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Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar

Apresentação

A função do militar estadual (policial e bombeiro) é uma das mais


nobres na nossa sociedade, pois é a protetora e garantidora de
direitos dos cidadãos e restauradora da paz social.
Para tanto, é fundamental que os policiais e bombeiros tenham
uma forte formação jurídica, fonte na qual deve se alicerçar a
conduta desses profissionais.
Dentro dessa compreensão, lanço este trabalho, intitulado Normas
Constitucionais Aplicáveis aos Militares Estaduais, na esperança
de contribuir para a construção de uma Força Policial e de Bombeiros
à altura dos seus integrantes e da sociedade, acima de tudo.

Salvador/Bahia, Setembro, de 2016

Capitão Tadeu Fernandes


Deputado Estadual - PSB
Coordenador da Sub Comissão de
Segurança Pública e Defesa Civil
Capitão Tadeu Fernandes

SUMÁRIO

História de 21 Anos de Lutas e Conquistas na


PMBA 5

1. Constituição da República Federativa do Brasil 15

2. Constituição do Estado da Bahia - 1989 73

3. Súmulas do Supremo Tribunal Federal - STF 93

4 -Súmulas do Superior Tribunal de Justiça - STJ 94

5. As Conquistas Obtidas 95

6- Referencial Bibliográfico 119


Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Capitão Tadeu Fernandes
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Capitão Tadeu Fernandes
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Capitão Tadeu Fernandes

06/02/12
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Capitão Tadeu Fernandes

Mas mal ouvido esse PT, aparece no PSB um deputado, Capitão PM Tadeu Fernandes,
quase heroi (o quase vai aí apenas para diminuir a intensidade das contestações) do
ensaio de enfrentamento entre as tropas federais e um grupo numeroso de policiais
militares armados em greve, em frente à Assembleia Legislativa.
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Capitão Tadeu Fernandes

Tribuna da Bahia 24/10/07


Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Capitão Tadeu arrisca a própria vida para evitar confronto e
morte entre colegas de farda.
08 de Janeiro de 2002

Deputado comparou o pedido de anistia feita


pelos grevistas com o mesmo dado a
presidentdado a Presidente Dilma

Diário Oficial do Estado da Bahia - 09/01/2002

Deputado Eliel Santana


“É um privilégio muito grande...Capitão Tadeu, gostaria de sua
atenção, porque quero referir/me a V.Exª. ... Quero até pedir
desculpas porque não acreditei quando disse que entrou na linha de
fogo para evitar que um mal maior pudesse acontecer naquele
batalhão...Só pude acreditar nisso, e quero inclusive, pedir perdão,
depois que, na “TV Bandeirantes” que fez um trabalho mais
jornalístico, mais sério, sobre esse assunto, e também na própria
“TV Bahia”, vi realmente V.Exª na linha de fogo, tentando evitar um
mal maior, uma desgraça, que poderia ter acontecido ontem no 8º
Batalhão.
Então, (...) quero, neste momento parabenizar pela coragem.
Tenho certeza de que V.Exª tem mérito prestado nesta casa,
Capitão Tadeu Fernandes
representando a Polícia Militar, muitos ainda, a partir de ontem,
qualquer um dos integrantes da PM vai respeitá-lo. Também Deus
vai colocar no saldo positivo da conta de V.Exª lá no céu, esta
atitude tão bonita que tomou ontem, expondo-se, colocando-se na
linha de fogo da irresponsabilidade do governo.”
Diário Oficial do Estado da Bahia - 09/01/2002

Deputado Renato Costa


“Quem aqui tem mais representação no segmento policial é o
deputado Capitão Tadeu, ...E, ontem, no 8º BPM, arriscando sua
própria vida quando estava na linha de tiro e impediu. Graças a
presença do Deputado Tadeu que impediu que houvesse uma
chacina. ... Poderia ter havido mortes, se não fosse a presença do
deputado Tadeu e estivemos lá, sou testemunha, ouvi esse
depoimento de vários policiais no 8º batalhão, ...”.
_____________________________________________________

8º BPM/Salvador/São Joaquim

Sgt Joel
“Na greve de 2001, o Capitão, o nosso Capitão Tadeu, entrou na
frente da tropa de choque e não deixou a tropa entrar no 8º Batalhão,
para matar Prisco e Dias...
o Capitão Tadeu entrou na frente e disse para a tropa não entrar ...
o choque era ‘um canhão’... estava todo mundo armado até os
dentes...eu não sei como o Capitão Tadeu se meteu na frente. Eu
disse: vai morrer, vai morrer todo mundo, aí pararam... e Dias e Prisco
pularam a janela e sumiram.”
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar

1 - CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


05 de Outubro de 1988
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Princípio da Legalidade
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei;
Nota: o cidadão é livre para fazer o que bem entender e só será
obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, se houver lei que
expressamente o obrigue ou o proíba.
Já o servidor público, inclusive o militar estadual, só pode agir e
exigir do cidadão aquilo que a lei expressamente estabelecer.
Liberdade de Expressão
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato;
Nota: LEI Nº 7.524, DE 17 DE JULHO DE 1986
Dispõe sobre a manifestação, por militar inativo, de
pensamento e opinião políticos ou filosóficos.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Capitão Tadeu Fernandes
Art. 1º Respeitados os limites estabelecidos na lei civil, é
facultado ao militar inativo, independentemente das disposições
constantes dos Regulamentos Disciplinares das Forças Armadas,
opinar livremente sobre assunto político, e externar pensamento e
conceito ideológico, filosófico ou relativo à matéria pertinente ao
interesse público.
Parágrafo único. A faculdade assegurada neste artigo não se
aplica aos assuntos de natureza militar de caráter sigiloso e
independe de filiação político-partidária.
Art. 2º O disposto nesta lei aplica-se ao militar agregado a que se
refere a alínea b do § 1º do art. 150 da Constituição Federal.
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Direito de Resposta e Dano Moral
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo,
além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
Crença Religiosa
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar
para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a
cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
Direito de Reunião
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais
abertos ao público, independentemente de autorização, desde que
não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo
local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
Nota: Constituição do Estado da Bahia - Art. 40 - “É
assegurado ao servidor público civil e militar o direito de promover
reunião ou manifestação pacífica, no local de trabalho, preservado o
interesse público.”.
Liberdade de Associação
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada
a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de
cooperativas independem de autorização, sendo vedada a
interferência estatal em seu funcionamento;
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial,
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a
permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente
autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial
ou extrajudicialmente;
Irretroatividade da Lei Penal
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
Nota: destaco que é a lei penal que não pode retroagir para
prejudicar. As demais leis podem retroagir para retirar direitos e
benefícios, desde que se respeite o direito adquirido, a coisa julgada
e o ato jurídico perfeito.
Crimes Inafiançáveis
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de
graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes
e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos,
por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o
Estado Democrático;
Respeito aos Presos
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e
moral;
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa,
com os meios e recursos a ela inerentes;
Princípio da Inocência Presumida
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado
de sentença penal condenatória;
Prisão
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem
escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo
Capitão Tadeu Fernandes
nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar,
definidos em lei;
Direitos dos Presos
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o
de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da
família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por
sua prisão ou por seu interrogatório policial;
Relaxamento de Prisão
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade
judiciária;

Habeas-corpus
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Mandado de Segurança
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger
direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou
"habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de
poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público;
Mandado de Injunção
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de
norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o
trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
Nota: o inciso VIII, do art. 142, da Constituição Federal, é taxativo
ao enumerar quais os direitos sociais dos trabalhadores urbanos e
rurais que são aplicáveis aos militares estaduais e federais, que são:
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral
ou no valor da aposentadoria;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador
de baixa renda nos termos da lei;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um
Capitão Tadeu Fernandes
terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário,
com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o
nascimento até 5 anos de idade em creches e pré-escolas;
Nota: os demais incisos, com os direitos sociais, previstos no art.
7º da CF, portanto, não são aplicáveis automaticamente aos
militares, já que não foram estendidos pela Constituição Federal a
essa categoria.
Todavia, nada impede que alguns dos demais direitos sociais
sejam garantidos, também, aos militares por leis infraconstitucionais,
como aliás já acontece com alguns. Veja a seguir:
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz
de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família
com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação
para qualquer fim; (os grifos são nossos)
***
JURISPRUDÊNCIA.
Súmula Vinculante 16 - "Os arts. 7º , IV , e 39 , § 3º (redação da
EC 19 /98), da Constituição , referem-se ao total da remuneração
percebida pelo servidor público".
“Estado do Rio Grande do Sul. Constituição Estadual. Art. 29, I,
que assegura aos servidores militares vencimento básico nunca
inferior ao salário mínimo fixado pela união. Inconstitucionalidade
formal. (...),havendo de entender-se, entretanto, como referida à
remuneração global do servidor, visto destinar-se a assegurar o
atendimento das necessidades vitais básicas deste, sendo vedada,
ademais, sua vinculação para qualquer fim. Inconstitucionalidade
que se declara, no art. 47 da Constituição do Estado do Rio Grande
do Sul, da referência feita ao inciso I do art. 29 da mesma Carta. (RE
198.982, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 5-8-1998, Plenário,
DJ de 19-4-2002.)
“Servidor público. Piso de vencimento. Vinculação ao salário-
mínimo. O art. 7º, IV, da Constituição Federal, refere-se à
remuneração, e não somente ao salário-base. Jurisprudência
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
assentada.” (RE 522.661-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento
em 6-11-2007, Segunda Turma, DJE de1º-2-2008.)
“O Supremo assentou o entendimento de que não é possível a
vinculação do piso-base ao salário-mínimo, nos termos do disposto
na parte final do inciso IV do art. 7º da Constituição do Brasil.” (AI
763.641-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 17-11-2009,
Segunda Turma, DJE de 4-12-2009.)
***
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
Nota: direito previsto aos policiais militares na Lei nº
7.990/2001, art. 92, V, “q” e art. 109, Estatuto do Policial
Militar da Bahia.
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias
e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários
e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de
trabalho;
Nota: a Lei nº 7.990/2001, Art. 110, § 1º estabelece
jornada de 40 horas semanais para os policiais militares da
Bahia. Veja que não existe jornada mensal, mas sim, apenas
jornada semanal. Lembre-se, também, que temos meses com
quatro semanas, com quatro semanas e meia e com cinco
semanas, o que implica em variação da carga horária mensal,
de acordo com a quantidade de semanas em cada mês.
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo,
em cinquenta por cento à do normal;
Nota: a Lei nº 7.990/2001, Art. 92, V, “r” e art. 108,
estabelece para os policiais militares da Bahia este direito
social.
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de
normas de saúde, higiene e segurança;
Nota: o art. 107, § 1º e 2º, da Lei 7.990/2001 – Estatuto do
Policial Militar, garante este direito social aos policiais
militares da Bahia.
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas,
insalubres ou perigosas, na forma da lei;
Nota: a Lei nº 7.990/2001, art. 92, V, “p”, garante este
direito social aos policiais militares.
Capitão Tadeu Fernandes
XXIV - aposentadoria;
Nota: a Lei nº 7.990/2001, art. 92, V, “k”, garante a reserva
remunerada aos policiais militares da Bahia.
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do
empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado,
quando incorrer em dolo ou culpa;
Nota: a Lei nº 7.990/2001, art. 92, V, “t”, garante o seguro
contra acidente de trabalho aos policiais militares da Bahia.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


DOS DIREITOS POLÍTICOS
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal
e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos
termos da lei, mediante:
Candidatura de Militar a Cargo Eletivo
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes
condições:
Candidatura de Militar com menos de 10 Anos
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da
atividade;
Nota: a expressão “deverá afastar-se da atividade” tem gerado
muitas dúvidas, se significa afastamento temporário ou permanente.
A própria Justiça ainda tem tido decisões divergentes, sendo que
tem predominado as decisões no sentido de que o afastamento é
permanente, demissão definitiva.
***
Jurisprudência
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Militar Candidato com menos de 10 anos de serviço.
Decisão Favorável ao Militar Estadual - STF
Recurso Extraordinário 279.469
Relator Ministro Maurício Corrêa
"Da vigente redação do inciso I do § 8º do artigo 14 não se pode
extrair, data venia, o rigor exegético que lhe emprestou o recorrente.
Do contrário seria transformar a faculdade do afastamento em
verdadeira pena de exclusão do serviço público. Não se pode tirar
conclusões, sobretudo quando se trata de reduzir direitos inerentes à
cidadania, dando interpretação extremada para criar sanção que a lei
não previu. A expressão "afastar-se da atividade" só pode ter um
sentido semântico e lógico traduzido na interrupção temporária da
atividade funcional de que se está investido, para o exercício de cargo
eletivo, situação provisória e precária que não pode converter-se em
fundamento da perda do cargo".
"E tanto é assim que a redação correspondente na Carta Federal
pretérita foi sensivelmente alterada. Não apenas o prazo foi
modificado de cinco para dez anos, como o termo "excluído do serviço
ativo" foi substituto por "afastar-se da atividade". Repito, permitir a
demissão do servidor significa, primeiro, retirar-lhe a condição legal de
militar, tornando despicienda a regra constitucional em exame e,
segundo, impor restrição ao exercício pleno dos direitos políticos do
cidadão"

Decisões Desfavoráveis ao Militar Estadual.


TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
Acórdão Nr 20318, de 19 de Setembro de 2002
I A transferência para a inatividade do militar que conta menos de
dez anos de serviço é definitiva, mas só exigível após deferido o
registro da candidatura".
II A filiação partidária de um ano da eleição não é condição de
elegibilidade do militar, donde ser irrelevante a indagação sobre a
nulidade da filiação do militar ainda na ativa, argüida com base no
art. 142, § 3º, V da Constituição.

Resolução TSE Nr 20.598, de 13 Abr 00:


Consulta. Senador. À luz do art. 14, § 8º, I, da Constituição
Federal, que diz: "O militar alistável é elegível, atendidas as
seguintes condições I – Se contar menos de dez anos de serviço
deverá afastar-se da atividade;" Indaga: afastar-se da atividade, o
Capitão Tadeu Fernandes
que significa?, respondida nos seguintes termos: O Afastamento do
militar, de sua atividade, previsto no art. 14, § 8º, I, da Constituição,
deverá se processar mediante demissão ou licenciamento ex-officio,
na forma da legislação que trata do serviço militar e dos
regulamentos específicos de cada Força Armada"

Processo: RMS 30041 MT 2009/0142595-9, Relator(a): Ministra


LAURITA VAZ, Julgamento: 13/12/2011, Órgão Julgador: T5 - QUINTA
TURMA, Publicação: DJe 01/02/2012
ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. POLICIAL MILITAR.
COM MENOS DE 10 (DEZ) ANOS DE SERVIÇO EFETIVO.
LICENÇA PARA CONCORRER A CARGO ELETIVO. MANUTENÇÃO
DA REMUNERAÇÃO. INTERPRETAÇÃO DO ART. 14, § 8.º, INCISO
I, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. DESLIGAMENTO DEFINITIVO
DA CORPORAÇÃO. NECESSIDADE. PRECEDENTES DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DO TRIBUNAL SUPERIOR
ELEITORAL. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA NON REFORMATIO
IN PEJUS.
1. O Pleno do Supremo Tribunal Federal, ao interpretar o art. 14,
§ 8º, incisos I e II, firmou o entendimento de que a Carta da
República autorizou tratamento diferenciado aos servidores
militares, que intentem candidatar-se a cargo eletivo, lastreado
no tempo de serviço, estabelecendo o seguinte discrímen: (a) se
contarem com mais de 10 (dez) anos de efetivo exercício na
corporação, serão "agregados", mantendo a remuneração, e, se
eleitos, no ato da diplomação, deverão passar para a inatividade;
(b) se ainda não tiverem alcançado o interstício de um decênio,
deverão ser definitivamente afastados do serviço ativo.
2. A jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, na esteira da do
Supremo Tribunal Federal, firmou-se no sentido de que o
afastamento do militar, que contava com menos de 10 (dez) anos
de atividade, para candidatar-se a cargo eletivo é definitiva e deve
se dar por demissão ou licenciamento ex officio, sendo exigível
após o deferimento do registro da candidatura.
3. Nos termos do art. 14, § 8.º, inciso II, da Carta Magna, apenas
o militar que conte com mais de 10 (dez) anos de serviço tem
direito à licença remunerada para concorrer a cargo eletivo.
Precedentes do STF e do STJ.
4. No caso, tratando-se de militar com menos de 10 (dez) anos
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
na corporação, inexiste direito líquido e certo a ser amparado na
via mandamental no sentido de ser remunerado no período em
que foi licenciado a concorrer a cargo eletivo.
5. Recurso ordinário em mandado de segurança conhecido e
desprovido.
***
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO
GABINETE DO PROCURADOR GERAL
Processo: 050041204097840
Interessado: (...)
Ref.: LEGISLAÇÃO
D E S PAC H O
O cerne da controvérsia presente nos autos cinge-se a natureza
do afastamento imposto no inciso I, § 8º, do art. 14, da Constituição
Federal de 1988, ao militar que, contando menos de dez anos de
serviço, pretenda candidatar-se a cargo eletivo.
No particular, comungo o entendimento perfilhado no ilustrado
pronunciamento de fls. 03/07, secundado pela i. Procuradora
Assistente do Núcleo de Pessoal (fls. 08/09), porquanto retrata a
recente orientação do c. STF acerca da matéria, no sentido de que o
afastamento do militar que conta com menos de dez anos de serviço
para candidatar-se a cargo eletivo é definitivo e se deve dar por
demissão ou licenciamento ex officio, sendo exigível após o
deferimento do registro da candidatura.
(...)
Registre-se, ainda, idêntico entendimento adotado pelo Tribunal
Superior Eleitoral que em resposta a uma consulta eleitoral, assim se
posicionou:
“CONSULTA: Senador. A Luz do art. 14, paragrafo 8, I, da
Constituição Federal, que diz: “ o militar alistável e elegível,
atendidas as seguintes condições: I – se contar menos de dez
anos de serviço, deverá afastar-se da atividade, “indaga:”
afastar-se da atividade o que significa?
“respondida nos seguintes termos: o afastamento do militar, de
sua atividade, previsto no art. 14, paragrafo 8º, I, da
Constituição, deverá de processar mediante demissão ou
Capitão Tadeu Fernandes
licenciamento ex officio, na forma da legislação que trata do
serviço militar e dos regulamentos específicos de cada Força
Armada”. (TSE – Consulta 571/DF; Rel. Ministro Walter Ramos
da Costa Porto, DJ 13.04.2000).
Portanto na linha do entendimento que vem se cristalizando no
âmbito dos Tribunais Superiores, como patenteiam as decisões
mencionadas, estou em que o afastamento do militar, de sua
atividade, previsto no art. 14, § 8º, inciso I, da Carta Magna, tem
caráter definitivo.
(...)
À Polícia Militar para conhecimento.
GABINETE DO PROCURADOR GERAL DO ESTADO, 16 de abril
e 2013.
RUI MORAES CRUZ
Procurador Geral do Estado

