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Economia A

Elsa Silva • Rosa Moinhos

Unidade 9

A Contabilidade
Nacional
Economia A 11.º ano
A Contabilidade Nacional

Noção de Contabilidade Nacional

Contabilidade Nacional

A Contabilidade Nacional representa, de uma forma quantificada e simplificada, as


operações económicas efetuadas pelos diferentes agentes económicos de um
país ou de uma região durante um determinado período de tempo.

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Funções da Contabilidade Nacional

▪ dar uma visão geral da economia de um


determinado país ou região;

▪ fornecer as informações necessárias sobre a

Funções evolução da economia;


da Contabilidade
Nacional ▪ proporcionar as informações necessárias
para se fazerem previsões e definirem
políticas económicas;

▪ estabelecer comparações internacionais.

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Funções da Contabilidade Nacional

Para isso, os Sistemas de


A Contabilidade Nacional
Contabilidade Nacional dos
fornece informações sobre a diferentes países têm de estar
atividade económica do país, o que uniformizados.
permite constatar a sua evolução
Fiabilidade das comparações
ao longo do tempo.
internacionais.

ajuda o Estado a fazer previsões e


A Contabilidade Nacional
a definir políticas económicas.

Atividade
pág. 27

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Conceitos necessários à Contabilidade Nacional

Na agregação e classificação dos centros de decisão, podem utilizar-se dois


critérios

Funcional Institucional

Agrupa os centros de decisão Agrupa os centros de decisão


de acordo com as funções de acordo com a autonomia
desempenhadas. na tomada de decisões.

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A Contabilidade Nacional

Conceitos necessários à Contabilidade Nacional

Unidades Institucionais

▪ unicidade de comportamentos;

▪ centros de decisão económica;

▪ autonomia de decisão no exercício da sua função principal


(capacidade de possuir ativos, contrair passivos e realizar
atividades e operações económicas com outras unidades).

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Conceitos necessários à Contabilidade Nacional

Unidades Institucionais

As unidades institucionais que apresentam

comportamentos económicos similares são integradas nos

mesmos setores institucionais.

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A Contabilidade Nacional

Conceitos necessários à Contabilidade Nacional

Setores Institucionais

Instituições
Sem Fim
Sociedades Sociedades Administrações Famílias Lucrativo ao Resto do
não Financeiras Públicas Serviço das Mundo
Financeiras Famílias
(ISFLSF)

https://www.bportugal.pt/pt-PT/Estatisticas/MetodologiaseNomenclaturasEstatisticas/AlteracoesMetodol%C3%B3gicas
SEC2010BPM6/Paginas/AlteracoesMetodol%C3%B3gicasSEC2010BPM6.aspx

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Conceitos necessários à Contabilidade Nacional

Setores Institucionais

Sociedades Sociedades Administrações


não Financeiras Públicas
Financeiras

Produzem bens e Prestam Produtores não mercantis


prestam serviços serviços cuja função principal é a
não financeiros. financeiros. redistribuição do
rendi-mento.

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A Contabilidade Nacional

Conceitos necessários à Contabilidade Nacional

Setores Institucionais

Instituições Sem Fim


Resto do
Famílias Lucrativo ao Serviço das
Mundo
Famílias (ISFLSF)

Consumidores e Unidades institucionais


Prestam serviços às
empre-sários (desde que não residentes que
Famílias e são produtores
a produção não seja feita efetuam operações ou
não mercantis privados.
por entidades possuem outros laços
considera-das quase económicos com
sociedades). unida-des residentes.

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A Contabilidade Nacional

Conceitos necessários à Contabilidade Nacional

Território Económico

Espaço geográfico em relação ao qual o país dispõe de direitos exclusivos, encontra-se


sob domínio económico de uma única administração pública.
Também engloba:

▪ o espaço terrestre e aéreo e ainda as águas territoriais;


▪ a plataforma continental;
▪ as zonas francas;
▪ os enclaves territoriais no estrangeiro, como embaixadas,
consulados e bases militares;

▪ os jazigos de petróleo ou de gás natural situados em águas internacionais,


cuja exploração é feita por unidades residentes no território.

Atividade
pág. 31

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A Contabilidade Nacional

Conceitos necessários à Contabilidade Nacional

Unidade que possui um centro de interesse


económico predominante no território económico
Unidade residente
de um país, isto é, quando realiza atividades
económicas neste território durante um período
prolongado de tempo (um ano ou mais).

