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TESP – Instalações Elétricas,

Domótica e Automação

Relé Térmico

Alunos:
João Silva
Técnicas de Comunicação
Ângelo Sousa
Pedro Palma
D
Rui Curado
João Santos
Docente:
António Fernando Marques de
Sousa
Ana Beatriz da Piedade de
0
Azevedo

17-05-2017
Índice
Introdução
Desenvolvimento .............................................................................................................. 2
I. Relé Térmico ............................................................................................................. 2
.......................................................................................................................................... 2
II. Classes do Relé Térmico ....................................................................................... 3
III. História .................................................................................................................. 4
IV. Função ................................................................................................................... 5
V. Vantagens do uso de relés em vez de fusíveis ....................................................... 6
VI. Funcionamento ...................................................................................................... 7
VII. Contactos e Botões do Relé Térmico .................................................................... 9
VIII. Relés Térmicos (onde são utilizados): ............................................................. 11
........................................................................................................................................ 11
IX. Dimensionamento do relé térmico ....................................................................... 12
........................................................................................................................................ 12
Conclusão ....................................................................................................................... 13
X. Bibliografia .......................................................................................................... 14
Sitografia: ....................................................................................................................... 14
Lista de imagens
Pág.

Figura 1- Desenho de um relé térmico 4

Figura 2- Gráfico classes de díspar 5

Figura 3- Telégrafo Elétrico (1835 6

Figura 4- Esquema de funcionamento de um relé térmico 6

Figura 5- Corte vertical de um relé térmico 10

Figura 6- Relé térmico em circuito de comando 12

Figura 7- Pormenores relé térmico 12

Figura 7- Quadro elétrico 14

Figura 9- Relé Térmico com temporizador 14

Figura 8- Tabela de comparação 15


Introdução
O presente trabalho visa aprofundar alguns aspetos relativos ao relé térmico, mais
concretamente sobre a sua história, a sua função, onde é utilizado e o seu funcionamento,
entre outras informações relevantes referentes ao mesmo.

A metodologia utilizada, no desenvolvimento deste trabalho, foi a pesquisa bibliográfica,


enriquecida com alguma procura em sites de internet alusivos ao tema, bem como
observação de instalações, onde estes se encontram instalados.

Este trabalho tem como objetivos, mostrar a grande importância que os relés térmicos têm
na proteção de circuitos elétricos, onde possa haver sobreaquecimentos/curto circuitos e
explicar todo o seu funcionamento.

O mesmo está estruturado em capítulos diferenciados, onde são abordados os seguintes


temas: Relé Térmico (definição), Classes do Relé Térmico, História, Função, Vantagens
do uso de relés em vez de fusíveis, Funcionamento, Contactos e Botões do Relé Térmico,
Relés Térmicos (onde são utilizados) e Dimensionamento do relé térmico.

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Desenvolvimento

I. Relé Térmico
O Relé térmico (figura 1) é um dispositivo que deteta sobrecargas e sobreaquecimento,
entre outras falhas, de ligações associadas a cargas (exemplo: motores elétricos) e emite
ordens de atuação e sinalização.

Figura 9- Desenho de um relé térmico

O seu fabrico dá - se a partir da laminação de dois metais com coeficientes diferentes,


unindo-os por um meio de enrolamento por onde irá passar a corrente que vai para o
motor.

Os relés encontram-se divididos em classes de resposta e tornam possível a adaptação dos


mesmos ao tempo de partida dos motores, evitando assim as altas correntes de partida e,
disparando se o tempo se prolongar demasiadamente.

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II. Classes do Relé Térmico
Os relés térmicos são divididos por classes de disparo, que se diferenciam pelo tempo
que o relé vai permitir uma sobre corrente, para se adaptar a motores que possuem altas
correntes de partida.

Classe 10 – Partida de até 10 segundos

Classe 20 – Partida de até 20 segundos

Classe 30 – Partida de até 30 segundos

Figura 10- Gráfico classes de disparo


Os relés de classe 10 e 10 A são os mais comuns, sendo as restantes classes reservadas a
instalações especiais (industrial de grande escala, etc).

A figura 2 e a tabela 1 podem ser utilizadas na escolha do relé térmico, adequado ao tempo
de arranque do respetivo motor elétrico.

