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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
SUCESSO NO RELACIONAMENTO

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

1
CURSO DE

SUCESSO NO RELACIONAMENTO
CEIRA
E FINANCEIRA

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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SUMÁRIO

1 ENFRENTANDO CRISES NO RELACIONAMENTO


2 O SUCESSO NO RELACIONAMENTO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1 ENFRENTANDO CRISES NO RELACIONAMENTO

Todo relacionamento seja ele casamento ou namoro passa por crises, e o


casal precisa ter em mente que superar estas crises é um grande diferencial para o
relacionamento dar certo.
São muitos os fatores que podem levar a uma crise Jablonski (1998) coloca
que no casamento as mudanças socioeconômicas causam certas consequências
com alterações nas atitudes e comportamentos dos indivíduos e essas são as
principais causas das crises no casamento. As novas demandas sociais passaram a
exigir da mulher uma maior participação em tarefas fora de casa o que acaba
acarretando as crises. À medida que as mulheres ganham independência
econômica, tornam-se cada vez menos dependentes do homem e mais à vontade
para saírem de uniões infelizes. Podemos analisar no cenário atual que muitas
mulheres independentes apresentam certa dificuldade para encontrarem um
parceiro ideal, pois grande parte dos homens acaba se sentindo ameaçados e por
consequência evitam seguir com o relacionamento.
Yorio (1996) afirma que certos conflitos podem ser produtos da própria
relação, desencadeados a partir de situações atuais, tendo como desencadeantes
fatores de ordem econômica, mortes, doenças ou mesmo em função de uma
evolução normal de duas personalidades que acabam indo para direções que não
conciliam num primeiro momento ou definitivamente.
Segundo Ramey (1975, apud JABLONSKI, 1998, p. 21):

O papel desempenhado pela resolução tecnológica, que permitiu a


emancipação econômica do indivíduo, desabrigando-o em muito da vida
familiar que até então seria a melhor maneira de enfrentar um meio hostil. O
que diz respeito particularmente, à mulher, que por meio de sua
emancipação, alterou profundamente as relações dentro da família.

Crew (1972, apud JABLONSKI, 1998, p. 24) afirma em seus estudos que as
causas e consequências do clima social e as relações fora do relacionamento estão
contribuindo substancialmente para o agravamento das crises nos relacionamentos,

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já que o casamento em nossa sociedade se baseia em um princípio monogâmico. A
infidelidade foi, e ainda é, um tema polêmico para a sociedade no decorrer da
história. De acordo com Calvino (século XVI, apud COSTA 2000, p. 51) “o adultério
deveria ser punido com a morte por decapitação ou afogamento”. A tendência a
punir a infidelidade conjugal, principalmente quando praticada pela mulher, se
estendeu ao longo dos séculos, apesar de implicar impulsos que podem ser
reprimidos ou racionalizados, mas nunca substituídos da mente. Todavia, todo
indivíduo que, ao se casar, promete ao cônjuge fidelidade, tenta enganar o outro e a
si próprio, tanto quanto quem, por outro lado, diz ser capaz de lidar com a
infidelidade naturalmente, sem se perturbar.

FONTE: Disponível em: <http://www.thinkstockphotos.com>. Acesso em: 14 jan. 2011.

Para Ricotta (2002, p. 23) “a crise é um momento intermediário entre manter


a situação do jeito que está e aceitá-la ou modificar toda estrutura de funcionamento
de alguma coisa”. É um impasse que proporciona a passagem para outra etapa mais
evoluída, melhorando a qualidade do vínculo, ou, deixando a situação como está,
sem alterá-la, permanecendo sem atividade e rígida, fazendo com que o vínculo
fique com sua qualidade baixa e podendo até prejudicar sua continuidade, pois a

