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CA-300
Conteúdo programático da
Certificação ABECIP Série CA-300,
requisito para correspondente
de crédito imobiliário.
FEV. 2020
Dica número 1:
Se você ainda não é nosso aluno nós criamos uma Playlist de Es-
tudos no nosso Canal do Youtube com diversas vídeo-aulas gra-
tuítas para auxiliar o seu estudo.
dica número 2:
Além da apostila e do Youtube, nós temos os maiores Simula-
dos Gratuitos para certificações do Brasil.
Sempre que você terminar um módulo de estudos, teste seus
conhecimentos, e se precisar, revise o conteúdo que você não
acertou.
dica número 3:
Temos também grupo de Estudos no Telegram! Acesse e com-
partilhe experiências com outros estudantes!
MÓDULO:
SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO - SFH 21
INTRODUÇÃO AO SFH 22
INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS DO SFH 23
ORIGEM DOS RECURSOS NO SFH 24
DIRECIONAMENTO DOS RECURSOS DO SFH 24
OPERAÇÕES SFH COM CET MÁXIMO DE 12% A.A 25
SFH - OPERAÇÕES COM TAXA DE MERCADO 26
REMUNERAÇÃO DA CADERNETA DE POUPANÇA 26
REMUNERAÇÃO CADERNETA DE POUPANÇA PARA PESSOA JURÍDICA 28
FGTS - FUNDO DE GARANTIA SOB O TEMPO DE SERVIÇO 28
AGENTE OPERADORES DO FGTS 29
AGENTE FINANCEIROS DO FGTS 30
TIPOS DE FINANCIAMENTO COM O FGTS 30
MÓDULO 3:
SISTEMA FINANCEIRO IMOBILIÁRIO - SFI 32
SFI - SISTEMA FINANCEIRO IMOBILIÁRIO 33
ENTIDADES DO SFI 33
CARACTERÍSTICA DAS OPERAÇÕES NO SFI 34
CERTIFICADOS DE RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS 35
COMPARAÇÃO ENTRE SFH E SFI 36
Apostila CA-300
sumário
MÓDULO 4:
GARANTIAS IMOBILIÁRIAS 37
GARANTIAS IMOBILIÁRIAS 38
PROPRIEDADE X POSSE 39
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA 40
PROCEDIMENTO DE COBRANÇA 41
HIPOTECA - DEFINIÇÃO E PROPRIEDADE 43
HIPOTECA - COBRANÇA E INADIMPLÊNCIA 43
FIANÇA 44
PENHOR E CESSÃO DE RECEBÍVEIS 45
MÓDULO 5:
PRODUTOS PARA PESSOA FÍSICA 47
MÓDULO 6:
SEGUROS E SEGURADORAS 69
MORTE E INVALIDEZ PERMANENTE 70
DFI - DANOS FÍSICOS AO IMÓVEL 71
RCC - RESPONSABILIDADE CIVIL DO CONSUMIDOR 71
LIVRE ESCOLHA DA SEGURADORA 72
SEGUROS E SEGURADORAS 73
MÓDULO 7:
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR/OUVIDORIA/ÉTICA 76
DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR 77
SOLIDARIEDADE DOS DANOS NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 77
VÍCIOS NA QUALIDADE E DISPARIDADE DA OFERTA 78
DIREITO DE RECLAMAR 79
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA 80
PUBLICIDADE DO PRODUTO OFERTADO 80
PRÁTICAS ABUSIVAS 81
CLÁUSULAS ABUSIVAS 83
COBRANÇA DE DÍVIDAS 84
PROTEÇÃO CONTRATUAL 85
SANÇÕES ADMINISTRATIVAS 85
INFRAÇÕES PENAIS 87
SAC - SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE 88
OUVIDORIA 89
ÉTICA NO ATENDIMENTO AO CLIENTE 90
Apostila CA-300
sumário
MÓDULO 8:
MATEMÁTICA FINANCEIRA 91
CONCEITOS DE JUROS 92
TAXA PROPORCIONAL X TAXA EQUIVALENTE 93
TAXA NOMINAL X TAXA EFETIVA 94
JUROS PRÉ FIXADOS X JUROS PÓS FIXADOS 95
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO 96
FUNDAMENTOS DA HP 97
CÁLCULO DO SALDO DEVEDOR EM TABELA SAC 128
REPACTUAÇÃO DO SALDO DEVEDOR EM FUNÇÃO
DE AMORTIZAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS NA TABELA SAC 132
ENTRE ESTES DOIS SISTEMAS, QUAL É A MELHOR ESCOLHA? 137
VALOR PRESENTE, VALOR FUTURO,
NÚMERO DE PERÍODOS E TAXA DE JUROS 159
NÚMERO DE PERÍODOS 168
TAXA DE JUROS 170
PAGAMENTOS PERIÓDICOS OU ANUIDADES 174
TAXA DE JUROS 183
TAXA EQUIVALENTE 186
TAXA NOMINAL VS. TAXA EFETIVA 198
JUROS PRÉ-FIXADOS X PÓS-FIXADOS 202
Módulo 1
Sistema Financeiro
Nacional - SFN
INTRODUÇÃO AO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
SFN é onde ocorre todas as transações financeiras ou monetárias dentro do Brasil. Para que
houvesse uma organização capaz de tornar as transações claras, em 1964 surgiu a lei 4.595/64
originando o Sistema Financeira Nacional, bem parecido com o que temos nos dias de hoje.
Essas transações ocorrem pela transferência de recursos entre os agentes, podendo esses
ser agentes superavitários ou agentes deficitários. Os agentes superavitários tem dinheiro
sobrando, dessa forma eles acabam emprestando para os agentes deficitários em busca
de juros. E do outro lado temos os agentes deficitários, são aqueles que possuem déficit
e precisam procurar recursos no sistema financeiro.
Você deve estar se perguntando quem faz essa intermediação entre superavitários e os
deficitários. A intermediação é feita pelas Instituições Financeiras (IFs).
Para ajudar você a compreender melhor vamos exemplificar. Uma pessoa que é agente
superavitário que tem dinheiro pra investir e comprar um CDB de uma instituição finan-
ceira. Já a instituição financeira por sua vez, vai emprestar esse dinheiro para um agente
deficitário, exemplo a M. Dias Branco, localizada na região Nordeste que precisa de capital
para ampliação de sua fábrica.
Então a M. Dias investe esse dinheiro, tem seus lucros e ela vai pagar o empréstimo de volta
para o banco com acréscimo de juros e por sua vez, o banco paga o agente superavitário
também com acréscimo de juros.
Mas como a Instituição Financeira ganha dinheiro? Então, acontece que ela vende os títulos
com uma taxa menor (exemplo 10% ao ano) ao agente superavitário e empresta dinheiro
a uma taxa maior (exemplo 15% ao ano) ao agente deficitário. Assim, tendo um lucro de
5% ao ano sobre a operação. Essa diferença é conhecida como SPREAD BANCÁRIO, uma
das principais formas das instituições financeiras fazerem dinheiro no mercado financeiro.
Banco
Cooperativas
de Crédito
Banco Central do Brasil
CNM: Conselho DTVM/CTVM
Monetário Nacional Demais Instituições
Financeiras
Comissão de Valores
Bolsa de Valores
Mobiliários
Entidade Aberta
CNPS: Conselho Nacional Seguradoras e
Susep de Previdência
de Seguros Privados Resseguradoras
Complementar
⯀ ÓRGÃOS REGULADORES:
◇ CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL (CMN): ele é órgão MÁXIMO do SFN. Ele que vai
ditar todas as regras, políticas monetárias e do crédito, com o objetivo de alcançar a
estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social do País. Este con-
selho é composto pelo Ministro da Economia - Presidente do Conselho, Ministro do
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e o Presidente do Banco Central do Brasil.
⯀ ÓRGÃOS SUPERVISORES:
◇ BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN, BCB OU BC DO B): este órgão funciona
como um banco dos bancos. Ele é quem autoriza e fiscaliza o funcionamento das
outras instituições financeiras.
◇ COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM): órgão responsável por fiscalizar
tudo que está relacionado a valores mobiliários.
⯀ ÓRGÃO REGULADOR:
◇ CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (CNSP): Órgão máximo referente
a seguros e como tal, vai ditar todas as regras sobre o mercado de seguros.
⯀ ÓRGÃO SUPERVISOR:
◇ SUSEP (SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS): Supervisionar o mercado
e fazer cumprir as regras da CNSP. Responsável pelo controle e fiscalização dos
mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro.
⯀ ÓRGÃOS OPERADORES:
◇ Seguradoras;
◇ Resseguradoras - Fazem o seguro das seguradoras;
◇ Sociedade de Capitalização;
◇ Entidades abertas de previdência complementar (E.A.P.C.);
◇ Corretoras de seguro.
E para o bom funcionamento, o sistema de planos de pensão também possui sua estrutura
dividida em 3 partes, sendo elas:
⯀ ÓRGÃO REGULADOR:
◇ CNPC (CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR): Órgão máximo
que dá as regras, diretrizes e políticas para o mercado seguir, tem função de regu-
lar o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de
previdência complementar.
⯀ ÓRGÃO SUPERVISOR:
◇ PREVIC (SUPERINTENDÊNCIA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR): fiscalizar e
supervisionar as entidades fechadas de previdência complementar e de executar
políticas para o regime de previdência complementar.
⯀ ÓRGÃOS OPERADORES:
◇ PLANOS DE PENSÃO (ou ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR):
são instituições criadas para o fim exclusivo de administrar planos de benefícios
de natureza previdenciária, patrocinados e/ ou instituídos.
Sua estrutura organizacional é dirigida por 9 membros, sendo eles: o presidente e oito
diretores, cada um responsável por uma diretoria específica. Todos os membros da direto-
ria colegiada são nomeados pelo presidente da República, entre brasileiros de reputação
incorrupta e notória capacidade em assuntos econômico-financeiros, após aprovação pelo
Senado Federal. Lembrando que hoje em dia (1° semestre de 2019), temos 7 diretores, pois
um desses ocupa duas diretorias.
Funções do BACEN:
⯀ EMITIR papel moeda: CMN vai autorizar, BACEN vai emitir e a CASA DA MOEDA vai
fabricar o papel moeda, com o objetivo de cumprir as políticas monetárias definidas;
⯀ EXECUTAR serviços de meio circulante: recolher papel moeda ou moedas físicas
que não estão mais em condições de circulação, destruí-las e substituí-las por novas.
Lembrando que a digitalização da moeda diminui os custos de serviços e torna mais
seguro os processos, contra ações fraudulentas;
⯀ DETERMINAR recolhimento do depósito compulsório: estipula qual a porcentagem
do depósito compulsório, mediante aos depósitos feitos pelos clientes dos bancos;
⯀ RECEBER o depósito compulsório: os bancos realizam o depósito compulsório
para o BACEN;
⯀ REALIZAR as operações de redesconto: é um empréstimo feito pelo BACEN para os
bancos. Quando o banco precisa de dinheiro e não encontra no mercado financeiro,
acaba procurando este recurso;
⯀ EXERCER o controle do crédito em todas as formas: diversas resoluções do BACEN
que irão orientar como as IF’s devem se operar no mercado de crédito;
⯀ EFETUAR o controle do capital estrangeiro: executa as políticas cambiais estipuladas
pela CMN. Pode atuar diretamente no mercado, comprando e vendendo moeda
estrangeira de forma ocasional e limitada, com o objetivo de conter movimentos
desordenados da taxa de câmbio;
⯀ SER o fiel depositário das reservas de ouro: reservas de ouro da união estão sob
custódia do BACEN;
Lembrando que aqui tratamos sobre depósito compulsório, redesconto e open market que
são formas de política monetária realizadas pelo BACEN, como forma de controlar o mercado.
Mas o que são valores imobiliários? Se determinado título for considerado um valor mobi-
liário, significa dizer que ele deve se sujeitar às regras e à fiscalização da Comissão de
Valores Mobiliários. Pra te ajudar a identificar, são valores mobiliários: AÇÕES, DEBÊNTURES,
FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO E OS CERTIFICADOS DE RECEBÍVEIS (ADR’S E
BDR’S) e NÃO são valores mobiliários os T.P.F (Títulos Públicos Federais).
Vamos entender um pouco quais são os OBJETIVOS DA CVM e porque ela é importante
para o mercado financeiro:
Agora, vamos ver o que a CVM autoriza, fiscaliza e penaliza diante de sua autarquia:
⯀ AUTORIZAÇÃO:
◇ Emissão de valores mobiliários;
◇ Distribuição de valores mobiliários;
◇ Mediação de valores mobiliários: corretagem pelas CTVM’s ou DTVM’s.
⯀ FISCALIZAÇÃO:
◇ Registros contábeis;
◇ Informações de órgãos públicos;
◇ Republicação de dados: balanço divulgado pela empresa está incorreto, CVM irá
obrigar a republicação agora com os dados corretamente informados;
◇ Apurar atos ilegais: apuração mediante inquérito legal, sendo detectado ilegali-
dade, haverá penalidade.
