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Departamento de Engenharia Civil

Prof. Dr. Doalcey Antunes Ramos

Capítulo 4

Precipitação

(Parte 3: Análise de Chuvas Intensas)


Relações Intensidade - Duração - Freqüência
(Curvas IDF)

• Aplicações em projetos
de obras hidráulicas:
– vertedores de barragens
– sistemas de drenagem
– galerias pluviais
– dimensionamento de
bueiros
Relações Intensidade - Duração

• A intensidade da precipitação varia durante sua


duração:

– para chuvas de curta duração, menores do que 30 min, o


hietograma é caracterizado por grandes intensidades no início
da precipitação;

– para chuvas de duração intermediária, menores do que 10 h, o


hietograma é representado por intensidades maiores na
primeira metade da duração;

– para chuvas de grande duração, acima de 10 h, o hietograma


apresenta intensidades mais uniformes.
Análise de Chuvas Intensas

• Estabelecimento das séries anuais de alturas pluviométricas associadas a


durações (5, 10, 15, 20, 30, 45, 60, 90, 120 min);

• Determinação das relações PF (altura - freqüência) para cada uma das


durações consideradas através do uso das distribuições adequadas;

• Determinação das relações PDF (altura - duração - freqüência);

• Determinação das relações IDF (intensidade - duração - freqüência),


dividindo-se as alturas pelas respectivas durações;

• Ajuste das Equações de Chuvas.


Determinação das Relações PF :
Método Analítico de Gumbel
1. Com o valor de T desejado calcula-se y

  1 
y = − ln  − ln  1 − 
  T 

2. O valor de KT depende somente de y

K T = 0,7797 y − 0, 45
3. O valor de ht é então calculado por:

ht = h + K T σ h
Relações IDF

Exemplo (Salto Canoinhas – SC)

• Precipitação x Período de Retorno


• Chuvas de duração de 5 minutos

T (anos) 2 anos 5 anos 10 anos 20 anos 50 anos 100 anos


i (mm/h) 116,64 148,14 168,99 189,00 214,91 234,32
Relações IDF:
Intensidade-Duração-Freqüência
t (min) 2 anos 5 anos 10 anos 20 anos 50 anos 100 anos
5 116,64 148,14 168,99 189,00 214,91 234,32
10 92,63 117,64 134,20 150,09 170,67 186,08
15 80,05 101,66 115,97 129,71 147,49 160,81
20 69,47 88,23 100,65 112,57 128,00 139,56
25 62,44 79,30 90,46 101,17 115,04 125,43
30 57,18 72,62 82,84 92,65 105,35 114,86
60 38,63 49,07 55,97 62,60 71,18 77,61
360 11,04 14,02 15,99 17,89 20,34 22,17
480 8,97 11,39 12,99 14,53 16,52 18,02
600 7,54 9,58 10,93 12,22 13,90 15,15
720 6,52 8,27 9,44 10,56 12,00 13,09
1440 3,83 4,87 5,55 6,21 7,06 7,70
Relações IDF:
Intensidade-Duração-Freqüência

Relações i x t x T - Estação Salto Canoinhas

t (min) 2 anos 5 anos 10 anos 20 anos 50 anos 100 anos 250,00

5 116,64 148,14 168,99 189,00 214,91 234,32 2 anos


5 anos
10 92,63 117,64 134,20 150,09 170,67 186,08
200,00 10 anos
15 80,05 101,66 115,97 129,71 147,49 160,81 20 anos
20 69,47 88,23 100,65 112,57 128,00 139,56 50 anos
25 62,44 79,30 90,46 101,17 115,04 125,43 150,00 100 anos

i (m m /h)
30 57,18 72,62 82,84 92,65 105,35 114,86
60 38,63 49,07 55,97 62,60 71,18 77,61
100,00
360 11,04 14,02 15,99 17,89 20,34 22,17
480 8,97 11,39 12,99 14,53 16,52 18,02
600 7,54 9,58 10,93 12,22 13,90 15,15 50,00
720 6,52 8,27 9,44 10,56 12,00 13,09
1440 3,83 4,87 5,55 6,21 7,06 7,70
0,00
0 10 20 30 40 50 60
t (m in)
Equações de Chuvas Intensas
• São equações que sintetizam a família de curvas determinadas pelas relações IDF.