Candidatura de Militar com mais de 10 Anos


II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da
diplomação, para a inatividade.
Nota: todavia, não é vedado ao Estado, querendo, reverter o
militar da reserva remunerada para a ativa, após o mandato eletivo.
Estatuto do Policial Militar, Lei Nº 7.990, de 27/12/2001, trata desse
assunto. Veja:
Art. 14 – A reversão é o ato pelo qual o Policial Militar retorna ao
serviço ativo e ocorrerá nas seguintes hipóteses:
II – quando cessar o período de exercício de mandato eletivo,
devendo retornar ao mesmo grau hierárquico ocupado e mesmo
lugar que lhe competir na escala numérica no momento de sua
transferência para a reserva remunerada.
Nota: Jurisprudência - STF
“Possibilidade de legislação infraconstitucional dispor
sobre vantagem ou garantia não vedada ou não disciplinada
pela CR.” (AI 784.572-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia,
julgamento em 8-2-2011, Primeira Turma, DJE de
25-3-2011.).
A CF, no art. 14, § 8º, II, impõe a inativação dos militares
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
que se elegerem para cargos eletivos, mas não proíbe a
reversão ao serviço ativo ao término do mandato.
Se não existe proibição na CF, a jurisprudência do STF
entende que lei infraconstitucional pode estabelecer regras
para o retorno ao serviço ativo dos militares ex-
parlamentares.
Ademais, o art. 142, § 3º, X, da CF, que se aplica aos
militares estaduais (art. 42, § 1º,da CF), estabelece que lei
(no caso do militar estadual, lei estadual), “...disporá sobre o
ingresso... e outras condições de transferência do militar para
a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as
prerrogativas e outras situações especiais dos militares,
considerando as peculiaridades de suas atividades...”. (os
grifos são nossos)
Não resta dúvida, assim, da constitucionalidade de
dispositivo de lei estadual que estabelece a reversão ao
serviço ativo dos militares estaduais após mandato eletivo,
desde que o projeto de lei seja de autoria do Governador do
Estado.
§ 1º – O Policial Militar revertido nos termos do inciso II, deste
artigo, que for promovido, passará a ocupar o mesmo lugar na
escala numérica, observado o novo grau hierárquico, sendo tal
previsão aplicada, tão somente, à primeira promoção ocorrida após a
reversão.
§ 2º - A competência para a reversão será:
I- Da mesma autoridade que efetuou a agregação, nos termos do
art. 26, desta Lei;
II- Da autoridade competente para efetuar a transferência do
Policial Militar para a reserva remunerada, nos termos da legislação
vigente.
Retorno ao Serviço Ativo após Perda de Mandato Eletivo
§ 3º - Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, o retorno ao
serviço ativo deverá ocorrer no primeiro dia útil imediatamente
subsequente ao término do mandato eletivo.
Interrupção entre o Término do Mandato e o Retorno ao
Serviço.
§ 4º - Não poderá haver interrupção entre o momento da
transferência do Policial Militar para a inatividade, em razão do
Capitão Tadeu Fernandes
exercício de mandato eletivo, e o seu posterior retorno à
Corporação, em face do disposto no inciso II deste artigo.
Nota: este § exclui os ex-parlamentares PM para o retorno
à ativa. Admite, apenas, os parlamentares que estivessem
nos mandatos eletivos em 29 de Junho de 2010. Vide §
seguinte, que abre uma exceção aos ex-deputados em
29/06/2010.
Exceção para Retorno de Ex-deputado
§ 5º - O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos Policiais
Militares que tenham exercido ou que se encontrem no exercício de
mandato eletivo estadual no momento da edição desta Lei, vedado o
pagamento, em caráter retroativo, de diferenças remuneratórias de
qualquer natureza em decorrência da aplicação do disposto neste
parágrafo.
Nota: este § admitiu que ex-deputados e deputados que
estivessem no parlamento em 29 de junho de 2010
pudessem retornar à ativa. Houve, aí, uma discriminação em
relação aos ex-vereadores, que podem buscar esse direito na
justiça, pelo Princípio da Isonomia, já que o sentido de todo
esse inciso II, do art. 14, do Estatuto do Policial Militar,
revela-se aos parlamentares, aos PM’s com mandato eletivo,
sem distinguir mandato estadual do municipal.
Limite de Idade para Retorno Após término de Mandato
Eletivo
§ 6º – Para fins de reversão, prevista no inciso II deste artigo, é
obrigatório que o Policial Militar não tenha atingido a idade limite de
60 (sessenta) anos.
Candidatura de Militar Estadual da Bahia
Art. 101 - Os policiais militares são alistáveis como eleitores e
elegíveis segundo as regras seguintes:
I. se contar com menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se
da atividade;
II. se contar mais de dez anos de serviço será, ao se candidatar a
cargo eletivo, três meses antes da data limite para realização das
convenções dos partidos políticos, agregado ex officio e considerado
em gozo de licença para tratar de interesse particular; se eleito,
passará, automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade,
fazendo jus a remuneração proporcional ao seu tempo de serviço.
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Nota: a agregação para a campanha eleitoral será ex-
officio e três meses antes da data limite para a realização da
convenção, ou seja: cerca de seis meses antes da eleição.
Para tanto, caberá ao militar estadual informar, por escrito, ao
comandante em tempo hábil.
Vide nota no art. 14, II, § 8º, da CF, onde abordamos a
questão do retorno do militar estadual da Bahia a ativa após
mandato eletivo.
Parágrafo único - Enquanto em atividade, os policiais militares
não podem filiar-se a partidos políticos.
Nota: vide nota ao art. 142, § 3º, V, da CF, que tem o
mesmo conteúdo.
Art. 201 - (...)
Nota: a alínea e), do art. 201, § 1º, a seguir, é fruto de
proposta dos deputados Capitão Tadeu e Capitão Fábio.
§ 1º - (...)
Tempo de Serviço no Parlamento
e) o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo
federal, estadual, municipal ou distrital será computado para todos
os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.
Nota: por mandato eletivo entenda: prefeito municipal,
vereador, governador, deputado estadual ou distrital,
presidente da República, senador e deputado federal.
O tempo de serviço, no mandato eletivo, não será
computado apenas para a promoção por merecimento.
Contudo, para a promoção por antiguidade, para a
classificação na escala de antiguidade, para o computo de
tempo de serviço (gratificação por tempo de serviço e reserva
remunerada) e para todos os demais efeitos legais, será
computado.
Capitão Tadeu Fernandes

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


DA UNIÃO
Art. 21. Compete à União:
Polícia Militar e Corpo de Bombeiro Militar do Distrito Federal
XIV - organizar e manter a polícia federal, a polícia rodoviária e a
ferroviária federais, bem como a polícia civil, a polícia militar e o
corpo de bombeiros militar do Distrito Federal e dos Territórios;
Normas Gerais: Polícia Militar e Corpo de Bombeiro Militar
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico,
garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos
de bombeiros militares;
Nota: vide Decreto-Lei 667, de 2 de Julho, de 1969 e Decreto
88777, de 30 de Setembro, de 1983, que regulamentam este inciso.
Reserva Remunerada e Previdência Social
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal
legislar concorrentemente sobre:
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da
União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais
não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados
exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas
peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais
suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
Nota: como dispõe o § 1º, do art. 24, CF, cabe à União
estabelecer “normas gerais” sobre previdência social. Já o Estado
possui a competência suplementar (art. 24, § 2º, da CF).
Dentro dessa competência suplementar, o Estado da Bahia editou
a Lei Nº 11.357, de 06/01/2009, que organiza o Regime Próprio de
Previdência dos Servidores Públicos do Estado da Bahia, onde
consta:
Art. 1º - O Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores
Públicos do Estado da Bahia - RPPS, organizado na forma desta Lei,
tem por finalidade assegurar os benefícios previdenciários aos seus
segurados e dependentes.
Art. 2º - É assegurado aos servidores titulares de cargos efetivos
de todos os órgãos e entidades dos Poderes do Estado regime de
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo
ente público, dos servidores ativos, inativos e dos pensionistas,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
Art. 4º - O RPPS, organizado por esta Lei, atenderá às seguintes
finalidades:
II - garantir o pagamento dos proventos de aposentadoria, reserva
remunerada e reforma, decorrentes de atos de concessão praticados
pelas autoridades competentes;
Art. 5º - São princípios básicos do RPPS:
I - custeio da previdência social, mediante contribuições dos
órgãos e entidades dos Poderes do Estado, dos servidores públicos
ativos, inativos e dos pensionistas, além de outras receitas, inclusive
as decorrentes dos recursos e ativos patrimoniais provenientes do
Estado;
Capitão Tadeu Fernandes
II - garantia de aposentadorias, reservas remuneradas, reformas e
pensões pagas em valores não inferiores ao salário mínimo;
III - proibição de criar, majorar ou estender qualquer benefício ou
serviço, sem a correspondente fonte de custeio total;
Art. 10 - São segurados do regime estabelecido por esta Lei:
II - os servidores militares da ativa;
III - os servidores públicos civis inativos e os militares reformados
ou da reserva remunerada, dos órgãos e entidades dos Poderes do
Estado.
DA TRANSFERÊNCIA DO MILITAR DO ESTADO PARA A
INATIVIDADE
Art. 20 - É garantida a passagem do policial militar segurado à
situação de inatividade, mediante transferência para a reserva
remunerada ou reforma, devendo ser observadas as regras previstas
no Estatuto dos Policiais Militares do Estado da Bahia.
Parágrafo único - Os direitos, vantagens e garantias
assegurados ao policial militar do Estado da Bahia serão aqueles
previstos em sua legislação específica quando da passagem para a
inatividade.
Nota: o art. 20, parágrafo único, foi de autoria do
Deputado CAPITÃO TADEU, para assegurar aos militares
estaduais da Bahia a manutenção de direitos históricos
quando da passagem para a inatividade. (“Posto Imediato”).
Ao remeter para o Estatuto do Policial Militar as regras da
inatividade, retirando o militar estadual do regime geral da
previdência social do Estado, o deputado estadual CAPITÃO
TADEU conseguiu assegurar aos policiais militares e
bombeiros militares a vigência do art. 92, II, III, IV e art. 121,
da Lei 7.990/2001 – Estatuto do Policial Militar.
Lei 7.990/2001: “Art. 92 - São direitos dos Policiais
Militares:
II - os proventos calculados com base na remuneração
integral do seu posto ou graduação quando, não contando
com trinta anos de serviço, for transferido para a reserva
remunerada ex officio por ter atingido a idade limite de
permanência em atividade no posto ou na graduação;”
“POSTO IMEDIATO”
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
“III - os proventos calculados com base na remuneração
integral do posto ou graduação imediatamente superior
quando, contando com trinta anos ou mais de serviço, for
transferido para a reserva remunerada;
IV - os proventos calculados com base na remuneração
integral do seu próprio posto ou graduação acrescida de 20%
(vinte por cento) quando, contando com trinta e cinco anos ou
mais de serviço, for ocupante do último posto da estrutura
hierárquica da Corporação no seu quadro e, nessa condição,
seja transferido para a reserva remunerada;”
Como as leis específicas, não gerais, sobre previdência
social são da competência do Estado e o Estado da Bahia
através da Lei 11.357/2009, remete ao Estatuto do Policial
Militar, Lei 7.990/2001, as condições, direitos e vantagens
para a passagem para a inatividade, prevalece, no caso do
Policial Militar da Bahia o seu estatuto próprio.

Revisão dos Proventos de Inatividade


Estatuto do Policial Militar, Lei 7.990/2001
Art. 121 - “Os proventos da inatividade serão revistos na
mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar
a remuneração dos policiais militares em atividade, sendo
também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou
vantagens posteriormente concedidos aos policiais militares
em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação
ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a
aposentadoria, na forma da Lei.
Parágrafo único - Ressalvados os casos previstos em Lei,
os proventos da inatividade não poderão exceder à
remuneração percebida pelo policial militar da ativa no posto
ou graduação correspondente aos seus proventos.”

Lei Estadual nº 11.356 de 06 de janeiro de 2009


Posto Imediato de 1º Sgt para 1º Ten
Capitão Tadeu Fernandes
Art. 8º- Aos Praças ingressos na Corporação até a data de
início de vigência desta Lei, que vierem a alcançar a
graduação de 1º Sargento e na data da inatividade possuírem
30 (trinta) anos ou mais de serviço, fica assegurado o direito
de cálculo dos proventos com base na remuneração integral
do posto de 1º Tenente, independentemente de promoção à
graduação de Subtenente.
Parágrafo único - Aos Praças ingressos na Corporação
até a data de início de vigência desta Lei, que, no momento
da inatividade, ainda ostentarem a graduação de Soldado de
1ª Classe PM e possuírem 30 (trinta) anos ou mais de
serviço, fica assegurado o direito de cálculo dos proventos
com base na remuneração integral da graduação de 1º
Sargento PM.
Nota: o art. 8º e seu parágrafo único é de autoria
do Deputado Capitão Tadeu, que teve por objetivo
assegurar aos sargentos que não forem promovidos a
sub tenente a reserva remunerada com os proventos
de 1º tenente.
Com a recriação de sub tenente, em 2009, os 1º
sargentos que já tinham esse direito e os soldados
que iriam ou irão ser promovidos a 1º sargento PM,
perderiam o posto imediato de 1º tenente, daí a
importância dessa lei.
Os praças que ingressaram ou vierem a ingressar
na Polícia Militar, a partir da vigência dessa lei (7 de
janeiro de 2009), continuam com o direito ao “posto
imediato”, mas sem o salto de 1º sargento para 1º
tenente, ou seja: todo PM que ingressou na
corporação a partir de 7 de janeiro de 2009, que
chegar a graduação de 1º Sgt PM, irá para a reserva
remunerada com os proventos de sub tenente PM.
Art. 41 - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados
para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de
que trata esta Lei, ressalvados, nos termos definidos em leis
complementares, os casos de servidores:
II - que exerçam atividades de risco;
Nota: vide nota no art. 40, § 4º, da CF, onde tratamos da
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
aposentadoria especial para os que exercem atividades de
risco.
Art. 72 - Considera-se base de cálculo para fins de contribuição
dos servidores militares ativos o soldo e demais vantagens
remuneratórias, excetuando-se, além das vantagens elencadas no
artigo 71 desta Lei, as seguintes:
§ 1º - Para os policiais militares reformados ou na reserva
remunerada constitui base de cálculo para fins de contribuição o
valor total bruto dos proventos que superem o limite máximo
estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência
Social de que trata o artigo 201 da Constituição Federal, com
percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de
cargos efetivos.
§ 2º - Para os pensionistas de servidores militares, considera-se
base de cálculo para fins de contribuição o valor total do respectivo
benefício que supere o limite máximo estabelecido para os
benefícios do RGPS de que trata o artigo 201 da Constituição
Federal, com percentual igual ao estabelecido para os servidores
titulares de cargos efetivos.
***

Jurisprudência
"Ressalvada a revisão prevista em lei, os proventos da inatividade
regulam-se pela lei vigente ao tempo em que o militar, ou o servidor
civil reuniu os requisitos necessários." (Súmula 359.)

"Este Tribunal firmou entendimento no sentido de que os proventos


regulam-se pela lei vigente à época do ato concessivo da
aposentadoria, excluindo-se do desconto na remuneração as
vantagens de caráter pessoal. É plausível a tese do direito adquirido.
Precedente." (RE 359.043-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em
3-10-2006, Segunda Turma, DJ de 27-10- 2006.)

"O direito ao auxílio-alimentação não se estende aos servidores


inativos." (Súmula 680.)

"É firme a jurisprudência do STF no sentido de que a garantia do


direito adquirido não impede a modificação para o futuro do regime
de vencimentos do servidor público. Assim, e desde que não
Capitão Tadeu Fernandes
implique diminuição no quantum percebido pelo servidor, é
perfeitamente possível a modificação no critério de cálculo de sua
remuneração." (AI 450.268-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence,
julgamento em 3-5-2005, Primeira Turma, DJ de 27-5-2005.)

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que
trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por
lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso,
assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem
distinção de índices;
Nota: como o § § 1º4º, do art. 39, da Constituição Federal, aplica-
se aos militares estaduais, de acordo com art. 144, § 9º, da CF,
consequentemente, este inciso X se aplica, também, aos mesmos.
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e
fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de
mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de
qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal,
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-
se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados
e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do
Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no
âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário,
aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos
Procuradores e aos Defensores Públicos;
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal
do serviço público;
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público
não serão computados nem acumulados para fins de concessão de
acréscimos ulteriores;
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e
empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos
incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e
153, § 2º, I;
Nota: de acordo com o art. 42, § 1º, combinado com o art. 142, §
3º, VIII, da Constituição Federal, os incisos, XI, XIII, XIV e XV, deste
art. 37, são aplicáveis aos militares estaduais.
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,
exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em
qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de
saúde, com profissões regulamentadas;

Nota: A EC Federal n 77, acrescentou a alínea c), como sendo


permitido ao militar federal concursado na área de saúde e, por
extensão, ao estadual concursado na área de saúde, o acúmulo de
dois cargos, privativos da área de saúde.
***
Capitão Tadeu Fernandes

Através da EC do Estado da Bahia, nº 23, de 16/08/16, o art. 46,


no seu §3º autorizou o militar estadual a acumular com um cargo de
professor ou de profissional da área de saúde, no limite de 20 horas
semanais para o segundo cargo.
Constituição do Estado da Bahia, art. 46, § 3º - O servidor
militar estadual em atividade que tomar posse em cargo público civil
permanente será transferido para a reserva, na forma da lei, salvo
quando se tratar de um cargo de professor ou privativo de
profissional de saúde com profissão regulamentada, sendo
assegurada a acumulação desde que haja compatibilidade de
horários e não ultrapasse 20 (vinte) horas semanais. (Emenda
Constitucional nº 23, 16/08/2016)

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


Dos Servidores Públicos
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e
planos de carreira para os servidores da administração pública
direta, das autarquias e das fundações públicas.
Subsídio
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os
Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão
remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única,
vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono,
prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória,
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.
Nota: por força do art. 144, § 9º, da Constituição Federal, este §
4º se aplica aos servidores policiais (federais, rodoviários federais,
policiais civis e militares).
Regras de Aposentadoria
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas
autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo
ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial
e o disposto neste artigo.
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Nota: o Art. 40 não se aplica, integralmente, aos militares
estaduais .
Pela sistemática da Constituição Federal, toda vez que se
pretende enquadrar o militar estadual, de forma específica, nos
dispositivos constitucionais, a alusão é expressa e não implícita. Ex:
art. 14, § 8º; art. 22, XXI; art. 40, § 20; art. 42, § 1º e 2º; art. 125, § 4º
e art. 144, § 9º, da CF. Portanto, pela sistemática legislativa da CF,
quando a Carta Magna não se reporta expressamente ao militar
estadual, nas questões específicas da PM, não há que se estender,
automaticamente, aos militares estaduais, salvo se houver decisão
do Supremo Tribunal Federal ou de legislação estadual específica.
O § 2º não se aplica ao militar estadual. A jurisprudência do STF é
clara. Vide nota ao § 2º, do art. 40, da CF.
O § 4º se aplica aos militares estaduais, já que estes
desenvolvem atividades de risco, mas dependem de lei
complementar estadual para regulamentar a aposentadoria especial
desta categoria.
Em decisões individuais o STF reconheceu a militares estaduais a
aposentadoria especial por exercerem “atividade de risco”.
Vide maiores esclarecimentos na nota do § 4º, art. 40, da CF.
O § 9º se aplica ao militar estadual em razão de uma extensão
expressa, prevista no art. 42, § 1º. Se o art. 40 se aplicasse
integralmente ao militar estadual, não precisaria que o art. 42, § 1º,
da CF, dissesse expressamente que o § 9º se aplica ao militar
estadual.
Vejamos, se o art. 42, § 1º diz que o § 9º se aplica ao militar
estadual, é porque os demais não se aplicam automaticamente. Vide
nota ao § 9º, do art. 40, da CF.
Já o § 20, expressamente, remete o militar estadual para o art.
142, § 3º, X, excluindo-o da previdência geral e da unidade gestora
única.
Vide art. 42, § 1º, que enquadra o militar estadual no art. 142, §
3º, X, da CF, onde consta, no conjunto dos dois artigos, que lei
estadual específica estabelecerá as condições de passagem do
militar estadual para a inatividade, levando em consideração as
“peculiaridades de suas atividades”.
Se lei estadual específica estabelecerá as condições de
passagem do militar estadual para a inatividade, é porque o art. 40,
Capitão Tadeu Fernandes
da CF, não se aplica plenamente aos mesmos, salvo naquilo que
expressamente for determinado.
Por outro lado, para reafirmar esse entendimento, o art. 42, § 2º,
da CF, expressamente, estabelecia que os §§ 7º e 8º, do art. 40, se
aplicavam aos militares estaduais. Na sequência, a Emenda
Constitucional nº 41, de 2003, alterou esse § 2º, do art. 42, da CF,
dando nova redação e remetendo os pensionistas dos militares
estaduais, para aplicabilidade do que for estabelecido em lei
específica do Estado. Com isso, retirou os §§ 7º e 8º, do art. 40, da
aplicabilidade aos policiais militares, sem fazer alusão a qualquer
outro parágrafo do art. 40, voltado aos militares estaduais.
Por fim, em decisão no Agravo de Instrumento 773953, em
22/2/2013, o Ministro Dias Tóffoli, do STF, registrou que “A
Constituição reservou regramento próprio para os servidores
públicos militares (art. 42, § 1º, CF), o qual não abrange o
mencionado art. 40, § 2º, da CF.”
Embora a decisão do Ministro Dias Tóffoli se refira explicitamente
que o art. 40, § 2º, da CF, não se aplica aos militares, mas ao admitir
o regramento próprio para os mesmos, estendeu todo a o art. 40 e
seus parágrafos a não aplicabilidade automática, para esta
categoria, salvo naquilo que expressamente for determinado pela
própria Carta Magna.
Aposentadoria com Proventos Superiores aos da Ativa
§ 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de
sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo
servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que
serviu de referência para a concessão da pensão.
Nota: de acordo com este parágrafo, nenhum servidor público
poderá se aposentar com proventos superiores aos vencimentos que
percebia quando na ativa no momento da inativação. O mesmo se
aplica às pensões.
Já para os militares estaduais, este § 2º, do art. 40, não se aplica.
As regras de inativação do serviço para os militares estaduais são
as previstas em leis estaduais específicas, em conformidade com o
art. 142, § 3º, X, combinado com o § 1º, do art. 42, da CF.
Na Polícia Militar da Bahia é o Estatuto do Policial Militar, Lei
7.990, de 2001, em seu art. 92, III, que regula as condições do PM
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
para a inativação, com os proventos calculados com base na
remuneração integral do posto ou graduação imediatamente superior
quando, contando com 30 anos ou mais de serviço, for transferido
para a reserva remunerada.
Maiores explicações, leia as notas do caput do art. 40 e do art.
142, § 3º, X.
***

Jurisprudência
STF - AGRAVO DE INSTRUMENTO: AI 773953 AL
Dados Gerais
Processo: AI 773953 AL
Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI
Julgamento: 22/02/2013
Publicação: DJe-041 DIVULG 01/03/2013 PUBLIC 04/03/2013
(...)
Decisão
Decisão: Vistos. Estado de Alagoas interpõe agravo de
instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário
assentado em violação dos artigos 42, § 1º, e 142, § 3º, inciso X, da
Constituição Federal.
(...)
Nesse contexto, destaca-se a jurisprudência da Corte no sentido
de que não se aplica aos servidores militares a vedação constante
do § 2º do artigo 40 da Constituição Federal, incluído pela Emenda
Constitucional nº 20/98, uma vez que se destina aos civis titulares de
cargo efetivo.
(...)
A Constituição Federal reservou regramento próprio para os
servidores públicos militares (art. 42, § 1º, CF), o qual não abrange o
mencionado art. 40, § 2º, da CF.
(...)
Não há falar na não recepção da Lei estadual específica nº
4.345/82, em razão da alteração do § 2º do artigo 40 da Constituição
Federal pela EC nº 20/98,inaplicável aos servidores militares.
Capitão Tadeu Fernandes
(…)
Assim, os fundamentos utilizados pelo Tribunal de origem restam
incólumes, uma vez que incumbe mesmo à legislação estadual local,
estabelecer as condições de aposentadoria e pensão decorrentes do
regime militar. Ante o exposto, nego provimento ao agravo.
Publique-se.
Brasília, 22 de fevereiro de 2013.
Ministro Dias Toffoli Relator

