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Estrutura conceitual da
contabilidade: condensação
e simplificação
Sérgio de Iudícibus
Raquel Bandoni
Daniel Tonsic de Araujo
Adriana Rodrigues Balardim
Ana Paula Correia Lacanna
Luis Carlos Cerresi
José Carlos Marion
INTRODUÇÃO
U
ma Estrutura Conceitual Básica (teórica ou regulatória) é um
conjunto abrangente de conceitos para a preparação de relató-
rios financeiros que define o objetivo dos relatórios financeiros
e as características qualitativas da informação financeira útil, além de
discorrer sobre a entidade que divulga as informações financeiras e a
abrangência dela. A estrutura conceitual também traz definições de ati-
vo, passivo, patrimônio líquido, receitas e despesas, assim como os crité-
rios de reconhecimento de ativos e passivos nos relatórios financeiros e
um guia de quando removê-los (“derecognition”), as bases de mensura-
ção e a orientação sobre quando usá-las. Orienta também sobre a apre-
sentação e divulgação de informações financeiras.
A Estrutura Conceitual Básica em si não é uma norma ou um pro-
nunciamento contábil emitido por órgãos reguladores. É apenas um
guia que fornece conceitos e orientações para a tomada de decisões que
envolvam os aspectos contábeis para a apuração dos relatórios de infor-
mações financeiras.
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10. ESTRUTURA CONCEITUAL DA CONTABILIDADE: CONDENSAÇÃO E SIMPLIFICAÇÃO
SÉRGIO DE IUDÍCIBUS • RAQUEL BANDONI • DANIEL TONSIC DE ARAUJO • ADRIANA RODRIGUES BALARDIM
ANA PAULA CORREIA LACANNA • LUIS CARLOS CERRESI • JOSÉ CARLOS MARION
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PESQUISAS EM CONTABILIDADE, CONTROLADORIA E FINANÇAS
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SÉRGIO DE IUDÍCIBUS • RAQUEL BANDONI • DANIEL TONSIC DE ARAUJO • ADRIANA RODRIGUES BALARDIM
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Se o arcabouço conceitual não faz com que esta seja sentida, a infor-
mação em si não será comparável de período a um período dentro da
mesma entidade ou entre entidades distintas.
A verificabilidade, ou capacidade de verificação, como descrito no
pronunciamento, permite que diferentes usuários possam chegar a um
consenso de que as informações são fidedignas ao analisarem as de-
monstrações financeiras. A verificação poderá ser direta, por meio da
contagem do dinheiro, por exemplo, ou de forma indireta, por meio de
modelos, fórmulas ou outras técnicas.
A tempestividade se refere ao timing, ou seja, ao como e quando são
fornecidas as informações aos usuários. Assim, de pouco adianta apre-
sentar demonstrações contábeis absolutamente perfeitas no que diz res-
peito a uma entidade governamental, por exemplo, se elas revelam um
atraso de seis meses do período ao qual se referem. Existe, por contraste,
a intempestividade, que consiste em apresentar informações antes da
necessidade, mesmo que, para isso, sejam extremamente simplificadas,
como certos relatórios que as subsidiárias remetem às matrizes, quan-
do a dose de distanciamento da realidade é muito grande. Ainda assim,
nesses casos, eles podem ser úteis.
A compreensibilidade ou inteligibilidade é a qualidade de a
informação ser facilmente entendida pelos usuários. Para utilizar uma
informação, o usuário precisa, primeiro, entender o que significa. Deve-
se tomar cuidado, todavia, com o fato de alguns autores atribuírem ao
termo compreensibilidade o sentido de abrangente e integral.
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