Você está na página 1de 146

Resumo Executivo

Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL

APRESENTAÇÃO
A Lei Federal nº 11.445 de 05 de janeiro de 2007 instituiu a Política Nacional de Saneamento
Básico e estabeleceu a obrigatoriedade dos titulares dos serviços públicos de saneamento básico
elaborarem seus Planos de Saneamento Básico, abrangendo os quatro eixos do saneamento
(abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos, limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos, drenagem urbana e manejo de águas pluviais), tendo como prazo final de apresentação o
dia 31 de dezembro de 2015, conforme Decreto Federal nº 8.211, de 24 de março de 2014.
Diante da necessidade de elaboração dos planos, o Consórcio Intermunicipal da Bacia do
Paraopeba (CIBAPAR) identificou a carência dos Municípios pertencentes à bacia em dispor
recursos técnicos e financeiros para tal. Nesse sentido, buscou meios para dotar os Municípios dos
recursos necessários.
No início do ano de 2014, o CIBAPAR, informado sobre recurso financeiro de ação compensatória
da Petrobrás a ser aplicado na Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, entrou em articulação com o
Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) / Coordenadoria Regional de Promotoria de Justiça
do Meio Ambiente de Bacias Hidrográficas do Rio Paraopeba e Rio das Velhas, e apresentou
projeto buscando captar recursos para a elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico
(PMSB) em Municípios da bacia. O projeto foi aprovado no final do ano de 2014, viabilizando o
repasse dos recursos necessários.
Nesse contexto, a empresa Projeta Consultoria e Serviços Ltda foi contratada para a elaboração
dos PMSBs dos seguintes Municípios: Bonfim, Brumadinho, Congonhas, Conselheiro Lafaiete,
Cristiano Otoni, Florestal, Igarapé, Jeceaba, Maravilhas, Mateus Leme, Pequi, Queluzito, São Brás
do Suaçuí, São José da Varginha e Sarzedo, sendo posteriormente incluídos os Municípios de Mário
Campos e Rio Manso. A contratação foi realizada de forma conjunta, objetivando uma abordagem
sistêmica no âmbito de bacia hidrográfica.
Os Planos Municipais de Saneamento Básico têm o objetivo de consolidar os instrumentos de
planejamento e gestão afetos ao saneamento, com vistas a universalizar o acesso aos serviços,
garantindo qualidade e suficiência no suprimento dos mesmos, proporcionando melhores
condições de vida à população, bem como a melhoria das condições ambientais. Este documento
(Produto K - Relatório final do Plano Municipal de Saneamento Básico: Resumo Executivo)
apresenta a consolidação dos trabalhos executados para a elaboração do Plano Municipal de
Saneamento Básico do Município de Florestal.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL

EXECUÇÃO

PROJETA CONSULTORIA E SERVIÇOS LTDA


Alameda Oscar Niemayer, 500 | Sala 503/507 | Vale
do Sereno | Nova Lima | Minas Gerais
www.projetaengenharia.eng.br

FINANCIADOR

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS


Promotoria De Meio Ambiente/Bacias Hidrográficas Do
Rio Paraopeba e Rio Das Velhas
Av. Álvares Cabral, 1690 | Lourdes
Belo Horizonte |Minas Gerais
www.mpmg.mg.br

APOIO TÉCNICO

PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORESTAL


Rua Benedito Valadares, nº 243 | Centro
Florestal | Minas Gerais
www.florestal.mg.gov.br

REALIZAÇÃO

CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DA BACIA HIDROGRÁFICA


DO RIO PARAOPEBA
Rua Rio Paraopeba, 244 | Bairro Jota
Brumadinho | Minas Gerais
www.cibapar.org.br

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL

PROJETA ENGENHARIA

Coordenação Executiva
Raphael Eduardo De Melo E Silva

Coordenação Setorial – Gerente de Contratos


Guilherme Diniz

Responsável Técnico
Matheus Comanduci Fernandes Neto

Coordenação Geral
Rafaela Priscila Sena do Amaral

Coordenação de Campo
João Martins Alves Costa

Coordenação Técnica da Mobilização Social


Luciana da Silva Gomes

Equipe Técnica
Adélia Nascimento Janaina Pucci
Aline Maia João Carlos Barbosa
Andréia Silvia Martins Juliana Oliveira
Ana Carolina Sotero de Oliveira Larissa Costa Silveira
Bruno de Lima e S. S. Teixeira Marcos Paulo de Andrade
Cláudio Henrique Alves da Cunha Maria Inês Assis Ferreira de Carvalho
Christiane Passos Michele Ribeiro
Cristiane Alcântara Hubner Sayuri Osawa
Cristiano Antônio Souza Maciel Tayrini Campos Soares
Danilo da Silva Virginia Rodrigues da Silva
Elaine Cristina Alves Evangelista
Eliane Ferreira
Fabiano Lopes
Heleno Capistrano

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL

CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DOS MUNICÍPIOS DA BACIA DO RIO


PARAOPEBA

Presidente
Breno Carone
Vice-presidente de Integração Regional
Ivar de Almeida Cerqueira Neto
Vice-Presidente de Recursos Hídricos
Líbia Guimarães
Vice-Presidente de Proteção de Mananciais e Monitoramento de Águas
Gabriel Bandeira
Secretário-executivo
Thiago de Castro Alves Carone
Coordenação Técnica de Contratos e Projetos
Luciana Barbosa

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL

PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORESTAL

Prefeito
Hebert Fernando Martins de Oliveira
Vice Prefeito
Adeir da Anunciação Ferreira
Comitê de Coordenação
Antônio Ribeiro – Chefe do Departamento Municipal de Meio Ambiente
Wagner dos Santos Junior – Representante da Câmara de Vereadores
Representante dos Prestadores de Serviços
Abastecimento – Silvimar Eustáquio Ferreira
Resíduos Sólidos – Afrânio Gustavo Pimenta dos Santos
Representante da Sociedade Civil
Sônia Muriquito Naime
Comitê Executivo
Fábio Alves de Moraes – Representante do Departamento Municipal de Meio Ambiente
Ivone Moura Pacheco – Representante da Secretaria Municipal de Assistência Social
Vilma de Freitas Lima – Representante da Secretaria Municipal de Saúde
Luiz Gabriel Gonçalves – Representante da Secretaria Municipal de Administração e
Planejamento

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL i

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 1
1.1. O COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO PARAOPEBA .................................................................... 1
1.2. BASES PARA ELABORAÇÃO DO PLANO .............................................................................................. 1
1.3. ESTRUTURAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO .............. 1
1.4. CONTROLE SOCIAL E PROCESSOS PARTICIPATIVOS NO PMSB........................................................ 1
2. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ................................................................................................... 2
2.1. ASPECTOS CULTURAIS E SOCIAIS ....................................................................................................... 2
2.2. CARACTERÍSTICAS GERAIS ................................................................................................................. 2
5.1.1 Demografia ...................................................................................................................................... 2
5.1.2 Assistência Social ............................................................................................................................ 1
5.1.3 Habitação ......................................................................................................................................... 1
5.1.4 Indicadores de Renda e Desenvolvimento .................................................................................. 1
5.1.5 Educação .......................................................................................................................................... 1
2.2.6 Saúde ................................................................................................................................................ 2
2.2.7 Atividades vocacionais econômicas ............................................................................................. 1
2.3 ASPECTOS FÍSICOS ............................................................................................................................... 1
5.1.1 Uso e cobertura do solo.................................................................................................................. 1
5.1.2 Unidades de conservação .............................................................................................................. 1
5.1.3 Hidrografia superficial .................................................................................................................. 2
3. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO .............................................................. 6
3.2. ABASTECIMENTO DE ÁGUA ................................................................................................................ 6
5.1.1 CARACTERIZAÇÃO GERAL ........................................................................................................................... 6
3.2.1.1. COPASA ....................................................................................................................................................6
3.2.1.2. Tarifário ..................................................................................................................................................6
3.2.1.3. Prefeitura Municipal .............................................................................................................................8
5.1.2 Sistemas de abastecimento de água ............................................................................................ 8
3.2.2.1. Sistemas gerenciados pela COPASA ...................................................................................................8
a) Sistema de abastecimento da Sede .........................................................................................................9
- Laboratório de análises e preparação e dosadores de produtos químicos .........................................13
b) Dados operacionais..................................................................................................................................14
c) Qualidade da água ....................................................................................................................................17
3.2.2.2. Abastecimento das Localidades rurais ............................................................................................17
5.1.3 Balanço entre oferta e demanda de água ................................................................................. 20
3.3. ESGOTAMENTO SANITÁRIO............................................................................................................ 21
5.1.1 CARACTERIZAÇÃO GERAL ......................................................................................................................... 21
5.1.2 POLÍTICA TARIFÁRIA ............................................................................................................................... 21
5.1.3 CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS IDENTIFICADOS ....................................................................................... 21
3.3.3.1. Sistema Sede .........................................................................................................................................22
a) Estações Elevatórias de Esgoto ..............................................................................................................22
b) Poços de Sucção ........................................................................................................................................24
c) Estação de Tratamento de Esgoto .........................................................................................................26
d) Dados Operacionais .................................................................................................................................27
3.3.3.2. Localidades Rurais ..............................................................................................................................27
a) Localidade Cachoeira das Almas ...........................................................................................................27
b) Localidade Gameleira ..............................................................................................................................28
3.4. DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS ................................................................ 29
4. PROGNÓSTICO.....................................................................................................................................38
4.1. PROJEÇÃO POPULACIONAL............................................................................................................. 38
4.2. CENÁRIOS DE DEMANDA ................................................................................................................. 38

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL ii

5.1.1 Abastecimento de água ............................................................................................................... 39


5.1.2 Esgotamento sanitário ................................................................................................................ 43
5.1.3 Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais ....................................................................... 46
5.1.4 Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos ....................................................................... 47
4.3. FORMAS DE GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO ............................................................. 51
5. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES....................................................................................................52
5.1. OBJETIVOS ......................................................................................................................................... 52
5.1.1 Desenvolvimento Institucional ................................................................................................... 52
5.1.2 Abastecimento de Água ............................................................................................................... 52
5.1.3 Esgotamento Sanitário ................................................................................................................ 53
5.1.4 Drenagem urbana e manejo de águas pluviais ....................................................................... 53
5.1.5 Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos ........................................................................ 53
5.2. PROGRAMAS E AÇÕES ...................................................................................................................... 54
6. MONITORAMENTO, AVALIAÇÃO E REVISÃO ..................................................................................68
6.1. MECANISMOS DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO................................................................... 68
6.2. MECANISMOS PARA A DIVULGAÇÃO ............................................................................................. 68
6.3. MECANISMOS DE REPRESENTAÇÃO DA SOCIEDADE .................................................................. 69
6.3.1 Oficina de Controle Social para o Saneamento Básico ............................................................ 69
6.4. REVISÃO DO PLANO ............................................................................................................................... 69
7. ALTERNATIVAS DE FONTES DE FINANCIAMENTO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO
71
8. REGULAMENTAÇÃO DOS SERVIÇOS.................................................................................................72
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................73
10. ANEXOS ............................................................................................................................................74
ANEXO I – MAPAS DE CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ........................................................................74
ANEXO II – INDICADORES DE MONITORAMENTO ....................................................................................88
ANEXO III – MINUTA DE LEI PARA INSTITUIÇÃO DO PMSB ..................................................................104
ANEXO IV – MINUTA DE LEI QUE INSTITUI A POLÍTICA MUNICIPAL DE SANEAMENTO ....................108

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL iii

LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – FLUXO ESCOLAR POR FAIXA ETÁRIA................................................................................................. 1
3. FIGURA 2 – ESCOLARIDADE DA POPULAÇÃO ADULTA - FLORESTAL.............................................................. 2
FIGURA 3 - USOS IDENTIFICADOS POR CADASTROS E OUTORGAS........................................................................... 5
FIGURA 4 – ESCRITÓRIO COPASA .................................................................................................................... 6
FIGURA 5 – CÓRREGO CAMARÃO ....................................................................................................................... 9
FIGURA 6 – CAPTAÇÃO NO CÓRREGO CAMARÃO ................................................................................................. 9
FIGURA 7 – ELEVATÓRIA DE ÁGUA BRUTA (EAB) .............................................................................................. 9
FIGURA 8 – BOOSTER EAB............................................................................................................................. 10
FIGURA 9 – ETA DE FIBRA ............................................................................................................................. 10
FIGURA 10 – ETA DE FIBRA ........................................................................................................................... 10
FIGURA 11 – DECANTADOR ............................................................................................................................ 11
FIGURA 12 – FILTROS .................................................................................................................................... 11
FIGURA 13 – ETA DE CONCRETO .................................................................................................................... 11
FIGURA 14 – CALHA PASHALL ........................................................................................................................ 11
FIGURA 15 – FLOCULADORES, DECANCADORES E FILTROS ................................................................................. 12
FIGURA 16 – RESERVATÓRIO RECANTO DAS PALMEIRAS ................................................................................... 12
FIGURA 17 – RESERVATÓRIO 01 CONCRETO NOSSA SENHORA APARECIDA ......................................................... 12
FIGURA 18 – BOOSTER CORDEIRO .................................................................................................................. 13
FIGURA 19 – RESERVATÓRIO CORDEIRO.......................................................................................................... 13
FIGURA 20 – RESERVATÓRIO 02 NOSSA SENHORA APARECIDA E RESERVATÓRIO METÁLICO ................................ 13
FIGURA 21 – LABORATÓRIO FÍSICO - QUÍMICO ................................................................................................. 13
FIGURA 22 – DOSADORES DE PRODUTOS QUÍMICOS........................................................................................... 14
FIGURA 23 – DOSADORES DE PRODUTOS QUÍMICOS........................................................................................... 14
FIGURA 24 – DEPÓSITO DE PRODUTOS QUÍMICOS ............................................................................................. 14
FIGURA 25 – ARMAZENAMENTO DE CAL HIDRATADA ........................................................................................ 14
FIGURA 26– POÇO TUBULAR PROFUNDO .......................................................................................................... 18
FIGURA 27– RESERVATÓRIOS DA LOCALIDADE ................................................................................................. 19
FIGURA 28– POÇO TUBULAR PROFUNDO INATIVO ............................................................................................. 19
FIGURA 29– POÇO TUBULAR PROFUNDO .......................................................................................................... 19
FIGURA 30– POÇO TUBULAR PROFUNDO .......................................................................................................... 20
FIGURA 31– RESERVATÓRIO DA LOCALIDADE................................................................................................... 20
FIGURA 32– POÇO TUBULAR PROFUNDO .......................................................................................................... 20
FIGURA 33– RESERVATÓRIO DA LOCALIDADE (CHACREAMENTO) ...................................................................... 20
FIGURA 34 – ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO 1 ........................................................................................... 22
FIGURA 35 – ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO 2 ........................................................................................... 23
FIGURA 36 – ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO 3 ........................................................................................... 23
FIGURA 37 – ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO 4 ........................................................................................... 23
FIGURA 38 – ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO 5 ........................................................................................... 24
FIGURA 39 − ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO 6 ........................................................................................... 24
FIGURA 40 – POÇO DE SUCÇÃO 01 .................................................................................................................. 24
FIGURA 41 – CHORUMEIRA ............................................................................................................................ 25
FIGURA 42 – POÇO DE SUCÇÃO 02 .................................................................................................................. 25
FIGURA 43 – POÇO DE SUCÇÃO 03 .................................................................................................................. 25
FIGURA 44 – CAIXA DE PASSAGEM, LANÇAMENTO EM REDE PLUVIAL .................................................................. 26
FIGURA 45 – TUBULAÇÃO CHEGADA DO EFLUENTE NO REATOR ANAERÓBICO ...................................................... 26
FIGURA 46 – REATOR ANAERÓBICO UASB ...................................................................................................... 27
FIGURA 47 – LEITO DE SECAGEM .................................................................................................................... 27
FIGURA 48 – LAGOA DE ESTABILIZAÇÃO .......................................................................................................... 27
FIGURA 49 – LANÇAMENTO DE EFLUENTE ....................................................................................................... 28
FIGURA 50 – ESGOTO NA REDE PLUVIAL .......................................................................................................... 28
FIGURA 51 – LANÇAMENTO INDIVIDUAL .......................................................................................................... 28

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL iv

FIGURA 52 – LANÇAMENTO DE EFLUENTE, REDE ENTUPIDA ............................................................................... 29


FIGURA 53 – LANÇAMENTO DE ESGOTO INDIVIDUAL ......................................................................................... 29
FIGURA 54 − FOSSA RUDIMENTAR PARTICULAR................................................................................................ 29
FIGURA 55 - RIBEIRÃO CAMARÃO ................................................................................................................... 30
FIGURA 56 - RIBEIRÃO DAS LAGES .................................................................................................................. 30
FIGURA 57 - DELIMITAÇÃO DAS SUB-BACIAS EXISTENTES EM FLORESTAL ........................................................... 31
FIGURA 58 - PONTE SOBRE O RIO CAMARÃO .................................................................................................... 32
FIGURA 59 - PONTE SOBRE O CÓRREGO DAS LAGES .......................................................................................... 32
FIGURA 60 - PONTE NA ÁREA CENTRAL DO MUNICÍPIO...................................................................................... 32
FIGURA 61 - BOCA DE LOBO GRADEADA, RUA EZEQUIEL FRAGA ......................................................................... 33
FIGURA 62 - GRELHA ..................................................................................................................................... 33
FIGURA 63 - BOCA DE LOBO SEM DEPRESSÃO .................................................................................................. 33
FIGURA 64 - BUEIRO OBSTRUÍDO POR VEGETAÇÃO ........................................................................................... 33
FIGURA 65 - BOCA DE LOBO COM RESÍDUOS ..................................................................................................... 34
FIGURA 66 - LIGAÇÃO CLANDESTINA ............................................................................................................... 34
FIGURA 67 - LIGAÇÃO CLANDESTINA ............................................................................................................... 34
FIGURA 68 - CASA DESTRUÍDA NO BAIRRO FLUMINENSE .................................................................................. 35
FIGURA 69 – QUEDA DE PONTE DEVIDO ÀS CHEIAS DO RIBEIRÃO CAMARÃO ........................................................ 35
FIGURA 70 – DANOS MATERIAIS OCASIONADOS PELAS CHUVAS INTENSAS ........................................................... 35
FIGURA 71 - CONSTRUÇÃO DE SISTEMAS DE DRENAGEM ................................................................................... 35
FIGURA 72: MANILHAMENTO PARA CONSTRUÇÃO DAS OBRAS ........................................................................... 36
FIGURA 73 - ÁREA CENTRAL - ÁREA DE ALAGAMENTO ...................................................................................... 36
FIGURA 74 - RUA LUCAS SILVEIRA - ÁREA DE ALAGAMENTO.............................................................................. 36
FIGURA 75 - PRAÇA JOAQUIM PINTO DE CARVALHO - ÁREA DE ALAGAMENTO ..................................................... 36
FIGURA 76 - ÁREA DE DESLIZAMENTO DE FLORESTAL....................................................................................... 37
FIGURA 77 - FORMAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO ................................................................................ 51

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL v

LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – PRODUTOS A SEREM ELABORADOS - PMSB ...................................................................................... 1
TABELA 2 – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE FLORESTAL............................................................................... 2
TABELA 3 – POPULAÇÃO TOTAL, RURAL E URBANA E POR GÊNERO – FLORESTAL/MG ............................................. 1
TABELA 4 – ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO – FLORESTAL/MG ............................................................... 1
TABELA 5 – ORGANIZAÇÕES SOCIAIS - FLORESTAL .............................................................................................. 1
TABELA 6 – ÁREAS DELIMITADAS EM FLORESTAL – ANO 2006 ........................................................................... 1
TABELA 7 – INDICADORES DE RENDA, POBREZA E DESIGUALDADE - FLORESTAL ..................................................... 1
TABELA 8 – UNIDADES DE SAÚDE EM FLORESTAL ............................................................................................... 1
TABELA 9 – LONGEVIDADE, MORTALIDADE E FECUNDIDADE. .............................................................................. 1
TABELA 10 – PRINCIPAIS ASPECTOS FÍSICOS .................................................................................................. 1
TABELA 11 – SÍNTESE COMPARATIVA DOS RESULTADOS DE 2013 E 2014 DE IQA, CT E IET E OS PARÂMETROS
INDICATIVOS DE CONTAMINAÇÃO .............................................................................................................. 1
TABELA 12 – USUÁRIOS DE RECURSOS HÍDRICOS OUTORGADOS OU CADASTRADOS NO MUNICÍPIO DE FLORESTAL ..... 2
TABELA 1 – TARIFAS APLICÁVEIS AOS USUÁRIOS DA COPASA PERÍODO DE 05/2015 A 04/2016 ........................ 7
TABELA 2: INFORMAÇÕES DAS ESTRUTURAS DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA OPERADOS PELA COPASA.
............................................................................................................................................................. 8
TABELA 3 – INFORMAÇÕES BÁSICAS OPERACIONAIS ...................................................................................... 16
TABELA 4 – RESULTADOS DA QUALIDADE DA ÁGUA REFERENTE À JANEIRO 2014 A DEZEMBRO 2014 ............ 17
TABELA 5: INFORMAÇÕES DAS ESTRUTURAS DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NAS LOCALIDADES RURAIS
........................................................................................................................................................... 18
TABELA 6 − COORDENADAS GEOGRÁFICAS DOS PONTOS DE LANÇAMENTO DE ESGOTO EM FLORESTAL - MG ........... 21
TABELA 7 – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO CENÁRIO 2................................................................................. 39
TABELA 8 – PRODUÇÃO DE ÁGUA PARA ATENDIMENTO DA POPULAÇÃO FUTURA CONSIDERANDO AS METAS
ESTABELECIDAS NO CENÁRIO 2 .............................................................................................................. 41
TABELA 9 − PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO CENÁRIO 2 ................................................................................. 43
TABELA 10 − GERAÇÃO DE ESGOTOS DA POPULAÇÃO FUTURA DE FLORESTAL CONSIDERANDO AS METAS
ESTABELECIDAS NO CENÁRIO 2 .............................................................................................................. 45
TABELA 11: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO CENÁRIO 1 ................................................................................ 46
TABELA 12 – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO CENÁRIO 2 .............................................................................. 47
TABELA 13 – GERAÇÃO DE RESÍDUOS E RECUPERAÇÃO ATRAVÉS DA RECICLAGEM, CONSIDERANDO AS METAS
ESTABELECIDAS NO CENÁRIO 2 .............................................................................................................. 50
TABELA 14 – CONSOLIDAÇÃO DOS PROGRAMAS E AÇÕES PROPOSTOS PARA O MUNICÍPIO DE FLORESTAL ........ 55

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL vi

LISTA DE SIGLAS
AAF – Autorização Ambiental de Funcionamento
ANA – Agência Nacional de Águas
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
APA Sul RMBH – Área de Proteção Ambiental ao Sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte
APP – Áreas de Preservação Permanente
APS – Atenção Primária à Saúde
ARMBH – Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte
ARSAE-MG – Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento
Sanitário do Estado de Minas Gerais
BHRP –Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba
CadÚnico – Cadastro Único para Programas Sociais
CBH-Paraopeba – Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba
CEASA/MG – Centrais de Abastecimento de Minas Gerais
CERH – Conselho Estadual de Recursos Hídricos
CIBAPAR – Comitê Intermunicipal da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba
CISMEP – Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paraopeba
COMAG – Companhia Mineira de Água e Esgotos
COPAM – Conselho Estadual de Política Ambiental
COPANOR – Companhia de Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas
Gerais
COPASA – Companhia de Saneamento de Minas Gerais
CRAS – Centro de Referência da Assistência Social
CSN – Companhia Siderúrgica Nacional
CT – Contaminação por Tóxicos
DTS – Despesas Totais com os Serviços
EMATER – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais
EPI – Equipamentos de Proteção Individual
ETA – Estação de Tratamento de Água
ETE – Estação de Tratamento de Esgoto
FEAL – Fundação Estadual de Assistência aos Lázaros
FEAM – Fundação Estadual de Meio Ambiente
FIP – Fundação Israel Pinheiro
FJP – Fundação João Pinheiro
FUNASA – Fundação Nacional de Saúde
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL vii

IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal


IEF – Instituto Estadual de Florestas
IET – Índice de Estado Trófico
IGAM – Instituto Mineiro de Gestão das Águas
INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
IQA – Índice de Qualidade das Águas
IRT – Índice de Reajuste Tarifário
LI – Licença de Implantação
LO – Licença de Operação
LP – Licença Prévia
MMA – Ministério do Meio Ambiente
MPMG –Ministério Público do Estado de Minas Gerais
NBR – Norma Brasileira
PAB Fixo – Piso da Atenção Básica Fixo
PAB Variável – Piso da Atenção Básica Variável
PAR – Plano de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências e Emergências
PDDU – Plano Diretor de Drenagem Urbana
pH – Potencial Hidrogeniônico
PIB – Produto Interno Bruto
PM – Polícia Militar
PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico
PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos
PPI – Programação Pactuada Integrada
PPP – Parceria Público Privada
RCC – Resíduos da Construção Civil
RDC – Resolução da Diretoria Colegiada
REEE – Resíduos Eletroeletrônicos
RMBH – Região Metropolitana de Belo Horizonte
RPU – Resíduos da Limpeza de Áreas Públicas
RSD – Resíduos Sólidos Domésticos
RSS – Resíduos de Serviços de Saúde
RSU – Resíduos Sólidos
RUE – Rede de Urgência e Emergência
SAA – Sistema de Abastecimento de Água
SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica
SEDRU – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL viii

SEMAD – Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável


SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
SRS/BH – Superintendência Regional de Saúde Belo Horizonte
UPGRH – Unidades de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos
UTC – Usina de Triagem e Compostagem
UTR – Unidade de Tratamento de Resíduo

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 1

1. INTRODUÇÃO
Os Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB) constituem um documento essencial como
ferramenta de planejamento estratégico para a futura elaboração de projetos e execução de
serviços e obras, servindo de diretriz na elaboração de Planos de Investimentos com vistas à
obtenção de financiamentos para obras e serviços necessários aos municípios. Nos Planos são
definidos critérios, parâmetros, metas e ações efetivas para atendimento dos objetivos propostos,
englobando medidas estruturais e estruturantes na área do saneamento.
Em termos gerais, o PMSB busca a consolidação dos instrumentos de planejamento e gestão,
visando à universalização do acesso aos serviços de saneamento às populações urbanas e rurais,
à garantia de qualidade e suficiência desses serviços e à promoção da melhoria da qualidade de
vida da população e das condições ambientais, tendo como horizonte de planejamento um período
de 20 (vinte) anos, incluindo metas de curto, médio e longo prazos.
A elaboração do PMSB deve-se dar em consonância com as políticas públicas previstas para o
município e região onde se insere, devendo-se também levar em consideração outras ações de
caráter interdisciplinar – a exemplo das questões urbanísticas, socioeconômicas, ambientais e de
saúde, dentre outras –, de modo a compatibilizar as soluções a serem propostas com as leis, planos
e projetos previstos para a área de estudo.
1.1. O COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO PARAOPEBA
A equiparação à Agência de Bacia Hidrográfica ocorreu por intermédio da Deliberação Normativa
nº. 56, de 18 de julho de 2007, do Conselho Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais, a partir
de solicitação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba.
O CIBAPAR operacionaliza e executa as decisões do CBH Paraopeba. São eles, com funções
distintas, os órgãos responsáveis pela discussão, consolidação e operacionalização
descentralizada da Política Pública de Recursos Hídricos desta importante bacia hidrográfica.
Com sede em Brumadinho, o CBH Paraopeba e o CIBAPAR têm como território de atuação os 48
municípios que fazem parte da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba.
O principal objetivo do CBH Paraopeba é promover o debate entre a sociedade civil, o poder
público e os usuários das águas do Rio Paraopeba, visando a garantir a disponibilidade deste
recurso hídrico em quantidade e qualidade satisfatórias para todos, nos dias atuais e para as
gerações futuras.
1.2. BASES PARA ELABORAÇÃO DO PLANO
O desenvolvimento do PMSB se guiou pela perspectiva da bacia hidrográfica, considerando as
escalas espacial e temporal, além das demais políticas setoriais e dos planos regionais existentes.
O trabalho foi fundamentado na análise de dados secundários (fontes oficiais) e, de forma
complementar, dados primários (visitas de campo).
1.3. ESTRUTURAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO MUNICIPAL DE
SANEAMENTO BÁSICO
Como premissa para elaboração do PMSB de Florestal, tomou-se como base o Termo de Referência
da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) para elaboração de Planos Municipais de Saneamento
Básico, o qual dispõe, dentre outras diretrizes, sobre os produtos a serem elaborados para o PMSB,
sendo:

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 1

Tabela 1 – Produtos a serem elaborados - PMSB


PRODUTOS A SEREM ELABORADOS
Produto A – Cópia do ato público do Poder Executivo (Decreto ou Portaria, como exemplo),
com definição dos membros dos comitês instituídos
Produto B – Plano de Trabalho e Plano de Mobilização e Comunicação Socioambiental
Produto C – Diagnóstico Técnico-Participativo da Situação do Saneamento Básico
Produto D – Prospectiva e planejamento estratégico
Produto E – Programas, projetos e ações
Produto F – Plano de execução
Produto G – Minuta de projeto de Lei do Plano Municipal de Saneamento Básico
Produto H – Indicadores de desempenho do Plano Municipal de Saneamento Básico
Produto I – Sistema de informações para auxílio à tomada de decisão
Produto J – Relatório mensal simplificado do andamento das atividades desenvolvidas
Produto K – Relatório final do Plano Municipal de Saneamento Básico

1.4. CONTROLE SOCIAL E PROCESSOS PARTICIPATIVOS NO PMSB


O propósito dos mobilizadores é repassar informações, provocar mudança de valores e atitudes e
sensibilizar o munícipe para as grandes questões de saneamento na melhoria da qualidade de
vida. Para tanto, serão realizadas algumas atividades, descritas nos itens a seguir.
 Formação dos comitês de coordenação e executivo
 Reunião setorial de nivelamento - Comitê executivo e coordenação
 Reunião de capacitação das oficinas setoriais - Comitê executivo e coordenação
 Oficina setorial – Diagnóstico técnico participativo
 Oficina geral de diagnóstico técnico participativo
 Reuniões interativas
 Oficinas para o saneamento
 Conferências públicas.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 2

2. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
2.1. ASPECTOS CULTURAIS E SOCIAIS
Em 1911, o povoado foi elevado à categoria de distrito, passando em seguida a se chamar Florestal,
porém só três anos depois o distrito foi instalado. A emancipação de Florestal se deu em 30 de
dezembro de 1962 e o Município foi instalado em 1º de março de 1963 (IBGE, 2015). A história
não conta muitos dados sobre a formação do Município de Florestal. Sabe-se apenas que a riqueza
do solo em cristal de rocha e rolado, além da imensa quantidade de madeira de lei, motivou a
chegada dos primeiros habitantes na localidade.
O fundador e primeiro morador foi o Guarda-mor Salles, que chegou ao local por volta de 1845.
Ele era capitão-do-mato e estava à procura de escravos fugitivos de fazendas do estado.
Posteriormente, chegaram o Senhor Elias Lopes, família Gonçalves Dias, família Francisco
Rodrigues, Alfredo Andrade, Cristiano Alves Ferreira de Melo e Fontenelle Alves Ferreira de Melo,
iniciando então a construção do futuro Município de Florestal, onde hoje existe a sede municipal.
O primeiro nome que a localidade recebeu foi Guarda-mor Salles. Até aproximadamente o ano de
1910, os moradores do povoado dependiam do então Distrito de Mateus Leme (hoje Município),
que na ocasião era Distrito de Pará de Minas, inclusive para votar nas eleições (IBGE, 2015).
2.2. CARACTERÍSTICAS GERAIS
A Tabela 2 agrupa as principais características do Município de Florestal, incluindo informações
sobre localização, acesso, demografia, entre outras.
Tabela 2 – Principais características de Florestal
Características locacionais Município de Florestal
Latitude, Longitude 19°53′20″ 44°25′58″
Municípios Limítrofes Esmeralda, Pará de Minas, Mateus Leme e Juatuba.
Distância da Capital do Estado (Belo Horizonte) 60 km
Área 191,421 km²
População Total em 2010 6.600 hab.
População 2015 7.109 hab.
Altitude 753 m
Fonte: IBGE (2010)

5.1.1 Demografia
Segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil, entre os anos 1991 e 2000, a população
de Florestal cresceu a uma taxa média anual de 1,24%. A taxa de urbanização do Município passou
de 58,90% para 68,00% nesta década. Já entre os anos 2000 e 2010, a taxa média anual de
crescimento da população do Município foi de 1,57%, enquanto no Brasil foi de 1,17%, no mesmo
período. Nesta década, a taxa de urbanização do Município passou de 68,00 para 83,39% (PNUD;
IPEA; FJP, 2015).