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crise faz com que as pessoas saiam da rotina e do equilíbrio. O indivíduo em
situação de crise perde a amplitude da percepção e a capacidade que possui para
compreender a si mesmo e ao outro. Segundo Ricotta (2002) isso ocorre porque a
ansiedade torna-se presente em um nível muito alto, o que acarreta na perda da
espontaneidade e da criatividade, que servem de base para a saúde de uma pessoa
e necessárias para a resolução de um conflito. Os casais encontram-se em
situações difíceis por não conseguirem chegar a uma solução exatamente por
estarem isentos da criatividade necessária para esse momento, pois a tendência é
que passem a enxergar as coisas de uma forma única, principalmente no que se
refere à solução do conflito. Assim, eles ficam presos a uma expectativa que não os
leva a nada, apenas acaba por manterem o estado de crise.
De acordo com Minuchin (1990, apud RICOTTA 2002, p. 64) “o casal acaba
por se tornar acostumado a um tipo de funcionamento entre eles, tendem a produzir
soluções evidentemente enquadradas no contexto em que vivem soluções essas
repetitivas e consequentemente sem resultado”. Isso quer dizer que todo casal
apresenta um tipo de funcionamento peculiar, costumeiro e conhecido por eles, o
que os impedem de desenvolverem a criatividade necessária para solucionar um
problema, e que somente é alcançada com uma nova postura para resolver os
conflitos.
Ricotta (2002) enfatiza a imagem errônea que os casais fazem da
necessidade de mudança em seu relacionamento, pois se deparam com o medo do
novo, principalmente, aqueles casais que possuem pouca flexibilidade, porque
associam a isso a possibilidade de um rompimento. O medo da separação que
alguns casais em crise criam em suas fantasias é tão intenso que muitos deles
mantêm-se na superficialidade para combater a hipótese de um rompimento, e
acabam por não desenvolver a qualidade de seu vínculo. Uma crise quando não
abordada e tratada, pode levar a uma situação crônica de insatisfação no
relacionamento, o que deteriora o vínculo e aumenta a distância entre eles, podendo
assim levar a ruptura ou acomodamento.
De acordo com Costa (2000) um dos principais fatores que servem de base
para um relacionamento feliz é o predomínio do uso das palavras como forma de
expressão de expectativas e insatisfações. Em muitos relacionamentos os pares não
chegam a expor seus sentimentos em relação ao outro, mas esperam ser

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compreendidos, zangando-se quando isso não ocorre. É inevitável que os parceiros
vivam frequentemente situações frustrantes, os quais geram insatisfação e desajuste
na relação. A criação de um espaço psicológico que possibilite a interação do casal
com a sociedade, participando das amizades antigas e posteriores ao
relacionamento, ajuda o casal a manter um relacionamento mais equilibrado.

FONTE: Disponível em: <http://www.thinkstockphotos.com>. Acesso em: 14 jan. 2011.

No casamento a chegada dos filhos para Costa (2000) também pode causar
certo desequilíbrio na rotina do casal. Os cônjuges precisam ter a capacidade de
alargar a relação para incluí-los. Quando o casal não é capaz de fazer isto, acabam
estabelecendo uma relação de exclusividade absoluta, tornando o vínculo afetivo
muito infantil. No entanto, os filhos não devem comprometer a intimidade do casal,
pois há casos em que eles passam a dominar a família, assim a intimidade e
privacidade passam a ficar comprometidas, o casamento tende a esvaziar-se e
perder seus atrativos, resumindo-se às tarefas de maternidade e paternidade.
Ricotta (2002) relacionou as queixas mais frequentes que atingem um casal
e desencadeiam as crises. Uma delas é a não correspondência dos papéis entre os
cônjuges, o que resulta em pouca afinidade. Caracteriza-se pela diferenciação de

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um em relação ao outro, podendo acontecer pelo pequeno número de papéis
desenvolvidos, de papéis individuais de um parceiro em oposição ao outro que
desenvolve e amplia cada vez mais os seus. Num casal em que os papéis passam a
se corresponder cada vez menos, o vínculo vai se atrofiando até a chegada da não
relação que vai tornando o elo cada vez menor mesmo morando sobre o mesmo
teto. O casal passa então a tentar de todas as maneiras reorganizar o vínculo,
esgotando todas as possibilidades, somente restando a separação. Isso ocorre
porque estão sob um alto nível de angústia e ansiedade que impede a atividade de
pensar e agir adequadamente, havendo então uma desestruturação emocional e
social.