Aposentadoria Especial
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados
para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de
que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis
complementares, os casos de servidores:
I- portadores de deficiência;
II- que exerçam atividades de risco;
III- cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física.
Nota: este § 4º proíbe a adoção de requisitos e critérios
diferenciados para a concessão da aposentadoria aos que estiverem
abrangidos pelo regime de previdência social, previsto neste art. 40,
da CF.
Permite, entretanto, regime diferenciado com requisitos e critérios
próprios para “portadores de deficiência”; “que exerçam atividades
de risco” e aqueles “cujas atividades sejam exercidas sob condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física”.
Para essas categorias, é permitida a adoção de critérios
diferenciados para a aposentadoria, mas a Constituição Federal não
estabelece quais são as condições especiais e diferenciadas. Assim,
cabe à lei complementar e a outras normas infraconstitucionais, o
estabelecimento dessas condições de aposentadoria especial.
Não resta dúvida: os policiais e os bombeiros exercem atividades
de risco. E, por isso mesmo, podem ser beneficiados pela
aposentadoria especial.
Disse que os policiais podem ter esse benefício da aposentadoria
especial, porque ficam na dependência de regulamentação de lei
complementar, como está bem claro no § 4º, do art. 40, da CF.
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
No caso dos policiais militares e bombeiros militares estaduais, a
aposentadoria especial deve ser regulamentada por lei
complementar (§ 4º, do art. 40, da CF ) e estadual, de acordo com o
art. 42, § 1º, combinado com o art. 142, § 3º, X, da CF.
É bom registrar que o art. 77, IV, da Constituição do Estado da
Bahia, estabelece que ”São de iniciativa privativa do Governador do
Estado os projetos que disponham sobre: (...) IV- servidores públicos
do Estado, seu regime jurídico, provimentos de cargos, estabilidade
e aposentadoria de civis, reforma e transferência de militares para a
inatividade;”.
No Estado da Bahia, nenhum governador, até o momento,
aprovou lei complementar estabelecendo condições diferenciadas
para a reserva remunerada dos policiais militares e bombeiros
militares.
O Estatuto do Policial Militar, lei 7990/2001, no art. 176,
estabelece em, no mínimo, 30 anos de serviço para a reserva
remunerada e, ainda, no art. 146, § 3º, a contagem em dobro do
tempo de licença prêmio não gozada, para efeito de inativação.
O Governo da Bahia alega que essas condições já são especiais
e diferenciadas em relação aos servidores civis, que estão sujeitos
pela lei a, no mínimo, 35 anos de contribuição, combinado com 60
anos de idade, e não possuem direito a licença prêmio não gozada,
contada em dobro.
Apesar desse argumento do governo, a Constituição Federal
estabelece que a aposentadoria especial deve ser regulamentada
por Lei Complementar e o Estatuto do Policial Militar é Lei Ordinária.
Por fim, fica registrado que a CF estabelece o remédio jurídico do
mandado de injunção sempre que a falta de uma norma
regulamentadora inviabiliza um direito constitucional: CF, art. 5º, “
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de
norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
nacionalidade, à soberania e à cidadania.”
Nota: pela decisão do STF, acerca de mandado de
injunção, cabe ao servidor público, todos, civis e militares,
federais, estaduais e municipais, enquadrados nas hipóteses
de aposentadoria especial, requerer a referida aposentadoria,
a qual dependerá de , no mínimo, de 25 anos de contribuição,
à autoridade administrativa, que deverá aferir, caso a caso, o
Capitão Tadeu Fernandes
preenchimento de todos os requisitos para a aposentação
especial.
Em havendo recusa da autoridade administrativa em
examinar o pedido, é que cabe o mandado de injunção.
Outras decisões do STF têm reconhecido, individualmente,
via mandado de injunção, a aposentadoria especial para
policiais.
É bom registrar, que o art. 92, III, do Estatuto do Policial
Militar da Bahia, lei 7990/2001, só concede a reserva
remunerada aos seus integrantes com “os proventos
calculados com base na remuneração integral do posto ou
graduação imediatamente superior, quando, contanto com 30
anos ou mais de serviço...”.
Assim, a pretensão à aposentadoria especial na Polícia
Militar da Bahia aos 25 anos, caso venha ser decidida pelo
STF, não contemplaria o chamado “posto imediato”, que por
lei só é devido a quem possuir 30 anos de serviço.
ORIENTAÇÃO NORMATIVA SRH/MPOG Nº06 DE 21 DE
JULHO DE 2010.
Na esfera do governo federal só é concedida a
aposentadoria especial de acordo com a Orientação
Normativa nº 06, da Secretaria de Recursos Humanos, do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, aos
servidores públicos federais contemplados por mandado de
injunção, enquanto perdurar a omissão legislativa e, ainda:
• ter trabalhado pelo período de 25 anos permanente,
não ocasional e nem intermitente;
• não fará jus à paridade constitucional;
• não conta a licença prêmio não gozada;
• os fatores de conversão do tempo de serviço em
condições especiais para tempo comum, são: 1,2 para
mulher e 1,4 para homem.
***
Jurisprudência
Supremo Tribunal Federal
06/03/2013 PLENÁRIO
AG.REG. NO MANDADO DE INJUNÇÃO 4.842 DISTRITO
FEDERAL
RELATORA: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : UNIÃO
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
PROC.(A/S)(ES): ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S): ADEMAR JOSE BASSAN DA LUZ
ADV.(A/S): PRISCILA DALLA PORTA N I E D E R A U E R
CANTARELLI
INTDO.(A/S):PRESIDENTE DA REPÚBLICA
ADV.(A/S): ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
E M E N TA : A G R AV O R E G I M E N TA L N O M A N D A D O D E
I N J U N Ç Ã O . A P O S E N TA D O R I A E S P E C I A L . AT I V I D A D E
INSALUBRE. ART. 40, § 4o, INC. III, DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA.
1. Autoridade administrativa não necessita de decisão em
mandado de injunção em favor de servidor público para simples
verificação se ele preenche, ou não, os requisitos necessários para a
aposentadoria especial (art. 57 da Lei n. 8.213/1991).
2. Cabível é o mandado de injunção quando a autoridade
administrativa se recusa a examinar requerimento de aposentadoria
especial de servidor público, com fundamento na ausência da norma
regulamentadora do art. 40, § 4o, da Constituição da República.
3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.

ACÓRDÃO
VOTO
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
(...)
3. A autoridade administrativa responsável pelo exame do pedido
de aposentadoria é competente para aferir, no caso concreto, o
preenchimento de todos os requisitos para a aposentação previstos
no ordenamento jurídico vigente, até mesmo as condições especiais
a que estaria exposto o servidor e o cumprimento do tempo mínimo
de efetivo exercício no serviço público e no cargo efetivo em que se
dará a aposentadoria, a qual dependerá de, no mínimo, 25 anos de
contribuição.
Além disso, para simples verificação se o servidor cumpre, ou
não, os requisitos da aposentadoria especial, não há necessidade de
decisão em mandado de injunção em favor do servidor. O mandado
de injunção somente se presta aos servidores que cumprem os
requisitos para a aposentadoria especial, pois a utilidade desta ação
é integrar a regra constitucional ressentida, em seus efeitos, pela
ausência de norma a lhe assegurar eficácia plena.
Quando a autoridade administrativa se recusa a examinar
requerimento de aposentadoria especial de servidor público, com
Capitão Tadeu Fernandes
fundamento na falta da norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da
Constituição da República, cabe ao Supremo Tribunal Federal
afastar o impedimento que advém da ausência da regulamentação
constitucionalmente prevista, integrando-se o direito discutido pelo
Agravado.
Portanto, antes de indeferir pedido de aposentadoria especial,
com fundamento na ausência da norma regulamentadora do art. 40,
§ 4º, da Constituição, a autoridade administrativa deve analisar se o
servidor cumpre os requisitos para a aposentação (art. 57 da Lei n.
8.213/1991).
Com isso, impede que este Supremo Tribunal fique abarrotado de
ações inócuas e que o impetrante se iluda com a aposentadoria
especial, pela circunstância de ter a seu favor decisão concessiva de
mandado de injunção.
Somatório de Tempo de Serviço
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será
contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço
correspondente para efeito de disponibilidade.
Nota: de acordo com o art. 42, § 1º, da Constituição Federal, este
§ 9º se aplica aos militares estaduais.
Proibição de Tempo Fictício para Aposentadoria
§ 10 A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de
tempo de contribuição fictício.
Nota: tempo fictício é o que não é real, que não aconteceu de
fato, que não é efetivo serviço público.
Já para os militares estaduais, este § 10, do art. 40, não se aplica,
visto que o art. 42, § 1º, da CF, remete os militares estaduais para o
art. 142, § 3º, X, da CF, que estabelece regras próprias para a
inativação destes.
Dessa forma, as regras de inativação do serviço para os militares
estaduais são as previstas em leis estaduais específicas, em
conformidade com o art. 142, § 3º, X, combinado com o § 1º, do art.
42, da CF.
Na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros Militar da Bahia é o
Estatuto do Policial Militar, Lei 7.990 de 2001, art. 146, § 3º, que
regula a contagem em dobro da licença prêmio por assiduidade não
gozada, para fins exclusivos de contagem de tempo, para a
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
passagem à inatividade.
Maiores explicações, leia a nota do art. 40, da CF.

Vedação de Vários Regimes de Previdência


§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de
previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e
de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente
estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X. (os grifos são
nossos)
Nota: este parágrafo proíbe:
Primeiro, a “existência” de mais de um regime próprio de
previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, ...”.
Segundo, a existência de mais de uma unidade gestora do
respectivo regime em cada ente estatal, ...”.
Em outras palavras: os servidores titulares de cargos efetivos
terão que ter o mesmo regime previdenciário por unidade gestora e
apenas uma unidade gestora na União, uma em cada Estado da
Federação e uma em cada Município.
Este mesmo § 20, ressalva o disposto no art. 142, § 3º, X, da CF,
onde consta: “a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os
limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência
do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração,
as prerrogativas, e outras situações especiais dos militares,
consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas
cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra.”
Essa ressalva ao inciso X, § 3º, do art. 142, garante aos militares
das Forças Armadas um regime próprio de previdência social e uma
unidade gestora específica, para considerar “... as peculiaridades de
suas atividades...”.
Por força do art. 42, § 1º, da CF, o art. 142, § 3º, X se aplica
também ao militar estadual e “lei estadual específica” é que irá
regulamentar o regime próprio da previdência social e a unidade
gestora dos militares estaduais.
Capitão Tadeu Fernandes

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E
DOS TERRITÓRIOS
Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de
Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia
e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios.
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e
dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições
do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a
lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º,
inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos
governadores. (os grifos são nossos)
Nota: chamo a atenção neste ponto, ao dispositivo que
estabelece que o art. 142, § 3º, se aplica aos militares estaduais,
mas no que concerne ao inciso X, do § 3º, caberá a lei estadual
específica estabelecer as regras. Vide art. 142, § 3º, X.
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios aplica-se o que for fixado em lei específica
do respectivo ente estatal. (os grifos são nossos)
Nota: aos pensionistas dos militares estaduais, aplica-se o que
for estabelecido em lei estadual. É o que consta neste § 2º.
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS
Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes
militares definidos em lei.
Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o
funcionamento e a competência da Justiça Militar.
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os
princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de
Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau,
pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo
grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça
Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil
integrantes.
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os
militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as
ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a
competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal
competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais
e da graduação das praças.
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e
julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as
ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao
Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e
julgar os demais crimes militares.
Capitão Tadeu Fernandes

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


Das Funções Essenciais à Justiça
Do Ministério Público
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da
lei complementar mencionada no artigo anterior;
Nota: Jurisprudência
“A CF de 1988, ao regrar as competências do Ministério Público, o
fez sob a técnica do reforço normativo. Isso porque o controle
externo da atividade policial engloba a atuação supridora e
complementar do órgão ministerial no campo da investigação
criminal. Controle naquilo que a polícia tem de mais específico: a
investigação, que deve ser de qualidade. Nem insuficiente, nem
inexistente, seja por comodidade, seja por cumplicidade. Cuida-se
de controle técnico ou operacional, e não administrativo-
disciplinar.” (HC 97.969, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em
1o-2-2011, Segunda Turma, DJE de 23-5-2011.)
***
LEI COMPLEMENTAR Nº 011, DE 18 DE JANEIRO, DE 1996

Institui a Lei Orgânica do Ministério Público do Estado da


Bahia e dá outras providências.
O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, faço saber que a
Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
DAS FUNÇÕES INSTITUCIONAIS DOS ÓRGÃOS DE
EXECUÇÃO
DAS FUNÇÕES GERAIS
Art. 72 - São funções institucionais do Ministério Público, nos
termos da legislação aplicável:
XIV - exercer a fiscalização de cadeias públicas, dos
estabelecimentos prisionais e dos que abriguem idosos, e
adolescentes, incapazes ou pessoas portadoras de deficiência;
XVI - exercer o controle externo da atividade policial por meio de
medidas administrativas e judiciais, podendo, dentre outras:
a) ter ingresso em estabelecimentos policiais, civis ou militares,
ou prisionais;
b) representar à autoridade competente pela adoção de
providências para sanar a omissão ou para prevenir ou corrigir
ilegalidade ou abuso de poder;
c) ter livre acesso a quaisquer documentos relativos à atividade
de polícia judiciária;
d) requisitar à autoridade competente a abertura de inquérito
sobre omissão ou fato ilícito ocorridos no exercício da atividade
policial;
e) receber, imediatamente, comunicação da prisão de qualquer
pessoa por parte da autoridade policial, com indicação do lugar onde
se encontra o preso e cópia dos documentos comprobatórios da
legalidade da prisão;
f) requisitar à autoridade competente a abertura de inquérito para
apuração de fato ilícito ocorrido no exercício da atividade policial;
g) requisitar o auxílio de força policial.
Art. 73 - No exercício de suas funções, o Ministério Público
poderá:
I - instaurar inquéritos civis e outras medidas e procedimentos
administrativos pertinentes e, para instruí-los:
a) expedir notificações para colher depoimento ou
esclarecimentos e, em caso de não comparecimento injustificado,
requisitar condução coercitiva, inclusive pela Polícia Civil ou Militar,
ressalvadas as prerrogativas previstas em lei;
b) requisitar informações, exames, perícias e documentos de
autoridades municipais, estaduais e federais, bem como dos órgãos
Capitão Tadeu Fernandes
e entidades da administração direta, indireta ou fundacional, de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios;
c) promover inspeções e diligências investigatórias junto às
autoridades, órgãos e entidades a que se refere a alínea anterior;
II - requisitar informações, exames, perícias e documentos a
entidades privadas, para instruir procedimento ou processo em que
oficie;
III - requisitar à autoridade competente a instauração de
sindicância ou procedimento administrativo cabível, podendo
acompanhá-los e produzir provas;
IV - requisitar diligências investigatórias e a instauração de
inquérito policial e de inquérito policial militar, observado o disposto
no artigo 129, inciso VIII da Constituição Federal, podendo
acompanhá-los e produzir provas;
VII - sugerir ao Poder competente a edição de normas e a
alteração da legislação em vigor, bem como a adoção de medidas
propostas, destinadas à prevenção e controle da criminalidade;
IX - requisitar da administração pública serviço temporário de
policiais militares e meios materiais necessários para a realização de
atividades específicas;
§ 2º - Nenhuma autoridade poderá opor ao Ministério Público, sob
qualquer pretexto, a exceção de sigilo, sem prejuízo da subsistência
do caráter reservado da informação, do registro, do dado ou do
documento que lhe seja fornecido.
§ 3º - O membro do Ministério Público será responsável pelo uso
indevido das informações e documentos que requisitar, inclusive nas
hipóteses legais de sigilo.
§ 4º - Serão cumpridas, gratuitamente, as requisições feitas pelo
Ministério Público às autoridades, órgãos e entidades da
administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
§ 5º - A recusa injustificável e o retardamento indevido do
cumprimento das requisições do Ministério Público implicarão na
responsabilização de quem lhe der causa.
§ 6º - A falta ao trabalho, em virtude de atendimento a notificação
ou requisição, na forma do inciso I deste artigo, não autoriza
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
desconto de vencimentos ou salário, considerando-se de efetivo
exercício, para todos os efeitos, mediante comprovação escrita do
membro do Ministério Público.
§ 7º - As requisições do Ministério Público serão feitas fixando-se
prazo razoável de até 10 (dez) dias úteis para atendimento,
prorrogável mediante solicitação justificada.
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de
inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas
manifestações processuais;
Capitão Tadeu Fernandes

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES
DEMOCRÁTICAS - DAS FORÇAS ARMADAS

Nota: o art. 42, § 1º, da Constituição Federal, estabelece que os §


2º e 3º, do art. 142, da Constituição Federal, são aplicáveis aos
militares estaduais, sendo que, em se tratando do inciso X, do § 3º, a
regulamentação deverá ser feita por lei estadual específica.
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo
Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes
e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob
a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à
defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por
iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
Proibição de Habeas Corpus para Punição Disciplinar
§ 2º - Não caberá "habeas-corpus" em relação a punições
disciplinares militares.
Nota: as jurisprudências no Superior Tribunal de Justiça e no
Supremo Tribunal Federal são pacíficas, no sentido de se acatar
“habeas corpus” em relação a punições disciplinares militares,
quando houver ofensa a direitos assegurados em normas
constitucionais e processuais.
No caso, por exemplo, de punição disciplinar de cerceamento de
liberdade, com desrespeito ao Princípio Constitucional da Ampla
Defesa e do Contraditório, cabe “habeas corpus”.
Essa mesma jurisprudência entende que cabe “habeas corpus”
para verificar a questão da legalidade, mas sem entrar na discussão
do mérito da punição.
***
Jurisprudência
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
STJ-RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA
RMS 33281 PE 2010/0199535/6. data de publicação 02/03/2012
Relator(a): Ministro BENEDITO GONÇALVES
Órgão Julgador: T1 - PRIMEIRA TURMA
ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE
SEGURANÇA. POLICIAL MILITAR ESTADUAL NÃO ESTÁVEL.
LICENCIAMENTO EX OFFICIO A BEM DA DISCIPLINA. PRINCÍPIO
DA AMPLA DEFESA DEVIDAMENTE ASSEGURADO. SÚMULA
VINCULANTE N. 5 DO STF. OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA
PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. MÉRITO
ADMINISTRATIVO. AFERIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
1. Recurso ordinário em mandado de segurança, pelo qual a
impetrante visa a anulação de procedimento que culminou em seu
licenciamento ex officio a bem da disciplina, pelo incurso no art.
30, § 1º, da Lei n. 11.817/00 (Código Disciplinar Militar dos
Militares do Estado de Pernambuco), combinado com o art. 109, §
2º, alínea "c" da Lei n. 6.783/74 (Estatuto dos Policiais Militares do
Estado de Pernambuco), por ter a mesma praticado transgressões
que afetam o sentimento do dever, da honra pessoal, do pudonor
militar e do decoro da classe militar.
2. Considerando que não se faz necessária a presença de
advogado no processo administrativo disciplinar, consoante
preconiza a Súmula Vinculante n. 5/STF, bem como por ter sido a
procuradora da impetrante intimada da oitiva das testemunhas,
não há que se falar em nulidade pela falta de intimação.
Precedentes: MS 15.313/DF, Rel.
Min. Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 18/11/11; MS
13.955/DF, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, Terceira Seção,
DJe 1/8/11; MS 13.395/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho,
Terceira Seção, DJe 18/11/08.
3. Sobre a razoabilidade e proporcionalidade da pena aplicada
esta Corte vem se posicionando no sentido de que, no âmbito do
controle jurisdicional do processo administrativo disciplinar, é vedado
ao Poder Judiciário adentrar no mérito do julgamento administrativo,
cabendo-lhe, apenas, apreciar a regularidade do procedimento, à luz
dos princípios do contraditório e da ampla defesa. Precedentes:
RMS 32.573/AM, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, Primeira Turma,
DJe 12/8/11; MS 15.175/DF, Rel. Min. Humberto Martins, Primeira
Capitão Tadeu Fernandes
Seção, DJe 16/9/10; RMS 20537/SP, Rel. Min. Arnaldo Esteves
Lima, Quinta Turma, DJ de 23/4/07.
4. No caso em análise, tendo-se aplicado a sanção, após efetivo
exercício da garantia ao contraditório e à ampla defesa, e estando a
decisão fundamentada na constatada gravidade dos fatos e os
danos que delas provieram para o serviço público, a análise da
proporcionalidade implicaria indevido controle judicial sobre o mérito
administrativo.
5. Recurso ordinário não provido.