Ainda segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil, a população de Florestal nos anos
de 1991, 2000 e 2010 se mantém predominantemente urbana e equilibrada em relação ao gênero
Tabela 3.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 1

Tabela 3 – População total, rural e urbana e por gênero – Florestal/MG


(%) do (%) de % do
População População População
População total Total Total
(1991) (2000) (2010)
(1991) (2000) (2010)
População
5.053 100,00 5.647 100,00 6.600 100,00
Total
Urbana 2.976 58,90 3.840 68,00 5.504 83,39
Rural 2.077 41,10 1.807 32,00 1.096 16,61
Homens 2.567 50,80 2.863 50,70 3.245 49,17
Mulheres 2.486 49,20 2.784 49,30 3.355 50,83
Fonte: PNUD, Ipea e FJP (2015)
O Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil também apresenta a distribuição etária da
população de Florestal. Conforme pode ser observado na Tabela 4 a seguir, desde o Censo
demográfico de 1991, a faixa etária predominante no Município era de pessoas entre 15 e 64 anos,
sendo que, no ano de 2010, se destaca a população jovem.
Tabela 4 – Estrutura Etária da População – Florestal/MG
(%) do (%) de % do
População População População
População total Total Total
(1991) (2000) (2010)
(1991) (2000) (2010)
Menos de 15
1.616 31,98 1.589 28,14 1.405 21,29
anos

15 a 64 anos 3.135 62,04 3.642 64,49 4.555 69,02

65 anos ou mais 302 5,98 416 7,37 640 9,70

Razão de
61,18 - 55,05 - 44,76 -
dependência
Índice de
5,98 - 7,37 - 9,70 -
envelhecimento
Fonte: PNUD, Ipea e FJP (2015)

5.1.2 Assistência Social


A Tabela 5 apresenta algumas organizações sociais encontradas no Município de Florestal.
Ressalta-se que a listagem a seguir pode sofrer modificações, cabendo ao poder público a
constante atualização das informações dessas entidades, importantes para o funcionamento
social.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 1

Tabela 5 – Organizações sociais - Florestal

Organizações Sociais

Associação Comercial Indústria Agropecuária de Florestal


Associação dos Pais e Amigos dos Deficientes de Florestal
Associação dos Servidores Administrativos da UFV
Primeira Igreja Batista de Florestal
Paróquia de São Sebastião de Florestal
Fonte: Prefeitura Municipal de Florestal (2015)

5.1.3 Habitação
A política municipal de habitação é fundamental para atendimento da população de baixa renda,
como meio de promover qualidade de vida, cidadania e ocupação ordenada do solo urbano.
A irregularidade fundiária constitui um aspecto do problema da moradia. Sua incidência e suas
causas estão associadas a outras dimensões das necessidades habitacionais. Para caracterização
da situação habitacional em Florestal, utilizou-se conceitos definidos pela Fundação João Pinheiro
(2005), segundo os quais as necessidades habitacionais se dividem em duas grandes dimensões:
a inadequação de domicílios e o déficit habitacional.
Segundo ao Plano de Regularização Fundiária sustentável, no ano de 2009, o Município de
Florestal possuía as seguintes áreas irregulares conforme apresentado na Tabela 6.
Tabela 6 – Áreas delimitadas em Florestal – Ano 2006
Número da área Nome do assentamento
03 Conjunto Habitacional Armando Ribeiro de Oliveira
04 Área próxima ao São Geraldo
05 Conjunto Habitacional Dr. José Pinto da Silva Netto
07 Conjunto Residencial José Gabriel Gonçalves (São Judas Tadeu)
08 Bairro Nossa Senhora Aparecida e Cruzeiro
09 Cachoeira das Almas
10 Gameleira
12 Natividade
13 Lagoa do Romão
Fonte: FIP (2009)
5.1.4 Indicadores de Renda e Desenvolvimento
Segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil a renda per capita de Florestal cresceu
101,48% entre 1991 e 2010 (PNUD; Ipea; FJP; 2015). A porcentagem da população pobre passou
de 33,45% em 1991, para 6,58% em 2010, conforme pode ser observado na

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 1

Tabela 7 a seguir.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 1

Tabela 7 – Indicadores de renda, pobreza e desigualdade - Florestal


Indicador 1991 2000 2010
Renda per capita (em R$) 368,01 429,54 741,46
% de extremamente pobres 10,91 2,43 1,47
% de pobres 33,45 22,40 6,58
Índice de Gini 0,56 0,48 0,48
Fonte: PNUD, Ipea e FJP (2015)

5.1.5 Educação
Conforme o Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil (2015), no Município de Florestal a
proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 96,53%, em 2010. No mesmo ano, a proporção
de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental é de 82,61%; a
proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo é de 56,59%; e a
proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo é de 43,15%. Entre 1991 e 2010,
essas proporções aumentaram, respectivamente, em 71,23 pontos percentuais, 43,56 pontos
percentuais, 50,19 pontos percentuais e 35,22 pontos percentuais, conforme pode ser observado
na Figura 1 a seguir.

Fluxo escolar por faixa etária - Florestal/MG -


1991/2000/2010
100
90
80
70
60
50 1991
40
2000
30
20 2010
10
0
% crianças de 5 a 6 % de 11 a 13 anos % de 15 a 17 anos % de 18 a 20 anos
anos na escola finais do com fundamental com médio
fundamental completo completo

Figura 1 – Fluxo Escolar por Faixa Etária


Fonte: PNUD, Ipea e FJP (2015)

Na população adulta, entre os anos de 1991 e 2010 foi observado uma diminuição da taxa de
analfabetos da população com 25 anos ou mais no Município de Florestal, passando de 22,2%
em 1991 para 8,3% em 2010 (PNUD; Ipea; FJP; 2015), conforme pode ser observado na Figura
2.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 2

Escolaridade da Escolaridade da Escolaridade da


população de 25 população de 25 população de 25
anos ou mais - 1991 anos ou mais - 2000 anos ou mais - 2010

3,50% 3,60%
7,70%
6,00% 11,30 10,40 8,30%
22,20 13,90 % %
% %
20,60
10,40
%
%
48,50
60,70 60,80 12,20 %
% % %

3. Figura 2 – Escolaridade da População Adulta - Florestal


Fonte: PNUD, Ipea e FJP (2015)
2.2.6 Saúde
O Município de Florestal é integrante da Região de Saúde Betim (Micro Betim) e da macrorregião
Belo Horizonte, tendo como referência a Superintendência Regional de Saúde Belo Horizonte
(SRS/BH). No ano de 2012 o nível de atenção à saúde predominante era Atenção Básica, com quatro
Unidades Básicas de Saúde, modelo tradicional, sendo uma na região central e outra na região do
bairro Bom Jardim.
O Município é integrante do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paraopeba (CISMEP),
onde a população recebe oferta dos serviços de média complexidade/atenção secundária.
Desta feita, os recursos do PAB são repassados mensalmente, de forma regular e automática por
meio do Fundo Nacional aos Fundos Municipais de Saúde com informação disponibilizada no site
do Fundo Nacional de Saúde1 (DAB/SAÚDE, 2015).
Florestal possui nove unidades de saúde, conforme apresentado na

1 www.fns.saude.gov.br

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 1

Tabela 8.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 1

Tabela 8 – Unidades de Saúde em Florestal

Código Nome
7713045 Unidade Básica de Saúde Rachid Saliba IV
6627544 Secretaria Municipal de Saúde
7776063 Vigilância em Epidemiologia e Zoonoses de Florestal
7797788 Centro de Regulação de Serviços de Saúde
2205173 Unidade Básica de Saúde Rachid Saliba III
2117185 Unidade Básica de Saúde Rachid Saliba I
2205165 Unidade Básica de Saúde Rachid Saliba II
7799675 Farmácia de Minas Florestal
7355041 Vigilância Sanitária de Ambiental de Florestal

Fonte: DATASUS (2015)


A Rede de Urgência e Emergência (RUE) como rede complexa e que atende a diferentes condições
(clínicas, cirúrgicas, traumatológicas, em saúde mental, entre outros). É composta por diferentes
pontos de atenção, de forma a dar conta das diversas ações necessárias ao atendimento às
situações de urgência. Desse modo, é necessário que seus componentes atuem de forma integrada,
articulada e sinérgica. Além disso, de forma transversal a todos os componentes, devem estar
presentes o acolhimento, a qualificação profissional, a informação e a regulação de acesso
(BRASIL, 2013).
Florestal possui uma rede referenciada de urgência e emergência, ou seja, suas demandas são
atendidas em Municípios pactuados. Este pacto é formalizado pelo Plano de Ação Regional da
Rede de atenção às Urgências e Emergências (PAR)2.
A rede de saúde municipal é majoritariamente de Atenção Primária à Saúde (APS), atendendo ao
perfil demográfico e epidemiológico local, e a RUE de referência faz parte da Micro Betim e da
Macro Belo Horizonte.
Segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil, a taxa de mortalidade de crianças com
menos de um ano de idade em Florestal passou de 18,1 para cada mil nascidos vivos, em 2000,
para 14,3 para cada mil nascidos vivos, em 2010. Em 1991, a taxa era de 27,0 para cada mil
nascidos vivos. Já em Minas Gerais, a taxa era de 15,1 em 2010; 27,8 em 2000; e 35,4 em 1991.
Além da evolução dos indicadores de mortalidade, na Tabela 9, podem ser observados a evolução
dos indicadores de longevidade (esperança de vida ao nascer) e da taxa de fecundidade para o
Município de Florestal.

2 O Plano de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (PAR) da RUE é o documento
formal representativo dos pactos assistenciais e dos gestores elaborado pelo Grupo Condutor Estadual da RUE,
que aborda as definições físico-financeiras, logísticas e operacionais necessárias à implementação desta rede
temática. O PAR deve apresentar um diagnóstico do conjunto de serviços de saúde que atuam na atenção às
urgências e emergências em uma determinada região de saúde, bem como as lacunas e necessidades, além das
estratégias necessárias para superar os problemas detectados (BRASIL, 2013).

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 1

Tabela 9 – Longevidade, Mortalidade e Fecundidade.

Indicador 1991 2000 2010


Esperança de vida ao nascer (em anos) 68,9 73,9 75,7
Mortalidade ate 1 ano de idade (por mil nascidos vivos) 27,0 18,1 14,3
Mortalidade até 5 anos de idade (por mil nascidos vivos) 35,7 19,8 16,6
Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) 2,7 2,6 1,6
Fonte: PNUD, Ipea e FJP (2015)
2.2.7 Atividades vocacionais econômicas
Em 2010, 59,56% da população de 18 anos ou mais de idade estava economicamente ativa, sendo
que 26,73% trabalhavam no setor agropecuário, 0,61% na indústria extrativa, 10,39% na
indústria de transformação, 8,68% no setor de construção, 1,06% nos setores de utilidade pública,
10,01% no comércio e 41,42% no setor de serviços.
2.3 ASPECTOS FÍSICOS
Neste item são descritos os aspectos físicos que caracterizam o Município de Florestal com
destaque para os geológicos, geomorfológicos, pedológicos, climatológicos e de vegetação.
A Tabela 10 apresenta as principais características de geologia, relevo, pedologia, recursos
minerais, vegetação e clima do Município de Florestal. Os mapas encontram-se no ANEXO I – Mapas
de Caracterização do Município.
Tabela 10 – Principais Aspectos Físicos
Geomorfologia
Unidades Geomorfológicas Planalto dissecados do Centro-sul e Leste de Minas Gerais
Relevo
Descrição Declividades entre 5,1 graus à 15 graus
Pedologia
Ocorrência Argissolo, Cambissolo e Latossolo
Vegetação
Formações Vegetais Campos limpos e Cerrado
Fonte: DATASUS (2015)

5.1.1 Uso e cobertura do solo


Em Florestal, conforme pode ser observado na, a vegetação é predominantemente de Floresta
Estacional, com pequenas porções de Cerrado.
Em consulta aos sistemas de informações ambientais Estadual e Federal, foi encontrado uma Área
de Proteção Especial em Florestal (APEM UHE Florestal), entretanto, conforme informações da
SEMAD (2010), está APEM não é considerada unidade de conservação, uma vez que não tem
função de proteção de manancial.
5.1.2 Unidades de conservação
De acordo com a Lei 9.985 de 18 de julho de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades
de Conservação (SNUC), as unidades de conservação são divididas em dois grupos, sendo:

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 2

 Unidades de Proteção Integral: grupo integrado por Estação Ecológica, Reserva Biológica,
Parque Nacional, Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre;
 Unidades de Uso Sustentável: grupo integrado por área de Proteção Ambiental, Área de
Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de Fauna,
Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular do Patrimônio Natural.
5.1.3 Hidrografia superficial
O Município de Florestal, objeto deste PMSB, está localizado na região do Médio Rio Paraopeba,
que abrange 14 Municípios e apresenta uma população total de 428.811 habitantes.
O Município destaca-se pela presença de cursos d’água e nascentes, constituindo, segundo o
Código Florestal (Lei Federal nº. 4.771/1965), número significativo de propriedades com área de
preservação permanente (APP). O principal curso d’água é o Paraopeba sendo seus afluentes o
Ribeirão das Lajes, córregos Marinheiro, Queluz, Lavrinha, Tapera, entre outros.
O Projeto Águas de Minas, desenvolvido pelo Instituto mineiro de Gestão das Águas, é responsável
pelo monitoramento das águas superficiais e subterrâneas de Minas Gerais. O Município de
Florestal não possui estações de amostragem do Projeto, sendo assim, foram selecionadas a
estação de amostragem BP072, localizada no rio Paraopeba, no Município de Betim, a montante
de Florestal, e a estação BP082, também no rio Paraopeba, próxima aos Municípios de Esmeralda
e São José da Varginha.
O Projeto Águas de Minas realiza o monitoramento por meio dos seguintes indicadores: Índice de
Qualidade da água (IQA), Contaminação por Tóxicos (CT) e Índices de estados Tróficos (IET). O
IQA reflete a contaminação das águas em decorrência da matéria orgânica e fecal, sólidos e
nutrientes. Seu cálculo é feito a partir da ponderação de nove parâmetros que são, em sua maioria,
indicadores de contaminação causada pelo lançamento de esgotos domésticos, sendo eles:
oxigênio dissolvido, coliformes termotolerantes, pH, demanda bioquímica de oxigênio (DBO),
nitrato, fosfato total, variação da temperatura da água, turbidez e sólidos totais.
Os resultados do Índice de Qualidade da Água (IQA), Contaminação por Tóxicos (CT) e Índice de
Estado Trófico (IET) para o Rio Paraopeba nas estações citadas, nos anos de 2013 e 2014, de
acordo com o Relatório de Monitoramento das Águas Superficiais do ano de 2014, podem ser
observados na Tabela 11.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 1

Tabela 11 – Síntese comparativa dos resultados de 2013 e 2014 de IQA, CT e IET e os


parâmetros indicativos de contaminação
Parâmetros que não atenderam aos limites
IQA CT IET
Corpo de Estação de legais
água Amostragem Contaminação Enriquecimento Substâncias
2013 2014 2013 2014 2013 2014
fecal orgânico Tóxicas

Demanda
Rio Escherichia Bioquímica de
BP072 60,8 62,4 Média Média 58,6 54,8 Fenóis Totais
Paraopeba coli Oxigênio,
Fósforo Total

Rio
BP082 62,4 73,2 Baixa Baixa 56,5 57 Fósforo Total
Paraopeba

Fonte: IGAM (2015)


Conforme apresentado na Tabela 11 a seguir, a estação BP072 – Rio Paraopeba apresentou não
conformidade para contaminação fecal, enriquecimento orgânico e substâncias tóxicas, sendo que
todos os indicadores se mantiveram na mesma qualidade do ano anterior. A estação BP082 - Rio
Paraopeba apresentou não conformidade apenas para enriquecimento orgânico, o IQA e CT
melhoraram e/ou mantiveram-se na melhor condição de qualidade e o IET manteve-se na mesma
qualidade do ano anterior.
Segundo dados do IGAM, os principais fatores de pressão no rio Paraopeba que influenciam
diretamente no valor de IQA, são o lançamento de esgoto sanitário, agricultura e a atividade
mineraria dos Municípios de Betim, Esmeraldas e São José da Varginha. Além disso, entre as duas
estações de amostragem aqui apresentadas, localizadas no rio Paraopeba, têm-se a foz do ribeirão
Grande, que drena o Município de Esmeraldas, onde, segundo diagnóstico da Prefeitura, existem
vários pontos de lançamento de efluentes domésticos sem tratamento nos cursos d’água, coloca
em situações de risco todos os cursos d’água a jusante
Segundo levantamentos realizados no Município (FEAM, 2011), o Município de Florestal possuía
rede coletora, interceptores, elevatórias de esgoto, fossas sépticas e uma ETE e o percentual da
população urbana atendida por rede coletora e tratamento de esgotos era de 98% em 201, sendo
o corpo receptor do esgoto tratado o Ribeirão das Lages. Esses dados serão atualizados no
presente diagnóstico.
Foi realizado um levantamento junto ao IGAM e à Agência Nacional de Águas (ANA) sobre os
usuários de recursos hídricos outorgados ou cadastrados no Município de Florestal. Os resultados
desse levantamento podem ser observados na Tabela 12 e Figura 3.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 2

Tabela 12 – Usuários de recursos hídricos outorgados ou cadastrados no Município de Florestal

Tipo de Localização Vazão


Ponto Curso d'água Finalidade Fonte
captação Latitude Longitude (m³/ano)

1 Subterrânea -19,9177 -44,4915 Poço manual 1787,04 Abastecimento publico IGAM

2 Subterrânea -19,9158 -44,5024 Poço manual 21,02 Abastecimento publico IGAM

3 Superficial -19,8983 -44,4644 Ribeirão das Vacas 85263,84 Irrigação IGAM

4 Superficial -19,8983 -44,4644 Ribeirão das Vacas 85263,84 Irrigação ANA

5 Superficial -19,9177 -44,503 - 15768,00 Mineração IGAM

6 Superficial -19,9158 -44,5029 - 3942,00 Abastecimento publico IGAM

7 Subterrânea -19,8347 -44,4808 Poço Tubular 39420,00 Dessedentação animal IGAM

8 Superficial -19,8831 -44,4333 - 946080,00 Abastecimento publico IGAM

9 Superficial -19,8869 -44,4394 Ribeirão Camargos 946080,00 Abastecimento publico ANA

10 Subterrânea -19,9 -44,4211 Poço Tubular 52560,00 Abastecimento publico IGAM

11 Subterrânea -19,8531 -44,5084 Poço profundo 61320,00 Dessedentação animal ANA

12 Subterrânea -19,8511 -44,4577 Poço profundo 34200,00 Outras atividades ANA

13 Subterrânea -19,8417 -44,4783 Poço manual 2865,81 Irrigação IGAM

14 Subterrânea -19,8417 -44,4786 Poço manual 971,06 Irrigação IGAM


Represa Fazenda São
15 Superficial -19,8453 -44,4767 0,00 Dessedentação animal IGAM
Francisco
16 Superficial -19,8789 -44,4496 - 2628,00 Abastecimento publico IGAM

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 3

Tipo de Localização Vazão


Ponto Curso d'água Finalidade Fonte
captação Latitude Longitude (m³/ano)

17 Superficial -19,8786 -44,4482 Nascente 1971,00 Paisagismo IGAM

18 Superficial -19,8784 -44,4481 - 0,00 Abastecimento publico IGAM

19 Superficial -19,8753 -44,4528 Córrego Pernanbuco 94608,00 Dessedentação animal IGAM

20 Superficial -19,8753 -44,4664 - 22075,20 Paisagismo IGAM

21 Superficial -19,8764 -44,4486 - 2102,40 Aquicultura IGAM

22 Superficial -19,8739 -44,4486 - 0,00 Irrigação IGAM

23 Superficial -19,8756 -44,4478 - 0,00 Aquicultura IGAM

24 Superficial -19,8753 -44,4478 - 0,00 Paisagismo IGAM

25 Subterrânea -19,9 -44,4722 Poço Tubular 7008,00 Abastecimento publico IGAM

26 Superficial -19,8417 -44,4533 - 4263,19 Irrigação IGAM

27 Subterrânea -19,9 -44,4114 Poço Tubular 25404,00 Abastecimento publico IGAM

28 Superficial -19,7814 -44,4347 Córrego do Cabrito 0,00 Dessedentação animal IGAM

29 Superficial -19,7814 -44,4347 Córrego do Cabrito 0,00 Dessedentação animal IGAM

30 Superficial -19,7839 -44,4178 Rio Paraopeba 341055,36 Irrigação IGAM

31 Superficial -19,8181 -44,4631 Córrego Gameleira 34105,54 Irrigação IGAM

32 Subterrânea -19,8351 -44,4807 Poço profundo 18396,00 Dessedentação animal ANA

33 Superficial -19,8394 -44,3872 Rio Paraopeba 28800,00 Mineração ANA

34 Superficial -19,8831 -44,5 - 85263,84 Irrigação IGAM

35 Superficial -19,8556 -44,4597 Córrego Gameleira 8526,38 Irrigação IGAM

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 4

Tipo de Localização Vazão


Ponto Curso d'água Finalidade Fonte
captação Latitude Longitude (m³/ano)

36 Subterrânea -19,8676 -44,4887 Poço profundo 78840,00 Abastecimento publico ANA

37 Subterrânea -19,8664 -44,4881 Poço tubular 6307,20 Abastecimento publico IGAM

38 Subterrânea -19,8497 -44,4592 Poço tubular 6307,20 Abastecimento publico IGAM

39 Subterrânea -19,8372 -44,4486 Poço manual 43800,00 Dessedentação animal IGAM

40 Subterrânea -19,8347 -44,4517 Poço Tubular 43800,00 Abastecimento publico IGAM

41 Subterrânea -19,9008 -44,4517 Poço tubular 10512,00 Abastecimento publico IGAM

42 Subterrânea -19,8356 -44,4811 Poço Tubular 18396,00 Dessedentação animal IGAM

43 Superficial -19,8603 -44,3797 Rio Paraopeba 13824,00 Mineração ANA


Fonte: ANA e IGAM (2015)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 5

Figura 3 - Usos identificados por cadastros e outorgas


Fonte: ANA e IGAM (2015)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 6

3. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO


3.2. ABASTECIMENTO DE ÁGUA
5.1.1 Caracterização geral
Atualmente, a Prefeitura e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA) são os
responsáveis pela gestão dos serviços de saneamento do Município: a primeira nas questões de
abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem pluvial e dos resíduos sólidos e, o
segundo, na gestão do abastecimento de água.
Conforme dados fornecidos pelo IBGE em 2010 o número de habitantes no Município de Florestal
era de 6.600 com uma estimativa de 7.209 para 2015. No entanto, conforme informação fornecida
pela COPASA 99% da população residente na Sede recebe água encanada e tratada, outros 1%
população adotam outras formas de abastecimento, que podem oferecer maior risco de
contaminação caso não haja o devido controle da qualidade da água por parte dos usuários. A
prestação de serviço ainda não foi totalmente universalizada.
A COPASA possui em Florestal um sistema de atendimento ao usuário que pode ser realizado por
telefone ou pessoalmente, com funcionários do escritório local, na Rua Antônio Alves Fraga,
n°170.
A estrutura governamental do Município de Florestal é composta por oito secretarias que
possuem as suas atribuições bem definidas de acordo com a Lei Orgânica Municipal. Em relação
ao eixo de Abastecimento de Água a gestão dos serviços nas regiões de responsabilidade da
Prefeitura fica a cargo da Secretaria de Obras.
A caracterização detalhada de cada eixo do saneamento básico de Florestal – água, esgotos,
resíduos sólidos e drenagem urbana – é apresentada a seguir, considerando a situação atual dos
sistemas de acordo com dados levantados junto à Prefeitura, aos prestadores de serviços, visitas
in loco e bibliografias correlatas.
3.2.1.1. COPASA
A COPASA possui em Florestal um sistema de atendimento ao usuário que pode ser realizado por
telefone ou pessoalmente, com funcionários do escritório local, na Rua Antônio Alves Fraga, n°170
(Figura 4).