⯀ PENALIDADES:
◇ Advertências;
◇ Multa;
◇ Suspensão do registro: PJ ou PF executa um ato ilegal e fica um período sem poder
negociar valores mobiliários;
Os bancos possuem carteiras, para que possam atender as demandas do mercado, segue elas:
⯀ BANCOS COMERCIAIS:
◇ Fornecer crédito a curto e médio prazo para todos os setores da economia (indús-
tria, comércio, PFs e PJs, serviços, varejo);
◇ Captação de recursos através do depósito à vista (conta corrente);
◇ Captação de recursos através de depósitos a prazo: CDB, Letra Financeira;
◇ Aplicação de recursos através de desconto de títulos;
◇ Abertura de crédito simples em conta corrente: cheque especial;
◇ Operações de crédito rural, câmbio e comércio internacional; e
◇ Prestação de serviços: cobrança bancária, arrecadação de tarifas e tributos públicos, etc.
⯀ BANCOS DE INVESTIMENTO:
◇ São responsáveis por fomentar os investimentos a médio e longo prazo para pes-
soa física e jurídica. Em outras palavras, são responsáveis por conceder crédito a
médio e longo prazo;
◇ Ajudar na emissão de ações e debêntures;
◇ Captação de recursos através de depósito a prazo;
◇ Administração de fundos de investimentos;
◇ Administração de recursos de terceiros;
◇ Abertura de capital e subscrição de novas ações de uma empresa (IPO e underwriting);
◇ Conceder empréstimo para fins de capital de giro;
◇ Financiamento de capital de giro e capital fixo;
◇ A subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários;
◇ A distribuição de valores mobiliários;
⯀ BANCOS MÚLTIPLOS:
◇ Obrigatório ter no mínimo a carteira do banco comercial ou banco de investi-
mento e uma outra carteira qualquer, disposta no mercado (lembrando que
temos as Sociedades de Crédito Imobiliário, Sociedade de Crédito Financiamento
e Investimentos, Banco de Desenvolvimento e Banco de Arrendamento Mercantil);
◇ Cada carteira deverá ter seu CNPJ único; e
◇ Podem publicar em um único CNPJ (do Banco Múltiplo) o balanço de todas as
carteiras, para facilitar ao investidor obter os dados totais.
CAPTAÇÃO DE RECURSOS:
Certo, as instituições agora possuem capital para conceder crédito. Mas elas fornecem
esses recursos para quem?
⯀ Construção de habitações;
⯀ Crédito para construção de casa própria;
É IMPORTANTE:
OBJETIVO:
⯀ Concessão de crédito por financiamento imobiliário, podendo ser tanto para o crédito
comercial, quanto para o crédito residencial. São caracterizadas por ter uma garantia forte,
pois ao ser cedido um crédito, estará atrelado a uma hipoteca ou alienação fiduciária do
imóvel. Então, caso o cliente não pague a companhia hipotecária, ela irá tomar o imóvel.
CAPTAÇÃO DE RECURSOS:
COMPOSTO POR:
Abaixo, vamos visualizar o organograma do SFH para ficar mais fácil o entendimento do
Sistema Financeiro da Habitação:
Recolhimento
compulsório → FGTS ↘
do trabalhador HABITAÇÃO POPULAR
(programas governamentais
de incentivo à moradia)
→ Cardeneta de ↗
Depósito voluntário
das famílias poupança
⯀ LH - Letras Hipotecárias;
⯀ LCI - Letras de Crédito Imobiliário;
⯀ CRI - Certificado de Recebíveis Imobiliários;
⯀ LIG - Letra Imobiliária Garantida.
⯀ Lembrando que 80% da caderneta de poupança são destinados a SFH, sendo que 65%
desses 80% são com CET (custo efetivo total) máximo de 12% ao ano. Para se enquadrar
no SFH, o valor do imóvel no financiamento é de no máximo R$ 1,5 milhão em todas
as regiões do país..
⯀ SEGUROS:
◇ MIP (morte e invalidez permanente);
◇ DFI (danos físicos ao imóvel);
◇ RC do Consumidor (Responsabilidade Civil do Consumidor).
⯀ Taxa de Administração do contrato (máximo R$25,00 por mês);
⯀ Custo de Análise de Proposta (ocorre uma única vez, quando está se contratando o
financiamento - máximo de R$100,00);
⯀ % de remuneração da poupança (após SET/2006).
Veja que temos também o Valor Máximo Financiável (V.M.F) para o financiamento pelo SFH:
⯀ 80% do valor do imóvel na Tabela PRICE (quando todas as parcelas são iguais);
⯀ 90% do valor do imóvel na Tabela SAC (quando as parcelas têm preços decrescentes).
E agora, vamos identificar as regras de utilização deste financiamento pelo SFH, com
CET máximo de 12% ao ano:
⯀ Aquisição de imóveis novos ou atualizados;
⯀ Construção de imóveis residenciais para pessoa física;
⯀ Construção de imóveis residenciais para pessoa jurídica com valor médio das unidades
dentro da faixa (valores máximos dos imóveis para financiamento, como vimos acima);
⯀ Retrofit de imóvel comercial para residencial (retrofit é o nome que damos para uma super
reforma do imóvel, em que é na maioria das vezes mantido só a estrutura e reformando
toda a parte interna, o fazendo deixar de ser comercial e se tornando residencial);
⯀ Obras de infraestrutura de imóveis residenciais.
Agora vamos detalhar abaixo como funciona as operações com taxa de mercado:
⯀ Imóveis com avaliação superior ao teto do SFH: ou seja, imóveis com valor acima do
teto apresentado nas operações no SFH com CET máximo até 12% ao ano;
⯀ Atende também imóveis comerciais.
IMPORTANTE: Os recursos não utilizado deverão ser recolhidos ao BACEN até o dia
15 do mês subsequente (serão remunerados em 80% do rendimento da poupança).
RENTABILIDADE:
⯀ Data de aniversário: refere-se ao dia em que que o dinheiro foi aplicado na poupança.
Esta rentabilidade é mensal, isto é, paga juros ao investidor somente 1 vez por mês. Se
o dinheiro for sacado antes do aniversário, não terá rendimento. Vou te dar um exem-
plo - se o investidor colocou o dinheiro na Poupança no dia de 10 fevereiro, receberá
sua rentabilidade no dia 10 de março e nos meses subsequentes. Uma observação a
essa regra: poupanças com depósito inicial nos dias 29, 30 e 31 farão aniversário no
dia 01 do mês subsequente ao próximo mês da aplicação;
⯀ Multi-data: cada data que é aplicado na poupança, significa que terá seu próprio dia
de rentabilidade. Ou seja, melhor explicando: eu depositei no dia 10/03, 14/03 e 27/03.
RENTABILIDADE:
Lembrando que o FGTS é de fato um fundo, logo não possui uma estrutura própria para
administração e distribuição de recursos. Dessa forma, as responsabilidades do FGTS são
divididas com quatro órgãos. Eles são:
⯀ Gestão das aplicações (para onde vai os recursos) - Ministério das Cidades;
⯀ Fiscalização - Ministério da Economia (já que o Ministério do Trabalho e Emprego foi
dividida e incorporada em outros ministérios, um deles o da Economia - responsável
pela fiscalização dos recolhimentos e fiscalização do direcionamentos dos recursos);
⯀ Cobrança pela PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional) - efetua a cobrança
os recursos não pagos ao FGTS; e
⯀ Atividades operacionais pela Caixa Econômica Federal (CEF) - gerenciamento dos
recursos, que estará pagando, recebendo, transferindo os recursos para os destinatários.
⯀ Controle e manutenção das contas: veja que todos os trabalhadores com carteira assinada
têm uma conta no FGTS em que recebem seu direito trabalhista. Com isso, existe na CEF todo
uma estrutura que permite o recebimento dos recursos e o repasse para as contas individuais;
Com todo este montante que a CEF concentra mediante ao FGTS, a Caixa acaba possuindo os
PROGRAMAS DA CAIXA, sendo que um deles é o Sistema de Financiamento habitacional (S.F.H).
⯀ Repasse dos recursos: IF’s recebendo o repasse da Caixa ou enviando o recursos para a Caixa;
⯀ Interveniente (quando o trabalhador usa o FGTS para):
◇ Nas compras de imóveis prontos ou na planta - quando o indivíduo vai num banco
para financiar um imóvel pelo SFH, utilizando o saldo do FGTS, a instituição inter-
veniente de sua escolha receberá os recursos, repassando para a construtora e o
valor será debitado de sua conta do FGTS;
◇ Amortização e quitação de financiamentos no S.F.H - passou-se dois anos e eu
tenho saldo no FGTS para realização da amortização ou quitação do financiamento
em aberto, a instituição novamente atua como interveniente.
APOIO A PRODUÇÃO:
PRÓ-MORADIA:
PRÓ-COTISTA:
⯀ Deverá possuir pelo menos 3 anos de contribuição no FGTS e ter saldo na conta do
fundo de no mínimo 10% do valor do imóvel.
Aqui vale destacar também, que a garantia utilizada é a alienação fiduciária, onde pode ocor-
rer a retomada do imóvel em caso de inadimplência, e visa maior segurança às instituições
financeiras, permitindo que os investidores tenham mais acessos ao mercado financeiro.
ENTIDADES DO SFI
Temos aqui duas modalidades de entidades que participam do Sistema de Financiamento
imobiliário, sendo elas as ORIGINADORAS DE CRÉDITO e as PARTICIPANTES ADICIONAIS.
⯀ PARTICIPANTES ADICIONAIS:
◇ Prestadores de serviço: como os correspondentes bancários;
◇ Agentes fiduciários: representam os investidores no CRI;
◇ Instituições custodiantes: IFs que custodiam os títulos e valores imobiliários;
◇ Agências de Rating: essas dão notas de crédito a um título de crédito;
◇ Seguradoras;
◇ B3 (antiga CETIP): local em que os títulos são negociados e liquidados, como o CRI;
◇ CVM (Comissão de Valores Mobiliários): fiscaliza toda a questão dos valores
mobiliários no mercado.
PRINCIPAL CARACTERÍSTICA:
Vimos características que definem bem o SFI sobre seus aspectos, mas agora pra que
serve ele? Vamos esclarecer!
⯀ Imóvel em processo de incorporação: se o imóvel ainda não está pronto, este pode
ser adquirido por meio do SFI;
⯀ Compra e venda de imóveis com a construtora;
⯀ Leasing imobiliário: uma espécie de aluguel de um imóvel, podendo em um certo
período comprá-lo, caso queira;
⯀ Financiamentos imobiliários em geral.
Para não ficar dúvidas, vamos entender melhor o que significa a palavra securitizadora. O termo
securitizadora vem do inglês securities que significa título. Ela é uma empresa que emite títulos
no mercado. Ou seja, ela compra a carteira de crédito de um banco e emite títulos no mercado
para os investidores. Deixando ainda mais simples: a securitizadora é quem antecipa a carteira
de crédito dos bancos, pagando à vista para o banco e recebendo a prazo dos tomadores.
Voltamos, então, para o CRI. Esse título é emitido por uma securitizadora. Em linhas gerais,
imaginamos que a securitizadora tenha comprado uma carteira de crédito imobiliário de
um banco no valor de R$ 500.000.000,00. Essa compra é, para o banco, uma antecipação
de um fluxo de caixa futuro e, para a securitizadora, um pagamento à vista.
A pergunta que fica é: de onde a securitizadora vai tirar essa grana toda para pagar o
banco? Se você respondeu “do mercado financeiro”, você acertou. A securitizadora emite
um título chamado CRI.
Um CRI é um título de valor mobiliário, portanto tem de ser objeto de oferta pública com
autorização da CVM para ser ofertado ao mercado, exceto se for ofertado exclusivamente
para investidor qualificado.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:
PRAZO MÁXIMO DE Até 35 anos com a última parcela paga até quando
FINANCIAMENTO o proponente completar 80 anos e 6 meses.
FINANCIAMENTO
S.F.H. S.F.I.
PELA TAXA IPCA
LEGISLAÇÃO Lei n° 4.380/64 Lei n° 9.514/97
Livremente nego-
TAXA DE JUROS CET. máximo de 12%; Taxa de mercado.
ciada entre as partes.
PRAZO MÁXIMO DE Até 30 anos com a última parcela paga até quando
FINANCIAMENTO o proponente completar 80 anos e 6 meses.
⯀ Hipoteca;
⯀ Alienação;
⯀ Cessão fiduciária de direitos creditórios com alienação;
⯀ Cessão fiduciária de direitos creditórios em casos de compra e venda de imóveis.
Antes de tudo, precisamos evidenciar alguns pontos importantes sobre este capítulo,
para que no desenvolvimento do conteúdo não haja confusão sobre conceitos, podendo
atrapalhar seu compreendimento do todo. Então, vamos lá!
PROPRIEDADE:
POSSE:
Uma forma mais fácil de compreender esses dois conceito é num contrato de aluguel. É pro-
prietário de um imóvel, aquele que está recebendo o aluguel e quem tem a posse do imóvel
é o locatário. Como o proprietário tem direito real sobre o imóvel, ele pode solicitar ao locatário
a posse de volta de seu imóvel tanto para locar para outra pessoa, quanto para outros fins.
Ficou mais fácil de compreender, né? Resumindo, a garantia é o próprio imóvel que está
sendo financiado. Já o comprador tem apenas posse do imóvel e a instituição, que cede
o financiamento, tem propriedade sobre a garantia.