"A legalidade da imposição de punição constritiva da liberdade,


em procedimento administrativo castrense, pode ser discutida por
meio de habeas corpus. Precedentes." (RHC 88.543, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, julgamento em 3-4- 2007, Primeira Turma,
DJ de 27-4-2007.)
"Não há que se falar em violação ao art. 142, § 2º, da CF, se a
concessão de habeas corpus, impetrado contra punição disciplinar
militar, volta-se tão somente para os pressupostos de sua
legalidade, excluindo a apreciação de questões referentes ao
mérito." (RE 338.840, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em
19-8-2003, Segunda Turma, DJ de 12-9-2003.)
Denominação de Militar
§ 3º - Os membros das Forças Armadas são denominados
militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em
lei, as seguintes disposições:
I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas
inerentes, são conferidas pelo Presidente da República e
asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou
reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e,
juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das
Forças Armadas;
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego
público civil permanente, ressalvada a hipótese prevista no art. 37,
inciso XVI, alínea "c", será transferido para a reserva, nos termos da
lei;
Nota: a Emenda Constitucional 77 (11/2/2014) ressalvou,
excetuando da reserva compulsória, o militar da ativa, federal da
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
área de saúde (extensivo aos militares estaduais da ativa, por força
do art. 142, §3º, VIII), que acumular com outro cargo público civil
permanente, privativo de profissional da saúde.
Em outras palavras: o militar da ativa, federal e estadual,
concursado na área de saúde, poderá acumular com outro cargo
privativo da área de saúde.
Para o militar da ativa, estadual ou federal, que não seja
concursado para a área de saúde, não há autorização para acúmulo.
III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em
cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda
que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art.
37, inciso XVI, alínea "c", ficará agregado ao respectivo quadro e
somente poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser
promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de serviço
apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo
depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido
para a reserva, nos termos da lei;
Nota: o militar, federal ou estadual, que tomar posso em cargo,
emprego ou função pública, temporário, não eletivo, será agregado.
Depois de dois anos agregado no cargo civil, se não retornar à
Força Militar, será transferido para a reserva remunerada, com os
proventos proporcionais.
Proibição de Sindicalização e de Greve de Militar
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;
Nota: ao militar é proibido a sindicalização, mas é permitido a
associação. Sobre a proibição à greve, veja o Código Penal Militar,
onde constam diversos artigos correlatos.
DECRETO-LEI Nº 1.001, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969
CÓDIGO PENAL MILITAR - PARTE ESPECIAL
LIVRO I - DOS CRIMES MILITARES EM TEMPO DE PAZ
Nota: quando da entrada em vigor do Código Penal Militar, em
1969, não existia internet e redes sociais.
Hoje, com as novas tecnologias da comunicação, a interatividade
está fervilhando, onde a transmissão das informações estão sem
controle de conteúdo. Exatamente por isso, que se deve ter muito
cuidado nas mensagens transmitidas via internet, ainda que com
Capitão Tadeu Fernandes
intenção democrática, para não configurar um dos crimes tipificados
no Código Penal Militar, notadamente os dos artigos 154, 155, 156,
160, 166, 298, 299 e 300, que podem, em tese, ser praticados
através de publicações nas redes sociais.
Motim
Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados:
I - agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a
cumpri-la;
II - recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem
ordem ou praticando violência;
III - assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em
resistência ou violência, em comum, contra superior;
IV - ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou
estabelecimento militar, ou dependência de qualquer dêles, hangar,
aeródromo ou aeronave, navio ou viatura militar, ou utilizando-se de
qualquer daqueles locais ou meios de transporte, para ação militar,
ou prática de violência, em desobediência a ordem superior ou em
detrimento da ordem ou da disciplina militar:
Pena - reclusão, de quatro a oito anos, com aumento de um têrço
para os cabeças.
Revolta
Parágrafo único. Se os agentes estavam armados:
Pena - reclusão, de oito a vinte anos, com aumento de um têrço
para os cabeças.
Aliciação para motim ou revolta
Art. 154. Aliciar militar ou assemelhado para a prática de qualquer
dos crimes previstos no capítulo anterior:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos.
Incitamento
Art. 155. Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de
crime militar:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem introduz, afixa ou
distribui, em lugar sujeito à administração militar, impressos,
manuscritos ou material mimeografado, fotocopiado ou gravado, em
que se contenha incitamento à prática dos atos previstos no artigo.
Apologia de fato criminoso ou do seu autor
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Art. 156. Fazer apologia de fato que a lei militar considera crime,
ou do autor do mesmo, em lugar sujeito à administração militar:
Pena - detenção, de seis meses a um ano.
Nota: apologia: discurso ou escrito que defende, justifica,
elogia uma pessoa ou coisa. Elogio, louvor ou glorificação.
Desrespeito a superior
Art. 160. Desrespeitar superior diante de outro militar:
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui
crime mais grave.
Desrespeito a comandante, oficial general ou oficial de
serviço
Parágrafo único. Se o fato é praticado contra o comandante da
unidade a que pertence o agente, oficial-general, oficial de dia, de
serviço ou de quarto, a pena é aumentada da metade.
Recusa de obediência
Art. 163. Recusar obedecer a ordem do superior sôbre assunto
ou matéria de serviço, ou relativamente a dever impôsto em lei,
regulamento ou instrução:
Pena - detenção, de um a dois anos, se o fato não constitui crime
mais grave.
Publicação ou crítica indevida
Art. 166. Publicar o militar ou assemelhado, sem licença, ato ou
documento oficial, ou criticar públicamente ato de seu superior ou
assunto atinente à disciplina militar, ou a qualquer resolução do
Govêrno:
Pena - detenção, de dois meses a um ano, se o fato não constitui
crime mais grave.
Desacato a superior
Art. 298. Desacatar superior, ofendendo-lhe a dignidade ou o
decôro, ou procurando deprimir-lhe a autoridade:
Pena - reclusão, até quatro anos, se o fato não constitui crime
mais grave.
Agravação de pena
Parágrafo único. A pena é agravada, se o superior é oficial
general ou comandante da unidade a que pertence o agente.
Desacato a militar
Art. 299. Desacatar militar no exercício de função de natureza
Capitão Tadeu Fernandes
militar ou em razão dela:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não
constitui outro crime.
Nota: JURISPRUDÊNCIA.
Processo: CC 114205 SP 2010/0174800-0, Relator(a):
Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, Julgamento: 26/10/2011,
Órgão Julgador: S3 - TERCEIRA SEÇÃOl, Publicação: DJe
09/11/2011.
PENAL. CONFLITO POSITIVO DE COMPETÊNCIA.
PRISÃO EM FLAGRANTE. POLICIAL MILITAR QUE
ESTAVA FORA DE SERVIÇO. CRIME DE DESACATO
PRATICADO CONTRA MILITARES QUE O ABORDARAM.
JUÍZOS MILITAR E COMUM QUE SE DECLARARAM
COMPETENTES. NÃO OCORRÊNCIA DE NENHUMA DAS
CIRCUNSTÂNCIAS DESCRITAS NO ART. 9º, II, DO CPM.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL.
1. Compete à Justiça comum estadual o processamento e
julgamento de crime de desacato cometido por militar de
folga, durante abordagem policial, contra militares, em local
estranho à administração militar. Isso porque tal situação não
se enquadra em nenhuma daquelas previstas no art. 9º, II, do
Código Penal Militar.
2. Conflito conhecido para declarar a competência da
Justiça comum estadual.
Desacato a assemelhado ou funcionário
Art. 300. Desacatar assemelhado ou funcionário civil no exercício
de função ou em razão dela, em lugar sujeito à administração militar:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui
outro crime.
Desobediência
Art. 301. Desobedecer a ordem legal de autoridade militar:
Pena - detenção, até seis meses.
Prevaricação
Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de
ofício, ou praticá-lo contra expressa disposição de lei, para satisfazer
interesse ou sentimento pessoal:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Condescendência Criminosa
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Art. 322. Deixar de responsabilizar subordinado que comete
infração no exercício do cargo, ou, quando lhe falte competência,
não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
Pena - se o fato foi praticado por indulgência, detenção até seis
meses; se por negligência, detenção até três meses.
***

LEI Nº 7.170, DE 14/12/83. - LEI DE SEGURANÇA NACIONAL


Art. 1º - Esta Lei prevê os crimes que lesam ou expõem a perigo
de lesão:
I - a integridade territorial e a soberania nacional;
Il - o regime representativo e democrático, a Federação e o
Estado de Direito;
Ill - a pessoa dos chefes dos Poderes da União.
Art. 2º - Quando o fato estiver também previsto como crime no
Código Penal, no Código Penal Militar ou em leis especiais, levar-se-
ão em conta, para a aplicação desta Lei:
I - a motivação e os objetivos do agente;
II - a lesão real ou potencial aos bens jurídicos mencionados no
artigo anterior.
Art. 18 - Tentar impedir, com emprego de violência ou grave
ameaça, o livre exercício de qualquer dos Poderes da União ou dos
Estados.
Pena: reclusão, de 2 a 6 anos.
Art. 25 - Fazer funcionar, de fato, ainda que sob falso nome ou
forma simulada, partido político ou associação dissolvidos por força
de disposição legal ou de decisão judicial.
Pena - reclusão, de 1 a 5 anos.
Nota: a paralisação das atividades dos policiais militares
da Bahia, em fevereiro de 2012, apesar de ter sido
enquadrada inicialmente no Código Penal Militar e no Código
Penal, teve o Processo Penal Militar remetido pela Auditoria
de Justiça Militar da Bahia para a Justiça Federal (civil), com
enquadramento na Lei da Segurança Nacional, que acolheu a
denúncia do Ministério Público Federal.
Em 2013, o Congresso Nacional aprovou e a Presidente Dilma
sancionou uma Lei de Anistia, que se estendeu à paralisação do
Capitão Tadeu Fernandes
trabalho dos policiais militares da Bahia, em 2012.

LEI Nº 12.848, DE 2 DE AGOSTO DE 2013.


Altera a Lei no 12.505, de 11 de outubro de 2011, que “concede
anistia aos policiais e bombeiros militares dos Estados de Alagoas, da
Bahia, do Ceará, de Mato Grosso, de Minas Gerais, de Pernambuco,
do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Norte, de Rondônia, de Roraima,
de Santa Catarina, de Sergipe e do Tocantins e do Distrito Federal
punidos por participar de movimentos reivindicatórios”, para
acrescentar os Estados de Goiás, do Maranhão, da Paraíba e do
Piauí.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º A ementa e o art. 1º da Lei no 12.505, de 11 de outubro de
2011, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Concede anistia aos policiais e bombeiros militares dos Estados
de Alagoas, de Goiás, do Maranhão, de Minas Gerais, da Paraíba,
do Piauí, do Rio de Janeiro, de Rondônia, de Sergipe, da Bahia, do
Ceará, de Mato Grosso, de Pernambuco, do Rio Grande do Norte,
de Roraima, de Santa Catarina e do Tocantins e do Distrito Federal
punidos por participar de movimentos reivindicatórios.”
“Art. 1º É concedida anistia aos policiais e bombeiros militares
que participaram de movimentos reivindicatórios por melhorias de
vencimentos e condições de trabalho ocorridos:
I – entre o dia 1º de janeiro de 1997 e a publicação desta Lei nos
Estados de Alagoas, de Goiás, do Maranhão, de Minas Gerais, da
Paraíba, do Piauí, do Rio de Janeiro, de Rondônia e de Sergipe;
II – entre a data de publicação da Lei no 12.191, de 13 de janeiro
de 2010, e a data de publicação desta Lei nos Estados da Bahia, do
Ceará, de Mato Grosso, de Pernambuco, do Rio Grande do Norte,
de Roraima, de Santa Catarina e do Tocantins e do Distrito
Federal.” (NR)
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 2 de agosto de 2013; 192º da Independência e 125º da
República.
DILMA ROUSSEFF
Miriam Belchior
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Proibição de Filiação de Militar a Partido Político.
V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a
partidos políticos;
Nota: a legislação eleitoral não estabelece punição para militar da
ativa que se filiar a partido político, mesmo que se candidate a cargo
eletivo. Ficando uma possível punição no campo disciplinar, ao
militar da ativa que se filiar a partido político, se houver tipificação no
Regulamento Disciplinar.
O § 8º, do art. 14, da, CF, garante o direito de o militar da ativa se
candidatar a cargo eletivo. já o inciso V, do § 3º, do art. 142, da CF,
proíbe militar da ativa de se filiar a partido político.
Por outro lado, o art. 14, §3ª, inciso V, da CF, estabelece a
necessidade de todo candidato a cargo eletivo ser filiado a partido
político.
Como militar da ativa pode se candidatar, mas não pode se filiar,
o Tribunal Superior Eleitoral baixou Resolução no sentido de o
militar se candidatar sem se filiar, bastando para isso, pedir o
registro da candidatura durante a convenção partidária.
***
Jurisprudência
“Militar da ativa. Concorrência. Cargo eletivo. Filiação partidária.
Inexigibilidade. Res. TSE nº 21.608/2004, art. 14, § 1º. 1. A filiação
partidária contida no art. 14, § 3º, V, Constituição Federal não é
exigível ao militar da ativa que pretenda concorrer a cargo eletivo,
bastando o pedido de registro de candidatura após prévia escolha
em convenção partidária (Res.-TSE nº 21.608/2004, art. 14, § 1º).”

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL


Acórdão Nr 20318, de 19 de Setembro de 2002
I A transferência para a inatividade do militar que conta menos de
dez anos de serviço é definitiva, mas só exigível após deferido o
registro da candidatura".
II A filiação partidária de um ano da eleição não é condição de
elegibilidade do militar, donde ser irrelevante a indagação sobre a
nulidade da filiação do militar ainda na ativa, argüida com base no
art. 142, § 3º, V da Constituição.
Nota: sobre candidatura de militar a cargo eletivo, vide
nota no art. 14, § 8º, I e II, da CF.
Capitão Tadeu Fernandes

VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno


do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar
de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial,
em tempo de guerra;
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena
privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada
em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso
anterior;
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII,
XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem
como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art.
37, inciso XVI, alínea "c";
Nota: vide os artigos e incisos referidos neste inciso VIII.
A Emenda Constitucional 77/2014, acrescentou a alínea c), do
inciso XVI, do art 37, dentre os dispositivos constitucionais, que se
aplicam ao militares federais e, por extensão, aos militares
estaduais.
Assim, fica permitido aos militares federais e estaduais o acúmulo
de dois cargos privativos de profissionais da área de saúde.
Assinale que, o acúmulo permitido aos militares estaduais é o de
dois cargos de profissionais da área de saúde. Não sendo permitido
acumular um cargo de saúde com outro de outra área.
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Ingresso, Carreira, Direitos, Deveres, Remuneração e
Inatividade de Militares
X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites
de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do
militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as
prerrogativas e outras situações especiais dos militares,
consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas
cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra.
Nota: no inciso X, acima, leia-se, também: Polícias Militares e
Corpos de Bombeiros Militares, em razão do art. 42, § 1º, da CF.
Em se tratando de Polícias Militares e Corpos de Bombeiros
Militares, a lei tem que ser estadual. Entenda que uma lei federal não
pode estabelecer detalhes para a organização das forças militares
estaduais, em todos os Estados da Federação e do Distrito Federal.
De acordo com o art. 22, XXI da CF, “compete, privativamente à
União legislar sobre: (...) XXI- normas gerais de organização,
efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das
polícias e corpos de bombeiros militares.“ (Os grifos são nossos)
Assim, em termos de “normas gerais” sobre as Polícias Militares e
Bombeiros Militares, a competência é da União, enquanto que as
demais normas, não gerais, específicas, que tratam nas forças
militares estaduais sobre limites de idade, estabilidade, transferência
para a inatividade, direitos e deveres, remuneração, prerrogativas, e
outras situações especiais, a competência é do poder público
estadual, que deverá levar em consideração as peculiaridades de
suas atividades.
Ademais, o art. 42, § 1º, da CF, é taxativo em estabelecer:
“...cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art.
142, § 3º, X.”
Nessa linha, o Decreto-Lei 667, de 2 de Julho de 1969,
estabelece no art. 24: “Os direitos, vencimentos, vantagens e
regalias do pessoal, em serviço ativo ou na inatividade, das Polícias
Militares constarão de legislação especial de cada Unidade da
Federação, não sendo permitidas condições superiores às que, por
lei ou regulamento, forem atribuídas ao pessoal das Forças
Armadas. No tocante a cabos e soldados, será permitida exceção no
que se refere a vencimentos e vantagens bem como à idade-limite
para permanência no serviço ativo”.
Capitão Tadeu Fernandes
Fica claro, mais uma vez, que é no âmbito da lei estadual que
serão estabelecidos “os direitos, vencimentos, vantagens e regalias”
do pessoal, em serviço ativo ou na inatividade, das Polícias Militares.
Registrando que, o Decreto-Lei 667/1969 regulamenta o art. 22,
XXI da Constituição Federal, que estabelece a competência privativa
da União para legislar sobre “normas gerais de organização,
efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das
polícias militares e corpos de bombeiros militares”.
O art. 24 do Decreto-Lei 667/1969 acrescenta, ainda, que os
militares estaduais não poderão ter “direitos, vencimentos,
vantagens e regalias superiores aos do pessoal das Forças
Armadas”. De muito ficou sem eficácia esse dispositivo, que é fruto
do período da ditadura (1969).
Hoje, muitos Estados da Federação já oferecem vantagens
superiores aos das Forças Armadas porque possuem condições
financeiras de fazê-lo.
Além do mais, é inconstitucional esse dispositivo que proíbe aos
militares estaduais “direitos, vencimentos, vantagens e regalias”
superiores aos concedidos aos militares federais, visto que o art. 22,
XXI da Constituição Federal estabelece competência privativa da
União apenas para legislar sobre “normas gerais de organização,
efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das
polícias militares e corpos de bombeiros militares”.
Em nenhum momento, a Constituição Federal estabeleceu
competência privativa à União para legislar sobre “direitos,
vencimentos, vantagens e regalias” para as Polícias Militares e
Corpos de Bombeiros Militares.
Sendo assim, os Estados da Federação podem conceder
vencimentos, direitos, vantagens e regalias aos militares estaduais,
em condições superiores aos dos militares federais.
***
Jurisprudência - STF
“Cabe à lei estadual, nos termos da norma constitucional do art.
142, § 3º, X, regular as disposições do art. 42, § 1º, da CF e
estabelecer as condições de transferência do militar para a
inatividade.” (RE 495.341-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento
em 14-9-2010, Segunda Turma, DJE de 1º-10-2010.) No mesmo
sentido: AI 562.165-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
16-5-2006, Segunda Turma, DJE de 9-6-2006; RE 226.161, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, julgamento em 25-6-2002, Primeira Turma, DJE
de 30-8-2002.
***
Os arts. 48 e 77, da Constituição do Estado da Bahia,
estabelecem que a iniciativa para apresentar projetos de lei sobre a
Polícia Militar é privativa do Governador do Estado.
Já o art. 78, dessa Carta Magna Estadual, proíbe que deputado
estadual apresente Emenda a projetos de lei de iniciativa do
Governador que contenha aumento de despesa.
***
Jurisprudência
"Lei estadual que dispõe sobre a situação funcional de servidores
públicos: iniciativa do chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1º, II, a e c,
CR/1988). Princípio da simetria." (ADI 2.029, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julgamento em 4-6-2007, Plenário, DJde
24-8-2007.) No mesmo sentido: ADI 3.791, Rel. Min. Ayres Britto,
julgamento em 16-6-2010, Plenário, DJE de 27-8-2010; ADI 2.801,
Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 4-3-2009, Plenário, DJE de
5-6-2009; ADI 4.009, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 4-2-2009,
Plenário, DJE de 29-5-2009.

"A iniciativa de projetos de lei que disponham sobre vantagem


pessoal concedida a servidores públicos cabe privativamente ao chefe
do Poder Executivo. Precedentes. Inviabilidade de emendas que
impliquem aumento de despesas a projetos de lei de iniciativa do
chefe do Poder Executivo." (ADI 1.729, Rel. Min. Eros Grau,
julgamento em 28-6-2006, Plenário, DJ de 2-2-2007.) No mesmo
sentido: ADI 3.176, Rel. Min.Cezar Peluso, julgamento em
30-6-2011, Plenário, DJE de 5-8-2011.

“Incorre em vício de inconstitucionalidade formal (CF, arts. 61, § 1º,


II, a e c e 63, I) a norma jurídica decorrente de emenda parlamentar
em projeto de lei de iniciativa reservada ao chefe do Poder Executivo,
de que resulte aumento de despesa. Parâmetro de observância
cogente pelos Estados da Federação, à luz do princípio da
simetria.” (ADI 2.079, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em
29-4-2004, Plenário,DJ de 18-6-2004.) No mesmo sentido: ADI 2.113,
Capitão Tadeu Fernandes
Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 4-3-2009, Plenário, DJE de
21-8-2009.

Revisão dos Proventos de Inatividade na PMBA


Acrescente, por fim, que como cabe à lei estadual estabelecer as
condições de trasferência do militar estadual para a inatividade, os
direitos e remuneração, a Lei Estadual 7.990/2001, Estatuto do
Policial Militar, estabelece:
Art. 121 - Os proventos da inatividade serão revistos na mesma
proporção e na mesma data, sempre que se modificar a
remuneração dos policiais militares em atividade, sendo também
estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens
posteriormente concedidos aos policiais militares em atividade,
inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do
cargo ou função em que se deu a aposentadoria, na forma da Lei.
Parágrafo único - Ressalvados os casos previstos em Lei, os
proventos da inatividade não poderão exceder à remuneração
percebida pelo policial militar da ativa no posto ou graduação
correspondente aos seus proventos.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL


DA SEGURANÇA PÚBLICA
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos
seguintes órgãos:
Nota: o Estado, que tem o dever pela segurança pública, é o
Poder Público como um todo, incluindo a União, os Estados
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
membros da União e os Municípios.
Tanto é assim, que os órgãos previstos nos incisos a seguir,
representam os três entes da Federação, inclusive a Guarda
Municipal, prevista no § 8º deste mesmo artigo.
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
Polícia Federal
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente,
organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-
se a:"
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em
detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas
entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras
infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou
internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação
fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de
competência;
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de
fronteiras;
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da
União.