Figura 4 – Escritório COPASA


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
Todas as solicitações são protocoladas, a COPASA informou à equipe técnica da PROJETA
ENGENHARIA que elas são atendidas de acordo com a ordem de serviço. O funcionário da
Concessionária relatou que as principais solicitações consistem em: emissão de segunda via da
fatura, execução de novas ligações e religações, e reparos de um modo geral.
3.2.1.2. Tarifário

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 7

As tarifas da COPASA são reajustadas anualmente. Para o exercício de 2015, foi divulgada a
Resolução ARSAE-MG 64/2015, que aprovou as tarifas dos serviços públicos de abastecimento de
água e de esgotamento sanitário, com aplicação a partir do dia 13 de maio do referido ano. Os
valores são apresentados na Tabela 1.
Tabela 1 – Tarifas aplicáveis aos usuários da COPASA período de 05/2015 a 04/2016
TABELA TARIFÁRIA COPASA
Vigência 05/2015 a 04/2016
Tarifas de Aplicação

Código Intervalo de 05/2015 a 04/2016


Classe de Consumo
Tarifário Consumo m³
ÁGUA

Residencial ResTS até 10 0-6 9,56 R$/mês


Tarifa Social até 10 m³ m³ > 6 - 10 2,128 R$/m³
0-6 10,08 R$/mês
> 6 - 10 2,241 R$/m³
Residencial > 10 - 15 4,903 R$/m³
ResTS >
Tarifa Social
10m³ > 15 - 20 5,461 R$/m³
maior que 10 m³
> 20 - 40 5,487 R$/m³
> 40 10,066 R$/m³
0-6 15,94 R$/mês
Residencial até 10 m³ Res até 10 m³
> 6 - 10 2,661 R$/m³
0-6 16,80 R$/mês
> 6 - 10 2,801 R$/m³

Residencial maior que > 10 - 15 5,447 R$/m³


Res > 10m³
10 m³ > 15 - 20 5,461 R$/m³
> 20 - 40 5,487 R$/m³
> 40 10,066 R$/m³
0-6 25,79 R$/mês
> 6 - 10 4,299 R$/m³
Comercial Com > 10 - 40 8,221 R$/m³
> 40 - 100 8,288 R$/m³
> 100 8,329 R$/m³
0-6 27,37 R$/mês
> 6 - 10 4,562 R$/m³
> 10 - 20 7,992 R$/m³
Industrial Ind
> 20 - 40 8,017 R$/m³
> 40 -100 8,095 R$/m³
> 100 - 600 8,316 R$/m³

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 8

TABELA TARIFÁRIA COPASA


Vigência 05/2015 a 04/2016
> 600 8,405 R$/m³
0-6 24,28 R$/mês
> 6 - 10 4,049 R$/m³
> 10 - 20 6,982 R$/m³
Pública Pub > 20 - 40 8,439 R$/m³
> 40 -100 8,546 R$/m³
> 100 - 300 8,571 R$/m³
> 300 8,644 R$/m³
Fonte: COPASA (s.d)
3.2.1.3. Prefeitura Municipal
A estrutura governamental do Município de Florestal é composta por oito secretarias que
possuem as suas atribuições bem definidas de acordo com a Lei Orgânica Municipal. Em relação
ao eixo de Abastecimento de Água a gestão dos serviços nas regiões de responsabilidade da
Prefeitura fica a cargo da Secretaria de Obras.
5.1.2 Sistemas de abastecimento de água
No Município de Florestal, o abastecimento de água da Sede é realizado por meio de captação
superficial no Ribeirão Camarão. Nas Localidades a captação se dá predominantemente em Poços
artesianos. Nos itens abaixo segue informação sobre esse sistema produtor.

3.2.2.1. Sistemas gerenciados pela COPASA


A COPASA em Florestal é responsável pela gestão do abastecimento de água da sede municipal. A
Tabela 2 mostra as informações de localização das estruturas dos sistemas de abastecimento de
água operados pela COPASA.
Tabela 2: Informações das estruturas dos sistemas de abastecimento de água operados
pela COPASA.
Altitude
Descrição Latitude Longitude
(m)

Captação Ribeirão Camarão 774 19°53’12,8’’ 44°26’22,0’’

Elevatória Nossa Senhora


822 19°53’ 27.4’’ 44°26’01,4’’
Aparecida

Booster Cordeiro 820 19°52’44,1’’ 44°26’31,8’’

Reservatório Cordeiro 868 19°52’26,3’’ 44°26’29,7’’

Reservatório recanto Dos


805 19°53’03,4’’ 44°26’37,8’’
Palmares

Reservatório 02 e Metálico 843 19°53’33,0’’ 44°26’01,6’’

Reservatórios 01 – Nossa
822 19°53’ 27.4’’ 44°26’01,4’’
Senhora Aparecida
Fonte: Projeta Engenharia

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 9

a) Sistema de abastecimento da Sede


O abastecimento da Sede é realizado por um sistema de captação Superficial, tratamento,
reservação e distribuição de água, fazendo assim com que 99% da população residente na Sede
receba água encanada e tratada em seus domicílios. Segundo dados fornecidos pela COPASA, a
infraestrutura de abastecimento da sede é responsável por fornecer água para 2.813 ligações.
O sistema é composto por uma captação superficial no Ribeirão Camarão, uma estação elevatória
de água bruta, quatro estações elevatórias de água tratada e duas estações de tratamento de água
(ETA) com tratamento convencional. É importante ressaltar que a captação possui outorga (Anexo
2), e foi informado que a ETA possui autorização Ambiental de funcionamento mas a mesma não
foi fornecida pela COPASA.
A água captada no Córrego Camarão é bombeada para Estação Elevatória de Água Bruta e
posteriormente é bombeada por uma bomba de 10 CV para as duas estações de tratamento de
água (ETA) localizadas no mesmo terreno, na Rua Coronel Cristiano Alves, no Centro da Sede de
Florestal (Figura 5 à Figura 8).

Figura 5 – Córrego Camarão


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 6 – Captação no Córrego Camarão


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 7 – Elevatória de Água Bruta (EAB)


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 10

Figura 8 – Booster EAB


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
É importante ressaltar que após a captação a água é bombeada para duas ETA’s, sendo uma pré
fabricada em fibra, composta por 3 (três) floculadores, 1 (um) decantador e 4 (quatro) filtros, cuja
operação iniciou-se em 2013, e outra de concreto composta por 18 (dezoito) floculadores, 2 (dois)
decantadores e 5 (cinco) filtros, cuja operação teve início em 1981.
Ao chegar às ETA’s a água recebe o sulfato de alumínio (coagulante), cal hidratada para correção
do pH e o cloro gasoso para a pré cloração e pré oxidação. Terminada todas as etapas de
tratamento a água recebe a última dosagem de cloro e o ácido fluosilícico (Figura 9 à Figura 15).
É importante ressaltar que a vazão atual somada das ETA 01 e 02 é em média 25 l/s, e seu
funcionamento é de 16 h/dia.

Figura 9 – ETA de Fibra


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 10 – ETA de fibra


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 11

Figura 11 – Decantador
Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 12 – Filtros
Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 13 – ETA de concreto


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 14 – Calha pashall


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 12

Figura 15 – Floculadores, decancadores e filtros


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
Realizado o tratamento a água é bombeada para o reservatório metálico elevado, do tipo taça, com
capacidade para armazenamento de 10 m³, conhecido como reservatório Recanto das palmeiras
localizado na rua das Hortênsias (Figura 16), que tem função de distribuição de água, o
reservatório de concreto 01, do tipo apoiado, com capacidade de armazenamento de 200 m³,
também recebe água direto da ETA (Figura 17), e é responsável por enviar água para o booster
Cordeiro (Figura 18) que abastece o reservatório metálico com mesmo nome cuja sua capacidade
de armazenamento é de 5 m³ (Figura 19), e também tem a função de distribuição nas residências
e abastecer o reservatório 02 de concreto com capacidade de armazenamento de água 200 m³
(Figura 20). Após abastecido, o reservatório 02, distribui água nas residências e abastece o
reservatório metálico de capacidade para armazenamento de 15 m³, ambos reservatórios estão
localizados na rua Floresta, n°45.

Figura 16 – Reservatório Recanto das Palmeiras


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 17 – Reservatório 01 concreto Nossa Senhora Aparecida


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 13

Figura 18 – Booster Cordeiro


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 19 – Reservatório Cordeiro


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 20 – Reservatório 02 Nossa Senhora Aparecida e reservatório Metálico


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
- Laboratório de análises e preparação e dosadores de produtos químicos
No local possui um laboratório para análise diária da água conforme atendimento à Portaria nº
2.914/2011 do Ministério da Saúde, onde são analisados os parâmetros físico-químicos da água
proveniente de todas as etapas do tratamento. Também foi observado na unidade salas para a
preparação das dosagens dos produtos químicos e casa de química onde fica estocados os
produtos químicos (Figura 21 à Figura 23).

Figura 21 – Laboratório Físico - Químico


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 14

Figura 22 – Dosadores de produtos químicos


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 23 – Dosadores de produtos químicos


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
- Controle e armazenamento de produtos químicos
Os produtos químicos utilizados nas etapas de tratamento da água que chegam no local passam
primeiramente por uma etapa de pesagem. Após essa conferência os produtos são encaminhados
para os locais e cilindros onde ficam armazenados para o uso (Figura 24 e Figura 25).

Figura 24 – Depósito de produtos químicos


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 25 – Armazenamento de Cal hidratada


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
b) Dados operacionais

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 15

A Tabela 3 mostra que a média do volume faturado foi de 31.418 m³ no período de agosto 2014 a
julho 2015, observando que a média do volume distribuído (macromedição) foi de 47.468 m³ e a
média do volume consumido foi de 27.582 m³. As diferenças entre os volumes macro medidos e
micro medidos evidenciam uma perda nos sistemas de abastecimento de 19.886 m³.
A média da vazão distribuída entre agosto 2014 e julho de 2015 foi de 18,06 l/s. A média de
consumo per capita foi de 107,18 L/dia. A estimativa média de perdas no sistema de acordo com
as informações da concessionária foi de 41,87% do volume distribuído.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 16

Tabela 3 – Informações Básicas Operacionais

Volume Volume
Volume Distribuido - consumido - Vazão Média Per Capita - I/h x d Perdas %
Extensão m³ m³ Novas
Data Economias Ligações Faturado - Distribuida
Rede m Econ. %
m³ l/s
Macrom Microm Distribuid Micromed Fatura Medida Estima

ago/14 2.875 2.722 24.073 31.698 48.431 27.824 18,08 187,48 107,78 34,55 42,52 42,51 3,77
set/14 2.884 2.732 24.073 34.660 52.941 31.332 19,77 204,23 124,98 34,53 40,79 40,78 4,27
out/14 2.884 2.733 24.073 36.479 48.524 33.318 18,72 193,36 128,53 24,82 31,32 31,31 4,64
nov/14 2.897 2.745 24.073 31.804 45.018 28.270 16,81 173,09 112,36 29,35 37,19 37,18 4,85
dez/14 2.911 2.758 24.073 29.889 45.060 25.926 17,38 177,92 99,10 33,67 42,45 42,44 5,61
jan/15 2.915 2.762 24.095 34.443 51.954 30.777 19,40 198,45 117,60 33,70 40,75 40,74 0,10
fev/15 2.937 2.786 25.109 30.683 47.091 26.539 17,58 178,40 111,35 34,84 43,63 43,62 0,69
mar/15 2.944 2.793 26.509 29.071 44.728 24.729 18,49 187,18 93,50 35,00 44,70 44,69 1,00
abr/15 2.936 2.786 26.509 29.462 47.988 25.409 17,92 181,80 99,50 38,61 47,04 47,03 1,20
mai/15 2.941 2.791 26.509 29.767 44.495 25.790 17,17 173,86 97,55 33,10 42,02 42,02 1,55
jun/15 2.953 2.805 26.509 28.273 46.029 24.237 17,19 173,14 94,24 38,58 47,33 47,33 2,03
julh/14 2.961 2.813 26.509 30.736 47.353 26.837 18,27 183,50 100,67 35,09 43,31 43,31 2,47
Média 31.418 47.468 27.582 18,06 184,32 107,18 33,82 41,88 41,87
Fonte: COPASA (2015)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 17

c) Qualidade da água
A metodologia adotada no monitoramento de água potável consiste na realização de inspeções e
medições dos parâmetros pH, Turbidez, Cor, Fluoreto, Cloro, Coliformes Totais, Coliformes Termo
tolerantes (Escherichia Coli), tendo o plano de Amostragem baseado para atendimento da
Portaria do Ministério da Saúde nº 2914, de 12 Dezembro 2011.
A Tabela 4 mostra os resultados das amostragens referentes ao ano de 2014, observa-se que o
quantitativo está acima do mínimo exigido. Os resultados das análises mostram alguns
parâmetros fora do padrão, mas com o percentual dentro do exigido pela portaria 2914/2011.
Tabela 4 – Resultados da qualidade da água referente à Janeiro 2014 a Dezembro 2014
Número de Amostras
Fora Valor
Parâmetro Unidade Que Limites
Mínimo Analisados do médio
atende
Padrão
Cloro mg/L cl 168 282 1 281 1,11 0,2 a 2,0
Coliformes
Totais NMP/100ml 168 282 6 267 98,09% OBS
Cor VH 120 199 1 188 <2,6 15
Escherichia
Coli NMP/100ml 168 282 0 282 - OBS
0,6 a
Fluoreto* mg/L F 0 108 27 81 0,81 0,85
Turbidez VT 168 282 0 282 0,41 5
PH* 0 199 0 199 7,62 6 a 9,5
OBS: * Parâmetros não obrigatórios de serem na água distribuída (rede e reservatórios). Pra os parâmetros Coliforme
Total e Escheichia coli, os valores médios não se aplicam. Referem se ao percentual de amostras que atendem aos
padrões no período, sendo avaliados de acordo com os critérios ao lado.
Coliforme total: sistema ou soluções alternativas coletivas que abastecem menos de 20.000 habitantes apenas uma
amostra entre as amostras examinadas no mês, poderá apresentar resultado positivo.
Sistemas ou soluções alternativas coletivas que abastecem a partir 20.000 habitantes devem apresentar ausência desses
indicadores em pelo menos 95 % das amostras examinadas no mês.
Escherichia coli: Ausência em 100 ml.
Fonte: COPASA
3.2.2.2. Abastecimento das Localidades rurais
O abastecimento nas localidades rurais fica sob responsabilidade da Secretaria de obras da
Prefeitura que disponibiliza uma equipe formada por quatro funcionários. Existe no Município
duas localidades ambas com abastecimento coletivo. É importante ressaltar que nas localidades
rurais não há tratamento na água e não é realizada análise da qualidade. Os sistemas de
abastecimento dessas localidades são automáticos.
Na Tabela 5 apresenta o mapa com a localização dos principais componentes dos sistemas de
abastecimento de água nas localidades rurais.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 18

Tabela 5: Informações das estruturas dos sistemas de abastecimento de água nas


localidades rurais
Altitude
Ponto Descrição Latitude Longitude
(m)
Poço tubular – Localidade
885 19°52’3,8’’ 44°29’19,4’’
Cachoeira De Almas
Reservatório – Localidade
909 19°52’02,8’’ 44°29’28,6’’
Cachoeira De Almas
Poço tubular inativo –
Localidade Cachoeira De 884 19°51’59,5’’ 44°29’17,6’’
Almas
Poço tubular 01 – Localidade
811 19°50’59,3’’ 44°27’33,1’’
Gameleira
Poço tubular 02 – Localidade
795 19°51’05,3’’ 44°27’32,4’’
Gameleira
Reservatório – Localidade
824 19°51’09,8’’ 44°27’38,7’’
Gameleira
Reservatório – Localidade
- 19°51’07,8’’ 44°27’0,4,5’’
Gameleira (Chacreamento)
Fonte: Projeta Engenharia

 Localidade Cachoeira de Almas


Na localidade de Cachoeira de Almas a forma de abastecimento é coletivo, a água é captada em um
poço tubular profundo não outorgado, cujo não foram informados os dados técnicos e
operacionais.
Após captada a água é bombeada para dois reservatórios elevados de polietileno com capacidade
de armazenamento de 20 m³ cada. Os reservatórios ficam instalados em terreno da Prefeitura, em
local não cercado e com presença de mato em torno do mesmo (Figura 26 e Figura 27). É
importante ressaltar a existência de um poço tubular na localidade que se encontra inativo devido
à falta de água (Figura 28). Conforme informado pela população local há falta de água na parte
mais alta da localidade, em agosto de 2015 o sistema era responsável por abastecer
aproximadamente 250 habitantes.

Figura 26– Poço tubular profundo


Fonte: Projeta Engenharia

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 19

Figura 27– Reservatórios da localidade


Fonte: Projeta Engenharia

Figura 28– Poço tubular profundo inativo


Fonte: Projeta Engenharia
 Localidade de Gameleira
Na localidade de Gameleira a forma de abastecimento é coletivo, a água é captada em dois poços
tubulares profundos não outorgados, cujos não foram informados os dados técnicos e
operacionais, a captação é responsável por abastecer cerca de 150 habitantes. O poço 01 está
instalado em terreno da Prefeitura em local cercado, e a estrutura de captação encontra se com
vazamento. Após captada a água é bombeada para dois reservatórios, um de polietileno com
capacidade para armazenamento de 20 m³, e outro metálico com capacidade de armazenamento
de 20 m³, ambos estão instalados em propriedade da Prefeitura, em local cercado (Figura 29 à
Figura 31).
O poço 02 está instalado em terreno da Prefeitura em local não cercado, e bem cuidado. Após a
captação a água é bombeada para o reservatório metálico elevado, do tipo taça, do Chacreamento
na Estrada Catatal, cuja sua capacidade para armazenamento é de 5 m³ (Figura 32 e Figura 33).

Figura 29– Poço tubular profundo


Fonte: Projeta Engenharia

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 20

Figura 30– Poço tubular profundo


Fonte: Projeta Engenharia

Figura 31– Reservatório da localidade


Fonte: Projeta Engenharia

Figura 32– Poço tubular profundo


Fonte: Projeta Engenharia

Figura 33– Reservatório da localidade (Chacreamento)


Fonte: Projeta Engenharia
5.1.3 Balanço entre oferta e demanda de água
De acordo com o Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água, publicado em 2011 pela Agência
Nacional de Águas (ANA, 2011), o sistema produtor isolado de Florestal atende satisfatoriamente

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 21

a demanda de 100% da população urbana projetada para 2015, não havendo a necessidade de
investimentos para a ampliação no sistema até 2015.

3.3. ESGOTAMENTO SANITÁRIO


5.1.1 Caracterização geral
A prestação dos serviços de esgotamento sanitário em Florestal é realizada pela Prefeitura
Municipal, por meio da Secretaria de Obras e Serviços. De acordo com informações coletadas
100% da população na Sede é atendida por sistema de coleta e tratamento de esgoto. Foi
informado também que não há registro do número de fossas sépticas no Município. Segundo a
Secretaria responsável, também não existem registros e documentos oficiais relacionados ao
cadastro da rede coletora de esgoto.
Em Florestal, o sistema de esgotamento sanitário na Sede consiste em Estações Elevatórias de
Esgoto (EEE), interceptores, fossas e uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Conforme
informação passada por funcionário da Prefeitura 100 % da Sede possui tratamento de esgoto e
nas localidades rurais há rede coletora mas o predomínio de soluções individuais, como por
exemplo a instalação de fossas e o lançamento em corpos d’água.
Nas localidades rurais o esgotamento sanitário, é realizado através de fossas rudimentares
(também denominadas fossas negras) e por redes coletoras, que conduzem o efluente, sem
tratamento, até os corpos receptores, cujos os nomes não foram identificados. Segundo
informações da Prefeitura, todas as residências que possuem fossa rudimentar destinam tanto o
esgoto sanitário quanto o esgoto de cozinha à fossa, entretanto não há levantamento do número
de residências que possuem essa forma de destinação dos efluentes.
5.1.2 Política tarifária
O Município de Florestal possui uma política tarifária para os serviços de esgotamento sanitário
prestados pela Prefeitura Municipal, existe no Município a cobrança da taxa para ligação da rede
de esgoto no valor de aproximadamente R$ 10,00 o metro da ligação, sendo que esse valor varia
de acordo com a pavimentação e distância, além disso é cobrado uma taxa anual de
aproximadamente R$ 30,00 no IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) referente a substituição
das redes.
5.1.3 Caracterização dos sistemas identificados
A Tabela 6 apresenta a descrição de todos os pontos de lançamento visitados no Município.
Tabela 6 − Coordenadas geográficas dos pontos de lançamento de esgoto em Florestal -
MG
Coordenadas
Descrição Altitude (m)
Latitude Longitude

Estações Elevatórias de Esgoto (EEE)Sede

Estação Elevatória de Esgoto Recanto das


771 19º53'11.8" 044º26'25.2"
Palmeiras
Estação Elevatória Esgoto Palmeiras A 775 19º53'2.1" 044º26'28.7"
Estação Elevatória Esgoto Palmeiras B 770 19º53'9.9" 044º26'23.1"
Poço 1 de Sucção Nossa Senhora Aparecida 826 19º53'43.8" 044º25'57.7"
Poço 2 de Sucção Nossa Senhora Aparecida 833 19º53'45.5" 044º25'55.9"
Poço 3 de Sucção Nossa Senhora Aparecida 832 19º53'49.1" 044º25'54.6"
Estação Elevatória de Esgoto Dona Suzana 795 19º54'3.1" 044º25'41.2"

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 22

Coordenadas
Descrição Altitude (m)
Latitude Longitude
Estação Elevatória de Esgoto Dona Suzana II 788 19º53'57.2" 044º25'37.2"
Caixa de Passagem - Centro 761 19º53'6.0" 044º25'44.2"
Última Estação Elevatória 755 19º52'30.8" 044º24'55."
Localidade Cachoeira das Almas

Lançamento da rede coletora de esgoto 881 19º51'59.0" 044º29'18.5"

Localidade Gameleira

1º Lançamento da rede coletora 788 19º51'02.7" 044º27'32.6"


2º Lançamento da rede coletora 787 19º50'58.7" 044º27'33.3"

3.3.3.1. Sistema Sede


O sistema de esgotamento sanitário na Sede do Município é composto de 8 (oito) Estações
Elevatórias de Esgoto, 3 (três) poços de sucção, interceptores e uma ETE. As redes coletoras de
esgoto no Município são de manilhas de barro com diâmetros de 150 a 250 mm, com 3.000 m de
extensão, sendo o esgoto coletado e tratado antes do seu lançamento no Ribeirão Camarão.
a) Estações Elevatórias de Esgoto
A Estação Elevatória 1 (Figura 34) está localizada no bairro Recanto das Palmeiras. A EEE foi
projetada para atender uma extensão de rede coletora de 1.840 metros com diâmetro único de
150 mm, com a vazão total de 1,90 l/s. O efluente da estação elevatória 1 segue para estação
elevatória 6, que posteriormente bombeia o efluente para ETE.

Figura 34 – Estação Elevatória de Esgoto 1


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Estação Elevatória 2 (Figura 35) está localizada no bairro das Palmeiras, em área cercada, porém
sem identificação e com presença de animais ao lado. A área onde a Estação se encontra pertence
a Prefeitura. A EEE foi projetada para atender uma extensão de rede coletora de 1.512 metros com
diâmetro único de 150 mm, com a vazão total de contribuição de 1,78 l/s. O efluente da estação
elevatória 2 segue para estação elevatória 6, que posteriormente bombeia o efluente para ETE.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 23

Figura 35 – Estação Elevatória de Esgoto 2


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
Estação Elevatória 3 (Figura 36) está localizada no bairro das Palmeiras. A EEE foi projetada para
atender uma extensão de rede coletora de 1.840 metros com diâmetro único de 150 mm, com a
vazão total de contribuição de 1,90 l/s. O efluente da estação elevatória 3 segue para estação
elevatória 6, que posteriormente bombeia o efluente para ETE.

Figura 36 – Estação Elevatória de Esgoto 3


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
A Estação Elevatória 4 (Figura 37) conhecida como Dona Suzana. A EEE foi projetada para atender
uma extensão de rede coletora de 3.032,60 metros com diâmetro único de 150 mm, em manilha
cerâmica, com a vazão total de contribuição de 3,50 l/s. O efluente da estação elevatória 4 segue
para estação elevatória 6, que posteriormente bombeia o efluente para ETE.

Figura 37 – Estação Elevatória de Esgoto 4


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

A Estação Elevatória 5 (Figura 38) conhecida como Dona Suzana 2, se apresenta em boas
condições de conservação. A EEE foi projetada para atender uma extensão de rede coletora de
530 metros com diâmetro variando de 100mm a 150 mm, em tubos PVC, com junta elástica, com

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 24

a vazão total de contribuição de 1,07 l/s. O efluente da estação elevatória 5 segue para estação
elevatória 6, que posteriormente bombeia o efluente para ETE.

Figura 38 – Estação Elevatória de Esgoto 5


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
A Estação Elevatória de Esgoto 6 (Figura 39), a última identificada na Sede do Município, recebe o
esgoto das 5 Estações elevatórias citadas anteriormente mais o efluente retirado dos 3 (três)
poços de sucção que serão citados posteriormente. No dia da visita técnica a bomba da estação se
encontrava inoperante e todo esgoto estava sendo lançado no Ribeirão Camarão, sem nenhum
tipo de tratamento. É importante ressaltar que a limpeza da Elevatória 6 é realizada todos os dias
devido ao grande volume de efluente recebido pela estrutura de bombeamento.

Figura 39 − Estação Elevatória de Esgoto 6


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
b) Poços de Sucção
O Poço de sucção é o compartimento destinado a receber e acumular os esgotos durante um
período de tempo. Em Florestal foram identificados 3 (três) poços de sucção que serão descritos
posteriormente.
O Poço de sucção 01 (Figura 40) possui uma estrutura de manilha de cimento de 800 mm de
diâmetro, e está localizado no bairro Nossa Senhora Aparecida, na Avenida Florestal. A sucção no
poço é realizada pela chorumeira (Figura 41) em dias alternados, o efluente é transportado para
EEE 6 que posteriormente bombeia para ETE, conforme relatado anteriormente.

Figura 40 – Poço de sucção 01


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 25

Figura 41 – Chorumeira
Fonte: Projeta Engenharia (2015)
O Poço de sucção 02 (Figura 42) possui uma estrutura de manilha de cimento de 1.000 mm de
diâmetro, e está localizado no bairro Nossa Senhora Aparecida, em local não cercado e sem
sinalização. A sucção no poço é realizada pela chorumeira em dias alternados, o efluente é
transportado para EEE 6 que posteriormente bombeia para ETE. Foi identificado no dia da visita
técnica que o poço apresentava pontos de vazamento. É importante ressaltar, que conforme
informado durante a visita técnica, os poços 01 e 02 serão substituídos futuramente por E.E.E.

Figura 42 – Poço de sucção 02


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
Poço de sucção 03 (Figura 43) possui uma estrutura em manilha de cimento de 800 mm de
diâmetro, e está localizado no bairro Nossa Senhora Aparecida. A sucção no poço é realizada pela
chorumeira em dias alternados, o efluente é transportado para EEE 6 que posteriormente
bombeia para ETE. É importante ressaltar que no dia da visita técnica foi identificado muito
entulho nas imediações do poço.

Figura 43 – Poço de sucção 03


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 26

Foi identificado no dia da visita técnica uma caixa de passagem no centro da Sede, a mesma se
encontrava com grade, sem sinalização, suja e com mau cheiro, e lançamento em rede pluvial
caindo no Rio Camarão (Figura 44).

Figura 44 – Caixa de passagem, lançamento em rede pluvial


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
c) Estação de Tratamento de Esgoto
A Estação de Tratamento de Esgoto do Município de Florestal está localizada na Zona Rural.
Segundo informações da Prefeitura a ETE entrou em operação em 2004, porém não sofreu
nenhum tipo de manutenção, mas as estruturas encontram-se em bom estado de conservação,
entretanto atualmente não há nenhum funcionário responsável pela sua operação e manutenção.
Complementarmente foi informado que a ETE possui regularização ambiental, entretanto o
documento que a comprove não foi disponibilizado. Foi relatado que a fonte de recursos para
construção da ETE é proveniente da FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), e que as maiores
dificuldades encontradas consistem na ausência de manutenção e investimento.
O processo de tratamento empregado é a nível secundário, que consiste na inclusão de uma etapa
biológica, visto que, enquanto nos tratamentos preliminar e primário predominam mecanismos
de ordem física, no tratamento secundário a remoção da matéria orgânica é efetuada por reações
bioquímicas, realizadas por microrganismos. Assim o tratamento secundário inclui as unidades
do tratamento preliminar, mas pode ou não incluir as unidades do tratamento primário. No
Município o tratamento secundário se dá nos reatores anaeróbios UASB (upflow Anaerobic Sludge
Blanket). Os reatores UASB apresentam um eficiência de remoção da Demanda Bioquímica de
Oxigênio (DBO) em torno de 70% (Von Sperling, 2014).
A Estação de Tratamento de esgoto é composta por 1 (um) reator anaeróbico UASB de fluxo
ascendente, 1(um) leito de secagem e 2 (duas) lagoas de estabilização (Figura 45 à Figura 48).
Ressalta-se que o tratamento preliminar (gradeamento) encontra se na última estação elevatória,
denominada EEE 06. Conforme informado o lodo proveniente do leito de secagem é encaminhado
para um lixão localizado no Município ou é despejado no pasto localizado ao lado da estação de
tratamento.

Figura 45 – Tubulação chegada do efluente no reator anaeróbico


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 27

Figura 46 – Reator anaeróbico UASB


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 47 – Leito de secagem


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 48 – Lagoa de estabilização


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
d) Dados Operacionais
Conforme constatou-se no levantamento de campo, a rede coletora de esgotos sanitários na Sede
de Florestal é constituída por tubulações de diâmetros de 100, 150, 200 e 250 mm, sendo que as
mais antigas têm aproximadamente 40 anos, e as mais novas foram instaladas, em sua maioria, a
aproximadamente 12 anos, sendo em apenas quatro bairros as redes possuem aproximadamente
um ano.
Complementarmente foi informado que os principais pontos de extravasamentos na rede
coletora, ocorre na parte baixa, nas ruas Benedito Valadares e São Sebastião.
3.3.3.2. Localidades Rurais
a) Localidade Cachoeira das Almas
Na localidade de Cachoeira das Almas existem rede coletora e fossas rudimentares como
principais formas de destinação dos esgotos. Na localidade a rede coletora atende até a rua

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 28

Geraldo Diniz, portanto as ruas localizadas a baixo desse ponto utilizam fossas rudimentares como
forma de destinação dos efluentes domésticos.
Foram identificados 2 (dois) pontos de lançamentos de esgotos no corpo d’água, sendo que só foi
possível registrar apenas um deles (Figura 49). O segundo ponto de lançamento não foi
encontrado pelo funcionário da Prefeitura responsável pelo acompanhamento da visita de campo.

