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REDE DE ENSINO DOCTUM

UNIDADE JOÃO MONLEVADE


GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

JOSÉ MAYKON BAZOLI PEREIRA


LUIS CARLOS DOS SANTOS FERREIRA

ANÁLISE DE PRODUTIVIDADE EM OBRAS


RESIDENCIAS DE PEQUENO PORTE NA CIDADE DE
JOÃO MONLEVADE - MG

JOÃO MONLEVADE
2020
JOSÉ MAYKON BAZOLI PEREIRA
LUIS CARLOS DOS SANTOS FERREIRA

ANÁLISE DE PRODUTIVIDADE EM OBRAS RESIDENCIAS DE PEQUENO


PORTE NA CIDADE DE JOÃO MONLEVADE - MG

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado


para obtenção do grau de bacharel em
Engenheiro Civil no curso de Engenharia Civil,
da Faculdade Doctum de João Monlevade.

Orientador: Prof. Dr. Eduardo José Quaresma

JOÃO MONLEVADE
2020
JOSÉ MAYKON BAZOLI PEREIRA
LUIS CARLOS DOS SANTOS FERREIRA

ANÁLISE DE PRODUTIVIDADE EM OBRAS RESIDENCIAS DE PEQUENO


PORTE NA CIDADE DE JOÃO MONLEVADE - MG

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado


para obtenção do grau de bacharel em
Engenheiro Civil no curso de Engenharia Civil,
da Faculdade Doctum de João Monlevade.

João Monlevade, xx de ..............de 2020. (data da defesa)

BANCA EXAMINADORA

Prof. Fulano de Tal - Titulação - (Instituição) - Orientador

Prof. Fulano de Tal -Titulação - (Instituição)

Prof. Fulano de Tal - Titulação - (Instituição)


Aqui você faz dedicatória àqueles(as) que
julgar merecedores(as).
AGRADECIMENTOS

Nesta página deve constar o agradecimento àquelas pessoas ou


instituições que marcaram de forma significativa a realização do seu trabalho.
“Este espaço serve para você citar um
pensamento de algum autor que tenha
relação com a temática do TCC.”
Autor
RESUMO

Este trabalho apresenta uma análise sobre a produtividade em obras de pequeno


porte na cidade de João Monlevade – MG. A partir da observação da crise
econômica que o setor civil vem enfrentando nos últimos anos, onde para tornar sua
economicamente viável é necessário otimiza-la, verificou-se a necessidade da
elaboração desta pesquisa para apresentar dados técnicos de como
empreendedores e funcionários estão trabalhando na cidade. Para tal elencou-se as
principais etapas construtivas, conceitos sobre produtividade e métodos para
otimização em obras da construção civil. A utilização do questionário foi escolhido
com o objetivo de coletar as informações em campo, onde donos do
empreendimento e colaboradores ficaram encarregados de responde–lós, de forma
imparcial e sem qualquer tipo de manipulação. Com este trabalho pode-se
compreender que de modo geral os empreendedores estão deixando de lado
questões importantes, como execução de projetos e acompanhamento técnico de
seus empreendimentos para focar os recursos em insumos e mão de obra. Também
que os colaboradores estão trabalhando com uma visão moderna, onde buscam
trabalhar com profissionais qualificados, ferramentas modernas, utilizando EPI’s e
otimizando seus processos construtivos, porém ainda enfrentam diversos problemas
no dia a dia. Há vários conceitos que podem ser melhorados para que os projetos na
cidade tenham eficiência na produtividade.

Palavras-chave: Produtividade. Otimização. Questionário. Empreendedores.


Colaboradores.
ABSTRACT (em inglês)

Tradução por profissional habilitado. Consiste na apresentação dos pontos


relevantes de um texto. O resumo deve dar uma visão rápida e clara do trabalho;
constitui-se em uma sequência de frases concisas e objetivas e não de uma simples
enumeração de tópicos. Apresenta os objetivos do estudo, o problema, a
metodologia, resultados alcançados e conclusão. Deve ser digitado em espaço
simples e sem parágrafos, não ultrapassando a 500 palavras.

Palavras-chave: Escrever de três a cinco palavras representativas do conteúdo do


trabalho, separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto.
LISTA DE IMAGENS
Imagem 1 - Etapas construtivas ............................................................................... 13
Imagem 2 - Obra 1 .................................................................................................... 27
Imagem 3 - Obra 2 .................................................................................................... 27
Imagem 4 - Obra 3 .................................................................................................... 28
Imagem 5 - Obra 4 .................................................................................................... 29
Imagem 6 - Obra 5 .................................................................................................... 29
Imagem 7 - Obra 2 Produtividade baixa .................................................................... 37
Imagem 8 - Obra 1 Mão de obra qualificada para assentamento de piso cerâmico.. 39
Imagem 9 - Obra 3 Utilização de EPI´s ..................................................................... 40
Imagem 10 - Obra 2 Colaborar sem EPI's................................................................. 41
Imagem 11 - Obra 2 Utilização da serra circular ....................................................... 42
Imagem 12 - Obra 5 Utilização de materiais novos no mercado ............................... 44
Imagem 13 – Obra 4 Organização no canteiro de obras........................................... 45
LISTA DE GRÀFICOS

Gráfico 1 – Parte B Pergunta número 1 34


Gráfico 2 - Parte B Pergunta número 2 35
Gráfico 3 - Parte B Pergunta número 3 35
Gráfico 4 - Parte B Pergunta número 5 36
Gráfico 5 Parte D Pergunta número 1 38
Gráfico 6 - Parte D Pergunta número 2 39
Gráfico 7 - Parte D Pergunta número 3 41
Gráfico 8 Parte D Pergunta número 4 43
Gráfico 9 Parte D Pergunta número 6 44
Gráfico 10 Parte D Pergunta número 7 45
Gráfico 11 Parte D Pergunta número 8 46
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
NBR Norma Brasileira Regulamentadora
CREA Conselho Regional de Engenharia
CAU Conselho de Arquitetura e Urbanismo
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 12
1.1.1 Objetivos Específicos .................................................................................... 12
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 13
2.1 ETAPAS CONSTRUTIVAS DE OBRAS RESIDENCIAIS .................................... 13
2.1.1 Planejamento da obra .................................................................................... 13
2.1.2 Fundações ....................................................................................................... 14
2.1.1 Estrutura ........................................................................................................ 14
2.1.1.1 Pilares e vigas ............................................................................................... 14
2.1.1.1 Bloco estrutural .............................................................................................. 15
2.1.2 Alvenaria..... .................................................................................................... 16
2.1.3 Cobertura ........................................................................................................ 16
2.1.3.1 Laje e telhados .............................................................................................. 16
2.1.4 Instalações hidrossanitárias e elétricas ....................................................... 17
2.1.4.1 Instalações elétricas ...................................................................................... 17
2.1.4.1 Instalações hidrossanitárias .......................................................................... 17
2.1.5 Acabamentos ou revestimentos.................................................................... 18
2.1.6 Esquadrias ...................................................................................................... 19
2.2 FATORES QUE AFETAM A PRODUTIVIDADE .................................................. 19
2.2.1 Planejamento .................................................................................................. 19
2.2.2 Características do produto ............................................................................ 20
2.2.3 Mão de obra .................................................................................................... 20
2.2.4 Organização da produção .............................................................................. 21
2.2.5 Acidentes de trabalho .................................................................................... 21
2.3 METODOS UTILIZADOS PARA OTIMIZAR OBRAS DE PEQUENO PORTE .... 22
2.3.1 Documentação e identificação na obra ........................................................ 22
2.3.2 Organização e planejamento em canteiros de obra .................................... 23
2.3.3 Tecnologia a favor da construção................................................................. 23
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 25
3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA ....................................................................... 25
3.2 DESCRIÇÃO DAS OBRAS AVALIADAS............................................................. 26
3.2.1 Obra 1.............................................................................................................. 26
3.2.2 Obra 2.............................................................................................................. . 27
3.2.3 Obra 3 ..............................................................................................................28
3.2.4 Obra 4 ..............................................................................................................28
3.2.5 Obra 5 ..............................................................................................................29
3.3 PROCEDIMENTOS TÉCNICOS ......................................................................... 30
3.3.1 Elaboração do questionário .......................................................................... 30
3.3.2 Os Objetivos da investigação ........................................................................ 31
3.3.3 As hipóteses da investigação, as escalas de resposta e os métodos para
analisar dados. ........................................................................................................ 31
3.3.4 Métodos para avaliação dos dados .............................................................. 31
3.3.5 Aplicação do questionário (pré-teste) .......................................................... 32
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ....................................................... 34
4.1 EMPREENDEDORES ......................................................................................... 34
4.1.1 Parte B do questionário ................................................................................. 34
4.1.2 Parte D do questionário ................................................................................. 37
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 48
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 50
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO............................................................................. 57
APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ........... 61
11

