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RESUMO
ABSTRACT
1
Mestre. Fundação Papa João XXIII(FUNPAPA)/ Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém
(IPAMB).E-mail: cristianesouza_10@yahoo.com.br
2
Estudante de pós-graduação. Universidade Federal do Pará (UFPA)
3
Bacharel. Fundação Papa João XXIII(FUNPAPA).
4
Especialista. Fundação Papa João XXIII(FUNPAPA).
5
Bacharel. Fundação Papa João XXIII(FUNPAPA).
INTRODUÇÃO
A população em situação nem sempre foi tida como uma “questão social”. Como
nos mostra Melo (2014):
DOS ESPAÇOS.
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Na página virtual: http://www.mds.gov.br/falemds/perguntas-frequentes/assistencia-social/pse-
protecao-social-especial/populacao-de-rua/populacao-em-situacao-de-rua pode ser encontrado o
arcabouço legal que diz respeito à população em situação de rua no SUAS:
7
No documento intitulado: “TEXTO DE ORIENTAÇÃO PARA O REORDENAMENTO DO SERVIÇO DE
ACOLHIMENTO PARA POPULAÇÃO ADULTA E FAMÍLIAS EM SITUAÇÃO DE RUA” que está disponível em:
http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/mural/arquivos/texto-de-orientacao-reordenamento-pop-rua-08-05-
2012.pdf, é apontado como tempo para permanência no espaço 6 (seis) meses.
atualmente somente por 1 (uma) assistente social e 1(uma) psicóloga8 , momento em que é
preenchida a Ficha de Acolhimento/ Identificação, para obter informações para conhecer a
história de vida, a trajetória que o levou a estar em situação de rua, além de informações a
respeito de referência familiar, escolaridade, documentação civil que possuí, se há
necessidade de atendimento nas áreas de saúde. Esta se constitui em uma estratégia para
mapear quais os encaminhamentos serão necessários realizar junto à este usuário. A
construção do PIA (Plano Individual de Acompanhamento) e do Projeto de Vida é feita
posteriormente. Ressaltamos que a equipe psicossocial realiza o
acompanhamento/monitoramento dos encaminhamentos realizados.
Ao adentrar o espaço, o usuário é direcionado para um dormitório coletivo (com
capacidade máxima de 6 (seis) usuários por quarto). Ao usuário são garantidos a
alimentação - café da manhã, almoço, lanche e jantar, preparados por profissional que
compõe a equipe de trabalhadores do espaço – e, ainda, itens para realização de higiene
pessoal. Em contrapartida, o mesmo deve seguir algumas regras do serviço, enumeradas a
seguir:
1- Realizar higiene pessoal, limpeza do quarto, limpeza dos espaços coletivos
(as escalas para limpeza dos ambientes coletivos são feitas em reuniões);
2- Tratar com cordialidade todos os usuários acolhidos e os profissionais que
desenvolvem suas atividades no espaço;
3- Realizar a alimentação nos horários estabelecidos (flexibilizando – se
situações relativas à saúde);
4- Não adentrar o espaço portando qualquer tipo de arma, nem trazendo
nenhuma substância psicoativa;
5- Não adentrar o espaço sobre efeito de álcool e outras drogas;
6- Não é permitida agressão física ou verbal à outro usuário acolhido ou aos
profissionais que desenvolvem suas atividades no espaço;
7- Andar pelo espaço de roupas íntimas;
8- Permanecer 3 (três) dias consecutivos fora do espaço sem autorização da
equipe multiprofissional.
8
A outra assistente social que compõe a equipe encontra-se de licença maternidade.
Quando o usuário, escapa à estas normas, seu desvio de conduta torna-se
penalizável (Foucault, 2007). O desligamento do serviço acontece. Destacamos que este
desligamento é realizado quando há uma somatória das situações expostas anteriormente,
principalmente aquelas que envolvam risco de morte.
Contudo analisamos que as normas para permanência no abrigo constituem-se
no exercício do poder disciplinar. Este poder, Segundo Foucault (2007):
[...] é, com efeito, um poder que, em vez de se apropriar e de retirar, tem
como função maior ‘adestrar'; ou sem dúvida adestrar para retirar e se
apropriar ainda mais e melhor. [...] A disciplina ‘fabrica’ indivíduos; ela é a
técnica específica de um poder que toma os indivíduos ao mesmo tempo
como objetos e como instrumentos de seu exercício (p. 143).
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