Unidades residentes noutros territórios


económicos ou unidades que realizaram uma
Unidade não residente
atividade económica reconhecida no país por um
período inferior a um ano.

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A Contabilidade Nacional

Unidades de produção homogénea

Realizam um conjunto de operações


específicas e exclusivas, recorrendo a um
processo produtivo comum e produzindo
bens com caraterísticas semelhantes.

Ramos de atividade

Agrupam as unidades que exercem uma


atividade económica idêntica ou similar, tanto
as que produzem bens e serviços mercantis
Atividade como as que produzem bens e serviços não
pág. 33 mercantis.

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A Contabilidade Nacional

Óticas de cálculo do valor da produção

PRODUTO RENDIMENTO DESPESA

Soma Soma Soma


dos valores de todos os rendimentos de todas as despesas
acres-centados de obtidos no processo de finais realizadas.
todas as unidades produção de bens e
que produzem bens serviços (salários, juros,
e serviços. rendas e lucros).

Situação de
equilíbrio entre
PRODUTO = RENDIMENTO = DESPESA recursos e
empregos.

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Cálculo do valor da produção pela ótica do Produto

Contabilizar mais do que uma vez a mesma


produção, visto que uma parte dos
Problema da múltipla contagem
produtos, o consumo intermédio, é utilizada
para obter outros produtos.

Para ultrapassar este problema

Método dos Valores Acrescentados


Métodos de cálculo do valor do
Produto
Método dos Produtos Finais

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Cálculo do valor da produção pela ótica do Produto

Método dos Valores O Valor Acrescentado por cada unidade


Acrescentados
produtiva (VAB) corresponde à
Traduz o contributo que cada diferença entre o valor da produção
unidade produtiva tem para o realizada e o valor dos consumos
Produto, ou seja, a capacidade de intermédios utilizados para essa
criar riqueza. produção.

VAB = Valor da produção ─ Valor dos consumos intermédios

O valor do Produto será igual à soma dos Valores Acrescentados Brutos pelas diferentes
unidades institucionais.

Produto = Σ Valores Acrescentados Brutos das unidades institucionais

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Cálculo do valor da produção pela ótica do Produto

Método dos Produtos Finais


O valor do Produto obtido através do
Contabilização das vendas dos
Método dos Produtos Finais é igual
produtos de consumo final, ou seja,
ao valor do Produto obtido através do
não se consideram os bens de
Método dos Valores Acrescentados.
consumo intermédio.

Produto = Σ valor das vendas dos produtos finais

Atividade
pág. 37

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A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica do Produto

Produto Interno e Produto Nacional

Os conceitos de território económico e de unidade


residente permitem estabelecer a distinção entre PI e PN.

Produto criado num determinado território económico


Produto Interno
pelas unidades residentes e não residentes.

Produto criado pelas unidades institucionais

Produto Nacional residentes, independentemente do território


económico onde a produção foi efetuada.

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A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica do Produto

Produto Interno e Produto Nacional

Entre os países circulam fluxos de rendimentos do trabalho, da propriedade e da


empresa (rendimentos primários), pois na produção realizada num país podem ser
utilizados fatores de produção de não residentes e também podem ser utilizados fatores

de produção de residentes no estrangeiro.

Exemplo

Suponha o caso de uma empresa estrangeira (não residente) a operar em Portugal:


▪ o valor da produção é contabilizado no Produto Interno português, pois a produção foi criada no
território económico português;
▪ os lucros enviados para os proprietários residentes no estrangeiro não fazem parte do Produto
Nacional português, pois a empresa é não residente.

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica do Produto

PRODUTO NACIONAL = Produto Interno + Rendimentos do trabalho, da


propriedade e da empresa recebidos do Resto do Mundo – Rendimentos do
trabalho, da propriedade e da empresa pagos ao Resto do Mundo

OU

PRODUTO NACIONAL = Produto Interno + Saldo dos Rendimentos do trabalho, da


propriedade e da empresa com o Resto do Mundo

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica do Produto

Produto Bruto (PB) e Produto Líquido (PL)

Os custos associados à depreciação dos bens de


equipamento são contabilizados, prevendo-se uma
determinada duração dos mesmos, ou seja a sua vida
económica, ao longo da qual se reparte o seu preço de Consumo de Capital
Fixo (CCF)
substituição.