1 INTRODUÇÃO

A construção civil é um dos setores que geram maiores riquezas e postos de


trabalho em todo mundo. De acordo com Vieira (2016) no Brasil desde a chegada
dos portugueses e da mão de obra escrava o setor começou a desenvolver-se
rapidamente e a utilização de ferramentas para otimizar as obras começaram a
serem implantadas no país, pois não havia praticamente nenhuma obra construída
que utilizavam as tecnologias de países desenvolvidos como os da Europa que já
tinham processos constritivos modernos para o período.
Atualmente o país sofre com uma grande recessão que atingiu vários setores,
o civil é um dos que foram duramente afetados. De acordo com os dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE ocorreu um período de 20 trimestres
consecutivos com queda no PIB da construção civil registrado até o primeiro
semestre de 2019, esse fato indica que os clientes estão com menos recursos para
investir em obras. O mercado está com foco em otimização em todas as etapas da
construção, pois a redução de custo e tempo é um diferencial para os clientes.
Grandes empresas sempre buscam aperfeiçoar seus processos para
maximizar seus lucros, sejam em processos da fase do planejamento, novos
materiais, novos métodos construtivos e maquinário avançado. Engenheiros,
mestres de obras ou profissionais responsáveis por obras de pequeno porte também
estão tendo de se adequar a essa nova realidade, onde independente de como
esteja o andamento da obra, poderá haver um modo de acelerá-la.
Na cidade de João Monlevade – MG é nítida a recessão no setor, porém as
obras residências mantiveram esse campo ativo no período de escassez, clientes de
pequenas obras, contribuíram com grande parte do investimento na cidade, porém
eles mudaram suas exigências para seus empreendimentos, onde buscam
economia e que mantenha a qualidade. Com isso os profissionais da área estão com
a responsabilidade de atender o que exige o mercado. Com localização do município
longe dos grandes centros dificulta bastante esse trabalho, pois inovações demoram
a chegar e muitas vezes não são bem vistas, pois novidades requerem tempos para
adaptação.
12

1.1 OBJETIVOS

Apresentar informações técnicas de como empreendedores e profissionais


estão aplicando conceitos sobre a produtividade em obras residenciais na cidade de
João Monlevade – MG.

1.1.1 Objetivos Específicos

• Compreender as principais etapas da construção civil e seus métodos


construtivos.
• Identificar e estudar o que ocasiona maiores perdas de produtividade em
obras.
• Apresentar métodos para otimização da construção civil com foco em obras
de pequeno porte.
• Realizar estudo de caso em obras na cidade de João Monlevade – MG para
obter informações sobre a produtividade em suas obras.
13

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ETAPAS CONSTRUTIVAS DE OBRAS RESIDENCIAIS

Nessa etapa irá ser apresentado as principais etapas construtivas de obras de


pequeno porte.

Imagem 1 - Etapas construtivas

Fonte: Giovanny Gerolla (2016)

2.1.1 Planejamento da obra

Alves, T. (2019) destaca que é possível identificar que a fase do planejamento


é um processo fundamental para a construção civil, visto que deve ser pensado a
longo prazo, pois o empreendimento possui tempo indeterminado para execução,
assim, alguns fatores devem ser levados em consideração no período que o
empreendimento irá ser realizado, exemplo são ambiente da obra, mão de obra
disponível, materiais e seus valores, entre outros fatores que possam de alguma
forma desviar o curso no planejamento inicial.
Segundo Lisboa et al. (2018) a realização com controle do sequenciamento
das divisões de trabalho, através de um cronograma de operações bem elaborado,
14

onde organiza os projetos executivos e operacionais em etapas, aumenta o poder de


eficiência e diminui atrasos na entrega de obras e desperdícios operacionais.
É possível concluir que o planejamento e o controle são fundamentais para
empresas ou empresários que necessitam cumprir prazos contratuais, controlar os
custos e proporcionar um produto que satisfaça o cliente (BARBOSA, R., 2017).

2.1.2 Fundações

As fundações superficiais são as mais utilizadas em obras de pequeno porte.


Conforme NBR 6122 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2010)
tem sua definição:
Elementos de fundação em que a carga é transmitida ao terreno,
predominantemente pelas pressões distribuídas sob a base da fundação, e
em que a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente é
inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação. Incluem-se neste tipo
de fundação as sapatas, os blocos, os radie, as sapatas associadas, as
vigas de fundação e as sapatas corridas (NBR 6122,2010).

Oliveira e Mendes (2019) ressaltam a importância de um estudo adequado de


sondagem dos solos para o desenvolvimento correto de projetos e execução de
elementos estruturais de fundação para obras de engenharia civil.
De Sousa et al. (2018) definem como conceito de fundação aquela que
consegue suportar as cargas atuantes na estrutura com total segurança, adequando
aos fatores topográficos do solo. Que se adeque aos aspectos econômicos de forma
a reduzir os custos com dimensionamento correto evitando desperdícios de
materiais com eficiência no projeto.

2.1.1 Estrutura

2.1.1.1 Pilares e vigas

Segundo Botelho et al (2017) o método construtivo mais utilizado em obras


residenciais no Brasil é o concreto armado, ele é um produto da combinação
projetada de lajes, pilares e vigas, responsáveis por receber todas as cargas do
sistema de conciliação, onde as paredes não possuem funções estruturais, apenas
de vedação. Com isso, esse tipo de estrutura não determina delimitações quanto às
15

medidas do projeto, proporcionando liberdade criativa para possíveis adaptações


nas construções.
Outro método bastante utilizado é o misto aço-concreto que é caracterizado
por um perfil de aço (laminado, soldado ou formado a frio) que realizar esforços em
conjunto com o concreto (geralmente armado), onde surge um pilar misto, uma laje
mista, uma viga mista ou até mesmo uma ligação mista (FRANCO, 2019).
A utilização de pilares mistos tem aplicações vantajosas tanto em estruturas
de pequeno porte quanto em edifícios altos. Podem ser empregados em galpões de
armazenagem, quadras esportivas cobertas, terminais rodoviários, pavilhões. Por
questões estéticas ou proteção contra incêndio ou corrosão a utilização perfil de aço
com o concreto é uma solução desejável (DE ANDRADE,2017).
Neto (2018) afirma que as ferramentas computacionais direcionadas ao
cálculo e dimensionamento de estruturas estão cada vez mais sofisticadas,
dinâmicas e ágeis em concepções de estruturas, com a finalidade de garantir melhor
segurança e economia.