Figura 49 – Lançamento de efluente


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
b) Localidade Gameleira
Na localidade de Gameleira existem rede coletora e fossas rudimentares como principais formas
de destinação dos esgotos. Na localidade foi identificada rede coletora apenas na parte baixa, já a
parte alta, próxima a Igreja e a quadra a forma, a destinação do efluente se dá em fossas
rudimentares.
Foram identificados 2 (dois) pontos de lançamento de esgoto no corpo d’água, sendo que no dia
da visita técnica um encontrava se completamente entupido (Figura 50 à Figura 54).

Figura 50 – Esgoto na rede pluvial


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 51 – Lançamento individual


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 29

Figura 52 – lançamento de efluente, rede entupida


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 53 – Lançamento de esgoto individual


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 54 − Fossa rudimentar particular


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
Como no Município de Florestal há tratamento coletivo dos esgotos gerados pela população, e boa
parte das localidades possui fossas, há um remoção das cargas orgânicas, mas como não se sabe a
eficiência da ETE e não há um levantamento de quantas pessoas tem os seus esgotos destinados
para as fossas, não é possível realizar o cálculo de Carga Removida e Carga Lançada.

3.4. DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS


São quatro sub-bacias que interceptam o território do Município de Florestal, contribuintes da
Bacia do Paraopeba, e uma sub-bacia fora da área da SF3, conforme descrito a seguir (Figura 55,
Figura 56 e Figura 57).
 Sub-bacia do Córrego Boa Vista: A sub-bacia do Córrego Boa Vista, ocupa 5% da área de
drenagem pluvial do Município;
 Sub-bacia do Leito do Paraopeba: Ocupa 27% do território total do Município, está
inserida na Zona Rural e tem como principais contribuintes o Córrego da Tapera, Córrego
da Lavrinha e Córrego Valentim, bem como seus afluentes;
 Sub-bacia do Ribeirão das Lages: sub-bacia com maior área de drenagem, representa
39% da área total do Município, sendo que toda Zona Urbana está inserida nessa sub-

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 30

bacia. Tem como principal contribuinte o Ribeirão Camarão, a microbacia do Córrego da


Estiva, bem como seus afluentes;
 Sub-bacia do Ribeirão do Ouro: Ocupa 25% da área total de drenagem do Município de
Florestal, tem como seus principais contribuintes o Córrego Cachoeira das Almas, Córrego
Gameleira, Ribeirão do Ouro, bem como seus afluentes;
 Sub-bacia do Rio Pará (Área fora do SF3): É a sub-bacia com menor área de drenagem,
ocupa 4% do território total do Município. Essa sub-bacia está fora da área do SF3, estando
inserida na Bacia do Rio São Francisco.

Figura 55 - Ribeirão Camarão


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 56 - Ribeirão das Lages


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 31

Figura 57 - Delimitação das sub-bacias existentes em Florestal


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 32

Obras de macrodrenagem retificam os cursos de água natural e reduzem o percurso a ser vencido
pelo escoamento superficial. O traçado da macrodrenagem obedece ao caminhamento natural dos
corpos aquáticos. As áreas envolvidas são, na maioria, maiores que 3 km (grandes bairros, bacias
hidrográficas) e as vazões de projeto são oriundas de eventos com 20, 50 ou 100 anos de período
de retorno.

Figura 58 - Ponte sobre o Rio Camarão


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 59 - Ponte sobre o Córrego das Lages


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 60 - Ponte na área central do Município


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
Mediante as visitas técnicas realizadas no Município de Florestal foi possível identificar poucos
elementos de microdrenagem existentes ao longo das vias (Figura 61 a Figura 63).

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 33

Figura 61 - Boca de lobo gradeada, Rua Ezequiel Fraga


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 62 - Grelha
Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 63 - Boca de Lobo sem Depressão


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
A Secretaria de Obras é responsável pela operação e manutenção dos sistemas de drenagem
existentes no Município. São realizadas práticas de limpeza do sistema de drenagem de maneira
corretiva, a fim de evitar obstruções nesse sistema, sendo a frequência de manutenção dada de
acordo com a demanda. Em visitas técnicas realizadas no Município foi possível identificar alguns
sistemas de drenagem em mau estado de conservação, conforme pode ser observado na Figura
64 e Figura 65.

Figura 64 - Bueiro obstruído por vegetação


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 34

Figura 65 - Boca de lobo com resíduos


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
A limpeza e desobstrução de bueiros e bocas de lobo devem ser executadas com periodicidade
diferenciada nos períodos secos e chuvosos, lembrando sempre que antes do início do período
chuvoso o sistema de drenagem inicial deve estar completamente livre de obstruções ou
interferências, a fim de evitar problemas decorrentes das chuvas.
No Município de Florestal não existe o cadastro da rede de esgoto. Nas visitas técnicas foram
identificados alguns pontos de ligações clandestinas (lançamento de esgoto sanitário no sistema
de drenagem pluvial). As averiguações dos casos de ligações clandestinas são realizadas apenas
em caso de denúncias. As denúncias são recebidas através de telefonemas ou pessoalmente, na
Secretaria de Obras (Figura 66 e Figura 67).

Figura 66 - Ligação clandestina


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 67 - Ligação clandestina


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
Em dezembro de 2011, o Município de Florestal foi atingido pelo grande volume de chuvas
ocorridas nesse período. O Ribeirão Camarão, principal curso d’água que corta Florestal, subiu 1,5
m e acabou provocando eventos de enchentes e inundações. No total, 150 casas foram atingidas e
as famílias foram abrigadas na escola pública do Município. O bairro mais atingido foi o bairro
Fluminense, onde uma casa (Figura 68) caiu e vários muros foram derrubados. A ponte que dá

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 35

acesso ao bairro Pernambuco foi totalmente destruída. O campus da Universidade Federal de


Viçosa, localizado na entrada do Município, teve áreas alagadas. A ponte que liga Florestal a Pará
de Minas se rompeu com a força da correnteza, e quatro pontes de madeira que dão acesso à zona
rural foram derrubadas, deixando essas comunidades ilhadas. Na localidade de Gameleira,
também houve alagamentos.

Figura 68 - Casa destruída no Bairro Fluminense


Fonte: ALVES (2012)

Figura 69 – Queda de ponte devido às cheias do Ribeirão Camarão


Fonte: NOTICIAS TERRA (2012)

Figura 70 – Danos materiais ocasionados pelas chuvas intensas


Fonte: NOTICIAS TERRA (2012)
Após as cheias de 2011, foram necessárias obras de drenagem para recuperação de áreas afetadas,
conforme pode ser observado na Figura 71 e Figura 72.

Figura 71 - Construção de sistemas de drenagem


Fonte: PREFEITURA DE FLORESTAL (2012)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 36

Figura 72: Manilhamento para construção das obras


Fonte: PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORESTAL (2012)
Nas visitas técnicas realizadas no Município foi possível identificar algumas áreas que foram
afetadas pelas cheias de 2011. Estas áreas, conforme informações de funcionários da Prefeitura,
são áreas de risco sujeitas a novos eventos como os de 2011.

Figura 73 - Área Central - Área de alagamento


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 74 - Rua Lucas Silveira - Área de alagamento


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Figura 75 - Praça Joaquim Pinto de Carvalho - Área de alagamento


Fonte: Projeta Engenharia (2015)
De acordo com a Prefeitura, existe apenas uma área no Município susceptível a erosão e
deslizamento de terra, apresentada na Figura 76.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 37

Figura 76 - Área de deslizamento de Florestal


Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 38

4. PROGNÓSTICO
O Produto D: Prospectiva e Planejamento Estratégico tem como objetivo a formulação de cenários
de planejamento para os serviços de saneamento básico, definindo objetivos e metas para o PMSB
de Florestal, com base nas carências atuais e demandas futuras referentes aos serviços de
abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e manejo de águas pluviais e
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
Neste documento foram indicadas as proposições e diretrizes de intervenção a serem adotadas ao
longo do horizonte de planejamento de 20 anos, visando assim melhoria das condições sanitárias
em que vivem as populações urbanas e rurais do Município e à preservação dos recursos hídricos
e do meio ambiente.
4.1. PROJEÇÃO POPULACIONAL
A projeção populacional é o ponto de partida para a construção dos cenários de metas e demandas
do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) de Florestal. As projeções populacionais têm
como objetivo subsidiar o planejamento na delimitação de cenários futuros de atuação e na
formulação de políticas de curto, médio e longo prazo. Nesse sentido, foram analisadas cinco
projeções populacionais, sendo geométrica, aritmética, analítica pessimista, analítica otimista e
analítica moderada.
Quanto ao horizonte de planejamento adotado para os cenários de demanda, foi considerado o
período de 20 anos, a contar da data de finalização dos estudos. Dentro do horizonte de
planejamento, as intervenções foram divididas em prazos: imediato (até o 2º ano); curto prazo
(3º ao 6º ano); médio prazo (7º ao 10º ano); e longo prazo (11º ao 20º).
Após a escolha da projeção populacional mais adequada à realidade do Município, partiu-se para
a construção de cenários de metas com suas respectivas demandas por serviços de saneamento.
Esses cenários tiveram como objetivo principal identificar e comparar as alternativas de
intervenção, observado o sistema territorial, os aspectos demográficos e os aspectos operacionais
específicos de cada serviço de saneamento.
Para este PMSB foi considerado o resultado a ser utilizado o obtido através do modelo analítico
pessimista, a escolha deste método baseou-se no fato de que o resultado da população estimada
para o ano de 2015 aproximou-se da população estimada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, além disso não existem particularidades para este Município.
4.2. CENÁRIOS DE DEMANDA
No presente PMSB o estudo de demandas futuras foi realizado de forma quantitativa apenas para
os sistemas de saneamento das áreas urbanas, exceto para o eixo de Resíduos Sólidos, visto que,
nas áreas rurais há uma grande imprecisão, principalmente, nos dados referentes a população
atendida e demais dados técnicos, fazendo com que os cálculos de demanda por novas
infraestruturas e serviços sejam realizados de maneira equivocada, o que pode impactar
diretamente no planejamento financeiro do Município para a implementação das ações previstas
no plano.
Para a adoção de um cenário, é importante considerar a capacidade do responsável pela operação
do Sistema de Abastecimento de Água em cumprir as metas estabelecidas, em nível técnico,
operacional, financeiro e administrativo, sendo assim, o Cenário 2 passa a ser o mais plausível de
se adotar, tendo em vista a sustentabilidade do sistema e o planejamento prévio das ações.
No Cenário 1 do eixo de Drenagem serão implementadas ações que proporcionarão uma melhoria
contínua dos serviços em prazos escalonados dentro do horizonte de planejamento do Plano
(Imediato ao Longo Prazo), considerando como unidade de planejamento as sub-bacias
hidrográficas e sua integração com os Municípios à montante e a Jusante de Florestal. No período
inicial serão priorizadas ações de planejamento e estruturação dos serviços e no período de curto,

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 39

médio e longo, prazo ocorrerão maiores investimentos para execução das ações planejadas,
atingindo-se assim a universalização do serviço de drenagem a longo prazo.
O plano busca a universalização do saneamento básico para o eixo de Drenagem, o cenário que
talvez atenda melhor a realidade do Município pelas suas dificuldades orçamentárias, carência de
corpo técnico, falta de dados e informações, é o Cenário 2, que trabalha os objetivos com as metas
escalonadas até o longo prazo, chegando aos 80% de atendimento. Uma vez elaborado os objetivos
e metas, e o Município cumprir suas ações com eficiência, na primeira revisão o cenário poderá
ser alterado para o atingimento da universalização.
5.1.1 Abastecimento de água
As demandas dos serviços de abastecimento de água no período entre 2016 e 2035 foram
avaliadas apenas para as áreas urbanas onde, na etapa de Diagnóstico, foram verificados sistemas
coletivos de abastecimento de água implantados ou previstos.
A produção de água necessária foi estimada pelo consumo máximo de água e as perdas físicas.
Verificou-se se as infraestruturas dos sistemas existentes e em projeto/obras serão capazes de
atender às demandas futuras. Para o cálculo das demandas foram levados em consideração os
seguintes parâmetros: consumo médio per capita; índice de perdas; coeficiente do dia de maior
consumo; consumo e demanda máximos de água; capacidade instalada e disponibilidade hídrica;
volume de reservação disponível e necessário.
A seguir são apresentadas as projeções populacionais, demandas de água, capacidade instalada,
volume de reservação e saldos/déficits de produção de água e de reservação, avaliados para o
Cenário 2, visto que este foi o adotado para os demais estudos presentes no PMSB.
A Tabela 7 apresenta as principais características deste cenário 2.
Tabela 7 – Principais características do Cenário 2
Variáveis Hipótese
A População Urbana/Rural a ser utilizada nesse estudo é proveniente
População Urbana/ da Projeção no Cenário Analítica Pessimista, no qual se considera
Rural fatores particulares do Município que possam interferir na linha de
crescimento tendencial elaborada pelo IBGE.
A Porcentagem da população atendida é caracterizada pela população
efetivamente servida com os serviços de abastecimento de água, ou seja,
está associada à quantidade de economias residenciais ativas de água
Porcentagem da servidas pelo prestador do serviço. Conforme informado pela COPASA,
população urbana em 2015 99% da população da sede é atendida por abastecimento
atendida coletivo de água
Neste cenário, pressupõe-se uma intensificação dos investimentos em
longo prazo, a fim de universalizar o atendimento pelo sistema público
de água.
Controle de perdas – O controle de perdas faz inferência à redução das perdas na distribuição
redução no Índice de de água, sendo neste cenário intensificados os investimentos em longo
perdas prazo, de forma a reduzir significativamente os valores atuais.

A seguir serão apresentadas as metas para as variáveis citadas acima, resultantes dos
investimentos mais vultuosos nos prazos curto e médio:
 População atendida (%)
Prazo Imediato Curto Médio Longo

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 40

População atendida (%) 99 99,1 99,2 100

 Índice de perdas (%)


Prazo Imediato Curto Médio Longo
Índice de perdas (%) 41,87 38,87 35,87 22,87

A Tabela 8 apresenta as demandas pelos serviços de abastecimento de água nos prazos Imediato
(2016/2017), Curto (2018/2021), Médio (2022/2025) e Longo (2026/2035), em função das
metas pré-estabelecidas para o Cenário 2.
Verificou-se que o sistema existente será capaz de atender às demandas futuras de captação e
armazenamento de água.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 41

Tabela 8 – Produção de água para atendimento da população futura considerando as metas estabelecidas no Cenário 2
Saldo ou
Porcentagem Capacidade Volume de Volume de Saldo ou
População Demanda Produção Déficit
População População da população Perdas instalada de reservação reservação déficit de
Ano urbana máxima necessária de
urbana rural urbana (%) captação disponível necessário reservação
atendida (L/s) (L/s) captação
atendida (%) (L/s) (m³) (m³) (m³)
(L/s)
2016 6.572 1.013 99,00 6506 9,69 41,87 13,74 30,00 16,26 430 396 34
2017 6.769 1.000 99,02 6703 9,98 41,37 14,11 30,00 15,89 430 406 24
2018 6.972 987 99,04 6905 10,28 40,77 14,47 30,00 15,53 430 417 13
2019 7.181 974 99,06 7113 10,59 40,17 14,84 30,00 15,16 430 427 3
2020 7.397 962 99,08 7329 10,91 39,47 15,22 30,00 14,78 430 438 -8
2021 7.619 949 99,10 7550 11,24 38,87 15,61 30,00 14,39 430 450 -20
2022 7.847 937 99,12 7778 11,58 38,07 15,99 30,00 14,01 430 460 -30
2023 8.083 925 99,15 8014 11,93 37,27 16,38 30,00 13,62 430 472 -42
2024 8.325 913 99,17 8256 12,29 36,57 16,78 30,00 13,22 430 483 -53
2025 8.575 901 99,20 8506 12,66 35,87 17,20 30,00 12,80 430 495 -65
2026 8.832 889 99,25 8766 13,05 34,87 17,60 30,00 12,40 430 507 -77
2027 9.097 877 99,30 9033 13,45 33,87 18,00 30,00 12,00 430 518 -88
2028 9.370 866 99,35 9309 13,86 32,87 18,41 30,00 11,59 430 530 -100
2029 9.651 855 99,40 9593 14,28 31,87 18,83 30,00 11,17 430 542 -112
2030 9.941 844 99,50 9891 14,72 30,87 19,27 30,00 10,73 430 555 -125
2031 10.239 833 99,60 10198 15,18 28,37 19,49 30,00 10,51 430 561 -131
2032 10.546 822 99,70 10514 15,65 26,87 19,86 30,00 10,14 430 572 -142
2033 10.863 811 99,80 10841 16,14 25,37 20,23 30,00 9,77 430 583 -153
2034 11.188 801 99,90 11177 16,64 23,87 20,61 30,00 9,39 430 594 -164

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 42

2035 11.524 790 100,00 11524 17,15 22,87 21,08 30,00 8,92 430 607 -177
Legenda: Imediato Curto Médio Longo

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 43

5.1.2 Esgotamento sanitário


Para elaboração do Prognóstico dos serviços de esgotamento sanitário no horizonte de
planejamento de 20 anos, assim como no item referente ao Abastecimento de Água, tomou-se
como base as carências e considerações do sistema atual de Esgotamento Sanitário (SES) do
Município de Florestal/MG apresentadas no Produto C – Diagnóstico Técnico Participativo deste
PMSBA, sendo estes pertinentes à construção do cenário de demandas e das metas propostas a
serem executadas no Município no horizonte de planejamento do Plano. As demandas dos
serviços de esgotamento sanitário no período entre 2016 e 2035 foram avaliadas apenas para as
áreas urbanas do Município.
Para o cálculo das demandas por serviços de esgotamento foram levados em consideração os
seguintes parâmetros: vazão média de esgotos; vazão de infiltração; demanda por coleta e
tratamento de esgotos; e capacidade instalada.
A seguir são apresentadas as vazões médias de esgotos, a extensão da rede coletora, a demanda
média de coleta e tratamento, a capacidade instalada de tratamento e os saldos/déficits de
tratamento para o esgotamento sanitário, que foi o adotado para os demais estudos presentes no
PMSB.
A Tabela 9 apresenta as principais características deste cenário 2.
Tabela 9 − Principais características do cenário 2
Variáveis Hipótese
A unidade territorial é caracterizada pela área urbana da Sede Municipal
de Florestal e nas localidades rurais do Município onde há coleta de esgoto
Unidade Territorial
coletivo. Considera-se, para efeito de cálculo das demandas, a população
urbana.
Avalia o crescimento do índice de atendimento ao serviço de esgotamento
Índice de sanitário, sendo este considerado alto, contemplando as ações de
atendimento de implantação da rede coletora, programas de adesão tarifária da população
esgotos e ações de fiscalização, focados em um curto prazo no horizonte de
planejamento
O crescimento do tratamento de esgotos é elevado, uma vez que já existe
Estação de Tratamento de Esgotos na Sede, para atendimento de toda
Índice de
população urbana, além de programas para incentivo a construção de
tratamento de
fossas sépticas nas localidades rurais. Também são consideradas ações e
esgotos
programas focados na identificação de ligações cruzadas com as redes
pluviais e implantação das demais instalações de tratamento de esgoto.
Fonte: Projeta Engenharia (2015)
As metas estabelecidas para o Cenário 2, também levam em consideração os diferentes horizontes
de planejamento, sendo estes representados a seguir:

 Índice de atendimento de esgotos (%)


Prazo Imediato Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
Cobertura (%) 100 100 100 100

 Índice de tratamento de esgotos (%)


Prazo Imediato Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
Cobertura (%) 100 100 100 100

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 44

A Tabela 10 apresenta as demandas pelos serviços de esgotamento sanitário nos prazos Imediato
(2016/2017), Curto (2018/2021), Médio (2022/2025) e Longo (2026/2035), em função das
metas pré-estabelecidas.
Verificou-se a partir da avaliação da infraestrutura local que há verá déficit de extensão de rede,
e coleta e tratamento de esgotos para todo o período que compreende o horizonte de
planejamento do presente PMSB.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 45

Tabela 10 − Geração de esgotos da população futura de Florestal considerando as metas estabelecidas no Cenário 2
Saldo
Porcentagem Porcentagem da Vazão Saldo ou
População População Extensão da Demanda Capacidade ou Saldo ou
da população população média de Vazão de Demanda Capacidade déficit de
População População urbana urbana rede por instalada de déficit déficit de
Ano urbana urbana esgotos infiltração por coleta instalada de extensão
urbana Rural atendida atendida por demandada tratamento tratamento de tratamento
atendida por atendida por produzida (L/s) (L/s) coleta (L/s) de rede
por coleta tratamento (Km) (L/s) (L/s) coleta (L/s)
coleta (%) tratamento (%) (L/s) (Km)
(L/s)
2016 6572 1013 100 6572 100 6572 6,52 23,00 11,50 18,02 18,02 * * -0,67 * *

2017 6769 1000 100 6769 100 6769 6,72 23,69 11,85 18,56 18,56 * * -1,36 * *

2018 6972 987 100 6972 100 6972 6,92 24,40 12,20 19,12 19,12 * * -2,07 * *

2019 7181 974 100 7181 100 7181 7,13 25,13 12,57 19,69 19,69 * * -2,80 * *

2020 7397 962 100 7397 100 7397 7,34 25,89 12,94 20,29 20,29 * * -3,56 * *

2021 7619 949 100 7619 100 7619 7,56 26,67 13,33 20,89 20,89 * * -4,33 * *

2022 7847 937 100 7847 100 7847 7,79 27,46 13,73 21,52 21,52 * * -5,13 * *

2023 8083 925 100 8083 100 8083 8,02 28,29 14,15 22,17 22,17 * * -5,96 * *

2024 8325 913 100 8325 100 8325 8,26 29,14 14,57 22,83 22,83 * * -6,80 * *

2025 8575 901 100 8575 100 8575 8,51 30,01 15,01 23,52 23,52 * * -7,68 * *

2026 8832 889 100 8832 100 8832 8,76 30,91 15,46 24,22 24,22 * * -8,58 * *

2027 9097 877 100 9097 100 9097 9,03 31,84 15,92 24,95 24,95 * * -9,51 * *

2028 9370 866 100 9370 100 9370 9,30 32,80 16,40 25,70 25,70 * * -10,46 * *

2029 9651 855 100 9651 100 9651 9,58 33,78 16,89 26,47 26,47 * * -11,45 * *

2030 9941 844 100 9941 100 9941 9,87 34,79 17,40 27,26 27,26 * * -12,46 * *

2031 10239 833 100 10239 100 10239 10,16 35,84 17,92 28,08 28,08 * * -13,50 * *

2032 10546 822 100 10546 100 10546 10,47 36,91 18,46 28,92 28,92 * * -14,58 * *

2033 10863 811 100 10863 100 10863 10,78 38,02 19,01 29,79 29,79 * * -15,69 * *

2034 11188 801 100 11188 100 11188 11,10 39,16 19,58 30,68 30,68 * * -16,82 * *

2035 11524 790 100 11524 100 11524 11,44 40,33 20,17 31,60 31,60 * * -18,00 * *

Notas: ¹Considerou-se a população urbana e das localidades rurais, conforme classificação adotada nesse PMSB; ² *Refere-se aos dados onde não há informações disponíveis no Município, sendo estes considerados primordiais para avaliação dos dados no horizonte de
planejamento. Portanto será de responsabilidade da Prefeitura Municipal levantar estes dados e estabelecer suas metas.

Legenda: Imediato Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 46

5.1.3 Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais


No Diagnóstico Técnico Participativo do eixo de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais
foram apresentadas as condições atuais do sistema de drenagem no Município de Florestal,
levando em consideração suas particularidades e capacidades estruturais. No Município não
existe o cadastro técnico da rede de drenagem pluvial urbana e durante as visitas técnicas foram
identificados poucos elementos de macrodrenagem e microdrenagem.
Dentre os principais problemas relacionados a drenagem pluvial urbana de Florestal, conforme
apresentado no PMSB do Município, são as áreas sujeitas a inundações e alagamentos devido a
fisiologia territorial. Devido à falta de dados disponíveis, será utilizado um desenvolvimento
teórico como metodologia para a construção dos cenários do serviço de drenagem urbana no
Município.
De modo a avaliar o desempenho de políticas específicas e das ações públicas a serem
implementadas, optou-se pela adoção de quatro indicadores que permitirão o monitoramento das
ações ao longo do tempo para o serviço de drenagem urbana e manejo de águas pluviais no
Município de Florestal. A Tabela 11 abaixo, descreve esses cinco indicadores utilizados para a
avaliação do Cenário 2, visto que este foi o adotado para os demais estudos presentes no PMSB
Tabela 11: Principais características do Cenário 1

Variáveis Hipótese

Trata-se da unidade a ser utilizada para planejamento e gestão das ações referente à
Unidade de
drenagem urbana e manejo de águas pluviais. Neste cenário, considera-se que as
planejamento
ações serão planejadas e executadas considerando uma visão integrada da bacia
e gestão
hidrográfica, tendo essa unidade como planejamento e gestão.
Trata-se do percentual de domicílios situados em ruas com sistemas de drenagem
Cobertura urbana (Sarjetas, bocas coletoras/grelhas, poços de visita, galerias de pequeno, médio
domiciliar de e grande porte,travessias). No Cenário 1, serão consideras metas para aumentar o
sistemas de índice de moradias atendidas pelo sistema de drenagem urbana, onde as ações terão
drenagem prazos escalonados dentro do horizonte de planejamento do Plano, e a cobertura se
dará 100% a longo prazo, no entanto, as ações serão iniciadas no prazo imediato.
Trata-se de um planejamento, para adequação e funcionamento dos serviços de
Limpeza e limpeza e manutenção das estruturas de drenagem, com objetivo de evitar futuros
manutenção problemas relacionados a seu estado de conservação. No Cenário 1, serão
preventiva consideradas como meta, um plano de limpeza e manutenção de maneira preventiva
dos sistemas onde as ações terão prazos constantes, a partir do prazo imediato, pelo fato do
de drenagem serviços de manutenção e limpeza manter interface direta com outros serviços
inerentes ao saneamento.
Trata-se de um planejamento de ações de acompanhamento ao longo do tempo do
Incidência de percentual de casas do Município impactadas com o volume das cheias nos corpos
domicílios hídricos e processos erosivos. Levando em consideração outras medidas que
acometidos interferem nas causas das inundações ,enchentes e erosões, como a falta de cobertura
por dos sistemas de drenagem, limpeza e manutenção dessas estruturas. Deverá ser feito
inundações e no Cenário 1, um planejamento das áreas a serem expandidas, para evitar danos a
alagamentos integridade física e áreas sujeitas ao potencial risco, as ações terão prazos
no Município escalonados dentro do horizonte de planejamento do Plano, e serão desenvolvidas de
acordo com a taxa de ocupação do solo, atingindo-se a universalização dos serviços.
Fonte: Projeta Engenharia (2015)
As metas estabelecidas para o Cenário 1, também levam em consideração os diferentes
horizontes de planejamento, sendo estes representados a seguir:
 Cobertura domiciliar de Sistemas de drenagem (%)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 47

Prazo Imediato Curto Médio Longo


Atendimento (%) * * * 80
*Valor desconhecido a ser levantado futuramente

 Incremento da limpeza e manutenção preventiva dos sistemas de drenagem (%)

Prazo Imediato Curto Médio Longo


Atendimento (%) 0 40 60 80

 Áreas e domicílios acometidos por inundações (%)


Prazo Imediato Curto Médio Longo
Percentual (%) 20 40 60 80

5.1.4 Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos


A partir da elaboração do Produto C – Diagnóstico Técnico Participativo referente ao Plano
Municipal de Saneamento Básico de Florestal foi possível avaliar a situação atual referente a
prestação e índices de atendimento dos serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos
do Município.
Para a determinação das demandas por serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
foi adotada, para cada tipo de resíduo (RSU, RCC, e resíduos recicláveis) a relação entre os valores
correspondentes à produção per capita dos mesmos e a “população projetada” para o Município.
Abaixo seguem os resultados da avaliação realizada para o Cenário 2, visto que este foi o adotado
para os demais estudos presentes no PMSB.
No Cenário 2 foram estabelecidas metas para um planejamento de execução a curto e médio prazo,
tendo em vista maiores dificuldades que deverão ser enfrentadas pelo Município, como
disponibilidade orçamentária e maior necessidade de tempo para planejamento e implantação
das ações.
A Tabela 12 apresenta as principais características deste cenário.
Tabela 12 – Principais características do Cenário 2
Variáveis Hipótese
Nesse cenário a unidade territorial no Município de Florestal é caracterizada
contemplando a área urbana e rural, tendo em vista a criação a curto e médio
Unidade prazo de um consórcio intermunicipal para a o manejo dos resíduos sólidos.
Territorial Cabe salientar que as metas serão estipuladas para o Município de Florestal e
futuramente, caso se concretize a formação de consórcio, deverão ser
discutidas para os demais Municípios.
O índice de cobertura é caracterizado pela população efetivamente atendida
com a coleta de resíduos e com regularidade adequada, ou seja, está associada
Índice de
à população efetivamente contemplada pela coleta do lixo. O índice de
cobertura do
cobertura relatado pela Prefeitura Municipal de Florestal atualmente foi de
serviço de coleta
100% para as áreas urbana e rural, sendo que neste cenário, pressupõe-se
dos RSD
uma intensificação dos investimentos em curto prazo e médio prazo, a fim de
universalizar a cobertura no Município

Índice de Em Florestal, o serviço de coleta seletiva atende 100% do Município. Desta


cobertura pelos forma, serão abordadas metodologias que visam a ampliação e melhorias

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 48

Variáveis Hipótese
serviços de coleta contínuas de tais serviços de tais serviços desde o período imediato ao médio
seletiva e Taxa de prazo, através de compra de equipamentos (caminhão), instalação de uma
recuperação de Unidade de Triagem e Compostagem (UTC), formação de associação e
recicláveis contratação de funcionários
Tem por objetivo a ampliação dos serviços limpeza pública já existentes no
Abrangência dos
Município como varrição, capina, poda e roçada. Tal cenário objetiva um
serviços de
maior atendimento a curto e médio prazo tanto em relação a abrangência
Limpeza Pública
quanto periodicidade destes.
Caracteriza-se pela implantação de ações para gerenciamento dos resíduos
Resíduos da da construção civil em médio prazo, através da disponibilização de
Construção Civil caçambas/containers tarifados aos geradores para armazenamento
temporário destes resíduos e posterior destinação adequada.
Destinação Final Prevê medidas que visam a adequação a curto e médio prazo para
Adequada dos implantação de formas adequadas de destinação final dos resíduos sólidos
Resíduos Sólidos urbanos gerados no Município de Florestal, a exemplo de UTC regularizada
Urbanos ou aterro sanitário através de consórcio intermunicipal.
Fonte: Projeta Engenharia (2015)
As metas estabelecidas para este cenário, que levam em consideração os diferentes horizontes de
planejamento, são apresentadas a seguir.
 Índice de cobertura do serviço de coleta dos RSD na zona urbana (%)
Prazo Imediato Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
Cobertura (%) 100 100 100 100

 Índice de cobertura do serviço de coleta dos RSD na zona rural (%)


Prazo Imediato Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
Cobertura (%) 100 100 100 100

 Índice de cobertura pelos serviços de coleta seletiva na zona urbana (%)


Prazo Imediato Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
Cobertura (%) 100 100 100 100

 Índice de cobertura pelos serviços de coleta seletiva na zona rural (%)


Prazo Imediato Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
Cobertura (%) 100 100 100 100

 Taxa de recuperação de recicláveis na zona urbana (%)


Prazo Imediato Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
Cobertura (%) 10 15 25 30

 Taxa de recuperação de recicláveis na zona rural (%)


Prazo Imediato Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 49

Cobertura (%) 10 15 25 30

 Abrangência dos serviços de Limpeza Pública na zona urbana (%)


Prazo Imediato Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
Cobertura (%) *¹ *¹ *¹ *¹
*¹ Devida a falta de dados referentes aos índices de atendimento dos serviços de limpeza pública, a
projeção deste serviço não pode ser calculada. Posteriormente, este índice deverá ser levantado pelo
prestador de serviço e somente a partir deste poderão ser estipuladas suas metas de atendimento.