PL = PB – Consumo de Capital Fixo

PB = PL + Consumo de Capital Fixo

PB – PL = Consumo de Capital Fixo

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica do Produto

Produto a preços de mercado e Produto a custo de fatores

O preço a que o produto sai da empresa onde é produzido designa-se custo de


fatores.

O preço de venda do produto designa-se preço de mercado.


O Estado

• cobra impostos que recaem diretamente sobre o custo dos bens (IVA ou o imposto
sobre os produtos petrolíferos), repercutindo-se sobre o preço de venda dos bens,
aumentando o seu valor;

• concede subsídios à produção de alguns bens, o que se repercute no preço de


venda dos bens, reduzindo o seu valor.

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica do Produto

PIBpm = ΣVAB preços base + Impostos sobre produtos – Subsídios sobre os produtos

Se utilizarmos o PIB a custo de fatores, teremos:

PIBpm = PIBcf + Impostos indiretos – Subsídios à produção e aos produtos

PNBpm = PNBcf + Impostos indiretos – Subsídios à produção e aos produtos

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica do Produto

Produto a preços de mercado e Produto a custo de fatores

O Produto a preços de mercado inclui os impostos indiretos e não considera os subsídios


à produção.

Produto pm = Produto cf + Impostos sobre o produto (indiretos) – Subsídios à produção

Nota
As estatísticas apresentam o Produto valorizado a preços de base
(acrescenta ao custo de fatores os impostos líquidos de subsídios

Atividade ligados à produção, mas independentes da quantidade ou valor


pág. 41 produzida ou vendida).

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica do Produto

Produto a preços correntes e Produto a preços constantes

Os bens e serviços são valorizados aos preços


PIB a preços correntes
do ano em curso.

Os resultados obtidos através do cálculo do Produto a preços correntes não nos


permitem saber se a evolução do Produto se deveu a uma variação da quantidade
produzida ou a uma variação dos preços, apenas nos permitem observar a variação
nominal do Produto resultante de variações do preço e da quantidade produzida..

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica do Produto

Produto a preços correntes e Produto a preços constantes

Os bens e serviços são valorizados em diferentes anos

PIB a preços constantes utilizando os preços de um ano considerado como


base.

A utilização dos preços constantes permite eliminar o efeito da variação dos preços e
comparar a evolução das quantidades produzidas, ou seja, permite avaliar a variação real
(ou em volume) do Produto.

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica do Produto

PIB – preços constantes e preços correntes

O PIB a preços constantes


constitui um bom indicador
das variações das
quantida-des produzidas,
podendo ser utilizado para
comparar a evolução do PIB
entre períodos diferentes de
tempo.

Atividade PORDATA – Contas Nacionais


pág. 45 http://www.pordata.pt/Tema/Portugal/Contas+Nacionais-11

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica do Rendimento

O valor criado na produção é repartido pelos proprietários dos fatores produtivos que
nela intervieram: as Famílias, as Empresas, o Estado e outros agentes económicos.

▪ as remunerações do trabalho (Famílias): salários e vencimentos.

▪ as remunerações do capital: lucros, rendas e juros.


Excedente Bruto de Exploração

A soma dos rendimentos recebidos pelos trabalhadores e pelos


detentores do fator capital terá de ser igual ao somatório dos = PIBcf
VABcf.

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica do Rendimento

Rendimento Nacional Bruto = PIBpm + Saldo dos Rendimentos do trabalho, da


propriedade e da empresa com o Resto do Mundo

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica do Rendimento

PIB – Ótica do Rendimento – preços correntes (milhões de euros)

Rendimento Nacional Bruto = PIBpm + Saldo dos Rendimentos do trabalho, da


propriedade e da empresa com o Resto do Mundo

RNBpm = PNBpm
INE – Contas Nacionais
http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_cnacionais

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica do Rendimento

O Rendimento Disponível das Famílias corresponde ao Rendimento de que as Famílias


efetivamente dispõem para consumir e para poupar.