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FONTE: Disponível em: <http://www.thinkstockphotos.com>. Acesso em: 18 jan. 2011.

As diferenças culturais também parecem ser um fator desencadeante de


crises. Essas diferenças em um primeiro momento, não representam perigo algum
ao vínculo, pois havia outros fatores que davam maior significado e apego à relação.
Segundo Ricotta (2002, p. 67):
Com o tempo estas diferenças acabam surgindo de forma mais relevante e
gerando crise, como algo que estava latente e não vinha à tona
simplesmente porque não incomodava tanto, porque estavam investindo na
semelhança entre eles ou porque antes estava compensada a relação de
alguma forma que essas diferenças não precisavam surgir.

Para que as diferenças não comprometam a relação é preciso conhecê-las


para que os cônjuges possam se completar e se ajudarem a crescer naquele
conhecimento. As diferenças passam a surgir quanto maior for a convivência e à
medida que os papéis que forem acionados não forem correspondidos e quanto
maior for a ocorrência de divergências, pois denota em uma diminuição da afinidade
entre ambos. A afinidade também fica comprometida quando o casal não possui
projetos comuns, pois isto proporciona a satisfação e a realização de metas que se
pretende alcançar com o outro e não com qualquer outra pessoa. Há uma

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exclusividade em se realizar algo com o companheiro, e quando isso não ocorre, a
frustração aparece.
De acordo com Niven (2003 p. 15) “em todo relacionamento há desavenças,
mas o número e a intensidade delas variam imensamente. Vocês nunca vão
concordar em tudo e nem devem tentar. Mas há algo que irá ajudá-los a reduzir a
dor dos desentendimentos: a escolha de um método para as discussões.” Não é
difícil encontrar duas pessoas em um relacionamento com ideias completamente
opostas sobre como lidar com o conflito. Algumas enfrentam o problema assim que
ele surge, outras preferem fazer insinuações sobre o problema sem falar sobre ele
diretamente, enquanto outras ainda tentam evitar o assunto e até o que o causou.
Sendo assim, é importante que o casal encontre um equilíbrio decidindo a melhor
maneira de debater os problemas e vencer os conflitos na relação.

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Vejamos a história abaixo:

John teve pais autoritários, que o castigava severamente sempre que ele

cometia o que consideravam um erro. Isso desenvolveu em John uma reação

instintiva de defesa ante qualquer coisa que lhe soasse como acusação. June, pelo

contrário, fora criada em uma família que dominava o diálogo e o respeito aos

filhos. Mas ela tinha uma característica que afetava especialmente o marido: era

veemente na forma de falar.

Como os dois se casaram muito apaixonados, essas características só

vieram a causar atrito com o passar do tempo. Sempre que se tratava de

administrar uma diferença, John ouvia as acusações da mulher e reagia com

agressividade. E se algum problema o incomodava, a tendência era negá-lo, na

esperança de que acabasse se resolvendo sozinho. O problema, é claro, não se

resolvia, e como June não tinha chance de perceber como uma atitude sua

incomodava o marido, o desgaste ia aumentando.

Quando os dois se deram conta que o amor que os fizera tão felizes estava

se esvaindo, assustaram-se e acabaram procurando um aconselhamento. Não foi

fácil porque a maneira de ser de cada um estava bastante estruturada. Mas como

havia um enorme desejo de acertar resolveram investir no processo.

John, aos poucos foi tomando consciência de que embora June fosse uma esposa

amorosa e compreensiva, ele ouvia suas reclamações – feitas muitas vezes com

veemência – como se fosse dos pais que o maltratavam. Ela, por sua vez, percebeu

que sua forma de falar criava no marido uma resistência que o impedia de escutar o

que ela dizia.