Polícia Rodoviária Federal


§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e
mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma
da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
Polícia Ferroviária Federal
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e
mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma
da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
Polícias Civis
Capitão Tadeu Fernandes
§ 4º - às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de
carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções
de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as
militares.
Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares
§ 5º - às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a
preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares,
além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de
atividades de defesa civil.
Nota:
DECRETO-LEI Nº 667, DE 2 DE JULHO DE 1969.
Reorganiza as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros
Militares dos Estados, dos Território e do Distrito Federal, e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usando das atribuições que
lhe confere o § 1º do artigo 2º do Ato Institucional nº 5, de 13 de
dezembro de 1968,
DECRETA:
Art. 1º As Polícias Militares consideradas fôrças auxiliares,
reserva do Exército, serão organizadas na conformidade dêste
Decreto-lei.
Parágrafo único. O Ministério do Exército exerce o contrôle e a
coordenação das Polícias Militares, sucessivamente através dos
seguintes órgãos, conforme se dispuser em regulamento:
a) Estado-Maior do Exército em todo o território nacional;
b) Exércitos e Comandos Militares de Áreas nas respectivas
jurisdições;
c) Regiões Militares nos territórios regionais.

Definição e competência
Art. 3º - Instituídas para a manutenção da ordem pública e
segurança interna nos Estados, nos Territórios e no Distrito Federal,
compete às Polícias Militares, no âmbito de suas respectivas
jurisdições:
a) executar com exclusividade, ressalvas as missões peculiares
das Forças Armadas, o policiamento ostensivo, fardado, planejado
pela autoridade competente, a fim de assegurar o cumprimento da
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
lei, a manutenção da ordem pública e o exercício dos poderes
constituídos;
b) atuar de maneira preventiva, como força de dissuasão, em
locais ou áreas específicas, onde se presuma ser possível a
perturbação da ordem;
c) atuar de maneira repressiva, em caso de perturbação da
ordem, precedendo o eventual emprego das Forças Armadas;
d) atender à convocação, inclusive mobilização, do Governo
Federal em caso de guerra externa ou para prevenir ou reprimir
grave perturbação da ordem ou ameaça de sua irrupção,
subordinando-se à Força Terrestre para emprego em suas
atribuições específicas de polícia militar e como participante da
Defesa Interna e da Defesa Territorial;
e) além dos casos previstos na letra anterior, a Polícia Militar
poderá ser convocada, em seu conjunto, a fim de assegurar à
Corporação o nível necessário de adestramento e disciplina ou ainda
para garantir o cumprimento das disposições deste Decreto-lei, na
forma que dispuser o regulamento específico.
***

DECRETO No 88.777, DE 30 DE SETEMBRO DE 1983


Aprova o regulamento para as policias militares e corpos de
bombeiros militares (R-200).
REGULAMENTO PARA AS POLÍCIAS MILITARES E CORPOS
DE BOMBEIROS MILITARES (R-200)

19) Manutenção da Ordem Pública - É o exercício dinâmico do


poder de polícia, no campo da segurança pública, manifestado por
atuações predominantemente ostensivas, visando a prevenir,
dissuadir, coibir ou reprimir eventos que violem a ordem pública.
21) Ordem Pública - Conjunto de regras formais, que emanam do
ordenamento jurídico da Nação, tendo por escopo regular as
relações sociais de todos os níveis, do interesse público,
estabelecendo um clima de convivência harmoniosa e pacífica,
fiscalizado pelo poder de polícia, e constituindo uma situação ou
condição que conduza ao bem comum.
Capitão Tadeu Fernandes
27) Policiamento Ostensivo - Ação policial, exclusiva das
Policias Militares em cujo emprego o homem ou a fração de tropa
engajados sejam identificados de relance, quer pela farda quer pelo
equipamento, ou viatura, objetivando a manutenção da ordem
pública.
São tipos desse policiamento, a cargo das Polícias Militares
ressalvadas as missões peculiares das Forças Armadas, os
seguintes:
- ostensivo geral, urbano e rural;
- de trânsito;
- florestal e de mananciais;
- rodoviária e ferroviário, nas estradas estaduais;
- portuário;
- fluvial e lacustre;
- de radiopatrulha terrestre e aérea;
- de segurança externa dos estabelecimentos penais do Estado;
- outros, fixados em legislação da Unidade Federativa, ouvido o
Estado-Maior do Exército através da Inspetoria-Geral das Polícias
Militares.
§ 6º - As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças
auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as
polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e
dos Territórios.
§ 7º - A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos
órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a
eficiência de suas atividades.
Guardas Municipais
§ 8º - Os Municípios poderão constituir guardas municipais
destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações,
conforme dispuser a lei.
Subsídio para Policiais
§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos
órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do art.
39.
Nota: o § 4º, do art. 39, da CF, fixa o subsídio como sistema
remuneratório para membros de poder, detentores de mandato
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
eletivo, Ministros de Estado, Secretários de Estado e Municipais.
Este § 9º, estabelece que os policiais, também, devem ter os seus
vencimentos na forma de subsídio.
***
Jurisprudência
"É firme a jurisprudência do STF no sentido de que a garantia do
direito adquirido não impede a modificação para o futuro do regime
de vencimentos do servidor público. Assim, e desde que não
implique diminuição no quantum percebido pelo servidor, é
perfeitamente possível a modificação no critério de cálculo de sua
remuneração." (AI 450.268-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence,
julgamento em 3-5-2005, Primeira Turma, DJ de 27-5-2005.)

Assim, pelo STF, o Governo do Estado pode implantar o subsídio


para os policiais, em igualdade de condições, entre ativos e inativos,
acabando, inclusive, com as gratificações enquadradas como direito
adquirido para os inativos, desde que não reduza os proventos
destes. Esse é o entendimento do STF, de acordo com a
jurisprudência citada acima.

2 - CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DA BAHIA - 1989


DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º - O Estado da Bahia, integrante da República Federativa
do Brasil, rege-se por esta Constituição e pelas leis que adotar, nos
limites da sua autonomia e do território sob sua jurisdição.
§ 1º- Todo o poder emana do povo e será exercido por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição
Federal.
§ 2º- São Poderes do Estado o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário, independentes e harmônicos entre si.
Capitão Tadeu Fernandes

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DA BAHIA


DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Art. 4º - Além dos direitos e garantias, previstos na Constituição
Federal ou decorrentes do regime e dos princípios que ela adota, é
assegurado, pelas leis e pelos atos dos agentes públicos, o seguinte:
II - as autoridades são obrigadas a adotar providências imediatas
a pedido de quem sofra ameaça à vida, à liberdade e ao patrimônio,
sob pena de responsabilidade;
III - as autoridades policiais garantirão a livre reunião e as
manifestações pacíficas, individuais e coletivas, sem armas,
somente intervindo para manter a ordem ou coibir atentado a direito;
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
IV - ninguém será prejudicado, discriminado ou sofrerá restrição
ao exercício de atividade ou prática de ato legítimo, em razão de
litígio ou denúncia contra agentes do Poder Público;
IX - constitui infração disciplinar, punível com a pena de demissão
a bem do serviço público, a prática de violência, tortura ou coação
contra os cidadãos, pelos agentes estaduais ou municipais;
X - aos detidos, presos e condenados, ficam preservados todos
os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei, devendo ser
alojados em estabelecimentos dotados de instalações salubres,
adequadas e que resguardem sua privacidade;
XI - será preservada a integridade física e moral dos presos,
facultando-se-lhes assistência médica, jurídica e espiritual,
aprendizado profissionalizante, trabalho produtivo e remunerado,
além de acesso a informações sobre os fatos ocorridos fora do
ambiente carcerário, bem como aos dados relativos ao andamento
dos processos de seu interesse e à execução das respectivas
penas;
XV - a criança ou adolescente, quando detido, terá o direito de:
a) comunicar-se com a família ou pessoa que indicar;
b) permanecer calado e ter assistência da família e de advogado;
c) identificar os responsáveis pela sua condução;
XVII - é livre o acesso de ministro de confissão religiosa para
prestação de assistência espiritual nas entidades civis e militares de
internação coletiva.

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DA BAHIA


DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO E DOS MUNICÍPIOS
DO ESTADO
Art. 8º Pode o Estado celebrar convênios com a União, outros
Estados e Municípios, através da administração direta ou indireta,
para execução de suas leis, serviços ou decisões, por intermédio de
funcionários federais, estaduais ou municipais.
Art. 10. O Estado e os Municípios disciplinarão por meio de lei os
consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes
federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos,
bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços,
pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.
Capitão Tadeu Fernandes
Da Competência do Estado
Art. 11. Compete ao Estado, além de todos os poderes que não
lhe sejam vedados pela Constituição Federal:
III - manter a ordem jurídica democrática e a segurança pública;
IV - combater as causas da pobreza e os fatores de
marginalização, promovendo a integração social dos setores
desfavorecidos;
VIII - proteger o meio ambiente e combater a poluição em
qualquer de suas formas, preservando as florestas, a fauna e a flora;
X - elaborar e executar o plano viário estadual, exercer a polícia
viária e executar os serviços de transporte intermunicipal,
diretamente ou por concessão e permissão;
XIII - estabelecer e implantar política de educação e segurança do
trânsito;
XVIII - criar Colônias Penais Agrícolas em Regiões
Administrativas com população superior a quinhentos mil habitantes;
XIX - exercer as atribuições que lhe são delegadas pela União, na
conformidade da Constituição Federal.
§ 1º Para atender, oportuna e tempestivamente, ao disposto no
inciso XV, o Estado criará o Fundo Permanente para a Defesa Civil,
constituído de recursos definidos em lei complementar.
Art. 12. Incumbe ainda ao Estado, concorrentemente com a
União, legislar sobre:
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza,
defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e
controle da poluição;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico,
turístico e paisagístico;
Da Administração Pública Estadual
Art. 13. A Administração Pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes do Estado e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Art. 14. A investidura em cargo ou emprego público depende de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvada a nomeação para
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
cargo em comissão, declarado em lei de livre nomeação e
exoneração.
§ 1º As funções de confiança, exercidas exclusivamente por
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a
serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições
e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento.
Residência Oficial
Art. 20. Somente o Governador do Estado terá residência oficial,
custeada pelo Poder Público.

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DA BAHIA


DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Nota: os art. 32 a 40 são aplicáveis a todos os servidores
públicos do Estado da Bahia, civis e militares.
Art. 32 - Os servidores públicos, civis e militares do Estado são
agentes responsáveis pelo cumprimento das suas finalidades e têm,
como dever primordial, a observância dos princípios da
Administração Pública estabelecidos nesta Constituição.
Art. 33. A atividade administrativa é exercida por:
I - servidores públicos, ocupantes de cargos permanentes ou
temporários criados por lei, em qualquer dos Poderes do Estado, na
administração direta, autarquias ou fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público;
Capitão Tadeu Fernandes
Art. 34. A Administração Pública, no que respeita aos seus
servidores civis e militares, obedecerá ao disposto na Constituição
Federal e ao seguinte:
I - o Estado manterá escola de governo para a formação e o
aperfeiçoamento de seus servidores, constituindo-se a participação
nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada,
para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes
federados;
II - a instituição do conselho de política de administração e
remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos
respectivos Poderes.
Subsídio como Forma de Vencimento
§ 1º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os
Secretários de Estado e dos Municípios serão remunerados
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba
de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em
qualquer caso, o que dispõe o art. 39, § 4o, da Constituição Federal.
Nota: vide nota no art. 144, § 9º , da CF, que explica sobre o
subsídio como forma de vencimento para os policiais.
§ 2º Lei do Estado e dos Municípios poderá estabelecer a relação
entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos,
obedecido, em qualquer caso, o que dispõe o art. 39, § 5o, da
Constituição Federal.
§ 3º Os Poderes do Estado e dos Municípios publicarão
anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e
empregos públicos, da Administração Direta e Indireta.
§ 4º a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que
trata o § 1º deste artigo somente poderão ser fixados ou alterados
por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso.
§ 5º a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e
fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes do Estado e dos
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes
políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória,
percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o
subsídio mensal, em espécie, dos Desembargadores.
Art. 36. Todo edital de concurso, no âmbito dos três Poderes,
fixará os critérios de preenchimento das vagas, assegurada ao
aprovado, na ordem de classificação, prioridade de escolha do local
ou setor para o exercício da função.
Servidor Público Atleta
Art. 37 - O servidor atleta selecionado para representar o Estado
ou País em competição oficial terá, no período de duração das
competições, seus vencimentos garantidos, de forma integral, sem
prejuízo de sua ascensão profissional.
Estabilidade Econômica
Art. 39 - Revogado pela EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 22, DE
28/12/15 – Publicado no DOE 31/12/15
Nota: Art. 39 - Revogado pela EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 22,
DE 28/12/15 – Publicado no DOE 31/12/15
Este artigo tratava da estabilidade econômica para quem tivesse
exercido, por dez anos contínuos ou não, cargo de provimento
temporário. A Lei 13.471 de 30/12/15, extinguiu esse direito para o
militar estadual que ingressar na corporação, a partir de 01/01/16.
Para os militares estaduais que ingressaram nas corporações até
31/12/15, foi mantida a estabilidade econômica, nos termos a seguir:
EC Nº 22, DE 28/12/15 – Publicado no DOE 31/12/15
Art. 3º - Ao servidor ocupante de cargo público efetivo e ao
empregado público que tenha ingressado no serviço público estadual
até a data de publicação desta Emenda Constitucional, e que exercer
cargos em comissão, funções de confiança ou mandato eletivo
estadual, fica assegurado o direito de continuar a perceber, no caso
de exoneração, dispensa ou término do mandato eletivo, vantagem
pessoal a ser calculada na forma da lei, observados os critérios da
tabela a seguir:
Capitão Tadeu Fernandes
Período de exercício, Período exigido de Período total de
contínuo ou não, de exercício contínuo exercício de cargos em
cargos em comissão, de cargo ou comissão, funções de
funções de confiança ou mandato eletivo confiança ou mandato
mandato eletivo estadual estadual no qual eletivo estadual
completado até a data de se dará a fixação necessário para a
publicação desta da vantagem concessão de vantagem
Emenda Constitucional pessoal (em anos) pessoal (em anos)
(em anos)
acima de 09 2,5 10,5
de 08 a 09 3 11
de 07 a 08 3,5 11,5
de 06 a 07 4 12
de 05 a 06 4,5 12,5
de 04 a 05 5 13
de 03 a 04 5,5 13,5
de 0 a 03 6 14
Parágrafo único – Para efeito de integralização do tempo necessário à
fixação da vantagem pessoal de que trata o caput deste artigo, é
permitida aos militares estaduais a soma de 02 (dois) períodos de
exercício em cargos sucessivos, fixando-se, nesta hipótese,
avantagem pelo menor valor.
Art. 4º - Ao servidor ocupante de cargo público efetivo estadual e ao
empregado público que, até a data de publicação desta Emenda
Constitucional, tenha cumprido o requisito temporal de exercício, por
10 (dez) anos, contínuos ou não, de cargos em comissão, funções de
confiança ou mandato eletivo estadual, é assegurado, independente
de exoneração, dispensa ou término do mandato, o direito de
continuar a perceber, como vantagem pessoal, o valor do vencimento
ou subsídio correspondente ao mandato ou cargo de maior hierarquia
que, até aquela data, já tenha exercido por mais de 02 (dois) anos
contínuos, obedecido para cálculo o dispositivo na Lei até então
vigente.
Lei 13.471 de 30/12/15, publicado no DOE em 31/12/15
Art. 9º - Ao militar estadual que tenha ingressado na Corporação até a
data da publicação desta Lei e que exercer cargos de provimento
temporário é assegurada estabilidade econômica, consistente no
direito de continuar a perceber, no caso de exoneração ou dispensa,
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
como vantagem pessoal, retribuição equivalente a 30% (trinta por
cento) do valor do símbolo, ou a diferença entre o maior valor e o
vencimento do cargo de provimento permanente, observados os
critérios da tabela a seguir:
Período de exercício, Período exigido de Período total de
contínuo ou não, de exercício contínuo exercício de cargos em
cargos em comissão, de cargo ou comissão, funções de
funções de confiança ou mandato eletivo confiança ou mandato
mandato eletivo estadual estadual no qual eletivo estadual
completado até a data de se dará a fixação necessário para a
publicação desta Emenda da vantagem concessão de
Constitucional (em anos) pessoal (em anos) vantagem pessoal (em
anos)
acima de 09 2,5 10,5
de 08 a 09 3 11
de 07 a 08 3,5 11,5
de 06 a 07 4 12
de 05 a 06 4,5 12,5
de 04 a 05 5 13
de 03 a 04 5,5 13,5
de 0 a 03 6 14
§ 1º - Para efeito de integralização do tempo necessário à fixação da
vantagem pessoal de que trata o caput deste artigo, é permitida aos
militares estaduais a soma de 02 (dois) períodos de exercício em
cargos sucessivos, fixando-se, nesta hipótese, a vantagem pelo
menor valor.
§ 2º - O direito à estabilidade econômica constitui-se com a
exoneração ou dispensa do cargo de provimento temporário, sendo o
valor correspondente fixado neste momento.
§ 3º - A vantagem pessoal por estabilidade econômica será reajustada
sempre que houver modificação no valor do símbolo em que foi fixada,
observando-se as correlações e transformações estabelecidas em Lei.
§ 4º - O militar estadual beneficiado pela estabilidade econômica, que
vier a ocupar outro cargo de provimento temporário, deverá optar,
enquanto perdurar essa situação, entre a vantagem pessoal já
adquirida e o valor da gratificação pertinente ao exercício do novo
cargo.
§ 5º - O militar estadual beneficiado pela estabilidade econômica que
Capitão Tadeu Fernandes
vier a ocupar outro cargo de provimento temporário poderá obter a
modificação do valor da vantagem pessoal, passando esta a ser
calculada com base no valor do símbolo correspondente ao novo
cargo exercido, observados os critérios da tabela a seguir:
Período de exercício contínuo de Período total de exercício
novo cargo de provimento contínuo de novo cargo de
temporário, após a aquisição da provimento temporário exigido
estabilidade, completado até a data para a modificação da
de publicação desta Lei (em meses). estabilidade econômica (em
anos).
acima de 18 2,5
de 12 a 18 3,0
de 06 a 12 3,5
de 0 a 06 4,0
§ 6o - O valor da estabilidade econômica não servirá de base para
cálculo de qualquer outra parcela remuneratória.
§ 7o - O militar estadual beneficiado pela estabilidade econômica, na
forma do caput deste artigo, terá o adicional por tempo de serviço a
que faça jus, calculado sobre o valor do símbolo do cargo em que
tenha se estabilizado, quando for este superior ao soldo do posto ou
graduação que ocupe.
(...)
Art. 13 - É assegurado o direito à vantagem pessoal de estabilidade
econômica, bem como à sua modificação, aos servidores públicos
civis e aos militares estaduais que, até a data de publicação desta Lei,
tenham cumprido todos os requisitos para a obtenção desses direitos
com base nos critérios da legislação então vigente.
Parágrafo único - Para a aplicação da regra prevista no caput deste
artigo, considera-se adquirido o direito à estabilidade econômica ou à
sua modificação com o cumprimento do requisito temporal exigido,
independente de dispensa, exoneração do cargo ou término do
mandato.

Direito de Reunião e de Manifestação Pacífica em Quartel


Art. 40 - É assegurado ao servidor público civil e militar o direito
de promover reunião ou manifestação pacífica, no local de trabalho,
preservado o interesse público.
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DA BAHIA
Dos Servidores Públicos Civis
Nota: os artigos 41 ao 45 não são aplicáveis aos policiais
militares, já que são destinados apenas aos servidores públicos
civis. Para os policiais militares são aplicáveis do art. 46 ao 48 e os
estabelecidos nas demais legislações.
Art. 42. Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado e
dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é
assegurado regime de previdência de caráter contributivo,
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial,
bem como o que dispõe a Constituição Federal, e serão
aposentados:
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez
anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo
efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes
condições:
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se
homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição,
se mulher;
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos
de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição;
Aposentadoria Especial para Professor por Tempo Exclusivo
em Sala de Aula
c) para o professor que comprove exclusivamente tempo de
efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no
ensino fundamental e médio, cinqüenta e cinco anos de idade e
trinta de contribuição, se homem, e cinqüenta anos de idade e vinte
e cinco de contribuição, se mulher.
Nota: destaco que, a aposentadoria especial para professor e
professora ocorrerá, exclusivamente, para aqueles que tiverem
tempo efetivo em sala de aula, no magistério infantil, fundamental e
médio.
§ 2º Observado o que dispõe o art. 37, XI, da Constituição
Federal, os proventos da aposentadoria e as pensões serão revistos
sempre na mesma proporção e data em que se modificar a
remuneração dos servidores ativos, sendo também estendidos aos
Capitão Tadeu Fernandes
inativos e aos pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens
concedidas posteriormente aos servidores em atividade, inclusive
quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou
função em que se tiver dado a aposentadoria ou que serviu de
referência para a concessão da pensão, na forma da lei.
Nota: este dispositivo, § 2º, art. 42, da Constituição do Estado da
Bahia, só se aplica aos servidores públicos civis, já que estão na
Seção específica dos servidores públicos civis.
Todavia, o art. 121, do Estatuto do Policial Militar, Lei 7990/2001,
estabelece esse mesmo direito para os militares estaduais da
reserva e reforma.