PROPRIEDADE X POSSE
Para compreender melhor alienação fiduciária há uma grande importância em entender
a diferença entre o que é propriedade e o que é posse.
PROPRIEDADE:
⯀ O indivíduo que possui propriedade do imóvel, ele tem direito pleno. Isso quer dizer
que todos os direitos são do proprietário e somente este tem exclusividade de usar,
desfrutar e dispor, desde que seja para sua comodidade.
POSSE:
⯀ O exercício dos poderes da propriedade é BIPARTIDA, porque vai ter a posse direta
e a posse indireta, sendo constatado no registro de imóveis. Então, ao ser comprado
um imóvel por financiamento, estará no registro na matrícula do imóvel que ele
está alienado fiduciariamente a uma instituição financeira XPTO, durante o prazo de
contrato que manterá a validade da bipartida direta e indireta.
No contrato temos:
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA
Existem quatro tipos de garantia para financiamento imobiliário, sendo eles: alienação
fiduciária, hipoteca e cessão de direitos, que se dividem em duas formas.
Vamos iniciar pela alienação fiduciária, em que nela você tem direito real de garantia. Para
que isso ocorra, tem que existir duas partes: o devedor e o credor.
DEVEDOR:
Lembrando de que:
⯀ Não pode ser utilizado como garantia (já está sendo usado como garantia para o
próprio financiamento);
⯀ Não pode vender o bem sem a quitação do financiamento (caso venda o imóvel,
o.devedor deverá quitar o financiamento com o valor recebido e somente o que
sobrar terá de lucro na negociação).
É nada mais, nada menos que a instituição financeira. É quem possui posse indireta do imóvel,
por ter direito real de garantia do bem pela alienação fiduciária no registro de imóveis.O credor
não irá usufruir do bem, ou seja morar no imóvel financiado pelo devedor e somente estará
tornando o devedor como proprietário do imóvel, quando houver a quitação do financiamento.
Lembrando de que:
⯀ Valor da dívida;
⯀ Prazo;
⯀ Taxa de juros;
⯀ Cláusula de alienação fiduciária;
⯀ Cláusula de usufruto do devedor;
⯀ Cláusula de venda em leilão no caso de inadimplência;
⯀ Cláusula de procedimentos de leilão;
PROCEDIMENTO DE COBRANÇA
Os procedimentos de cobranças são efetuados quando o cliente que realizou o financia-
mento tem dívida vencida e não paga. Dessa forma, constituindo mora, que acontecerá após
a carência contratual (exemplo: você ter 10 dias para regularizar sua dívida, antes de entrar
em mora), o credor irá requerer ao oficial do registro uma notificação para o devedor regu-
larizar a situação em até 15 dias. Além de que será agregado ao valor em atraso os encargos
legais e despesas correlatas (como as custas de protesto, geradas pelo órgão responsável).
Depois que o devedor recebe a notificação, pode ocorrer dois caso: pagamento efetivado
ou pagamento não efetivado.
CARACTERÍSTICAS:
⯀ Hipoteca é uma garantia menos sólida do que a alienação fiduciário, porque não
tem a propriedade do imóvel. Devido a este fato, a execução é mais complexa, pois
exige o ajuizamento da ação de cobrança;
⯀ O hipotecante pode vender o bem e depois repassar o valor para o hipotecário;
⯀ Na hipoteca pode ser constituída uma nova garantia sob o bem hipotecado: você
tem um bem hipotecado para receber um empréstimo, e também pode usá-lo para
servir de garantia em uma locação de algum imóvel em caso de locação imobiliária.
Para facilitar aos seus estudos e tirar todas as suas dúvidas, abaixo segue uma ideia de
diferenças sobre alienação fiduciária e hipoteca:
COBRANÇA JUDICIAL:
⯀ Ajuizamento da ação: juntamente com um advogado, abrir uma ação para entrar na
justiça para cobrar a hipoteca;
ADJUDICAÇÃO DO BEM:
FIANÇA
Fiança é mais uma forma de garantia que podemos dar em nossas negociações, muito
conhecida nos processos de locação de imóveis. Nesta garantia é necessário que exista
um fiador, uma pessoa que assuma a responsabilidade de pagar débitos de um terceiro,
caso este não consiga cumprir com suas obrigações junto a empresa que estiver prestando
serviço. Ou seja, a garantia é pessoal. É necessário que seja expresso no contrato vigente
que o fiador se declara como responsável, pois a fiança é regulamentada pelo código civil.
Essa garantia se difere das outras duas que abordamos nas páginas anteriores, a alienação
fiduciária e a hipoteca. Nestas duas, a garantia é real. Isso quer dizer que há um bem, um
patrimônio como garantia.
⯀ A primeira cobrança será feita para o devedor, somente DEPOIS será cobrado o fiador;
⯀ Havendo mais de um fiador, a responsabilidade é solidária (todos respondem pelo
total da dívida);
⯀ Para um fiador casado (exceto separação de bens - regime em que o patrimônio
pertence a apenas um deles) a assinatura do cônjuge é obrigatória.
PENHOR:
⯀ Uma forma de garantia por bens móveis (jóias, peças de arte…);
⯀ Ocorre a transferência do bem, em que a posse fica com o credor.
Agora vamos ver a última forma de garantia neste módulo para financiamento de imóvel:
CESSÃO DE RECEBÍVEIS:
⯀ Espécie de penhor de crédito (títulos);
⯀ Faz-se necessária a notificação do cliente do devedor (com anuência do comprador do
imóvel).
◇ Ou seja, funciona assim: temos um comprador de imóvel que negocia com uma cons-
trutora. Como a construtora precisa se capitalizar para ter dinheiro em curto prazo, ela
vai fazer uma cessão de recebíveis com esta dívida do comprador do imóvel com um
banco. Este banco tendo garantia, empresta para a construtora dinheiro correspondente.
Finalizando, quem paga a dívida é o comprador do imóvel a construtora, que por sua vez
repassa valores ao banco. É necessário a anuência do comprador - a aprovação da cessão
de recebíveis - porque os títulos passarão a ser a favor do banco.
⯀ Não pode ser negociado imóveis que já estão com financiamento em aberto.
◇ Para negociar um imóvel financiado é necessário quitar o financiamento anterior
e a instituição financeira, que vai possuir o crédito, será chamada de interveniente
quitante que estará liberando o imóvel para uma nova alienação do imóvel, pois
recebeu todo o dinheiro e quitando o financiamento anterior.
Agente capaz: se a pessoa possui mais de 18 anos, ou se tiver 16 anos, ela deve ser eman-
cipada, e se este cidadão está plenamente capaz de assinar por seus direitos, ou seja, não
deve estar interditada judicialmente.
Objeto Lícito: obviamente e por senso comum sabemos que nada que seja relacionado a
pirataria ou drogas é possível realizar um contrato. A mesma situação acontece com um
imóvel, que deve estar quitado e regularizado para a realização de um contrato.
De acordo com a lei: se determinado processo não estiver dentro da lei, não é possível
fazer seu encaminhamento, tanto que qualquer contrato que esteja fora do regulamento
a lei se sobrepõe.
Sabemos que é sempre importante haver observância em todas as regras e suas pontu-
ações para o bom controle e andamento de um contrato. Bem como a obrigatoriedade
de alguns documentos necessários que devem ser:
⯀ RG e CPF;
⯀ Comprovação do Estado Civil com apresentação de certidão de nascimento, casado,
viúvo ou separado;
⯀ Certidão Negativa do INSS e da Receita Federal se for trabalhador rural;
⯀ Procuração de representação de terceiros, obrigatória a apresentação em caso de
dar direito a outra pessoa lhe representar, já vista no início do curso;
É importante lembrar que cada I.F (Instituição Financeira) possui sua política de crédito,
pois ela administra o seu dinheiro da forma que ela achar necessário e ideal. Vale ressaltar
que análise de crédito em qualquer I.F ou empresa relacionada ao crédito leva em consi-
deração o que chamamos de 5 C´s do Crédito:
1. Caráter: é uma forma de intenção da honra de seus compromissos. E para realizar isto
é necessário olhar a situação passada da pessoa através de empresas de proteção ao
crédito que aqui no Brasil são o SPC, Serasa e o Boa Vista, que possuem um histórico
de crédito e inadimplência, e medem a capacidade e a idoneidade do proponente.
2. Capacidade: forma como o indivíduo pode honrar a dívida, onde geralmente o com-
prometimento máximo da renda é de 30% dos participantes, podendo se compor a
renda com os outros participantes. Ou seja, se houver mais de um participante, ambos
terão que comprometer 30% de sua renda de comprometimento para honrar a despesa.
3. Capital: este C significa o patrimônio do cliente, que está ligado ao que ele possui,
por exemplo, quando vamos fazer uma proposta ao cliente indispensável perguntar
se ele possui, imóvel, carro ou aplicações financeiras, pois a partir destas questões
será possível analisar o potencial do cliente.
4. Colateral: é a garantia oferecida, no caso da CA 300, CA 400 e CA 600, como falamos
muito de imóveis, é óbvio dizer que a garantia será o imóvel que está sendo financiado.
5. Condições: é o ambiente econômico, onde será analisada qual é a perspectiva de
mercado, onde temos noção de geração de emprego, e até mesmo se as taxas de
juro tendem a subir ou descer.
⯀ M.I.P: por morte ou invalidez permanente, que cobre o pagamento total da dívida
do financiamento, por não possuir mais renda para pagá-lo.
⯀ D.F.I: por danos físicos ao imóvel, pois se um indivíduo reside em um sobrado
financiado e um possível acontecimento da natureza danifica ele, por ser um finan-
ciamento é importante possuir um seguro para estes danos.
No momento que falamos de seguro, já sabemos que ao contratar ele é por causa de
algum risco que corremos, então os seguros estão ali para nos proteger de algum risco
que possa acontecer. E estes riscos são para proteger tanto o proponente contratante
quanto a instituição financeira, então vejamos estes riscos possíveis:
⯀ I.F: para a instituição protegerá da perda de garantia, pois se algo acontecer com o imóvel
a instituição perde esta defesa, no caso de D.F.I. E irá proteger pelo não recebimento da
dívida, no caso do M.I.P., pois em caso de falecimento não haverá mais o pagamento;
⯀ PROPONENTE: neste mesmo contexto protege o contratante do financiamento, que
⯀ pode haver danos ao imóvel, no caso de D.F.I e para perda de herança, pois em caso
de falecimento do proponente os filhos não precisaram pagar pelos custos restantes
do financiamento, mas sim eles ficaram com o imóvel.
ANÁLISE DO IMÓVEL
Iremos iniciar nossos estudos nas análises dos imóveis, e será preciso que este conteúdo seja
dividido em duas partes, sendo a primeira a Avaliação e em segundo momento a Avaliação
Jurídica.
⯀ AVALIAÇÃO: todo imóvel deve obrigatoriamente passar por uma avaliação técnica
por um profissional capacitado que são duas pessoas:
◇ Engenheiro;
◇ Arquiteto;
É válido ressaltar que o corretor do imóvel não pode realizar esta avaliação, e os profissionais
não devem ter vínculos com a I.F, assim evitando o conflito de interesses. E é chamada de
técnica principalmente por é constata vícios e coisas que podem prejudicar a conservação
do imóvel.
Realizada a avaliação é feito um documento, pois tudo deve estar registrado e docu-
mentado, e nele deve conter:
⯀ Metodologia comparativa de preços, isto é, quais imóveis foram usados e seus valores
para a comparação de preços;
Este avaliador vai olhar primeiramente dois documentos essenciais para conferir se não
há desigualdade com a avaliação técnica realizada que são:
⯀ Carnê do I.P.T.U;
⯀ Matrícula do Imóvel;
⯀ Liquidez do Imóvel - se um móvel valer mais de 1 milhão de reais é muito mais difícil
do que vender um imóvel como um quitinete;
⯀ Valor máximo a ser financiado (L.T.V);
⯀ Comparação desta avaliação desta avaliação com o valor da prefeitura - como já mencio-
nado é necessário analisar a Matrícula do Imóvel para não haver diferenças de avaliação;
⯀ Identificação do tipo de imóvel - aqui é realizada uma visita presencial, quando os avalia-
dores vão ao imóvel para classificar se ele de fato é um local urbano, residencial e afins.
Seguimos falando das análises de imóveis, mas agora vamos para um ponto mais simples
e tranquilo olhando sempre a parte documental para haver as outras análises existentes.
ANÁLISE DO VENDEDOR
Agora iremos falar sobre as análises do vendedor e suas responsabilidades..
OBJETIVOS:
⯀ Verifica a legitimidade da propriedade - por exemplo, outra pessoa não pode vender
um imóvel que não é dela;
⯀ Alteração civis do vendedor - por exemplo, se uma pessoa mudou seu status civil, inde-
pendente qual for deve ser analisado e assim atualizado para não haver problemas futuros;
⯀ Se há dívidas em nome do vendedor - para que não haja fraudes contra os credores;
Para lembrar e deixar bem claro, é dever constar as averbações na matrícula as ações que
possam caracterizar possível fraude contra credores em relação assim com a lei 12.097/15.
⯀ Legitimidade do credor;
⯀ Ocorrência de alteração no estado civil;
⯀ Existência de espólio ou menor de idade (necessitar autorização judicial em
casos de inventário);
⯀ Existência de dívidas do vendedor;
É importante ressaltarmos que mesmo que haja o pagamento total do valor deverá exis-
tir uma intermediação de uma instituição financeira, para que este recurso possa sair da
Caixa Econômica e ir ao vendedor.
