Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Indaial – 2019
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof. Luis Alonso Gonzalez Corrales
Prof. Michael Andrey Vargas Barrantes
Prof.ª Narayana Saniele Massocco
C823p
ISBN 978-85-515-0372-0
CDD 624.151
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! Bem-vindo à mais uma disciplina de engenharia civil:
práticas de geologia! Esta unidade tem como principal objetivo introduzir o
conhecimento de geologia, de forma prática e intuitiva, a partir de exemplos
teóricos e técnicos que levem ao reconhecimento dos aspectos geológicos em
campo. Ainda, quando se fala em geologia, o que vem em sua mente?
Vamos começar?
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – MINERALOGIA E PETROLOGIA............................................................................ 1
TÓPICO 1 – MINERALOGIA................................................................................................................ 3
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 3
2 CONCEITO DE MINERAL ................................................................................................................. 3
2.1 IDENTIFICAÇÃO DOS MINERAIS ............................................................................................. 5
2.1.1 Propriedades ópticas . ............................................................................................................ 5
2.1.2 Propriedades morfológicas ................................................................................................... 9
2.1.3 Propriedades físicas ............................................................................................................... 10
2.2 MINERAIS FORMADORES DE ROCHAS .................................................................................. 16
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 23
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 24
VII
3.2.2 Sulcos, ravinas e voçorocas.................................................................................................... 85
3.2.3 Erosão interna ou piping........................................................................................................ 86
3.2.4 Esqueletização.......................................................................................................................... 87
3.2.5 Outras formas particulares de erosão citadas na literatura............................................... 88
3.3 ERODIBILIDADE DOS SOLOS...................................................................................................... 89
3.4 ENSAIOS GEOTÉCNICOS APLICADOS À ERODIBILIDADE DOS SOLOS......................... 91
3.4.1 Caracterização física................................................................................................................ 91
3.4.2 Caracterização química........................................................................................................... 92
3.4.3 Caracterização mineralógica.................................................................................................. 92
3.4.4 Ensaio de desagregação.......................................................................................................... 93
3.4.5 Ensaio de Inderbitzen: método direto da erodibilidade.................................................... 94
3.4.6 Ensaio do furo de agulha........................................................................................................ 96
3.4.7 Ensaio de crumb test............................................................................................................... 97
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 99
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 101
VIII
4.2.3 Eletroresistividade................................................................................................................... 153
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 154
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 155
IX
X
UNIDADE 1
MINERALOGIA E PETROLOGIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará auto atividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
TÓPICO 1 – MINERALOGIA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
MINERALOGIA
1 INTRODUÇÃO
As rochas são formadas por minerais, a desintegração e decomposição das
rochas pelo intemperismo originam a forma, o solo e as propriedades desses dois
materiais geotécnicos (rocha e solo) que são determinadas pelas propriedades dos
minerais que os compõem ou deram origem. Portanto, é essencial o conhecimento
básico dos materiais terrestres.
2 CONCEITO DE MINERAL
Para que um material seja considerado um mineral, deve cumprir os
seguintes critérios:
3
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
E
IMPORTANT
a) Calcita b) Aragonita
FONTE: Os autores
a) Enxofre b) Pirita
FONTE: Os autores
4
TÓPICO 1 | MINERALOGIA
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
a) Cor
FONTE: Os autores
E
IMPORTANT
6
TÓPICO 1 | MINERALOGIA
g) Citrino h) Rutilado
FONTE: Os autores
a) Ágata b) Jaspe
7
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
c) Calcedônia
FONTE: Os autores
b) Brilho
a) Metálico b) Submetálico
FONTE: Os autores
8
TÓPICO 1 | MINERALOGIA
c) Hábito
9
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
E
IMPORTANT
d) Dureza
10
TÓPICO 1 | MINERALOGIA
11
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
• Por se tratar de uma escala relativa não significa, por exemplo, que o feldspato,
de dureza 6, seja duas vezes mais duro que a calcita com valor de dureza
3. Deve-se atentar que, na figura anterior, os valores são correspondentes à
dureza absoluta. Assim, o diamante é 80 vezes mais duro que o talco.
• Na prática, é utilizada a unha para verificar minerais com uma dureza menor
que 3. Materiais como um canivete de aço e/ou vidro também são empregados
para identificação de minerais com uma dureza entre 5,0-5,5 e 6,0-6,5,
respectivamente. Minerais com dureza maior que 7 nem são riscados pelo
vidro.
E
IMPORTANT
e) Traço
12
TÓPICO 1 | MINERALOGIA
a) Hematita b) Limonite
c) Pirita d) Magnetita
FONTE: Os autores
f) Clivagem
13
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
FONTE: Os autores
E
IMPORTANT
g) Fratura
14
TÓPICO 1 | MINERALOGIA
E
IMPORTANT
h) Peso específico
E
IMPORTANT
15
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
i) Outras propriedades
2HCl+CaCO3 →CaCl2 +H2O+ CO2
1. Quartzo
16
TÓPICO 1 | MINERALOGIA
FONTE: Os autores
2. Feldspato
17
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
a) Ortoclásio b) Plagioclása
FONTE: Os autores
3. Micas
FONTE: Os autores
4. Anfibólio
5. Piroxênio
• Enstatita: MgSiO3.
• Hiperstênio: (Fe,Mg)SiO3.
