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LÍNGUA PORTUGUESA

Concordância, Regência e Colocação

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
BRUNO PILASTRE

Doutor em Linguística (teoria e análise grama-


tical) pela Universidade de Brasília. Atua na
área de Concursos Públicos desde 2009, prin-
cipalmente na elaboração de materiais didáti-
cos. É autor das obras “Guia Prático de Língua
Portuguesa” e “Guia de Redação Discursiva
para Concursos”, ambas editadas pela editora
Gran Cursos.

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Concordância, Regência e Colocação
Prof. Bruno Pilastre

Concordância..............................................................................................4
Introdução.................................................................................................4
1. Concordância..........................................................................................4
1.1. Concordância Verbal..............................................................................6
1.2. Concordância Nominal...........................................................................6
2. Sintaxe de Regência.................................................................................7
3. Colocação............................................................................................. 17
3.1. Fatores de Próclise.............................................................................. 19
3.2. Fatores de Mesóclise............................................................................ 19
3.3. Fatores de Ênclise............................................................................... 19
Resumo.................................................................................................... 20
Glossário.................................................................................................. 21
Questões de Concurso................................................................................ 22
Gabarito................................................................................................... 30
Gabarito Comentado.................................................................................. 31
Referências............................................................................................... 46

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CONCORDÂNCIA
Introdução
Muito do que será discutido nesta aula já foi abordado nas aulas anteriores.

Por isso, na parte teórica, eu darei destaque a pontos fundamentais do que seja

concordância, regência e colocação. Deixarei de lado aquelas minúcias e regras

muito específicas. O importante é que você compreenda a essência desses fenôme-

nos sintáticos.

Com isso em mente, peço a sua atenção para os meus comentários na seção

Gabarito Comentado. É lá que discutirei os pormenores sobre concordância, re-

gência e colocação.

Vamos à aula, então!

1. Concordância
O fenômeno de concordância é uma harmonização de propriedades (tra-

ços). Em nossas aulas anteriores, principalmente a que trata das classes dos

nomes e dos verbos, vimos que essas classes gramaticais manifestam certas

categorias gramaticais:

VERBO: modo, tempo, número, pessoa.

NOME: gênero e número.

Chamarei essas categorias gramaticais de traços. Quando observamos o fenô-

meno de concordância (verbal ou nominal), estamos diante de uma harmonização

desses traços, dessas categorias gramaticais. O verbo que é núcleo do predicado

manifesta, em sua morfologia (flexão), os traços do sujeito.

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Nós chegamos.

1ª pessoa -mos (flexão de primeira pessoa do plural)

do plural

Assim dizemos que, na concordância verbal, o verbo concorda com o seu sujeito

em pessoa e número. Essa é, portanto, a regra geral.

No caso dos nomes, o fenômeno de concordância ocorre entre um núcleo subs-

tantivo e seus adjuntos (e nos predicativos):

Os melhores presidentes americanos...

O núcleo substantivo presidentes manifesta as propriedades de gênero mas-

culino e o número plural. Por isso, o artigo os e os adjetivos (melhores e ame-

ricanos) também assumem esses traços (ou seja, são harmonizados), sendo fle-

xionados no masculino e no plural. Como regra geral, na concordância nominal, os

modificadores nominais (adjetivos, artigos e numerais) concordam com o núcleo

substantivo.

Também podemos dizer que:

• O sujeito da oração desencadeia a concordância (de pessoa e número) no

núcleo verbal do predicado.

• O núcleo substantivo desencadeia a concordância nominal (de gênero e nú-

mero) nos modificadores nominais (adjetivos, artigos e numerais).

A tradição gramatical elenca uma série de casos de concordância verbal/nomi-

nal. Não há muita estratégia didática para expor esses casos, por isso vou apre-

sentá-los diretamente. Lembro também que vimos muitos casos de concordância

verbal e nominal nas aulas anteriores, por isso vou aos casos mais específicos.

Vamos começar pelos casos de concordância verbal.

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1.1. Concordância Verbal

I – SUJEITO COMPOSTO: o verbo irá para o plural.


