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Preços de transferência – Aspectos práticos

“Acrescentar valor sustentável e gerir o risco”


Março 2008

Apresentado por:
Clara Dithmer

PwC
Agenda

Análise funcional
Correcções
Defesa

PricewaterhouseCoopers
Primeira parte

Análise funcional
Correcções
Defesa

Operações
Do
cu
m
o
çã

en
a

ta
fic

çã
nti

o
Ide

Implementação

Estrutura
PricewaterhouseCoopers
Análise funcional

Introdução

O Grupo Cruzeta é o maior grupo produtor


de cabides com elevada expressão em
diversos mercados internacionais.

A actividade de produção está localizada


em países asiáticos e a distribuição dos
produtos realiza-se através de empresas
distribuidoras totalmente detidas pelo Grupo
e espalhadas por todo o globo.

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Análise funcional

Introdução

Em Portugal, a empresa Cabides Portugal, Lda.


• é detida pela Perchas, S.L. e pela
Perchas Tendedero
Tendedero, S.A., ambas entidades residentes
em Espanha para efeitos fiscais
• é a distribuidora exclusiva em Portugal 90% 10%
dos produtos fabricados pelo Grupo
• tem por objecto social a comercialização Cabides
por grosso de cabides no território nacional
• os fornecedores de mercadorias são
empresas do grupo
• os principais clientes são os grupos nacionais
de grande distribuição
• é tributada pelo regime geral de IRC

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Análise funcional

Identificação dos fluxos e das operações vinculadas

Perchas Tendedero

Factura
Encomenda e armazena
Mercadoria Cabides

Encomenda
Factura
Clientes
Mercadoria

100% das compras de mercadorias são realizadas ao Grupo e foram


declaradas no Anexo H da IES/DA
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Análise funcional

Quais as funções, riscos e activos?

Artigo 14.º da Portaria*


Informação relevante
“Para dar cumprimento à obrigação referida no artigo anterior [organização da
documentação de PTs*], o sujeito passivo deve obter ou produzir e manter
elementos informativos, designadamente quanto aos seguintes aspectos:
(…)
d) Descrição das funções exercidas, activos utilizados e riscos assumidos,
quer pelo sujeito passivo, quer pelas entidades relacionadas envolvidas
nas operações vinculadas;
(…)”
*Portaria 1446-C/2001, de 21 de Dezembro
*PTs – Preços de Transferência

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Análise funcional

Quais as funções, riscos e activos?

Artigo 5.º da Portaria


Factores de comparabilidade
“Para efeitos do artigo anterior [determinação do método mais apropriado], o
grau de comparabilidade entre uma operação vinculada e uma operação não
vinculada deve ser avaliado, tendo em conta, designadamente, os seguintes
factores:
(…)
b) As funções desempenhadas pelas entidades intervenientes nas
operações, tendo em consideração os activos utilizados e os riscos
assumidos;
(…)”

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Análise funcional

Quais as funções, riscos e activos?

Síntese dos princípios aplicáveis em matéria de PTs


Glossário

in Guidelines OCDE

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Análise funcional

Quais as funções, riscos e activos?

A Cabides Portugal exerce as


seguintes funções:
• Distribuição Cabides Grupo
- Existências Adquire 100% ao Grupo

- Armazenamento Detém stock de mercadorias

- Equipamento Tem o necessário para o


armazenamento
- Embalagem e etiquetagem Pelo Grupo

- Vendas Coordenação de 5 As decisões comerciais são


comissionistas externos do Grupo
- Controlo de qualidade Pelo Grupo

- Transporte Contratação de entidade


externa
- Serviço pós-venda Pequenas reparações Custo de novas peças para
Custo expedição de novas as reparações
peças Custo de devoluções

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Análise funcional

Quais as funções, riscos e activos?