2.1.1.1 Bloco estrutural

Para Botelho et al. (2017) a alvenaria estrutural é um método construtivo no


qual as paredes são empreendidas por blocos, que além possuir a função básica de
vedação, é responsável por suportar os carregamentos da estrutura, com ações
variáveis e permanentes. Esse sistema demanda algumas especificações como mão
de obra qualificada, a compatibilização entre os projetos essenciais e material típico
da estrutura.
A alvenaria estrutural é composta pelo bloco, armadura, graute e a
argamassa. O bloco é o principal elemento desse método construtivo, pois deve
fornecer isolamento acústico e térmico, permeabilidade, resistência ao fogo e
resistência estrutural. O bloco poderá ser maciço ou vazado, fabricado com concreto
ou cerâmico. Nesse método de alvenaria os furos são colocados na vertical, desse
modo facilita a paisagem de instalações hidráulicas, elétricas e contribuem para a
resistência (VENDRUSCULO, 2017).
Flores (2018) afirma que uma das vantagens da sua utilização está na
redução de custos, por se tratar de um método onde existem um controle em relação
16

a insumos, mão de obra, desperdícios, onde reduz a geração de resíduos sólidos e


produz com maior controle da qualidade.

2.1.2 Alvenaria

Hoffmann et al. (2012) consideram a alvenaria o mais antigo dos sistemas de


construção que ainda é usado em grande escala, nos tempos antigos já aplicava
esses métodos em casas, castelos. Mesmo por se tratar de um conceito antigo, com
o surgimento das estruturas de aço e concreto armado, sua utilização foi deixada em
segundo plano, pois ela possui limitações se comparados os mesmos métodos
construtivos.
Nesse sistema convencional a parede tem apenas a função de vedação,
divisão e proteção da área interna contra intempéries, isolamento térmico e acústico
(SILVA, DHANILO et al., 2018).
Segundo Flores (2017) esse método é considerado obsoleto, apesar de ser
ainda ser bastante utilizado amplamente no Brasil em função de sua popularidade, e
nítido que sua execução gera enorme desperdício, grande volume de resíduos
sólidos e baixa produtividade.

2.1.3 Cobertura

2.1.3.1 Laje e telhados

Segundo Bastos (2015) as lajes podem ser classificadas como elementos


planos bidimensionais, onde a largura e o comprimento são da mesma ordem de
grandeza e bem maiores que a espessura, terceira dimensão a ser considerada.
Elas também são conhecidas como placas ou elementos de superfície.
A utilização de lajes pré-moldada popularizou em diversas regiões do Brasil
nos últimos anos, devido a existência de diversas fabricas desse material e pelo fato
de apresentar diversas vantagens construtivas e financeiras (SILVA, DANIEL et
al,2018).
De acordo com Campos Filho (2014) a laje maciça é um dos sistemas mais
tradicionais, pois a mesma é composta por vigas e pilares, pode ser uma boa opção
por obter lajes e vigas de pequenas dimensões. Apresentam benefícios em geral,
17

como a facilidade de vencer vãos, simplificação do canteiro de obras, acabamento


liso, e menor vulnerabilidade à fissuras e trincas.
Segundo Oliveira e Carvalho (2018) a utilização do telhado verde como
cobertura pode ser um método aplicável em obras residenciais. Mesmo que ele
possui um custo superior aos telhados convencionais, a sua implantação é
justificada devido ao ciclo de vida, pois pode chega a durar até duas vezes mais do
que um telhado convencional, também possibilita um melhor isolamento térmico e
acústico para a residência e apesar de seu custo alto, o investimento vem ao longo
do prazo através da diminuição dos gastos com equipamentos para climatização do
ambiente da residência, além dos benefícios ao meio ambiente.

2.1.4 Instalações hidrossanitárias e elétricas

2.1.4.1 Instalações elétricas

A eletricidade está presente a muitos anos na vida das pessoas, tornando- se


fundamental para a vida moderna, o homem sempre teve o fascínio pela eletricidade
(MUSITANO, 2018).
Hoje com o aumento expressivo do uso de dispositivos eletrônicos nas
residências, smartphones, sistemas automatizados, com objetivo de aumentar
conforto dos usuários, o conceito de automação residencial está ganhando força no
mercado (SANTOS,2018).
Seguindo o mesmo raciocínio citado anteriormente Fortes (2018) afirma que
com o aumento de número de dispositivos conectados à rede, como carros,
celulares, até eletrodomésticos, a automação residencial deixa de ser um conceito e
passa a ser uma realidade, com o objetivo de fornecer maior conforto na vida
humana. No ponto de vista econômico também possui ganhos, pois com o uso
inteligente da eletricidade é possível realizar uma economia global, beneficiando
tanto os usuários quanto as concessionárias.

2.1.4.1 Instalações hidrossanitárias

Para Tenório (2018) os sistemas prediais sanitários e hidráulicos são


instalações de agua quente e fria, aguas pluviais e esgotos. Pelo fato embutidas
muitas vezes são lembradas apenas quando surge patologias.
18

O sistema de instalações hidráulicas é composto por vários dispositivos, como


tubos, conexões, válvulas, reservatórios, medidores, peças de utilização e outros
componentes que vão surgindo com o avanço tecnológico para aumentar a
eficiência do mesmo. Tal sistema tem como objetivo básico suprir os usuários de
uma edificação com água potável necessária para suas atividades, sendo elas
higiênicas, fisiológicas e domésticas diariamente (CEO, 2018).
Segundo Da Silva Santana (2019) edificações construídas em alvenaria
estrutural com blocos vazados apresentam vantagens em instalações
hidrossanitárias, porém as técnicas utilizadas exigem mão de obra especializada e
devem ser muito bem planejadas. Quanto ao projeto hidráulico, a necessidade da
compatibilização de projetos é evidente, podendo acarretar em redução de custos
sem nenhum comprometimento estrutural e criação de soluções integradas que
aumentam a rapidez na execução com redução de resíduos.

2.1.5 Acabamentos ou revestimentos

De acordo com Silva, N. (2018) a obra como um todo é composta de várias


etapas, que são realizadas de acordo com os avanços que ocorrem durante a sua
construção. Em boa parte delas, é necessária a finalização da etapa anterior para
que se inicie a etapa seguinte, devido a serem subsequentes umas das outras. O
gerenciamento da qualidade se faz muito importante dentro de cada uma das
etapas, trazendo eficácia aos resultados obtidos. Quando falamos de revestimento
cerâmico é imprescindível ressaltar as palavras qualidade e durabilidade, pois são
quesitos que a sua implementação deve atender.
Michelazzo (2014) destaca as principais características funcionais que o uso
do revestimento cerâmico traz a construção, além do aspecto estético e visual
agradável, que são adquiridos após a conclusão do acabamento.
As obras que ocorrem irregularidades resultam em grandes perdas na
qualidade, o que deixa o final do acabamento comprometido, e que o melhor
desempenho é obtido em obras que utilizaram o revestimento cerâmico retificado
aliado as práticas corretas de execução (SILVA, N.,2018).
Magos (2015) afirma que a pintura como revestimento de acabamento
exterior tem várias vantagens, destacando-se a sua facilidade de execução, a
19

existência de um grande número de mão de obra especializada e um maior


rendimento de execução deste tipo de acabamento ao invés de outros.
É importante destacar que comparativamente a outros materiais como
revestimentos pétreos ou cerâmicos, a pintura possui uma durabilidade bastante
reduzida (CHAI, 2011).