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DA BAHIA


DOS SERVIDORES PÚBLICOS MILITARES
Art. 46 - São servidores militares estaduais os integrantes da
Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, cuja disciplina será
estabelecida em estatuto próprio.
§ 1º - As patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas
inerentes, são asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da
reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos, postos e
uniformes militares.
§ 2º - Os postos e as patentes dos oficiais da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros Militar são conferidos pelo Governador do
Estado e a graduação dos praças, pelo Comandante da Polícia
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Militar.
§ 3º - O servidor militar estadual em atividade que tomar posse
em cargo público civil permanente será transferido para a reserva,
na forma da lei, salvo quando se tratar de um cargo de professor ou
privativo de profissional de saúde com profissão regulamentada,
sendo assegurada a acumulação desde que haja compatibilidade de
horários e não ultrapasse 20 (vinte) horas semanais. (Emenda
Constitucional nº 23, 16/08/2016)
§ 4º - O policial militar da ativa que aceitar cargo, emprego ou
função pública temporária, não eletiva, ainda que da administração
indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e, enquanto
permanecer nessa situação, só poderá ser promovido por
antigüidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela
promoção e transferência para a reserva, sendo, depois de dois
anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a
inatividade.
§ 5º - O militar condenado na Justiça comum ou militar à pena
privativa de liberdade igual ou superior a dois anos, por sentença
transitada em julgado, será excluído da Corporação.
§ 6º - O oficial da Polícia Militar só perderá o posto e a patente se
for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, nos termos
da lei, mediante Conselho de Justificação, cujo funcionamento será
regulado em lei, e por decisão da Justiça Militar, salvo na hipótese
prevista no parágrafo anterior.
§ 7º - A lei estabelecerá as condições em que o praça perderá a
graduação, respeitado o disposto na Constituição Federal e nesta
Constituição.
§ 8º - Quando a sanção disciplinar, por transgressão de natureza
militar, importar em cerceamento de liberdade, será cumprida em
área livre de quartel.
Isonomia entre os Policiais Militares e Civis
Art. 47 - Lei disporá sobre a isonomia entre as carreiras de
policiais civis e militares, fixando os vencimentos de forma
escalonada entre os níveis e classes, para os civis, e
correspondentes postos e graduações, para os militares.
Valor do Soldo
§ 1º - O soldo nunca será inferior ao salário mínimo fixado em lei.
Nota: vide art. 7º, IV, parte final da CF, que veda a “vinculação”
Capitão Tadeu Fernandes
do salário mínimo para qualquer fim.
Acompanhe, também, a Súmula Vinculante 16 do STF e a
nota postada no art. 7º, IV, da CF, neste trabalho, onde consta a
jurisprudência do STF acerca da inconstitucionalidade da
Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, que estabelece que o
soldo do policial militar gaúcho não pode ser inferior ao salário
mínimo.
Projetos de Lei de Iniciativa Privativa do Governador
Art. 48 - Os direitos, deveres, garantias, subsídios e vantagens
dos policiais militares, bem como as normas sobre admissão, acesso
na carreira, estabilidade, jornada de trabalho, remuneração de
trabalho noturno e extraordinário, readmissão, limites de idade e
condições de transferência para a inatividade serão estabelecidos
em estatuto próprio, de iniciativa do Governador do Estado,
observada a legislação federal específica. (os grifos são nossos)
Nota: o art. 142, § 3º, X, da Constituição Federal, estabelece que
“a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de
idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar
para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as
prerrogativas e outras situações especiais dos militares,
consideradas as peculiaridades de suas atividades,...”
O art. 42, § 1º, também da CF, expressamente, determina a
aplicação do art. 142, § 3º, aos policiais militares estaduais e,
enfatiza que, caberá à lei estadual específica dispor sobre o inciso X,
do § 3º, do art. 142, da CF.
Por seu turno, este art. 48, desta Constituição Estadual,
remete a regulamentação dos “direitos, deveres, garantias, subsídios
e vantagens dos policiais militares, bem como, as normas sobre
admissão, acesso na carreira, estabilidade, forma de trabalho
noturno e extraordinário, remuneração, limites de idade e condições
de transferência para a inatividade”, para o Estatuto do Policial
Militar.
Observe que, só o Governador do Estado da Bahia pode
tomar a iniciativa de apresentar projeto de lei sobre a Polícia Militar.
Vide jurisprudência na nota do art. 142, § 3º, X, da CF.
Candidatura a Cargo Eletivo de Militar Estadual
§ 1º - O policial militar é elegível, atendidas as seguintes
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da
atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado e, se
eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a
inatividade, com os proventos proporcionais ao tempo de serviço.
Nota: vide nota do art. 14, § 8º, da CF, onde trata desse mesmo
assunto.

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DA BAHIA


DAS LEIS
Projetos de Lei de Iniciativa Privativa do Governador
Art. 77 - São de iniciativa privativa do Governador do Estado os
projetos que disponham sobre:
I - fixação ou modificação dos efetivos da Polícia Militar e Civil;
II - criação de cargos, funções ou empregos públicos na
administração direta, autárquica e fundacional ou aumento de
remuneração;
III - matéria tributária e orçamentária;
IV - servidores públicos do Estado, seu regime jurídico,
provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma
e transferência de militares para a inatividade;
VI - criação, estruturação e competência das Secretarias e
demais órgãos da administração pública;
Capitão Tadeu Fernandes
VII - organização administrativa e serviços públicos, que
impliquem aumento ou redução de despesas.

Proibição de Emenda que Contenha Aumento de Despesa


Art. 78 - Não será permitida emenda que contenha aumento de
despesas em projetos de:
I - iniciativa privativa do Governador, salvo as exceções previstas
na Constituição Federal e nesta Constituição;
Nota: fica claro que, nenhum deputado estadual pode apresentar
projeto de lei ou emenda a projeto de lei que impliquem custos. Ao
deputado estadual é permitido, nesses casos, apresentar uma
Indicação ao Governador do Estado, para que este decida.
***
Jurisprudência
"À luz do princípio da simetria, é de iniciativa privativa do chefe do
Poder Executivo estadual as leis que disciplinem o regime jurídico
dos militares (art. 61, § 1o, II, f, da CF/1988). Matéria restrita à
iniciativa do Poder Executivo não pode ser regulada por emenda
constitucional de origem parlamentar." (ADI 2.966, Rel. Min.
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4- 2005, Plenário, DJ de
6-5-2005.) No mesmo sentido: ADI 858, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julgamento em 13-2- 2008, Plenário, DJE de
28-3-2008. Vide: ADI 2.102, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento
em 15-4-2009, Plenário, DJE, de 21-8-2009.
DO PODER EXECUTIVO
Art. 99. O Poder Executivo é exercido pelo Governador do
Estado, com o auxílio dos Secretários de Estado.
DAS ATRIBUIÇÕES DO GOVERNADOR DO ESTADO
Art. 105 - Compete privativamente ao Governador do Estado:
XX - exercer o comando supremo da Polícia Militar, promover
seus oficiais e nomeá-los para os cargos que lhe são privativos;
Da Responsabilidade do Governador do Estado
Art. 106. São crimes de responsabilidade os atos do Governador
que atentem contra a Constituição Federal ou esta Constituição e,
especialmente, contra:
VI - o cumprimento das leis e decisões judiciais.
Dos Secretários de Estado
Art. 108. Os Secretários de Estado serão escolhidos dentre
brasileiros maiores de vinte e um anos de idade e no exercício dos
direitos políticos.
Art. 109. Compete ao Secretário, além de outras atribuições que
lhe sejam conferidas por lei:
I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos de
sua Secretaria e das entidades da administração indireta a ela
vinculadas;
II - referendar os atos e decretos assinados pelo Governador;
III - expedir instruções para a execução das leis, decretos e
regulamentos;
IV - apresentar ao Governador, anualmente ou quando por este
solicitado, relatório de sua gestão;
V - praticar atos pertinentes às atribuições que lhe forem
delegadas pelo Governador;
VI - comparecer, quando convocado pela Assembleia Legislativa
ou por comissão sua, podendo fazê-lo por iniciativa própria,
mediante ajuste com a respectiva Presidência, para expor assuntos
relevantes de sua pasta.
Capitão Tadeu Fernandes
Parágrafo único. Os Secretários de Estado não poderão exercer
outra função pública, estendendo-se aos mesmos os impedimentos e
proibições prescritos para Deputados, ressalvado o exercício do
magistério superior.
DO PODER JUDICIÁRIO
Art. 110. São órgãos do Poder Judiciário:
I - o Tribunal de Justiça;
II - o Tribunal de Alçada;
III - os Tribunais do Júri;
IV - os Juízes de Direito;
V - o Conselho de Justiça Militar;
VI - os Juizados Especiais;
VII - os Juizados de Pequenas Causas;
VIII - os Juizados de Paz.
DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Art. 123 - Compete ao Tribunal de Justiça, além das atribuições
previstas nesta Constituição:
I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, o Vice-Governador, Secretários de Estado,
Deputados Estaduais, membros do Conselho da Justiça Militar,
Auditor Militar, inclusive os inativos, Procurador Geral do Estado,
Juízes de Direito, membros do Ministério Público, membros da
Defensoria Pública e Prefeitos;
DA JUSTIÇA MILITAR
Art. 128 - A justiça Militar é exercida:
I - em primeiro grau, pelo Conselho de Justiça Militar;
II - em segundo grau, pelo Tribunal de Justiça, a quem cabe
decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais, e sobre a
perda da graduação dos praças.
§ 1º - A constituição, o funcionamento e as atribuições do
Conselho de Justiça atenderão às normas da Lei de Organização
Militar da União.
§ 2º - A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal
de Justiça, o Tribunal de Justiça Militar.
Do Ministério Público
Art. 138. Compete ao Ministério Público:
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
V - conhecer de representação por violação de direitos humanos e
sociais, por abuso de poder econômico e administrativo, e dar-lhe
curso junto ao órgão competente;
VI - requisitar procedimentos administrativos, informações,
exames, perícias e vista de documentos a autoridades da
administração direta e indireta, promovendo ainda as diligências que
julgar necessárias;
VII - proteger o menor desamparado, zelando pela sua segurança
e seus direitos, encaminhando-o e assistindo-o junto aos órgãos
competentes;
VIII - exercer o controle externo da atividade policial, requisitar
diligências, receber inquéritos e inspecionar as penitenciárias,
estabelecimentos prisionais, casas de recolhimento compulsório de
qualquer natureza e quartéis onde existam pessoas presas ou
internadas;

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DA BAHIA


DA SEGURANÇA PÚBLICA
Art. 146 - A segurança pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.
§ 1º - Lei disciplinará a organização e funcionamento dos órgãos
responsáveis pela segurança pública cujas atividades serão
concentradas num único órgão de administração, a nível de
Secretaria de Estado, de modo a garantir sua eficiência.
Guardas Municipais
§ 2º - Os Municípios poderão constituir guardas municipais
destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, na
forma da lei.
§ 3º- Os órgãos de segurança pública, além dos cursos de
formação, realizarão periódica reciclagem para aperfeiçoamento,
avaliação e progressão funcional dos seus servidores.
Capitão Tadeu Fernandes
§ 4º - Os órgãos de segurança pública serão assessorados e
fiscalizados pelo Conselho de Segurança Pública, estruturado na
forma da lei, guardando-se proporcionalidade relativa à respectiva
representação.
Polícia Técnica
§ 6º - A polícia técnica será dirigida por perito, cargo organizado
em carreira, cujo ingresso depende de concurso público de provas e
títulos.
Polícia Civil
Art. 147 - À Polícia Civil, dirigida por Delegado de carreira,
incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de
polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as
militares.
Parágrafo único - O cargo de Delegado, privativo de bacharel em
direito, será estruturado em carreira, dependendo a investidura de
concurso de provas e títulos, com a participação do Ministério
Público e da Ordem dos Advogados do Brasil.
Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar
Art. 148 - À Polícia Militar, força pública estadual, instituição
permanente, organizada com base na hierarquia e disciplina
militares, competem, entre outras, as seguintes atividades:
I - polícia ostensiva de segurança, de trânsito urbano e rodoviário,
de florestas e mananciais e a relacionada com a prevenção criminal,
preservação, restauração da ordem pública e defesa civil;
II - a prevenção e combate a incêndio, busca e salvamento a
cargo do Corpo de Bombeiros Militar;
III - a instrução e orientação das guardas municipais, onde
houver;
IV - a polícia judiciária militar, na forma da lei federal;
V - a garantia ao exercício do poder de polícia dos órgãos
públicos, especialmente os da área fazendária, sanitária, de
proteção ambiental, de uso e ocupação do solo e do patrimônio
cultural.
Parágrafo único - A Polícia Militar, força auxiliar e reserva do
Exército, será comandada por oficial da ativa da Corporação, do
último posto do Quadro de Oficiais Policiais Militares, nomeado pelo
Governador.
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Nota: vide art. 144, da CF, que trata da segurança pública de um
modo geral.

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DA BAHIA


ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Proibição de Acúmulo de Cargos Públicos por Policial Militar
Art. 4º - Ao policial militar da ativa é proibido o exercício
cumulativo de dois cargos ou empregos públicos, ressalvada a
situação do médico policial militar que, até 05 de outubro de 1988, já
estivesse acumulando dois cargos públicos, privativos de médico, na
administração direta ou indireta, respeitada a compatibilidade de
horários.
Nota:
Jurisprudência
STJ sobre acumulação de cargo técnico com o de professor

RECURSO ORDINÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA.


ACUMULAÇÃO DO CARGO PÚBLICO DE POLICIAL MILITAR COM
O DE PROFESSOR. IMPOSSIBILIDADE.
1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça assentou o
entendimento de que o cargo público de técnico, que permite a
acumulação com o de professor nos termos do art. 37, XVI, b, da
Constituição Federal, é o que exige formação técnica ou científica
específica. Não se enquadra como tal o cargo ocupado pelo
impetrante, de Policial Militar.
2. Recurso ordinário desprovido.
Capitão Tadeu Fernandes
(STJ, RMS 32031 / AC, Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, DJe
24/11/2011).s
A Emenda Constitucional Estadual n 23, de 16/08/16, alterou o
§3º do art. 46, desta Constituição Estadual, Garantindo que os
militares estaduais possam acumular com mais um cargo público de
professor ou de profissional de saúde.
Art. 21. Os servidores do antigo Corpo de Bombeiros da Cidade
do Salvador, que se encontrem na Prefeitura Municipal da Capital, a
partir da promulgação desta Constituição, serão reintegrados ao
Corpo de Bombeiros da Polícia Militar, com os mesmos direitos e
vantagens dos seus colegas da ativa dos respectivos postos, vedada
a percepção de atrasados e acumulação de proventos ou pensão,
pagos pelo Município de Salvador.
Art. 22. Lei complementar disporá sobre a isonomia entre as
carreiras de Juiz de Direito, Promotor Público e Defensor Público.
Nota: declarado inconstitucional pelo STF no julgamento da ADin
nº 112-4/600.

3. SÚMULAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF


Súmula Vinculante 16 - "Os arts. 7º , IV e 39 , § 3º (redação da
EC 19/98), da Constituição , referem-se ao total da remuneração
percebida pelo servidor público".
Súmula Vinculante 5 – “A falta de defesa técnica por advogado
no processo administrativo disciplinar não ofende a constituição”.
Súmula Vinculante 11 – “Só é lícito o uso de algemas em casos
de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à
integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de
terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade
e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem
prejuízo da responsabilidade civil do estado”.
STF Súmula nº 55 – “Militar da reserva está sujeito a pena
disciplinar”.
STF Súmula nº 56 – “Militar reformado não está sujeito a pena
disciplinar”.
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
STF Súmula nº 359 – “Ressalvada a revisão prevista em lei, os
proventos da inatividade regulam-se pela lei vigente ao tempo em
que o militar, ou o servidor civil, reuniu os requisitos necessários”.
STF Súmula nº 549 - “A taxa de bombeiros do Estado de
Pernambuco é constitucional, revogada a súmula 274”.
STF Súmula nº 555 – “É competente o Tribunal de Justiça para
julgar conflito de jurisdição entre juiz de direito do estado e a justiça
militar local”.
STF Súmula nº 680 – “O direito ao auxílio-alimentação não se
estende aos servidores inativos”.
STF Súmula nº 683 – “O limite de idade para a inscrição em
concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da
Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das
atribuições do cargo a ser preenchido”.
STF Súmula nº 686 – “Só por lei se pode sujeitar a exame
psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público”.

4. SÚMULAS DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - STJ

STJ Súmula nº 6 - “Compete à Justiça Comum Estadual


processar e julgar delito decorrente de acidente de trânsito
envolvendo viatura de Polícia Militar, salvo se autor e vítima forem
policiais militares em situação de atividade”.
STJ Súmula nº 75 - “Compete a Justiça Comum Estadal
processar e julgar o policial militar por crime de promover ou facilitar
a fuga de preso de estabelecimento penal”.
STJ Súmula nº 78 - “Compete a Justiça Militar processar e julgar
policial de corporação estadual, ainda que o delito tenha sido
praticado em outra unidade federativa”.
STJ Súmula nº 90 - “Compete a Justiça Estadual militar
processar e julgar o policial militar pela pratica do crime militar, e a
comum pela pratica do crime comum simultâneo aquele”.
Capitão Tadeu Fernandes

5- As Conquistas Obtidas

Ações Diretas e Indiretas do CAPITÃO TADEU, junto com as


Lutas da Tropa, da AGEPOL/CENAJUR, do Observatório da
Cidadania - OBCI, de outras Lideranças, das Associações de
Oficiais e Praças, da Capital e do Interior.

1º) Fundação do Centro de Estudos de Trânsito (1992)


Em 1992, o Capitão Tadeu, por idealismo, fundou o CENTRO DE
ESTUDOS DE TRÂNSITO/PROJETO SOS TRÂNSITO, com o
objetivo de desenvolver o estudo, a pesquisa e o ensino de
disciplinas ligadas ao trânsito, na busca por um trânsito mais
civilizado.
2º) Implantação do Salvar no Corpo de Bombeiros (1994)
Em Agosto de 1994 o Capitão Tadeu, através do CENTRO DE
ESTUDOS DE TRÂNSITO-CET, realizou o 1º Curso de Primeiros
Socorros e Resgate para Bombeiros e Policiais com médicos e
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
bombeiros do Estado de São Paulo, o que foi o embrião do atual
Salvar. Pela 1ª vez praças puderam fazer cursos com direito a brevê.
Em 1996, o Capitão Tadeu conseguiu com o Dr. Jardivaldo Costa
Batista, então Secretário de Saúde do Estado, seis ambulâncias
novas para dar início ao Salvar em 1997.
Esse trabalho, na verdade, foi a união de esforços do Capitão
Tadeu com os Bombeiros da Bahia, de São Paulo e do CET.
3º) Gratuidade sem Farda no Transporte Coletivo de Salvador
(1997)
Em 1997, quando vereador de Salvador, o Capitão Tadeu
conseguiu o SMART CARD para os PMs da ativa, reserva, reforma e
para os servidores civis, através de uma negociação com o Dr.
Horácio Brasil do SETPS, no CENTRO DE CONVENÇÕES com a
participação de cerca de 100 PM’s.
Na época os PMs só podiam entrar gratuitamente nos ônibus com
farda, o que era causa de mortes. Muitos davam “carteirada” para
entrar sem farda e alguns foram presos por isso.

4º) Devolução do Valor em Dinheiro de 10.000 Armas Adquiridas


pelos PMs e não Entregues (1997)
Em 1997, 10.000 armas foram compradas pelos PMs diretamente
das fábricas, com a intermediação da PM e não entregues pelo
Governador Paulo Souto. Até o dinheiro pago pelos PM’s o governo
não queria devolver. O Capitão Tadeu colocou advogados para os
PMs e após centenas de vitórias no Juizado do Consumidor dos
Barris o governo devolveu o dinheiro.
5º) Promoção de Todos os Sd PM 2ª Classe a 1ª Classe (1997)
Na época, a espera era de, no mínimo, 10 anos para a elevação
de Sd 2ª Classe para 1ª Classe. Era um desejo dos Sd PM’s 2ª
classe usar a “bandinha” de 1ª Cl no ombro da farda. Com a extinção
da graduação de Cb PM essa elevação de Sd PM 2ª classe para a
1ª Classe possibilitou que todos pudessem ser promovidos
diretamente a 1º SGT e irem para reserva com os proventos de 1º
Ten PM. Antes dessa lei, a maioria dos Sd 1ª classe faziam o curso
de Cb PM “pé na cova” e iam para a reserva com os proventos de 3º
Sgt PM.
Capitão Tadeu Fernandes
Em Julho/97, na Bahia, o então vereador Capitão Tadeu liderou
uma assembleia no antigo Palace Hotel, em Salvador, para
reivindicar direitos. O Governador Paulo Souto, preocupado com
uma possível greve, aprovou às pressas a Lei 7.145 de 19/08/97,
concedendo, sob pressão, essa vantagem.
6º) Promoção de Todos os Cb PM, 3º SGT e 2º SGT a 1º SGT PM
(1997)
Essa Promoção, combinada com a extinção de Sub Ten,
possibilitou que hoje, todos os Sd PM 1ª Classe possam ir para a
reserva com os proventos de 1º Ten PM. Essa conquista foi fruto da
Luta de Julho de 1997, encabeçado pelo capitão Tadeu junto com a
tropa.
7º) Promoção de Todos os Sub Ten a 1º Ten PM (1997)
A lei 7.145/97 extinguiu a graduação de Sub Ten, o que
possibilitou a promoção de todos os Sub Ten, à época, a 1º Ten PM
QOAPM. Essa conquista foi fruto das lutas de Julho de 1997,
explicada no item 5º. Registro a importante participação do Sub Ten
PM Leal, nessa conquista.