A Cabides Portugal exerce as


seguintes funções: Cabides Grupo

• Gestão Pelo Grupo

• Admin/Financeira
- Tesouraria Cobranças e pagamentos

- Contabilidade Registos contabilísticos, etc. Facturação

- Pessoal 11 colaboradores

- Apoio jurídico Contratação de entidade


externa
- TI Aquisição local

- Instalações Proprietária

- Seguros e viaturas Seguro de mercadoria,


acidentes de trabalho, etc

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Análise funcional

Quais as funções, riscos e activos?

A Cabides Portugal exerce as


seguintes funções: Cabides Grupo

• Admin/Financeira (cont.)
- RH Pelo Grupo

- Política de preços Preço de Venda = Preço de Aquisição - Descontos

• Estratégia de Marketing Contratação de entidade


externa
- Promoções locais Para consumidor final em
conjunto com clientes
• I&D n.a. ?

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Análise funcional

Quais as funções, riscos e activos?

A Cabides Portugal assume os


seguintes riscos: Cabides Grupo

• De mercado
• De marketing Apenas promoções conjuntas

• De existências
• De incobrabilidade
• Garantias/Responsabilidades 2 anos

• Cambial n.a.

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Análise funcional

Quais as funções, riscos e activos?

A Cabides Portugal detém os


seguintes activos: Cabides Grupo

• Tangíveis Os necessários à actividade

• Intangíveis
- Marca própria Não assume qualquer custo Pelo Grupo

- Marca de terceiros Não assume qualquer custo Pagamento de royalties

Conclusão: a Cabides aparenta ser uma entidade distribuidora com simples


responsabilidades de compra e venda

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Análise funcional

Quais as funções, riscos e activos?

Comissionista
• Actua em seu nome mas por conta de outrem
• Promove/intermedeia as vendas da casa mãe
• É remunerado por serviços prestados
• Risco reduzido

Compra e Venda
• Distribuidor simples
• Exclusão de riscos de marketing, crédito, inventário, garantia
• Compra e vende em seu nome
• Risco moderado

Distribuidor
• Entidade complexa
• Actua em seu nome e por sua conta
• Detém o mercado – desenvolve marketing, linhas de produto, marcas próprias
• Risco total – inventário, crédito, cambial, garantia

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Análise funcional

Quais as funções, riscos e activos?


DISTRIBUIÇÃO

Lucro
Volume
Quota de mercado

Product mix
Pricing
Câmbio
Obsolescência
Garantias
Risco de crédito
Custos de marketing
Admin&Contabilidade
Risco

Agente/comissionista Compra e Venda Distribuidor


Março 2008
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Segunda parte

Análise funcional
Correcções
Defesa

Operações
Do
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Ide

Implementação

Estrutura
PricewaterhouseCoopers
Correcções

Contexto legal

Artigo 58.º do CIRC


Preços de transferência
“1- Nas operações comerciais, (…) efectuadas entre um sujeito passivo e
qualquer outra entidade, sujeita ou não a IRC, com a qual esteja em
situação de relações especiais, devem ser contratados (…) termos ou
condições substancialmente idênticos aos que normalmente seriam
contratados (…) entre entidades independentes em operações
comparáveis.”
“4 - Considera-se que existem relações especiais entre duas entidades nas
situações em que uma tem o poder de exercer, directa ou indirectamente,
uma influência significativa nas decisões de gestão da outra, o que se
considera verificado, designadamente, entre: (…)”

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Correcções

Contexto legal

Artigo 58.º do CIRC


Preços de transferência
“2 - O sujeito passivo deve adoptar, para a determinação dos termos e
condições que seriam normalmente acordados (…) entre entidades
independentes, o método (…) susceptíveis de assegurar o mais elevado
grau de comparabilidade entre as operações ou séries de operações que
efectua e outras substancialmente idênticas, em situações normais de
mercado ou de ausência de relações especiais, tendo em conta,
designadamente, (…)”

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Correcções

Contexto legal

Artigo 5.º da Portaria


Factores de comparabilidade
1) as características dos bens, direitos ou serviços,
2) a posição de mercado,
3) a situação económica e financeira,
4) a estratégia de negócio e demais características relevantes das empresas
envolvidas,
5) as funções por elas desempenhadas, os activos utilizados e a repartição
do risco.”