• Diopsídio: CaMg (SiO3)2.
• Espodumênio: LiAl (SiO3)2.
• Rodonita: MnSiO3.
• Forma: não apresenta faces terminais nas rochas. Um cristal de piroxênio
apresenta uma forma prismática, curta e grossa, mais ou menos equidimensional.
• Brilho: apresenta um brilho não metálico (fosco até vítreo).
• Cor: acinzentado, amarelado ou esverdeado a verde-oliva e marrom,
dependendo da composição.
• Clivagem: duas boas direções de clivagem, aproximadamente em ângulos retos.
• Dureza: 5 a 6.
• Alteração: altera-se facilmente. Pode formar calcita e limonita por meio de
intemperismo. Já no caso de metamorfismo se transforma em agregado
de agulhas ou grãos de anfibólio. Segundo esse processo, as rochas ígneas
ricas de piroxênio (gabros, diabásios e basaltos) transformam-se em rochas
metamórficas ricas de antibólios, como anfibolitos, anfibólio-xistos etc.
• Ocorrência: o ortopiroxênio rico em Mg é um constituinte comum dos peridotitos,
gabros, noritos e basaltos e é comumente associado a clinopiroxenos de Ca (augita),
olivina e plagioclásio. Considera-se o principal constituinte dos piroxênitos. É
comum em rochas metamórficas, como gnaisse, anfibolitos e mármores.
• Determinação: geralmente é reconhecido pela sua cor, clivagem e brilho
incomum. As variedades com alto teor de ferro são negras e difíceis de distinção
de augita sem teste óptico. É necessário verificar o contorno do prisma (seção
quadrada) e as duas direções de clivagem.
• Emprego: diopsídio, como joia; espodumênio para adicionar em graxas
lubricantes.
20
TÓPICO 1 | MINERALOGIA
6. Olivina
FONTE: Os autores
21
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
22
RESUMO DO TÓPICO 1
23
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Silício e sódio.
b) ( ) Ferro e sódio.
c) ( ) Oxigênio e ferro.
d) ( ) Oxigênio e silício.
5 Cite as quatro características que um mineral deve ter para ser considerado
uma gema.
6 Cite o nome de três minerais que podem ser encontrados no Brasil, a formação
de depósitos de metal e o elemento de metal que pode ser extraído.
a) ( ) Ortosa e argilas.
b) ( ) Quartzo e calcita.
c) ( ) Argilas e calcita.
d) ( ) Quartzo e Ortosa.
24
UNIDADE 1
TÓPICO 2
PETROLOGIA: ROCHAS
1 INTRODUÇÃO
A crosta terrestre é constituída pela formação das placas tectônicas. As
movimentações da placa e saída de lava do manto formam as rochas, e seus
diferentes processos caracterizam os diferentes tipos.
2 DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
É importante saber que o ramo de conhecimento encarregado do
estudo sistemático de rochas é a petrologia. Dentro desse estudo, a descrição
e a identificação das rochas são realizadas por meio da petrografia, assim, a
explicação de sua origem é feita através da petrogênese.
25
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
3 ROCHAS
Temos que as rochas são agregados naturais de um ou mais minerais. É
comum a utilização dos termos rochas simples, quando são formadas por um só
tipo de mineral (como o mármore, composto unicamente por cristais de calcita),
e rochas compostas, aquelas formadas pela associação natural de duas ou mais
espécies de minerais (como o granito, constituído por quartzo, feldspato, micas e
minerais acessórios).
26
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
E
IMPORTANT
a) Profundidade de formação
b) Textura
28
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
29
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
FONTE: Os autores
30
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
Textura Descrição
Afanítico Minerais pequenos (microscópicos).
Fanerítico Minerais grandes (visíveis).
Porfirítica Minerais pequenos e grandes.
Vítrea Material vítreo.
Vesículas Vazios na superfície e no interior da rocha.
Amigdaloide Vazios preenchidos por minerais secundários.
FONTE: Os autores
c) Composição química
• Ácidas ou félsicas: compostas por teores de sílica > 65% são ricas em íons de
sódio e potássio, portanto, são formadas principalmente por minerais de cor
clara (ortoclásio, quartzo e moscovita).
• Intermediárias: compostas entre 50 e 65% de sílice. Possuem uma quantidade
semelhante de minerais claros e minerais escuros (Plagioclásio, quartzo e
piroxênio).
• Básicas ou máficas: Compostas de baixo conteúdo de sílice < 50%. São ricas em
íons de ferro e magnésio, portanto, são formadas principalmente por minerais
de cor escura (olivina, piroxênio, anfíboles e biotita).
31
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
FONTE: Os autores
• Rochas intrusivas
• Rochas extrusivas
FONTE: Os autores
33
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
34
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
35
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
FONTE: Os autores
36
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
TUROS
ESTUDOS FU
3.2.2 Classificação
As rochas sedimentares são classificadas em três grandes grupos:
detríticas, químicas e bioquímicas e de acordo com a suas gênesis.
a) Rochas detríticas
37
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
a) b)
c) d)
FONTE: Os autores
38
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
b) Rochas químicas
39
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
40
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
a) CAVERNA b) SUMIDOURO
c) ESTALACTITES
FONTE: Os autores
41
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
FONTE: Os autores
c) Rochas bioquímicas
42
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
a) b)
FONTE: Os autores
a) Carvão
FONTE: Os autores
43
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
E
IMPORTANT
44
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
E
IMPORTANT
45
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
E
IMPORTANT
46
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
E
IMPORTANT
47
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
• Letra C: processo com temperaturas maiores que 200°C e ocorre em até 5km de
profundidade. Pode ocorrer, no trecho, o metamorfismo de deslocamento, ou
seja, que corresponde às mudanças produzidas pelas falhas e dobras da crosta,
usualmente em regiões pouco profundas.