• Exemplo de ajuste utilizado na maioria das equações de chuvas existentes:

C kT m
i = =
(t + t o )n
(t + t o )n
onde:

i é a intensidade da chuva, em mm/h (ou mm/min)


T é o período de retorno, em anos
t é a duração da chuva, em min
to, n, m, k são parâmetros estimados com base nos dados locais
Ajuste de equações de chuvas:

• Aplicando uma anamorfose logarítmica na equação:

C
i=
(t +to )n

• Temos:

log i = log C − n log( t + t o )

• Os parâmetros log A e n são os coeficientes de regressão linear


entre as variáveis log i e log (t+to).
log i = log C − n log( t + t o )

• O parâmetro to é uma constante a ser obtida pelo método tentativa-erro, a


qual, somada às durações, lineariza a relação entre i e (t+to) em coordenadas
logarítmicas.

•Conhecidos C, to e n, e de volta à equação original, toma-se os logaritmos


novamente para se obter:

C kT m
i= = log C = log k + m log T
(t + to ) (t + to )n
n

• Na seqüência, as técnicas de regressão linear simples são empregadas mais


uma vez para determinar os coeficientes angular m e linear log k da reta que
relaciona log C e log T.
Exemplos de Equações de chuvas:

0 , 217
5950 T
• Curitiba (Parigot de Souza): i =
(t + 26 )1 ,15
• São Paulo (Paulo S. Wilken): 3462 , 7 T 0 ,172
i =
(t + 22 )1 , 025
• Rio de Janeiro (Ulisses Alcântara): 1239 T 0 ,150
i =
(t + 20 )0 , 74
• Joinville (Júlio Simões e Doalcey Ramos): 1,9206T 0,0466
i=
(t − 4)0,1043
Exemplo de ajuste:

Relações i x t x T - Estação Salto Canoinhas

250,00
2 anos
t (min) 2 anos 5 anos 10 anos 20 anos 50 anos 100 anos 5 anos
5 116,64 148,14 168,99 189,00 214,91 234,32 200,00 10 anos
10 92,63 117,64 134,20 150,09 170,67 186,08
20 anos
15 80,05 101,66 115,97 129,71 147,49 160,81
50 anos
20 69,47 88,23 100,65 112,57 128,00 139,56
25 62,44 79,30 90,46 101,17 115,04 125,43 150,00 100 anos

i (m m /h )
30 57,18 72,62 82,84 92,65 105,35 114,86
60 38,63 49,07 55,97 62,60 71,18 77,61
360 11,04 14,02 15,99 17,89 20,34 22,17
100,00
480 8,97 11,39 12,99 14,53 16,52 18,02
600 7,54 9,58 10,93 12,22 13,90 15,15
720 6,52 8,27 9,44 10,56 12,00 13,09
1440 3,83 4,87 5,55 6,21 7,06 7,70 50,00

0,00
0 10 20 30 40 50 60
t (min)
t (min) 2 anos 5 anos 10 anos 20 anos 50 anos 100 anos
5 116,64 148,14 168,99 189,00 214,91 234,32
10 92,63 117,64 134,20 150,09 170,67 186,08
15 80,05 101,66 115,97 129,71 147,49 160,81
20 69,47 88,23 100,65 112,57 128,00 139,56
25 62,44 79,30 90,46 101,17 115,04 125,43
30 57,18 72,62 82,84 92,65 105,35 114,86
60 38,63 49,07 55,97 62,60 71,18 77,61
360 11,04 14,02 15,99 17,89 20,34 22,17
480 8,97 11,39 12,99 14,53 16,52 18,02
600 7,54 9,58 10,93 12,22 13,90 15,15
720 6,52 8,27 9,44 10,56 12,00 13,09
1440 3,83 4,87 5,55 6,21 7,06 7,70

Relações i x t x T - Estação Salto Canoinhas


1000,00

100,00

2 anos
i (mm/h)

