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COMO ESCREVER UM ENSAIO FILOSÓFICO

1. O ensaio é habitualmente definido como um texto de análise e interpretação crítica de um


determinado assunto. Os seus propósitos de discussão crítica e de tomada de posição
perante um problema vão ao encontro do que carateriza a própria atividade filosófica.
2. Um ensaio filosófico é um texto argumentativo em que se apresenta uma resposta
sustentada, e não uma mera opinião, a um problema filosófico. E a resposta deve ser
categórica, do tipo “Sim” ou “Não”. Avaliados os argumentos em discussão, há que tomar
posição. Caso não seja razoável “vestir a camisola” de um dos lados da discussão, o
procedimento é precisamente o mesmo: argumentar. Justificar sempre, evitar a
circularidade do “sim porque sim” ou do “não porque não” são as regras mais básicas.
3. O título do ensaio pode ter a forma de uma pergunta. Optar pelo formato questão pode
ajudar a apresentar de forma mais precisa o problema e impedir a vagueza da posição
assumida na conclusão. Por exemplo, entre os títulos “Liberdade e Ação” e “Serei realmente
livre ao agir?”, é preferível o segundo.
4. A preparação do ensaio é, porventura, a fase mais importante. É com ela que tomarás
verdadeiramente a noção da dimensão do problema em análise e dos recursos de que
dispões para lhe responder. Deve precaver-te para o que se seguirá à redação: as perguntas
que te farão e perante as quais é fundamental mostrares-te preparado.
5. Lê com atenção os textos sobre o tema (vê o site critica na rede). Faz um rascunho. Ensaia
a estrutura. Ignora o teclado e usa uma folha.

A estrutura do ensaio corresponde ao habitual esquema introdução – desenvolvimento-conclusão.

Preenche a seguinte Estrutura do Ensaio Filosófico:

Tema:

1. Introdução
a) Formula bem o problema:

b) Diz com precisão qual é o teu


objetivo com o ensaio (este
apeto ajuda-te a não te perderes
com aspetos acessórios)

c) Mostra o quão importante é o


problema a que estás a
responder (uma maneira de o
fazeres é mostrares o que se
perde s este problema não for
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enfrentado).

2. Desenvolvimento
a) enuncia as teses opostas (o
sim e o não; tanto quanto
possível com as respetivas
designações; por exemplo, face
ao problema acima formulado há
o “sim” do libertismo e do
determinismo moderado e o
“não” do determinismo radical)
b) Indica qual é a tese que irás
defender

c) Expõe os argumentos que


sustentam a tua tese (escolhe as
razões que melhor defendem o
teu ponto de vista, e fá-lo, tanto
quanto possível e mantendo o
rigor, por palabvras tuas).
d) Apresenta possíveis objeções
à tua tese ( não escolhas as
objeções a que é mais fácil
responder, como se as mais
dificeís não existissem; isso irá
refletir-se na classificação final)
e) Responde às objeções que
apresentaste (mostra por que as
consideras fracas ou inválidas)

3. Conclusão
Mostra que a tua tese é
fundamentada (mostra que ela é
um ponto de chegada, que
resulta de uma cuidada e
sistemática reflexão)

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