substituir pensamentos inúteis, elas são incentivadas a
enfrentar sistematicamente as situações temidas e evitadas.
TRATAMENTO
O primeiro protocolo
para tratar ansiedade
em crianças foi
desenvolvido por
Kendall (1994), e foi
administrado individual.
O programa conta com
16 intervenções:

As 8 primeiras são
focadas no
treinamento de
habilidades e o
restante são
destinadas à prática,
usando a exposição
imaginária e in vivo.
TRATAMENTO
O tratamento é dividido em 16 sessões, e seguem os seguintes passos:
1 - Avaliação inicial
Introdução à TCC
Definição de objetivos
Psicoeducação da ansiedade.

2- Reconhecimento e manejo das emoções


Entendimento da resposta à ansiedade
Desenvolvimento do manejo da ansiedade e
Habilidades de relaxamento.
TRATAMENTO
3- Compreensão da relação entre pensamentos e sentimentos
Identificação de pensamentos negativos e distorções cognitivas comuns
Aprender a enfrentar e testar pensamentos inúteis e disfuncionais.

4- Desenvolvimento da hierarquia da ansiedade


solução de problemas
plano para lidar com a ansiedade
Experimentos comportamentais

5- Prevenção de recaídas
Exposição de esquemas e crenças e
Encerramento
TÉCNICAS COMUNS
PSICOEDUCAÇÃO ANSIEDADE
PSICOEDUCAÇÃO ANSIEDADE

Óculos vermelho Catástrófico: Tudo é


perigoso, não posso me defender, não posso
resolver meus problemas, pode acontecer
alguma coisa comigo, vão me criticar.
Alarme falso

Na psicoeducação tanto a criança quanto a família recebem uma explicação cognitiva a respeito dos
sintomas presentes e da intervenção.
O terapeuta vai destacar os três domínios principais da TCC e irá enfatizar a importante relação entre eles.
TRATAMENTO

Ativação amigdala
PSICOEDUCAÇÃO
A resposta de ansiedade é
complexa e envolve reações
fisiológicas, respostas
comportamentais e elementos
cognitivos.
A percepção de perigo
desencadeia várias alterações
fisiológicas, quando então o corpo
se prepara para uma reação de
"luta ou fuga".
Os sintomas fisiológicos são
desagradáveis e levam a criança a
ter comportamentos que visam
minimizar sua intensidade.
PSICOEDUCAÇÃO
O CÉREBRO PREOCUPADO
PSICOEDUCAÇÃO
PSICOEDUCAÇÃO

No processo de psicoeducação das emoções, a criança deve:


• Compreender a reação de ansiedade e a resposta de "luta ou fuga"
• Identificar seus sinais corporais associados a ansiedade
• Reconhecer que os sentimentos ansiosos estão associados a situações e
pensamentos.
• Aprender uma variedade de métodos para manejo dos sentimentos
ansiosos.
RECONHECIMENTO E MANEJO
DAS EMOÇÕES
RECONHECIMENTO E MANEJO
DAS EMOÇÕES
RECONHECIMENTO E MANEJO
DAS EMOÇÕES
RECONHECIMENTO E MANEJO
DAS EMOÇÕES
• Identificar os sinais de ansiedade no corpo:
• Desenhar o corpo em tamanho real numa
folha de papel pardo e colorir com diferentes
cores os locais onde percebe cada emoção
em seu corpo.
• Brincar de respirar dentro de um saco de
papel
• Pular corda
• Isso ajuda a criança a observar as
modificações de seus movimentos cardíacos
em diferentes situações e como o coração se
recupera facilmente.
QUESTIONANDO PENSAMENTOS
Vou errar
O goleiro é muito bom

Eu treinei isso, pelo


menos 200x, eu vou
conseguir

Situação: Neymar
vai bater penalty
QUESTIONANDO PENSAMENTOS
Posso encolher a barriga

Eu não estou
igual a minha
irmÃ

Vou pedir pra


ficar

Não vou enfrentar


Não vou ter ansiedade
Mais tempo pra treinar

Negativos:
Não vou passar o tempo em
família
Não enfrentar a ansiedade
QUESTIONANDO PENSAMENTOS

Existem diferentes formas de


pensar a mesma situação. Pedir
para a criança identificar 3
pensamentos diferentes para a
mesma situação
QUESTIONANDO PENSAMENTOS

Selecionar pensamentos da criança


QUESTIONANDO PENSAMENTOS

Buscar evidências
QUESTIONANDO PENSAMENTOS
QUESTIONANDO PENSAMENTOS
TESTE DE EVIDÊNCIAS
TESTE DE EVIDÊNCIAS
PLANO DE ENFRENTAMENTO
DA ANSIEDADE
• Ajudar a criança a identificar os pensamentos que
não ajudam
• Criar pensamentos alternativos
• Enxergar sem os óculos
• Testar e questionar os pensamentos
• Checar Evidências
DISTORÇÕES COGNITIVAS
DISTORÇÕES COGNITIVAS

Uma resposta comportamental comum é a esquiva.