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Correcções

Contexto legal

Princípio da plena concorrência

in Guidelines OCDE
• Princípio da entidade separada
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Correcções

Contexto legal

Artigo 58.º do CIRC


Preços de transferência
“7 - O sujeito passivo deve indicar, na declaração anual de informação
contabilística e fiscal a que se refere o artigo 113.º, a existência ou
inexistência, no exercício a que aquela respeita, de operações com
entidades com as quais está em situação de relações especiais, devendo
ainda, no caso de declarar a sua existência:
a) Identificar as entidades em causa;
b) Identificar e declarar o montante das operações realizadas com cada uma;
c) Declarar se organizou, ao tempo em que as operações tiveram lugar, e
mantém, a documentação relativa aos preços de transferência praticados.”
Obrigação do nº 6 artigo 58.º do CIRC e regulamentada pela Portaria

Março 2008
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Correcções

Contexto legal

Artigo 58.º do CIRC


Preços de transferência
“8 - Sempre que as regras enunciadas no n.º 1 não sejam observadas,
relativamente a operações com entidades não residentes, deve o sujeito
passivo efectuar, na declaração [modelo 22] a que se refere o artigo 112.º,
as necessárias correcções positivas na determinação do lucro tributável,
pelo montante correspondente aos efeitos fiscais imputáveis a essa
inobservância.”

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Correcções

Factos

• Existem relações especiais à luz do nº 4 do artigo 58.º, quer pela estrutura


do capital da Cabides Portugal [al.a)], quer pela situação de domínio [al.f)],
quer pela dependência económica [al.g)] do fornecimento de mercadoria
por parte da Perchas e da Tendederos.
• A Cabides Portugal foi notificada para apresentação da documentação de
PTs

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Correcções

Factos

• Da análise às DFs, verifica-se:


- Decréscimo na margem bruta de comercialização em 15 p.p.
- Situação de PFR
- Elevado saldo de clientes
- Existência final de mercadorias
- Pagamento de comissões (força de vendas)
Demonstração da assunção de riscos de actividade económica.

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Correcções

Factos

• No Anexo H da IES/DA declarou que recorre ao método do preço de


revenda minorado para determinação dos preços de transferência.
• Foi notificado para apresentação do dossier de PTs, do detalhe das
compras por fornecedor, do valor das vendas brutas e líquidas por cliente
• A Cabides Portugal apresentou resposta numa dúzia de folhas
• A AF entendeu que se mantinha o incumprimento relativamente ao dossier
de PTs, não sendo possível concluir pela aplicação do PPC* às OVs*

*PPC – Princípio da Plena Concorrência


*OVs – Operações Vinculadas

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Correcções

Factos

• Inversão do ónus da prova – face à inobservância por parte da Cabides


Portugal do cumprimento da obrigação de demonstração da aplicação do
PPC às OVs
• Conclusão: o decréscimo das MB* e os PFR* constituem indicadores do
incumprimento do PPC, uma vez que as empresas visam o lucro e que a
prática destas MB não possibilitam a sua obtenção

*MB – Margem Bruta


*PFR – Prejuízos Fiscais Reportáveis
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Correcções

Escolha do método

Artigo 4.º da Portaria


Determinação do método mais apropriado
“1 - O sujeito passivo deve adoptar, para determinação dos termos e condições que
seriam normalmente acordados (…) entre entidades independentes, o método
mais apropriado a cada operação (…), tendo em conta o seguinte:
a) O método do preço comparável de mercado, o método do preço de revenda
minorado ou o método do custo majorado;
b) O método do fraccionamento do lucro, o método da margem líquida da operação
ou outro método (…), quando os métodos referidos na alínea anterior não possam
ser aplicados ou, podendo sê-lo, não permitam obter a medida mais fiável dos
termos e condições que entidades independentes normalmente acordariam,
aceitariam ou praticariam.”
Best method rule! Justificação da selecção dum método em detrimento dos restantes.