 Eliminação de locais de disposição inadequada dos Resíduos da Construção Civil (RCC) e


Resíduos Volumosos na zona urbana (%)
Prazo Imediato Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
Cobertura (%) 10 25 50 100

 Destinação Final dos Resíduos Sólidos Urbanos (%)


Prazo Imediato Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
Cobertura (%) ? 100 100 100

Na Tabela 13 é possível observar uma prospecção das variáveis mencionadas na


Tabela 12 para os 20 anos do horizonte de planejamento do PMSB. Nela também é apresentada a
projeção referente à massa gerada de resíduos da construção civil, além da massa de resíduos
gerada para disposição final, sendo que neste cenário, todas as metas apresentadas são cumpridas
de forma escalonada do período imediato ao médio prazo.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 50

Tabela 13 – Geração de resíduos e recuperação através da reciclagem, considerando as metas estabelecidas no Cenário 2
Índice de
Massa
Índice de Índice de cobertura Massa de resíduos Massa de
Pop. Atendida gerada de Massa total de Massa total de Taxa de
Pop. cobertura coleta cobertura da Pop. Atendida do recicláveis resíduos
Pop. Pop. coleta Resíduos RSD gerado RSD coletado recuperação de
zona convencional de coleta seletiva coleta seletiva serviço recuperados para
Ano urbana total convencional da (kg/d) (kg/d) recicláveis
rural RSD (%) (%) de (kg/d) disposição
(hab) (hab) Construção
(hab) Limpeza final
Civil
Pública (kg/d)
(t/ano)
Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural (%) Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural Urbana Rural
2016 6.572 1.013 7.585 100% 100% 6572 1013 100% 100% 6572 1013 *¹ 3483,16 2825,96 435,59 2825,96 435,59 10% 10% 282,596 43,559 2935,395
2017 6.769 1.000 7.769 100% 100% 6769 1000 100% 100% 6769 1000 *¹ 3587,57 2910,67 430 2910,67 430 10% 10% 291,067 43 3006,603
2018 6.972 987 7.959 100% 100% 6972 987 100% 100% 6972 987 *¹ 3695,16 2997,96 424,41 2997,96 424,41 10% 10% 299,796 42,441 3080,133
2019 7.181 974 8.156 100% 100% 7181 974 100% 100% 7181 974 *¹ 3805,93 3087,83 418,82 3087,83 418,82 13% 13% 401,4179 54,4466 3050,786
2020 7.397 962 8.358 100% 100% 7397 962 100% 100% 7397 962 *¹ 3920,41 3180,71 413,66 3180,71 413,66 15% 15% 477,1065 62,049 3055,215
2021 7.619 949 8.568 100% 100% 7619 949 100% 100% 7619 949 *¹ 4038,07 3276,17 408,07 3276,17 408,07 15% 15% 491,4255 61,2105 3131,604
2022 7.847 937 8.784 100% 100% 7847 937 100% 100% 7847 937 *¹ 4158,91 3374,21 402,91 3374,21 402,91 18% 18% 607,3578 72,5238 3097,238
2023 8.083 925 9.007 100% 100% 8083 925 100% 100% 8083 925 *¹ 4283,99 3475,69 397,75 3475,69 397,75 20% 20% 695,138 79,55 3098,752
2024 8.325 913 9.238 100% 100% 8325 913 100% 100% 8325 913 *¹ 4412,25 3579,75 392,59 3579,75 392,59 20% 20% 715,95 78,518 3177,872
2025 8.575 901 9.476 100% 100% 8575 901 100% 100% 8575 901 *¹ 4544,75 3687,25 387,43 3687,25 387,43 25% 25% 921,8125 96,8575 3056,01
2026 8.832 889 9.721 100% 100% 8832 889 100% 100% 8832 889 *¹ 4680,96 3797,76 382,27 3797,76 382,27 25% 25% 949,44 95,5675 3135,023
2027 9.097 877 9.975 100% 100% 9097 877 100% 100% 9097 877 *¹ 4821,41 3911,71 377,11 3911,71 377,11 25% 25% 977,9275 94,2775 3216,615
2028 9.370 866 10.236 100% 100% 9370 866 100% 100% 9370 866 *¹ 4966,1 4029,1 372,38 4029,1 372,38 28% 28% 1128,148 104,2664 3169,066
2029 9.651 855 10.506 100% 100% 9651 855 100% 100% 9651 855 *¹ 5115,03 4149,93 367,65 4149,93 367,65 28% 28% 1161,98 102,942 3252,658
2030 9.941 844 10.784 100% 100% 9941 844 100% 100% 9941 844 *¹ 5268,73 4274,63 362,92 4274,63 362,92 28% 28% 1196,896 101,6176 3339,036
2031 10.239 833 11.072 100% 100% 10239 833 100% 100% 10239 833 *¹ 5426,67 4402,77 358,19 4402,77 358,19 30% 30% 1320,831 107,457 3332,672
2032 10.546 822 11.368 100% 100% 10546 822 100% 100% 10546 822 *¹ 5589,38 4534,78 353,46 4534,78 353,46 30% 30% 1360,434 106,038 3421,768
2033 10.863 811 11.674 100% 100% 10863 811 100% 100% 10863 811 *¹ 5757,39 4671,09 348,73 4671,09 348,73 30% 30% 1401,327 104,619 3513,874
2034 11.188 801 11.989 100% 100% 11188 801 100% 100% 11188 801 *¹ 5929,64 4810,84 344,43 4810,84 344,43 30% 30% 1443,252 103,329 3608,689
2035 11.524 790 12.314 100% 100% 11524 790 100% 100% 11524 790 *¹ 6107,72 4955,32 339,7 4955,32 339,7 30% 30% 1486,596 101,91 3706,514
*¹ Devida a falta de dados referentes aos índices de atendimento dos serviços de limpeza pública, a projeção deste serviço não pode ser calculada. Posteriormente, este índice deverá ser levantado pelo prestador de serviço e somente a partir deste poderão ser estipuladas
suas metas de atendimento.
Legenda: Imediato Curto Médio Longo
Fonte: Projeta Engenharia (2015)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 51

4.3. FORMAS DE GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO


Escolher o modelo de gestão adequado à realidade local é o primeiro passo para organizar os
serviços de saneamento básico de um Município, constituindo um titular destinado a coordenar
as atividades relacionadas à administração, operação, manutenção e expansão dos serviços, de tal
forma que a prestação destes seja executada adequadamente, atendendo aos requisitos legais e às
demandas da população.
Na Figura 77 é apresentado um organograma com as principais formas de prestação de serviço
público.

Figura 77 - Formas de prestação de serviço público


Fonte: Adaptado Ribeiro (2007) apud Ministério das Cidades

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 52

5. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES


Os Programas e as Ações propostos para o Município de Florestal visam estabelecer os meios para
que os objetivos e metas do PMSB possam ser alcançados ao longo do horizonte de planejamento
de 20 anos. Sendo assim, são abordados aspectos de cunho institucional e especificamente
relacionados ao abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e manejo de
águas pluviais e limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, de forma a suprir todas as carências
e demandas identificadas.
5.1. OBJETIVOS
O Planejamento é uma forma sistemática de determinar o estágio em que se encontra determinado
serviço, aonde se deseja chegar e qual o melhor caminho para se chegar, sendo o estabelecimento
de objetivos e metas uma forma viável de se alcançar o que foi traçado. Sendo assim, nos itens a
seguir são apresentados os objetivos e as metas que nortearão a elaboração das propostas de
programas, projetos e ações do PMSB de Florestal.
5.1.1 Desenvolvimento Institucional
Os objetivos do Programa de Desenvolvimento Institucional são:
 Institucionalizar a política municipal de saneamento básico;
 Promover adequação da estrutura física dos setores responsáveis pelo saneamento;
 Institucionalizar o PMSB/OP e os instrumentos para o monitoramento e legislação;
 Formar e capacitar recursos humanos no setor de saneamento básico, educação ambiental
e mobilização social;
 Implantar e alimentar o sistema municipal de informações de saneamento;
 Atingir equilíbrio econômico-financeiro implantado tarifas, taxas e custos dos serviços
adequados;
 Implantar mecanismos de controle social;
 Fiscalizar e regulação dos sistemas e serviços de saneamento;
 Promover educação ambiental e sanitária.

5.1.2 Abastecimento de Água


Os objetivos do Programa de Abastecimento de Água são:
 Implantar mecanismos para regulação dos serviços de abastecimento de água gerenciado
pela Prefeitura;
 Regularização jurídica dos locais onde estão instaladas as estruturas de abastecimento do
sob a responsabilidade da Prefeitura;
 Fomentar a adequação da infraestrutura dos sistemas para que estejam aptos a atender
com eficiência e qualidade as populações que deles dependem;
 Garantir à população o acesso à água que atenda aos padrões de potabilidade vigentes;
 Adequar os serviços prestados às legislações ambientais vigentes em relação à outorga,
regularização ambiental dos empreendimentos e atendimento aos padrões de qualidade
da água;
 Preservação das estruturas de captação e reservação contra o vandalismo.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 53

5.1.3 Esgotamento Sanitário


Os objetivos do Programa de Esgotamento Sanitário são:
 Ampliar os SES na Sede Municipal, considerando a demanda atual e futura, tendo em vista
a ampliação da rede coletora;
 Criar programa de monitoramento da qualidade dos corpos receptores do efluente da
ETE;
 Realizar estudos de capacidade e eficiência da ETE;
 Priorizar a ampliação do atendimento do SES da população situada ás margens dos cursos
d’água, com objetivo de diminuir a carga poluidora lançada nos mananciais;
 Otimizar o sistema tarifário para os serviços de tratamento esgotamento sanitário;
 Realizar levantamento, cadastro e mapeamento da composição da rede existente na Sede
(extensão, nº de ligações, nº de economias e demais dados operacionais) ;
 Criar departamento exclusivo para execução e manutenção dos serviços de esgotamento,
a exemplo Departamento de Água e Esgoto (DMAE), bem como reestruturar o corpo
técnico e equipe responsável pela manutenção e fiscalização dos SES no Município
 Implementar programas de fiscalização das ligações clandestinas na rede pluvial e demais
destinações irregulares de esgoto;
 Criar instrumentos normativos acerca da regulação dos serviços prestados pela Prefeitura
Municipal para o eixo de esgotamento sanitário, bem como a criação de legislação que
obrigue a população a se ligar na rede coletora de esgotos;
 Criar e implantar programas de incentivo e assistência à construção de fossas sépticas ou
fossas ecológicas nas localidades rurais, bem como implementar programas de
monitoramento das estruturas e nos demais locais onde não seja possível implantação da
rede coletora e tratamento coletivo do esgoto;
 Controlar e orientar a desativação de fossas rudimentares nas localidades rurais, com
objetivo de instalar fossas sépticas/fossas ecológicas, minimizando os riscos de
contaminação ambiental.
5.1.4 Drenagem urbana e manejo de águas pluviais
Os objetivos do Programa de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais são:
 Cadastrar a rede das águas pluviais (%);
 Universalizar a drenagem das águas pluviais (%);
 Elaborar plano de manutenção do sistema de drenagem;
 Identificar e mapear pontos de alagamentos;
 Fiscalizar ligações clandestinas.
5.1.5 Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
Os objetivos do Programa de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos são:
 Aquisição de materiais e infraestrutura para a realização dos serviços coleta dos RSD;
 Ampliação da Associação de Catadores de materiais recicláveis;
 Gestão de resíduos recicláveis e orgânicos (UTC);
 Gestão adequada de Resíduos da Construção Civil (RCC);

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 54

 Implantação de programas para gerenciamento de resíduos com logística reversa


obrigatória;
 Gestão adequada dos Resíduos de Serviços de Saúde;
 Disposição adequada dos resíduos sólidos urbanos.
5.2. PROGRAMAS E AÇÕES
Na Tabela 14 são apresentados os Programas e Ações propostos para o Desenvolvimento
Institucional para os eixos de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e
manejo de águas pluviais e limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, bem como os custos de
cada uma dessas ações.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 55

Tabela 14 – Consolidação dos Programas e ações propostos para o Município de Florestal


AÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

CÓDIGO PRAZO DE
DESCRIÇÃO ELEMENTOS/RECURSOS NECESSÁRIOS RESPONSÁVEIS
DO AÇÃO EXECUÇÃO

Instituir, implantar e consolidar os Prefeitura Municipal


instrumentos normativos, jurídico- Imediato
1.1 administrativos e os mecanismos de Recursos Humanos/ Financeiro
gestão da Política Municipal de (2016 e 2017)
Saneamento Básico.
Melhoria nos espaços físicos da estrutura Prefeitura Municipal
da Prefeitura Municipal assim como Recursos Humanos/ Financeiro/ Curto Prazo
1.2
equipamentos e estruturas de Infraestrutura (2018 a 2021)
organização.
Criação de leis específicas e regimentos Prefeitura Municipal
para instituição do plano de saneamento, Imediato
1.3 para definição de obrigações e direitos dos Recursos Humanos/ Financeiro
prestadores de serviços de saneamento e (2016 e 2017)
para seus usuários.
Formação e capacitação de recursos Curto Prazo Prefeitura Municipal
1.4 humanos no setor do saneamento básico, Recursos Humanos/ Financeiro
educação ambiental e mobilização social. (2018 a 2021)

Implantação de mecanismos de controle Prefeitura Municipal


social com a criação do Conselho Curto Prazo
1.5 Municipal de Saneamento Básico ou Recursos Humanos/ Financeiro
integração em outro conselho já existente (2018 a 2021)
atuante dentro do município.
Contratar empresa especializada para Imediato Prefeitura Municipal
1.6 implantar Sistema de Informações Recursos Humanos/ Financeiro
Georreferenciadas – SIG. (2016 e 2017)

Contratar empresa ou capacitar servidores Imediato Prefeitura Municipal


1.7 para alimentar e atualizar o Banco de Recursos Humanos/ Financeiro
(2016 e 2017)
Dados com informações detalhadas

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 56

quantitativas e qualitativas dos serviços de


saneamentos.

Prefeitura Municipal
Levantar informações sobre o Município
em relação aos serviços de saneamento Médio Prazo
1.8 Recursos Humanos/ Financeiro
básico para avaliação constante da (2022 a 2025)
situação do saneamento no Município.

Realizar estudo tarifário dos serviços de Prefeitura Municipal


saneamento para definição das taxas e Médio Prazo
1.9 tarifas, levando em consideração os custos Recursos Humanos/ Financeiro
de serviços e investimentos necessários ao (2022 a 2025)
Município.
Criar sistema de ouvidoria (Disque Prefeitura Municipal
Denúncia) para recebimento de
2.0 reclamações referentes aos serviços e para Recursos Humanos/ Financeiro Curto Prazo
o registro de reivindicações dos serviços
(2018 a 2021)
de saneamento.
Criar sistema de fiscalização de Prefeitura Municipal
empreendimentos e comunidade de forma
2.1 associada entre os diversos setores e Recursos Humanos/ Financeiro Curto Prazo
órgãos prestadores dos serviços de
(2018 a 2021)
saneamento.
Prefeitura Municipal
Criar sistema de fiscalização e regulação
2.2 dos prestadores de serviços de Recursos Humanos/ Financeiro Imediato
saneamento.
(2018 a 2021)
Criar e desenvolver programas de Prefeitura Municipal
educação ambiental e sanitária junto à
comunidade, instituições de ensino e Curto Prazo
2.3 Recursos Humanos/ Financeiro
demais setores (comercial, de serviços e (2018 a 2021)
industrial) envolvendo todas as áreas do
saneamento.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 57

Instituir, implantar e consolidar os Prefeitura Municipal


instrumentos normativos, jurídico- Imediato
1.1 administrativos e os mecanismos de Recursos Humanos/ Financeiro
gestão da Política Municipal de (2016 e 2017)
Saneamento Básico.
Melhoria nos espaços físicos da estrutura Prefeitura Municipal
da Prefeitura Municipal assim como Recursos Humanos/ Financeiro/ Curto Prazo
1.2
equipamentos e estruturas de Infraestrutura (2018 a 2021)
organização.
Criação de leis específicas e regimentos Prefeitura Municipal
para instituição do plano de saneamento, Imediato
1.3 para definição de obrigações e direitos dos Recursos Humanos/ Financeiro
prestadores de serviços de saneamento e (2016 e 2017)
para seus usuários.

Formação e capacitação de recursos Prefeitura Municipal


Curto Prazo
1.4 humanos no setor do saneamento básico, Recursos Humanos/ Financeiro
educação ambiental e mobilização social. (2018 a 2021)

Prefeitura Municipal
Implantação de mecanismos de controle Curto Prazo
1.5 Recursos Humanos/ Financeiro
social. (2018 a 2021)

Contratar empresa especializada para Prefeitura Municipal


Imediato
1.6 implantar Sistema de Informações Recursos Humanos/ Financeiro
Georreferenciadas – SIG. (2016 e 2017)

Contratar empresa ou capacitar servidores Prefeitura Municipal


para alimentar e atualizar o Banco de Imediato
1.7 Dados com informações detalhadas Recursos Humanos/ Financeiro
quantitativas e qualitativas dos serviços de (2016 e 2017)
saneamentos.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 58

Levantar informações sobre o Município


em relação aos serviços de saneamento Médio Prazo
1.8 Recursos Humanos/ Financeiro
básico para avaliação constante da (2022 a 2025)
situação do saneamento no Município.
Realizar estudo tarifário dos serviços de Prefeitura Municipal
saneamento para definição das taxas e Médio Prazo
1.9 tarifas, levando em consideração os custos Recursos Humanos/ Financeiro
de serviços e investimentos necessários ao (2022 a 2025)
Município.
Criar sistema de ouvidoria (Disque Prefeitura Municipal
Denúncia) para recebimento de
2.0 reclamações referentes aos serviços e para Recursos Humanos/ Financeiro Curto Prazo
o registro de reivindicações dos serviços
(2018 a 2021)
de saneamento.
Criar sistema de fiscalização de Prefeitura Municipal
empreendimentos e comunidade de forma
2.1 associada entre os diversos setores e Recursos Humanos/ Financeiro Curto Prazo
órgãos prestadores dos serviços de
(2018 a 2021)
saneamento.
Prefeitura Municipal
Criar sistema de fiscalização e regulação
2.2 dos prestadores de serviços de Recursos Humanos/ Financeiro Imediato
saneamento.
(2018 a 2021)
Criar e desenvolver programas de Prefeitura Municipal
educação ambiental e sanitária junto à
comunidade, instituições de ensino e Curto Prazo
2.3 Recursos Humanos/ Financeiro
demais setores (comercial, de serviços e (2018 a 2021)
industrial) envolvendo todas as áreas do
saneamento.
AÇÕES PARA MELHORIAS, AMPLIAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
CÓDIGO PRAZO DE
DESCRIÇÃO ELEMENTOS/RECURSOS NECESSÁRIOS RESPONSÁVEIS
DA AÇÃO EXECUÇÃO

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 59

Aprovação de legislação municipal para


definição dos critérios de regulação dos Imediato
1.1 - COPASA
serviços de saneamento básico nas áreas (2016)
atendidas pela Prefeitura.
Regulação dos serviços de saneamento
básico nas áreas atendidas pela Prefeitura: Imediato
1.2 - COPASA
criação de órgão específico na Prefeitura (2016)
ou concessão a uma entidade externa.
Ampliação da capacidade de reservação Instalação gradual de reservatórios Curto prazo
Prefeitura
1.3 atual dos Sistemas de abastecimento da (estruturas de reservação e demais estruturas (2019) – ação
Municipal
Sede. necessárias). contínua
Curto prazo
Ampliação das redes de distribuição de
1.4 Novas redes de distribuição. (2019) - ação Prefeitura Municipal
água na Sede municipal.
contínua
Revisão dos projetos dos sistemas
Materiais embutidos nas manutenções dos Imediato (2016)
1.5 coletivos de abastecimento de água em COPASA
sistemas. - ação contínua
operação.
Elaboração de estudos de viabilidade e
projetos para implantação de novos
Médio prazo
1.6 sistemas coletivos de abastecimento de Contratação de consultor. COPASA
(2021)
água e para a melhora dos sistemas nas
localidades rurais.
Identificação e cadastramento de
Imediato (2016) Prefeitura Municipal e
1.7 domicílios em situação precária de -
- ação contínua COPASA
abastecimento de água.
Ampliação da distribuição gratuita de
Solicitação de junto ao ministério da saúde, Imediato (2016)
1.8 hipoclorito de sódio pela Secretaria de Prefeitura Municipal
sem custos adicionais para o Município. - ação contínua
Saúde.
Sistematização e atualização contínua
Pessoal de campo e de sistematização das Imediato (2017)
1.9 dos cadastros técnico e comercial dos Prefeitura Municipal
informações. - ação contínua
sistemas de abastecimento.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 60

Solicitação de outorga para as captações Realização de estudo hidrológico e pagamento


1.10 Imediato (2016) Prefeitura Municipal
existentes não outorgadas. de taxas de solicitação no IGAM.
Instalação de macromedidores em todas
Curto prazo Prefeitura Municipal e
1.11 as captações sob a responsabilidade da Aquisição de macromedidores.
(2019) COPASA
Prefeitura.

Revitalização dos sistemas coletivos de Placa de identificação, pintura das estrutura e Curto prazo
1.12 Prefeitura Municipal
abastecimento de água. cercamento de áreas. (2018)

Restauração, proteção e cercamento de Plantio de mudas nativas, Cercas e placas de Imediato(2017)


1.13 Prefeitura Municipal
nascentes identificação - ação contínua
Elaboração de estudos e projetos para
Instalação gradual de Poços de captação
implantação de sistemas alternativos de Prefeitura Municipal e
1.14 (estudo hidrológico, perfuração, solicitação de Imediato (2016)
abastecimento coletivo para a população COPASA
outorga e demais estruturas necessárias)
abastecida atualmente pelo Estiva
Capacitação dos funcionários da Prefeitura
Elaboração e execução de estudos para para realizar as análises, interpretação e
implantação do sistema de tabulação dos dados ou contratação de
Imediato (2016) Prefeitura Municipal e
1.15 monitoramento da qualidade da água empresa/consultoria para analise emissão dos
– Ação contínua COPASA
distribuída sob responsabilidade da laudos de análise. Podendo a Prefeitura
Prefeitura Municipal Municipal de Florestal acompanhar os
monitoramentos
Curto prazo
Identificação e eliminação de Materiais embutidos nas manutenções dos
1.16 (2018) - ação Prefeitura Municipal
vazamentos visíveis. sistemas.
contínua
Curto prazo
Identificação e eliminação de Materiais embutidos nas manutenções dos
1.17 (2018) - ação COPASA
vazamentos não visíveis. sistemas.
contínua
Capacitação de funcionários para
Médio prazo Prefeitura Municipal e
1.18 manutenção dos sistemas sob a Curso de capacitação.
(2023) COPASA
responsabilidade da Prefeitura.
Campanhas de conscientização da
Campanha de conscientização (palestras e Imediato (2016) Prefeitura Municipal e
1.19 população em relação ao uso racional da
peças gráficas). - ação contínua COPASA
água.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 61

Imediato (2017)
1.20 Proteção e cercamento de nascentes. Cercas e placas de identificação. Prefeitura Municipal
- ação contínua
Implantação de sistema simplificado de
Imediato (2016 Prefeitura Municipal e
1.21 tratamento de água nas localidades Sistema de cloração e mão de obra.
e 2017) COPASA
rurais.
Instalação de hidrómetros nas Curto Prazo
Prefeitura Municipal e
1.22 localidades que possuem abastecimento Mão de obra, hidrómetros e outros materiais. (2019) Ação
COPASA
coletivo. contínua
Levantamento das vazões das estruturas
1.23 Mão de obra técnica, GPS, medidor de vazão. Imediato (2016) Prefeitura Municipal
de captação do abastecimento da sede.
AÇÕES PARA MELHORIAS, AMPLIAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
CÓDIGO PRAZO DE
DESCRIÇÃO ELEMENTOS/RECURSOS NECESSÁRIOS RESPONSÁVEIS
DA AÇÃO EXECUÇÃO
Implantação de medidores de vazão na
Contratação de consultoria e laboratório para
entrada e saída da ETE, além de Imediato (2016
1.1 monitorar a qualidade do efluente lançado no Prefeitura Municipal
monitoramento de parâmetros a 2017)
rio.
indicadores da eficiência do tratamento.
Aquisição de materiais, equipamentos e Sistema de Hidrojateamento, chorumeira ou
mão de obra para manutenção da rede limpa fossas, rolo de arame de aço, sistema de
Imediato (2016
1.2 coletora, da ETE e das Estações auto vácuo, EPI’s, caminhão a ser adquirido Prefeitura Municipal
a 2017)
Elevatórias de Esgotos (desobstrução e para uso dos serviços de esgotamento,
limpeza) drenagem e resíduos
Contratação de estudos e projetos para
implantação do sistema de automação de
Contração de consultoria para realização do Curto Prazo
1.3 instrumentação via rádio das estações Prefeitura Municipal
serviço (Elaboração e implantação) (2018 a 2021)
elevatórias e estações de tratamento de
esgotos
Capacitação dos funcionários da Prefeitura
Elaboração de estudos e projetos para (Departamento especifico) para realizar as Curto, Médio e
1.4 monitoramento do efluente recebido e análises, interpretação e tabulação dos dados Longo prazo Prefeitura Municipal
tratado nas ETES ou contratação de empresa/consultoria para (2018 a 2035)
analise emissão dos laudos de análise

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 62

Criação do sistema de informações ou Este sistema deve prever a integração entre os


banco de dados informatizado para demais eixos do saneamento, sendo essa ação Curto Prazo
1.5 Prefeitura Municipal
cadastro da rede, mapeamentos e dados já proposta no Programa de Desenvolvimento (2018 a 2021)
operacionais do SES Institucional

Otimização de política tarifária que Mão de obra técnica e recursos, materiais de Curto Prazo
1.6 Prefeitura Municipal
possibilite a sustentabilidade do sistema escritório e informática (2018 a 2019)

Capacitação de funcionários (Exemplo:


Identificação e cadastramento de
agentes de saúde) para realizar um
domicílios em situação precária de Imediato (2016
1.7 levantamento detalhado e preciso dos tipos de Prefeitura Municipal
esgotamento sanitário nas Sede e a 2017)
soluções de esgotamento sanitário utilizadas
localidades rurais
pelos domicílios urbanos e rurais;

Capacitação de funcionários para atendimento


das demandas; campanha de mobilização para
informações sobre o Programa. (Deverão ser
Criação e implantação de programa de Curto Prazo
1.8 monitorados tanto os empreendimentos Prefeitura Municipal
regularização ambiental (2018 a 2021)
novos quanto os já existentes, prevendo-se
nesse programa uma rotina de
monitoramento do efluente gerado por estes)

Este programa deve ser voltado para a


conscientização da população acerca da
Criação e implantação de programas de importância da destinação correta dos seus Curto Prazo
1.9 Prefeitura Municipal
Educação Ambiental efluentes e despoluição dos mananciais, (2018 a 2021)
incluindo aqui a capacitação dos funcionários
atuantes nos sistemas.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 63

Contratação de mão de obra técnica para


fiscalização dos serviços, a exemplo da
identificação de lançamentos clandestinos Curto, Médio e
Criação de um núcleo de fiscalização dos
1.10 entre as redes de drenagem pluvial e esgoto. A longo Prazo Prefeitura Municipal
serviços de esgotamento sanitário
equipe a ser contratada poderá ser a mesma a (2018 a 2035)
realizar a fiscalização dos demais serviços do
saneamento.