II – PRONOME DE TRATAMENTO: verbo sempre se flexiona na 3a pessoa.
III – SÉRIE nem... nem: o verbo irá para o singular.
IV – SUJEITO LIGADO POR ou: o verbo irá para o singular se a conjunção ou indi-
car exclusão, retificação e identidade/equivalência.
V – EXPRESSÕES PARTITIVAS: a maioria de/a maior parte: o verbo irá para o
singular se o núcleo do sujeito não se referir à ideia de número.
VI – EXPRESSÃO cada um de + plural: verbo sempre fica no singular.
VII – EXPRESSÃO mais de um: verbo tipicamente irá para o plural.
VIII – PORCENTAGEM: o verbo concorda com o termo preposicionado que especi-
fica a porcentagem; na ausência desse termo, a concordância ocorre com o
número presente na porcentagem.

1.2. Concordância Nominal

I – Quando há mais de um núcleo substantivo: se forem do mesmo gênero, a


palavra determinante irá para o plural e para o gênero comum. Também é
possível que a palavra determinante concorde com o gênero e número do
núcleo mais próximo.
II – Quando há mais de um determinante: a palavra determinada irá para o plu-
ral ou ficará no singular.
III – CASOS ESPECIAIS:

a) anexo, incluso, leso: como adjetivos, concordam com o substantivo em


gênero e número;

b) a olhos vistos: é locução com função adverbial, invariável, portanto.

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Questão 1    (CESPE/FUB/ASSISTENTE/2016) Dessa forma, Vossa Senhoria deverás

comparecer à primeira reunião daquela comissão [...]

O emprego da forma verbal “deverás” está correto, uma vez que o termo com o

qual concorda – “Vossa Senhoria” – corresponde à segunda pessoa do singular.

Errado.

Vossa Senhoria é um pronome de tratamento. O verbo que se relaciona com o

pronome de tratamento deve estar na terceira pessoa do singular – e, por isso,

o emprego da forma verbal deverás (flexionado na segunda pessoa do singular)

está incorreto.

2. Sintaxe de Regência
O fenômeno de regência ocorre entre dois ou mais elementos: um núcleo e

seu(s) complemento(s). Esse núcleo pode ser nominal ou verbal. O núcleo que se-

leciona o complemento é denominado regente (subordinante). O complemento

selecionado pelo núcleo é chamado de termo regido (subordinado).

Exemplo:

1. O País inteiro assistiu aos jogos da Copa.

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Onde está a regência na frase acima? O núcleo que seleciona algum complemento é

o verbo assistir. Nessa construção (e segundo a norma padrão), o verbo assistir

seleciona um complemento preposicionado (assistir a algo). Veja que a preposição

é exigida pelo verbo, por isso ele será classificado como transitivo indireto (quer

dizer, ele é transitivo, porque exige complemento, e o complemento é indireto,

porque há preposição obrigatória).

Lembrando a nossa aula sobre o período simples, temos o seguinte:

A diferença entre verbos intransitivos e transitivos é a seguinte:

• os verbos intransitivos não exigem um termo que os complete (e esse

“completar” é semântico e categorial);

• os verbos transitivos são aqueles que exigem um termo que os comple-

te (e essa complementação é semântica e categorial). Esse termo é o que

estamos chamando de termo integrante. Na tradição gramatical, os termos

integrantes de verbos são chamados de complementos verbais.

A regência nominal não é diferente: certos nomes exigem complemento. Esse

complemento nominal é preposicionado, como vimos em nossa aula sobre o perí-

odo simples.

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As bancas exigem o seu conhecimento sobre a semântica de cada regência. Assim,

você deve saber que o verbo assistir, por exemplo, possui três regências – e cada

regência possui um sentido diferente:

assistir algo (transitivo direto; “passar a bola”);

assistir a algo (transitivo indireto; “ver e ouvir”);

e assistir em algum lugar (transitivo indireto; “residir, morar”).

Vamos então à regência dos principais verbos (recorrentes em concursos públicos).

Anuir

Com o sentido de concordar, condescender, é transitivo indireto com a preposição

a:

a) Os presentes anuíram àquela proposta.

Aproveitar

É transitivo direto (aproveitar alguma coisa):


a) Aproveitou a oportunidade para manifestar contrariedade ao tratamento à questão.
ou
transitivo indireto (pronominal) (aproveitar-se de alguma coisa):
b) O relator aproveitou-se da oportunidade para emitir sua opinião sobre o assunto.
Aspirar
No sentido de respirar, é transitivo direto:
a) Aspiramos o ar puro da Graciosa.
No sentido de desejar ardentemente, de pretender, é transitivo indireto, regendo
a preposição a:

b) O candidato aspira à estabilidade econômica do país.