E
IMPORTANT
3.3.1 Características
Para poder identificar uma rocha metamórfica macroscopicamente, deve-
se ter noção das características visuais, composição mineralógica e estrutura
básica.
3.3.2 Textura
A textura é definida pela orientação com que os minerais estão alinhados.
As mais comuns são: granoblástica, porfiroblástica e cataclástica.
48
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
3.3.3 Estrutura
A estrutura da rocha metamórfica ocorre, na sua grande maioria, laminada
(lamelares), com duas principais aparências: bandeada e xistosa.
• Rochas argilosas.
• Rochas arenosas, ígneas ácidas e tufos, xistos ácidos e gnaisses.
• Calcários e outras rochas carbonatadas.
• Rochas ígneas intermediárias, básicas e seus tufos.
50
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
51
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
52
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
53
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
LEITURA COMPLEMENTAR
54
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
55
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
56
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
57
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
58
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
Descrição Nº Mineral
59
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
Descrição Nº Mineral
60
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
FONTE: MENEZES, S. O. Rochas: manual fácil de estudo e classificação. São Paulo: Oficina de
Texto, 2013.
61
RESUMO DO TÓPICO 2
62
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Granitos.
b) ( ) Andesitas.
c) ( ) Dioritas.
d) ( ) Basaltos.
a) ( ) Granitos.
b) ( ) Andesitas.
c) ( ) Dioritas.
d) ( ) Basaltos.
a) ( ) Dióxido de carbono.
b) ( ) Dióxido de enxofre.
c) ( ) Ácido sulfúrico.
d) ( ) Ácido clorídrico.
63
9 O processo de formação de uma rocha sedimentar compacta a partir de
sedimentos soltos submetidos a um processo de compactação e cimentação
é chamado?
a) ( ) Compactação.
b) ( ) Erosão.
c) ( ) Diagênese.
d) ( ) Meteorização.
a) ( ) Intrusivas e maciças.
b) ( ) Intrusivas e extrusivas.
c) ( ) Graníticas e compactas.
d) ( ) Porfíricas e líquidas.
a) ( ) Pela cor.
b) ( ) Pela dureza.
c) ( ) Pelas camadas.
d) ( ) Pela composição química.
a) ( ) Pela cor.
b) ( ) Pela dureza.
c) ( ) Pelas camadas.
d) ( ) Pela granulação.
64
a) ( ) Granito.
b) ( ) Calcário.
c) ( ) Arenito.
d) ( ) Quartzolito.
a) ( ) Calcário preto.
b) ( ) Basalto preto.
c) ( ) Folhelhos.
d) ( ) Quartzolito.
a) ( ) Granito e gnaisse.
b) ( ) Granito e basalto.
c) ( ) Gnaisse e xisto.
d) ( ) Arenito e calcário.
a) ( ) Argilas.
b) ( ) Areias.
c) ( ) Calcário.
d) ( ) Arenito.
65
66
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
TÓPICO 2 – SOLOS
67
68
UNIDADE 2
TÓPICO 1
DINÂMICA EXTERNA DA TERRA: INTEMPERISMO
E EROSÃO
1 INTRODUÇÃO
A crosta terrestre e o meio ambiente estão em grandes transformações e
modificações. Esses processos ocorrem devido à ação de intempéries causadas
por humanos e pelo próprio processo da natureza (efeitos químicos e físicos).
Por fim, este tópico fornecerá a você, acadêmico, conceitos cruciais para
o entendimento da dinâmica externa do solo, a partir de conceitos teóricos e
laboratoriais.
2 METEORIZAÇÃO OU INTEMPERISMO
O conjunto de processos físicos e químicos que altera e destrói as rochas
localizadas na superfície é conhecido como intemperismo ou meteorização.
Quando as rochas se encontram expostas às intempéries e aos agentes externos,
tais como chuva, sol, vento, água subterrânea, organismos vivos, homem etc., há
uma atuação sobre os minerais e a matriz rochosa, ocasionando a fragmentação e
decomposição. Em uma definição mais simples, a meteorização forma as rochas,
sendo o solo o produto da meteorização.
69
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
70
TÓPICO 1 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA: INTEMPERISMO E EROSÃO
71
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
• Biológico: o crescimento das raízes das árvores através das fraturas pode
fragmentar fisicamente as rochas. Animais escavadores, como roedores,
formigas e mamíferos, entre outros, também contribuem para a desintegração
da rocha.
FONTE: Os autores
72
TÓPICO 1 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA: INTEMPERISMO E EROSÃO
E
IMPORTANT
FONTE: Os autores
73
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
E
IMPORTANT
CaCO3 → Ca ++ + CO32-
(calcita) → (cátion cálcio) + (íon carbonato)
74
TÓPICO 1 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA: INTEMPERISMO E EROSÃO
FONTE: Os autores
E
IMPORTANT
3 EROSÃO
Para entendermos melhor o processo de evolução da aparência atual da
superfície terrestre, vamos relembrar o que é intemperismo, conceito que foi
amplamente explanado no transcorrer deste tópico.