Implementação de medidas para garantir Curto e Médio


Ampliação dos sistemas de esgotamento
1.11 condições mínimas de esgotamento sanitário prazo (2018 a Prefeitura Municipal
sanitário nas localidades rurais
adequado a população dispersa 2025)

AÇÕES PARA MELHORIAS, AMPLIAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA

CÓDIGO PRAZO DE
DESCRIÇÃO ELEMENTOS/RECURSOS NECESSÁRIOS RESPONSÁVEIS
DA AÇÃO EXECUÇÃO

Subprograma: Universalização do Sistema de Drenagem Urbana


Realizar cadastro técnico e mapeamento
cartográfico em bancos de dados Recurso Humano-técnico; Equipamento-GPS, Curto prazo Prefeitura e (ou)Empresa
1.1
georreferenciados do sistema de micro e topográfico, computador (2018 – 2021) Terceirizada
macrodrenagem.

Obter licenças ambientais das Curto prazo Prefeitura-Sec.de Meio


1.2 Recurso Humano-técnico
canalizações e dos barramentos. (2018 – 2021) Ambiente

Obter outorgas para travessias,canais e Imediato (2016 Prefeitura,Sec de Meio


1.3 Recurso Humano-técnico
outras obras hidráulicas – 2017) Ambiente.

Identificar unidades dos sistemas Imediato (2016


1.4 Recurso Humano-técnico Prefeitura-Sec. De Obras
antigos ou danificados. – 2017)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 64

Verificar normas e padronização de


Imediato (2016
1.5 unidades de drenagem(sarjeta,poços de Recurso-Humano-técnico Prefeitura-Sec. de Obras
– 2017)
visita,bocas de lobo e galerias).
Verificar aspectos hidráulicos e
Curto prazo
1.6 hidrológicos de travessias e de micro e Recurso Humano-técnico Prefeitura Sec. De Obras
(2018 – 2021)
macrodrenagem.

Elaborar projeto para atualização e Curto prazo Prefeitura e (ou) Empresa


1.7 Recurso Humano-Engenheiro
ampliação da micro e macrodrenagem. (2018 – 2021) terceirizada

Executar obras e implantar


Médio prazo
1.8 infraestrutura após a conclusão do Secretaria de Obras,Empresa terceirizada Prefeitura-Sec. De Obras
(2022 – 2025)
projeto.
Elaborar estudo para a cobrança relativa Curto a Médio
Recurso Humano- corpo técnico Prefeitura –Sec. De
1.9 à prestação do serviço público e manejo prazo (2018 –
administrativo,aprovado no legislativo Administração,Legislativo
de águas pluviais urbanas. 2025)
Elaborar plano de manutenção corretiva
Imediato (2016-
e preventiva de manejo das águas Recurso Humano-técnico Prefeitura-Sec. de Obras
1.10 2017)
pluviais urbanas.
Implantar estrutura especializada em Recurso Humano-técnico; Equipamentos-
Curto prazo
manutenção e vistoria permanente no caminhão,hidrojato,material para reposição Prefeitura-Sec. de Obras
1.11 (2018-2021)
sistema de micro e macrodrenagem. de unidades estruturais
Elaborar plano para a limpeza e Imediato (2016-
Recurso Humano-técnico Prefeitura-Sec de Obras
1.12 desobstrução periódicas. 2017)

Realizar acompanhamento e Prefeitura-Sec. de


Curto prazo
monitoramento do crescimento Recurso Humano-técnico Recursos HumanosSec de
1.13 (2018-2021)
vegetativo. Planejamento.

Elaborar sistema de identificação de


Curto prazo
pontos de inundação,alagamento e Recurso Humano-técnico Prefeitura,Sec de Obras
1.14 (2018-2021)
erosão na área urbana.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 65

Elaborar projetos,visando a minimização


Curto prazo Prefeitura,Empresa
de inundações e erosões nas áreas Recurso Humano-Engenheiro
1.15 (2018 – 2021) terceirizada.
delimitadas de alto risco .

Implantar sistema de alerta contra


Curto prazo
enchentes e deslizamentos,de forma Recurso Humano-técnico Prefeitura,Defesa Civil
1.16 (2018 – 2021)
articulada com a Defesa Civil.

Elaborar plano para a realização de


Imediato (2016- Prefeitura,Sec de Meio
limpeza e o desassoreamento nos Recurso Humano-técnico
1.17 2017) Ambiente.
córregos

Reflorestar margens dos


Imediato 2016 – Prefeitura,Sec de Meio
córregos,quando necessário,em parceria Recurso Humano-técnico
1.18 Ação contínua Ambiente e Agricultura.
com os órgãos ambientais competentes.

Propor medidas para a recuperação


Curto prazo Prefeitura,Sec de Meio
ambiental,a fim de proteger as áreas de Recurso Humano técnico
1.19 (2018 – 2021) Ambiente.
mananciais.

Elaborar projeto e implantar sistema de


Curto prazo
retenção e aproveitamento de águas Recurso Humano-Engenheiro Prefeitura, Sec. de Obras
1.20 (2018 – 2021)
pluviais,para fins potáveis e não potáveis

Curto prazo
Realizar acompanhamento,controle e
Recurso Humano-técnico (2018) – Ação Prefeitura-Sec. De Obras
1.21 monitoramento do sistema.
contínua

Elaboração de projeto para recuperação


das áreas degradadas(projetos para Curto prazo Prefeitura,Empresa de
Recurso Humano-técnico
1.22 contenção de voçorocas e de erosão (2018 a 2021) Consultoria
laminar)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 66

Curto e Médio
Execução do projeto de recuperação das Prefeitura,Empresa
Mão de obra especializada prazo (2018 0
1.23 áreas degradadas terceirizada
2025)

AÇÕES PARA MELHORIAS, AMPLIAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

CÓDIGO PRAZO DE
DESCRIÇÃO ELEMENTOS/RECURSOS NECESSÁRIOS RESPONSÁVEIS
DA AÇÃO EXECUÇÃO

Aquisição de veículos próprios para


1.1 Caminhão compactador Imediato - 2017 Prefeitura Municipal
coleta dos RSD (rejeitos e orgânicos)
Ampliação da coleta convencional dos Imediato - 2017
1.2 Contratação de coletores Prefeitura Municipal
resíduos sólidos domiciliares Ação Contínua
Implantação da cobrança da coleta do
1.3 - Imediato - 2018 Prefeitura Municipal
RSD
Aquisição de caminhão adaptado para a Prefeitura Municipal e
1.4 Caminhão carroceria ou caçamba Imediato - 2017
realização da coleta seletiva ASTRIFLORES
Aprimoramento e Ampliação da Coleta Material de divulgação; Instalação de Pontos Imediato (2017) Prefeitura Municipal e
1.5
Seletiva de Entrega Voluntária (PEV) Ação Contínua ASTRIFLORES
Aprimoramento e Intensificação de
campanhas de conscientização da Campanha de conscientização (palestras e Imediato - 2016 Prefeitura Municipal e
1.6
população em relação a segregação de material gráfico) Ação Contínua ASTRIFLORES
recicláveis
Ampliação e estruturação da Associação Estrutura Física, Equipamentos e Contratação Prefeitura Municipal e
1.7 Imediato - 2017
de Catadores de Materiais Recicláveis de mais Funcionários ASTRIFLORES
Implantação de pátio de compostagem Construção de pátio de compostagem para Curto prazo Prefeitura Municipal e
1.8
para resíduos orgânicos resíduos orgânicos (2019) ASTRIFLORES
Capacitação de funcionários
responsáveis pelo gerenciamento dos
Imediato - 2016 Prefeitura Municipal e
1.9 resíduos (motoristas, coletores, Curso de capacitação
Ação Contínua ASTRIFLORES
catadores, associação de catadores,
varrição, etc.)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 67

Elaboração de Plano de Gestão Integrada


1.10 Estudos (Contratação de consultoria) Imediato - 2016 Prefeitura Municipal
dos Resíduos Sólidos

Ampliação da área coberta pelo serviço Contratação de funcionários e equipamentos Imediato - 2016
1.11 Prefeitura Municipal
de varrição para execução da atividade Ação Contínua
Eliminação das áreas de disposição
inadequada de RCC através de Imediato - 2017
1.12 Equipe Técnica Prefeitura Municipal
fiscalização e implantação de notificação Ação Contínua
e multa.
Implantação da cobrança pela disposição
1.13 - Imediato - 2017 Prefeitura Municipal
dos RCC
Corpo Técnico da Prefeitura Municipal para
Manutenção e Fiscalização do Fiscalização e contratação de empresa Imediato - 2016
1.14 Prefeitura Municipal
Gerenciamento dos RSS especializada para coleta, transporte, Ação Contínua
tratamento e destinação final
Estudos – Contratação de empresa
Elaboração de Plano de Encerramento e
1.15 responsável pela elaboração e execução das Imediato - 2017 Prefeitura Municipal
monitoramento do Aterro Controlado
ações prevista no Plano de Encerramento
Construção e estruturação de Aterro Sanitário
Destinação final adequada para os RSU Curto prazo
1.16 ou Unidade de Triagem e Compostagem (UTC)
através de Consórcio Intermunicipal (2018)
Consorciado

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 68

6. MONITORAMENTO, AVALIAÇÃO E REVISÃO


6.1. MECANISMOS DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
Para que as metas e ações propostas pelo PMSB sejam executadas dentro do prazo previsto é
fundamental que as mesmas sejam constantemente monitoradas e avaliadas, de modo a verificar
a eficiência e o cumprimento da execução do Plano. Este monitoramento e avaliação deve ser
realizado tanto pelos prestadores de serviços, quanto pelos órgãos reguladores e pela população,
tendo em vista a responsabilidade compartilhada dos setores do Município na elaboração e
execução do PMSB.
Para que este monitoramento possa resultar em uma avaliação bem executada do Plano é sugerida
a formulação do Relatório de Avaliação Anual do PMSB, que deve ser elaborado pelo órgão de
gestão do saneamento do Município. O Relatório de Avaliação Anual do PMSB deve possuir os
seguintes itens:
 Indicadores: resultados e evolução ao longo do tempo (situação atual x metas);
 Análise de Execução das Ações Propostas: tabela de acompanhamento contendo prazos,
situação e comentários sobre as ações;
 Análise da Satisfação da População: resultados das pesquisas de satisfação e análise das
reclamações feitas através dos canais de comunicação direta;
 Análise Setorial: análise síntese de cada setor do saneamento básico, contendo
descrição/situação, ações concluídas, pendentes/atrasadas, programadas, cronograma de
execução, dificuldades e oportunidades encontradas, investimentos realizados/necessários e
perspectivas futuras.
Dentre os instrumentos de gestão para acompanhamento da execução das ações e programas
propostos foram sugeridos a implementação do Sistema de Informações Municipais de
Saneamento Básico. O Sistema de Informações apresenta uma série de indicadores,
imprescindíveis para a mensuração do PMSB, que representam a situação dos setores de
saneamento básico. Através da análise e acompanhamento da evolução destes indicadores é
possível realizar uma avaliação do impacto das ações e programas propostos na melhoria da
situação de cada setor e, consequentemente, na melhoria na qualidade de vida da população. A
descrição deste sistema se encontra com maiores detalhes no Produto I – Termo de Referência
para o Sistema de informações para auxílio à tomada de decisão deste PMSB. Os indicadores
selecionados estão descritos no Anexo II deste Produto K.
6.2. MECANISMOS PARA A DIVULGAÇÃO
Para que seja assegurado à população o pleno conhecimento do andamento da execução das ações
propostas neste Plano Municipal de Saneamento Básico foram estabelecidos alguns mecanismos
de divulgação. São eles: o Relatório de Avaliação Anual do PMSB, a versão simplificada impressa
do relatório e os Seminários Públicos de Acompanhamento do PMSB.
O Relatório de Avaliação Anual do PMSB, tratado no item anterior, além de ser um mecanismo de
avaliação, também é um dos mais importantes mecanismos de divulgação do Plano, uma vez que
este relatório sintetiza todas as informações de acompanhamento da implementação das ações e
programas propostos.
Este Relatório deve ser publicado com conteúdo integral no site da Prefeitura em link de fácil
acesso e disponibilizado uma versão impressa em atendimento aos que não possuem acesso ao
link. A publicação deve ser amplamente divulgada nos principais meios de comunicação existentes
no Município.
Além disso, deve ser elaborada uma versão simplificada deste relatório, que será impressa e
distribuída para a população. Esta versão deve ser clara e objetiva e apresentar os principais

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 69

resultados e dificuldades encontradas de maneira sucinta, ressaltando os aspectos mais


relevantes. Este deve ser elaborado com linguagem simples e acessível.
Outro mecanismo importante é a realização de pelo menos três “Seminários Públicos de
Acompanhamento do PMSB”, onde serão apresentados os relatórios de avaliação parcial e anual
do plano, entre outras fases da sua execução. Desta forma, são garantidos à população os direitos
de tomar conhecimento da situação em que se encontra a implementação das ações do plano e de
emitir sua opinião e discutir possíveis adequações ou melhorias.
6.3. MECANISMOS DE REPRESENTAÇÃO DA SOCIEDADE
O principal agente na defesa dos interesses da população em relação aos serviços de saneamento
é o Conselho Municipal de Saneamento Básico. O Conselho dever estar instituído, com regimento
interno estabelecido e estar em pleno funcionamento o mais rápido possível, para que possa
acompanhar o processo de implementação das ações e programas propostos neste PMSB. É
importante que os membros do conselho mantenham articulações com a população, com os
profissionais da administração municipal, inclusive os da câmara municipal.
Pelo papel importante do Conselho na fiscalização e monitoramento da implementação do PMSB
é conveniente que seus membros frequentem reuniões, palestras, oficinas e outros eventos que
permitam que os mesmos adquiram conhecimento técnico-científico referente às questões
relativas ao saneamento básico.
O Conselho deve analisar o “Relatório de Avaliação Anual do PMSB” e questionar o que considerar
pertinente, além de propor ou sugerir soluções e alternativas. Além da atuação permanente do
Conselho como agente de representação da sociedade, o Seminário Público de Acompanhamento
do PMSB, citado no item anterior, é o mecanismo por meio do qual a sociedade pode se inteirar e
manifestar diretamente a sua opinião a respeito da implementação das ações e programas do
PMSB.
A opinião e as sugestões da população são valiosas para complementar o plano, pois são
informações que não estão usualmente disponíveis em fontes de dados convencionais. Além disso,
permitem realizar um mapeamento das localidades e bairros com maiores problemas, o que
facilita o redirecionamento das atenções para os locais que necessitam de uma intervenção mais
imediata.
6.3.1 Oficina de Controle Social para o Saneamento Básico
A Oficina de Controle Social para o Saneamento Básico surgiu a partir de uma demanda
identificada no Município pela Equipe Técnica de Mobilização Social, e teve objetivo de orientar a
população e potencializar a participação torna-os protagonistas da execução do mesmo.
Além de um nivelamento prévio informando sobre a elaboração do Plano no Município, a
metodologia utilizada durante a atividade buscou situações do cotidiano para exemplificar ações
de participação popular.
No decorrer da atividade, os participantes tiveram a oportunidade ainda de propor ações para o
controle social durante a execução do Plano. Basicamente uma das demandas com maior
indicação durante a oficina, refere-se em atividades de educação ambiental nos diversos setores
do Município, incluindo visitas técnicas, capacitações para atuação direta no controle social, e,
além disso, parcerias para promoção do desenvolvimento do saneamento local e fiscalização com
órgãos responsáveis.
6.4. Revisão do Plano
O plano deve ser atualizado pelo menos a cada 4 anos, de preferência em períodos coincidentes
com o PPA, pelo órgão municipal da gestão do saneamento.
Devem ser ajustadas as ações, os programas, o cronograma de execução, incluindo os prazos
estabelecidos, entre outros elementos constantes do plano de acordo com o aferido nos relatórios

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 70

de avaliação anual, seminários públicos de acompanhamento do PMSB, e outros eventos que


discutam questões relativas ao saneamento básico.
Também devem ser consideradas as sugestões, reclamações e opiniões da população e do
Conselho Municipal de Saneamento Básico. Deve ser elaborada uma versão preliminar da revisão
do PMSB. Esta deverá ser apresentada em Consulta Pública, onde possam ser esclarecidas todas
as dúvidas da população.
O Conselho deve estar presente para representar a sociedade e, posteriormente, contestar ou
aprovar o PMSB. A partir daí profissionais do órgão de gestão de saneamento devem realizar as
correções e ajustes finais, considerando as questões abordadas na Consulta Pública e elaborar a
Versão Final da Revisão do PMSB. Desta forma, se concretizam os mecanismos para que a tomada
de decisões, no setor de saneamento básico, seja mais democrática e participativa.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 71

7. ALTERNATIVAS DE FONTES DE FINANCIAMENTO DOS SERVIÇOS


DE SANEAMENTO BÁSICO
Em estudos sobre o saneamento básico, normalmente, é analisada a questão do financiamento
com base na disponibilidade de recursos orçamentários e não orçamentários para investimento,
em especial através de operações de crédito aos operadores. Contudo, a tarifa cobrada aos
Municípios é a principal fonte de recursos para cobrir os custos operacionais do sistema e
remunerar os empréstimos obtidos junto às organizações de fomento, com a finalidade de
ampliação da rede de serviços (IPEA, 2011).
Uma vez que, de acordo com a Constituição Federal, a promoção de programas de saneamento
básico é uma obrigação da União, dos Estados e dos Municípios, estes devem participar ativamente
no financiamento do setor, de modo a disponibilizar recursos orçamentários e não orçamentários.
De acordo com o disposto no Manual de Saneamento Básico, elaborado pelo Instituto Trata
Brasil (2012), os serviços de saneamento podem ter diversas formas de financiamento,
entre elas estão:
 Cobrança direta dos usuários (taxas ou tarifas);
 Subvenções públicas (orçamentos gerais);
 Subsídios tarifários;
 Inversões diretas de capitais públicos e/ou privados (empresas estatais públicas ou
mistas);
 Empréstimos – capitais de terceiros (Fundos e Bancos);
 Concessões e Parcerias Público-Privadas;
 Proprietário do imóvel urbano.
O Município de Florestal apresenta carências institucionais, técnicas e financeiras para garantir à
população, com seus próprios recursos, serviços de saneamento com qualidade e de forma
coerente com o estabelecido na Lei Federal nº 11.445/2007. Dentre as principais fontes de
financiamento para o saneamento básico destacam-se:
- Financiamento às companhias estaduais - através do Ministério das Cidades, por meio do PAC;
da emissão de valores imobiliários; e de agências multilaterais e bancos de fomento estrangeiros;
- Financiamento aos Municípios- através de financiamento descontingenciado, por quotas parte
do FPM, por recursos do OGU e da FUNASA; e pela concessão às companhias estaduais e
operadoras privadas;
- Financiamento ao setor privado – através de bancos nacionais e internacionais, como o
BNDES; e fundos públicos de investimento, como FI-FGTS.
Além das fontes citadas anteriormente como Ministério das Cidades, FUNASA e BNDES, podem
ser acessados recursos para investimento no setor de saneamento via:
 Secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (SEDRU);
 Financiamentos Externos e a Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex): Banco
Mundial (BIRD); Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); Corporação Andina de
Fomento/Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF); Agência Francesa de
Desenvolvimento (AFD);
 Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG);
 Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas
do Estado de Minas Gerais (Fhidro).

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 72

8. REGULAMENTAÇÃO DOS SERVIÇOS


É de competência do Município (titular) a regulação e a fiscalização da prestação dos serviços de
saneamento, podendo tais atividades ser exercidas pelo próprio Município ou ainda ser
autorizada a sua delegação a qualquer entidade reguladora constituída dentro dos limites do
respectivo Estado, conforme disposto na Lei Federal nº. 11.445/2007.
No Estado de Minas Gerais existe a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e
de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (ARSAE-MG) – autarquia especial
caracterizada pela autonomia administrativa, financeira, técnica e patrimonial, de personalidade
jurídica de direto público, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e
Política Urbana (SEDRU) – que exerce a atividade de fiscalização, acompanhando as ações da
prestadora nas áreas técnica, operacional, contábil, econômica, financeira, tarifária e de
atendimento aos usuários. A ARSAE-MG é a entidade responsável pela regulação e fiscalização dos
serviços prestados pela COPASA.
Neste PMSB foram propostas duas minutas de Lei, sendo uma para a instituição do Plano
Municipal de Saneamento Básico e outra para a instituição da Política Municipal de Saneamento
Básico, apresentadas no Produto G e nos Anexo III e Anexo IV deste documento. A implementação
dos Regulamentos requer o estudo e compreensão das leis municipais. Desta forma, este Plano
não visa exaurir o conhecimento jurídico-administrativo do Município. As minutas devem ser
avaliadas e discutidas tanto pelo Executivo quanto pelo Legislativo Municipal.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 73

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 74

10. ANEXOS
ANEXO I – Mapas de Caracterização do Município

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 75

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 76

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 77

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 78

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 79

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 80

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 81

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 82

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 83

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 84

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 85

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 86

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 87

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 88

ANEXO II – Indicadores de Monitoramento

INDICADORES DE MONITORAMENTO DO
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO
BÁSICO (PMSB) DE FLORESTAL (MG)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 89
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE FLORESTAL
INDICADORES DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL
INDICADORES DESCRIÇÃO VALIDAÇÃO DOS DADOS COMO CALCULAR UNIDADE PERIODICIDADE
O total de economias considerado na
avaliação será fornecido pelo cadastro do
(Número de domicílios urbanos
Índice de cobertura Prestador, o qual deverá ser
atendidos por rede de distribuição)
1.1 por rede de georreferenciada e estar atualizado e %
/ (Número total de domicílios
distribuição validado pelo Regulador. Já a estimativa dos
urbanos (IBGE)) X100
domicílios totais será encargo do Regulador,
que consolidará os dados do IBGE.
(Volume de água produzido-Volume
Índice de perdas na Todos os volumes serão indicados pelos Anual
1.2 de água consumido) / (Volume de %
distribuição relatórios gerenciais do Prestador.
água produzido) X100
(Volume de água disponibilizado por
Os volumes serão indicados pelos relatórios
poços isolados em 2015 Volume de
gerenciais do Prestador. A macromedição dos
Índice de desativação água disponibilizado por poços
1.3 poços deverá ser calibrada em períodos a ser %
dos poços isolados isolados no ano de referência) /
definido pelo Regulador, o qual acompanhará
(Volume de água disponibilizada por
a calibração.
poços isolados em 2015) X100

O sistema de registro de reclamações do (Quantidade de reclamações


Índice de reclamações Prestador deverá ser validado pelo relativas a falta de água no período
1.4 % Semestral
por intermitência Regulador. Já o sistema deste deverá ser de referência) / (Número de
compatível e excluir os registros duplicados. economias ativas de água)

(Nº de amostras em desacordo com


Os boletins serão enviados ao Regulador, que
Índice de atendimento o padrão de potabilidade para
poderá eventualmente realizar análises de
1.5 aos padrões de coliformes totais) / (Nº de amostras % Semestral
contraprova em laboratórios credenciados
potabilidade totais realizadas para coliformes
por este.
totais)

Índice de atendimento Verificar o atendimento à vazão outorgada do (Vazão captada / Vazão outorgada) x
1.6 % Semestral
à vazão outorgada manancial de captação 100

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 90
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE FLORESTAL
INDICADORES DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL
INDICADORES DESCRIÇÃO VALIDAÇÃO DOS DADOS COMO CALCULAR UNIDADE PERIODICIDADE

Índice de
Verificar o atendimento do número de
conformidade da Nº de captações outorgadas / Nº de
1.7 captações outorgadas ao número de % Semestral
quantidade de captações outorgáveis
captações outorgáveis
captações outorgadas

(Nº de amostras de coliformes totais


Verificar o atendimento às exigências
Índice de atendimento dentro do padrão de potabilidade -
estabelecidas na Portaria no. 2.914/2011 do
1.8 aos padrões de Portaria nº 2.914/2011 / Nº de % Mensal
Ministério da Saúde, referentes ao padrão de
potabilidade amostras de coliformes totais
coliformes totais
realizadas) x 100

Índice de Verificar o atendimento às exigências


(Nº de amostras de coliformes totais
conformidade da estabelecidas na Portaria no. 2.914/2011 do
realizadas / Nº de amostras de
1.9 quantidade de Ministério da Saúde, referentes à quantidade % Mensal
coliformes totais estabelecidas na
amostras de coliformes mínima de amostras para análise de
Portaria nº 2.914/2011) x 100
totais coliformes totais

Verificar o atendimento às exigências


Taxa de incidência de estabelecidas na Portaria no. 2.914/2011 do nº de casos registrados de
1.10 verminoses de Ministério da Saúde, referentes à quantidade verminoses de veiculação hídrica % Anual
veiculação hídrica mínima de amostras para análise de por ano – (nº casos/ano)
coliformes totais

Consumo médio per Calcular a quantidade média diária de água Quantidade total de água consumida
1.11 L/hab.dia Mensal
capita consumida por habitante no Município por dia / Nº de habitantes

1.12 % Anual

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 91
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE FLORESTAL
INDICADORES DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL
INDICADORES DESCRIÇÃO VALIDAÇÃO DOS DADOS COMO CALCULAR UNIDADE PERIODICIDADE
(População urbana atendida por
Mensurar o percentual da população urbana rede de distribuição de água e por
Índice de Atendimento
atendida por solução adequada de poço ou nascente com canalização
urbano
abastecimento de água interna / População urbana total do
Município) x 100
(População total atendida por rede
Mensurar o percentual da população de distribuição de água e por poço
Índice de atendimento
1.13 atendida por solução adequada de ou nascente com canalização interna % Anual
total
abastecimento de água / População total do Município) x
100

(Arrecadação própria com o


Índice de
Verificar a autossuficiência financeira do abastecimento de água / Despesa
1.14 sustentabilidade % Semestral
Município com o abastecimento de água total com o abastecimento de água)
financeira
x 100

Mensurar os volumes não faturados pelo [(Volume de água produzido –


Índice de perdas de
1.1.5 prestador responsável pelo abastecimento de Volume de água faturado) / Volume % Mensal
faturamento
água do Município de água produzido] x 100

Índice de consumo de Consumo total de energia elétrica no


Quantificar o consumo total de energia
energia elétrica no sistema de abastecimento de água/
1.16 elétrica no sistema de abastecimento por KWh/m³ Mensal
sistema de (Volume de água produzido +
volume de água tratado
abastecimento de água Volume de água tratado importado)

1.17 Índice de regularidade % Mensal

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 92
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE FLORESTAL
INDICADORES DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL
INDICADORES DESCRIÇÃO VALIDAÇÃO DOS DADOS COMO CALCULAR UNIDADE PERIODICIDADE
(Economias ativas não atingidas por
paralisações e interrupções
Avaliar a regularidade do fornecimento de
sistemáticas no abastecimento de
água no sistema de abastecimento
água / Nº de economias ativas
totais) x 100

Quantificar os hidrômetros existentes nas (Quantidade de ligações ativas de


Índice de ligações de água, a fim de minimizar o água com micromedição /
1.18 % Anual
hidrometração desperdício e realizar a cobrança justa pelo Quantidade de ligações ativas de
volume de água consumido água) x 100

Índice de capacidade Verificar a capacidade de tratamento do (Volume de água tratado / Volume


1.19 % Semestral
de tratamento sistema distribuidor de água de água produzido) x 100

(Volume de água produzido –


Índice de perdas do Quantificar o volume de perdas por ligação Volume de água consumido) /
1.20 L/ligação.dia Mensal
sistema por ligação ativa de água Quantidade de ligações ativas de
água

Quantidade de Amostras para


Implantar o controle de qualidade da água
Incidência das Análises Análises de Cloro Residual com
dos pequenos sistemas de distribuição
1.21 de Cloro Residual Fora Resultado fora do Padrão/ % Mensal
localizados nos distritos menores e em
do Padrão (IN075) Quantidade de Amostras Analisadas
pequenas localidades.
para Aferição de Cloro Residual

Criar e implantar programa de assistência Quantidade de Amostras para


1.22 técnica para monitorar a qualidade da água Análises de Turbidez com resultado % Mensal
dos sistemas individuais e dar orientação Fora do Padrão/ Quantidade de

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 93
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE FLORESTAL
INDICADORES DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL
INDICADORES DESCRIÇÃO VALIDAÇÃO DOS DADOS COMO CALCULAR UNIDADE PERIODICIDADE
Incidência das Análises quanto a construção de poços (cisternas), Amostras Analisadas para Aferição
de Turbidez Fora do adotando medidas de proteção sanitária. de Turbidez
Padrão (IN076)

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE FLORESTAL

INDICADORES DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

INDICADORES DESCRIÇÃO VALIDAÇÃO DOS DADOS COMO CALCULAR UNIDADE PERIODICIDADE

O total de economias considerado na avaliação


será fornecido pelo cadastro do Prestador, o
(Número de domicílios urbanos
Índice de cobertura por qual deverá ser georeferenciado e estar
atendidos por rede coletora) /
2.1 rede coletora de atualizado e validado pelo Regulador. Já a % Anual
(Número total de domicílios
esgotos estimativa dos domicílios totais será encargo
urbanos)
do Regulador, que consolidará os dados do
IBGE.