Classe 1,05Ir 1,2Ir 1,5Ir 7,2Ir

10 A >2H <2H <2min 2 ≤ t ≤ 10s

10 >2H <2H <4min 4 ≤ t ≤ 10 s

20 >2H <2H <8min 6 ≤ t ≤ 20 s

30 >2H <2H <12min 9 ≤ t ≤ 30 s

Tabela 1- tabela com os tempos de disparo a partir do estado frio

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III. História

É dito que o inventor do relé foi Joseph Henry, que o inventou em 1835 com o objetivo
de melhorar a sua versão do telégrafo elétrico (figura 3) mas há quem diga que foi
inventado por Edward Davy também em 1835.

Este primeiro relé era usado como um amplificador digital, que repetia o sinal do
telégrafo, permitindo que esses sinais fossem propagados mais longe, resolvendo o
problema de alcance limitado dos
primeiros telégrafos.

Estando em plena revolução industrial e


com o descobrimento da eletricidade, as
aplicações descobertas eram e são
infinitas. Mas com a utilização veem a
proteção e, a demanda por uma produção
cada vez maior, mais eficiente, os
primeiros conceitos de linhas de
montagem a existirem, a procura de

Figura 11- Telégrafo Elétrico (1835) proteção do ser humano e das máquinas
foi-se acentuando e assim, mais tarde,
foram criados relés de proteção.

Os primeiros foram dispositivos eletromagnéticos, dependendo de bobinas, que operavam


em partes móveis para
fornecer deteção de
condições anormais de
operação, tais como sob
recorrente, sobretensão,
fluxo de potência inversa
(figura. 4)

Figura 12- Esquema de funcionamento de um relé térmico

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IV. Função

A função do relé térmico bimetálico é atuar interrompendo a ligação às cargas associadas


(motores), antes que possam ser provocados danos aos mesmos. O relé assume a função
de proteção contra sobrecarga das cargas elétricas, dos condutores de alimentação e de
outros dispositivos de atuação.

Os relés térmicos bimetálicos atuam sempre que exista uma sobrecarga de longa duração
ou defeitos na alimentação (falta de corrente), podendo ser utilizados em par com alarmes
ou outras sinalizações de aviso.

Estes dispositivos de proteção tem como objetivo evitar o aquecimento das bobines
internas dos motores, quando exista um circulação de corrente acima da tolerada nas
mesmas. Estes defeitos de ligação reduzem a vida útil das máquinas, provocando o
desgaste acelerado dos seus constituintes internos (bobines, rolamentos, etc..)

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V. Vantagens do uso de relés em vez de fusíveis

 Os relés térmicos compensam automaticamente as mudanças de temperatura


ambiente, pois o seu funcionamento depende da temperatura dos seus elementos
térmicos;
 Os relés térmicos podem ser ajustados, dentro um determinado espectro de corrente;
 Os relés podem ser testados em funcionamento;
 Os relés possuem uma inércia própria, não operando durante a partida;
 Os relés são facilmente ajustáveis aos contrários dos fusíveis.

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VI. Funcionamento

O funcionamento do relé térmico tem início no momento em que se dá um grande


aumento da temperatura, que pode provocar estragos. Esse sobreaquecimento faz com
que as lâminas bimetálicas de coeficientes de temperatura diferentes aqueçam e dilatem,
ocorrendo a deformação das mesmas e fazendo, por sua vez, com que o relé seja ativado.

Depois acionado, o relé interrompe o circuito, por consequente, provoca a paragem da


respetiva instalação. Para que seja ligado novamente, dependendo da sua constituição,
uma ação de rearme terá de ser efetuado, podendo ser manual ou automática de modo a
permitir novamente a passagem de corrente elétrica.

Figura 13- Corte vertical de um relé térmico

A temperatura ambiente também pode provocar a dilatação das lâminas bimetálicas, caso
esta seja superior ao limite de ajuste, que é situação passível de ocorrer em quadros de
distribuição por exemplo. Para evitar tal, altera-se a configuração das lâminas bimetálicas

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ou utiliza-se uma lâmina bimetálica auxiliar influenciada apenas pela temperatura
ambiente. Este dispositivo também consegue sinalizar através da inserção de luzes,
alarmes ou até mesmo disponibilizar um sinal para o desarmamento de um disjuntor.

A quantidade de corrente que um relé térmico suporta pode ser ajustada no próprio
equipamento através de um disco que é ajustado manualmente.
Possui um botão de teste, para identificar se o componente irá funcionar em caso de
alguma anomalia (figura 5).

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VII. Contactos e Botões do Relé Térmico
Três Contatos principais, que recebem as fases, para alimentação da carga de um circuito
– A entrada de alimentação são identificadas como L1, L2, L3 ou 1, 3 e 5. A saída é
identificada por T1, T2 ou T3 ou 2, 4 e 6

Um contato auxiliar normalmente fechado – Nomeado como 95-96

Um contato auxiliar normalmente aberto – Nomeado como 97-98 (figura 6).