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Aspirar a um cargo na Universidade de Brasília.

Assistir

No sentido de auxiliar, ajudar, socorrer, é transitivo direto:

a) Procuraremos assistir os refugiados da Síria.

No sentido de estar presente, comparecer, ver, é transitivo indireto, regendo a

preposição a:

b) Não assisti à Copa ontem.

Atender

Transitivo direto ou indireto:

a) O treinador atendeu ao pedido da torcida.

b) O jogador atendeu o juiz.

Avisar

Avisar alguém (avisá-lo) de alguma coisa (bitransitivo):

a) O professor avisou os alunos da necessidade do estudo.

Comparecer

Comparecer a (ou em) algum lugar ou evento:

a) Compareci ao/no local estabelecido pelo edital.

b) A maioria dos candidatos compareceu à/na prova.

Compartilhar

Compartilhar alguma (ou de alguma) coisa:

a) Os alunos compartilham os/dos ideais do professor.

Consistir

Consistir em alguma coisa:

a) O projeto consiste em ampliar o investimento em educação.

Custar

No sentido usual de ter valor, valer, é transitivo direto:

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a) A casa custou um milhão de cruzeiros.


Declinar
No sentido de rejeitar, é transitivo indireto (declinar de alguma coisa):
Declinou do convite feito pelo Conselho.
Implicar
No sentido de acarretar, produzir como consequência, é transitivo direto:
a) A assinatura do contrato implica a aceitação de todos os termos
Incumbir
Incumbir alguém de alguma coisa:
a) Eu incumbi o assistente de fechar o escritório.
ou
Incumbir a alguém alguma coisa:
b) O auditor incumbiu ao contador preparar os documentos.
Informar
Informar alguém de alguma coisa:
a) Eu informei os vendedores de que a loja será aberta no feriado.
Informar a alguém alguma coisa:
b) Informarei à autoridade os dados do veículo roubado.
Obedecer
Obedecer a alguém ou a alguma coisa (obedecer-lhe):
a) A eleição obedece à Legislação Eleitoral.
Pedir
Pedir a alguém (pedir-lhe) alguma coisa:
a) Eu pedi à equipe o relatório de vendas.
Preferir
Preferir uma coisa (preferi-la) a outra:
a) Eu prefiro o cinema ao teatro.

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Referir

No sentido de relatar, é transitivo direto:

a) Ele referiu as informações ao chefe.

Visar

Com o sentido de ter por finalidade, a regência originária é transitiva indireta, com

a preposição a:

a) O projeto visa ao bem das gestantes.

É possível, no entanto, o emprego desse verbo como transitivo direto com essa

mesma acepção:

b) O projeto visa o bem das gestantes.

Vejamos também a regência de alguns nomes:

