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Apresentação
SUMÁRIO
5. As Conquistas Obtidas 95
06/02/12
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Capitão Tadeu Fernandes
Mas mal ouvido esse PT, aparece no PSB um deputado, Capitão PM Tadeu Fernandes,
quase heroi (o quase vai aí apenas para diminuir a intensidade das contestações) do
ensaio de enfrentamento entre as tropas federais e um grupo numeroso de policiais
militares armados em greve, em frente à Assembleia Legislativa.
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Capitão Tadeu Fernandes
8º BPM/Salvador/São Joaquim
Sgt Joel
“Na greve de 2001, o Capitão, o nosso Capitão Tadeu, entrou na
frente da tropa de choque e não deixou a tropa entrar no 8º Batalhão,
para matar Prisco e Dias...
o Capitão Tadeu entrou na frente e disse para a tropa não entrar ...
o choque era ‘um canhão’... estava todo mundo armado até os
dentes...eu não sei como o Capitão Tadeu se meteu na frente. Eu
disse: vai morrer, vai morrer todo mundo, aí pararam... e Dias e Prisco
pularam a janela e sumiram.”
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Habeas-corpus
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Mandado de Segurança
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger
direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou
"habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de
poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público;
Mandado de Injunção
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de
norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Jurisprudência
"Ressalvada a revisão prevista em lei, os proventos da inatividade
regulam-se pela lei vigente ao tempo em que o militar, ou o servidor
civil reuniu os requisitos necessários." (Súmula 359.)
Jurisprudência
STF - AGRAVO DE INSTRUMENTO: AI 773953 AL
Dados Gerais
Processo: AI 773953 AL
Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI
Julgamento: 22/02/2013
Publicação: DJe-041 DIVULG 01/03/2013 PUBLIC 04/03/2013
(...)
Decisão
Decisão: Vistos. Estado de Alagoas interpõe agravo de
instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário
assentado em violação dos artigos 42, § 1º, e 142, § 3º, inciso X, da
Constituição Federal.
(...)
Nesse contexto, destaca-se a jurisprudência da Corte no sentido
de que não se aplica aos servidores militares a vedação constante
do § 2º do artigo 40 da Constituição Federal, incluído pela Emenda
Constitucional nº 20/98, uma vez que se destina aos civis titulares de
cargo efetivo.
(...)
A Constituição Federal reservou regramento próprio para os
servidores públicos militares (art. 42, § 1º, CF), o qual não abrange o
mencionado art. 40, § 2º, da CF.
(...)
Não há falar na não recepção da Lei estadual específica nº
4.345/82, em razão da alteração do § 2º do artigo 40 da Constituição
Federal pela EC nº 20/98,inaplicável aos servidores militares.
Capitão Tadeu Fernandes
(…)
Assim, os fundamentos utilizados pelo Tribunal de origem restam
incólumes, uma vez que incumbe mesmo à legislação estadual local,
estabelecer as condições de aposentadoria e pensão decorrentes do
regime militar. Ante o exposto, nego provimento ao agravo.
Publique-se.
Brasília, 22 de fevereiro de 2013.
Ministro Dias Toffoli Relator
Aposentadoria Especial
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados
para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de
que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis
complementares, os casos de servidores:
I- portadores de deficiência;
II- que exerçam atividades de risco;
III- cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física.
Nota: este § 4º proíbe a adoção de requisitos e critérios
diferenciados para a concessão da aposentadoria aos que estiverem
abrangidos pelo regime de previdência social, previsto neste art. 40,
da CF.
Permite, entretanto, regime diferenciado com requisitos e critérios
próprios para “portadores de deficiência”; “que exerçam atividades
de risco” e aqueles “cujas atividades sejam exercidas sob condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física”.
Para essas categorias, é permitida a adoção de critérios
diferenciados para a aposentadoria, mas a Constituição Federal não
estabelece quais são as condições especiais e diferenciadas. Assim,
cabe à lei complementar e a outras normas infraconstitucionais, o
estabelecimento dessas condições de aposentadoria especial.
Não resta dúvida: os policiais e os bombeiros exercem atividades
de risco. E, por isso mesmo, podem ser beneficiados pela
aposentadoria especial.
Disse que os policiais podem ter esse benefício da aposentadoria
especial, porque ficam na dependência de regulamentação de lei
complementar, como está bem claro no § 4º, do art. 40, da CF.
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
No caso dos policiais militares e bombeiros militares estaduais, a
aposentadoria especial deve ser regulamentada por lei
complementar (§ 4º, do art. 40, da CF ) e estadual, de acordo com o
art. 42, § 1º, combinado com o art. 142, § 3º, X, da CF.
É bom registrar que o art. 77, IV, da Constituição do Estado da
Bahia, estabelece que ”São de iniciativa privativa do Governador do
Estado os projetos que disponham sobre: (...) IV- servidores públicos
do Estado, seu regime jurídico, provimentos de cargos, estabilidade
e aposentadoria de civis, reforma e transferência de militares para a
inatividade;”.