(Número de economias residenciais


ativas ligadas ao sistema de coleta
O cadastro do Prestador deverá estar
Índice de tratamento de de esgotos afluentes às estações de
2.2 georeferenciado, atualizado e validado pelo % Anual
esgotos tratamento de esgotos) / (Número
Regulador.
de economias ligadas ao sistema de
esgotos)

2.3 [nº./km] Semestral

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 94
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE FLORESTAL

INDICADORES DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

INDICADORES DESCRIÇÃO VALIDAÇÃO DOS DADOS COMO CALCULAR UNIDADE PERIODICIDADE

(Número de extravasamentos
O sistema de registro do Prestador deverá ser registrados no ano, inclusive
Índice de
validado pelo Regulador. O cadastro do repetições) / (Comprimento total
extravasamentos de
Prestador deverá estar atualizado e validado da malha de coleta de esgotos,
esgotos
pelo Regulador. incluindo redes coletoras coletores
troncos e interceptores)

(Número de análises de DBO em


Os boletins serão enviados ao Regulador, que
desacordo com a Resolução
Índice de qualidade do poderá eventualmente realizar análises de
2.4 CONAMA 430/2011 no ano) / % Semestral
efluente tratado contraprova em laboratórios credenciados por
(Número de análises de DBO
este.
realizadas)

Definidos pela DN 01/2008, conforme


Padrão de lançamento
2.5 enquadramento do curso d´água receptor dos - Semestral
de efluentes
efluentes da ETE.

Índice de coleta de O resultado mostra a proporção da população


(População Atendida) / (Tipo de
2.6 esgotos por tipo de urbana municipal com serviço de esgotamento % Semestral
Sistemas)
sistema sanitário.

Número de laudos O índice mostra a quantidade de laudos de


Nº de laudos de monitoramento a
2.7 realizados por monitoramento a partir das amostras Un. Trimestral
partir das amostras recolhidas
trimestre recolhidas.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 95
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE FLORESTAL

INDICADORES DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

INDICADORES DESCRIÇÃO VALIDAÇÃO DOS DADOS COMO CALCULAR UNIDADE PERIODICIDADE

Número de pontos de O índice mostra a quantidade de pontos de


2.8 Nº de pontos de coleta instalados Un. Semestral
coleta implantados. coleta de amostra instalados

Número de palestras Nº de oficinas e/ou palestras


O índice mostra a quantidade de palestras e/ou
2.9 e/ou oficinas de realizadas / Número de oficinas Um. Semestral
oficinas de capacitação realizadas
capacitação realizadas. e/ou palestras previsto

(Nº de cursos d'água receptores de


Índice de
Avaliar o monitoramento de oxigênio esgoto bruto ou tratado
monitoramento de
2.10 dissolvido (OD) nos cursos d'água receptores monitorados / Nº de cursos d'água % Semestral
oxigênio dissolvido
dos efluentes tratados receptores de esgoto bruto ou
(OD)
tratado no total) x 100

Índice de conformidade
Verificar o atendimento das amostras de (Nº de amostras de OD fora do
das amostras de
2.11 oxigênio dissolvido (OD) aos padrões da padrão / Nº de amostras % Mensal
oxigênio dissolvido
Resolução Conama nº 357/2005 realizadas) x 100
(OD)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 96
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE FLORESTAL

INDICADORES DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

INDICADORES DESCRIÇÃO VALIDAÇÃO DOS DADOS COMO CALCULAR UNIDADE PERIODICIDADE

Índice de atendimento Verificar o atendimento das amostras de (Nº de amostras de DBO em


aos padrões de demanda bioquímica de oxigênio (DBO) aos conformidade com as resoluções /
2.12 % Mensal
lançamento e do curso padrões das Resoluções CONAMA nº 357/2005 Nº de amostras de DBO realizadas)
d’água receptor e nº 430/2011 x 100

Eficiência da remoção
Quantificar a eficiência de remoção de DBO no [(DBO inicial – DBO final) / DBO
2.13 de demanda bioquímica % Mensal
sistema de tratamento de esgoto inicial] x 100
de oxigênio (DBO)

Índice de internações Nº registrado pelo Município de


Analisar o número de internações por doenças Nº de
2.14 por doenças de casos de doenças de veiculação Mensal
de veiculação hídrica no Município casos
veiculação hídrica hídrica no ano de referência

(Arrecadação própria com o


Índice de
Verificar a autossuficiência financeira do sistema de esgotamento sanitário /
2.15 sustentabilidade % Semestral
Município com o esgotamento sanitário Despesa total com o sistema de
financeira
esgotamento sanitário) x 100

Analisar a ocorrência de fluxo indevido de


Índice de Nº de extravasamentos de esgotos
esgotos, como resultado do rompimento ou da
2.16 extravasamento de registrados no ano / Extensão total Nº/km.ano Anual
obstrução de redes coletoras, interceptores ou
esgoto do sistema de coleta
emissários de esgotos

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 97
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE FLORESTAL

INDICADORES DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

INDICADORES DESCRIÇÃO VALIDAÇÃO DOS DADOS COMO CALCULAR UNIDADE PERIODICIDADE

Índice de consumo de Consumo total de energia elétrica


Quantificar o consumo total de energia elétrica
energia elétrica em em sistemas de esgotamento
2.17 no sistema de esgotamento sanitário por KWh/m³ Mensal
sistemas de sanitário / Volume de esgoto
volume de esgoto coletado
esgotamento sanitário coletado

Criar e implantar programa de assistência ao


fomento de sistemas individuais de
esgotamento sanitário adotados como solução
Índice de fossas (n° de fossas sépticas construídas)
2.18 na zona rural, a fim de orientarquanto à % Semestral
sépticas construídas / (n° total de
construção e manutenção adequada dos
mesmos minimizando o risco de contaminação
ambiental.

Estabelecimentos que Estabelecimentos que produzem efluentes não


Número de estabelecimentos que
não realizam pré- domésticos sem tratamento eficaz tanto nas
2.19 não realizam pré- tratamento de Nº Anual
tratamento de seu áreas urbanas dos distritos (inclusive no
seu efluente
efluente distrito sede) quanto na rural.

Criar programa de tratamento adequado para


os sistemas de tratamento individual para
(Número de casos de doenças por
Índice de casos de efluentes domésticos e não domésticos
contaminação fecal no meio rural) / Nº de
2.20 doenças por localizados no meio rural do Município Mensal
(número de casos de doenças no casos
contaminação fecal juntamente com fiscalização eficaz dos
meio rural) *100
estabelecimentos geradores, a fim de
minimizar o risco de contaminação ambiental;

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 98

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE FLORESTAL

INDICADORES DOS SERVIÇOS DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS

 Existência de padronização para projeto viário e drenagem


pluvial;
 Serviço de verificação e análise de projetos de pavimentação
e/ou loteamentos;
Institucionalização  Estrutura de inspeção e manutenção da drenagem;
 Existência de monitoramento de chuva;
 Registro de incidentes envolvendo microdrenagem.

Cobertura  Extensão total de ruas com serviço de microdrenagem, em Km


(guias, sarjetas e bocas de lobo);
 Extensão total de ruas do Município (Km).
 Número de dias com incidentes na microdrenagem (alagamento
Eficiência de vias, refluxo pelos poços de visita – PVs e bocas de lobo – Bls);
 Número de dias com chuva no ano;
 Número de pontos de alagamento (extensão (m), área (m2),
tempo de permanência (horas) e profundidade (m3).
 Número de bocas de lobo limpas;
 Total de bocas de lobo;
Gestão
 Total de recursos gastos com microdrenagem;
 Total alocado no orçamento anual para microdrenagem.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 99
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE FLORESTAL

INDICADORES DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

INDICADOR DESCRIÇÃO VALIDAÇÃO DOS DADOS COMO CALCULAR UNIDADE PERIODICIDADE

O total de economias considerado na avaliação


será fornecido pelo cadastro do Prestador, o
(Número de domicílios urbanos
qual deverá ser georreferenciada e estar
Índice de cobertura por atendidos por rede de distribuição) /
4.1 atualizado e validado pelo Regulador. Já a % Anual
rede de distribuição (Número total de domicílios urbanos
estimativa dos domicílios totais será encargo
(IBGE)) X100
do Regulador, que consolidará os dados do
IBGE.

(Volume de água produzido-Volume


Índice de perdas na Todos os volumes serão indicados pelos
4.2 de água consumido) / (Volume de % Anual
distribuição relatórios gerenciais do Prestador.
água produzido) X100

(Volume de água disponibilizado por


Os volumes serão indicados pelos relatórios
poços isolados em 2015 Volume de
gerenciais do Prestador. A macromedição dos
Índice de desativação água disponibilizado por poços
4.3 poços deverá ser calibrada em períodos a ser % Anual
dos poços isolados isolados no ano de referência) /
definido pelo Regulador, o qual acompanhará
(Volume de água disponibilizada por
a calibração.
poços isolados em 2015) X100

O sistema de registro de reclamações do (Quantidade de reclamações relativas


Índice de reclamações Prestador deverá ser validado pelo Regulador. a falta de água no período de
4.4 % Semestral
por intermitência Já o sistema deste deverá ser compatível e referência) / (Número de economias
excluir os registros duplicados. ativas de água)

(Nº de amostras em desacordo com o


Os boletins serão enviados ao Regulador, que
Índice de atendimento padrão de potabilidade para
poderá eventualmente realizar análises de
4.5 aos padrões de coliformes totais) / (Nº de amostras % Semestral
contraprova em laboratórios credenciados por
potabilidade totais realizadas para coliformes
este.
totais)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 100
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE FLORESTAL

INDICADORES DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

INDICADOR DESCRIÇÃO VALIDAÇÃO DOS DADOS COMO CALCULAR UNIDADE PERIODICIDADE

Índice de atendimento Verificar o atendimento à vazão outorgada do (Vazão captada / Vazão outorgada) x
4.6 %
à vazão outorgada manancial de captação 100

Índice de
Verificar o atendimento do número de
conformidade da Nº de captações outorgadas / Nº de
4.7 captações outorgadas ao número de captações % Semestral
quantidade de captações outorgáveis
outorgáveis
captações outorgadas

(Nº de amostras de coliformes totais


Verificar o atendimento às exigências
Índice de atendimento dentro do padrão de potabilidade -
estabelecidas na Portaria no. 2.914/2011 do
4.8 aos padrões de Portaria nº 2.914/2011 / Nº de % Mensal
Ministério da Saúde, referentes ao padrão de
potabilidade amostras de coliformes totais
coliformes totais
realizadas) x 100

Índice de Verificar o atendimento às exigências


(Nº de amostras de coliformes totais
conformidade da estabelecidas na Portaria no. 2.914/2011 do
realizadas / Nº de amostras de
4.9 quantidade de Ministério da Saúde, referentes à quantidade % Mensal
coliformes totais estabelecidas na
amostras de coliformes mínima de amostras para análise de
Portaria nº 2.914/2011) x 100
totais coliformes totais

Verificar o atendimento às exigências


Taxa de incidência de estabelecidas na Portaria no. 2.914/2011 do nº de casos registrados de
4.10 verminoses de Ministério da Saúde, referentes à quantidade verminoses de veiculação hídrica por % Anual
veiculação hídrica mínima de amostras para análise de ano – (nº casos/ano)
coliformes totais

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 101
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE FLORESTAL

INDICADORES DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

INDICADOR DESCRIÇÃO VALIDAÇÃO DOS DADOS COMO CALCULAR UNIDADE PERIODICIDADE

Consumo médio per Calcular a quantidade média diária de água Quantidade total de água consumida
4.11 L/hab.dia Mensal
capita consumida por habitante no Município por dia / Nº de habitantes

(População urbana atendida por rede


Mensurar o percentual da população urbana de distribuição de água e por poço ou
Índice de Atendimento
4.12 atendida por solução adequada de nascente com canalização interna / % Anual
urbano
abastecimento de água População urbana total do Município)
x 100

(População total atendida por rede de


Mensurar o percentual da população atendida
Índice de atendimento distribuição de água e por poço ou
4.13 por solução adequada de abastecimento de % Anual
total nascente com canalização interna /
água
População total do Município) x 100

(Arrecadação própria com o


Índice de
Verificar a autossuficiência financeira do abastecimento de água / Despesa
4.14 sustentabilidade % Semestral
Município com o abastecimento de água total com o abastecimento de água) x
financeira
100

Mensurar os volumes não faturados pelo [(Volume de água produzido –


Índice de perdas de
4.15 prestador responsável pelo abastecimento de Volume de água faturado) / Volume % Mensal
faturamento
água do Município de água produzido] x 100

4.16 Índice de consumo de Consumo total de energia elétrica no KWh/m³ Mensal


energia elétrica no sistema de abastecimento de água/

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 102
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE FLORESTAL

INDICADORES DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

INDICADOR DESCRIÇÃO VALIDAÇÃO DOS DADOS COMO CALCULAR UNIDADE PERIODICIDADE

sistema de Quantificar o consumo total de energia elétrica (Volume de água produzido + Volume
abastecimento de água no sistema de abastecimento por volume de de água tratado importado)
água tratado

(Economias ativas não atingidas por


paralisações e interrupções
Avaliar a regularidade do fornecimento de
4.17 Índice de regularidade sistemáticas no abastecimento de % Mensal
água no sistema de abastecimento
água / Nº de economias ativas totais)
x 100

Quantificar os hidrômetros existentes nas (Quantidade de ligações ativas de


Índice de ligações de água, a fim de minimizar o água com micromedição /
4.18 % Anual
hidrometração desperdício e realizar a cobrança justa pelo Quantidade de ligações ativas de
volume de água consumido água) x 100

Índice de capacidade Verificar a capacidade de tratamento do (Volume de água tratado / Volume de


4.19 % Semestral
de tratamento sistema distribuidor de água água produzido) x 100

(Volume de água produzido – Volume


Índice de perdas do Quantificar o volume de perdas por ligação
4.20 de água consumido) / Quantidade de L/ligação.dia Mensal
sistema por ligação ativa de água
ligações ativas de água

4.21 Implantar o controle de qualidade da água dos Quantidade de Amostras para % Mensal
pequenos sistemas de distribuição localizados Análises de Cloro Residual com

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 103
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE FLORESTAL

INDICADORES DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

INDICADOR DESCRIÇÃO VALIDAÇÃO DOS DADOS COMO CALCULAR UNIDADE PERIODICIDADE

Incidência das Análises nos distritos menores e em pequenas Resultado fora do Padrão/
de Cloro Residual Fora localidades. Quantidade de Amostras Analisadas
do Padrão (IN075) para Aferição de Cloro Residual

Criar e implantar programa de assistência Quantidade de Amostras para


Incidência das Análises técnica para monitorar a qualidade da água Análises de Turbidez com resultado
4.22 de Turbidez Fora do dos sistemas individuais e dar orientação Fora do Padrão/ Quantidade de % Mensal
Padrão (IN076) quanto a construção de poços (cisternas), Amostras Analisadas para Aferição de
adotando medidas de proteção sanitária. Turbidez

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo Executivo
Plano Municipal de Saneamento Básico – FLORESTAL 104

ANEXO III – Minuta de Lei para instituição do PMSB

MINUTA DE LEI QUE INSTITUI O PLANO


MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
(PMSB) DE FLORESTAL (MG)

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo final
Plano Municipal de Saneamento Básico- FLORESTAL 105

“Institui o Plano Municipal de Saneamento Básico, instrumento da Política Municipal de


Saneamento Básico e dá outras providências”.
O Prefeito Municipal de Florestal, no uso de suas atribuições legais, faz saber que a Câmara de
Vereadores aprovou e fica sancionada a seguinte Lei:
Lei Municipal
Art. 1º. O Plano Municipal de Saneamento Básico, como instrumento da Política Municipal de
Saneamento Básico, tem como diretrizes respeitadas às competências da União e do Estado,
melhorar a qualidade da sanidade pública, manter o meio ambiente equilibrado em busca do
desenvolvimento sustentável, além de fornecer diretrizes ao poder público e à coletividade para a
defesa, conservação e recuperação da qualidade e salubridade ambiental, cabendo a todos o direito
de exigir a adoção de medidas neste sentido.
Art. 2º. Para o estabelecimento do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Florestal,
serão observados os seguintes princípios fundamentais:
I. A universalização, a integralidade e a disponibilidade dos serviços;
II. Preservação da saúde pública e a proteção do meio ambiente;
III. A adequação de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e
regionais;
IV. A articulação com outras políticas públicas;
V. A eficiência e sustentabilidade econômica, técnica, social e ambiental;
VI. A utilização de tecnologias apropriadas;
VII. A transparência das ações;
VIII. Controle social;
IX. A segurança, qualidade e regularidade dos serviços;
X. A integração com a gestão eficiente dos recursos hídricos.
Art. 3º. O Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Florestal tem por objetivo geral o
estabelecimento de ações para a Universalização do Saneamento Básico, através da ampliação
progressiva do acesso aos serviços para todos os domicílios ocupados no Município.
Parágrafo Único. Para o alcance do objetivo geral, são objetivos específicos do presente Plano:
I. Garantir as condições de qualidade dos serviços existentes buscando sua melhoria e ampliação às
localidades não atendidas;
II. Implementar os serviços ora inexistentes, em prazos factíveis;
III.Criar instrumentos para regulação, fiscalização monitoramento e gestão dos serviços;
IV. Estimular a conscientização ambiental da população; e
V. Atingir condição de sustentabilidade técnica, econômica, social e ambiental aos serviços de
saneamento básico.
Art. 4º. Para efeitos desta Lei, consideram-se saneamento básico as estruturas e serviços dos
seguintes sistemas:
I. Abastecimento de Água;
II. Esgotamento Sanitário;
III. Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais e

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo final
Plano Municipal de Saneamento Básico- FLORESTAL 106

IV. Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos.


Art. 5º. Por se tratar de instrumento dinâmico, o Plano Municipal de Saneamento Básico do
Município de Florestal, deverá respeitar o que determina a Lei Municipal que estabelece a Política
Municipal de Saneamento, devendo ser alvo de contínuo estudo, desenvolvimento, ampliação e
aperfeiçoamento, tendo como marco inicial os estudos que integram o anexo desta lei, sendo este o:
Anexo - Plano Municipal de Saneamento Básico
§ 1º. A revisão de que trata o caput, deverá preceder à elaboração do Plano Plurianual do Município
de Florestal.
§ 2º. O Poder Executivo Municipal deverá encaminhar a proposta de revisão do Plano Municipal de
Saneamento Básico do Município de Florestal à Câmara dos Vereadores, devendo constar nas
alterações, caso necessário, a atualização e a consolidação do plano anteriormente vigente.
§ 3º. A proposta de revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Florestal
deverá ser elaborada em articulação com os prestadores dos serviços correlatos e estar em
compatibilidade com as diretrizes, metas e objetivos:
I - das Políticas Municipais e Estaduais de Saneamento Básico, de Saúde Pública e de Meio Ambiente;
II - dos Planos Municipais e Estaduais de Saneamento Básico e de Recursos Hídricos.
§ 4º. A revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Florestal deverá seguir as
diretrizes dos planos das bacias hidrográficas em que o Município estiver inserido, se houver.
Art. 6º. A gestão dos serviços de saneamento básico terão como instrumentos básicos os programas,
projetos e ações específicos nas áreas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem
urbana e manejo de águas pluviais, limpeza pública e manejo de resíduos sólidos tendo como meta
a universalização dos serviços de saneamento e o perfeito controle dos efeitos ambientais.
Parágrafo único. Os programas, projetos e ações, de que trata o caput deste artigo, são
apresentados no Plano Municipal de Saneamento Básico em anexo, parte integrante desta Lei.
Art. 7º. A titularidade dos serviços públicos de saneamento é de responsabilidade do Executivo
Municipal, independente da contratação de terceiros, de direito público ou privado, para execução
de uma ou mais dessas atividades.
§ 1º. Os executores das atividades mencionadas no caput deverão contar com os respectivos
licenciamentos ambientais cabíveis.
§ 2º. A administração municipal, quando contratada nos termos desse artigo, submeter-se-á às
mesmas regras aplicáveis nos demais casos.
Art. 8º. Sem prejuízo das sanções civis e penais cabíveis, às infrações ao disposto nessa Lei e seus
instrumentos acarretarão a aplicação das seguintes penalidades, garantida a ampla defesa e o
contraditório:
I - advertência, com prazo para a regularização da situação;
II – multa simples ou diária;
III - interdição.
Parágrafo único. Em caso de infração continuada, poderá ser aplicada multa diária.
Art. 9º. Na aplicação da penalidade da multa, a autoridade levará em conta sua intensidade e
extensão.
§ 1º. No caso de dano ambiental, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, a autoridade levará em
consideração a degradação ambiental, efetiva ou potencial, assim como a existência comprovada de
dolo.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo final
Plano Municipal de Saneamento Básico- FLORESTAL 107

§ 2º. A multa pecuniária será graduada entre unidade fiscal do Município.


§ 3º. O valor da multa será recolhido em nome e benefício do Fundo Municipal de Saneamento Básico,
instituído por Lei e suas alterações.
Art. 10. A penalidade de interdição será aplicada:
I – Em caso de reincidência;
II - Quando da infração resultar:
a) contaminação significativa de águas superficiais e/ou subterrâneas;
b) degradação ambiental que não comporte medidas de regularização, reparação, recuperação pelo
infrator ou às suas custas;
c) risco iminente à saúde pública.
Art. 11. Os Programas, Projetos e outras ações do Plano Municipal de Saneamento Básico do
Município de Florestal deverão ser regulamentados por Decretos do Poder Executivo, na medida em
que forem criados, inclusive especificando as dotações orçamentárias a serem aplicadas.
Parágrafo Único. Os Regulamentos comporão anexos do Plano Municipal de Saneamento Básico do
Município de Florestal e deverão ser identificados por número romano, na ordem de sua disposição.
Art. 12. Constitui órgão executivo do Presente Plano a Secretaria Municipal de Obras, por meio do
Departamento Municipal de Meio Ambiente, na forma da Lei Municipal que “Dispõe Sobre a
Política Municipal de Saneamento Básico, cria o Conselho Municipal de Saneamento e o Fundo
Municipal de Saneamento, e dá outras providências”.
Art. 13. Constitui órgão superior do presente Plano, de caráter consultivo e deliberativo, o Conselho
Municipal de Saneamento, vinculado à Secretaria de Governo, constituído com base no artigo 39 da
Lei Municipal que dispõe sobre a política municipal de saneamento.
Art. 14. Constitui o Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Florestal os documentos
anexos a esta Lei.
Art. 15. Nos casos omissos, deverão prevalecer a Lei Federal 11.447 de 05 de janeiro se 2007 e o
Decreto Regulamentador 7.217 de 21 de junho de 2010.
Art. 16. Essa Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Florestal, 2015

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo final
Plano Municipal de Saneamento Básico- FLORESTAL 108

ANEXO IV – Minuta de Lei que institui a Política Municipal de


Saneamento

MINUTA DE LEI QUE INSTITUI A POLÍTICA


MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
(PMSB) DE FLORESTAL (MG)

DA POLÍTICA MUNICIPAL DE SANEAMENTO

CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º - A Política Municipal de Saneamento Básico de Florestal, com fundamento na Lei Federal nº
11.445 de 05 de janeiro de 2007 e na Lei Estadual nº 18.031, de 12 de janeiro de 2009, tem como

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo final
Plano Municipal de Saneamento Básico- FLORESTAL 109

objetivo, respeitadas as competências da União e do Estado, melhorar a qualidade da sanidade


pública e manter o meio ambiente equilibrado buscando o desenvolvimento sustentável e fornecendo
diretrizes ao poder público e à coletividade para a defesa, conservação e recuperação da qualidade
e salubridade ambiental, cabendo a todos o direito de exigir a adoção de medidas nesse sentido.
Parágrafo Único - Para os efeitos desta lei considera-se saneamento básico o conjunto de serviços,
infraestrutura e instalações operacionais de:
I - abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações
necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e
os respectivos instrumentos de medição;
II - esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais
de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as
ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente;
III - limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infraestruturas e
instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo
doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas, inclusive a
triagem para fins de reuso, reciclagem ou compostagem, e os serviços de varrição, capina e poda de
árvores em vias e logradouros públicos e outros eventuais serviços pertinentes à limpeza pública;
IV - drenagem e manejo de águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e
instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou
retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais
drenadas nas áreas urbanas.
Art. 2º - Os recursos hídricos não integram os serviços de saneamento básico.
Parágrafo Único - A utilização de recursos hídricos na prestação de serviços públicos de
saneamento básico, inclusive para a disposição ou diluição de esgotos e outros resíduos líquidos, é
sujeita a outorga de direito de uso, nos termos da Lei Federal nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, de
seus regulamentos e da legislação estadual.
Art. 3º - Não constitui serviço público de saneamento a ação executada por meio de soluções
individuais, desde que o usuário não dependa de terceiros para operar os serviços, bem como as ações
de saneamento básico de responsabilidade privada, incluindo o manejo de resíduos de
responsabilidade do gerador.
Art. 4º - O lixo originário de atividades comerciais, industriais e de serviços cuja responsabilidade
não se possa identificar, poderá por decisão do poder público, ser considerado resíduo sólido urbano.
Art. 5º - Para o estabelecimento da Política Municipal de Saneamento Básico serão observados os
seguintes princípios fundamentais:
I - universalização do acesso;
II - integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e componentes de cada um
dos diversos serviços de saneamento básico, propiciando à população o acesso na conformidade de
suas necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados;
III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente;
IV - disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo das águas
pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado;
V - adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e regionais;
VI - articulação com políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à
pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo final
Plano Municipal de Saneamento Básico- FLORESTAL 110

interesse social, voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico
seja fator determinante;
VII - eficiência e sustentabilidade econômica;
VIII - utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de pagamento dos usuários
e a adoção de soluções graduais e progressivas;
IX - transparência das ações, baseada em sistemas de informações e processos decisórios
institucionalizados;
X - controle social;
XI- segurança, qualidade e regularidade;
XII - integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos.