Abaixo conseguimos ver como funciona passo a passo o uso do valor do FGTS:
O FGTS pode ser utilizado para a amortização esporádica a cada 2 anos. sendo que pode-
-se somar o FGTS dos cônjuges, para conseguir até mesmo mais proporcionalidade na
parte so seguro; ainda também não necessitando que as pessoas sejam casadas no papel,
de forma civil, mas também com o contrato de união estável; ou mesmo pessoas sem
parentescos, apenas que morem no mesmo imóvel, por ser um processo de aquisição de
imóvel com único intuito de ser moradia;
REQUISITOS DO PROPONENTE:
DOCUMENTAÇÃO BÁSICA:
⯀ Estatuto Social, para companhias S/A; Contrato Social para empresas limitadas; ou
Requerimento de empresário, para empresário individual - nada mais é do que um
documento de identificação de uma empresa;
⯀ CREA do responsável técnico que deve assinar as avaliações;
⯀ Certidão simplificada da junta comercial - para verificar se a empresa está regulada;
⯀ C.R.F (Certificado de Regularidade do FGTS) - verificação se não há dívidas com o FGTS;
PARA A OBRA:
Basicamente estes documentos são parecidos com os já mencionados antes, pois são
vários tipos de papéis, mas é bom ressaltarmos que não há requisitos para a utilização
do FGTS por parte do vendedor, isto é, qualquer pessoa pode ser vendedor usando o seu
FGTS, salvo regras da instituição financeira escolhida.
⯀ PESSOA FÍSICA:
◇ RG e CPF;
◇ Comprovante de estado civil (certidão ou pactos nupciais);
◇ CND (Certidão Negativas de Débitos) que devem ser Forenses - documentos que
veem do Fórum (Civil, Criminal, Familiar).
⯀ PESSOA JURÍDICA:
◇ Estatuto Social ou Contrato Social - que depende da empresa e o seu regimento
dela, pois ela pode ser limitada, anônima ou afins;
◇ Certidões Negativas da Receita Federal, PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda
Nacional, FGTS, INSS, Junta Comercial, Justiça Federal e Forenses.
É considerável sabermos que restrições nas certidões ou órgãos de protestos podem gerar
recusa ao financiamento.
Este tipo de contratação deve atender a alguns pré-requisitos que veremos mais adiante
de forma mais aprofundada, mas que devem ser sempre lembrados, pois esse autofinan-
ciamento deve ser junto à uma Construtora, Incorporadora, Cooperativa Habitacional,
Companhia de Habitação ou ainda uma Administradora de Consórcio Habitacional.
É fundamental ter conhecimento também que, a primeira coisa que é feita é a constru-
ção, para em seguida o dinheiro ser liberado. Isto é, ao a obra ficar pronta fiscalizadores
responsáveis irão verificar se está tudo pronto, cada parte em si, e assim será liberado os
valores para tais pagamentos.
HOME EQUITY
O Home Equity é umas das coisas mais conhecidas dentro do âmbito de investimentos,
onde pode ser conhecido como o mútuo com garantia imobiliária, mais especificamente
é o empréstimo com garantia imobiliária.
Basicamente é quando uma pessoa ao financiar coloca o imóvel como a garantia para
a obtenção de crédito com finalidade específica podendo ser de capital de giro, compra
de máquina e equipamentos e pagamento de dívida. Dizemos que o móvel é dado como
garantia, pois formaliza-se pela C.C.B. (Cédula de Crédito Bancário), onde chamamos ela
de uma Garantia Forte, em hipoteca ou alienação fiduciária. É relevante levar em conta
também o valor máximo do empréstimo, que é de 60% do valor do imóvel e como é uma
garantia forte, é obrigatório a contratação de um seguro de M.I.P. (Morte ou invalidez
permanente) ou D.F.I. (Danos físicos ao imóvel).
Desta forma no mandato do ex-presidente Fernando Collor, foi criado o Plano Collor, que
inclui diversas leis incluindo a criação da Taxa Referencial:
Essa taxa na época era calculada pelas bases de negociações dos certificados dos depósitos
bancários, mas hoje quem realiza esta ação é o BACEN, e derivativa com as negociações da LTN.
Mas para que serve a cobrança da Taxa Referencial? A TF é utilizada para a correção das
cadernetas de poupança e do FGTS, que consequentemente irá fazer com que os financiamen-
tos do S.F.H. também sejam reajustados pela TF, assim, todos os financiamentos imobiliários
do S.F.H. são corrigidos por esta taxa. Porém, no S.F.I. a taxa pode ser livremente negociada
pela IGPM, IPCA e INCC, que são entidades que possuem relação com construção civil.
Ou seja, acabou com os saldos gigantes que eram pagos no final dos financiamentos, assim,
todas as prestações são corrigidas em recálculos das prestações com a atualização monetária.
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO
Aqui neste módulo veremos o sistema de amortização como um modo introdutório, pois ele
é trabalhado em diversos assuntos, como no módulo mais a frente acerca de Matemática
Financeira.
→ Lei 4.380/64
Esta lei dispõe do sistema de amortização que pode ser livremente pactuado entre as partes,
independente da forma escolhida, entre ambos, o investidor e a instituição financeira, deverá
ser entendida pelos dois. Mas é válido o investidor lembrar estas regrinhas de cada um dos
sistemas de amortização para não pagar a mais em casos de dificuldades, ou seja, é melhor se
programar. Sendo ser obrigatório o oferecimento dos três tipos de sistemas aos investidores.
CET E CESH
Nesta aula falaremos de dois temas que são bem simples e se tornam um agregador de
tudo o que estudamos até agora. Falaremos do CET (Custo Efetivo Total) e do CESH (Custo
Efetivo do Seguro Habitacional).
⯀ CET (Custo Efetivo Total): esta opção se torna a melhor ferramenta para a tomada
de decisão do cliente, por ser literalmente o custo efetivo total por ano que o investi-
dor irá pagar no financiamento, como os juros, tarifas bancárias, seguros, impostos,
comissões e avaliação.
É tão importante que o Conselho Monetário Nacional fez uma resolução para isso, a
Resolução 3.517/07.
⯀ CESH (Custo Efetivo do Seguro Habitacional): por ser seguro habitacional é essencial
a sua lembrança pois são estes que serão considerados na hora do financiamento.
Após o contrato assinado haverá a realização do registro que deve ser feito:
⯀ REGISTRO:
◇ Recolhimento do ITBI (Imposto de Transmissão de bens e Imóveis) junto a prefeitura,
que é um imposto municipal;
◇ Em seguida é feita o lançamento na matrícula da transação imobiliária, que nada
mais é que a negociação imobiliária deste imóvel.
O valor a ser pago ao vendedor deve ser corrigido no período entre a assinatura do con-
trato e a efetiva liberação dos recursos de remuneração da poupança + 0,50% ao mês,
para operações feitas no S.F.H.
Vale ressaltar que essas taxas cobradas sobre o valor da avaliação do imóvel sem financia-
mento para a movimentação do FGTS podem ser:
SFH - Taxa
TAXA IPCA SFA - CET 12% SFI
de Mercado
70% PRICE
% Regulamentar Não possui Não possui
80% SAC
Prazo 30 anos com a última parcela até a idade 80 anos e 6 meses
Sem regulamentação, Não tem prazo Não tem prazo
normalmente até 30
1° Parcela após a assinatura após a assinatura
dias após a assinatura do contrato. do contrato.
do contrato
Taxa de juro LET máximo 12% Não possui Não possui
Adminstração no
máximo R$25,00.
Análise de proposta
Demais taxas Sem remuneração Sem regulamento
pode ser cobrada
até R$100,00, mas
apenas uma única vez
Conforme o nome, esse seguro cobre o sinistro de morte e invalidez permanente. Ele possui
algumas características importantes:
COBERTURAS BÁSICAS:
⯀ Incêndio e explosão;
⯀ Vendaval;
⯀ Desmoronamento ou ameaça comprovada;
⯀ Destelhamento;
⯀ Inundação ou alagamento;
⯀ Pagamento de prestação em caso de saída do imóvel para reparo - em casos de
que os moradores necessitam sair do imóvel, é a cobertura que pagará o aluguel
ou financiamento para eles.
Devemos lembrar sempre que o Limite Máximo de Indenização (L.M.I.) é sempre o valor
de avaliação inicial do imóvel.
RISCOS EXCLUÍDOS:
⯀ Erro de projeto;
⯀ Danos mate rules causados pelo construtor - o mesmo significado de mau uso
da construção;
⯀ Riscos não seguráveis - já citados anteriormente, mas o principal é o risco de terre-
moto, pois traz uma deslocação geológico podendo trazer risco para a edificação,
mas é um risco excluído;
⯀ Bens de terceiro para guarda - se houver um roubo de alguma máquina ou ferra-
menta, não haverá a cobertura pela seguradora;
⯀ Danos corporais causados ao empregado - nenhum acidente de trabalho é coberto
pela cobertura do construtor - toda obra existem normas do uso de equipamentos
de segurança, e em casos de o trabalhador não estiver usando um equipamento,
como capacete, não haverá cobertura civil do construtor;
⯀ Danos causados por descumprimento de norma técnica;
⯀ Danos morais;
⯀ Outros danos excluídos na apólice - como é um contrato registrado feito entre segu-
radora e construtor, e se a seguradora não aceitar um risco, ele estará escrito na
apólice, assim, por sua exclusão, ele não será indenizado.
Dentro deste da lei ela assegura a contratação avulsa, isto é, não é necessário contratação
junto a uma instituição financeira, e é garantido o direito de substituição do seguro,
por mais que houve a assinatura do contrato de financiamento a uns 4 ou 5 anos atrás, é
possível substituir o seguro, se o contratante achar que houver vantagens.
Há casos que podem ocorrer em que o indivíduo não queira contratar uma apólice indivi-
dual, mas sim junto com a instituição financeira é necessário que a mesma comprovar:
SEGUROS E SEGURADORAS
Para finalizar estes módulo, aprenderemos um pouco mais sobre os seguros e as suas segu-
radoras , é importante destacar, de forma até mesmo para aprofundar os nossos conheci-
mentos, que seguro é o princípio do mutualismo = divisão da perda entre os segurados.
É válido saber que a conta para isso é bem mais complexa, mas a base de entendimento
é esta apresentada, que representa a divisão de riscos entre os participantes.
⯀ Riscos - seu objetivo não é ganhar valor sobre algo, mas sim impede uma perda;
⯀ Prêmio de seguro - é o que pagamos para obter o seguro;
⯀ Contrato (apólice);
⯀ Princípios da boa fé objetiva - agir com estes princípios é fazer com que tudo seja
realizado com verdade e ética, tanto que muitos seguros cobrem a primeira parcela
caso não haja o pagamento, pois a seguradora possui essa boa fé objetiva que o
cidadão pagará por este seguro;
⯀ Reserva de benefícios a conceder - como no exemplo antes citado, com o pagamento
dos participantes acerca do seguro, esse montante irá ser considerado uma reserva
até que algum sinistro não aconteça com algum associado. Em casos, de algum
acontecimento, esse valor será retirado para o uso do seguro.
Um exemplo na prática com esses termos de seguro pode ser entendido como, se você
possui um carro em nome de seu pai, pois há vantagem no seguro por ele ser uma pessoa
mais velha, sendo o condutor responsável, a apólice do seguro se torna mais barata. Portanto
neste contexto o segurado será o seu pai; a seguradora será a companhia escolhida pelo
segurado entre diversas que existem no país; já o beneficiário desta apólice é você, dado
que, aconteça alguma ocorrido com o carro o dinheiro do seguro irá diretamente para você.
É válido lembrar também que os três primeiros, termos: segurado, segurador e beneficiário
são os mais comuns e utilizados, já o estipulante é uma forma um pouco rara de utilização,
mas existe no mercado financeiro.
É por isso que falamos que todos os envolvidos com este círculo de contratação e trabalho,
serão responsáveis pelos danos causados independente onde e qual seja o serviço.
Aqui analisaremos dois tipos de vícios, eles em produto e em serviços. É importante saber-
mos que para ambos a ignorância do vício, não exibe responsabilidade, por exemplo, se
você vender um carro e alguma peça está estragada e você disser que não é responsável
por isso, você está enganado, pois será sim responsável por esse objeto.
E a garantia legal sobrepõe qualquer cláusula, por exemplo, se você vai comprar um carro
e o vendedor diz que dará apenas um mês de garantia, está errado, pois na lei está previsto
três meses de garantia pela compra, ou seja, deve-se ir em relação ao que consta na lei, no
papel, e não simplesmente em fala verbal de uma pessoa, então é a garantia legal que é válida.
VÍCIOS DO PRODUTO:
⯀ Quantidade ou qualidade inadequada;
⯀ Disparidade entre as informações;
⯀ Impróprios para o consumo - como prazo de validade vencido, deteriorado, adul-
terado, falsificado, fraudado, nocivo à saúde, desacordo com as regulamentações
e inadequado a sua finalidade.