8º) GAP III (1997)


Em 1997 a lei 7.145/97 criou a GAP I, II III, IV e V. A GAP III
representou um aumento significativo (cerca de 25%) em relação
aos vencimentos anteriores à lei 7.145/97.
O Governador Paulo Souto pagou a GAP III a poucos PM’s e
PC’s, mas com a continuidade das lutas (a greve de 2001)
conseguimos estender a todos. Essa conquista foi fruto das lutas de
Julho de 1997, combinada com a greve de 2001, explicada no item
5º.
9º) Limitação da jornada de Trabalho do PM em 40 horas/semana
(1997)
Antes da pressão de todos nós e da lei 7.145/97, não havia limite
para a escalação de PM’s em serviço. Após a Pressão, o governo
editou a lei 7.145/97 que limitou a carga horária do PM em 40 horas/
semana para quem recebe a GAP III.
Só para comparar, todos os trabalhadores no Brasil trabalham 44
horas semanais e estão lutando no Congresso Nacional, através de
uma PEC, para reduzir para 40 horas semanais. Essa conquista foi
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
fruto da Luta de Julho de 1997, explicada no item 5º, organizada
pelo vereador Capitão Tadeu.
10º) Hospedagem para os Policiais do Interior (1997)
Em 1997, o vereador Capitão Tadeu montou e deixou a
disposição dos policiais do interior um apartamento mobiliado para
hospedar os colegas no bairro da Boa Viagem em Salvador. Isso
ajudou centenas de companheiros.
Em 2001, o CMDº da PM implantou na VPMB um “hotel de
acolhimento”, para evitar que os PM’s fossem hospedados pelo
Capitão Tadeu.
11º) Ampliação de 66 para Cerca de 660 Cargos de Confiança
(DAS) (2000)
Até 2000 a PM possuía apenas 66 “DAS”, enquanto outros órgãos
possuíam milhares.
Em 2000, o Capitão Tadeu fez um Estudo Comparativo dos
Cargos em Comissão na PM e nos demais órgãos para evidenciar o
absurdo desnível e a discriminação contra a PMBA feita pelo
Governador César Borges à época.
Com o estudo pronto, o Capitão Tadeu fez uma MOÇÃO DE
REPÚDIO e com a divulgação o governo foi obrigado a aumentar a
quantidade de “DAS” e “DAI” na PMBA de 66 para 660.
12º) 21% de Aumento Salarial para Policiais Civis e Militares,
além do aumento normal (2001)
Em 2001, em razão da greve da PM, que teve a participação
decisiva do Capitão Tadeu e de várias outras lideranças e
associações, o governo, sob pressão, concedeu um reajuste de
21%, parcelado em três vezes. Esse aumento não estava previsto e
só saiu em função da pressão de todos nós.
13º) Vagas para Filhos de Policiais no CPM (2001)
Até 2001 só indicados por políticos tinham acesso ao CPM.
Em 2001, em razão da greve da PM, os filhos dos policiais passaram
a ter acesso ao CPM. Foi uma vitória conquistada com a luta de
todos.
14º) 10% de Aumento, sob a Forma de Auxílio Fardamento (2001)
Até 2001 os praças não recebiam auxílio fardamento.
Em 2001, com a greve da PM, os praças passaram a receber
10% a título de auxílio fardamento.
Capitão Tadeu Fernandes
Esse valor, pelo acordo em 2001, é para a manutenção da farda e
da aparência (cabelo, barba e etc.) e não para aquisição de farda.
Foi uma vitória da luta de todos nós!
15º) GAP III Para Todos os Policiais (2001)
Entre 1997 e 2001, poucos policiais da capital recebiam a GAP III.
Os demais só recebiam a GAP II.
Em razão da greve de 2001, que teve a participação decisiva do
Capitão Tadeu e de várias outras lideranças, todos passaram a
receber a GAP III, o que significou um aumento de cerca de 25% no
salário de todos os policiais.
16º) Fim da Absurda Punição do “Detido à Disposição do
CMDº” (2001)
Em 2001, em razão das denúncias e pressões do deputado
Capitão Tadeu e da própria tropa, foi aprovado o novo Estatuto do
Policial Militar, que acabou com as punições sumárias.
17º) Seguro de Vida para os Policiais (2001)
Em 2001, em razão da luta de todos, na greve de 2001,
passamos a ter direito ao Seguro de Vida, que não tínhamos.
18º) Curso Especial de SGT para os Soldados (2001)
Os cabos é que realizavam o Curso Especial de SGT. Com a
extinção da graduação de Cabo em 1997, ficamos sem Curso
Especial de SGT, o que impossibilitava que o Sd PM pudesse ir para
a reserva remunerada com os proventos de 1º Ten.
Só em 2001, em razão da luta de todos nós, na greve, é que os
soldados passaram a fazer o Curso Especial de Sargento, o que
possibilitou a reserva com os proventos de 1º Ten PM.
Durante as negociações da greve de 2001, na madrugada de 5
para 6 de Julho de 2001, no gabinete do CMT Geral Cel Jorge, o
Capitão Tadeu mostrou ao CMT Geral, junto com Cb Pires e o Sd
Pinto, que se não havia mais a graduação de cabo, era natural que
se interpretasse que o Sd PM era que teria que fazer o Curso
Especial de SGT. O que beneficiou os soldados, durante todos esses
anos.
19º) Seleção Interna para o Curso de Formação de Sargento
(2001)
Até 2001, o concurso para seleção para o Curso de Formação de
Sargento era aberto para civis. Poucos soldados passavam porque
não tinham tempo para estudar.
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Em razão da luta de todos nós, na greve de 2001, os soldados
não mais concorreram com os civis para o Curso de Sargento.
20º) Auxílio Alimentação para os Policiais da Capital (2001)
Em 2001 conquistamos o Auxílio Alimentação em função da luta
de todos nós na greve.
21º) Porte de Arma para os Policiais na Folga (2001)
Quando governador em 1991, ACM editou Decreto proibindo o
porte de arma dos praças na folga, alegando despreparo.
Depois de alguns protestos, em 2001, o Capitão Tadeu informou
ao governo que iria fazer uma campanha para que os policiais não
carregassem armas para o serviço, já que eram taxados de
despreparados. Assim, sem arma no serviço, os policiais nada
poderiam fazer. Na prática seria uma greve.
A argumentação do Capitão Tadeu para o governo era que se os
praças eram despreparados na folga, eram também no serviço, visto
que o homem era o mesmo na folga ou no serviço e que o governo
tinha que preparar os policiais, ao invés de proibí-los de se proteger
na folga. Que punisse quem usasse a arma indevidamente, mas não
punisse todos os praças.
Assim, foi concedido o porte de arma na folga aos praças.
22º) Capitão Tadeu evita a morte de Policiais Militares Durante a
Tentativa de Greve no Antigo 8º BPM, em São Joaquim
(Salvador, 2002)
Uma tentativa em greve de 8 de janeiro de 2002, no 8ºBPM, em
São Joaquim, Salvador, liderada pelo Sgt Dias e Sd Prisco, foi
sufocada pelo governador Cesar Borges a tiros.
Para evitar a morte do Sgt Dias e Sd Prisco, o Capitão Tadeu se
postou à frente da tropa enviada pelo Governador Cesar Borges, que
invadiu o quartel atirando, fazendo cessar os tiros e dando tempo
para a fuga de Sgt Dias e Sd Prisco.
Esse episódio está documentado no Diário Oficial de 09/01/2002.
23º) Fundação do CENAJUR (Centro de Apoio Jurídico para
Policiais) (2002)
Até Julho de 2002, os policiais tinham sérias dificuldades para a
busca e respeito aos seus direitos, porque não possuíam recursos
para contratação de advogados.
Capitão Tadeu Fernandes
A partir de Julho de 2002, com o projeto do Capitão Tadeu que
criou o CENAJUR, os policiais, tiveram expressivas vantagens e
vitórias.
O CENAJUR é um gigante na defesa jurídica dos policiais. Graças
ao CENAJUR, milhares de policiais são beneficiados, com o
reconhecimento de seus direitos.
Ninguém pode negar a importância do Projeto CENAJUR, do
CAPITÃO TADEU, que trouxe SEGURANÇA JURÍDICA para
milhares de policiais.

24º) Início na Justiça do Retorno Gradativo da Gratificação de


Habilitação (2002)
Em 2002, por alerta e organização do Capitão Tadeu, milhares de
policiais ingressaram na justiça, através do CENAJUR, para pleitear
o retorno da Gratificação de Habilitação, que foi extinta em 1997, em
desrespeito ao Direito Adquirido.
Milhares de PMs já estão recebendo a Gratificação de Habilitação
e muitos outros estão com processos em andamento. Foi e está
sendo uma vitória conquistada com a organização jurídica do
CENAJUR pelo Capitão Tadeu.
25º) Início do Pagamento na Justiça da GAP para os PMs
Inativos (2002)
Em 1997, quando foi criada a GAP, os PMs inativos não recebiam.
Em 2002, por alerta e organização do Capitão Tadeu, milhares de
PMs inativos ingressaram na Justiça, através do CENAJUR, para
pleitear a implantação da GAP.
Milhares de PMs inativos já estão recebendo e outros milhares
estão com processos em andamento. É uma vitória da organização
jurídica do CENAJUR, idealizado pelo Capitão Tadeu.
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
26º) Aumento de 22% sobre o valor da GAP, com Pagamento
Parcelado do Retroativo (2005).
Em 2002, o Governador César Borges aumentou o Soldo em
33%, mas não aumentou a GAP no mesmo percentual, contrariando
a lei da época.
De 2002 a 2005 lutamos, denunciamos, cobramos e estimulamos
aos policiais a entrarem na Justiça cobrando esse reajuste de 33%
sobre a GAP. O Cenajur ingressou com milhares de processos.
Em 2005, diante da pressão do Cenajur na Justiça e do ganho no
STF do Sindipoc, o governo propôs um acordo aos policiais civis e
militares, onde aumentou a GAP em 22% e parcelou parte do
retroativo.

27º) Fundação do Observatório da Cidadania - OBCI - (2005)


No carnaval de Salvador de 2005, algumas organizações se
uniram e criaram o Observatório de Combate à Violência Policial. Na
época, nós protestamos porque eles não incluíram a violência contra
os policiais.
Como protesto, criamos o Observatório de Respeito aos Direitos
Humanos dos Policiais.
Nos carnavais seguintes, mantivemos o serviço em Salvador e em
algumas micaretas do interior. Devido ao crescimento das
necessidades e da importância desse serviço, em 2008 o tornamos
permanente e simplificamos o nome para OBSERVATÓRIO DA
CIDADANIA – OBCI.
Algumas ações do OBCI realizadas:
• Fiscalização das condições de trabalho dos policiais com
pedidos de providências para correção dos abusos;
• Apoio aos policiais nos carnavais e micaretas;
• Acompanhamento e pressão pela aprovação da PEC 300;
• Protesto pelos 10 anos de calote da GAP IV e V, no Plenário da
Assembleia Legislativa, em 2007;
Capitão Tadeu Fernandes
• Carreata em protesto pelas mortes de policiais em Salvador, dos
Dendezeiros à Itapuã, em 2008;
• Protesto com cruzes na Assembleia Legislativa pelas mortes de
policiais, em 2008;
• Protesto com cruzes na orla marítima de Salvador pelas mortes
de policiais, em 2008;
• Protesto com distribuição de “PIZZA” pelos 12 anos de
desrespeito à GAP IV e V, em 2009;
• Movimento Polícia Legal, em 2009;
• Operação Policial Vivo, 2009/2010, em protesto pelas mortes de
policiais e pela falta de condições de trabalho;
• Manual da Escala de Serviço em 2013;
• Advocacia preventiva permanente.

28º) Melhoria no Tratamento aos Policiais no Carnaval de


Salvador e Micaretas do Interior (2005 a 2013)
Os policiais sempre tiveram um tratamento desumano durante os
carnavais e micaretas, seja na escala de serviço, na alimentação, no
transporte, na diária ou no alojamento.
Através do Observatório da Cidadania, com suas ações de apoio
e fiscalização das condições de trabalho, muita coisa melhorou no
tratamento dos policiais.
Hoje ainda não está bom, mas graças ao trabalho do Observatório
da Cidadania melhorou muito.
29º) Manutenção da Gratuidade no Transporte Coletivo de
Salvador (2005)
Em 2005, a Câmara Municipal de Salvador elaborou uma Lei
sobre o transporte coletivo, onde os policiais iriam perder a
gratuidade e teriam que receber o auxílio transporte do Governo do
Estado. Como nós sabemos que o governo é mau pagador, os
policiais terminariam tendo que pagar do próprio bolso.
Na condição de vereador de Salvador, o Capitão Tadeu
pressionou o prefeito João Henrique e os demais vereadores e
aprovou uma Emenda na lei garantindo que enquanto o governo do
Estado não pagasse o auxílio transporte, os policiais da ativa e
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
reserva, inclusive os servidores civis, continuariam usando o SMART
CARD gratuitamente. Até hoje está mantida a gratuidade! Foi a 2ª
Vitória da luta do Capitão Tadeu sobre gratuidade no transporte
coletivo dos policiais.
30º) Fundação da Escola de Direito e Cidadania - CENAJUR -
EDC (2005)
Convencido de que a educação jurídica era fundamental para o
fortalecimento da cidadania e crescimento profissional dos policiais e
dos demais cidadãos, o Capitão Tadeu fundou a Escola de Direito e
Cidadania do CENAJUR (CENAJUR – EDC).
Com o CENAJUR-EDC, milhares de policiais, familiares de
policiais e demais cidadãos concluiram diversos cursos na área
jurídica. Muitos passaram em concursos públicos para o CFOPM,
CFOAPM, curso para SGT, Guarda Municipal, etc.
Mas o principal resultado obtido pelo CENAJUR-EDC não foi a
aprovação de seus alunos em concursos, mas sim, o crescimento
como cidadãos, conhecedores de seus direitos e deveres. Veja os
importantes números do CENAJUR-EDC:
Quadro Resumo das Atividades do CENAJUR/EDC - 2005 a 2013
Cursos Nº de alunos
Curso Preparatório para o Cursos de Formação de Oficiais, QOPM, 577
QOAPM, SGT e Soldado
Curso Direitos Constitucionais do Cidadão 1.029
Curso de Direito Penal 376
Ciclo de Palestras 836
Curso Fundamental de Direito 561
Curso de Direito do Trabalho 22
Total de Alunos 3.601
31º) Soldo Equivalente ao Salário Mínimo (2007)
Em 2006, o governador Paulo Souto colocou o soldo abaixo do
salário mínimo, para dar reajustes menores do que o concedido ao
salário mínimo, que são sempre acima da inflação.
De 2006 a 2007 cobramos e apresentamos Indicação para que o
soldo voltasse a ser igual ao salário mínimo.
Através da luta de todos nós, do OBSERVATÓRIO DA
CIDADANIA, das ASSOCIAÇÕES e, principalmente dos protestos da
tropa, amplificados na Assembleia Legislativa pelas denúncias do
Capitão Tadeu Fernandes
deputado Capitão Tadeu, o governador Jaques Wagner em 2007
equiparou o soldo ao salário mínimo.
Em 2007, o Governador Wagner concedeu um reajuste aos
soldados de 17,28% para equiparar o soldo ao salário mínimo. Foi
um bom aumento sobre o soldo e GAP, porém em 2009 e 2010 o
governo Wagner retirou parte da GAP e incorporou ao soldo para
fugir do aumento do salário mínimo, o que foi motivo de nossos
protestos.

32º) Extensão do Auxílio Alimentação para a Tropa do Interior


(2008)
Em 2008, após Indicação do Deputado Capitão Tadeu, Emenda
ao orçamento do Estado, denúncias, o governo Wagner estendeu o
auxílio alimentação para os policiais do interior.
33º) Aumento de 40% sobre o valor do auxílio alimentação de
todos os PMs, para Equiparar ao Valor do Auxílio dos
Servidores Civis (2008)
No Governo César Borges em 2001, foi concedido o auxílio
alimentação para os policiais militares da capital, após a pressão de
todos nós. Mas o valor era 40% menor do que o pago aos civis. Era
uma discriminação!
Em 2008, após muita pressão de todos nós, o governo Wagner
equiparou o valor do auxílio alimentação dos PM’s aos civis, o que
significou um aumento de 40%.
34º) Aumento de 28,57% sobre o Valor do Auxílio Alimentação,
Após Equiparação dos PMs aos Demais Servidores (2008)
Em 2008, na esteira das nossas lutas, conseguimos, ainda, além
da equiparação do valor do auxílio alimentação dos PMs com os
servidores civis, um outro reajuste do auxílio alimentação, o que
significou mais um aumento de 28,57%, além dos 40% referentes à
equiparação com os servidores civis.
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
35º) Aumento de 30% para 50% na Gratificação para os PM’s R/R
Convocados para Ativa (2008)
Em 2008, o Deputado Capitão Tadeu foi o Relator do Projeto que
virou Lei e aumentou essa gratificação.
36º) Regulamentação do Abono Permanência (2008)
Em 2008 o governo suspendeu o abono permanência para os
policiais militares alegando falta de regulamentação.
O abono permanência consiste na devolução do valor do
FUNPREV ao PM que completar 30 anos de serviço e optar por
continuar na ativa. O deputado Capitão Tadeu foi o relator do Projeto
de Lei que garantiu o Abono Permanência.