• Abuso de, contra

• Acatado de, por, em

• Acessível a

• Acostumado a, com

• Adesão a

• Aflito com, por

• Alheio a, de

• Alusão a

• Análogo a

• Ansioso de, para, por

• Assíduo a, em

• Atenção a, para

• Atencioso com, para

• Atento a, em

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• Aversão a, por

• Ávido de, por

• Benéfico a

• Benefício a

• Bom para

• Capaz de, para

• Certeza de

• Coerente com

• Compatível com

• Cuidadoso com

• Compaixão de, para com, por

• Compatível com

• Concordância a, com, de, entre

• Conforme a, com

• Constituído com, de, por

• Constante de, em

• Contemporâneo de

• Contente com, de, em, por

• Contíguo a

• Cruel com, para

• Cuidadoso com

• Cúmplice em

• Curioso de

• Desacostumado a, com

• Desatento a

• Descontente com

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• Desejoso de

• Desfavorável a

• Desgostoso com, de

• Desleal a

• Desprezo a, de, por

• Desrespeito a

• Devoção a, por, para, com

• Devoto a, de

• Diferente de

• Dificuldade com, de, em, para

• Digno de

• Discordância com, de, sobre

• Disposição para

• Dotado de

• Dúvida sobre, em, acerca de

• Dúvida em, sobre, acerca de

• Empenho de, em, por

• Escasso de

• Estranho a

• Essencial para

• Facilidade de, em, para

• Falho de, em

• Farto de

• Favorável a

• Fiel a

• Grato a

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• Hábil em

• Habituado a

• Hostil a, contra, para com

• Imbuído de, em

• Impossibilidade de, em

• Impotente para, contra

• Impróprio para

• Imune a, de

• Inábil para

• Inacessível a

• Inclinação a, para, por

• Incompatível com

• Indeciso em

• Indiferente a

• Indulgente com, para com

• Inerente a

• Inofensivo a, para

• Inútil para

• Isento de

• Invasão de

• Junto a, de

• Leal a

• Maior de

• Medo de, a

• Natural de

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• Necessário a

• Necessidade de

• Nocivo a

• Ódio a ou contra

• Posterior a

• Preferência a, por

• Propenso a, para

• Propício a

• Próprio de, para

• Próximo a, de

• Receio de

• Relacionado com

• Respeito a, com, de, por, para

• Sensível a

• Útil a, para

• Vazio de

• Versado em

• Visível a

Questão 2    (CESPE/TCE-PA/SUPERIOR/2016) A Constituição Federal prevê que

cabe ao presidente prestar contas anualmente ao Poder Legislativo.

O termo “ao Poder Legislativo” exerce a função de complemento da forma verbal

“prevê”.

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Errado.

Observe bem que a banca exige o seu conhecimento sobre qual verbo exige o

complemento ao Poder Legislativo. O item está errado porque não é o verbo

prever que exige o complemento preposicionado; na verdade, é o verbo prestar

que exige o complemento ao Poder Legislativo.

A CF prevê [isso] [o verbo prever é transitivo direto]

O complemento direto do verbo prever, no trecho analisado, é uma oração subor-

dinada. Essa subordinada é nucleada pelo verbo caber.

A CF prevê [que cabe ao presidente prestar contas ao Poder Legislativo]

Nessa subordinada, há outra subordinada (substantiva):

[prestar contas ao Poder Legislativo cabe ao presidente]

A estrutura em itálico tem como núcleo o verbo infinitivo prestar, o qual exige

como complemento a forma preposicionada ao Poder Legislativo.

3. Colocação
Nesta parte da aula, falaremos sobre os pronomes pessoais oblíquos, os quais

funcionam como complemento verbal. Esses pronomes têm a característica de pre-

cisarem estar próximos a uma forma tônica, tipicamente o verbo que os seleciona.

Vamos lembrar novamente os pronomes pessoais oblíquos.

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Oblíquos átonos Oblíquos tônicos


me mim
te ti
o, a, lhe, se ele/ela/si
nos nós
vos vós,
os, as, eles/elas/si
lhes, se

Os oblíquos átonos são aqueles que ocorrem contíguos aos verbos, sem a
presença de uma preposição. Os oblíquos tônicos, por sua vez, ocorrem após
uma preposição.
Essas formas pronominais (pessoais e oblíquas) podem estar em três posições
em relação ao verbo: antes, no “meio” e depois.

RAIZ VERBAL + FLEXÃO


ANTES ENTRE RAIZ E FLEXÃO DEPOIS

As gramáticas (e os gramáticos) dão nomes chiques para cada uma dessas po-
sições: próclise, mesóclise e ênclise.

RAIZ VERBAL+FLEXÃO
ANTES ENTRE RAIZ E FLEXÃO DEPOIS
PRÓCLISE MESÓCLISE ÊNCLISE
“lhe darei” “dar-lhe-ei” “dar-lhe”

O importante nesse conteúdo é identificar as razões que levam a forma pro-


nominal (reta e oblíqua) a estar antes, no “meio” ou depois do verbo. A tradição
gramatical justifica essas regras de colocação por razões de eufonia1 e de clareza
da organização sintática.
Na sequência final desta aula, eu apresento os principais fatores de próclise,

mesóclise e ênclise em relação a um só verbo.


1
Qualidade acústica favorável da emissão e/ou da audição de um significante pela articulação de
certos fonemas. No domínio fônico, a eufonia procura evitar sons estranhos, contrastantes, dis-
cordantes, repetições desagradáveis.