VÍCIOS DO SERVIÇO:
⯀ Qualidade do serviço;
⯀ Serviço diferente da publicidade ;
⯀ Tendo o cliente direito de reexecução do serviço sem custo adicional; restituição do
valor pago + atualização + reparação dos danos; abatimento proporcional do preço.
DIREITO DE RECLAMAR
Nesta aula vamos falar sobre as reclamações do consumidor em relação a determinado
produto, assunto ou serviço que tenha contratado ou comprado e não está em perfeitas
condições de acordo com o que lhe foi proposto. Mas é necessário saber que existem
prazo para esta contestação, caso contrário, em função de perda de prazo legal, ele pode
ser prescrito ou entrar em decadência.
⯀ PRESCRIÇÃO: perde o direito de reclamar judicialmente, mas pode reclamar com o fornecedor;
⯀ DECADÊNCIA: perde o direito de reclamar judicialmente ou até mesmo com o fornecedor;
⯀ Abuso de direito;
⯀ Excesso de poder;
⯀ Infração legal;
⯀ Violação de Estatuto Social.
Lembramos que pode ser desconsiderada a personalidade jurídica que sejam obstáculos ao
ressarcimento do consumidor final. Portanto, podemos concluir mais ainda que o Código do
Consumidor tende a defender os mesmos por muitas vezes ser o lado mais fraco da briga.
PUBLICIDADE ABUSIVA:
⯀ É um meio que induz e trabalha com os princípios do consumidor, onde pode ser
identificada quando é discriminatória com qualquer pessoa;
⯀ Incita a violência;
⯀ Abusa da faixa de conhecimento ao consumidor.
PRÁTICAS ABUSIVAS
O Código de Defesa do Consumidor deixa claro que não se pode deixar o consumidor em
posição desvantajosa e de livre escolha, até por isso que houve a criação do código, pois
tenta balancear a situação que pode vir a surgir.
No caso de nosso estudo que é acerca das operações de crédito, o consumidor deve
ser informado sobre:
⯀ COBRANÇA INDEVIDA: em todo o caso que houver uma cobrança onde ela não
existe denominamos como uma cobrança indevida, onde o consumidor terá direito
a repetição de indébito. Nos casos em que isso ocorre a pessoa cobrada indevida-
mente receberá todo o valor que está sendo cobrado por determinada empresa,
juntamente com juro e as correções monetárias desta ocorrência.
Podemos entender que de certa forma essa cobrança se torna um abuso para o consu-
midor e um erro da empresa cobradora.
É necessário saber que o contrato só tem validade se o consumidor tem acesso prévio
ao conteúdo, por isso é fundamental que antes de assinar um contrato é obrigação do
consumidor ler as termos e condições.
⯀ Forma de garantia;
⯀ Prazos;
⯀ Endereços e telefones para contato.
SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
O Estado em seus âmbitos de união, estados e município fiscalizam diversos pontos
necessários para uma boa qualidade de vida como:
⯀ Produção;
⯀ Industrialização;
⯀ Comercialização;
⯀ Consumo.
⯀ Preservação da vida;
⯀ Segurança;
⯀ Informação;
⯀ Bem estar.
Com referência e base a estes fundamentos temos a construção das normas e regras, como
a ABNT que é utilizada para diversos processos. É tão importante a obediência das normas,
que caso contrário, se acarreta em sanções, ou melhor dizendo, em penas administrativas
impostas pelo Estado, sem prejuízo a responsabilidade civil e penal de acordo com a legis-
lação. Pode -se entender que é uma punição extra do Estado, além da legislação vigente.
⯀ Multa;
⯀ Apreensão de produto - como produtos pirateados;
⯀ Proibição de fabricação - pode acontecer com produtos que podem causar riscos
aos consumidores com sua utilização;
⯀ Suspensão de atividades;
⯀ Revogação de licença - a suspensão de atividades e a revogação estão muito
ligados a área dos alimentos;
⯀ Interdição;
⯀ Imposição de contra-propaganda - em casos de propaganda enganosa o Estado abre
uma procuração para que a empresa crie uma peça revelando a verdade, como se
fosse uma errata desta propaganda.
Todos esses crimes aqui apresentados possuem como pena a detenção de três meses a dois
anos e multa. É importante lembrar quem concorre ao crime, isto é, quem paga essas penas,
pois apesar de ser na maioria das vezes uma empresa culpante, sempre terá que uma pessoa
responder por isso na medida da culpabilidade que pode ser o administrador, o diretor ou até
mesmo o gerente, mas sempre o indivíduo responsável por tal ato realizado de forma errada.
É válido também analisarmos que existem algumas episódios que agravam essas penas como:
⯀ Informações;
⯀ Dúvidas;
⯀ Reclamações;
⯀ Suspensão, alterações e cancelamentos de serviços.
Vale lembrar que toda e qualquer ligação ao SAC é gratuita para qualquer cidadão.
⯀ DEVE CONSTAR:
◇ Opção para falar com atendente;
◇ Opção para cancelamento dos serviços;
◇ Não finalizar a ligação antes da resolução do problema do cliente;
◇ Não condicionar atendimento a fornecimento de dados prévios - é proibido solicitar
os dados do cliente antes de iniciar o contato total e saber o problema do consumidor;
◇ Tempo máximo de espera;
◇ Acesso a pessoas com deficiência auditiva e de fala;
◇ Fácil acesso ao número do SAC.
Parece bem clichê quando o (a) atendente diz para nós continuarmos na linha até o final
por a ligação estar sendo gravada por motivos de segurança, mas é com o número do
protocolo e essa gravação que dará garantia ao consumidor em casos de problemas.
OUVIDORIA
Em todos acontecimentos que podem ocorrer com o consumidor, o mesmo parte ao
SAC para tentar resolvê-los, mas em casos de não solução é a ouvidoria que será a nova
proposta de forma de solucionar estas situações, pois ela irá recorrer estes empecilhos . A
ouvidoria atuará como atendimento de segunda instância para medir conflitos.
Da mesma forma que o SAC a ouvidoria deve possui o seu número de contato telefônico
gratuito que deve estar:
É importante sabermos que o conglomerado financeiro pode instituir uma ouvidoria única,
como por exemplo, cada instituição financeira possui um tipo de ouvidoria; e as cooperati-
vas podem firmar parceria com a central, oferecendo serviço único para os consumidores,
isso quer dizer que cada cooperativa regional, como o Sicredi ou Scoob, pode fazer uma
parceria com uma central única para o contato com os clientes.
Esses códigos dispõe sobre os padrões básicos de ética e conduta devendo ser seguro
por todos os profissionais certificados e registrados, portanto, a partir do momento que
uma pessoa passa em alguma certificação como CA 300, 400 ou 600, é obrigatório
seguir estes termos éticos.
⯀ JURO SIMPLES: nesta opção é quando o juro trabalha única e exclusivamente sobre
o montante do valor total. E para sabermos o valor que teremos do rendimento que
teremos em um determinado tempo em juro simples calculamos da seguinte maneira:
◇ Hoje uma pessoa possui R$1.000,00 em sua conta com uma aplicação de 1% ao
mês de juro simples, mas qual é o valor que esta pessoa terá daqui um ano com
essa quantia investida?
Se é um ano, deveremos pegar o valor do juro, que é 1% e multiplicar por 12, que é o número
dos meses que queremos descobrir o valor do rendimento, assim o resultado será de 12%
de juro, logo, este cidadão terá R$1.120,00. Lembrando que o juro incidirá no valor inicial
que foi colocado no investimento.
⯀ JURO COMPOSTOS: este tipo de juro também é sobre o montante e sobre os juros.
Como o próprio nome diz, o juro composto aumenta de acordo com o valor que irá
aumentar todo o mês sobre o juro. Para entendermos melhor vamos ao exemplo:
◇ Se continuarmos com a mesma pessoa que investiu os R$1.000,00 hoje e possui
seu juro de 1% ao mês, neste caso ele irá ter o rendimento do primeiro mês de
R$10,00, de acordo com o seu valor de juro, e no mês seguinte esse juro trabalhará
sobre o valor do rendimento no mês e assim por diante.
Isto é, com o rendimento do juro do primeiro mês a pessoa obteve R$1.010,00 assim o juro
do mês seguinte se multiplicará por esse valor de rendimento, e não pelo valor inicial de
investimento, mas sim por todo o valor que será rendido em cada mês em todos os meses.
E se certa forma, este tipo de juro rende bem mais do que o modo de juro simples.
Desta forma em relação ao tempo, podemos chamar o juro simples → taxa proporcional
e o juro compostos → taxa equivalente.
⯀ TAXA PROPORCIONAL: chamada assim, pois sabemos que os juros são proporcionais
ao juro, que nada mais é a divisão ou a multiplicação das taxas pelo período de tempo
de rendimento. Podemos notar isso no quadro abaixo em que a taxa é de 12% ao ano:
TAXA
PERÍODO 1 ANO
PROPORCIONAL
DIAS 360 dias 0,033% a.d.
MESES 12 meses 1% a.m.
BIMESTRE 6 bimestres 2% a.b.
TRIMESTRE 4 trimestres 3% a.t.
SEMESTRE 2 semestres 6% a.s.
◇ 12% que é nossa taxa de juro ao ano dividido por cada tempo que desejamos descobrir
seu rendimento, então: 12/360 = 0,033%. Assim continuamente este mesmo cálculo é
realizado para cada quantidade de tempo que pretendemos sabermos os ganhos. E
se quisermos fazer uma multiplicação, descobrindo o rendimento de forma contrária,
podemos descobrir a taxa ao ano, por exemplo, de 6% ao semestre, então: 2 x 6 = 12%.
TAXA
PERÍODO 1 ANO
PROPORCIONAL
DIAS 360 dias 0,031% a.d.
MESES 12 meses 0,948% a.m.
BIMESTRE 6 bimestres 1,906% a.b.
TRIMESTRE 4 trimestres 2,873% a.t.
SEMESTRE 2 semestres 5,83% a.s.
O que aconteceu aqui é como existe uma mudança contínua de juros, pois é um incidência de
juro sobre juro, e para chegarmos ao mesmo 12% ao ano não poderemos realizar uma divisão e
multiplicação, mas sim usaremos uma fórmula específica para esse descobrimento que pode ser:
É importante sabermos que nossos estudos acerca desta fórmula serão aprofundados
mais adiante com a utilização da calculadora da HP, que fica bem mais fácil para a
compreensão e realização.
⯀ TAXA NOMINAL: é a taxa que está inscrita no contrato, geralmente difere o prazo
e a capitalização;
⯀ TAXA EFETIVA: é a taxa que é efetivamente paga, com mesmo prazo e capitalização.
Mas a maneira mais fácil de compreendermos esta aplicação é com a antiga caderneta
de poupança. Por exemplo:
Lembramos que a taxa anual de rendimento era de 6% ao ano, porém pode ser reconhe-
cido como taxa nominal, pois está presente no contrato e é aparente de certa forma, pois
a capitalização é mensal de 0,50% ao mês, e uma vez que essa porcentagem irá fazer a
ação de juro composto, isto é, acontecendo o juro sobre juro, a taxa equivalente efetiva
recebida ao ano era de 6,17%.
Isso tudo ocorre porque a taxa nominal, como já mencionado, aparece no contrato, como em
um contrato de financiamento que o contratante paga 10% ao ano, no entanto, a taxa efetiva
é o que a pessoa irá efetivamente pagar, pois a capitalização é mensal, onde todo mês haverá
o juro sobre o financiamento bancário, mas no contrato nominalmente ela é exposta ao ano.
Portanto, essas taxas são aquelas cuja a remuneração está vinculada a uma taxa de retorno
prometida que pode ser:
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO
Para finalizar este módulo sobre os conceitos que abrangem a matemática financeira, ire-
mos falar sobre os sistema de amortização que é a forma como é pago o financiamento.
⯀ Capital;
⯀ Juros;
⯀ Parcela - que se compõe com juros, que remuneram a instituição financeira e a
amortização de pagamento da dívida.
A maneira como é feita as amortizações podem ser de três formas que estão representadas
a seguir de acordo com a sua comum utilização:
⯀ Tabela SAC;
⯀ Tabela PRICE;
⯀ Tabela SACRE.
Cada uma destas tabelas possui seus requisitos, suas diferenças e suas maneiras de interpor
dentro de um contrato. Podemos entender melhor essas características no quadro abaixo:
= número de períodos
= change sign ou mudar sinal - insere sinal número negativo ou passar para positivo
Lembre-se que toda vez que você iniciar qualquer problema de matemática financeira zere
todos os variáveis, em função que ela armazena valores passados, o que pode prejudicar as
resoluções atuais que se pretende realizar. Para isso, basta clicar na tecla f, destacada em
amarelo, e no botão CLX, que farão a função de limpar a memória. Que na calculadora são:
= função
= clear ou limpar
Em relação às casas decimais a serem utilizadas na HP, geralmente, nos exercícios é solici-
tado os cálculos com até a segunda casa decimal após a vírgula. Para que sua calculadora
fique configurada a isso, basta clicar na tecla f, e digitar o número 2, logo, ela fará os arre-
dondamentos necessários automaticamente para duas casas decimais. Caso você deseja
que apareça mais casas além de duas, deverá ser digitado o valor do número respectivo.
⯀ SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO:
PMT = A + J
◇ Tabela Price;
◇ Sistema de Amortização Constante (Tabela SAC);
◇ Sistema de Amortização Crescente (Tabela SACRE).