CAPÍTULO II
DO INTERESSE LOCAL
Art. 6º - Para o cumprimento do disposto no artigo 30 da Constituição Federal e artigos 5º, 142, 143,
164, 174, 177, 181, 182, 183, 184, 185 e 190 da Lei Orgânica de Florestal, as diretrizes do Plano
Diretor e a lei 844/2010 que dispõe sobre o estudo de impacto de vizinhança, no que concerne ao
saneamento básico consideram-se como de interesse local:
I - o incentivo à adoção de posturas e práticas sociais e econômicas ambientalmente sustentáveis;
II - a adequação das atividades e ações econômicas, sociais, urbanas e rurais e do Poder Público, às
imposições do equilíbrio ambiental;
III - a busca permanente de soluções negociadas entre o Poder Público, a iniciativa privada e
sociedade civil para a redução dos impactos ambientais;
IV - a adoção no processo de planejamento, de normas relativas ao desenvolvimento urbano e
econômico que priorizem a proteção ambiental, a utilização adequada do espaço territorial e dos
recursos naturais e que possibilitem novas oportunidades de geração de emprego e renda;
V - a ação na defesa e conservação ambiental no âmbito regional e dos demais Municípios vizinhos,
mediante convênios e consórcios;
VI - a defesa e conservação das áreas de mananciais, das reservas florestais e demais áreas de
interesse ambiental;
VII - o licenciamento e fiscalização ambiental com o controle das atividades potencial ou
efetivamente degradadoras e poluidoras;
VIII - a melhoria constante da qualidade do ar, da água, do solo, da paisagem e dos níveis de ruído e
vibrações, mantendo-os dentro dos padrões técnicos estabelecidos pelas legislações de controle de
poluição ambiental federal, estadual e municipal no que couber;
IX - o acondicionamento, a coleta, o transporte, o tratamento e a disposição final dos resíduos sólidos;
X - a captação, o tratamento e a distribuição de água, assim como o monitoramento de sua
qualidade;
XI - a coleta, a disposição e o tratamento de esgotos;
XII - o reaproveitamento de efluentes destinados a quaisquer atividades;
XIII - a drenagem e a destinação final das águas;
XIV - o cumprimento de normas de segurança no tocante à manipulação, armazenagem e transporte
de produtos, substâncias, materiais e resíduos perigosos ou tóxicos;

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo final
Plano Municipal de Saneamento Básico- FLORESTAL 111

XV - a conservação e recuperação dos rios, córregos e matas ciliares e áreas florestadas;


XVI - a garantia de crescentes níveis de salubridade ambiental, através do provimento de
infraestrutura sanitária e de condições de salubridade das edificações, ruas e logradouros públicos;
XVII - monitoramento de águas subterrâneas visando à manutenção dos recursos hídricos para as
atuais e futuras gerações, exigindo o cumprimento da legislação.
Art. 7º - No acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos
deverão ser observados, além de outros previstos, os seguintes procedimentos:
I - acondicionamento separado do resíduo sólido doméstico dos resíduos passíveis de reciclagem e a
coleta seletiva destes;
II - acondicionamento, coleta e destinação própria dos resíduos hospitalares e dos serviços de saúde;
III - os resíduos industriais, da construção civil, agrícolas, entulhos, poda de árvores e rejeitos nocivos
à saúde e ao meio ambiente, bem como pilhas, baterias, acumuladores elétricos, lâmpadas
fluorescentes e pneus, não poderão ser aterrados no aterro sanitário;
IV - utilização do processo de compostagem dos resíduos orgânicos, sempre que possível e viável;
§ 1º A separação e o acondicionamento dos resíduos de que trata o inciso I é de responsabilidade do
gerador, sendo a coleta, transporte e destino final de responsabilidade do Município de acordo com
regulamentação específica.
§ 2º O acondicionamento, coleta, transporte e disposição final dos resíduos de que trata os incisos II
e III é de responsabilidade do gerador.
§ 3º Os resíduos de poda de árvores e manutenção de jardins são recolhidos nos locais geradores
conforme definição da Administração.
§ 4º Os resíduos da construção civil, provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de
obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como:
tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e
compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações,
fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha é de
responsabilidade do gerador que deve segregar os RCCs na origem e destiná-los corretamente para
locais licenciados adequados para cada tipo de resíduo.
CAPÍTULO III
DOS ÓRGÃOS EXECUTORES DA POLÍTICA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Art. 8º- A Política Municipal de Saneamento Básico de Florestal será executada pela Secretaria
Municipal de Obras e distribuída de forma transdisciplinar em todas as secretarias e órgãos da
Administração Municipal, respeitadas as suas competências.
CAPÍTULO IV
DA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO
Art. 9º - Os serviços básicos de saneamento de que trata o parágrafo único do artigo 1º desta lei
poderão ser executados das seguintes formas:
I - de forma direta pela Prefeitura ou por órgãos de sua administração indireta;
II - por empresa contratada para a prestação dos serviços através de processo licitatório;
III - por empresa concessionária escolhida em processo licitatório de concessão, nos termos da Lei
Federal nº 8.987/95;

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo final
Plano Municipal de Saneamento Básico- FLORESTAL 112

IV - por gestão associada com órgãos da administração direita e indireta de entes públicos federados
por convênio de cooperação ou em consórcio público, através de contrato de programa, nos termos
do artigo 241 da Constituição Federal e da Lei Federal nº 11.107/05.
§ 1º A prestação de serviços públicos de saneamento básico por entidade que não integre a
administração municipal depende de celebração de contrato, sendo vedada a sua disciplina
mediante convênios, termos de parceria ou outros instrumentos de natureza precária.
§ 2º Excetuam do disposto no parágrafo anterior os serviços autorizados para usuários organizados
em cooperativas, associações ou condomínios, desde que se limite a:
a) determinado condomínio;
b) localidade de pequeno porte, predominantemente ocupada por população de baixa renda, onde
outras formas de prestação apresentem custos de operação e manutenção incompatíveis com a
capacidade de pagamento dos usuários.
§ 3º Da autorização prevista no parágrafo anterior deverá constar a obrigação de transferir ao
titular os bens vinculados aos serviços por meio de termos específicos, com os respectivos cadastros
técnicos.
Art. 10 - São condições de validade dos contratos que tenham por objeto a prestação de serviços
públicos de saneamento básico:
I - a existência de estudo comprovando a viabilidade técnica e econômico-financeira da prestação
universal e integral dos serviços;
II - a existência de normas de regulação que prevejam os meios para o cumprimento das diretrizes
desta lei, incluindo a designação da entidade de regulação e de fiscalização;
III - a realização prévia de audiência e de consulta públicas sobre o edital de licitação, no caso de
concessão, e sobre a minuta do contrato.
Art. 11 - Nos casos de serviços prestados mediante contratos de concessão ou de programa, as
normas previstas no inciso II do artigo anterior deverão prever:
I - a autorização para a contratação dos serviços, indicando os respectivos prazos e a área a ser
atendida;
II - inclusão, no contrato, das metas progressivas e graduais de expansão dos serviços, de qualidade,
de eficiência e de uso racional da água, da energia e de outros recursos, em conformidade com os
serviços a serem prestados;
III - as prioridades de ação, compatíveis com as metas estabelecidas;
IV - as condições de sustentabilidade e equilíbrio econômico-financeiro da prestação de serviços, em
regime de eficiência, incluindo:
a) o sistema de cobrança e a composição de taxas e tarifas;
b) a sistemática de reajustes e de revisões de taxas e tarifas;
c) a política de subsídios;
V - mecanismos de controle social nas atividades de planejamento, regulação e fiscalização dos
serviços;
VI - as hipóteses de intervenção e de retomada dos serviços.
§ 1º Os contratos não poderão conter cláusulas que prejudiquem as atividades de regulação e de
fiscalização ou de acesso às informações sobre serviços contratados.
§ 2º Na prestação regionalizada, o disposto neste artigo e no artigo anterior poderá se referir ao
conjunto de Municípios por ela abrangidos.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo final
Plano Municipal de Saneamento Básico- FLORESTAL 113

Art. 12 - Nos serviços públicos de saneamento básico em que mais de um prestador execute atividade
interdependente com outra, a relação entre elas deverá se regulada por contrato e haverá órgão
único encarregado das funções de regulação e de fiscalização.
Parágrafo Único - Na regulação deverá ser definido, pelo menos:
I - as normas técnicas relativas à qualidade e regularidade dos serviços aos usuários e entre os
diferentes prestadores envolvidos;
II - as normas econômicas e financeiras relativas às tarifas, aos subsídios e aos pagamentos por
serviços prestados aos usuários e entre os diferentes prestadores dos serviços;
III - a garantia de pagamento de serviços prestados entre os diferentes prestadores dos serviços;
IV - os mecanismos de pagamento de diferenças relativas a inadimplemento dos usuários, perdas
comerciais e físicas e outros créditos devidos, quando for o caso;
V - o sistema contábil específico para os prestadores que atuem em mais de um Município;
VI - a compensação por atividades causadoras de impacto.
Art. 13 - O contrato a ser celebrado entre os prestadores de serviços a que se refere o artigo anterior
deverá conter cláusulas que estabeleçam pelo menos:
I - as atividades ou insumos contratados;
II - as condições recíprocas de fornecimento e de acesso à atividades ou insumos;
III - o prazo de vigência, compatível com as necessidades de amortização de investimentos, e as
hipóteses de sua prorrogação;
IV - os procedimentos para a implantação, ampliação, melhoria e gestão operacional das atividades;
V - os direitos e deveres sub-rogados ou os que autorizam a sub-rogação;
VI - as hipóteses de extinção, inadmitida a alteração e a rescisão administrativas unilaterais;
VII - as penalidades a que estão sujeitas as partes em caso de inadimplemento;
VIII - a designação do órgão ou entidade responsável pela regulação e fiscalização das atividades ou
insumos contratados.
CAPÍTULO V
DA PARTICIPAÇÃO REGIONALIZADA EM SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO
Art. 14 - O Município poderá participar de prestação regionalizada de serviços de saneamento básico
que é caracterizada por:
I - um único prestador dos serviços para vários Municípios, contíguos ou não;
II - uniformidade de fiscalização e regulação dos serviços, inclusive sua remuneração;
III - compatibilidade de planejamento.
§ 1º Na prestação de serviços de que trata este artigo, as atividades de regulação e fiscalização
poderão ser exercidas:
a) por órgão ou entidade de ente da Federação a que o titular tenha delegado o exercício dessas
competências por meio de convênio de cooperação técnica entre entes da Federação, obedecido ao
disposto no artigo 241 da Constituição Federal;
b) por consórcio público de direito público integrado pelos titulares dos serviços.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo final
Plano Municipal de Saneamento Básico- FLORESTAL 114

§ 2º No exercício das atividades de planejamento dos serviços a que se refere o caput deste artigo, o
titular poderá receber cooperação técnica do Estado e basear-se em estudos fornecidos pelos
prestadores.
Art. 15 - A prestação regionalizada de serviços públicos de saneamento básico poderá ser realizada
por:
I - órgão, autarquia, fundação de direito público, consórcio público, empresa pública ou sociedade
de economia mista estadual ou municipal;
II - empresa a que se tenham concedido os serviços.
§ 1º O serviço regionalizado de saneamento básico poderá obedecer ao plano de saneamento básico
elaborado para o conjunto dos Municípios.
§ 2º Os prestadores deverão manter sistema contábil que permita registrar e demonstrar,
separadamente, os custos e as receitas de cada serviço para cada um dos Municípios atendidos.

CAPÍTULO VI
A REGULAÇÃO E CONTROLE
Art. 16 - A função reguladora não poderá ser exercida por executores dos serviços de que trata os
incisos I a IV do parágrafo único do artigo 1º desta lei e atenderá aos seguintes princípios:
I - independência decisória, incluindo autonomia administrativa, orçamentária e financeira do
órgão regulador;
II - transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das decisões.
Art. 17 - São objetivos da regulação:
I - estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para a satisfação dos
usuários;
II - garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas;
III - prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, ressalvada a competência dos órgãos
integrantes do sistema nacional de defesa da concorrência;
IV - definir tarifas que assegurem o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos como a
modicidade tarifária, mediante mecanismos que induzem a eficiência e eficácia dos serviços e que
permitam a apropriação social dos ganhos de produtividade;
V - definir as penalidades.
Art. 18 - O órgão ou entidade reguladora editará normas relativas às dimensões técnica, econômica
e social de prestação dos serviços, que abrangerão, pelo menos, os seguintes aspectos:
I - padrões e indicadores de qualidade da prestação dos serviços;
II - requisitos operacionais e de manutenção dos sistemas;
III - as metas progressivas de expansão e de qualidade dos serviços e os respectivos prazos;
IV - regime, estrutura e níveis tarifários, bem como os procedimentos e prazos de sua fixação, reajuste
e revisão;
V - medição, faturamento e cobrança de serviços;
VI - monitoramento dos custos;
VII - avaliação da eficiência e eficácia dos serviços prestados;
VIII - plano de contas e mecanismos de informação, auditoria e certificação;

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo final
Plano Municipal de Saneamento Básico- FLORESTAL 115

IX - subsídios tarifários e não tarifários;


X - padrões de atendimento ao público e mecanismo de participação e informação;
XI - medidas de contingências e de emergências, inclusive racionamento.
§ 1º As normas previstas neste artigo deverão fixar prazo para os prestadores de serviços
comunicarem aos usuários as providências adotadas em face de queixas ou de reclamações relativas
aos serviços.
§ 2º O órgão ou entidade fiscalizadora deverá receber e se manifestar conclusivamente sobre as
reclamações que, a juízo do interessado, não tenham sido suficientemente atendidas pelos
prestadores dos serviços.
Art. 19 - Em caso de gestão associada ou prestação regionalizada dos serviços poderão ser adotados
os mesmos critérios econômicos, sociais e técnicos da regulação em toda a área de abrangência da
associação ou prestação.
Art. 20 - Os prestadores de serviços de saneamento básico deverão fornecer ao órgão ou entidade
reguladora todos os dados e informações necessárias para o desempenho de suas atividades, na
forma das normas legais, regulamentares e contratuais.
§ 1º Inclui-se entre os dados e informações a que se refere o caput deste artigo aquelas produzidas
por empresas ou profissionais contratados para executar serviços ou fornecer materiais e
equipamentos específicos.
§ 2º Compreendem-se nas atividades de regulação a interpretação e a fixação de critérios para a fiel
execução dos contratos, dos serviços e para a correta administração de subsídios.
Art. 21 - Deve ser dada publicidade aos relatórios, estudos e decisões e instrumentos equivalentes
que se refiram à regulação ou a fiscalização dos serviços, bem como aos direitos e deveres dos
usuários e prestadores, a eles podendo ter acesso qualquer do povo, independentemente da existência
de interesse direto.
§ 1º Excluem-se do disposto no caput deste artigo os documentos considerados sigilosos em razão
de interesse público relevante, mediante prévia e motivada decisão.
§ 2º A publicidade a que se refere o caput deste artigo deverá se efetivar, preferencialmente, por
meio de site na internet.
Art. 22 - É assegurado aos usuários dos serviços públicos de saneamento básico:
I - amplo acesso a informações sobre os serviços prestados;
II - prévio conhecimento dos seus direitos e deveres e das penalidades a que podem estar sujeitos;
III - acesso ao manual de prestação do serviço e de atendimento ao usuário, elaborado pelo prestador
e aprovado pelo órgão ou entidade reguladora;
IV - acesso a relatório periódico sobre a qualidade da prestação dos serviços.
CAPÍTULO VII
DOS ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS
Art. 23 - Os serviços de saneamento básico de que trata esta lei terão a sustentabilidade econômico-
financeira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços:
I - de abastecimento de água e esgoto sanitário: por tarifas e outros preços públicos, que poderão ser
estabelecidos para cada um dos serviços ou conjuntamente;
II - de limpeza urbana e manejo de resíduos urbanos: por taxas ou tarifas e outros preços públicos,
em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades;

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo final
Plano Municipal de Saneamento Básico- FLORESTAL 116

III - de manejo de águas pluviais urbanas: na forma de taxa, em conformidade com o regime de
prestação do serviço ou de suas atividades.
§ 1º Na instituição das tarifas, preços públicos e taxas para aos serviços de básico serão observadas
as seguintes diretrizes:
a) ampliação do acesso dos cidadãos e localidades de baixa renda os serviços;
b) geração dos recursos necessários para realização dos investimentos, objetivando o cumprimento
das metas e objetivos do serviço;
c) inibição do consumo supérfluo e do desperdício de recursos;
d) recuperação dos custos incorridos na prestação do serviço, em regime de eficiência;
e) remuneração adequada do capital investido pelos prestadores dos serviços;
f) estímulo ao uso de tecnologias modernas e eficientes, compatíveis com os níveis exigidos de
qualidade, continuidade e segurança na prestação dos serviços;
g) incentivo à eficiência dos prestadores dos serviços.
§ 2º O Município poderá adotar subsídios tarifários e não tarifários para os usuários e localidades
que não tenham capacidade de pagamento ou escala econômica suficiente para cobrir o custo
integral dos serviços.
Art. 24 - Observado o disposto no artigo anterior, a estrutura de remuneração e cobrança dos
serviços públicos de saneamento básico poderá levar em consideração os seguintes fatores:
I - categorias de usuários, distribuídos por faixas ou quantidades crescentes de utilização ou de
consumo;
II - padrões de uso ou de qualidade requeridos;
III - tarifa mínima de utilização do serviço, visando à garantia de objetivos sociais, como a
preservação da saúde pública, o adequado atendimento dos usuários de menor renda e a proteção
do meio ambiente;
IV - custo mínimo necessário para disponibilidade do serviço em quantidade e qualidade adequadas;
V - ciclos significativos de aumento de demanda dos serviços, em períodos distintos;
VI - capacidade de pagamento dos consumidores.
Art. 25 - Os subsídios necessários ao atendimento de usuários e localidades de baixa renda poderão
ser:
I - diretos: quando destinados a usuários determinados;
II - indiretos: quando destinados ao prestador dos serviços;
III - tarifários: quando integrarem a estrutura tarifária;
IV - fiscais: quando decorrerem da alocação de recursos orçamentários, inclusive por meio de
subvenções;
V - internos a cada titular ou localidades: nas hipóteses de gestão associada e de prestação regional.
Art. 26 - As taxas ou tarifas decorrentes da prestação de serviço público de coleta, tratamento e
manejo de resíduos sólidos urbanos devem levar em conta a adequada destinação dos resíduos
coletados e poderão considerar em conjunto ou separadamente:

I - o nível de renda da população da área atendida;


II - as características dos lotes urbanos, as áreas edificadas e a sua utilização;

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo final
Plano Municipal de Saneamento Básico- FLORESTAL 117

III - o peso ou volume médio coletado por habitante ou por domicílio;


IV - tipo de resíduo gerado e a qualidade da segregação na origem.
Art. 27 - A cobrança pela prestação do serviço público de drenagem e manejo de águas pluviais
urbanas deve levar em conta, em cada lote, os percentuais de impermeabilização e a existência de
dispositivos de amortecimento ou de retenção de água de chuva, podendo considerar também:
I - o nível de renda da população da área atendida;
II - as características dos lotes urbanos, áreas edificadas e sua utilização.
Art. 28 - O reajuste de tarifas de serviços públicos de saneamento básico será realizado observando-
se o intervalo mínimo de 12 (doze) meses, de acordo com as normas legais, regulamentares e
contratuais.
Art. 29 - As revisões tarifárias compreenderão a reavaliação das condições da prestação dos serviços
e das tarifas praticadas e poderão ser:
I - periódicas, objetivando a distribuição dos ganhos de produtividade com os usuários e a
reavaliação das condições de mercado;
II - extraordinárias, quando se verificar a ocorrência de fatos não previstos no contrato, fora do
controle do prestador dos serviços, que alterem o seu equilíbrio econômico-financeiro.
§ 1º As revisões tarifárias terão suas pautas definidos pela pelo órgão ou entidade reguladora,
ouvidos usuários e os prestadores dos serviços.
2º Poderão ser estabelecidos mecanismos tarifários de indução à eficiência, inclusive fatores de
produtividade, assim como de antecipação de metas de expansão e qualidade dos serviços.
3º O órgão ou entidade reguladora poderá autorizar o prestador dos serviços a repassar aos
usuários custos e encargos tributários não previstos originalmente e por ele não administrados, nos
termos da Lei Federal nº 8.987/95.
Art. 30 - As tarifas devem ser fixadas de forma clara e objetiva, devendo os reajustes e as revisões
tornados públicos com antecedência mínima de 30 (trinta) dias com relação à sua aplicação.
Parágrafo Único - A fatura a ser entregue ao usuário final deverá ter seu modelo aprovado pelo
órgão ou entidade reguladora, que definirá os itens e custos a serem explicitados.
Art. 31- Os serviços poderão ser interrompidos pelo prestador nas seguintes hipóteses:
I - situações de emergência que atinjam a segurança de pessoas e bens;
II - necessidade de efetuar reparos, modificações ou melhorias de qualquer natureza no sistema;
III - negativa do usuário em permitir a instalação de dispositivo de leitura de água consumida, após
ter sido previamente notificado a respeito;
IV - manipulação indevida de qualquer tubulação, medidor ou outra instalação do prestador, por
parte do usuário;
V - inadimplemento do usuário do serviço de abastecimento de água, do pagamento das tarifas, após
ter sido formalmente notificado.
§ 1º As interrupções programas serão previamente comunicadas ao regulador e aos usuários.

§ 2º A suspensão dos serviços prevista nos incisos III e V deste artigo será precedida de prévio aviso
ao usuário, não inferior a 30 (trinta) dias da data prevista para a suspensão.

§ 3º A interrupção ou a restrição do fornecimento de água por inadimplência a estabelecimentos de


saúde, a instituições educacionais e de internação de pessoas e a usuário residencial de baixa renda

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo final
Plano Municipal de Saneamento Básico- FLORESTAL 118

beneficiário de tarifa social deverá obedecer a prazos e critérios que preservem condições mínimas
de manutenção da saúde das pessoas atingidas.
Art. 32 - Desde que previsto nas normas de regulação, grandes usuários poderão negociar suas
tarifas com o prestador dos serviços, mediante contrato específico, ouvido previamente o regulador.
Art. 33 - Os valores investidos em bens reversíveis pelos prestadores constituirão créditos perante o
titular, a serem recuperados mediante a exploração dos serviços, nos termos das normas
regulamentares e contratuais.
§ 1º Não gerarão crédito perante o titular os investimentos feitos sem ônus para o prestador, tais
como os decorrentes de exigência legal aplicável à implantação de empreendimentos imobiliários e
os provenientes de subvenções ou transferências fiscais voluntárias.
§ 2º Os investimentos realizados, os valores amortizados, a depreciação e os respectivos saldos serão
anualmente auditados e certificados pelo órgão ou ente regulador.
§ 3º Os créditos decorrentes de investimentos devidamente certificados poderão constituir garantia
de empréstimos aos delegatários, destinados exclusivamente a investimentos nos sistemas de
saneamento objeto do respectivo contrato.
CAPÍTULO VIII
DOS ASPECTOS TÉCNICOS
Art. 34 - O serviço prestado atenderá a requisitos mínimos de qualidade, incluindo a regularidade, a
continuidade e às condições operacionais e de manutenção dos sistemas.
Art. 35 - Toda edificação permanente urbana será conectada às redes públicas de abastecimento de
água e de esgotamento sanitário disponível e sujeita ao pagamento das tarifas e de outros preços
públicos decorrentes da conexão e do uso desses serviços, ressalvadas as disposições em contrário da
entidade de regulação e do meio ambiente.
§ 1º Na ausência de redes públicas de saneamento básico, serão admitidas soluções individuais de
abastecimento de água e de esgotamento sanitário, observadas as normas reguladoras.
§ 2º A instalação hidráulica predial ligada à rede de abastecimento de água não poderá ser também
alimentada por outras fontes.
CAPÍTULO IX
DO FUNDO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO (FMSB)
Art. 36 Fica criado o Fundo Municipal de Saneamento Básico (FMSB), vinculado à Secretaria
Municipal de Administração e Planejamento.
Parágrafo Único - Os recursos do FMSB serão aplicados exclusivamente em saneamento básico no
Município, após consulta e deliberação ao Conselho Municipal de Saneamento.
Art. 37 - Os recursos do FMSB serão provenientes de:
I - repasses de valores do Orçamento Geral do Município, desde que não vinculados à receita de
impostos;
II - percentuais da arrecadação relativa a tarifas e taxas decorrente da prestação dos serviços de
captação, tratamento e distribuição de água, de coleta e tratamento de esgotos, resíduos sólidos e
serviços de drenagem urbana.
III - valores de financiamentos de instituições financeiras e organismos públicos ou privados,
nacionais ou estrangeiros;
IV - valores recebidos a fundo perdido;
V - quaisquer outros recursos destinados ao Fundo.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo final
Plano Municipal de Saneamento Básico- FLORESTAL 119

Parágrafo Único - O resultado dos recolhimentos financeiros será depositado em conta bancária
exclusiva e poderão ser aplicados no mercado financeiro ou de capitais de maior rentabilidade, sendo
que tanto o capital como os rendimentos somente poderão ser usados para as finalidades específicas
descritas nesta lei.
Art. 38 - O Orçamento e a Contabilidade do FMSB obedecerão às normas estabelecidas pela Lei nº
4.320 de 17 de março de 1964, bem como as instruções normativas do Tribunal de Contas do Estado
e as estabelecidas no Orçamento Geral do Município e de acordo com o princípio da unidade e
universalidade.
§ 1º Os procedimentos contábeis do Fundo serão executados pela Controladoria Geral do Município.
2º A administração executiva do FMSB será de exclusiva responsabilidade do Executivo Municipal
CAPÍTULO X
DO CONSELHO MUNICIPAL DE SANEAMENTO
Art. 39 - Fica criado o Conselho3 Municipal de Saneamento Básico, vinculado à Secretaria Municipal
de Obras, de caráter consultivo, fiscalizador e deliberativo, sendo assegurada a representação de
forma paritária das organizações nos termos da Lei Federal n. 11.445, de 05 de janeiro de 2007,
conforme segue:
I - titular de serviço;
II - representantes de órgãos do governo municipal relacionado ao setor de Saneamento Básico;
III - representante dos prestadores de serviços de saneamento;
IV - representante dos usuários de saneamento básico;
V - representantes de entidades técnicas;
VI - representantes de organizações da sociedade civil;
VII - representante de entidades de defesa do consumidor.
§ 1º Cada segmento, entidade ou órgão indicará um membro titular e um suplente para representá-
lo no Conselho Municipal de Saneamento Básico.
§ 2º O mandato do membro do Conselho será de dois anos, podendo haver recondução.
§ 3º O Presidente do Conselho será eleito pelos Conselheiros.
Art. 40 - O Conselho Municipal de Saneamento Básico terá como atribuição auxiliar o Poder
Executivo na formulação da Política Municipal de Saneamento Básico.
Art. 41 - São atribuições do Presidente do Conselho:
I - convocar e presidir as reuniões do Conselho;
II - solicitar pareceres técnicos sobre temas de relevância na área de saneamento e nos processos
submetidos ao Conselho;
III - firmar as atas das reuniões e homologar as resoluções e decisões.
Art. 42 - O Conselho deliberará em reunião própria suas regras de funcionamento que comporão seu
regimento interno, a ser homologado pelo Chefe do Poder Executivo Municipal, onde constará entre
outras, a periodicidade de suas reuniões.

3
Caso esta criação de um Conselho específico para as questões de saneamento torne-se inviável, deverá o Município utilizar-
se dos órgãos colegiados já existentes, a exemplo do Conselho de Meio Ambiente, de Saúde, de Habitação ou de
Desenvolvimento Urbano, para tanto, as adequações estatutárias necessárias às novas funções devem ser efetuadas.

Financiador: Realização:
Execução:
Resumo final
Plano Municipal de Saneamento Básico- FLORESTAL 120

Art. 43 - As decisões do Conselho dar-se-ão, sempre, por maioria absoluta de seus membros.
CAPÍTULO XI
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR
Art. 44 - A Participação Popular tem por objetivo valorizar e garantir a participação e o
envolvimento da comunidade, de forma organizada, na gestão pública e nas atividades políticas
administrativas.
Art. 45 - A garantia da participação dos cidadãos é responsabilidade do governo municipal e tem
por objetivos:
I - a socialização da pessoa e a promoção do seu desenvolvimento integral como indivíduo e membro
da coletividade;
II - o pleno atendimento das aspirações coletivas no que se refere aos objetivos e procedimentos da
gestão pública, influenciando nas decisões e no seu controle;
III - a permanente valorização e aperfeiçoamento do poder público como instrumento a serviço da
coletividade.
CAPÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 46 – Faz parte integrante desta Lei, como anexo, o volume do Plano Municipal de Saneamento
Básico de Florestal.
Art. 47 - A Prefeitura Municipal e seus órgãos da administração indireta competem promover a
capacitação sistemática dos funcionários para garantir a aplicação e a eficácia desta lei e demais
normas pertinentes.
Art. 48 - Este plano e sua implementação ficam sujeitos a contínuo acompanhamento, revisão e
adaptação às circunstâncias emergentes e será revisto em prazo não superior 4 (quatro) anos.
Art. 49- Ao Poder Executivo Municipal compete dar ampla divulgação do PMSB e das demais normas
municipais referentes ao saneamento básico.
Art. 50 - A entidade ou o órgão regulador dos serviços de que trata esta lei será definido mediante
lei específica.
Art. 51 - Fica o Poder Executivo autorizado a contratar empresas, inclusive por concessão, para a
execução dos serviços de que tratam os incisos III e IV do artigo 1º desta lei, no todo ou em parte.
Art. 52 - Os regulamentos dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas serão
propostos pelo órgão regulador e baixados por decreto do Poder Executivo, após aprovação do
Conselho Municipal de Saneamento Básico.
Art. 53 - Enquanto não forem editados os regulamentos específicos ficam em uso as atuais normas e
procedimentos relativos aos serviços de água e esgotos sanitários, bem como as tarifas e preços
públicos em vigor, que poderão ser reajustadas anualmente pelos índices de correção setoriais.
Art. 54 - Os serviços previstos no artigo anterior deverão ter sustentabilidade econômico-financeira
através da cobrança de taxas, tarifas e outros preços públicos, em conformidade com o regime de
prestação de serviços.
Art. 55 - Esta lei entra em vigor da data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Florestal, 2015

Financiador: Realização:
Execução:

Você também pode gostar