75
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
Fator Termo
Água erosão hídrica.
Chuva erosão pluvial.
Fluxo superficial erosão laminar.
Fluxo concentrado erosão linear (sulco, ravina e voçoroca).
Rio erosão fluvial.
Lago, reservatório erosão lacustrina ou límica.
Mar erosão marinha.
Geleira erosão glacial.
Neve erosão nival.
Vento erosão eólica.
Terra, detritos erosão soligênica.
Organismos erosão organogênica.
Plantas erosão fitogênica.
Animais erosão zoogênica.
Homem erosão antropogênica.
FONTE: Adaptado de Zachar (1982)
E
IMPORTANT
76
TÓPICO 1 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA: INTEMPERISMO E EROSÃO
77
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
78
TÓPICO 1 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA: INTEMPERISMO E EROSÃO
79
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
E
IMPORTANT
80
TÓPICO 1 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA: INTEMPERISMO E EROSÃO
81
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
82
TÓPICO 1 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA: INTEMPERISMO E EROSÃO
E
IMPORTANT
83
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
84
TÓPICO 1 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA: INTEMPERISMO E EROSÃO
85
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
A) SULCOS B) RAVINAS
C) VOÇOROCA
FONTE: Os autores
86
TÓPICO 1 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA: INTEMPERISMO E EROSÃO
3.2.4 Esqueletização
O fenômeno acontece com a degradação física do solo, aumentando a sua
porosidade. É o resultado do transporte de partículas ou compostos solubilizados.
87
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
• Erosão em pedestal
• Erosão em pináculo
88
TÓPICO 1 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA: INTEMPERISMO E EROSÃO
Este tipo de erosão constitui a perda dos nutrientes das plantas (por
diluição na água) sem ocorrer qualquer remoção física do solo. A erosão alcança
a camada mais superficial do solo.
90
TÓPICO 1 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA: INTEMPERISMO E EROSÃO
91
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
92
TÓPICO 1 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA: INTEMPERISMO E EROSÃO
E
IMPORTANT
93
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
Amostra indeformada
h
Filtro
Pedra porosa
Submerso
E
IMPORTANT
94
TÓPICO 1 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA: INTEMPERISMO E EROSÃO
E
IMPORTANT
1
2
VISTA SUPERIOR 5
VISTA LATERAL
95
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
96
TÓPICO 1 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA: INTEMPERISMO E EROSÃO
E
IMPORTANT
97
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
98
RESUMO DO TÓPICO 1
99
FIGURA 23 – RESUMO DA DINÂMICA EXTERNA DA TERRA
FONTE: Os autores
100
AUTOATIVIDADE
101
d) ( ) Descompressão, variação de temperatura, crescimento de raízes,
meteorização esferoidal.
e) ( ) Crescimento de raízes em rocha, oxidação, hidratação, chuva, erosão
diferencial.
a) ( ) Variação de temperatura.
b) ( ) Oxidação.
c) ( ) Hidratação.
d) ( ) Congelamento de água.
e) ( ) Dissolução.
102
UNIDADE 2 TÓPICO 2
SOLOS
1 INTRODUÇÃO
O termo solo constitui uma porção de minerais provenientes da
intemperização de rochas, seja por processos eólicos, fluviais, e outros, conforme
será explicado nesta seção.
Neste tópico o solo pode ser identificado conforme Figura 24, ou seja, a
partir de um elemento de volume representativo (EVR) a estrutura solo pode ser
constituída por partículas de silte e argila com diferentes tipos de formações. As
argilas podem se combinar formando as agregações, e, o silte pode ser revestido
por partículas de argila. Essas agregações, podem formar diferentes tipos de
solos, com divergentes comportamento, seja mecânico e hidráulico.
Microporos
Microporos
Agregação de Argila-silte
2 DEFINIÇÃO DE SOLO
Definimos solos para os materiais fofos e incoerentes, resultantes da
desintegração e decomposição das rochas pelo intemperismo, seja este químico,
físico ou biológico.
104
TÓPICO 2 | SOLOS
105
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
• Argila siltosa com areia: formada por argilas silto arenosas, argilas siltosas,
siltes argilosos e siltes arenosos, com valores de Nspt entre 8 e 30. Cores: cinza,
branca, amareladas e avermelhadas.
• Silte argiloso com areia: siltes argilosos com areias finas e médias, siltes
arenosos, areias finas a médias siltosas, areias médias e areias grossas, micáceas,
de compactas a muito compactas (valores de N entre 30 e 50), contendo alguns
pedregulhos. As suas cores são de tons cinzentos a amarelados.
• Rocha alterada: composta por rochas pouco a muito fraturadas, até friáveis,
micáceas. Os blocos de rocha são envoltos numa matriz de areias finas e médias
siltosas. As suas cores predominantes são cinzentas, brancas e amareladas. A
percentagem de recuperação no ensaio rotativo varia de 0 a 10%.
• Rocha sã: formada pelo maciço de rocha sã, pouco fraturada e de boa qualidade.
A rocha é classificada como um gnaisse micáceo, branca e cinza. A percentagem
de recuperação varia muito de 65 a 85%.