Nosso primeiro exemplo será sobre a Tabela Price - TP, onde as prestações são constantes, e
o contratante paga, regularmente, as prestações com juros e a amortização da dívida, assim
efetuado o pagamento, a dívida está quitada. Suas características vem de uma amortização
francesa com prestações mensais, a taxa de juro é composta anualmente e na hora da prática
do cálculo, é utilizada a taxa equivalente referente ao período de capitalização considerado.
4.000 (dívida/empréstimo) =
5 (número de prestações =
10 (taxa de juros) =
?=
1° Passo: vamos efetuar a limpeza da memória de cálculo (lembre-se, essa ação é funda-
mental para não haver complicações de resultados antigos com os atuais) digitando:
Agora podemos iniciar nossos cálculos com as informações que obtemos no enunciado
do problema e clicarmos em suas referentes ações:
Descobrimos então que o valor da prestação anual que esta pessoa possui é de R$1.055,19 e
por se tratar de uma Tabela Price, o valor da primeira e de todas as parcelas serão este mesmo
valor. A partir deste valor, conseguimos elaborar a planilha de amortização, sendo necessário
calcular quanto desta prestação corresponde a juros e quanto corresponde a amortização.
3° Passo: Por meio da descoberta do valor do juro e já sabido o valor das parcelas, podemos
agora aplicar a fórmula da amortização, para que seja possível calcularmos o seu valor da
primeira amortização:
PMT = A + J
1.55,19 = A + 400
A = 1.055,19 - 400
A = 655,19
Podemos notar que o saldo devedor ao fim deste período 1, como qualquer outro
período de amortização, não pode ser calculado a partir do valor da dívida inicial me-
nos o valor da prestação. Visto que, o valor da prestação compreende juro e amorti-
zação, o que pode ocorrer a redução do saldo devedor que é somente a amortização,
dado que os juros serão pagos ao contratante.
Desta forma, dos R$1.055,19 que foram pagos na primeira prestação, R$400,00 foram des-
tinados ao credor, como remuneração do capital emprestado, e de R$655,19, a diferença
entre o valor da prestação e o valor dos juros, foram efetivamente usados para reduzir o
saldo devedor, que será de R$400,00 - R$655,19 = R$3.344,81.
⯀ Período 2:
IMPORTANTE: lembre-se que todo cálculo anterior é necessário para realizarmos es-
tas ações de cálculos aqui presente, por isso, a partir de agora, limpe a memória da
sua calculadora apenas quando for solicitados, pois por enquanto os seus valores
anteriores aqui são necessários.
2° Passo: Por meio da descoberta do valor do juro, podemos agora aplicar a fórmula da
amortização, para que seja possível calcularmos o seu valor da segunda amortização:
PMT = A + J
1.55,19 = A + 334,48
A = 1.055,19 - 334,48
A = 720,71
⯀ Período 3:
1° Passo: Com o valor dos juros e da amortização da segunda parcela, vamos agora para o
terceiro período para descobrir o seu juro e a sua amortização. Que deve-se aplicar a taxa
de 10% sobre o valor do saldo devedor no início do período 3, clicando em:
O resultado apresentado será R$262,41 que é o valor do juros no período 3, isto é, na terceira parcela.
2° Passo: Por meio da descoberta do valor do juro, podemos agora aplicar a fórmula da
amortização, para que seja possível calcularmos o seu valor da segunda amortização:
PMT = A + J
1.55,19 = A + 262,41
A = 1.055,19 - 262,41
A = 792,78
⯀ Período 4:
1° Passo: Com o valor dos juros e da amortização da terceira parcela, vamos agora para o
quarto período para descobrir o seu juro e a sua amortização. Que deve-se aplicar a taxa
de 10% sobre o valor do saldo devedor no início do período 4, clicando em:
PMT = A + J
1.55,19 = A + 183,13
A = 1.055,19 - 183,13
A = 872,06
1° Passo: Com o valor dos juros e da amortização da quarta parcela, vamos agora para o
quinto período para descobrir o seu juro e a sua amortização. Que deve-se aplicar a taxa
de 10% sobre o valor do saldo devedor no início do período 5, clicando em:
O resultado apresentado será R$95,93 que é o valor do juros no período 5, isto é, na quinta parcela.
2° Passo: Por meio da descoberta do valor do juro, podemos agora aplicar a fórmula da
amortização, para que seja possível calcularmos o seu valor da segunda amortização:
PMT = A + J
1.55,19 = A + 95,93
A = 1.055,19 - 95,93
A = 959,26
Podemos notar que o saldo devedor ao fim do período 5 deveria ser o valor de zero,
pois as tabelas de financiamento atuam com a premissa de quitação do empréstimo
quando do pagamento da última parcela. Portanto, esses valores vão diminuindo ao
longo do tempo e a sua parcela é sempre de mesmo valor, tornando - se constante.
SALDO
PERÍODO PRESTAÇÃO JUROS AMORTIZAÇÃO
DEVEDOR
1 R$1.055,19 R$400,00 R$655,19 R$3.344,81
2 R$1.055,19 R$334,48 R$720,71 R$2.624,10
3 R$1.055,19 R$262,41 R$792,78 R$1.831,32
4 R$1.055,19 R$183,13 R$872,06 R$959,26
5 R$1.055,19 R$95,93 R$959,26 R$0,00
Com base nestes conceitos, podemos dizer que conseguimos encontrar o valor de um
determinado saldo devedor em determinado período que queremos saber. Desta forma,
vamos para mais um exemplo acerca do Sistema de Amortização - Tabela Price:
⯀ Com base nos dados do exemplo anterior, qual é o saldo devedor após o pagamento
de três prestações?
4.000 (dívida/empréstimo) =
10 (taxa de juros) =
Lembre-se que o valor de PMT é usado o sinal de negativo, clicando a tecla CHS, como
sinal contrário àquele adotado para o valor presente, PV, pois esses pagamentos estão em
direção contrária ao recebimento do crédito.
?=
Agora podemos iniciar nossos cálculos com as informações que obtemos no enunciado
do problema e clicarmos em suas referentes ações:
?=
1° Passo: Vamos efetuar a limpeza da memória de cálculo (lembre-se, essa ação é funda-
mental para não haver complicações de resultados antigos com os atuais) digitando:
Conseguimos encontrar o valor então da parcela que é de -R$1.434,71. Note que o valor
aqui também apareceu de forma negativa. Como o valor presente representa um crédito
aos clientes para a aquisição do imóvel, e as prestações referem-se a desembolsos de caixa
dos clientes para pagamento desse empréstimo, esses fluxos devem ter sinais trocados.
Descobrimos aqui o saldo devedor, que é de -R$71.977,21, o qual ainda deve ser pago pelo
contratante, notamos que o resultado foi mostrado com sinal negativo, isto é, indicando
que esse fluxo tem a mesma direção do PMT e sentido contrário ao PV. Esse resultado é
coerente, pois ainda faltam pagar os R$71.977,21.
Ao clicar esta tecla, o valor de R$71.977,21 ficará em tela na forma positiva. Em seguida
inserimos o valor de R$20.000,00 da amortização extraordinária:
Ao clicarmos estas telas, deixaremos o valor restante como valor presente, pois é o valor a
ser pago. Em seguida, clicamos:
Aqui a amortização (A) será conquistada pelo quociente do valor da dívida (D) pelo número
de períodos (n) em que deve ser quitada as parcelas do financiamento, que pode ser
conhecida a partir da fórmula a seguir:
A=Dn
Partimos agora então para o nosso segundo exemplo, mas agora referente a Tabela SAC:
6.000 (dívida/empréstimo) =
4 (número de prestações) =
3 (taxa de juros) =
? = Amortização
⯀ Período 1:
1° Passo: Vamos efetuar a limpeza da memória de cálculo (lembre-se, essa ação é funda-
mental para não haver complicações de resultados antigos com os atuais) digitando:
A=Dn
A = 6.000 4
A = 1.500
5° Passo: Descobrindo o valor da parcela, será possível encontrar também o saldo devedor
deste período 1. Com o valor da parcela em tela, clicamos em:
⯀ Período 2:
IMPORTANTE: lembre-se que todo cálculo anterior é necessário para realizarmos es-
tas ações de cálculos aqui presente, por isso, a partir de agora, limpe a memória da
sua calculadora apenas quando for solicitados, pois por enquanto os seus valores
anteriores aqui são necessários.
A partir de agora com o valor da amortização descoberto, e sabendo que ele é único no
Sistema SAC, seremos capazes de encontrar os juros, a parcela e os saldos futuros da dívida:
1° Passo: Sabemos já a nossa amortização, e com o valor anterior em tela, clicamos nas
teclas abaixo para descobrir os juros no período 2:
⯀ Período 3:
1° Passo: Sabemos já a nossa amortização, e com o valor anterior em tela, clicamos nas
teclas abaixo para descobrir os juros no período 3:
3° Passo: Descobrindo o valor da parcela, será possível encontrar também o saldo devedor
deste período 3. Com o valor da parcela em tela, clicamos em:
1° Passo: Sabemos já a nossa amortização, e com o valor anterior em tela, clicamos nas
teclas abaixo para descobrir os juros no período 4:
Podemos notar que o saldo devedor ao fim de todos os períodos foi de 0, em função
que há a diminuição conforme vai havendo o pagamento da dívida, mas neste caso
a amortização é constante, de forma que sempre seja do mesmo valor.
SALDO
PERÍODO PRESTAÇÃO JUROS AMORTIZAÇÃO
DEVEDOR
1 R$1680,00 R$180,00 R$1.500 R$4.500,00
2 R$1635,00 R$135,00 R$1.500 R$3.000,00
3 R$1.590,00 R$90,00 R$1.500 R$1.500,00
4 R$1.545,00 R$45,00 R$1.500 R$0,00
6.000 (dívida/empréstimo) =
10 (número de prestações) =
15 (taxa) =
2° Passo: Com o valor dos juros em tela vamos descobrir a amortização. Clicamos em:
Clicando na tecla + podemos notar que surge em tela o valor da primeira parcela, que é
de R$1.500,00.
Período 1 R$600,00
Período 2 R$600,00
Período 3 R$600,00
Período 4 R$600,00
Período 5 R$600,00
Período 6 R$600,00
TOTAL R$3.600,00
O resultado dará R$2.400,00 que é o saldo devedor após haver o pagamento da sexta
parcela do empréstimo.
Vale ressaltarmos também que esse valor pode ser encontrado realizando todo o cálculo
visto no primeiro exemplo aqui da Tabela SAC, embora ele seja mais extenso que este
modelo apresentado neste momento.
50 (número de prestações) =
1 (taxa de juros) =
1° Passo: Vamos efetuar a limpeza da memória de cálculo (lembre-se, essa ação é funda-
mental para não haver complicações de resultados antigos com os atuais) digitando:
3° Passo: Como cada amortização é de R$833,33 por parcela paga, após terem sido pagas
50 parcelas, podemos entender que o senhor já terá pago 50 amortizações, que podem ser
encontrado esse a soma desse valor na HP. Com o valor da amortização em tela, clicamos em:
4° Passo: Se o senhor contratante quiser reduzir essa dívida pagando R$20.000,00 para
reduzir os gastos futuros, é este valor que chamaremos de amortização extraordinária,
pois ele será reduzido do valor que ele deve de R$58.333,33. Podemos descobrir o saldo
restante devedor clicando em:
Desta maneira, teremos como resultado 46, isto é, para quitar integralmente o financia-
mento, o senhor após pagar 50 parcelas e realizar a amortização de R$20.000,00, o finan-
ciamento será totalmente pago em mais 46 meses, fechando não as 120 parcelas, mas
sim 96, por ter pago um valor como forma de adiantamento.
Porém, o devedor que escolher pela Tabela Price desembolsar menos no início e pode,
investir a diferença entre o que seria desembolsado na Tabela SAC e o que ele desem-
bolsou na Tabela Price.
Apesar disso, por ser difícil conseguir investir tamanha diferença, por ser um valor bem
maior, a uma taxa superior ao custo do empréstimo, a Tabela SAC, é casualmente, mais
vantajosa do ponto de vista financeiro. Embora, ao trazermos em dados de valor presente,
fluxos de pagamentos e aplicando taxa de contrato, as duas tabelas se tornam equivalen-
tes, ou seja, apresentam o mesmo valor exato de financiamento.
Por meio deste sistema, o prazo total de financiamento é dividido em certo número de
subperíodos iguais, que são geralmente um ano, durante os quais as prestações são man-
tidas constantes, como na Tabela Price, mas decrescem linearmente a cada subperíodo.
Desta forma, a Tabela SACRE pode ser uma alternativa por combinar as principais vanta-
gens das tabelas vistas anteriormente:
108.000 (dívida/empréstimo) =
1 (taxa de juros) =
Amortização = ?
2° Passo: Para encontrar o nosso valor da amortização teremos que descobrir primei-
ramente o valor do juro a ser pago, aqui será descoberto o valor do juro no período
1, pois ao utilizarmos a calculadora HP, esse valor é essencial para a descoberta da
amortização. Vamos digitar:
A=Dn
A =108.000 36
A = 3.000
Logo, teremos no primeiro ano de pagamento uma prestação fixa todo mês de valor
R$4.080,00, composta por uma amortização constante de R$3.000,00 e por juros contí-
nuos, de 1% sobre o valor inicial da dívida, ou seja, R$1.080,00.