2.1.6 Esquadrias

Rodrigues (2015) salienta que para a edificação as esquadrias devem


apresentar as seguintes funções: estanqueidade à água e ao ar (devem proteger o
ambiente contra calor, frio e infiltrações); resistência suficiente para se manter
intacta no transporte, execução em obra, resistir a agentes atmosféricos; resistência
ao vento; e por fim, comportamento acústico, a fim de reduzir a propagação sonora
originada do ambiente externo.
Além do conforto acústico, as esquadrias permitem fachadas diferenciadas e
modernas e grandes possibilidades de adequação em reformas (HUTH, 2007).
Para Silva, L. (2017) o processo de escolha do tipo de material a ser usado
nas esquadrias, necessitam da realização e análise da região na qual a esquadria
será aplicada, ou a finalidade que ela apresentar, como também o custo-benefício e
a disponibilidade encontrada no mercado.

2.2 FATORES QUE AFETAM A PRODUTIVIDADE

2.2.1 Planejamento

Para Oliveira (2016) atrasos em construções residenciais são recorrentes no


setor da construção civil brasileira e mundial e podem acorrer por falhas no
gerenciamento de projeto, levando ao descontrole dos custos e qualidade final do
empreendimento.
A responsabilidade das empresas para desenvolver o controle e o
planejamento dentro da construção civil é principalmente a responsabilidade em
tentar igualar as tomadas de decisões, ao longo do período de execução da obra,
através de estudos, diagnósticos e também através da identificação de desvios
ocorridos em relação ao próprio planejamento inicial (BORGES,2013).
20

Oliveira e Carvalho (2018) ainda destacam que o comprometimento das


empresas em busca de uma gestão eficaz de seus projetos, onde com o
aperfeiçoamento das etapas inicias do planejamento do projeto as eventuais falhas
iram gerar um menor impacto global na obra.
Guimaraes, Junior e da Silva (2018) afirma que para obter sucesso as obras
da construção civil devem ser realizadas com planejamento, correção de rotas e
envolvimento de todos.

2.2.2 Características do produto

Segundo Mattos (2010) na construção civil é de fácil percepção obras que


não são planejadas ou realizadas de forma incorreta, sendo encontradas em grande
maioria em obras de pequeno porte.
É equivocado pensar que a qualidade dos produtos é garantida, única e
exclusivamente, pela padronização de processos. Em obras que apresentam
patologias construtivas pode ser encontrado diversos erros técnicos, de gestão e
principalmente humanos, onde o conhecimento para utilização de produtos é
fundamental (FONSECA, C.,2018).
Hillesheim et al. (2016) goza do mesmo pensamento, onde é muito comum os
surgimentos de patologias em obras são ocasionadas pela má execução da
construção ou erro de projeto.
De acordo com Teixeira e Simplício (2018) devido à baixa qualidade da mão
de obra operacional no Brasil para novas tecnologias, o método convencional,
artesanal ainda é muito utilizado, torna-se muito difícil a modernização do método de
construção civil no país.

2.2.3 Mão de obra

Devido a inúmeras falhas referentes a entregas de projetos, os clientes


buscam uma gestão eficaz de sua obra, com foco na mão de obra que é o principal
insumo na realização de projetos e de fundamental importância para a entrega do
produto final (DA SILVA; FENNER; LIMA, 2017).
Para Lerman (2019) a utilização de mão de obra com alta produtividade é
fundamental para otimizar obras, onde aumentam a eficiência da execução. Porém
no país construções de médio e pequeno porte não compartilham dessa ideia.
21

A capacitação de funcionários é peça chave para que o mercado da


construção civil esteja com a mão de obra capacitada e mantenha-se em bom
desempenho e qualidade construtiva. A qualificação minimiza custos de produção,
garante um produto final de alto nível (MARCONDES, 2011). Segundo Oliveira
(2016) a mão-de-obra má qualificada e seus desdobramentos como baixa
produtividade e atrasos, por sua vez, são recorrentes na construção civil devido ao
fato de que as empresas pouco investem no desenvolvimento da capacitação
humana.
Portanto, a implantação de programas de qualificação profissional é de e
grande importância dentro do contexto de uma obra, para que se conheça o perfil e
para que a qualidade da mão de obra tenha mais valor (ALMEIDA; SILVA, 2019).

2.2.4 Organização da produção

Na construção civil, os canteiros de obras devem estar sempre em prol da


segurança aos trabalhadores e alojados de forma onde aumente produtividade para
que se tenha sucesso e desenvolvimento operacional e métodos de eficiência
(LISBOA et al, 2018).
Lisboa et al. (2018) afirmam que o planejamento operacional é de vital
importância para as sequências de serviços de execução de obras civis, com
empreendedores mais exigentes, lucros menores e cronogramas compactados,
onde planejar é uma atividade indispensável na atualidade. Onde empresas perdem
rendimentos pela falha de execução de um simples canteiro de obras.
A otimização no abastecimento de equipes, melhorias no arranjo físico de
estoques e movimentações, além da racionalização dos transportes e dos serviços
contribuem positivamente para o desenvolvimento de projetos mais eficientes
(DALONGARO et al, 2017).
Segundo Costa (2016) um bom planejamento e organização do layout do
canteiro, oferecem um caminho para a busca de maior eficiência.

2.2.5 Acidentes de trabalho

Na construção civil, os índices de acidentes são relativamente consideráveis


já que a mão de obra é a principal ferramenta de trabalho. Os acidentes de trabalho
podem ocorrer por vários fatores como falta de atenção, não uso ou uso incorreto de
22

EPI (Equipamento de proteção individual) e EPC (Equipamento de Proteção


Coletiva), falta de treinamentos específicos para a função entre outros aspectos
(SOUZA; SOUZA; FERREIRA, 2018).
A construção civil, conforme Medeiros e Rodrigues (2009) é um ramo em que
se exige uma grande atenção quando o assunto envolve segurança, gestão com
qualidade e respeito ao meio ambiente. Os trabalhadores desta área constituem um
grupo de pessoas que realizam sua atividade laboral em ambiente insalubre e de
modo arriscado.
Segundo Soares (2018) é preciso que empregadores tratem empregados
como prioridade e invistam cada vez mais na segurança. Ao se fornecer as
condições mínimas de conforto, higiene e segurança, há uma melhoria no
desenvolvimento das atividades, o índice de satisfação é elevado, e
consequentemente, a rotatividade de funcionários diminui e o que gera um alto
rendimento da produção.
Sendo assim, Sousa, Sousa e Ferreira (2018) concluem que a necessidade
de investimento em segurança do trabalho a fim de minimizar o índice de acidentes
do trabalho tendo em vista que as consequências dos mesmos podem gerar
prejuízos diretos e indiretos, tanto para a empresa como para o empregado e seus
dependentes.

2.3 METODOS UTILIZADOS PARA OTIMIZAR OBRAS DE PEQUENO PORTE

2.3.1 Documentação e identificação na obra

As fiscalizações podem ocorrer em qualquer momento da execução da obra


pelo CREA/CAU, ou pela Secretaria Municipal de Urbanismo ou similar do município,
e no caso de anomalias a obra poderá ser paralisada (FREITAS, 2015).
O alvará de construção fundamental para execução de uma obra, segundo
Tognetti (2018) é um documento emitido pelas prefeituras municipais atestando que
o projeto de construção, reforma ou demolição está atendendo a legislação vigente e
que existe um responsável técnico pela execução da obra, caso não seja encontrado
na construção pode ocasionar multas ou embargo da mesma.
O Conselho Regional de Engenharia de Minas Gerais (CREA MG) (2017)
determina a utilização de placas de obra com a identificação e contato do
23

profissional responsável pela construção. Essa placa pode conter o número do


processo de aprovação e do alvará de construção também para facilitar a
identificação.