106
TÓPICO 2 | SOLOS
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
107
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
FIGURA 28 – MODELAGEM DO CONTATO SOLO-ROCHA (A) PERFIS DAS SONDAGENS SPT, (B)
MODELO 3D
(a)
(b)
FONTE: Os autores
108
TÓPICO 2 | SOLOS
(a)
(b)
FONTE: Os autores
• Em terraços.
• Em depósitos mais extensos, constituindo as planícies de inundação.
110
TÓPICO 2 | SOLOS
111
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
FONTE: Os autores
112
TÓPICO 2 | SOLOS
FONTE: Os autores
113
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
114
TÓPICO 2 | SOLOS
FONTE: <http://www.ateffaba.org.br/wp-content/uploads/2010/11/Perfil-de-solo-de-mangue-
225x300.jpg>. Acesso em: 12 ago. 2019.
115
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
FONTE: Os autores
116
TÓPICO 2 | SOLOS
117
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
118
TÓPICO 2 | SOLOS
LEITURA COMPLEMENTAR
Rudney C. Queiroz
119
UNIDADE 2 | DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS
As marcas de ondas observadas na areia de uma praia são formadas pelo vento,
se sobrepondo em diferentes direções conforme o vento muda, explicando a
estratificação cruzada de um arenito eólico do passado. Em resumo, esse princípio
considera que “O presente é a chave do passado”, isto é, para entender o passado
geológico que está ocorrendo no presente.
Essa teoria foi feita após extenso debate com outros cientistas da época,
que advogavam em favor da teoria do netunismo, que considerava que todas as
rochas haviam se originado de uma grande inundação, e da teoria do plutonismo,
que considerava que todas as rochas tinham origem magmática, isto é, a crosta
terrestre teria passado por um estado de fusão e depois de arrefecimento, dando
origem às montanhas.
FONTE: QUEIROZ, R. C. Geologia e geotecnia básica para engenharia civil. São Carlos: RiMa,
2009. Disponível em: https://issuu.com/editorablucher/docs/issuu_ed672d46134971. Acesso
em: 13 ago. 2019.
120
RESUMO DO TÓPICO 2
FONTE: Os autores
121
AUTOATIVIDADE
5 De acordo com o que você estudou neste capítulo, o perfil a seguir é um solo
residual. Assim, descreva os horizontes desse solo.
(I)
HORIZONTES PEDOLÓGICOS
10m
(II)
24m
(III)
30m
(IV)
(V)
36m
FONTE: Adaptado de Oliveira e Brito (1998)
122
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
123
124
UNIDADE 3
TÓPICO 1
ENSAIOS DE LABORATÓRIO E DE CAMPO
1 INTRODUÇÃO
Este capítulo tem o objetivo de ajudar o estudante a aprender, de forma
resumida e sistemática, as técnicas de ensaios, permitindo concentrar sua atenção
nos procedimentos de ensaios, bem como o preenchimento dos dados em planilha
para análise.
Vamos começar?
125
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
ABNT
Pedregulho [mm] Areia [mm]
Silte [mm] Argila [mm]
Grosso Média Fino Grossa Média Fina
60 a 20 20 a 6 6 a 2 2 a 0.6 0.6 a 0.2 0.2 a 0.06 0.06 a 0.002 0.002 a 0
ASTM
Areia [mm] Silte [mm] Argila Coloide
Pedregulho [mm]
Grossa Média Fina 0.075 a 0.005 a
0.001 a 0
60 a 4.75 4.75 a 2 2 a 0.425 0.4 a 0.07 0.005 0.001
M.I.T
Pedregulho [mm] Areia [mm] Coloide
Silte [mm]
Grosso Média Fino Grossa Média Fina [mm]
60 a 20 20 a 6 6 a 2 2 a 0.6 0.6 a 0.2 0.2 a 0.06 0.06 a 0.002 0.002 a 0
AASHTO
Areia [mm] Silte [mm] Coloide [mm]
Pedregulho [mm]
Grossa Fina 0.075 a 0.005 a
0.001 a 0
60 a 2 2 a 0.425 0.425 a 0.075 0.005 0.001
FONTE: Adaptado de Gonçalves e Monteiro (2018)
126
TÓPICO 1 | ENSAIOS DE LABORATÓRIO E DE CAMPO
DICAS
127
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
ATENCAO
FONTE: Os autores
128
TÓPICO 1 | ENSAIOS DE LABORATÓRIO E DE CAMPO
• Peneiramento grosso: este item refere-se ao material que ficou retido na peneira
de 2mm.
ᵒ 1° Passo: lavar o material na própria peneira de 2mm de forma delicada,
até verificar que somente os grãos estão na peneira, e que os torrões foram
destorroados.
ᵒ 2° Passo: colocar para secar e posteriormente pesar o material retido na
peneira de 2mm, obtido e anotar como Mg.
ᵒ 3° Passo: utilizando-se o agitador mecânico, passar esse material nas
peneiras de 50, 38, 25, 19, 9,5, 4,8mm.
ᵒ 4° Passo: anotar as massas retidas e acumuladas.
129
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
ATENCAO
NOTA
130
TÓPICO 1 | ENSAIOS DE LABORATÓRIO E DE CAMPO
ATENCAO
E
IMPORTANT
131
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
Deve-se variar a temperatura entre 10° e 35 °C, e as leituras devem ser feitas
no limite inferior do menisco. Esses valores são determinados para encontrar a
leitura corrigida (Equação 1) no momento da dispersão.