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Correcções

Escolha do método

Selecção do método do preço de revenda minorado


bens preço de revenda = 100
Fornecedor Entidade Mercado
Independente Independente
Vendas = 100
CMVMC = (40)
Resultado Bruto = 60 2
Margem Bruta = 60/100 = 60%

1
bens preço de revenda = 100
Perchas Cabides Mercado
3
preço de transferência = 80

Preço de Transferência = Preço de Revenda = 100


= Preço de Revenda x (1 – 60%) Preço de transferência = (80)
= 100 x 40% Margem Bruta = 20
= 40 Margem Bruta = 20/100 = 20%

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Correcções

Escolha do método

Artigo 7.º da Portaria


Método do preço de revenda minorado
“1 - A aplicação do método do preço de revenda minorado 3 tem como base o
preço de revenda 1 praticado pelo sujeito passivo numa operação
realizada com uma entidade independente, tendo por objecto um produto
adquirido a uma entidade com a qual esteja em situação de relações
especiais, ao qual é subtraída a margem de lucro bruto 2 praticada por
uma terceira entidade numa operação comparável e com igual nível de
representatividade comercial.”

• Este é o método considerado pela OCDE como o mais apropriado para


aplicação a operações de distribuição.

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Correcções

Aplicação do método

Determinação dos comparáveis


• Dada a inexistência de operações comparáveis internas e
• tendo por base a análise funcional e de riscos efectuada,
• a AF recorreu à sua base de dados interna para identificar empresas
independentes que desenvolvessem actividades similares e comparáveis
com a da Cabides Portugal,
• tomando em consideração os 5 factores de comparabilidade.

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Correcções

Aplicação do método

Processo de pesquisa na base de dados


• IES/DA com indicação de CAEs 511, 514 ou 519
• Selecção de Empresas com contas (DR e Balanço) dos últimos 4 anos
• Exclusão de empresas com total de proveitos inferior a 3M€ (contas
certificadas)
• Exclusão de empresas que declararam operações vinculadas (quadro 10
do anexo A ou Anexo H da IES/DA)

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Correcções

Aplicação do método

Tratamento dos dados


• Para atender à AFR da Cabides Portugal, rejeitaram-se empresas com
níveis de stocks de existências, imobilizado corpóreo e incorpóreo fora de
determinado intervalo
• Exclusão de empresas com MBV=100% e com MOp<0!
• Exclusão de empresas em situação repetida de prejuízos
• Pesquisas na Internet sobre a actividade das empresas
• Resultado da pesquisa: 22 empresas funcionalmente comparáveis

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Correcções

Aplicação do método

Determinação do intervalo de plena concorrência

Rácios MB MOp

1º Quartil 9% 1%

Mediana 12% 2%

3º Quartil 22% 4%

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Correcções

Aplicação do método

Artigo 4.º da Portaria


Determinação do método mais apropriado
“5 - Se, no âmbito de aplicação de um método, (…) conduzir a um intervalo
de valores que assegurem um grau de comparabilidade razoável, não se
torna necessário proceder a qualquer correcção, caso (…) a margem de
lucro, se situarem dentro desse intervalo.”

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Correcções

Aplicação do método

In Guidelines OCDE

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Correcções

Aplicação do método

In Guidelines OCDE

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Correcções

Cálculo da correcção

Rácios MB MOp

1º Quartil 9% 1%

Mediana 12% 2%

3º Quartil 22% 4%

Cabides 4% -2%

Cabides
19% 0,1%
média

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Correcções

Cálculo da correcção

Valores Valores
Rubricas
declarados corrigidos
Proveitos
100 100
operacionais

Custos
102 98
operacionais

Resultados
-2 2
operacionais

Margem
-2% 2%
operacional

Correcção 0 4

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Terceira parte

Análise funcional
Correcção
Defesa

Operações
Do
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Ide

Implementação

Estrutura
PricewaterhouseCoopers
Defesa

Principais argumentos

Caracterização do mercado
• Elevada concorrência entre os principais distribuidores no mercado
nacional
• Poucos clientes com grande representatividade no VN = Forte posição
negocial