5 anos
10 anos
20 anos
50 anos
10,00 100 anos

1,00
1 10 100 1000 10000
t (m in)
t+12.5 (min) 2 anos 5 anos 10 anos 20 anos 50 anos 100 anos
17,5 116,64 148,14 168,99 189 214,91 234,32
22,5 92,63 117,64 134,2 150,09 170,67 186,08
27,5 80,05 101,66 115,97 129,71 147,49 160,81
32,5 69,47 88,23 100,65 112,57 128 139,56
37,5 62,44 79,3 90,46 101,17 115,04 125,43
42,5 57,18 72,62 82,84 92,65 105,35 114,86
72,5 38,63 49,07 55,97 62,6 71,18 77,61
372,5 11,04 14,02 15,99 17,89 20,34 22,17
492,5 8,97 11,39 12,99 14,53 16,52 18,02
612,5 7,54 9,58 10,93 12,22 13,9 15,15
732,5 6,52 8,27 9,44 10,56 12 13,09
1452,5 3,83 4,87 5,55 6,21 7,06 7,7

Relações i x t x T - Estação Salto Canoinhas


1000

100

2 anos
i (mm/h)

5 anos
10 anos
20 anos
50 anos
10 100 anos

1
10 100 1000 10000
t + 12,5 (m in)
t+15 (min) 2 anos 5 anos 10 anos 20 anos 50 anos 100 anos
20 116,64 148,14 168,99 189,00 214,91 234,32
25 92,63 117,64 134,20 150,09 170,67 186,08
30 80,05 101,66 115,97 129,71 147,49 160,81
35 69,47 88,23 100,65 112,57 128,00 139,56
40 62,44 79,30 90,46 101,17 115,04 125,43
45 57,18 72,62 82,84 92,65 105,35 114,86
75 38,63 49,07 55,97 62,60 71,18 77,61
375 11,04 14,02 15,99 17,89 20,34 22,17
495 8,97 11,39 12,99 14,53 16,52 18,02
615 7,54 9,58 10,93 12,22 13,90 15,15
735 6,52 8,27 9,44 10,56 12,00 13,09
1455 3,83 4,87 5,55 6,21 7,06 7,70

Relações i x t x T - Estação Salto Canoinhas


1000,00

100,00

2 anos
i (mm/h)

5 anos
10 anos
20 anos
50 anos
10,00
100 anos

1,00
10 100 1000 10000
t + 15 (m in)
t+15 (min) 2 anos
20 116,64 Relações i x t x T - Estação Salto Canoinhas
25 92,63 1000,00
30 80,05
35 69,47
40 62,44
45 57,18 -0,7842
75 38,63
y = 1153,8x
2
375 11,04 R = 0,9997
495 8,97
100,00
615 7,54
735 6,52
1455 3,83
i (mm/h)

2 anos
Potência (2 anos)

10,00

1,00
10 100 1000 10000
t + 15 (m in)
t+15 (min) 5 anos
20 148,14 Relações i x t x T - Estação Salto Canoinhas
25 117,64 1000,00
30 101,66
35 88,23
40 79,30 -0,7842
45 72,62 y = 1465,2x
75 49,07 2
R = 0,9997
375 14,02
495 11,39
100,00
615 9,58
735 8,27
1455 4,87
i (mm/h)
5 anos
Potência (5 anos)

10,00

1,00
10 100 1000 10000
t + 15 (m in)
t+15 (min) 10 anos
20 168,99 Relações i x t x T - Estação Salto Canoinhas
25 134,20 1000,00
30 115,97
35 100,65
40 90,46 -0,7843
y = 1671,8x
45 82,84 2
75 55,97 R = 0,9997
375 15,99
495 12,99
100,00
615 10,93
735 9,44
1455 5,55 i (mm/h)

10 anos
Potência (10 anos)

10,00

1,00
10 100 1000 10000
t + 15 (m in)
t+15 (min) 20 anos
20 189,00 Relações i x t x T - Estação Salto Canoinhas
25 150,09 1000,00
30 129,71
35 112,57
-0,7842
40 101,17 y = 1869,4x
45 92,65 2
R = 0,9997
75 62,60
375 17,89
495 14,53
100,00
615 12,22
735 10,56
1455 6,21
i (mm/h)
20 anos
Potência (20 anos)