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Finalmente chegaram a um acordo. Quando June quer reclamar de alguma coisa,

ela faz inicialmente um preâmbulo – da forma mais suave possível – dizendo que

aquilo que ela vai falar é motivado pelo amor que ela tem por John e pelo desejo

de que vivam felizes. Isso cria no marido uma predisposição para ouvir sem se

sentir acusado. Combinaram, que uma vez por mês, irão sair para conversar e que

John terá que responder a seguinte pergunta: “O que podemos fazer para

melhorar o nosso relacionamento?” Desta forma, ele consegue mais naturalmente

falar dos problemas que o perturbam. Se June se expressa de forma veemente,

John coloca sua mão sobre a dela: é o código que adotaram para sinalizar que

aquele jeito dela de falar não vai levar a nada. Na maioria das vezes, ela para
FONTE: NIVEN, 2003.

Embora as pessoas encontrem uma variedade de estratégias para solucionar


os conflitos no relacionamento, quando ambos os parceiros utilizam a mesma
estratégia, experimentam doze porcento menos conflitos e têm chances trinta e um
porcento maiores de se sentirem satisfeitos no relacionamento (PAPE 2001, APUD
NIVEN 2003 p. 17).

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FONTE: Disponível em: <http://www.thinkstockphotos.com>. Acesso em: 14 jan. 2011.

Para Gottlieb (1993, p.96) “no início do relacionamento apaixonamo-nos pela


fantasia do homem ou da mulher ideal. O relacionamento começa a apresentar
problemas quando acreditamos que nós somos o ideal do nosso par”. O problema
de pensar dessa maneira é que na verdade temos a crença de que devemos ser
perfeitos para fazer nosso companheiro feliz, assim o parceiro passa a guardar
segredo com relação a si próprio, o que pode vir a prejudicar a relação quando estes
segredos não podem mais ser ocultados. Isso quer dizer que em uma relação a dois,
você deve ser você mesmo.
Todo casal possui seu ato comunicativo por meio do diálogo. Para Puget
(1993) este ato é muito complexo. Em todo diálogo um dos dois, o falante, coloca o
outro em posição de ser seu ouvinte. Os dois precisam formular hipóteses a respeito
do que o outro diz ou quis dizer. A concordância nunca será completa, pois, às
vezes, seus integrantes falam e um deles entende algo diferente do que foi dito pelo
outro. Em alguns casais, essa situação provoca irritação e mal-estar. Uma falha na
comunicação gera um mal-entendido no casal, onde ocorre uma desilusão. Para que

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o casal não entre em crise, o ego precisa tolerar a frustração e o mal-estar de não
ser entendido da maneira correta.
O amor é destacado por Jablonski (1998) como sendo um fator
desencadeante de crises matrimoniais. Explica essa questão baseando-se nas
transformações por quais passou o casamento no decorrer dos anos, pois na maior
parte do tempo o que predominou na civilização é que este sentimento nascia e se
desenvolvia somente após o casamento ao longo da convivência do casal. O que
diferentemente acontece nos dias de hoje é uma visão do amor que precede o
casamento por ser um sentimento mágico, que ultrapassa barreiras sociais e se
reveste por uma forte ligação emocional, sexualizada e idealizadora. Desde a
adolescência segue-se com a ideia de que um dia se encontrará o príncipe/princesa
encantado (a), com todas as qualidades possíveis, o que lhes propiciará felicidade
para o resto de suas vidas. Essa visão do amor mágico contribui muito para o
desencadeamento de crises entre o casal, pois o que acontece é que a sociedade
passa a criar nas pessoas uma expectativa impossível de ser alcançada. Em razão
do casamento não ser somente baseado neste sentimento de amor-paixão, mas sim
em companheirismo, respeito mútuo, entre outros fatores que mantêm o casal em
boas condições de funcionamento. Portanto, quando um casal constrói sua união
somente em cima desse sentimento mágico acaba tendo que enfrentar certas
complicações na relação.

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FONTE: Disponível em: <http://www.thinkstockphotos.com>. Acesso em: 17 jan. 2011.