LC = L - Ld + e (1)
FONTE: Os autores
V
a '= a − (2)
2A
132
TÓPICO 1 | ENSAIOS DE LABORATÓRIO E DE CAMPO
E
IMPORTANT
FONTE: Os autores
133
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
h= 15.88
c= 1.75
Rh = 9.69
P/ 1,050: P/ 0,995:
a1 = c + h/2 a2 = Rh + c + h/2
a1 = 9.69 a2 = 19.38
Área Lateral
A= 28.571
Volume da Proveta
vd = 53
Cálculo do Erro
E= vd/(2*A)
E= 0.9625
134
TÓPICO 1 | ENSAIOS DE LABORATÓRIO E DE CAMPO
P/ 1,050: P/ 0,995:
a’1 = a’1 - E A’2 = a’2 - E
a’1 = 8.7275 A’2 = 18.4175
FONTE: Os autores
NBR 07181 - 2016 - Solo - Análise Granulométrica (com sedimentação)
Solo: Amostra: Laboratorista:
Local: Interessado:
Prof.
(m): Resp.: Data:
Teor de Umidade da Amostra Determinação da Amostra Total Seca
Cápsula Nº Peso da Amostra Úmida (g): 1
Peso da Cápsula (g) Peso da Amostra Retida na # 10 (g): 2
Cápsula + Solo Úmido Peso da Amostra Passante na # 10, Úmida
(g) (g): 3
Cápsula + Solo Seco (g) Peso da Amostra Passante na # 10, Seca (g): 4
Peso de Água (g) Peso de Água (g): 5
Solo Seco (g) Peso da Amostra Total Seca (g): 6
Teor de Umidade
Teor de umidade Médio Mh (Sedimentação) (g): 7
135
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
3" 76.2 (2) (3) (5)
2" 50.8 (2) (3) (5)
1.5 38.1 (2) (3) (5)
PENEIRAMENTO
136
TÓPICO 1 | ENSAIOS DE LABORATÓRIO E DE CAMPO
• Fração fina (FF) é definida pela relação entre o material retido fino
correspondente à peneira da linha em relação ao material total seco fino da
sedimentação.
MR F
FF
= × 100 (3)
MS S
item7
MS
= S × 100 (4)
1+ h
• Fração grossa (FG) é definida pela relação entre o material retido grosso
correspondente à peneira da linha em relação ao material total da amostra seca.
• É o valor acumulado, ou seja, o somatório do valor anterior com o subsequente.
• É o valor da porcentagem passante de finos que corresponde a 100% menos o
que ficou retido no acumulado.
• É o valor da porcentagem passante de grossos, que corresponde a 100% menos
o que ficou retido no acumulado.
• É o valor da porcentagem passante de finos, que corresponde à fração fina
passante (item 4, da Tabela 3) vezes a porcentagem passante final grossa dada
por o valor do passante na peneira de 2mm (último valor do item 5, Tabela 3).
137
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
Dados de Ensaio
Altura Correção
Tempo Temperatura de do Altura Densidade %
Data / µ
Densidade Queda + Menisco de + Correção Diâmetro Amostra
Hora Menisco (cm) Queda Temp. dos Grãos com Diâ-
(°C)
(s) (cm) (cm) Def. (mm) metro < D
HR +
T Rr Rm e HR Ld Rr - Ld D P
30 (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)
60
120
240
480
900
1800
3600
7200
14400
28800
86400
FONTE: Os autores
138
TÓPICO 1 | ENSAIOS DE LABORATÓRIO E DE CAMPO
N × δ × V × δ s × Lc
Qs = (6)
( δ − δ d ) × M n × fc
139
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
FONTE: Os autores
• evitar recalques;
• reduzir infiltrações;
• fornecer estabilidade;
• aumentar a capacidade de resistência à carga;
• reduzir possíveis variações volumétricas;
• impermeabilização dos solos, pela redução do coeficiente de permeabilidade;
140
TÓPICO 1 | ENSAIOS DE LABORATÓRIO E DE CAMPO
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/conceptos1-130803183915-phpapp01/95/por-que-
compactar-2-638.jpg?cb=137555522>. Acesso em: 11 set. 2019.
141
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
142
TÓPICO 1 | ENSAIOS DE LABORATÓRIO E DE CAMPO
ATENCAO
O cilindro pequeno, conforme norma NBR 7182 (ABNT, 2016b), só pode ser
utilizado caso todos os grãos passem totalmente na peneira de 4,8mm.
143
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
1. Natureza do solo.
2. Método de compactação.
3. Energia específica.
4. Teor de umidade.
5. Maneira pela qual varia a umidade durante o processo de
compactação.
6. Tempo de cura.
7. Teor de umidade natural do solo.
8. Recompactação.
9. Temperatura.
3.1 O ENSAIO
O ensaio é definido pela NBR 7182 (ABNT, 2016b), e os principais materiais
utilizados para o procedimento são:
• Peneiras de 19 e 4,8mm.
• Cápsulas metálicas, para determinar umidade.
• Espátulas de lâmina flexível.
• Soquete metálico com dispositivo de controle de altura de queda.
• Cilindro metálico conforme norma.
• Provetas de vidro.