2.3.2 Organização e planejamento em canteiros de obra

Barbosa, L. e Barbosa, T. (2017) definem canteiro de obra como a área de


trabalho temporária, porém fixa, o local deve estar localizado em um ponto
estratégico que permita que seu desenvolvimento ocorra simultaneamente com a
execução da obra. Garantindo a qualidade do processo, saúde dos trabalhadores e
segurança. Onde vários fatores podem afetar a produção e segurança na obra,
como local para entrada de veículos e maquinas, locais para estocagem de
matérias, que se forem realizados de modo incorreto pode afetar o cronograma e
causar acidentes.
O planejamento e organização do canteiro não são feitos de forma correta,
um fato que contribui é o fato das decisões para modificações serem tomadas à
medida que surgem problemas, onde não é considerado um planejamento
específico (FONSECA, 2013).
Com o mercado competitivo as empresas estão se tornando mais eficientes
para estabelecer-se em um padrão confiável, para isso Loiola et al (2017) avaliaram
que a qualidade na organização em obras é fundamental para atingir esses
objetivos.

2.3.3 Tecnologia a favor da construção

As transformações provocadas pelas mudanças tecnológicas e pelas relações


humanas e empresariais tornaram o ambiente empresarial, ainda mais complexo e
dinâmico (LEITE; REIF; LAVARDA,2018).
Com o crescente desenvolvimento tecnológico que vem ocorrendo nos
últimos anos, no setor da construção civil diversas tecnologias são criadas para
agilizar os processos. Um ótimo exemplo é na substituição do software AUTO CAD
pelo REVIT, que segundo Muller (2015) reduz em até 40% de tempo de execução
de projetos.
24

Softwares desenvolvidos para gestão estão ganhando adeptos no mercado,


pois muitos gestores não podem acompanhar todas as obras de perto e com a
qualidade necessária, por isso Alves, N. (2018) destaca esse tipo de gestão.

A gestão móvel de dados e documentos é uma das mais importantes


tecnologias para a construção civil. Aliada ao uso de dispositivos móveis e
até de softwares do tipo BIM, os modelos 3D, o registro fotográfico, as
plantas atualizadas e as tarefas de cada colaborador são acessadas
diretamente no canteiro de obras quando é preciso, garantindo uma visão
atualizada e compatível entre o projeto e o que está sendo executado em
campo (ALVES, N.,2018).

As tecnologias criadas podem ser utilizas em todas as fases da obra, a


sustentabilidade tem um destaque no mercado, onde muitos projetos buscam esse
conceito. Rohan (2016) aponta para uma formação inovadora do profissional de
engenharia civil, deve desempenhar novos papéis que traz embutida a necessidade
de identificar, captar e detalhar de forma específica, as tendências prioritárias de um
mercado diversificado e competitivo, onde são inúmeras e distintas as inovações
tecnológicas, e gerenciais e são requeridas cada vez mais a prática e procedimentos
relacionados à sustentabilidade.
25

3 METODOLOGIA

Para a realização deste trabalho primeiramente foi feito um estudo


bibliográfico onde foram obtidas orientações em normas e textos do que influencia
na produtividade em obras.

3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Com relação à metodologia uma pesquisa aplicada tem o objetivo de produzir


conhecimentos científicos para aplicação prática voltada para a solução de
problemas concretos, específicos da vida moderna. Além de produzir conhecimento,
gera novos processos tecnológicos e novos produtos, com resultados práticos
imediatos em termos econômicos e na melhoria da qualidade de vida (FONTELLES
et al, 2009), desta forma o presente trabalho se enquadra nessas características,
pois busca produzir conhecimento do modo que profissionais praticam otimização
em obra na cidade de João Monlevade –MG.
De acordo com VERGARA (2007) as análises qualitativas são exploratórias,
ou seja, visa extrair dos entrevistados seus pensamentos que foram livremente ditos
sobre algum tema, objeto ou conceito. As análises exploratórias visam extrair dos
entrevistados seus pensamentos que foram livremente ditos sobre algum tema,
objeto ou conceito. O Presente trabalho emprega os conceitos definidos com a
abordagem qualitativa e objetivos exploratórios, pois utiliza como instrumento de
coleta de dados questionários. Para identificar se as obras praticam conceitos
básicos de otimização e como os colaboradores poderiam aumentar a produtividade
em seus locais de trabalho.
Conforme Yin (2001) o estudo de caso é uma estratégia de pesquisa que
compreende um método que abrange tudo em abordagens especificas de coletas e
análise de dados. Nesse caso o seguinte trabalho é feito através de um estudo de
caso onde será feita analises em 5 obras em pontos distintos da cidade de João
Monlevade-MG e em etapas construtivas diferentes, para obter dados mais
relevantes sobre a situação em que se encontra as obras na cidade, como resultado
benéfico para a sociedade os dados poderão ser utilizados para melhoria dos
processos construtivos em obras na cidade.
26

Após as pesquisas bibliográficas realizadas e com a orientação de


profissionais capacitados será criado um questionário com perguntas relacionadas a
otimização e produtividade em obras de pequeno porte, com conceitos básicos,
porém fundamentais para que um projeto seja executado com total eficácia.

3.2 DESCRIÇÃO DAS OBRAS AVALIADAS

O presente trabalho busca apresentar dados técnicos de como profissionais


estão utilizando técnicas para melhorar a produtividade em obras residenciais de
pequeno porte na cidade de João Monlevade - MG, pois devido ao mercado estar
instável a otimização da obra é fundamental para que profissionais continuem a
executar obras com qualidade e com preço razoáveis que são fatores que muitos
clientes buscam em seus empreendimentos.
Na cidade de João Monlevade - MG existem inúmeras obras de pequeno
perto, porém não é possível saber se elas atendem os requisitos mínimos de
qualidade e segurança, com preços justos e dentro mercado interno. A pesquisa terá
um foco maior em obter dados significativos para ter um conhecimento do modo que
se constrói na cidade.
Serão realizadas visita técnicas em 5 obras residenciais de pequeno porte na
cidade de João Monlevade-MG, independente de qual fase construtiva ela esteja,
onde será confeccionado uma autorização que o entrevistado deverá assinar, para
que comprove que ele irá responder as perguntas de forma voluntaria e sem
qualquer tipo de manipulação, terá 1 questionário sendo a primeira etapa com 6
perguntas que o dono da obra irá responder e a segunda com 8 perguntas onde
qualquer pessoa envolvida diretamente com a obra poderá preenche-lo entre
funcionários e o dono da obra. Para facilitar a obtenção de dados as obras
escolhidas são de profissionais ou empresários conhecidos no mercado.