As Famílias recebem
▪ rendimentos da sua participação na atividade produtiva: salários, juros, rendas
e lucros
▪ transferências internas, como os subsídios do Estado (abonos ou pensões);
▪ transferências externas, como os rendimentos de familiares emigrados noutros
países.

As Famílias têm de pagar


▪ impostos ao Estado sobre os rendimentos primários e têm de efectuar
descontos para a Segurança Social.

Atividade
pág. 47

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Rendimento Disponível, Consumo e Poupança (taxa de variação em %)

INE, Destaque de 27 de dezembro de 2013, Orçamentos Familiares,


in www.ine.pt
Atividade
pág. 49

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica da Despesa

Traduz a forma como os intervenientes no processo produtivo aplicaram os seus


rendimentos.

Consumo (privado e público)

Investimento
Componentes
da Despesa
Exportações

Importações

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica da Despesa

Corresponde à despesa efetuada pelas unidades residentes


(Famílias ou Instituições Sem Fim Lucrativo ao Serviço das

Consumo Privado Famílias) na aquisição de bens e serviços que satisfaçam


diretamente as suas necessidades, com exceção da aquisição
de habitação.

Corresponde à despesa efetuada pelo Estado em produtos,


essencialmente serviços, que fornece de forma gratuita ou
Consumo Público
tendencialmente gratuita a todos os membros da coletividade
(educação, saúde, defesa e segurança).

Atividade
pág. 51

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica da Despesa

Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF)


Investimento
Variação de Existências (VE)

Despesas efetuadas pelas Empresas e pelo Estado na


aquisição de máquinas, edifícios e outro material a ser utilizado
Formação Bruta
no processo produtivo ou na satisfação das necessidades
de Capital Fixo
(FBCF) coletivas, incluindo ainda a compra de habitação própria por
parte das Famílias.

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica da Despesa

Variação de Existências (VE)

Diferença entre as entradas de existências (matérias-primas e


matérias subsidiárias, produtos e trabalhos em curso,
produtos acabados e bens destinados a revenda) e as saídas
e as perdas correntes de bens constantes das existências.

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica da Despesa

PIB e Procura Interna em volume (taxa de variação homóloga, em %)

Banco de Portugal
https://www.bportugal.pt/pt-PT/Estatisticas/PublicacoesEstatisticas/BolEstatistico/Publicacoes/A.pdf

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica da Despesa

Venda de bens e de serviços realizada pelas unidades


EXPORTAÇÕES
residentes desse país às unidades não residentes.

Aquisição de bens e de serviços realizada pelas unidades


IMPORTAÇÕES
residentes desse país às unidades não residentes.

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

PIB e procura Externa em volume (taxa de variação homóloga, em %)

Banco de Portugal, in http://www.bportugal.pt

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Evolução do PIB e de algumas componentes


2008=100

Banco de Portugal, in http://www.bportugal.pt

Atividade
pág. 53

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica da Despesa

Despesa Interna e Despesa Nacional

despesas realizadas pelas unidades residentes e não


Despesa Interna residentes em bens e serviços produzidos internamente.

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Despesa Interna e Despesa Nacional

Despesas realizadas por todas as unidades residentes e não

DESPESA NACIONAL residentes em bens e serviços produzidos por unidades


institucionais residentes, independentemente do território
económico onde a produção foi realizada.

Economia A 11.º ano


A Contabilidade nacional

Cálculo do valor da produção pela ótica da Despesa

Corresponde às despesas efetuadas pelas unidades residentes


na aquisição de bens e serviços produzidos exclusivamente no
Procura Interna
território económico do país.

Corresponde às despesas efetuadas pelas unidades residentes e

Procura Global não residentes na aquisição de bens e serviços produzidos


exclusivamente no território económico do país.

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Situação de equilíbrio entre recursos e empregos

O valor obtido no processo produtivo de um país, o Produto, é igual ao valor


distribuído pelos fatores intervenientes no processo produtivo, o Rendimento, e
este, por sua vez, é igual ao valor gasto pelos setores institucionais existentes
no país, a Despesa.

Atividade
pág. 55

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Limitações da Contabilidade Nacional

A Contabilidade Nacional apresenta algumas limitações, as quais se podem verificar a


dois níveis:

▪ recolha de informações para medição da atividade económica;

▪ leitura e interpretação dos resultados obtidos.