37º) Porte de Arma para os Policiais Militares Recém Formados


(2008)
Em 2008, por solicitação dos Alunos a Soldado do Núcleo de
Simões Filho ao Capitão Tadeu, através do Observatório da
Cidadania, foi intensificada uma campanha para conceder o porte de
arma aos soldados recém formados.
Por solicitação do Capitão Tadeu, o CMT Geral, Cel Mascarenhas,
autorizou o porte de arma aos soldados recém formados, aceitando
a argumentação do Capitão Tadeu de que, os marginais não
distinguiam soldado veterano de soldado novo e que isso era uma
questão de segurança.
38º) Liberação da Idade para os Praças Ingressarem na
Academia de Polícia Militar (2008)
Por proposta verbal do Capitão Tadeu, o CMT Geral, Cel
Mascarenhas, aceitou e facilitou o acesso dos praças à Academia de
Polícia Militar sem limite de idade.
39º) Fundação do Clube da Solidariedade (2009)
O Observatório da Cidadania cresceu de importância, tomou
dimensões maiores e até criou o CLUBE DA SOLIDARIEDADE, que
tem ajudado colegas.
Hoje, tanto o OBSERVATÓRIO DA CIDADANIA quanto o CLUBE
DA SOLIDARIEDADE são patrimônios sociais e culturais de cada
cidadão, de cada profissional, de cada policial, pois expandiu seus
horizontes e seus ideais.
Capitão Tadeu Fernandes
Algumas ações do Clube da Solidariedade:
• Internamento de policiais e familiares com dificuldade de
vaga em hospitais;
• Providência para a realização de exames médicos;
• Providência de medicamentos a companheiros doentes;
• Auxílio funeral para companheiros em dificuldade;
• Providência de cestas básica para colegas em
dificuldade;
• Auxílio viagem para policiais doentes;
• Auxílio hospedagem para colegas em dificuldade;
• Campanhas de arrecadação de recursos financeiros para
apoio a colegas e familiares em dificuldade;
• Advocacia preventiva.
40º) Manual de Sobrevivência Policial (2008)
Em função do grande número de policiais assassinados, o
Capitão Tadeu elaborou o Manual de Sobrevivência Policial com
medidas de segurança para evitar essa grande violência contra os
policiais.
41º) Manutenção do “Posto Imediato” (2009)
Em 2009, o governo tentou acabar com o “Posto Imediato”,
alegando que era inconstitucional e que não existia nas outras
categorias. Através de uma Emenda do Deputado Capitão Tadeu, foi
mantido o “posto imediato”, beneficiando oficiais e praças. Apenas
quem entrou na PMBA a partir de 2009 é que perdeu o “salto” de 1º
Sgt para 1º Ten, mas manteve o “posto imediato” de 1º Sgt para 1º
SubTen.
42º) Manutenção dos 30 anos de Serviço (2009)
Em 2009, o governo tentou aumentar o tempo de serviço do PM
de 30 para 35 anos, como é com os servidores civis.
Através de uma Emenda do Deputado Capitão Tadeu, foi mantido
os 30 anos para efeito de reserva remunerada.
43º) Manutenção dos 60 anos para a Compulsória na PM (2009)
Em 2009, o governo tentou aumentar a compulsória dos PMs de
60 para 70 anos, como é para os demais servidores civis.
Através de uma Emenda do Deputado Capitão Tadeu, foi mantida
a compulsória na PM aos 60 anos.
44º) Pagamento da GAP III para os Aspirantes a Oficial (2009)
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
De 1997 a 2008 os aspirantes não recebiam a GAP III.
Por sugestão do Major Sílvio, Presidente da “Força Invicta”, o
deputado Capitão Tadeu elaborou um ante projeto de lei para
garantir a GAP III para os aspirantes. Ante projeto esse que em 2009
foi aproveitado pelo CMT Geral, Cel Mascarenhas, que apresentou
ao governo que aprovou.
45º) Redução do Tempo de Permanência na ativa dos Coronéis e
dos Ten Coronéis (2009)
Os coronéis permaneciam na ativa por 8 anos, enquanto o Ten
Cel por 12 anos, o que dificultava o plano de carreira dos oficiais.
Através de um Ante Projeto de lei, o deputado Capitão Tadeu
apresentou a proposta de redução do tempo de permanência na
ativa para coronel e tenente coronel. Na proposta do Capitão Tadeu,
o Cel PM deveria permanecer 5 anos e o Ten Cel PM 10 anos.
O CMT Geral, Cel Mascarenhas, aceitou a proposta e levou ao
governo, que aprovou a redução da permanência para 6 anos o
coronel e para 9 anos o Tenente Coronel, beneficiando todos os
oficiais.
46º) Garantia de que todo 1º SGT irá para a R/R com os
proventos de 1º Ten PM, mesmo que não sejam promovidos a
Sub Ten (2009)
Em 2009, através de uma Emenda do deputado Capitão Tadeu,
ficou assegurado em lei que o 1º SGT que não for promovido a Sub
Ten, terá direito aos proventos de 1º Ten PM na inatividade. Esse
direito vale para quem ingressou na PM até 06/01/2009. A Emenda
foi do Capitão Tadeu, mas a proposta foi do Sub Ten PM R/R Leal.
47º) Garantia de que todo soldado irá, por antiguidade, ao Curso
Especial de Sargento, Independentemente de ser Promovido a
Cabo (2009)
Em 2009, através de uma Emenda do deputado Capitão Tadeu,
ficou assegurado em lei que todo Soldado terá direito a ingressar por
antiguidade no Curso Especial de Sargento, independentemente de
ser promovido a Cabo. Posteriormente o governo revogou essa lei,
obrigando que para ser 1º Sgt, o Sd PM tem que ser promovido
primeiramente a Cb.
48°) Contagem do Tempo de Serviço nos Parlamentos para
Efeito de Estabilidade Econômica (Incorporação de gratificação
aos proventos após 10 anos de percepção) (2009)
Capitão Tadeu Fernandes
Os servidores públicos civis têm estabilidade econômica por 10
anos recebendo gratificação, quanto investido do mandato de
deputado estadual.
Pela luta dos deputados estaduais Capitão Tadeu e Capitão
Fábio, essa estabilidade econômica foi estendida aos policiais
militares que se tornarem parlamentares.
Pela nossa proposta, que consta no art. 104-A do Estatuto do
Policial Militar, a estabilidade econômica, vale para os cargos de
vereador, deputado estadual e federal.
Posteriormente, a Constituição Estadual, no art. 39, reconheceu
essa estabilidade econômica apenas para deputados estaduais.
Essa divergência deve ser dirimida pela justiça.
49º) Fim do Interstício de 7 Anos do Cabo para 1º SGT (2010)
Os soldados não estavam sendo promovidos a Cabo porque não
valia a pena esperar mais 7 anos para ser promovido a SGT.
Com o fim desse interstício de 7 anos, os soldados puderam ser
promovidos a Cabo sem prejuízo da promoção menos demorada a
SGT.
Foi uma Emenda do Capitão Tadeu ao Projeto de Lei nº
18.627/2010.
50º) Fim da Absurda “GAP Percentual”, que reduzia
gradativamente a GAP dos PMs Inativos, com Reajuste da GAP
dos Inativados entre 27/12/2001 e Junho de 2010 (2010)
Desde 27/12/2001 que os praças e oficiais eram prejudicados
com a redução da GAP quando da passagem para a reserva
remunerada. A cada reajuste da GAP para a ativa, reduzia-se o
percentual da GAP dos PM's R/R em relação à ativa.
Com o fim da “GAP PERCENTUAL”, foram beneficiados:
• Todos os PM's da ativa, que têm agora a garantia de que
quando forem para a reserva remunerada não mais terão redução
do valor da GAP.
• Todos os PM's que foram para a reserva remunerada, entre
27/12/2001 e 18/05/2010, tiveram suas GAP's reajustadas e
equiparadas às da ativa.
Foi uma grande vitória de todos, que lutaram no Movimento
Polícia Legal. A Emenda foi do Capitão Tadeu ao Projeto de Lei nº
18.627/2010, mas a proposta foi da Força Invicta.
51º) CET para os Praças Operacionais (2010)
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
A CET (Condições Especiais de Trabalho) era paga somente para
os oficiais. Sempre cobramos a CET para praças e todos os
governos se recusaram a pagar a CET para os praças.
Em razão do Movimento Polícia Legal, o Governo cedeu e
resolveu pagar a CET para praças. Foi uma grande vitória porque
quebrou um tabu contra os praças e permitirá o direito adquirido de
incorporar na inatividade quando recebido por 5 anos.
O percentual da CET para praças foi pequeno e não contemplou a
todos, mas com a continuidade da luta poderemos aumentar esse
percentual e estender a todos os PM's.
52º) Gratificação Diferenciada para Motorista PM (2010)
Todos os governos se recusavam a admitir a necessidade de uma
gratificação para motoristas na PM, como forma de compensar os
riscos inerentes à condução veicular.
Somente com a luta de todos nós no Movimento Polícia Legal –
MPL o governo cedeu e em fevereiro/2010 implantou uma
gratificação diferenciada para os motoristas na PM, principalmente
porque o MPL se baseava na inexistência de obrigatoriedade dos
motoristas dirigirem na PM.
A gratificação é pequena, mas é o primeiro passo, pois vamos
lutar para aumentá-la.
É importante registrar outra vantagem: quem receber essa
gratificação (CET) por 5 anos consecutivos, adquire o direito (direito
adquirido) de incorporar aos proventos da inatividade.
53°) Ascensão do Oficial QOAPM ao Posto de Major PM (2010)
Os oficiais do QOAPM e os praças que pretendiam ser oficial do
QOAPM lutaram por cerca de 10 anos para que pudessem ser
promovidos ao oficialato superior da PM e BM.
O CAP QOAPM UBIRACY e toda diretoria da Associações dos
Oficiais QOA lutaram por esse ideal por uma década, mas essa luta
só foi vitoriosa através do Movimento Polícia Legal.
Na verdade, a nossa proposta era bem melhor para a PMBA, já
que previa o ingresso do soldado PM com nível superior e ascensão
na carreira, até o posto de Cel PM, para a área administrativa da
PM. Com isso, acabaríamos com o estigma do QOAPM e
valorizaríamos o crescimento do praça através dos estudos.
A promoção do CAP QOAPM ao posto de Major foi um “cala boca”
para impedir a implantação de um projeto mais avançado.
Capitão Tadeu Fernandes
54º) Aumento do Soldo dos Cap, Maj, TenCel e Cel, com
Repercussão nas demais Gratificações, com a retirada de R
$100,00 da GAP e Incorporação no Soldo (2010), o que
Significou um Ganho médio de 1,9% (2010)
Em razão do Movimento Polícia Legal, o Governo retirou R$
100,00 da GAP dos Cap, Maj, Ten Cel e Cel e incorporou ao soldo.
Essa medida resultou em aumentos nos soldos desses oficiais na
ativa e reserva, significando percentuais de aumentos iguais nas
demais gratificações desses oficiais, inclusive dos inativos. No geral,
isso representou um reajuste médio de 1,9% de capitão a coronel,
acima do reajuste geral para todos.
Propomos aumentar esses valores e estender aos tenentes e
praças. Infelizmente, o Governo não aprovou. Na votação da nossa
proposta de aumentar o soldo dos oficiais em R$ 400,00 e R$
200,00 o dos praças, retirando da GAP, o que resultaria em um
aumento salarial significativo para oficiais e praças.
O resultado foi de 24 votos a favor e 24 votos contrários.
Perdemos um bom reajuste nos soldos e demais gratificações que
incidem sobre o soldo por apenas um voto, o de desempate do
Presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Marcelo Nilo.
55º) Aquisição de 3500 Coletes Balísticos para Proteção da Vida
dos Policiais (2010)
Através do Movimento Polícia Legal, forçamos o Governo a
comprar 3.500 coletes balísticos, o que salvará vidas de muitos
policiais. A luta por melhores salários deve ser paralela à luta pela
proteção da vida do policial, já que de nada adianta um bom salário
para policial morto.
56°) Retorno Para a Ativa dos PM's Após Término de Mandato
Parlamentar, para Continuidade da Carreira (2010)
Um grande entrave ao fortalecimento político da PM era a reserva
compulsória com vencimentos proporcionais quando da eleição.
Agora, através da luta dos deputados Capitão Tadeu e Capitão
Fábio, o PM, após o mandato eletivo, poderá voltar ao serviço ativo e
continuar a carreira militar estadual, sem prejuízo algum.
Sem esse prejuízo, poderemos finalmente ter parlamentares em
todos os municípios da Bahia e, com isso, fortalecer a nossa luta.
Em todos os Estados do Brasil, isso só ocorre na PM/BA e CBM/BA.
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
57°) Contagem do Tempo de Serviço Durante o Exercício de
Mandato Eletivo para Efeito de Revisão dos Vencimentos (2010)
Todo PM eleito ia para reserva com os vencimentos proporcionais
ao tempo de serviço. Após o mandato, passava dificuldades de
sobrevivência com os vencimentos reduzidos.
Agora, o tempo de serviço nos parlamentos municipal, estadual e
federal contará para revisão dos vencimentos dos PM's.
Foi uma luta dos deputados estaduais Capitão Tadeu e Capitão
Fábio.
58°) Garantia de Percepção da GAP Integral dos PM's
Reformados por Ferimentos em Serviço, com Menos de 5 anos
de Serviço (2010)
Pelo Projeto de Lei n° 18.627/10, o Governo pretendia incorporar
a GAP aos PM's na inatividade apenas aos PM's que tivessem
recebido a mesma por 5 anos consecutivos ou 10 intercalados,
deixando de fora os PM's reformados com menos de 5 anos de
serviços feridos no trabalho.
Por proposta do Capitão Tadeu, o Governo alterou o projeto e
incorporou também essa garantia aos PM's com menos de 5 anos e
reformados em razão de ferimentos em serviço.
59º) Isenção das Taxas do DETRAN para Renovação e Mudança
de Categoria de CNH para os Condutores da PM (2010)
Através de uma Emenda do Deputado Capitão Tadeu, ao Projeto
de Lei 18.627/2010, os motoristas e motociclistas da PM ficaram
isentos do pagamento do laudo para renovação da CNH no
DETRAN.
Foram beneficiados cerca de 6.000 condutores PM’s.
60º) Licença Maternidade de 6 meses para as PFem’s (2010)
Em 2010, através de uma Emenda ao Projeto de Lei 18.627/2010,
de autoria do Deputado CAPITÃO TADEU, a licença maternidade,
das policiais militares femininas, foi ampliada de 04 para 06 meses, o
que traz enormes benefícios para os bebês das nossas policiais.
Através deste benefício, todas as servidoras públicas civis foram
beneficiadas, em seguida.
61º) Pagamento da GAP aos PM’s Presos Até que Sejam
Julgados em Última Instância (2010)
Até 2010, o PM preso perdia a GAP e ficava só com o soldo, o
que trazia prejuízos à família dos PM’s presos.
Capitão Tadeu Fernandes
Em 2010, através de uma Emenda do Deputado Capitão Tadeu ao
Projeto de Lei 18.627/2010, foi aprovado o pagamento da GAP aos
PM’s presos até que sejam julgados em última instância. A ideia foi
dada ao Capitão Tadeu pela Força Invicta.
62º) Aumento da Bolsa de Estudos dos Cadetes, com
Diferenciação por Ano de Estudo (2010)
Até 2010, os cadetes da PM, independente do ano, recebiam 30%
dos vencimentos de um 1º Ten PM.
Em 2010, através de uma Emenda do Deputado Capitão Tadeu ao
Projeto de Lei 18.627/2010, os cadetes do 2º ano passaram a
receber 35% e os do 3º ano 40%. O projeto foi do Capitão Tadeu,
mas a sugestão foi do então Al Of, hoje 1ºTen PM Thiago Seida.
63º) Equivalência da Cédula de Identidade Funcional da Polícia
Militar ao Documento Comprobatório do Porte de Arma (2010)
Um desejo antigo dos PM’s era ter o porte de arma na cédula de
identidade funcional, já que lhes eram negados o porte de arma
formal.
Em 2010, o Deputado Capitão Tadeu apresentou uma Emenda ao
Projeto de Lei 18.627/2010 estabelecendo que a cédula de
identidade funcional da PM é, para todos os efeitos legais,
documento comprobatório do porte de arma. A Emenda foi aprovada
e hoje é lei.
64º) Aumento de 28 Vagas para Capitão QOAPM (2010)
A estagnação dos 1º Ten QOAPM sempre foi um problema sério.
Através da luta de todos nós, no Movimento Polícia Legal, do
Capitão Ubiracy, do Cel PM Mascarenhas, na época, Comandante
Geral da PMBA e do Deputado Capitão Tadeu, foi possível essa
vitória de aumentar 28 vagas de capitão QOAPM para desafogar as
promoções QOAPM.
65º) Informação
Alguém já disse que informação é poder. E é verdade! A
informação liberta as pessoas das correntes da ignorância.
A informação “abre portas” e, através disso, a acesso a novas
conquistas, pois ninguém obtém conquistas sem informação.
Com base nessa verdade, é que organizamos um modelo de
comunicação para manter a todos informados de tudo, que é
composto de:
• Informativos eletrônicos;
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
Até Agosto de 2013, foram 340 informativos eletrônicos, o que
propicia um enorme benefício para os policiais, com informações
úteis.
• Visitas as Unidades;
Através de visitas, no corpo a corpo, conseguimos manter os
policiais informados.
• Livros distribuídos gratuitamente;
Exemplar Quantidade
1ª Edição do Estatuto do Policial Militar (2002) 40.000
Manual Gratuidade do Transporte Coletivo (2005) 40.000
Manual Lei da GAP Comentada (2006) 40.000
Manual Sistema Remuneratório da Polícia Militar (2007) 40.000
Estudos Propositivos Sobre as Necessidades dos PM’s PC’s. (2007) 40.000
2ª Edição do Estatuto do Policial Militar (2008) 40.000
Manual de Sobrevivência Policial (2008) 40.000
A Questão do Auxílio Alimentação dos PM’s (2008) 40.000
Manual Operação Policial Vivo (2009) 40.000
Direitos Constitucionais do Cidadão (2009) 50.000
Manual Polícia Legal (2010) 40.000
Embriaguez no Trânsito - Aspectos Jurídicos e Sociais (2010) 22.000
Plano de Ação do Observatório da Cidadania (2010) 40.000
3ª Edição do Estatuto do Policial Militar (2010) 40.000
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar (2013) 40.000
Manual da Escala de Serviço (2013) 40.000
Manual da Escala de Serviço (2016) 20.000
Total de livros distribuídos gratuitamente 692.000

• Respostas às Consultas;
Através de emails, redes sociais e telefonemas, milhares de
policiais recebem informações esclarecedoras acerca de suas
dúvidas.
• TV Capitão Tadeu;
Pelo site www.capitaotadeu.com.br transmitimos ao vivo eventos
de interesse dos policiais.
• Panfletos;
Os panfletos são utilizados como meio de informação aos policiais
em complementação aos Informativos Eletrônicos.
• Reuniões;
Centenas de reuniões foram realizadas na capital e no interior,
para o debate de diversos temas de interesse dos policiais.
Capitão Tadeu Fernandes
• Torpedos;
Através das mensagens de texto pelo celular, o Capitão Tadeu
mantém a tropa informada e atualizada.

66º) Aumento da Quantidade de Consultas Médicas pelo


PLANSERV
Através do Projeto de Lei nº 19.394/2011, o governo tentou
estabelecer restrições e limitações ao uso do Planserv.
Através de uma Emenda, o Deputado Capitão Tadeu aprovou o
aumento de seis para doze consultas ao ano.
É pouco, mas houve uma melhoria.
67º) Aumento da Quantidade de Exames Laboratoriais pelo
PLANSERV (2012)
O governo tentou limitar, no PLANSERV, em 10 exames
laboratoriais por ano, através do projeto de Lei nº 19.394/2011. Após
muita pressão e negociação de deputados, associações e sindicatos,
com a participação do Deputado Capitão Tadeu, foi aumentado para
30 exames laboratoriais ao ano.
68º) Aumento da Quantidade de Consultas Pediátrica pelo
PLANSERV (2012)
O governo tentou limitar para 12 consultas pediátrica por ano,
através do projeto de Lei nº 19.394/2011. Após pressão e
negociação de deputados, associações e sindicatos, com a
participação do Deputado Capitão Tadeu, conseguimos aumentar
para 24 consultas, além das 12 consultas presentes no projeto
original.
69º) Liberação do Tratamento de doenças Crônicas pelo
PLANSERV (2012)
Através da pressão e negociação de vários deputados,
associações e sindicatos, com a participação do Deputado Capitão
Tadeu, conseguimos liberar a quantidade de atendimentos em casos
de doenças crônicas, que seria limitado pelo projeto de Lei nº
19.394/2011.
70º) Criação da UPPOL - União Política dos Profissionais de
Segurança Pública (2012)
Em 2013, visando a união e fortalecimento da classe dos
profissionais da segurança pública, o Deputado Capitão Tadeu criou
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar
a UPPOL - União Política dos Profissionais de Segurança Pública,
com cerca de 52 vereadores. Esse crescimento do nº de vereadores
PM só foi possível graças ao Capitão Tadeu e Capitão Fábio, que
permitiu o PM ex-parlamentar retornar ao serviço ativo, sem prejuízo
dos vencimentos e da gratificação por tempo de serviço.
71º) Pagamento da GAP IV e V (2012)
Em agosto de 1997, diante da possibilidade de início de greve da
PMBA, liderada pelo então vereador Capitão Tadeu, no Palace Hotel
na Rua Chile, o Governador Paulo Souto à época, editou a Lei da
GAP, prevendo as GAP’s I, II, III, IV e V, mas enganou a tropa e só
pagou a GAP II. Contudo, ao criar a lei, sob nossa pressão, abriu o
caminho para o pagamento futuro.
Com a greve da PM de 2001, com as lideranças decisivas do
Deputado Estadual Capitão Tadeu, do Sgt Isidório (líder mentor), Ten
Everton, Sd Pinto, Sgt Donavan, Sd Andrea, Sd Freitas, Sd Amparo,
Sgt Joel, Sd Jesus, Sgt Dias, Sd Prisco, Cap Germano, dentre
muitos outros, o Governador Cesar Borges pagou a GAP III. Acordou
que pagaria a GAP IV e V, mas não cumpriu.
Em 2012, sob a liderança do Sd Prisco e dos diretores da ASPRA,
mentores e líderes da paralisação da PM, com o apoio fundamental
do Capitão Tadeu, que segurou a tropa do Exército e evitou um
massacre, garantindo, fortalecendo e fazendo crescer a paralisação
reinvidicatória, o Governador Wagner resolveu pagar a GAP IV e V.
Obs.: em 2002, no 8º BPM, em São Joaquim, Salvador, em uma
tentativa de greve da PM, o Capitão Tadeu evitou a morte do Sgt
Dias e do Sd Prisco, ficando à frente da tropa do Governador Cesar
Borges, que sufocou o movimento à bala (Veja a documentação, que
comprova esse episódio, oficializada no Diário Oficial de 09/01/2002,
onde está registrado o episódio no 8º BPM/São Joaquim no ítem 22
deste trabalho).
Em 2012, dez anos depois, mais uma vez, o Capitão Tadeu evitou
um massacre em movimento reivindicatório, na Assembleia
Legislativa, ficando entre a tropa do Exército e os PM’s
manifestantes.
72º) Elaboração do Manual da Escala de Serviço (2013)
Junto com o Observatório da Cidadania e do Cenajur, o Capitão
Tadeu elaborou o Manual da Escala de Serviço para garantir uma
escala de serviço mais justa, humana e dentro da lei.
Capitão Tadeu Fernandes
73º) Retorno do Cartão do Transporte Coletivo em Salvador
(2013)
Com a suspensão do SALVADOR CARD para os PM’s, BM’s e
servidores civis em 2013, o Deputado estadual Capitão Tadeu
articulou com o Governo do Estado dois Mandados de Segurança
para garantir o retorno desse benefício para os mesmos.
Não foi possível para os inativos, porque a lei só garante o
transporte para a ativa.
74º) Aprovação da LOB (2015)
Através da luta do Capitão Tadeu e da maioria das Associações de
Policiais e Bombeiros Militares, da capital e do interior, conseguimos
a aprovação da Lei de Organização Básica da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros.
Com a LOB aprovada, milhares de praças e oficiais da PM e do BM
foram e estão sendo promovidos na escala hierárquica de suas
corporações.
75º) Rede Informe-se (2015)
Grupos de WhatsApp criados e administrados pelo Capitão Tadeu
voltado para a difusão de informações importantes entre os policiais.
76º) Manual da Escala de Serviço 2ª edição (2016)
Junto com o OBCI e o CENAJUR, o Capitão Tadeu elaborou a
segunda edição do Manual da Escala de Serviço. Através desse
manual, a tropa pode tomar conhecimento da legalidade de sua
carga horária de trabalho e cobrar a restauração da legalidade.
77º) Projeto Policial/Bombeiro Legal (2016)
Desenvolvido pelo capitão Tadeu com o objetivo de mostrar à
sociedade o valoroso serviço prestado pelos PM/BM. Além de levar
informações jurídicas aos militares estaduais.
78º) Duplo Vínculo (2016)
Capitão Tadeu participou, juntamente, com diversas lideranças e
associações de policiais e bombeiros militares, do processo de
convencimento para a aprovação da Emenda Constitucional 23, que
autorizou o duplo vínculo dos PM/BM.
Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar

6- REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE
1988, disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicao.htm, acessado em 30 de Agosto de 2013.

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DA BAHIA, 05 DE OUTUBRO DE


1989, disponível em: http://www.mpba.mp.br/institucional/legislacao/
constituicao_bahia.pdfconstituicao.htm, acessado em 25 de Agosto de
2013.

LEI nº 7.524, de 17 de julho de 1986, disponível em:http://


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Capitão Tadeu Fernandes
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Normas Constitucionais Aplicáveis ao Policial Militar

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