3.2.1 Obra 1

Está obra é situada no bairro Jacuí em João Monlevade - MG, onde será
realizado a construção de uma residência unifamiliar em um terreno de
aproximadamente 395 m², a obra encontra-se na fase de acabamentos internos.
27

Imagem 2 - Obra 1

Fonte: Autor próprio (2020)

3.2.2 Obra 2

Esta obra está localizada no bairro Laranjeiras em João Monlevade - MG,


será realizado a construção de uma casa inicialmente de 5 cômodos, sendo 2
quartos, 1 sala, 1 cozinha e 1 banheiro, onde futuramente poderá ser expandida, no
momento a obra encontra-se finalizando a alvenaria para a montagem da laje pré-
fabricada.
Imagem 3 - Obra 2

Fonte: Autor próprio (2020)


28

3.2.3 Obra 3

Este empreendimento está situado no bairro Centro Industrial em João


Monlevade - MG, onde vem sendo realizado reformas em seu interior e ampliação
da residência, melhorando o acabamento interno e aumentando a segurança da
casa. Ela possui 2 andares, sendo que no 2 andar será construído uma casa
independente.

Imagem 4 - Obra 3

Fonte: Autor próprio (2020)

3.2.4 Obra 4

Está localizada no bairro Jacuí em João Monlevade - MG, a obra é uma


ampliação da sua residência onde irá ser realizado a confecção de uma laje para
uma futura garagem na parte superior e um quarto na parte inferior.
29

Imagem 5 - Obra 4

Fonte: Autor próprio (2020)

3.2.5 Obra 5

Situada no bairro cruzeiro celeste em João Monlevade – MG será realizada reforma


e ampliação da residência de 2 andares, onde ocorrerá assentado piso cerâmico,
pintura em toda casa, montagem de rede elétrica hidráulica e hidrosanitária e
também confecção da estrutura metálica sobre a laje de isopor.

Imagem 6 - Obra 5

Fonte: Autor próprio (2020)


30

3.3 PROCEDIMENTOS TÉCNICOS

3.3.1 Elaboração do questionário

Para elaborar os questionários que terão como público alvo dono e


funcionários das obras analisadas, o vocabulário usado não poderia ter um alto nível
técnico para uma melhor compreensão dos entrevistados. Primeiro deve-se
identificar a obra em questão, localidade e o tipo de usuário entrevistado, para então
depois elaborar-se as perguntas levando essas características em consideração. As
perguntas propostas estão no apêndice A e o termo de livre esclarecimento no
apêndice B.
Como base para este trabalho destaca-se que foram analisados diversos
fatores influenciáveis em um questionário e dicas de como elabora-lo, tendo em vista
que colaborou para decisões tomadas para a elaboração deste questionário, uma
delas é que contará apenas perguntas de múltipla escolha, sendo que algumas terão
um campo para anotar possíveis observações pertinentes.
O questionário é dividido em quatro partes A, B, C, D. A primeira (A) e
segunda (B) parte será respondida pelo proprietário da obra sendo composta
inicialmente por três perguntas relacionadas a características da obra e
posteriormente com 6 perguntas onde é de sua responsabilidade a realização
desses conceitos na obra e de cunho pessoal sobre obras em geral na cidade.
A terceira (C) e quarta (D) fase é direcionada apenas a funcionários dos
empreendimentos independente da sua função, onde inicialmente são abordadas
quatro perguntas pessoais ao funcionário e logo após oito perguntas sobre como
vem sendo desenvolvido serviços e de cunho pessoal sobre obras em geral na
cidade.
As perguntas da parte A e C serviram para qualificar a obra e usuário que
respondeu ao questionário. Já na parte B tiveram 4 perguntas com duas opções de
resposta sim e não, com um campo para anotação caso a resposta seja negativa, e
outras duas com múltipla escolha de acordo com sua visão pessoal. Na parte D
também são perguntas de múltipla escolha onde o funcionário irá obter conclusões
de acordo com o que se passa no dia a dia na obra.
31

3.3.2 Os Objetivos da investigação

Inicialmente foi descrito nos objetivos do trabalho, subdividido em objetivos


gerais e específicos. De modo geral o objetivo do questionário acaba sendo o
mesmo objetivo geral do trabalho: Elaborar um instrumento de avaliação de obras
residenciais de pequeno porte na cidade de João Monlevade – MG, focando na
produtividade. Os sub-objetivos quando são vistos para a elaboração de um
questionário são tratados mais como uma causa que pode influenciar o resultado
final do questionário, neste caso, o que o dono e funcionário observam que
influenciam na produtividade.
Para apontar esses objetivos contou-se com ajuda da Norma Brasileira de
Desempenho (NBR 15575), trabalhos, artigos acadêmicos, sites confiáveis sobre
obras em vários seguimentos, todos eles citados nas referências deste trabalho, as
características dos funcionários (por exemplo apenas pessoas que estão
trabalhando próximas diariamente podem ter um julgamento consciente de que os
colaboradores são capacitados para execução das atividades).

3.3.3 As hipóteses da investigação, as escalas de resposta e os métodos para


analisar dados.

Sobre o questionário fechado foram analisadas as seguintes vantagens e


desvantagens em sua aplicação.
Vantagens: É fácil aplicar análises estatísticas para analisar as respostas.
Muitas vezes é possível analisar os danos de maneira sofisticada.
Desvantagens: Por vezes a informação das respostas é muito "rica". Por
vezes as respostas conduzem a conclusões simples demais.
A quantidade de respostas escolhidas para este questionário foi de número
cinco, como as perguntas requerem um posicionamento da parte do entrevistado
uma resposta neutra, poderia induzir a pessoa a não se posicionar sobre dando a
resposta mediana como o que BanchinI (2016) explica.

3.3.4 Métodos para avaliação dos dados

Após a aplicação dos questionários foi feito uma análise das respostas
obtidas. As perguntas (parte A e C) tiveram uma análise diferente das perguntas da
parte B e D.
32

As perguntas da parte A e C serão usadas apenas para ter como base os


dados da obra e dos funcionários, eles não irão fazer parte dos resultados desta
pesquisa, serão apenas para auxilio.
Todas as respostas parte B e D que são relacionadas diretamente a
produtividade, por isso foram mostradas em gráficos para poder proporcionar uma
melhor visualização dos dados obtidos, mostrando em forma de porcentagem a
quantidade de respostas de cada pergunta.
Quando se relaciona o tamanho da amostra, procura-se espelhar a realidade
para a pesquisa, esta amostra deve então ser significativa em relação ao universo
pesquisado. Neste trabalho não foi levado em consideração o tamanho da amostra,
não foi feito também um estudo estatístico do universo, não podendo avaliar a obra
entre boa ou má qualidade, apenas mostrando o instrumento de avaliação e a
opinião de alguns usuários conforme descreve BanchinI (2016).
Com os questionários respondidos foi descrito os dados recolhidos das
perguntas da parte B do questionário, o número 1,2,3,4 serão avaliadas SIM como
dentro do padrão exigido e não fora do padrão exigido, a questão 6 como é de
múltipla escolha será mensurado apenas as quantidades no final trabalho.
Já a questão 5 da parte B e 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 da parte D será atribuído uma
nota de 1 a 5 pontos, onde a resposta A:1 ponto, B:2 pontos, C:3 pontos, D: 4
pontos e E: 5 pontos, fazendo a média ponderada para cada pergunta pode-se obter
uma nota, quando maior for a média melhor avaliada será o conceito. Para auxiliar
na avaliação do questionário o trabalho contara com fotos, imagens para dar
ênfases em algumas respostas.

3.3.5 Aplicação do questionário (pré-teste)

Para o questionário ser visto como um instrumento de se medir o nível de


produtividade das obras ele será aplicado em uma obra na cidade de João
Monlevade – MG de ampliação de uma residência que está na fase de acabamento.
Onde as características se enquadram perfeitamente nas obras que serão realizadas
o questionário posteriormente.
Com os resultados desses questionários em mãos foi feita uma análise e
discussão dos resultados, chegou assim a uma conclusão sobre o nível de
33

produtividade em que se encontra a obra e a validação da aplicação do questionário


em outros empreendimentos e se deve ou não sofrer alguma alteração no mesmo.
34

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Com os questionários respondidos em mãos pode ser feita as análises e


considerações sobre a percepção dos funcionários e donos dos empreendimentos
sobre a produtividade.