Quando nos apaixonamos por alguém idealizamos esse outro. Segundo


Yorio (1996, p. 27) “a manutenção das idealizações do outro, mesmo quando se
depara com uma realidade que não lhe corresponde, levam os parceiros a serem
prisioneiros dos seus próprios desejos não realizados”. Assim, o casal começa a
desenvolver uma desconfiança entre eles, como o sentimento de que foram traídos,
enganados. Instala-se então uma confusão, onde ambos se sentem perdidos, pois a
base sobre a qual a relação se fez não suporta a realidade da qual eles se
encontram. Realidade oposta àquela idealizada pela paixão.
Para Gottilieb (1993) todas as pessoas que se apaixonam pensam em se
casar. Mas casar-se com a pessoa por quem se apaixonam pode ser gerador de
conflitos futuros. Apaixonar-se é um processo transitório e temporário. O casamento
implica compromisso e permanência. Isso quer dizer que duas pessoas que se
casam porque estão apaixonadas provavelmente enfrentarão fases de muitas crises.
Outra questão que não pode deixar de ser citada sobre as possíveis causas
que desencadeiam as crises é a sexualidade. Para Costa (2000,) muitos casais
mantêm seu relacionamento apenas porque na cama se dão muito bem e dizem

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que, se não fosse
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FONTE: Disponível
D em: <http://ww
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ckphotos.com
m>. Acesso e
em: 12 jan. 2011.

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2 O SUCESSO NO RELACIONAMENTO

FONTE: Disponível em: <http://www.thinkstockphotos.com>. Acesso em: 12 jan. 2011.

Como vimos anteriormente o casal passa por várias fases até que seu
vínculo seja estabilizado e a relação se torne sólida até chegar ao casamento.
Mesmo assim passamos por crises e superamos. Todavia, muitas pessoas ainda se
perguntam o que é preciso fazer para ser feliz em um relacionamento ou o que fazer
para ele dar certo?
Podemos dizer que não existe uma porção mágica para que um namoro ou
um casamento dê certo, porém podemos dar algumas dicas para que a relação
traga felicidade para o casal de modo que possam compartilhar momentos e quem
sabe uma vida juntos.
De acordo com Amélio (2001) para começar um relacionamento amoroso é
preciso procurar pessoas nos locais e nas atividades nas quais é mais provável que

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ele se encontre. Ficar em casa desanimado esperando pelo amor com certeza é
mais cômodo, mas é totalmente ineficiente para esta finalidade.
Niven (2003) escreveu um livro sobre o assunto e aborda questões
importantes para que as pessoas possam ser felizes no relacionamento. Para ela os
picos da vida podem ser maravilhosos, as profundezas da vida, dolorosas, mas o dia
a dia não é nenhum nem outro. Não podemos definir nossos relacionamentos com
base nos melhores ou piores dias, mas nos dias de rotina comum. Investir na
relação, por meio de pequenos gestos atentos e generosos poderá ajudar a construir
um relacionamento de bases sólidas.
Em qualquer relacionamento é possível encontrar sinais de que ele vai
florescer, ou simplesmente não vai dar certo. Até os relacionamentos mais fortes
passam por problemas que os coloca em risco. E até os relacionamentos mais
frágeis e delicados encontram razões que indiquem que ele pode acabar dando
certo. Mas a verdadeira pergunta é a seguinte: Em quais desses sinais devemos
estar atentos? Devemos entender que se nos concentrarmos nos pontos negativos o
relacionamento será enfraquecido. Mas se nos concentrarmos nos pontos positivos
podemos fortalecê-lo. Ou seja, todos os relacionamentos têm seus pontos positivos
e negativos e podem vir a dar certo (NIVEN, 2003).

FONTE: Disponível em: <http://www.thinkstockphotos.com>. Acesso em: 12 jan. 2011.