No Estado da Bahia, nenhum governador, até o momento,
aprovou lei complementar estabelecendo condições diferenciadas
para a reserva remunerada dos policiais militares e bombeiros
militares.
O Estatuto do Policial Militar, lei 7990/2001, no art. 176,
estabelece em, no mínimo, 30 anos de serviço para a reserva
remunerada e, ainda, no art. 146, § 3º, a contagem em dobro do
tempo de licença prêmio não gozada, para efeito de inativação.
O Governo da Bahia alega que essas condições já são especiais
e diferenciadas em relação aos servidores civis, que estão sujeitos
pela lei a, no mínimo, 35 anos de contribuição, combinado com 60
anos de idade, e não possuem direito a licença prêmio não gozada,
contada em dobro.
Apesar desse argumento do governo, a Constituição Federal
estabelece que a aposentadoria especial deve ser regulamentada
por Lei Complementar e o Estatuto do Policial Militar é Lei Ordinária.
Por fim, fica registrado que a CF estabelece o remédio jurídico do
mandado de injunção sempre que a falta de uma norma
regulamentadora inviabiliza um direito constitucional: CF, art. 5º, “
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de
norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania.”
Nota: pela decisão do STF, acerca de mandado de
injunção, cabe ao servidor público, todos, civis e militares,
federais, estaduais e municipais, enquadrados nas hipóteses
de aposentadoria especial, requerer a referida aposentadoria,
a qual dependerá de , no mínimo, de 25 anos de contribuição,
à autoridade administrativa, que deverá aferir, caso a caso, o
Capitão Tadeu Fernandes
preenchimento de todos os requisitos para a aposentação
especial.
Em havendo recusa da autoridade administrativa em
examinar o pedido, é que cabe o mandado de injunção.
Outras decisões do STF têm reconhecido, individualmente,
via mandado de injunção, a aposentadoria especial para
policiais.
É bom registrar, que o art. 92, III, do Estatuto do Policial
Militar da Bahia, lei 7990/2001, só concede a reserva
remunerada aos seus integrantes com “os proventos
calculados com base na remuneração integral do posto ou
graduação imediatamente superior, quando, contanto com 30
anos ou mais de serviço...”.
Assim, a pretensão à aposentadoria especial na Polícia
Militar da Bahia aos 25 anos, caso venha ser decidida pelo
STF, não contemplaria o chamado “posto imediato”, que por
lei só é devido a quem possuir 30 anos de serviço.
ORIENTAÇÃO NORMATIVA SRH/MPOG Nº06 DE 21 DE
JULHO DE 2010.
Na esfera do governo federal só é concedida a
aposentadoria especial de acordo com a Orientação
Normativa nº 06, da Secretaria de Recursos Humanos, do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, aos
servidores públicos federais contemplados por mandado de
injunção, enquanto perdurar a omissão legislativa e, ainda:
• ter trabalhado pelo período de 25 anos permanente,
não ocasional e nem intermitente;
• não fará jus à paridade constitucional;
• não conta a licença prêmio não gozada;
• os fatores de conversão do tempo de serviço em
condições especiais para tempo comum, são: 1,2 para
mulher e 1,4 para homem.
***
Jurisprudência
Supremo Tribunal Federal
06/03/2013 PLENÁRIO
AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 4.842 DISTRITO
FEDERAL
RELATORA: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : UNIÃO
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
PROC.(A/S)(ES): ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S): ADEMAR JOSE BASSAN DA LUZ
ADV.(A/S): PRISCILA DALLA PORTA N I E D E R A U E R
CANTARELLI
INTDO.(A/S):PRESIDENTE DA REPÚBLICA
ADV.(A/S): ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
E M E N TA : A G R AV O R E G I M E N TA L N O M A N D A D O D E
I N J U N Ç Ã O . A P O S E N TA D O R I A E S P E C I A L . AT I V I D A D E
INSALUBRE. ART. 40, § 4o, INC. III, DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA.
1. Autoridade administrativa não necessita de decisão em
mandado de injunção em favor de servidor público para simples
verificação se ele preenche, ou não, os requisitos necessários para a
aposentadoria especial (art. 57 da Lei n. 8.213/1991).
2. Cabível é o mandado de injunção quando a autoridade
administrativa se recusa a examinar requerimento de aposentadoria
especial de servidor público, com fundamento na ausência da norma
regulamentadora do art. 40, § 4o, da Constituição da República.
3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
ACÓRDÃO
VOTO
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
(...)
3. A autoridade administrativa responsável pelo exame do pedido
de aposentadoria é competente para aferir, no caso concreto, o
preenchimento de todos os requisitos para a aposentação previstos
no ordenamento jurídico vigente, até mesmo as condições especiais
a que estaria exposto o servidor e o cumprimento do tempo mínimo
de efetivo exercício no serviço público e no cargo efetivo em que se
dará a aposentadoria, a qual dependerá de, no mínimo, 25 anos de
contribuição.