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3.1. Fatores de Próclise

O pronome pessoal oblíquo será atraído (deverá estar próximo) por:

i. advérbios (incluindo formas negativas não, nunca, jamais), desde que não

haja pausa;

ii. conjunções subordinativas;

iii. pronomes (relativos, indefinidos, demonstrativos, interrogativos);

iv. com o gerúndio precedido da preposição em.

3.2. Fatores de Mesóclise

Quando o verbo estiver conjugado no futuro do presente ou no futuro do

pretérito (desde que não haja palavra atrativa).

3.3. Fatores de Ênclise

i. Em início de período ou após pausa intensa (com verbo no início tanto do pe-

ríodo quanto após a pausa intensa);

ii. No imperativo afirmativo;

iii. Verbo no infinitivo não flexionado ou no gerúndio (sem palavra atrativa).

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RESUMO
Regra geral de concordância verbal: o verbo concorda com o seu sujeito em

pessoa e número.

Regra geral de concordância nominal: os modificadores nominais (adjetivos,

artigos e numerais) concordam com o núcleo substantivo.

Colocação pronominal (fundamentos):

• Próclise: quando há formas atrativas.

• Mesóclise: futuro do presente e futuro do pretérito.

• Ênclise: início de período.

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GLOSSÁRIO
Concordância

Relação em que um termo impõe alterações formais a outro(s), resultando na ade-

quação, entre eles, das marcas de pessoa, gênero, número etc.

Ênclise

Colocação do pronome pessoal átono depois do verbo.

Mesóclise

Colocação do pronome oblíquo átono entre o radical e a desinência das formas ver-

bais do futuro do presente e do futuro do pretérito.

Oblíquo

Diz-se dos pronomes pessoais que exercem na frase a função de complemento ou

adjunto.

Próclise

Incorporação de um vocábulo átono a outro acentuado que vem em seguida, for-

mando uma unidade de acentuação, além dos artigos, pronomes oblíquos átonos

e preposições, ficam em próclise certos monossílabos e mesmo dissílabos em de-

terminadas construções.

Regência

Relação de dependência entre duas palavras numa construção, na qual uma (a re-

gida) complementa a outra (a regente).

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR/2018)
8| Embora, infelizmente, tais metas não tenham sido
9| atingidas, ocorreram diversos avanços, como, por exemplo,
10| a diminuição da mortalidade infantil e do analfabetismo;
A correção gramatical e os sentidos do trecho acima seriam preservados caso a
forma verbal “ocorreram” (l. 9) fosse substituída por aconteceu.

Questão 2    (CESPE/STM/ANALISTA/2018)


24| Ao buscar as causas da grandeza da Roma antiga,
25| Maquiavel acaba por encontrá-las na discórdia entre seus
26| cidadãos, naquilo que tradicionalmente era estigmatizado como
27| “tumultos”. Trata-se de uma visão revolucionária, já que o
28| convencional era fazer o elogio da harmonia e da unidade.
Se a expressão “uma visão revolucionária” (l. 27) fosse substituída por ideias re-
volucionárias, seria necessário alterar a forma verbal “Trata-se” para Tratam-se,
para se manter a correção gramatical do texto.

Questão 3    (CESPE/STM/ANALISTA/2018)


17| Grandes jornais seriam levados à falência por difamações
involuntárias, exércitos inteiros seriam imobilizados por
19| manuais de instrução militar sutilmente alterados, gerações de
estudantes seriam desencaminhadas por cartilhas ambíguas
e fórmulas de químicas incompletas.
A substituição da forma verbal “desencaminhadas” (l. 20) por desencaminhados
manteria a correção gramatical e a coerência textual, caso em que passaria a
concordar com “estudantes” (l. 20).

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Questão 4    (CESPE/TRF1/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017)

15| A Vale S.A. e o estado do Pará, por intermédio de

seus representantes, buscaram a rejeição dos argumentos das

comunidades indígenas [...]

No contexto em que foi empregada, a forma verbal “buscaram” (l. 16) poderia

ter sido flexionada no singular, buscou, sem que houvesse prejuízo para a cor-

reção gramatical do texto.

Questão 5    (CESPE/TRF1/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017)

1| O espaço urbano foi organizado de sorte a favorecer

as operações de circulação, compra e venda de mercadorias; e,

ao mesmo tempo, nele se oferece ao consumo uma diversidade

4| de localizações, paisagens, topografias físicas e simbólicas que

são de diferentes modos incorporadas à dinâmica mercantil.