Figura 14- Relé térmico em circuito de comando

6 Legenda:
1 – Botão azul de rearme
automático ou manual
2 – Botão vermelho de teste
3 – Indicador amarelo
4 – Disco seletor
5 – Contactos
6 - Terminais

Figura 7- Pormenores relé térmico

Disco Seletor – Botão giratório para regular a corrente nominal da carga – Use uma chave
de fenda ou Philips para fazer o ajuste.
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Botão Vermelho de Teste – Inverte os contatos auxiliares 95,96 se pressionado.

Indicador Amarelo – Indicativo de falha – Se ele estiver levantado, indica uma falha no
sistema.

Botão Azul H ou A – Para ajustar se queremos rearme automático ou manual, e botão


RESET para rearmar o relé.

Terminais, para ser conectado a bobina de um contactor, quando queremos acoplar o relé
térmico a um contactor.

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VIII. Relés Térmicos (onde são utilizados):
Os relés térmicos são usados na proteção contra subcargas em circuitos de ligação de um
motor elétrico (figura 8). Habitualmente, são associados a contactores, sendo a proteção
contra curto-circuitos assegurada por fusíveis. Posto isto, é de calcular que em todas as
instalações onde haja um motor elétrico, existe um relé térmico para o proteger da
deterioração causada pelas subcargas (figura 9).

Figura 9- Relé Térmico com temporizador


Figura 15- Quadro elétrico

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IX. Dimensionamento do relé térmico

A corrente nominal do motor deverá ser compatível à do contator escolhido, pois caso
contrário não será possível realizar a sua montagem ao contactor.

Exemplo:

A corrente nominal do motor fornecido pelo fabricante é de 44A portanto, após


determinarmos o contatcor a utilizar, devemos encontrar um relé térmico compatível. Em
seguida, deve-se encontrar um em que a faixa de ajuste seja compatível à corrente
nominal. Já que In=44A escolhemos a faixa de ajuste de 40 a 57 (C). O modelo de relé
térmico escolhido é o RW67-2D (B) que, por sua vez, é compatível com o contactor
selecionado anteriormente (A

Figura 16- tabela de comparação

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Conclusão

O desenvolvimento do presente trabalho possibilitou a análise detalhada de todos os


pontos importantes acerca do tema em questão, o relé térmico. Permitiu ainda dar-nos a
conhecer todas as vantagens do seu uso em circuitos, o seu funcionamento, onde é mais
vezes aplicado, entre outros tópicos relevantes. Após o seu término, podemos referir que
conseguimos cumprir o objetivo a que nos tínhamos proposto, que era o aprofundamento
na íntegra do tema em questão.

Este trabalho foi muito importante para o enriquecimento dos nossos conhecimentos e
para o melhoramento/desenvolvimento das nossas competências de investigação,
organização e cooperação, enquanto grupo de trabalho.

Foi bastante interessante fazer a investigação de conteúdos acerca do tema, encontramos


inúmeras páginas web com informação e também alguns livros, isto talvez, devido à sua
enorme importância nos dias de hoje.

Para terminar, sugerirmos a leitura do livro “Sistemas de Proteção Elétrica” de José


Matias e Ludgero Leote, que tem inúmeras informações acerca de todo o tipo de
proteções, que podem ser usadas em circuitos elétricos para impedir as subcargas.

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X. Bibliografia

Manuais eletrotécnicos fornecidos pelo docente da disciplina de Aparelhagem Elétrica


(“Télémecanique”)

Sitografia:
Https://pt.wikipedia.org/wiki/Relé_térmico

Https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-e-um-rele-termico/

Http://files.seaan.com.br/200000832-bd485be430/Rele-Termico-Foto-Simbolo.png

Https://www.sicaeletric.com.br/wp-content/uploads/2012/01/rele-termico-752510.jpg

Https://ensinandoeletrica.blogspot.pt/2015/05/a-funcao-do-rele-termico.html

Https://www.youtube.com/watch?v=9DgAoEGOQYc

Http://electronicaindustrial.pt/material-electrico/categoria/40-contactor-e-termico

Https://www.saladaeletrica.com.br/dimensionamento-partida-direta-de-motores/

Https://www.ecured.cu/Relé_térmico

Http://2.bp.blogspot.com/-F-
vh9KtUL4c/VWpFaws_XVI/AAAAAAAACw0/tfBQG7NtE_4/s1600/Sem%2Bt%25C
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