A criança passa a evitar situações ou lugares que desencadeiam respostas
fisiológicas fortes.
Na base dessas respostas fisiológicas e comportamentais, encontram-se
processos cognitivos importantes.
Eles determinam a forma como a criança observa e percebe os
acontecimentos.
RELAXAMENTO MUSCULAR

Com os pequenos, dá para brincar de o Rei Mandou: caminhar pela sala como
um soldado, alongar-se até o céu, correr no lugar, fazer uma cara de assustado,
etc.
RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA

Para fazer em lugares públicos, pode-se instruir a criança a respirar lentamente


e segurá-lo. a seguir, contar até 5 e deixar o ar sair lentamente, e enquanto faz
isso pensa consigo mesma "relaxe"”
TÉCNICA RESPIRAÇÃO
ACALME-SE
DISTRAÇÕES
Quando a criança está ansiosa, ela se focaliza internamente e fica fixada nos
seus sinais fisiológicos de ansiedade. Quanto mais se concentra neles, piores
ficam os sintomas fisiológicos, pior.

Na distração a criança é ensinada a redirecionar sua atenção e focalizar


eventos externos.

Um dos jeitos, é instruir a criança a descrever a cena que ela está vendo como
se estivesse explicando para uma pessoa cega. A descrição deve ser
detalhada. Dar ênfase nas cores, formas, tamanhos, etc. A ideia é manter a
criança focalizada nos estímulos externos.
JOGOS MENTAIS
• Outra forma de mudar o foco da atenção para tarefas neutras. É
moderadamente desafiador e pode incluir:

• Dizer seu nome de trás para frente

• Fazer contagem regressiva a partir do 51, de 3 em 3

• Nomear todas as pessoas cujo o nome comece com a letra S.

• Nomear todos os personagens da série ou filme favorito

• identificar o número das placas de carro com a letra K


RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

1. Definir o problema
2. Decidir quem deve ser envolvido na solução
3. Levantar possíveis soluções
4. Listar prós e contras de cada solução gerada
5. Determinar, em grupo, qual solução tentar
6. avaliar, em conjunto, em que medida tal solução funcionou
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
PLANO DE ENFRENTAMENTO
DA ANSIEDADE

Incluir pensamentos
alternativos,
estratégias
comportamentais,
relaxamento.
EXPOSIÇÃO
• A criança está manejando a sua ansiedade através da esquiva.

• A esquiva proporciona um alívio de curto prazo, mas não oferece uma solução
de longo prazo.

• A criança precisa enfrentar as situações temidas e preocupantes para aprender


a dominá-las.

• A ansiedade vai diminuindo conforme ela se expõe.

• Depois de entender sobre seus pensamentos, criar estratégias de


enfrentamento, e relaxamento, a criança é exposta a situação ansiogênica de
forma gradual, e utiliza suas ferramentas.

• Os experimentos comportamentais proporcionam uma forma poderosa e


objetiva de testar e questionar as cognições.
EXPOSIÇÃO

A exposição é uma forma de mostrar pra criança que ela consegue lidar com a ansiedade dela
EXPOSIÇÃO

Sempre refletir os ganhos com a criança a cada exposição realizada


EXPERIMENTOS
COMPORTAMENTAIS
• Experimentos comportamentos são excelentes estratégias para testar e
checar hipóteses e questionar cognições.

Não esquecer de reforçar


cada comportamento de
coragem
PREVENÇÃO À RECAÍDA
• Identificação de eventos ou situações potencialmente difíceis. Informar para a
criança que em algumas situações ela poderá sentir medo novamente.

• Preparação para reveses temporários. Preparar os pais e a criança que algumas


crianças tem pioras temporárias, não significa que tenha voltado, e nesses casos
precisam continuar aplicando o que aprenderam.

• Incentivo a intervenção precoce. Antecipar situações que possam envolver


sintomas de ansiedade e treinar com a criança estratégias de enfrentamento.

• Continuar a praticar.
PREVENÇÃO À RECAÍDA
MATERIAIS PSICOEDUCATIVOS
TRANSTORNOS
Transtorno que contém ansiedade na composição:

Transtorno de Ansiedade de Separação


Transtorno de Ansiedade Generalizada
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Transtorno de Pânico
Agorabofia
Fobias Específicas
Mutismo Seletivo
Transtorno de Adaptação
Transtorno do Estresse Pós-Traumático - TEPT
Transtorno Obsessivo Compulsivo - TOC

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