10,00

1,00
10 100 1000 10000
t + 15 (m in)
t+15 (min) 50 anos
20 214,91 Relações i x t x T - Estação Salto Canoinhas
25 170,67 1000,00
30 147,49
35 128,00 -0,7843
40 115,04
y = 2126x
2
45 105,35 R = 0,9997
75 71,18
375 20,34
495 16,52
100,00
615 13,90
735 12,00
1455 7,06
i (mm/h)

50 anos
Potência (50 anos)

10,00

1,00
10 100 1000 10000
t + 15 (m in)
t+15 (min) 100 anos
20 234,32 Relações i x t x T - Estação Salto Canoinhas
25 186,08 1000,00
30 160,81
35 139,56 -0,7842
y = 2317,6x
40 125,43 2
45 114,86 R = 0,9997
75 77,61
375 22,17
495 18,02
100,00
615 15,15
735 13,09
1455 7,70 i (mm/h)

100 anos
Potência ( 100 anos)

10,00

1,00
10 100 1000 10000
t + 15 (m in)
n T C
0,7842 2 1153,8
0,7842 5 1465,2
0,7843 10 1671,8
0,7842 20 1869,4
0,7843 50 2126 10000
0,7842 100 2317,6 Seqüência1
Log. (Seqüência1)

C
1000

y = 294,7Ln(x) + 975,63
2
R = 0,9983

100
1 10 100
T
t (min) 2 anos 5 anos 10 anos 20 anos 50 anos 100 anos
5 116,64 148,14 168,99 189,00 214,91 234,32
10 92,63 117,64 134,20 150,09 170,67 186,08
15 80,05 101,66 115,97 129,71 147,49 160,81
20 69,47 88,23 100,65 112,57 128,00 139,56
25 62,44 79,30 90,46 101,17 115,04 125,43
30 57,18 72,62 82,84 92,65 105,35 114,86
60 38,63 49,07 55,97 62,60 71,18 77,61
360 11,04 14,02 15,99 17,89 20,34 22,17
480 8,97 11,39 12,99 14,53 16,52 18,02
600 7,54 9,58 10,93 12,22 13,90 15,15
720 6,52 8,27 9,44 10,56 12,00 13,09
1440 3,83 4,87 5,55 6,21 7,06 7,70

t (min) 2 anos 5 anos 10 anos 20 anos 50 anos 100 anos


5 121,38 121,47 121,53 121,60 121,69 121,75
10 101,90 101,97 102,03 102,08 102,16 102,21
15 88,33 88,39 88,44 88,49 88,55 88,60
20 78,27 78,33 78,37 78,41 78,47 78,51
25 70,49 70,54 70,58 70,62 70,67 70,71
30 64,27 64,32 64,36 64,39 64,44 64,47
60 43,06 43,09 43,12 43,14 43,17 43,20
360 12,19 12,20 12,21 12,22 12,22 12,23
480 9,81 9,82 9,82 9,83 9,83 9,84
600 8,27 8,28 8,28 8,29 8,29 8,30
720 7,19 7,20 7,20 7,21 7,21 7,22
1440 4,21 4,21 4,22 4,22 4,22 4,22

294,7 ln T + 975,63
i=
(t + 15)0,784
Ajuste segundo Pfastetter (1957)
Otto Pfafstetter ajustou uma equação padrão a partir de dados de 98
postos pluviográficos do Brasil:

P = K ⋅ [a ⋅ t + b ⋅ log (1 + c ⋅ t )]
 β 
α + γ 
K =T  T 

P é a precipitação total máxima, em mm


T é o período de retorno, em anos
t é a duração da precipitação, em horas
α, β valores que dependem da duração da precipitação
a, b, c, γ são parâmetros estimados com base nos dados
locais
Fonte: Pfastteter, 1982
Regionalização de Equações de Chuvas Intensas
• À medida que as áreas urbanas crescem, englobando outros municípios de
menor porte e transformando-se em regiões metropolitanas, as curvas IDF
pontuais deixam de ser representativas da variação espacial das intensidades de
precipitação.
•Esse é um fato particularmente verdadeiro em áreas montanhosas e sujeitas a
forte influência orográfica sobre as precipitações.
• Guimarães Pinheiro (apud Naghettini, 1999) propôs a seguinte equação do tipo
IDF de abrangência regional para a Região Metropolitana de Belo Horizonte
(RMBH):