• Extrator de corpo de prova.
• Balança.
• Estufa
144
TÓPICO 1 | ENSAIOS DE LABORATÓRIO E DE CAMPO
mh
ρh = (7)
Vt
ρh
ρs = (8)
1 + h(%)
NOTA
145
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
ATENCAO
Compactação
Molde / Bandeja 1 2 3 4 5
Massa em g
Umidade Média
Umidade saturação
S=1
146
TÓPICO 1 | ENSAIOS DE LABORATÓRIO E DE CAMPO
FONTE: Os autores
147
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
FONTE: <https://www.bomag.com/dam/BOMAG/Other/Brochure/Product-Overview-Soil_
PRE101014_1903.pdf>. Acesso em: 11 set. 2019.
148
TÓPICO 1 | ENSAIOS DE LABORATÓRIO E DE CAMPO
ϒ s (campo)
=Gc × 100 (9)
ϒ s (laboratório)
149
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
150
TÓPICO 1 | ENSAIOS DE LABORATÓRIO E DE CAMPO
4.2.1 Procedimento
Os procedimentos de aplicabilidade, segundo Chiossi (2013, p. 114)
dependem de alguns requisitos, tais quais:
151
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
152
TÓPICO 1 | ENSAIOS DE LABORATÓRIO E DE CAMPO
Este ensaio tem como principais objetivos descobrir (ABPv, 2002, p. 10):
4.2.3 Eletroresistividade
É um método de investigação de campo que auxilia muito na definição
do perfil geológico do terreno, identificando os diferentes tipos de
solo e rocha. Muito empregado na definição ou mapeamento do lençol
freático existente nas camadas permeáveis de alguns solos e rochas. A
variação no valor da resistividade de solos e/ou rochas depende de:
• Porosidade.
• Forma dos grãos.
• Estrutura do substrato rochoso.
• Salinidade da água (ABPv, 2002, p. 10-11).
a) Requisitor b) Resultados
153
RESUMO DO TÓPICO 1
154
AUTOATIVIDADE
155
Dados de Ensaio
PORCENTAGEM
RETIDA PASSANTE
Peneira Peso da Peneira + Material
Peneira Material Retido Fração Fração Acumulada Fração Fração
Nº mm (g) (g) (g) Fina Grossa Fina Grossa
FRAÇÃO GROSSA
3" 76.2 0.00
2" 50.8 0.00
PENEIRAMENTO
T Rr HR + Rm e HR Ld Rr - Ld D P
30 21 1.021 (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9)
60 21 1.02
120 21 1.019
240 21 1.018
480 21 1.0175
900 21 1.0160
1800 21 1.0150
3600 21 1.0140
7200 21 1.0125
14400 21 1.0110
28800 21 1.0100
86400 21 1.0045
FONTE: Os autores
156
2 A partir dos dados a seguir obtidos em laboratório, no ensaio de Proctor,
desenhe a curva de compactação e determine a densidade máxima e a
umidade ótima.
Ensaio 1 2 3 4 5
Massa do corpo de prova 1,748 1,817 1,874 1,896 1,874
Umidade do solo compactado (%) 17,73 19,79 21,59 23,63 25,75
Densidade úmida 1,762 1,832 1,889 1,911 1,889
Densidade seca 1,497 1,529 1,553 1,546 1,502
FONTE: Os autores
a) O que é compactação?
157
158
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Este tópico tem a pretensão de informar, de forma resumida e sucinta,
aspectos como os da geologia estrutural do solo que produzem as falhas e dobras
e como influenciam na geomorfologia e como é o aspecto de identificação.
2 GEOLOGIA ESTRUTURAL
As rochas localizadas na superfície terrestre ou nas proximidades da
superfície, possuem um comportamento frágil, portanto tendem a fraturar
devido às tensões produzidas pelas forças internas da terra. Denomina-se falha
uma fratura ocorrida na rocha com um consequente movimento relativo de, pelo
menos, um dos blocos resultantes, quando não ocorre um deslocamento ao longo
do plano de ruptura a fratura é chamada de junta ou diaclase.
159
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
E
IMPORTANT
160
TÓPICO 2 | TÓPICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
a) Normal b) Reversa
c) Transcorrente d) Oblíqua
161
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
No caso particular das falhas normais, o muro ou lapa se eleva muito além
da superfície do terreno, formando uma escarpa de falha (Figura 12).
162
TÓPICO 2 | TÓPICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
163
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
164
TÓPICO 2 | TÓPICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
• Plano axial: é uma superfície plana ou curva que divide a dobra tão
simetricamente quanto possível em duas partes. A atitude do plano axial é
definida por uma direção e um ângulo de mergulho, podendo ser vertical,
horizontal ou inclinado.
• Eixo: é a linha de intercessão do plano axial com uma camada qualquer,
podendo ser vertical, horizontal ou inclinado.
• Flancos ou limbos: são os dois lados de uma dobra.
• Crista: é a linha que resulta da ligação dos pontos mais elevados de uma dobra.
• Plano de crista: superfície formada pelo conjunto das cristas de várias camadas.
• Sinclinal: é uma dobra côncava para acima, por tanto as rochas mais velhas
encontram-se no seu núcleo ou cetro da dobra.
• Anticlinal: é uma dobra convexa para acima, por tanto as rochas mais novas
encontram-se no seu núcleo ou cetro da dobra.
