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Entrevista e Observação
T
rabalho apresentado à disciplina
Musicoterapia Preventiva e Social ministrada
pela Professora Ana Maria Caramujo, como
forma de Atividade prática supervisionada.
São Paulo, SP
2021
São Paulo, SP
2021
R) Eu atuo nessa área desde 2008. Enquanto Arte educador eu atuo desde 2000
na área social e na área da da musicoterapia social eu atuo desde 2008, então
naturalmente o mesmo processo de 2008 agora eu me formei em musicoterapia,
então conforme eu fui pesquisando e descobrindo coisas eu obviamente fui
aplicando dentro da minha pesquisa etc.
3-) qual o maior desafio de atuar nessa área? E algo que você veja como
vantagem/benefício dessa área?
Algo que eu vejo como vantagem dessa área eu acho que é você conseguir fazer o
trabalho em rede, você conseguir fazer uma atuação que não fica só em um espaço
da patologia ou de uma reabilitação específica, de você estar lidando só com a dor
ou com o ambiente mesmo até às vezes saudável mas você está lidando com isso
em rede. Eu estou atendendo o paciente, a família do paciente, o espaço que o
paciente convive, as outras partes, então é um atendimento em rede e aí você
consegue ter um impacto muito bonito de ganho mesmo, não só de prevenção mas
de promoção de saúde também.
Olha, cresceu muito! É uma área que se desenvolve, eu atualmente trabalho com a
pesquisa em relação a ela e ela cada vez ganha uma potência maior. A situação do
mercado em relação a essa área é de um mercado desconhecido, a gente tem que
toda hora ainda explicar qual a diferença de um músico estar atuando na área social
e um musicoterapeuta estar atuando na área social, essa é uma grande questão
para o mercado se tornar mais claro. Não é um mercado tão direto quanto a área
clínica ou área da saúde para as pessoas poderem entender a potência ainda.
Acho Que é muito interessante a gente pensar o tipo de sessão, porque às vezes a
gente atua de forma clínica se for dentro de uma UBS ou de um posto de saúde,
pois eu estou atuando dentro de um ambulatório de saúde de uma comunidade,
mas ao mesmo tempo,como é uma ação em rede/uma ação social, eu não posso
trabalhar isoladamente, então eu atuo com aquele paciente, depois eu atuo na
própria escola dele, depois a gente atua na praça num final de semana, depois a
gente gera um grupo de composição de jovens com aquele mesmo paciente que
também tem um atendimento individualizado e temos o atendimento individualizado
com a família, pode ser com a tia, com o primo e a gente vai aumentando cada vez
mais essa rede, O que é muito em comum é a análise de ambiência sonora, isso é
recorrente e declarado nas sessões, a improvisação, que é uma ferramenta muito
potente, porque acontece desde as intervenções nas praças, nas ruas , até mesmo
no trabalho clínico. A improvisação é muito direta! A composição de jingles, a
análise de campo notável e a estética social, são pontos recorrentes.
Atividade 2
com os musicoterapeutas são relações que demandam delicadeza, pois você vai se
envolver naquele âmbito comunitário de uma forma ampla e em rede, então a
formação de vínculos é muito maior. A relação é bem mais próxima do que quando
um paciente fala por exemplo “vou ir pra fono ou pra t.o”, geralmente é “ eu vou para
o meu grupo de música”.
com os instrumentos é algo divino nesses projetos, as vezes a gente tem tempo
para construir instrumentos com esses pacientes e isso é muito importante para o
grupo no geral, já em relação aos instrumentos musicais são uma relação pessoal,
pois a gente recebe doações e os pacientes podem levar esses instrumentos pra
casa então a musicoterapia não acaba ali, ela se posterga por muito mais tempo.