i T , t , j = 0 , 76542 t − 0 , 7059 ⋅ Panual


0 , 5360
⋅ µ T ,t

onde:
iT,t,j é a estimativa de chuva (mm/h ou mm/min), de duração t (h ou min), no
local j, associada ao período de retorno T (anos);
Panual é a precipitação anual (mm) na localidade j dentro da RMBH, a qual
pode ser obtida a partir do mapa de isoietas
µT,t representa os quantis adimensionais de freqüência, de validade regional,
associado à duração t e ao período de retorno T, conforme tabela.
Fonte: Naghettini, 1999
 O que fazer quando não se possui pluviógrafos
instalados na região para a obtenção direta das relações
IDF ?

 Nesse caso, utilizam-se primeiramente séries anuais de


alturas pluviométricas máximas diárias.

 As relações altura pluviométrica x frequência (relações


PF), são obtidas através do uso de distribuição de
probabilidades.

 Para obtenção das relações IDF, a partir das relações


PF, são usados os coeficientes de desagregação de
chuva.
 O método dos coeficientes de desagregação ( ou método das
relações de durações) baseia-se em duas características
observadas nas curvas IDF correspondentes a postos localizados
em diversas partes do mundo:
 Existe a tendência das curvas de probabilidade de diferentes
durações manterem-se paralelas entre si;
 Para diferentes locais, existe uma grande similaridade nas
relações entre intensidades médias máximas de diferentes
durações.
 As relações entre durações são obtidas segundo a expressão:

Intensidad e de duração t1
rt1 t2 =
Intensidad e de duração t 2

 Os valores médios destas relações para o Brasil foram


desenvolvidos pela CETESB (1986).
Prep

● d2
Pt1,d2


● d1
● ●
Pt1,d1 ●
● ●

●● ● ●
Pt1,d 2 Pt 2,d 2
● =
● Pt1,d 1 Pt 2, d 1
●●

t2 t1

Intensidad e de duração t1
rt1 t2 =
Intensidad e de duração t 2
31
Coeficientes Médios de Desagregação das Chuvas
para o Brasil

• Tabela dos coeficientes médios de desagregação de


chuvas para o Brasil DAEE/CETESB (1986):

Relação de Durações Relação de Chuvas

12h/24h 0,85
10h/24h 0,82
1h/24h 0,42
30min/1h 0,74
25min/30min 0,91
5min/30min 0,34
relação BRASIL ESTADOS UNIDOS ESTADOS UNIDOS
U.S.W.Bureau Denver

5min/30min 0,34 0,37 0,42


10min/30min 0,54 0,57 0,63
15min/30min 0,70 0,752 0,75
20min/30min 0,81 0,84

25min/30min 0,91 0,92

30min/1h 0,74 0,79

1h/24h 0,42

6h/24h 0,72

* valor da cidade de São Paulo.


8h/24h 0,78 ** Taborga (1974).

10h/24h 0,82

12h/24h 0,85

24h/1dia 1,14* 1,13

24h/1dia 1,10** Fonte: Naghettini, 1999 33


Precipitação máxima de 1dia e de 24 h

Pmx de 24 h

P Pmx de 1 dia

tempo

Horário de observação Fonte: Tucci

34
Metodologia
• Selecione as precipitações máximas anuais do posto com
precipitação diária no local;

• Ajuste uma distribuição de probabilidade e obtenha as


precipitações de 1dia para os riscos desejados P(1dia,T);

• Escolha um posto na vizinhança que disponha de IDF;

• Determine as relações entre as durações. Para as durações


que se deseja determinar a IDF r(d1,1dia);

• Determine a P(d1,T)=r(d1,1dia). P(1dia, T)

Fonte: Tucci
35
Equação para os coeficientes de
desagregação das chuvas:

 ln t 
1, 5 ln  
C24 (t ) = e  7 ,3 

Fonte: André Silveira (2000), deduzida com base nos coeficientes


de desagregação adaptados para o Brasil pelo DAEE/CETESB
(1986).
Expressão Geral das Equações de Chuvas

