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3º Módulo - O Advogado Diante Da Evolução Digital (MATERIAL PARA AVALIAÇÃO)
3º Módulo - O Advogado Diante Da Evolução Digital (MATERIAL PARA AVALIAÇÃO)
O Marco Civil foi regulamentado em 2016 pelo decreto 8.771/16, porém sabe-
se que não regulamenta todos os pontos da legislação.
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problema é muitas vezes a falta da cooperação dos provedores de aplicação,
necessários a apuração da autoria.
Já sabemos que a sensação de que a internet é uma terra sem lei está
mudando. Muitos já responderam ou respondem por crimes informáticos, por ações
que achavam ser "brincadeira", ou "inconsequentes" Constatamos igualmente um
amadurecimento do Judiciário. Há 15 anos atrás alguns juízes nomeavam um perito
em informática para esclarecer a ele o que era um endereço IP. Hoje são raros estes
episódios e a jurisprudência avançou muito.
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como tudo funciona, sobretudo em quebras de sigilo, onde um erro de interpretação
ou cálculo de fuso-horários por exemplo, pode ser fatal. Deseja-se deste profissional
que conheça técnicas de coleta de provas eletrônica, mas principalmente, é preciso ter
em mente que advogar em direito digital exige um dinamismo fora do comum em
comparação com outras áreas do direito, o que demandará dos profissionais
atualização constante e muitas horas dedicadas ao estudo de novas tecnologias.
O Advogado especialista em direito digital nunca foi tão essencial. Não só para
defender vítimas de crimes digitais, apurar autoria de crimes e buscar justiça diante de
fotos danosos cometidos no ciberespaço, mas tem grande propósito: por meio de sua
atuação, sempre diligente e atenta aos rumos das tecnologias e suas consequências,
conscientizar e educar a sociedade para riscos do mundo digital, contribuindo para
uma sociedade mais evoluída e segura. Acredito que com isso respondo à pergunta do
título deste artigo.
Fonte:http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI262792,11049-
Vale+a+pena+ser+um+advogado+especializado+em+Direito+Digital+O+que
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5 CAMPOS DE ATUAÇÃO NA ÁREA DE DIREITO DIGITAL
O Direito Digital é uma das áreas de maior ascensão na advocacia atual. Este
ramo era classificado, há pouco tempo, entre as áreas de “novos direitos”, quando se
falava em uma “advocacia do futuro”. A popularização da Internet e seu caráter
simplificado e colaborativo, especialmente em razão da facilidade de uso das redes
sociais e aplicativos de comunicação, tornaram as questões jurídicas tecnológicas uma
parte integrante do cotidiano.
Com o aumento da demanda por serviços jurídicos na área — e até mesmo com
a “concorrência” dos novos robôs-advogados — os advogados podem se perguntar:
quais atividades um advogado pode realizar no Direito Digital? Pensando nisso,
elaboramos uma lista de cinco campos de atuação para advogados “digitalistas”.
CIVIL LITIGIOSO
Esta é uma das atuações mais amplas no Direito Digital, pois lida com uma
gama enorme de questões civis transportadas para a “vida digital”. Na verdade, a
classificação como área “civil”, aqui, é mais para contrastar com a área penal. Por isso,
não se restringe às causas cíveis, mas também trabalhistas e previdenciárias.
CRIMINAL
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Embora haja uma quantidade grande de peritos na área de Tecnologia da Informação
(T.I.), muitas vezes se torna difícil e caro que o advogado obtenha laudos e consultorias
especializadas. Por isso, quando mais “curioso” for o advogado em torno de assuntos
tecnológicos, melhor poderá organizar seus argumentos e convencer os juízes.
Não confundir essa área com a parte acadêmica em Direito Penal Digital.
Muitos advogados entram em estudos acadêmicos nessa área, o que é muito
importante, mas vai em direção contrária aos esforços de defesa processual, acabando
por abordar políticas criminais.
CONTRATOS
O advogado que atua nessa área deverá ter noção de negócios e um bom
preparo em terminologia relacionada ao tema. Saber o que significa “investidor-anjo”,
“bootstrapping” e “due diligence” é só o começo.
CONSULTORIA
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O perfil do advogado consultor, nessa área, é de alguém que sempre pensa à
frente. Dominar o inglês é essencial, para que tenha acesso a livros e textos mais
avançados e possa trazer aos clientes novas ideias e estratégias.
COMPLIANCE
O advogado que queira atuar nessa área deve ter um preparo adicional em
administração de empresas e linguagem corporativa. Consideramos esta como sendo
uma das áreas mais difíceis para atuação do advogado, pois há ainda pouco material,
escassos cursos de qualidade e uma concorrência forte, principalmente porque há
executivos de empresas que, sem serem advogados, já atuam no ramo e têm
conhecimento prático e poder de negociação amplos.
Se há algum tempo o Direito Digital era considerado, por alguns, como uma
área nada diferente do Direito Civil em geral, com essas possibilidades de atuação
vemos que a história é bem diferente! É claro que a atuação em uma dessas
subdivisões não exclui as demais, e exigem variadas habilidades (como boas técnicas
de escrita jurídica), mas é interessante olhar cada uma com atenção e ver que todas
são amplas o suficiente para exigir do advogado muito esforço e dedicação.
DIREITO DIGITAL
O Direito Digital é uma área que está com tudo hoje em dia. Não é por menos,
já que praticamente tudo está conectado: nosso trabalho, nossos relacionamentos,
nossos passatempos. Aliás, você só está lendo este artigo por estar conectado à
internet, por exemplo.
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E essa conectividade em tudo o que vivemos não nasceu do dia pra noite. Foi
com o passar dos anos que a internet foi se desenvolvendo até se transformar no que
é hoje.
Mas assim como ela trouxe grandes vantagens para a sociedade, trouxe
também novas demandas e conflitos ao Judiciário. Muito disso aconteceu porque
quando surgiu o universo virtual não havia regras específicas, e as leis tiveram de
acompanhar as mudanças.
Para combater estes crimes e para proteger o cidadão, surgiu então o Direito
Digital. Além do mais, recentemente foi sancionada a lei do Marco Civil da Internet no
Brasil, que movimentou ainda mais mercado no país.
Neutralidade da rede;
Para o advogado que quer trabalhar com Direito Digital, o Marco Civil da
Internet é uma cartilha obrigatória.
Apesar da criação do Marco Civil da Internet, ainda há muito chão pela frente.
Um dos caminhos que o Brasil está percorrendo é a da criação de uma Lei Geral de
Proteção de Dados Pessoais.
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Além do Marco Civil, temos também a Política de Dados Abertos do Governo
Federal e o Programa Brasil Inteligente, mas essa legislação vigente ainda não trata da
segurança jurídica adequada às empresas e usuários/consumidores.
Se você quer trabalhar na área, alguns pontos que precisa dominar são:
Direito ao esquecimento;
Propriedade intelectual.
O Direito Digital é realmente sedutor. E uma das coisas mais legais que o fazem
ser assim é o fato de ser muito novo e de exigir constante atualização e estudo –
hábitos fundamentais para todo advogado de sucesso.
Fonte: https://www.rodrigopadilha.com.br/advocacia/direito-digital