• Simétrica: é uma dobra onde os dois flancos possuem o mesmo ângulo de
mergulho. O plano axial é vertical.
• Assimétrica: é uma dobra onde os flancos possuem ângulos diferentes de
mergulho. O plano axial é inclinado.
• Deitada: é uma dobra onde o plano axial é horizontal ou cerca da horizontal.
• Isoclinal: é uma dobra onde os dois flancos possuem o mesmo ângulo e o
mesmo sentido de mergulho, ou seja, flancos paralelos.
• Monoclinal: é uma dobra em forma de degraus, passando de suaves mergulhos
a mergulhos fortes.
• Chevron: é uma dobra onde os flancos, na região do eixo, possuem forma
angular e não arredondada, como geralmente acontece.
165
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
• Ordenamento territorial.
• Uso do solo.
• Uso agrícola e florestal.
• Irrigação.
• Disposição de resíduos.
• Potencial para erosão.
• Movimentos de massa.
• Vulnerabilidade das águas subterrâneas.
• Materiais para construção civil.
• Fundações.
• Escavabilidade.
• Estocagem subterrânea.
• Desenho de obras lineais (canais, estradas, rodovias).
• Sítios para construção de barragens.
• Regiões com relevos cársticos.
• Mineração.
• Gestão de risco vulcânico.
• Potencial geotérmico.
• Risco sísmico.
• Turismo.
• Geoparques.
166
TÓPICO 2 | TÓPICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
a) 14/12/2006 b) 16/02/2009
167
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
FONTE: Os autores
• Caderneta de campo.
• GPS.
• Mapa topográfico.
• Martelo geológico.
• Lupa de bolso.
• Bússola geológica.
• Canivete.
• Placa de porcelana.
• Placa de vidro.
• Moeda de cobre.
• Ácido clorídrico (10%).
• Câmara fotográfica.
• Régua.
• Grafite.
168
TÓPICO 2 | TÓPICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
• Borracha.
• Lápis de cor.
• Sacos plásticos, papel e fita para etiquetar amostras.
• Marcadores permanentes.
• Mochila.
• Capacete.
• Óculos de proteção.
• Luva.
• Perneiras de couro.
• Capa de chuva.
• Chapéu de abas largas.
• Protetor solar.
• Repelente de insetos.
• Alimentos rápidos.
• Água.
Solo
Silte saprolítico (SS)
169
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
Takus, Colúvio
Areia (Ta, Co)
Solo alúvio,
Matacão e Coluvionar
blocos (Al,Co)
Solo orgânico
(S org)
Ardósia Filito
Xisto Quartzito
Gnaisse Migmatito
Calcário
metamórfico Metabasito
170
TÓPICO 2 | TÓPICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
Folhelho Calcário
Argilito Dolomito
171
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
Riólito Ácidas
dacito
Basalto denso
Básicas
Basalto vesicular
172
TÓPICO 2 | TÓPICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
173
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
174
TÓPICO 2 | TÓPICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
FONTE: Os autores
176
TÓPICO 2 | TÓPICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
177
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
FONTE: O autor
178
TÓPICO 2 | TÓPICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
LEITURA COMPLEMENTAR
B) Levantamento topográfico
FONTE: O autor
179
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
180
TÓPICO 2 | TÓPICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
181
UNIDADE 3 | ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA
182
RESUMO DO TÓPICO 2
FONTE: Os autores
183
FIGURA 29 - TIPOS DE ESTRUTURAS TECTÔNICAS
FONTE: Os autores
184
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Diáclase.
b) ( ) Falha oblíqua.
c) ( ) Falha normal.
d) ( ) Dobra.
a) ( ) Escorregamento rotacionais.
b) ( ) Escorregamento translacionais.
c) ( ) Corridas.
d) ( ) Reptacão.
a) ( ) Acamamento.
b) ( ) Mergulho.
c) ( ) Dobra.
d) ( ) Formação.
185
186
REFERÊNCIAS
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7181:
compactação do solo. Rio de Janeiro, 2016a.
187
CARVALHO, J. C. et al. Processos erosivos no centro-oeste brasileiro. Brasília:
FINATEC, 2006.
FOSSEN, H. Geologia estrutural. 2. ed. atual. São Paulo: Oficina de Textos, 2017.
188
GOUDIE, A. S. Encyclopedia of geomorphology - Volume 1. New York: Taylor
& Francis e-Library, 2006.
KLEIN, C.; DUTROW, B. Mineral science. 23. ed. York, PA: GGS Book Services,
2008.
189
NOGAMI, J. S; VILLIBOR, D. F. Pavimentação de baixo custo com solos
lateríticos. São Paulo: Villibor, 1995. Disponível em: https://portaldetecnologia.
com.br/pavimentacao-de-baixo-custo-com-solos-lateriticos/. Acesso em: 13 ago.
2019.
SHERARD, J. L. et al. Pinhole test for identifying dispersive soils. Journal of the
Geotechnical Engineering Division, New York, v. 102, n. 1, p. 69-85, 1976.
VARGAS, M. Introdução à mecânica dos solos. São Paulo: Ed. McGraw Hill,
1977.
VILAR, O. M.; PRANDI, E. C. Erosão dos solos. São Paulo: ABMS/EESC - USP,
1993.
191