• Usando as relações PF obtidas através da Distribuição de


Gumbel, e a equação ajustada para os coeficientes de
desagregação de chuvas, obtém-se a seguinte expressão geral
para as equações de chuvas:

    1   
κ + φ  − ln − ln1 −   
 ln t 
1, 5 ln  
 7 , 3 
C1dia / 24 h .e .    T   
 
i=  
t
Equações de Chuvas para Joinville:

• CASAN-Pluviômetro (Negri e Ramos, 2002):

 Pluviômetro instalado junto à estação automática da


CASAN;
 Equação desenvolvida a partir de 14 anos de observações
de totais diários precipitados entre 1987 e 2001.

 ln t 
1,5ln      1   
111,26 + 22,57 − ln − ln1 −   
 7,3 
e
    Tr   
i=
t (i em mm/min)
Equações de Chuvas para Joinville:

• Udesc-Univille (Negri e Ramos, 2002):

 Pluviômetro instalado na estação meteorológica co Campus


Universitário;
 Latitude: 26o15’S Longitude: 48o51’ W
 Operada em convênio com a UDESC, Univille e EPAGRI;
 Equação desenvolvida a partir de 7 anos de observações de
totais diários precipitados entre 1995 e 2001.

 ln t 
1,5 ln     1   
96,67 + 25,38 − ln − ln1 −   
 7 , 3 
e
    Tr    (i em mm/min)
i=
t
Equação de Chuvas para Joinville
(Simões e Ramos, 2003)

 ln t 
1,5 ln    1   

95,403 + 18,735 − ln − ln1 −   
 7 ,3 
1,14e
    T   
i=
t
Relações IDF - Equação 33 (i em mm/min)
4,0

3,5

3,0
Observação:
2,5
i (mm/min)

2,0
Foi utilizada a equação do
1,5 coeficiente de desagregação
1,0 de chuvas deduzida por André
0,5 Silveira (2000), com base nos
0,0 coeficientes de desagregação
0 10 20 30 40 50 60
adaptados para o Brasil pelo
duração (min)
DAEE/CETESB (1986).
TR 05 TR 10 TR 15 TR 20 TR 25
Referências Bibliográficas :
• Naghettini, M. Engenharia de Recursos Hídricos – Notas de Aula, Departamento de Engenharia
Hidráulica e Recursos Hídricos, EE-UFMG, Belo Horizonte, 1999.

• Negri, R. e Ramos, D. Análise de Chuvas Intensas na Região de Joinville, Relatório Final de


Pesquisa, Departamento de Engenharia Civil, CCT-UDESC, Joinville, 2002.

• Simões, J.C.X. e Ramos, D. Análise Comparativa entre Dados Pluviométricos e Registros


Pluviográficos para Joinville, Relatório Final de Pesquisa, Departamento de Engenharia Civil, CCT-
UDESC, Joinville, 2003.

• Back, A. J. Chuvas intensas e chuva de projeto de drenagem superficial no Estado de Santa


Catarina. Boletim Técnico Nº 123, EPAGRI, Florianópolis, 2002.

• DAEE/CETESB. Drenagem Urbana – Manual de Projeto. 3ª Edição. São Paulo, 1986.

• Nerilo, N., Medeiros, P.A. e Cordero, A.Chuvas intensas no Estado de Santa Catarina", Nerilton
Nerilo, Editoras da UFSC e da FURB, Florianópolis/Blumenau, 2002.

• Pfafstetter, O. Chuvas Intensas no Brasil. 2ª Edição. DNOS, Rio de Janeiro, 1982.

• Tucci, C. Notas de aulas da disciplina Hidrologia. UFRGS. Porto Alegre.

• Silveira, A. L. Equação para os Coeficientes de Desagregação de Chuva. In: Revista Brasileira de


Recursos Hídricos, Vol. 5 no 4, Out/Dez, 2000, p.143-147.

• Martinez Jr., F. e Magni, N.L.G. Equações de Chuvas Intensas do Estado de São Paulo. Ed. Revisada,
DAEE/USP, São Paulo, 1999.

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