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Quando entramos em um relacionamento precisamos acreditar que ele vai
dar certo este é o primeiro caminho para que ele tenha sucesso. O que devemos ter
em mente é que um relacionamento precisa trazer alegrias à sua vida, caso
contrário é preciso que a situação seja reavaliada, refletir se esta pessoa que você
escolheu realmente vale à pena.
Todos os seres humanos possuem suas diferenças em muitas coisas e este
é o primeiro impasse que temos ao nos relacionarmos com alguém “as diferenças”.
Mas por outro lado é justamente na tolerância a estas diferenças e nos defeitos do
parceiro que mora o sucesso de uma relação. Outro aspecto importante e que
precisa ser lembrado é que não somos perfeitos e que em nós também residem
defeitos que o outro também terá que tolerar.
Para Niven (2003) o senso de humor é um ingrediente poderoso para o dia a
dia do relacionamento, uma boa piada pode abrilhantar o dia trazendo alegria para
quem conta e para quem escuta. Este senso de humor tende a tornar mais alegres
os dias comuns diminuindo o fardo dos dias ruins.
A autora aponta também que investir em um relacionamento e dedicar-se
intensamente a ele só pode trazer benefícios. Mas o simples fato de se dedicar e se
esforçar muito não é a melhor receita de sucesso. Na verdade um esforço máximo
pode vir a ser uma grande fonte de frustração e de dor quando não é recompensado
com a melhora desejada. A dica é:

“Trabalhe pelo seu relacionamento com

sabedoria, com objetivos significativos

que contribuam para a saúde e a

felicidade dessa relação. Dedique-se

com lógica e bom-senso e não apenas

com esforço.” (NIVEN, 2003, P. 20).

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Reflita sobre a história abaixo:

Nicole olhou em torno de si: a sala estava coberta das flores enviadas pelo

marido, em busca de uma reconciliação, depois de tê-la ofendido com palavras

agressivas. Pensou nas joias que tinha ganhado em ocasiões semelhantes, nas

viagens que fizeram juntos buscando superar crises. Suspirou desanimada e,

sofrendo, constatou que seu casamento estava acabado.

Inúmeras vezes ela tentara explicar ao marido que todo aquele investimento

material não compensava a extrema solidão em que se sentia, mesmo quando

estava ao seu lado. Não havia diálogos, mas monólogos paralelos. Estavam

sempre cercados por pessoas que ele chamava de amigos, mas com quem não

tinha relação mais profunda. As festas se multiplicavam, e ela mais se

atordoava do que se divertia. E quando lhe diziam “Mas você tem tudo”, ela

refletia melancólica que trocaria o “tudo” por momentos de intimidade, em que

se sentisse ouvida, acolhida e compreendida. Todo aquele esforço fora em vão,

pois não lhe dera o que realmente desejava para viver um relacionamento feliz.

FONTE: Niven, 2003.

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Como pudemos observar nesta história, todo esforço feito pelo companheiro
de Nicole foi em vão para a felicidade do relacionamento, pois ele não investiu
naquilo que realmente o outro estava precisando desencadeando sentimentos de
frustração e infelicidade.
Os relacionamentos podem vir a desmoronar quando ocorre um
desequilíbrio. Nenhum dos dois parceiros pode ser mais importante ou até mesmo
ficar mais envolvido ou mais empenhado do que o outro. Em um relacionamento
saudável, não existe papel principal, pois sem equilíbrio não existe um
relacionamento (NIVEN, 2003).

FONTE: Disponível em: <http://www.thinkstockphotos.com>. Acesso em: 18 jan. 2011.

Para Gilbert e Walker (2001 apud Niven, 2003 p. 25):


Os relacionamentos nos quais os parceiros se veem como iguais na tomada
de decisões, no sacrifício pelo relacionamento e na divisão das tarefas
domésticas têm chances duas vezes maiores de durar do que os
relacionamentos nas quais estes fatores não são iguais.

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Outro fator importante colocado por Niven (2003) é que algumas vezes
temos a maior facilidade para ver os problemas em nossas vidas e uma grande
dificuldade para enxergar os pontos positivos. Sejam quais forem as condições de
seu relacionamento, pense nas pessoas que amam você e na profundidade do amor
que lhes dedicam. Receber amor e saber que você é merecedor desse amor são
condições necessárias para criar ou manter qualquer relacionamento.
Refletindo sobre o que disse a autora podemos dizer que a noção de ser
amado e o amor próprio são de extrema importância para o sucesso de um
relacionamento, pois se não se sentir importante e amado por você mesmo e pelas
pessoas que o cercam dificilmente se sentirá amado pelo homem ou mulher com
que mantêm um relacionamento amoroso.
A dica é:

AME-SE ACIMA DE
TUDO!