4.1 EMPREENDEDORES

4.1.1 Parte B do questionário

O grupo de perguntas 1, 2, 3, 4 e 5 é representado pela parte B do


questionário e foi aplicada nas 5 obras para os empreendedores, onde o foco é
diretamente suas obras e se eles estão cumprindo os procedimentos básicos para
iniciar um projeto, a pergunta 5 está direcionada a obras de modo geral na cidade de
João Monlevade – MG.
As perguntas 1, 2 e 3 está direcionada a fase inicial de um projeto onde é
função do dono promover os recursos para que a obra possa começar de maneira
correta. Para cada uma dessas perguntas foram disponibilizadas apenas 2
respostas, onde a resposta SIM a obra segue o que é recomendado e NÃO está
totalmente fora dos padrões. Com a ajuda do programa Google Formulários montou-
se um gráfico com as respostas dos questionários.

Gráfico 1 – Parte B Pergunta número 1

Fonte: Autor próprio (2020)


35

Gráfico 2 - Parte B Pergunta número 2

Fonte: Autor próprio (2020)

Gráfico 3 - Parte B Pergunta número 3

Fonte: Autor próprio (2020)

Observou-se que a maioria dos empreendedores (80%) não adequaram a sua


construção de acordo com as normas estabelecidas pela prefeitura. O entrevistado
número 1 relatou que “ não há necessidades por ser uma obra antiga e simples”, e o
36

entrevistado 2 afirmou que sabe que são necessários esses procedimentos, porém
não possui verba para realiza-los.
Muitos proprietários não dão a devida atenção para esses conceitos
apresentados anteriormente, devido se tratar muitas vezes de obra pequenas jugam
não ser necessárias tomar essas medidas exigidas pelas normas, segundo Freitas
(2015) as fiscalizações podem acontecer em qualquer momento da execução da
obra, o que pode ocasionar em multas e na paralização da mesma, afetando
diretamente a produtividade do empreendimento e gerando transtornos para o
proprietário.

Gráfico 4 - Parte B Pergunta número 5

Fonte: Autor próprio (2020)

É possível analisar que os empreendedores estão satisfeitos com a


produtividade em suas obras obtendo a média de 3,6 pontos, porém vale ressaltar
que um entrevistado (20%) está totalmente infeliz com a produtividade em sua obra,
conforme a imagem 7 destaca.
Lisboa et al. (2018) destaca que a realização de controles inicias e um bom
planejamento, aumenta o poder de eficiência e diminui atrasos na entrega de obras
e desperdícios operacionais.
37

Imagem 7 - Obra 2 Produtividade baixa

Fonte: Autor próprio (2020)

4.1.2 Parte D do questionário

As perguntas 1, 2, 3, 4 ,5, 6, 7 e 8 estão presentes na parte D do questionário


onde o foco é direcionado ao funcionário e sua visão da obra em que está
trabalhando e sobre projetos em geral na cidade de João Monlevade- MG.
Todas as perguntas da parte D atribuiu-se notas para os níveis de avaliação
do colaborador. Todas as respostas letras A nota 5, letra B nota 4, letra C nota 3,
letra D nota 2, Letra E nota 1, onde irá ocorrer a soma das respostas dos 5
questionários e subtraída por 5 para cada pergunta, quanto maior for a média
ponderada melhor ela será avaliada.
38

Gráfico 5 Parte D Pergunta número 1

Fonte: Autor próprio (2020)

Das 5 respostas 4 (80%) demostram que a maioria das obras possuem


colaboradores com grande qualificação profissional como demostrado na imagem 8,
consequentemente gerando um ganho na produtividade, porém em uma das obras
foi constatado que existem profissionais que não são aptos para execução de alguns
serviços. A média ponderada desta questão é de 3,6 pontos, ou seja, dentro dos
parâmetros analisados está com uma boa avalição.
De acordo com Da Silva, Fenner e lima (2017) o foco em mão de obra
qualificada é o principal fator para realização de projetos, pois influencia diretamente
as fases de execução, garantindo qualidade e otimizando a produção. Para Lerman
(2019) no Brasil as construções de médio e pequeno porte não compartilham a ideia
de mão de obra com alta produtividade, pois o melhor rendimento gera um custo
elevado, onde muitos empreendedores preverem economizar.
39

Imagem 8 - Obra 1 Mão de obra qualificada para assentamento de piso cerâmico

Fonte: Autor próprio (2020)

Gráfico 6 - Parte D Pergunta número 2

Fonte: Autor próprio (2020)

A respeito da utilização de EPI’s ocorreu uma média ponderada de 3,4


pontos, acredita-se então que a os colaboradores fazem a pratica do uso de EPI’s,
porém, não é feito em todas as atividades ou mesmo todos os que seriam
necessários para execução de algumas atividades, as imagens 9 e 10 evidenciam o
que foi explicado anteriormente.
Muitos profissionais sofrem acidente de trabalho devido a não utilização de
proteções, Soares (2018) afirma que é ao se fornecer as condições mínimas de
40

conforto, higiene e segurança, há uma melhoria no desenvolvimento das atividades,


o índice de satisfação é elevado, e consequentemente, a rotatividade de
funcionários diminui e o que gera um alto rendimento da produção.

Imagem 9 - Obra 3 Utilização de EPI´s

Fonte: Autor próprio (2020)


41

Imagem 10 - Obra 2 Colaborar sem EPI's

Fonte: Autor próprio (2020)

Gráfico 7 - Parte D Pergunta número 3

Fonte: Autor próprio (2020)


42

Na questão de ferramentas modernas ocorreu unanimidade nas respostas


onde todos os entrevistados concordam que a utilização das mesmas aumenta a
produtividade em obras, obtendo uma média de 5 pontos, demostrando que este
conceito é bastante utilizado nas obras em João Monlevade- MG, na obra 2 é feito o
uso da serra mármore para corte de ferragens (imagem 11).
Muller (2015) explica que com o crescente desenvolvimento tecnológico que
vem ocorrendo nos últimos anos, no setor da construção civil desenvolve diversas
tecnologias que facilitam e otimização na execução de atividades. Algumas
tecnologias já são bastantes utilizadas em construção de pequeno porte na cidade,
pois profissionais que utilizam essas ferramentas estão dominando o mercado.