Além disso, para simples verificação se o servidor cumpre, ou
não, os requisitos da aposentadoria especial, não há necessidade de
decisão em mandado de injunção em favor do servidor. O mandado
de injunção somente se presta aos servidores que cumprem os
requisitos para a aposentadoria especial, pois a utilidade desta ação
é integrar a regra constitucional ressentida, em seus efeitos, pela
ausência de norma a lhe assegurar eficácia plena.
Quando a autoridade administrativa se recusa a examinar
requerimento de aposentadoria especial de servidor público, com
Capitão Tadeu Fernandes
fundamento na falta da norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da
Constituição da República, cabe ao Supremo Tribunal Federal
afastar o impedimento que advém da ausência da regulamentação
constitucionalmente prevista, integrando-se o direito discutido pelo
Agravado.
Portanto, antes de indeferir pedido de aposentadoria especial,
com fundamento na ausência da norma regulamentadora do art. 40,
§ 4º, da Constituição, a autoridade administrativa deve analisar se o
servidor cumpre os requisitos para a aposentação (art. 57 da Lei n.
8.213/1991).
Com isso, impede que este Supremo Tribunal fique abarrotado de
ações inócuas e que o impetrante se iluda com a aposentadoria
especial, pela circunstância de ter a seu favor decisão concessiva de
mandado de injunção.
Somatório de Tempo de Serviço
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será
contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço
correspondente para efeito de disponibilidade.
Nota: de acordo com o art. 42, § 1º, da Constituição Federal, este
§ 9º se aplica aos militares estaduais.
Proibição de Tempo Fictício para Aposentadoria
§ 10 A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de
tempo de contribuição fictício.
Nota: tempo fictício é o que não é real, que não aconteceu de
fato, que não é efetivo serviço público.
Já para os militares estaduais, este § 10, do art. 40, não se aplica,
visto que o art. 42, § 1º, da CF, remete os militares estaduais para o
art. 142, § 3º, X, da CF, que estabelece regras próprias para a
inativação destes.
Dessa forma, as regras de inativação do serviço para os militares
estaduais são as previstas em leis estaduais específicas, em
conformidade com o art. 142, § 3º, X, combinado com o § 1º, do art.
42, da CF.
Na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros Militar da Bahia é o
Estatuto do Policial Militar, Lei 7.990 de 2001, art. 146, § 3º, que
regula a contagem em dobro da licença prêmio por assiduidade não
gozada, para fins exclusivos de contagem de tempo, para a
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
passagem à inatividade.
Maiores explicações, leia a nota do art. 40, da CF.
Definição e competência
Art. 3º - Instituídas para a manutenção da ordem pública e
segurança interna nos Estados, nos Territórios e no Distrito Federal,
compete às Polícias Militares, no âmbito de suas respectivas
jurisdições:
a) executar com exclusividade, ressalvas as missões peculiares
das Forças Armadas, o policiamento ostensivo, fardado, planejado
pela autoridade competente, a fim de assegurar o cumprimento da
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
lei, a manutenção da ordem pública e o exercício dos poderes
constituídos;
b) atuar de maneira preventiva, como força de dissuasão, em
locais ou áreas específicas, onde se presuma ser possível a
perturbação da ordem;
c) atuar de maneira repressiva, em caso de perturbação da
ordem, precedendo o eventual emprego das Forças Armadas;
d) atender à convocação, inclusive mobilização, do Governo
Federal em caso de guerra externa ou para prevenir ou reprimir
grave perturbação da ordem ou ameaça de sua irrupção,
subordinando-se à Força Terrestre para emprego em suas
atribuições específicas de polícia militar e como participante da
Defesa Interna e da Defesa Territorial;
e) além dos casos previstos na letra anterior, a Polícia Militar
poderá ser convocada, em seu conjunto, a fim de assegurar à
Corporação o nível necessário de adestramento e disciplina ou ainda
para garantir o cumprimento das disposições deste Decreto-lei, na
forma que dispuser o regulamento específico.
***
5- As Conquistas Obtidas
• Respostas às Consultas;
Através de emails, redes sociais e telefonemas, milhares de
policiais recebem informações esclarecedoras acerca de suas
dúvidas.
• TV Capitão Tadeu;
Pelo site www.capitaotadeu.com.br transmitimos ao vivo eventos
de interesse dos policiais.
• Panfletos;
Os panfletos são utilizados como meio de informação aos policiais
em complementação aos Informativos Eletrônicos.
• Reuniões;
Centenas de reuniões foram realizadas na capital e no interior,
para o debate de diversos temas de interesse dos policiais.
Capitão Tadeu Fernandes
• Torpedos;
Através das mensagens de texto pelo celular, o Capitão Tadeu
mantém a tropa informada e atualizada.
6- REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE
1988, disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicao.htm, acessado em 30 de Agosto de 2013.