Os dois relacionamentos mais próximos da vida de uma pessoa tendem a


ser entre ela e o parceiro e entre ela e o melhor amigo ou amiga. Para muitas
pessoas, os sentimentos de afinidade, apoio, afeto e boa comunicação são mais
fortes nas relações com amigos. Mas fique atento, este desequilíbrio pode ser uma
fonte de frustrações e decepções no relacionamento. Isso é lógico, pois a amizade
tem uma vantagem: os grandes dilemas, lutas e debates da vida costumam
acontecer dentro do casamento e do outro lado a amizade parece mais amena e
melhor. Se você conseguir desenvolver uma relação sólida de amizade com seu

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parceiro, terá as chances de reconhecer que as dificuldades resolvidas com base na
amizade garantem a solidez de uma relação (NIVEN, 2003).
Podemos observar que existem muitos casais que iniciam o relacionamento
a partir de uma amizade sincera e sólida que acaba virando paixão. Isso é muito
bom e tende a fazer com que o relacionamento dê certo, levando em consideração
que o casal já tem afinidade e confiança um no outro. Nesse aspecto faltará
somente uma coisa para que a relação realmente progrida, o interesse sexual,
ingrediente essencial em um relacionamento amoroso.

FONTE: Disponível em: <http://www.thinkstockphotos.com>. Acesso em: 18 jan. 2011.

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Segundo Niven (2003) relacionamentos fortes e saudáveis são construídos
com base na igualdade. Mas trata-se de igualdades de direito e não de
características individuais. As relações felizes alimentam os sonhos de ambos os
parceiros e ajudam a realizá-los, mesmo que sejam diferentes. Não se pode realizar
o sonho de um à custa dos sonhos do outro.
Como podemos observar compartilhar uma vida com outra pessoa e manter
um relacionamento feliz e saudável exige de nós um pouco de cada coisa na
dosagem certa. Desse modo, Niven (2003) destacou alguns aspectos que considera
realmente importante para o sucesso do relacionamento:
 Construam um modo de vida feliz, que inclua algum tempo juntos e
algum tempo separado;
 Tenham paciência, estabeleçam comunicação e compromisso;
 Conversem sempre sobre os problemas que surgirem;
 Não sejam egoístas, coloque-se no lugar do outro;
 Tenham senso de humor, uma forte ética no trabalho e amor pela
família;
 Digam “desculpa”, “obrigado e “me esqueci”;
 Tenham respeito mútuo;
 Apreciem a companhia um do outro;
 Trabalhem juntos pela verdade, o bem e o belo;
 Respeitam as características um do outro e compreendam as
diferenças;
 Demonstrem admiração um pelo outro;
 Digam sempre boa-noite, mesmo que ainda estejam aborrecidos com
alguma coisa;
Diante de tudo o que refletimos existe um fator que com certeza fará toda a
diferença para todos os casais. Este ingrediente é o:

AMOR

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMÉLIO, Ailton. O Mapa do Amor: tudo o que você queria saber sobre o amor e
ninguém sabia responder. São Paulo: Gente, 2001.

COSTA, Gley, P. A Cena Conjugal. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

GOTTLIEB, Daniel. Clafin. E. Assuntos de Família: Dos Desencontros à União


Afetiva. São Paulo: Saraiva, 1993.

JABLONSKI, Bernardo. Até que a Vida nos Separe: A Crise do Casamento


Contemporâneo. Rio de Janeiro: Agir, 1998.

NIVEN, David. Os 100 Segredos dos Bons Relacionamentos. Rio de Janeiro:


Sextante, 2003

PUGET, Janine. Berenstein, I. Psicanálise do Casal. Porto Alegre: Artes Médicas:


1993.

RICOTTA, Luiza. O Vínculo Amoroso: A Trajetória da Vida Afetiva. São Paulo:


Agora, 2002.

YORIO, Vanda. D. Amor Conjugal e Terapia de Casal: Uma Abordagem


Arquétipica. São Paulo: Summus, 1996.

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