Estratégia comercial
• Incremento da quota de mercado = estrangulamento de margens
• Esforço adicional de penetração no mercado numa conjuntura de
abrandamento da actividade do sector e de contracção da procura

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Defesa

Principais argumentos

Análise funcional e de riscos


• Redução substancial da estrutura comercial do Grupo Cruzeta
• Redução significativa das funções desempenhadas pela Cabides Portugal

• Deixou de manter stock de existências, • Deixa de ter risco de existências


passando o armazenamento a ser • Deixa de ter as funções e os riscos de
centralizado em Espanha armazenagem e de manutenção dos
• A Cabides Portugal só encomenda à armazéns, manuseamento das
Perchas e à Tendedero quando recebe existências e transporte de
as encomendas dos seus clientes mercadorias do fornecedor e para os
• Deixa de ser responsável pelo clientes
transporte

Redução de funções e de riscos implica redução da sua remuneração


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Defesa

Principais argumentos

Análise funcional e de riscos


• Transferência das funções e dos riscos para os fornecedores pode implicar
o aumento do seu preço de venda (preço de aquisição da Cabides
Portugal)

• Será necessário refazer a AFR com estes novos dados e confrontá-la com
as empresas seleccionadas pela AF como melhores comparáveis

• Este facto poderá excluir empresas do set ou apontar para valores


francamente abaixo da mediana.

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Defesa

Principais argumentos

Análise económica / Benchmarking


• Contestar a utilização do recurso a bases de dados internas e não públicas
face à impossibilidade dessa mesma utilização (validação/contestação)
pelo sujeito passivo.

• A utilização de comparáveis secretos impossibilita a defesa do contribuinte

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Defesa

Principais argumentos

Análise económica / Benchmarking


• A utilização como critério de pesquisa de vários CAE gerais referentes a
comércio por grosso

• A independência dos comparáveis foi aferida com base nas IES/DA


entregues (Quadro 11 do Anexo A e Anexo H).

• Podem operações vinculadas não estarem declaradas ou haver operações


vinculadas não remuneradas e logo também não declaradas.

• Só o critério de participações permitiria obter resultados fiáveis.

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Defesa

Principais argumentos

Análise económica / Benchmarking


• Foi excluída uma empresa por apresentar uma situação repetida de
prejuízos (rácio negativo relativamente à margem operacional, em 3 dos 4
anos)

• Uma vez que a empresa é independente, actua neste mercado e


apresenta-se em actividade, não há razão para a sua exclusão sem mais
informação detalhada.

• Uma empresa independente pode apresentar prejuízos o que leva a


considerar que o resultado do set só por si não fundamenta o ajustamento
pretendido.

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Defesa

Principais argumentos

Análise económica / Benchmarking


• O intervalo de plena concorrência foi apresentado como sendo o intervalo
inter-quartil.

• O relatório da OCDE de 1995, no parágrafo 1.48, refere que qualquer valor


que se encontre no intervalo poderá ser considerado conforme ao princípio
da plena concorrência, considerando do mínimo ao máximo

• De notar que no período a Empresa está no intervalo e que a própria


OCDE admite que num exercício se apurem perdas justificadamente

• Averiguar a existência de CUP’s em Espanha, ou seja, os fornecedores


espanhóis (Perchas e Tendederos) vendendo o mesmo tipo de produtos a
entidades independentes.

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Conclusão

Aspectos a considerar

Atenção!
• Alterações operacionais
• Aquisições/desinvestimento com resultam em alteração em fornecedores
dentro da organização, Reorganizações, Integração vertical, etc.
• Alterações da cadeia de valor
• Transferência/Destacamento de trabalhadores, permanentes ou
temporários
• Uso “oficioso” de direitos, propriedade intelectual
• Contratos intercompanhias
• Etc.

Questões de PTs surgem de alterações em operações/estrutura do Grupo,


assim como de transacções que não estão reflectidas nas DFs.
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Implementar as melhores práticas*

Obrigada!
clara.madalena.dithmer@pt.pwc.com

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