SALDO
PERÍODO DÍVIDA INICIAL PRESTAÇÃO JUROS AMORTIZAÇÃO
DEVEDOR
1 R$108.000,00 R$4.080,00 R$1.080,00 R$3.000 R$105.000,00
2 R$105.000,00 R$4.080,00 R$1.050,00 R$3.030,00 R$101.970,00
3 R$101.970,00 R$4.080,00 R$1.019,70 R$3.060,30 R$98.907,09
4 R$98.909,70 R$4.080,00 R$989,10 R$3.090,90 R$95.818,80
5 R$95.818,80 R$4.080,00 R$958,19 R$3.121,81 R$92.696,98
6 R$92.696,98 R$4.080,00 R$926,97 R$3.153,03 R$89.543,95
7 R$89.359,39 R$4.080,00 R$895,44 R$3.184,56 R$86.359,39
8 R$86.359,39 R$4.080,00 R$863,59 R$3.216,41 R$83.142,99
9 R$83.142,99 R$4.080,00 R$831,43 R$3.248,57 R$79.894,42
10 R$79.894,42 R$4.080,00 R$798,94 R$3.281,06 R$76.613,36
11 R$76.613,36 R$4.080,00 R$766,13 R$3.313,87 R$73.299,50
12 R$73.299,50 R$4.080,00 R$732,99 R$3.347,01 R$69.952,49
É importante notarmos que a dívida inicial sempre corresponde à dívida do fim do período
imediatamente anterior, tendo a prestação fixa em R$4.080,00, que equivale à primeira
prestação no caso de uma Tabela SAC. Os juros incidem sobre a dívida inicial de cada
período, à alíquota de 1%, a amortização representa a parcela da prestação que é efetiva e
reduz o saldo devedor, que este corresponde ao saldo de início de cada período.
Como estamos trabalhando com subperíodos, aqui neste exemplo, cada subperíodo é
de um ano, que ao fim de cada ano deverá ser recalculado o valor da parcela, por conta
do início de outro ano que é um subperíodo. Como nosso último saldo devedor é de
R$69.952,49 e será pago em mais dois anos, ou seja, 24 meses, por já ter transcorrido
um ano, que fecha os 36 meses de 3 anos.
Assim, mais uma vez realizaremos o cálculo da prestação novamente que será também
feito como a Tabela SAC:
2° Passo: Para encontrar o nosso valor da amortização teremos que descobrir primeiramente o
valor do juro a ser pago, aqui será descoberto o valor do juro no período 13, pois ao utilizarmos
a calculadora HP, esse valor é essencial para a descoberta da amortização. Vamos digitar:
A=Dn
A = 69.952 ,49 24
A = 3.000
Ao clicarmos na tecla + a HP nos dará o preço da parcela no período 13, que é de R$3.614,21,00.
Logo, teremos no segundo ano de pagamento uma prestação fixa todo mês de valor
R$3.614,21, composta por uma amortização de R$2.914,69 e por juros contínuos, de 1%
sobre o valor inicial da dívida, ou seja, R$699,52.
SALDO
PERÍODO DÍVIDA INICIAL PRESTAÇÃO JUROS AMORTIZAÇÃO
DEVEDOR
1 R$108.000,00 R$4.080,00 R$1.080,00 R$3.000 R$105.000,00
2 R$105.000,00 R$4.080,00 R$1.050,00 R$3.030,00 R$101.970,00
3 R$101.970,00 R$4.080,00 R$1.019,70 R$3.060,30 R$98.907,09
4 R$98.909,70 R$4.080,00 R$989,10 R$3.090,90 R$95.818,80
5 R$95.818,80 R$4.080,00 R$958,19 R$3.121,81 R$92.696,98
6 R$92.696,98 R$4.080,00 R$926,97 R$3.153,03 R$89.543,95
7 R$89.359,39 R$4.080,00 R$895,44 R$3.184,56 R$86.359,39
8 R$86.359,39 R$4.080,00 R$863,59 R$3.216,41 R$83.142,99
9 R$83.142,99 R$4.080,00 R$831,43 R$3.248,57 R$79.894,42
10 R$79.894,42 R$4.080,00 R$798,94 R$3.281,06 R$76.613,36
11 R$76.613,36 R$4.080,00 R$766,13 R$3.313,87 R$73.299,50
12 R$73.299,50 R$4.080,00 R$732,99 R$3.347,01 R$69.952,49
Como mencionamos ao fim de cada ano deverá ser recalculado o valor da parcela, por conta do
início de outro ano que é um subperíodo. E agora iremos conseguir fazer os cálculos do último
ano, o último subperíodo. Nosso último saldo devedor é de R$36.238,79 e será pago em mais
um ano, ou seja, 12 meses, por já ter transcorrido dois anos, que fecha os 36 meses de 3 anos.
Portanto, mais uma vez realizaremos o cálculo da prestação novamente que será também
feito como a Tabela SAC:
1° Passo: Vamos efetuar a limpeza da memória de cálculo (lembre-se, essa ação é funda-
mental para não haver complicações de resultados antigos com os atuais) digitando:
A=Dn
A = 32.986,96 12
A = 2.748,91
Ao clicarmos na tecla + a HP nos dará o preço da parcela no período 25, que é de R$3.078,78.
5° Passo: Descobrindo o valor da parcela, será possível encontrar também o saldo devedor
deste período 25. Com o valor da parcela em tela, clicamos em:
Conseguimos ver isso em prática na tabela abaixo, deixando relevante que pela Tabela SACRE,
esse valor de prestação irá se manter até o fim do último ano de pagamento da dívida:
SALDO
PERÍODO DÍVIDA INICIAL PRESTAÇÃO JUROS AMORTIZAÇÃO
DEVEDOR
25 R$32.986,96 R$3.078,78 R$329,87 R$2.748,91 R$30.238,05
26 R$30.238,05 R$3.078,78 R$302,38 R$2.776,40 R$27.461,65
27 R$27.461,65 R$3.078,78 R$274,62 R$2.804,17 R$24.657,48
28 R$24.657,48 R$3.078,78 R$246,57 R$2.832,21 R$21.825,27
29 R$21.825,27 R$3.078,78 R$218,25 R$2.860,53 R$18.964,74
30 R$18.964,74 R$3.078,78 R$189,65 R$2.889,14 R$16.075,61
31 R$16.075,61 R$3.078,78 R$160,76 R$2.918,03 R$13.157,58
32 R$13.157,58 R$3.078,78 R$131,58 R$2.947,21 R$10.210,37
33 R$10.210,37 R$3.078,78 R$102,10 R$2.976,68 R$7.233,69
34 R$7.233,69 R$3.078,78 R$72,34 R$3.006,45 R$4.227,24
35 R$4.227,24 R$3.078,78 R$42,27 R$3.036,51 R$1.190,73
36 R$1.190,73 R$3.078,78 R$11,91 R$3.036,88 -R$1.876,14
É essencial sabermos que a Tabela SACRE é a escolha de muitos contratos mas também pode
gerar críticas, pois possui algumas incoerência em seu cálculo e resolução, que podem ser:
⯀ JURO SIMPLES:
O juro é muito presente em cálculos financeiros, desta forma, está constante nos conceitos
de matemática financeira. Aqui os juros incidem apenas no capital inicial e simples, não
no período de capitalização.
Dentro dos juros podemos considerar o Capital Inicial (C), a taxa de juros (i), os prazos (n) e
os valores futuros que podem ser conhecidos também como montante (M). É importante
notarmos que toda taxa de juro incide sobre o capital inicial, portanto, cada período que
ocorre adiciona o valor do juro, que equivale sobre o capital inicial.
M=C+Cxnxi
M = C x (1 + n x i)
Como M = C + J, temos:
J=Cxixn
Com base nestas fórmulas conseguiremos calcular problemas por meio da calculadora
financeira, que é fundamental em matemática financeira. Assim, vamos ao exemplo:
Em juros simples os prazos são sempre em dias e os juros ao ano, por isso é necessário
atenção para que haja as transformações quando necessário.
Valor Futuro =
1° Passo: Vamos efetuar a limpeza da memória de cálculo (lembre-se, essa ação é funda-
mental para não haver complicações de resultados antigos com os atuais) digitando:
É válido sabermos que por mais que existam fórmulas, talvez em certos momentos elas não
sejam lembradas, por isso é importante sabermos realizar este cálculo na calculadora financeira.
R$ 100
Juros R$ 6 R$ 6 R$ 6 R$ 6 R$ 6
Valor Futuro R$ 106 R$ 112 R$ 118 R$ 124 R$ 130
⯀ JUROS COMPOSTOS:
Os juros composto devem ser lembrados pois são introduzidos em capitalização composta,
onde os juros somam sobre os juros. Esse modelo de juro oferece maior rentabilidade. Aqui
também encontraremos o capital investido (C), as taxas de juros (i), os prazos de contrato
(n) e o valor de rentabilidade futuro, o montante (M).
Podemos notar que nos juros compostos as taxas incidem sempre no montante final de
cada período. Nesse sentido, cada período que se passa, é adicionado a porcentagem
do valor da taxa sobre o saldo final do período antecedente, onde todo mês haverá uma
adição de um valor final sobre o outro.
Logo, temos:
M = C x (1 + i)n
Como M = C + J, tem-se:
J = C (1 + i)n - C
⯀ Considere uma aplicação de R$5.000,00 , por seis meses, à taxa de 2% ao mês, capita-
lizada sob o regime composto. Qual seria o montante acumulado após esse período?
5.000 (investimento) =
6 (prazo)=
2 (taxa de juros) =
1° Passo: Vamos efetuar a limpeza da memória de cálculo (lembre-se, essa ação é funda-
mental para não haver complicações de resultados antigos com os atuais) digitando:
Conseguimos aqui encontrar o valor futuro, nestes cinco anos de investimento sobre juro
composto, que resultou em R$5.630,81.
É válido sabermos que por mais que existam fórmulas, talvez em certos momentos
elas não sejam lembradas, por isso é importante sabermos realizar este cálculo na
calculadora financeira.
R$ 100
Juros R$ 6 R$ 6 R$ 6 R$ 6 R$ 6
Valor Futuro R$ 106 R$ 112,36 R$ 119,10 R$ 126,25 R$ 133,82
Estas variáveis são essenciais para podermos encontrar outras e resultados dentro de
problemas de matemática financeira.
É importante também sabermos que essas aplicações geralmente são realizadas para
definir o valor futuro (FV) do fluxo de caixa de um investimento, empréstimo ou dívida,
como efeito de taxas de juros compostos. Computar o FV requisita que se projete o fluxo de
caixa no futuro, com base na taxa de juros apropriada, até o vencimento do investimento,
sendo que o mesmo representa quanto dinheiro atual valerá no futuro, após colocada uma
taxa de juros definida, por determinado período de tempo.
FV = PV x (1 + i)n
(1+ i)n - 1
PV = PMT x
(1 + i)n x 1
IMPORTANTE: lembre-se sempre, para as provas não é exigido decorar fórmulas, ape-
nas conhecê-las é o suficiente, pois o principal é você saber calcular os valores utilizando
a HP12C. Por isso aqui você está encontrando as duas maneiras, na teoria e na prática.
Por isso iremos ver e rever mais exemplos de passo a passo nas seções seguintes.
⯀ Você deseja saber quanto deve investir hoje em uma aplicação que lhe renderá
juros de 1% ao mês, capitalizados sob o regime de juros compostos, para acumular
R$5.000,00 daqui a dez meses. Como resolver essa questão?
10 (prazo)=
1 (taxa de juros) =
?=
1° Passo: Vamos efetuar a limpeza da memória de cálculo (lembre-se, essa ação é funda-
mental para não haver complicações de resultados antigos com os atuais) digitando:
Conseguimos aqui encontrar o valor de - R$4.526,43, que é referente ao custo que deverá
ser investido para acumular os R$5.000,00 em 10 meses.
É necessário notar que o sinal negativo do valor presente está coerente, pois você precisará
investir R$4.526,43 hoje, desta forma, haverá uma saída de caixa, que é sinalizado com o
sinal negativo ( - ), para que posteriormente entre um valor em caixa.
R$ 1.000,00 R$ 500,00
1 2
PV
1 (prazo/período)=
1 (taxa de juros) =
?=
Para o cálculo do valor presente, devemos dividir o fluxo em duas partes, calculando assim
o valor presente de cada entrada, e em seguida, somamos os dois resultados.
R$ 1.000,00
PV
Conforme o cálculo realizado, nosso resultado será - R$990,10, negativo, pois será um valor
que irá sair do fluxo de caixa - será investido.
Notaremos que o valor que surgirá na calculadora será agora positivo: R$990,10.
4° Passo: Como estamos dividindo em dois períodos nossa resolução, vamos agora armazenar na
memória 1 esse valor na memória da calculadora para usarmos mais adiante. Para isso clicamos em:
Agora que armazenamos o primeiro valor em memória, vamos analisar a segunda entrada
de caixa, que mostra o segundo momento de fluxo, no valor de R$500,00.
R$ 500,00
PV
Podemos considerar nesta segunda etapa de entrada de caixa, R$500,00, para o valor
presente, assim conseguiremos seguir com os cálculos.
