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Passeio

Praias têm turismo-


farofa
Veja a rotina de quem desce em
grupo ao Litoral com o objetivo de
montar acampamento onde der, com
direito a churrasquinho ao ar livre

Rodrigo Batista, especial para a Gazeta do


Por
Povo
02/01/2012 21:12

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O vendedor Márcio Aparecido Dugnoni e família, de


Ourinhos, no oeste paulista: de trailer por 540
quilômetros até Matinhos| Foto: Jonathan
Campos/Gazeta do Povo

Guia de viagem

Apesar de o farofeiro ser um errante


nas praias, é importante se planejar
e tomar alguns cuidados. A Gazeta do
Povo consultou especialistas para
passar orientações a esses turistas.

- Pele: o pouco tempo na praia não


quer dizer que a pessoa pode ficar
sem a proteção contra os raios
solares. Por isso, o turista deve
sempre usar protetor solar e guarda
sol. "O produto deve ser passado no
corpo 30 minutos antes de ir à praia
e em uma quantidade que deixe a
pele bem úmida", alerta a médica
alergista Adriana Schmidt. Ela
também aponta a necessidade de
atenção aos horários de exposição de
sol: antes das 10h e após as 15h.

- Olhos: eles também podem sofrer


com a exposição excessiva aos raios
solares. Por isso, o doutor Thiago
Clivati de Marchi, do Instituto de
Oftalmologia de Curitiba, aconselha
aos veranistas que utilizem óculos
escuros com filtro de proteção contra
raios ultravioletas. "Óculos de grau
também podem receber esse filtro
nas óticas", lembra o especialista.
Ele também recomenda que as
pessoas não abram os olhos debaixo
da água, para evitar a entrada de sal.

- Roupas: decidir o que vestir na


praia também é importante para o
bem-estar na temporada. A doutora
Adriana recomenda o uso de roupas
leves, calçados confortáveis e bem
ventilados. A médica também
aconselha que o "farofeiro" não
dispense os chapéus.

- Higiene: como os farofeiros


passam a maior parte do tempo na
areia, devem ficar atentos ao lixo
acumulado. A Sanepar tem equipes
nos balneários paranaenses que
distribuem sacos plásticos e porta-
bitucas, para colocar as sujeiras de
cigarros. Os agentes da Sanepar
podem ser encontrados nas praias,
identificados com camisetas.

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O churrasquinho fica a cargo da


esposa de Márcio, a vendedora
Patrícia dos Reis

Eles chegam às praias sem casa para


ficar. Às vezes vêm de carro ou em
ônibus de excursão. São conhecidos
pela comida que levam para saborear
nas areias, geralmente uma saborosa
carne assada. Eles são os famosos
"farofeiros", reconhecidos em todos
os cantos do Litoral brasileiro.

Uma família de paulistas que veio da


cidade de Ourinhos para o Litoral
paranaense em um ônibus adaptado
como trailer representa essa parcela
de turistas. O vendedor Márcio
Aparecido Dugnoni é o proprietário
do veículo. Apesar de problemas que
podem ter de enfrentar como os
temporais de verão e as
acomodações não tão boas , ele e os
familiares não se sentem
incomodados. "Para nós tudo é
aventura para ser lembrada. O que
vale a pena é se divertir", diz
Dugnoni, sobre um colchão molhado
por causa da chuva.

O almoço da família acontece na


areia e é preparado no local. O
cardápio varia entre churrasco e
sanduíches. No lugar de trazer
alimentos de Ourinhos, a família
optou por comprar a comida em
Matinhos. Na hora de dormir, alguns
ficam do lado de fora, em uma
barraca. "Uma casa para alugar,
ficaria muito caro", comenta.

Cuidados

Segundo a nutricionista Thalita


Toso, a alimentação deve ser um dos
principais cuidados dos turistas,
principalmente entre os
"farofeiros". Ela recomenda que
alimentos perecíveis, como as carnes
e verduras, sejam compradas na hora
e que sejam conservadas com
refrigeração adequada ou
consumidas em pouco tempo. "Por
isso é bom utilizar isopor com gelo
para manter os alimentos em
condições de consumo. A má
conservação de alimentos perecíveis
pode provocar a proliferação de
microrganismos nocivos à saúde",
afirma.

A nutricionista diz que não há


problemas na ingestão de frituras e
lanches na praia, mas recomenda
uma alimentação mais saudável e
leve, regada a frutas, verduras e
líquidos.

20 anos de farofa

A vendedora Solange Pereira de Góis


chegou ao Litoral no dia 30 de
dezembro para passar a virada do
ano. Ela veio de Curitiba em uma
excursão com outras 50 pessoas.
Esta é a vigésima viagem que ela faz
para acampar em frente à praia nos
dias de réveillon e cumprir
obrigações religiosas. "Somos
farofeiros sim e não nos
importamos com a fama", disse
sorrindo.

Solange e outras pessoas ficam em


barracas em um terreno de frente
para o mar. "É mais barato e
vantajoso para nós. Ficamos mais
perto da praia." Em 20 anos de
excursões, entretanto, ela percebe as
mudanças pelas quais Matinhos
passou ao longo desse tempo e o que
a cidade deixou de oferecer aos
turistas que acampam em frente à
praia. "Antes tínhamos mais
lanchonetes, banheiros e chuveiros".

O pintor Ney Almeida, que também


integra o grupo, percebe que falta
estrutura e espaço na praia para
receber veranistas. "A faixa de areia
diminuiu muito e nada foi feito para
melhorar isso".

Diversão para todos

Veja o que oferecem as praias


paranaenses para quem precisa
utilizar os equipamentos públicos:

Matinhos: segundo a Secretaria de


Turismo, há um planejamento para a
revitalização da Praia Brava de
Caiobá, bem como para a construção
de banheiros, mas isso depende de
trâmites que envolvem o patrimônio
da União. Atualmente, segundo a
secretaria, há um banheiro público
na praia e outros seis chuveiros
espalhados pela orla. Informações
(41) 3971-6014.

Guaratuba: segundo a prefeitura, há


um camping municipal para receber
esses veranistas, com banheiros,
lanchonete e churrascaria. A taxa por
pessoa em barracas é R$ 15 por dia.
Há espaço para trailers, com preço
de R$ 35 para veículos com até três
pessoas. A praia central possui nove
chuveiros para os banhistas.
Informações: (41) 3472-8654.

Pontal do Paraná: de acordo com a


prefeitura, o reduto dos "farofeiros"
é o balneário de Praia de Leste. O
município oferece apenas chuveiros
na orla da praia. Há campings
particulares pela cidade e um
estacionamento particular de uma
empresa em Pontal do Sul para
ônibus de excursão. Informações:
(41) 3975-3102.

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