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Limitações da Contabilidade Nacional

▪ os registos utilizados apenas estimam os bens


e serviços transacionados no mercado;
Limitações na recolha
das informações
▪ as externalidades são tratadas de forma
deficiente.

A Contabilidade Nacional apenas regista a produção de bens e serviços para o mercado


e a utilização mercantil de fatores produtivos.

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Limitações da Contabilidade Nacional

A Contabilidade Nacional não contabiliza:

▪ a produção para autoconsumo: para consumo sem contrapartida de


pagamento;

▪ os produtos da economia informal: a produção de bens e serviços legais por


unidades que operam com pouca organização e em pequena escala;

▪ os produtos da economia subterrânea: produção de bens ou serviços legais,


deliberadamente não declarada, de modo a evitar o pagamento de taxas ou
impostos e o cumprimento de normas legais;

▪ os produtos da economia ilegal: produção, venda e distribuição de bens e


serviços proibidos por lei.

Atividade
pág. 57
Economia A 11.º ano
A Contabilidade Nacional

Limitações da Contabilidade Nacional

Contabilidade Nacional não


contabiliza a economia não
diretamente observada.

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A Contabilidade Nacional

Limitações da Contabilidade Nacional

O Instituto Nacional de Estatística de Portugal

(INE) tenta estimar o valor da produção «oculta»

de uma forma indireta, recorrendo a métodos

indiretos baseados em informação potencialmente

relacionada e em hipóteses, mais ou menos

fundamentadas, sobre o comportamento típico de

agentes representativos dessas atividades. A produção doméstica fica excluída do PIB.

Carlos Coimbra, Como se Calcula o PIB, in http://ffms.pt/xxi-ter-opiniao/artigo/408/como-se-calcula-o-pib

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A Contabilidade Nacional

Limitações da Contabilidade Nacional

Contabilidade Nacional também trata de uma forma deficiente as externalidades.

Externalidade - efeito (positivo ou negativo) que a atuação de um


determinado agente económico tem sobre o bem-estar de outros
agentes económicos, não estando esse efeito refletido no sistema de
preços.

▪ Externalidades positivas, quando delas resultam benefícios para a


sociedade.

▪ Externalidades negativas, quando delas resultam custos para a


sociedade ─ efeitos negativos.

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Limitações da Contabilidade Nacional

No cálculo do Produto não são contabilizadas as externalidades positivas e negativas.

O investimento em educação é um A poluição é um exemplo de uma


exemplo de uma externalidade positiva. externalidade negativa.

Atividade
pág. 59

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Limitações na interpretação dos resultados

O Produto apenas regista o que tem efeitos sobre as quantidades, os preços ou os


valores da produção.

Nem sempre o que tem maior valor


económico é o que mais contribui para
O Produto não traduz
satisfazer necessidades ou para garantir
efetivamente tudo sobre a
um maior nível de bem-estar.
qualidade de vida da
sociedade.
O Produto, sendo uma medida agregada,
pode esconder desigualdades na
repartição do rendimento e de acesso a
bens e serviços básicos.
Atividade
pág. 61

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

As Contas Nacionais portuguesas

Valor Acrescentado Bruto em volume (ano base = 2006)


(taxa de variação homóloga, em %)

INE, Contas Nacionais, in www.ine.pt

INE – Contas Nacionais


http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_cnacionais

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Evolução do PIB em volume


(taxa de variação homóloga, em %)

Banco de Portugal, Contas Nacionais, in www.bportugal.pt

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Consumo, Rendimento Disponível dos Particulares e taxa de poupança


(Taxa de variação homóloga, em %)

INE, Contas Nacionais, in www.ine.pt

INE – Contas Nacionais


http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_cnacionais
Economia A 11.º ano
A Contabilidade Nacional

Contributos para a variação percentual do Rendimento Disponível dos


Particulares (em p.p.)

INE, Contas Nacionais, in www.ine.pt

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

FBCF em volume
(taxa de variação homóloga, em %)

INE, Contas Nacionais, in www.ine.pt

Atividade
INE – Contas Nacionais
pág. 65 http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_cnacionais

Economia A 11.º ano


A Contabilidade Nacional

Composição da variação em volume do PIB


(taxa de variação homóloga, em %)

INE, Contas Nacionais, in www.ine.pt

Economia A 11.º ano

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