6° Passo: Como nosso resultado está em negativo, vamos também passá-lo para positivo,
que ficará R$490,15, clicando em:
7° Passo: Vamos da mesma forma que anteriormente armazenar este valor na memória 1
da calculadora financeira. Então, clicamos em:
Aparecerá no visor o resultado presente que estamos procurando, que a soma será de
valor R$1.480,25.
Podemos concluir então que nosso valor presente aqui deste problema é R$1.480,25.
⯀ Joana tem uma conta de R$100,00 que paga 10% de juros compostos anualmente.
No fim de cinco anos, Joana terá?
5 (prazo/período)=
10 (taxa de juros) =
?=
NÚMERO DE PERÍODOS
É necessário sabermos que é possível que sejam encontradas maiores informações sobre
valor presente, valor futuro e taxa de juros, ao mesmo tempo que seja solicitado o cálculo
do número de períodos envolvidos.
⯀ Imaginamos que você invista R$100,00, à taxa de 10% ao ano, e pretenda retirá-lo quando
tiver acumulado R$161,05. por quantos anos você deve deixar o dinheiro aplicado?
10 (taxa de juros) =
100 =
?=
2° Passo: Para descobrir o tempo estimado que esse valor deve ficar guardado em banco,
vamos clicar em:
5=
100 =
?=
2° Passo: Para descobrir a taxa de rendimento nos 5 anos, vamos clicar em:
Conseguimos descobrir então o valor dos juros que rendem dentro deste tempo de apli-
cação, que é de 10% ao ano.
⯀ Roberto aplicou R$900,00 há sete anos, hoje, ele solicitou resgate total da aplicação
e recebeu R$4.500,00. Qual foi a taxa de retorno média, capitalizada anualmente,
deste investimento (sem considerar impostos)?
4.500 =
7=
900 =
?=
2° Passo: Para descobrir a taxa de rendimento nos 7 anos, vamos clicar em:
1 2 3
PV
1=
2=
?=
1° Passo: Vamos efetuar a limpeza da memória de cálculo (lembre-se, essa ação é funda-
mental para não haver complicações de resultados antigos com os atuais) digitando:
Conforme o cálculo realizado, nosso resultado da primeira entrada é - R$980,39, sendo negativo.
3° Passo: Como nosso resultado está em negativo, vamos também passá-lo para positivo,
que ficará R$980,39, clicando em:
4° Passo: Vamos da mesma forma que anteriormente armazenar este valor na memória 1
da calculadora financeira. Então, clicamos em:
Conforme o cálculo realizado, nosso resultado da segunda entrada é - R$961,17, sendo negativo.
6° Passo: Novamente como nosso resultado está em negativo, iremos também passá-lo
para positivo, que ficará R$961,17, clicando em:
7° Passo: Vamos da mesma forma que anteriormente armazenar este valor na memória
2 da calculadora financeira. Então, clicamos em:
Conforme o cálculo realizado, nosso resultado da segunda entrada é - R$942,32, sendo negativo.
9° Passo: Novamente como nosso resultado está em negativo, iremos também passá-lo
para positivo, que ficará R$961,17, clicando em:
Esta tecla irá “empilhar” o terceiro resultado com cada um dos outros. Em seguida clique
nas teclas abaixo, que fará que o terceiro resultado fique armazenado na memória 1, com
o primeiro resultado.
Em seguida, faremos o mesmo para armazenar com o resultado da memória 2, clicando em:
Surgirá em tela o valor de R$2.883,88 que é referente ao valor presente solicitado do enun-
ciado do problema que estamos resolvendo, sendo o nosso resultado.
3=
2=
?=
1° Passo: Vamos efetuar a limpeza da memória de cálculo (lembre-se, essa ação é funda-
mental para não haver complicações de resultados antigos com os atuais) digitando:
Temos então o valor presente que foi de R$2.883,88, o mesmo resultado dado anterior-
mente, mas com a realização do cálculo de forma diferente.
?= = - R$4.404,34
Para o cálculo na HP 12C, não se esqueça de alterar os sinais para positivo ou negativo
quando necessário (tecla CHS) e de zerar sua calculadora (teclando f e CLX).
Esse o cliente tivesse dado uma entrada de R$100.000,00, como ficaria a prestação?
?= = - R$3.303,26
TAXA DE JUROS
TAXA PROPORCIONAL:
Podemos considerar uma taxa proporcional quando os valores delas e o tempo em que estão
expressas formam um tipo de proporção, onde envolvem sempre e somente juros simples.
⯀ Consideramos uma taxa de 12% ao ano. Quais seriam as taxas proporcionais expressas
em dias (ano-base de 360 dias), meses, bimestres, trimestres e semestres?
2° Passo: Para descobrir o valor presente aqui neste investimentos devemos clicar na calculadora:
Temos então como resultado o primeiro valor demonstrado na tabela acima, desta
maneira os cálculos restantes para chegar nos outros valores, também são feitos com
este cálculo, respectivamente.
Mas e se quisermos encontrar a taxa proporcional a 12% ao ano expressa em apenas 15 dias?
Primeiramente devemos pensar que os 12% ao ano, onde são 360 dias, e 15 dias, onde os
15% são a taxa que estamos procurando expressada em 15 dias.
1° Passo: Vamos efetuar a limpeza da memória de cálculo (lembre-se, essa ação é funda-
mental para não haver complicações de resultados antigos com os atuais) digitando:
2° Passo: Para descobrir o valor presente aqui neste investimentos devemos clicar na calculadora:
TAXA EQUIVALENTE
As taxas equivalentes tem seu conceito na necessidade de identificar os dois períodos de
tempo relacionados na operação. Que podem ser:
Porém, em outras operações, os dois prazos podem não coincidir. Se o intervalo de tempo
da capitalização do juro for menor que o valor da taxa, será necessário defini-lo como o
prazo da taxa que será dividida pelo período de capitalização.
Por isso devemos supor que invista R$1.000,00 em uma aplicação que promete remune-
rar seus recursos à taxa de 12% ao ano. Caso você opte por resgatar os recursos após cinco
meses, qual seria o valor de rendimento?
Nessas situações, devemos calcular a chamada taxa de juros equivalente. Pois elas se aplicam
sobre o mesmo capital inicial e num mesmo intervalo produzem o mesmo montante final.
Assim, devemos seguir novamente como base o exemplo da aplicação que remunera o
capital à taxa de 12% ao ano, deve-se encontrar a taxa equivalente que, capitalizada por duas
vezes, sendo uma vez a cada 6 meses (período desejado), produza o mesmo efeito, isto é,
produza o mesmo montante final, que a taxa de 12% ao ano, capitalizada uma única vez.
1° Passo: Vamos efetuar a limpeza da memória de cálculo (lembre-se, essa ação é funda-
mental para não haver complicações de resultados antigos com os atuais) digitando:
2° Passo: Para descobrir a taxa aqui neste investimentos devemos clicar na calculadora:
Por isso, daqui para frente vamos trabalhar e considerar exemplos tratados apenas sob o regime
de juros compostos. Desta forma, partimos para os exercícios relacionados a estes conceitos:
No regime de juros simples bastava apenas fazermos uma multiplicação, diminuição ou até
mesmo uma divisão, o que acontece diferente nos juros compostos Aqui para ficar mais fácil,
é necessário lembrarmos da regra do QUERO/TENHO, onde podemos encontrar na fórmula
abaixo:
Em que temos:
iQ = 10%
Mas como nossa premissa é conhecer as fórmulas, mas saber como calcular em uma
calculadora financeira, partimos para os cálculos:
1° Passo: Vamos efetuar a limpeza da memória de cálculo (lembre-se, essa ação é funda-
mental para não haver complicações de resultados antigos com os atuais) digitando:
Aqui notamos que estamos transformando a taxa em forma decimal, por isso a divisão,
que nos apresenta em tela o valor de 2,14%.
Agora nosso resultado em tela será de 3,14%, que é a soma do valor anterior com o número
um que pode ser encontrado na fórmula.
Notamos que aqui foi colocado o tempo que é de um ano, ou seja 12 meses, e ao clicar a
função, aparecerá o valor de 0,08. A seguir, iremos potencializar este valor, clicando em:
6° Passo: Agora para finalizar colocaremos o valor de 100 em multiplicação, então clicamos em:
Portanto, teremos o resultado de 10%, que é nossa taxa mensal equivalente deste exercício.
⯀ Agora vamos considerar uma taxa de juros mensal de 5%. Qual é a taxa anual
equivalente?
Aqui notamos que estamos transformando a taxa em forma decimal, por isso a divisão,
que nos apresenta em tela o valor de 0,05%.
Agora nosso resultado em tela será de 1,05%, que é a soma do valor anterior com o número
um que pode ser encontrado na fórmula.
4° Passo: Também com o valor anterior em tela, clicamos no número do período e elevamos::
Notamos que aqui foi colocado o tempo que é de um ano, ou seja 12 meses, e ao clicar a
função, aparecerá o valor de 1,80. Onde aqui elevamos o valor sobre o tempo.
6° Passo: Agora para finalizar colocaremos o valor de 100 em multiplicação, então clicamos em:
Portanto, teremos o resultado de 79,59%, que é nossa taxa mensal equivalente deste exercício.
⯀ Em uma taxa mensal que ficou em 3%, 5% e 2,5% em três meses consecutivos, qual
a taxa de juros acumulada no período?
Aqui fizemos a resolução que nos leva a 3 = 1,03, os outros resultados ficariam desta forma:
5 = 1,05 e 2,5 = 1,025. Onde são realizados o mesmo cálculo para cada valor respectivamente.
2° Passo: Vamos efetuar a limpeza da memória de cálculo (lembre-se, essa ação é funda-
mental para não haver complicações de resultados antigos com os atuais) digitando:
Um dos melhores exemplos para entendermos a diferença entre taxa nominal e taxa efetiva
é a caderneta de poupança. Onde compreende pagamentos aos depositantes com uma
taxa de juros de 6% ao ano, que é agregada (capitalizada) ao valor principal doze vezes por
ano, ou seja, todo mês através de um percentual de 0,5%, que equivale a 6% 12 que resulta
em 0,5% ao mês (sobre depósitos realizados até 03/05/12 e para depósitos feitos após essa
data, se a meta da Taxa Selic for superior a 8,5% ao ano).
⯀ A taxa de 6% ao ano é uma taxa nominal; já 0,5% ao mês é a taxa efetiva, que por sua
vez pode também ser expressa em uma base anual:
1° Passo: Vamos efetuar a limpeza da memória de cálculo (lembre-se, essa ação é funda-
mental para não haver complicações de resultados antigos com os atuais) digitando:
IMPORTANTE: sempre lembre que dependendo das funções a sua calculadora pode
arredondar os valores ou até mesmo colocar números de casas a mais ou a menos.
6° Passo: Com a subtração realizada ficaremos com o resultado de 0,062. Deste modo, con-
seguiremos agora fazer a última etapa que é a multiplicação em 100. Então, clicamos em:
Aqui temos:
Umas das situações mais conhecidos nestes processos são em relação a quando uma
pessoa investe em um título público que promete remunerar seus detentores à taxa de
juros de 10% ao ano. Se é aplicado R$1.000,00 nesse título, ele saberá, desde o momento
da aquisição desse papel, que sua aplicação valerá R$1.000,00 acrescidos de 10% daqui a
um ano, isto é, será um rendimento de R$1.100,00.
1000 (investimento) =
1 (um ano) =
10 (taxa de juros) =
1° Passo: Vamos efetuar a limpeza da memória de cálculo (lembre-se, essa ação é funda-
mental para não haver complicações de resultados antigos com os atuais) digitando:
2° Passo: Para descobrir o valor do montante, o valor futuro entre de rendimento com a
taxa de juros deve-se clicar em
É válido sabermos que outra aplicação muito comum de juros pré-fixados é em operações
de crédito, em que acontecem quando o cliente contrai um empréstimo de R$10.000 à taxa
de 5% ao ano, esse cliente sabe, desde a contratação do empréstimo, que deverá ao credor
R$10.000,00 mais 5% daqui um ano, sendo que resultará no valor de R$10.500,00 . Este valor
também pode ser encontrado ao realizarmos a fórmula do valor futuro na calculadora financeira.
Já no que diz respeito aos juros pós-fixados, eles são associados a operações no mercado
financeiro cujo resultado não é conhecido no momento da contratação da operação. Os
exemplos práticos acerca das operações de juros pós-fixados também podem girar em
torno dos títulos públicos, como o Tesouro Direto, que através dele qualquer investidor
pode obter Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), que remuneram os detentores desses
papéis com o valor da meta Selic - é determinada pelo Comitê de Política Monetária do
Banco Central - quando acontece o resgate do valor ou o vencimento.
Nessa situação, o investidor saberá o valor de rendimento apenas quando for resgatado
o valor ou haver o vencimento - geralmente, aquele que ocorrer por primeiro - que será
quando será sabido o valor da meta na Taxa Selic. Esta mesma taxa se estiver em 10% ao
ano no momento do resgate, e o investidor deixou seu dinheiro por um ano aplicado, ele
obterá por consequência os 10% de rendimento. Porém isso tudo dependerá do valor dessa
taxa de juros no momento do resgate ou vencimento.