Imagem 11 - Obra 2 Utilização da serra circular

Fonte: Autor próprio (2020)


43

Gráfico 8 Parte D Pergunta número 4

Fonte: Autor próprio (2020)

Com uma média de 3,8 a utilização de matérias novos atinge uma boa
avaliação, pode-se analisar pela imagem 12 que é utilizada argamassa industrial e
piso cerâmicos modernos, porém em uma das obras foi detectado que apenas as
vezes é utilizado tais insumos, destoando das demais que já fazem o uso regular
dos mesmos.
Pode- se analisar que na questão insumos o cenário mudou se comparamos
com as ferramentas, de acordo com Teixeira e Simplício (2018) devido à baixa
qualidade da mão de obra operacional no Brasil para novas tecnologias, o método
convencional, artesanal ainda é muito utilizado. Hillesheim et al. (2016) afirma que é
muito comum os surgimentos de patologias em obras são ocasionados pela má
execução da construção ou erro de projeto, onde o conhecimento para utilização de
insumos é fundamental.
44

Imagem 11 - Obra 5 Utilização de materiais novos no mercado

Fonte: Autor próprio (2020)

Gráfico 9 Parte D Pergunta número 6

Fonte: Autor próprio (2020)

A organização do ambiente de trabalho conseguiu um media de 3,8 ótima,


onde foi demostrado que a maioria dos empreendimentos gozam da organização.
A organização de um ambiente de trabalho proporciona inúmeros benefícios
aos funcionários (Imagem 13), onde consequentemente proporciona um aumento na
produtividade dos projetos, segurança e maior eficiência na obra (LISBOA et al,
2018).
45

Imagem 12 – Obra 4 Organização no canteiro de obras

Fonte: Autor próprio (2020)

Lisboa et al. (2018) afirma que com empreendedores mais exigentes, lucros
menores e cronogramas compactados, planejar é uma atividade indispensável na
atualidade.
Gráfico 10 Parte D Pergunta número 7

Fonte: Autor próprio (2020)

Nesta questão com foco nas obras individuais de cada colaborados a média
foi de 3,8 pontos, podendo constatar que na visão dos funcionários estão realizando
46

obras de modo eficaz, porém 3 entrevistados (40%) não afirmaram com clareza que
estão seguindo os padrões corretos para executar obras com eficiência.
Para tornar as obras eficientes devem ser levando em consideração muitos
fatores, como a otimização no abastecimento de equipes, questões burocráticas,
melhorias no arranjo físico de estoques e movimentações, mão de obra qualificada
(DALONGARO et al, 2017). Deve ocorrer um trabalho em equipe para dar eficiência
ao projeto onde empreendedores e funcionários trabalhem em prol da produtividade,
com o mesmo pensamento Guimaraes, Junior e da Silva (2018) afirmam que para
obter sucesso as obras da construção civil devem ser realizadas com planejamento,
correção de rotas e envolvimento de todos.

Gráfico 11 Parte D Pergunta número 8

Fonte: Autor próprio (2020)

A visão geral dos funcionários em relação a obras de modo geral na cidade


de João Monlevade – MG foi ruim com média de 2,6 pontos, onde a maioria dos
entrevistados (60%) afirmaram que as obras na cidade são realizadas com pouca
eficácia, destoando da visão que tiveram das suas obras.
A responsabilidade de torna um projeto viável começa pelo seu dono, ele que
irá gerenciar, moldar todas as etapas e direcionar recursos para o empreendimento,
portanto é preciso que tenha apoio de bons profissionais para auxilia-lo. Oliveira e
Carvalho (2018) destacam que o comprometimento de empreendedores em busca
de uma gestão eficaz de seus projetos, com o aperfeiçoamento das etapas inicias do
47

planejamento e com as eventuais falhas iram gerar um menor impacto global na


obra.
48

5 CONCLUSÃO

Com relação aos objetivos propostos inicialmente todos foram cumpridos com
eficiência, pois através do referencial teórico foi possível compreender quais são as
principais etapas construtivas de obra de pequeno porte, analisar os principais
fatores que afetam a produtividade e conhecer conceitos que podem ser utilizados
para otimizar projetos, com a aplicação dos questionários em campo tornou-se viável
a colheita das informações técnicas com diversos empreendedores e funcionários na
cidade de João Monlevade – MG. Estes dados tiveram grande relevância para a
conclusão deste trabalho onde foi possível analisar questões fundamentais para o
rendimento de projetos independe de qual fase construtiva esteja.
Com base nas informações coletadas foi possível analisar que a maioria
(80%) dos empreendedores na cidade de João Monlevade- MG não utilizam em
seus projetos conceitos burocráticos fundamentais como projeto, alvará de
funcionamento e até mesmo acompanhamento de um responsável técnico, pois
jugam muitas vezes não ser necessário devido as obras serem de pequeno porte e
principalmente pela questão financeira, onde o valor que seria gasto com tais
processos podem ser melhor aplicado insumos e pagamento da mão de obra,
mantendo a prioridade estética em relação a segurança e qualidade.
Com os estudos realizados os pesquisadores podem afirmar que a mão de
obra é o fator determinante para qualificar a produtividade de uma obra. A
qualificação profissional teve uma média de 3,6 pontos, mostrando que a
colaboradores de qualidade atuando na cidade, a utilização de EPI’s teve média de
3,4 pontos, provando que está ocorrendo um amadurecimento nas questões de
segurança no setor civil consequentemente dando aos funcionários maior segurança
na execução das atividades, porém foi possível encontrar alguns trabalhadores que
não compartilham dessa ideia.
A utilização de ferramentas modernas é um conceito muito utilizado onde
100% dos entrevistados consideram que elas melhoram a sua produtividade. Foi
possível notar que construtores estão se adequando as modernidades que vem
surgindo no mercado, tendo em vista que não são concorrentes mais sim
ferramentas para auxilia-los ao melhor rendimento, manter ativos no mercado e um
49

passo à frente dos concorrentes que ainda utilizam conceitos arcaicos. Com uma
média de 3,8 podemos concluir que as obras estão com canteiros organizados,
tendo em vista que essa simples atividade proporciona inúmeros benefícios ao
projeto onde diminui os acidentes de trabalho, otimiza a execução de tarefas,
mantem a limpeza e organização do ambiente e garante eficiência da produtividade.
Pode-se perceber uma divergência de opiniões se tratando de eficiência na
produtividade onde na visão dos próprios funcionários no âmbito geral suas obras
estão sendo executadas com ótima eficiência com média de 3,8 pontos, os donos
também gozam desse pensamento onde deram uma média de 3,6 pontos, porém ao
referir-se das obras de modo geral na cidade de João Monlevade – MG esse
percentual caiu drasticamente com apenas 2,6 pontos de média. Com base nos
dados demonstrados acima foi possível concluir que profissionais tendem a avaliar
suas obras com uma melhor eficiência, onde alguns fatores como rotina de
atividades, ego, experiência profissional contribuem para esses acontecimentos, já
em obras de terceiros o senso crítico pode variar muito.
A coleta de dados deste trabalho foi a etapa mais difícil, pois alguns fatores
esternos limitaram ampliar a pesquisa, recomenda-se para trabalhos futuros uma
coleta de dados maior, onde possa dividir a cidade em regiões e aplicar uma
quantidade maior de questionários em cada uma dessas divisões, para obter mais
dados e interpretações de resultados mais próximos do real. Por fim sugere-se que a
construção do questionário contemple questões econômicas relacionadas aos
empreendedores pois a falta de recursos foi um fator determinando para a não
utilização de conceitos burocráticos em seus empreendimentos.
50

REFERÊNCIAS

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qualificação da mão de obra operacional na indústria da construção civil na
cidade de Maceió-AL. 2019.

ALVES, Nadiene, 2018. 5 maneiras como a tecnologia na construção civil


transforma a produtividade. Disponível em: < https://constructapp.io/pt/tecnologia-
na-construcao-civil-produtividade/ >. Acesso em 30 de out 2019.

ALVES, Thiago Freitas. Planejamento e controle de obra: comparar o


desenvolvimento da construção estrutural de um edifício multifamiliar com o
planejamento. Engenharia Civil-Tubarão, 2019.

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Projeto e execução de fundações. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio
de Janeiro, Brasil, 2010.

BARBOSA, Lucas Santana; BARBOSA, Thiago Santana. Organização do canteiro


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BARBOSA, Renato Vieira et al. Planejamento e controle de obras residenciais do


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51

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entre estrutura de concreto armado e alvenaria estrutural em obras da cidade
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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO
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59
60
61

APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

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