Hoje, podemos talvez acrescentar que a cidade se torna o lugar

7| do consumismo e do consumismo de lugar. O que isso quer

dizer e que implicações isso tem para o compartilhamento da

cidade como espaço público?

Na linha 8, caso fosse suprimido o vocábulo “isso”, seria necessário flexionar a for-

ma verbal “tem” no plural — têm —, para que se mantivessem o sentido e a corre-

ção gramatical do texto.

Questão 6    (CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA/MÉDIO/2017)

1| O reconhecimento e a proteção dos direitos humanos

estão na base das Constituições democráticas modernas.

A forma verbal “estão” (l. 2) está no plural para concordar com “direitos humanos”

(l. 1).

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Questão 7    (CESPE/SEDF/PROFESSOR/2017) Seriam mantidos a correção grama-

tical e o sentido original do texto se o trecho “São duas gramáticas distintas” fosse

reescrito da seguinte forma: Tratam-se de duas gramáticas diferentes.

Questão 8    (CESPE/FUB/AUXILIAR/2016)

A estrutura administrativa e financeira era amparada

19| por um conceito novo nos anos 60 e até hoje menina dos olhos

dos gestores universitários: a autonomia.

No último parágrafo do texto, a expressão “era amparada” está no singular para

concordar com a palavra “estrutura”, que é núcleo do sujeito.

Questão 9    (CESPE/FUB/AUXILIAR/2016)

Darci e Anísio convidaram cientistas, artistas e

12| professores das mais tradicionais faculdades brasileiras para

assumir o comando das salas de aula da jovem UnB.

Nas linhas 11 e 12, a forma verbal “convidaram” está no plural porque concorda

com os termos “cientistas”, “artistas” e “professores”.

Questão 10    (CESPE/FUB/AUXILIAR/2016)

13| Sua missão é ser uma instituição inovadora,

comprometida com a excelência acadêmica, científica e

tecnológica, e formar cidadãos conscientes do seu papel

16| transformador na sociedade, respeitadas a ética e a valorização

de identidades e culturas com responsabilidade social.

No parágrafo acima, o adjetivo “respeitadas” (l. 16) encontra-se no plural porque

concorda com os termos “ética”, “valorização”, “identidades” e “culturas”.

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Questão 11    (CESPE/SEDUC-AL/PROFESSOR/2018)

1| SEM DATA 1926

Carlos,

Tenho estado pensando todos estes dias em você e Dolores.

4| Como vai ela agora? Não tenho direito de exigir contínuas

porque imagino as preocupações de você porém assim que

ela melhorar me mande apenas uma nota avisando que ela

7| melhorou. Meu pensamento está aí com vocês e meus desejos

nem se fala!

Me lembre a Dolores e tenha a certeza deste abraço de

10| companhia

Mário

Aí vai o conto. Mando a primeira redação. Peço guardar recato.

13| Porque o livro Histórias de Belasarte não sai tão já.

O sentido do trecho “Me lembre a Dolores” (l. 9) seria alterado caso ele fosse rees-

crito como Me lembre da Dolores.

Questão 12    (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Em “disse-o quem sabia” e em “Quem

não sabe deve perguntar”, o verbo saber é intransitivo.

Questão 13    (CESPE/STM/ANALISTA/2018)

Preferirá falar, gaguejando, uma língua estranha, mas

7| natural, do que falar, com relutante perfeição, uma língua

artificialmente construída.

A regência do verbo preferir observada no quarto período do texto é típica da

variedade culta do português europeu, sendo pouco frequente na variedade bra-

sileira do português, principalmente em textos informais.

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Questão 14    (CESPE/STM/ANALISTA/2018) No trecho “estado de que meu coração

precisava”, a preposição “de” é regida pela formal verbal “precisava”, não pela pa-

lavra “estado”.

Questão 15    (CESPE/TRF1/TÉCNICO/2017)

14| O parasita, feliz por ver quanto o amigo aviltava a

mulher, concordava em tudo plenamente [...]

Seriam preservados os sentidos originais, bem como a correção gramatical do

texto, caso a expressão “em tudo” (l. 15) fosse substituída por com tudo.

Questão 16    (CESPE/SEDF/PROFESSOR/2017) Considerando-se as regências do

verbo esquecer prescritas para o português, estaria correta a seguinte reescrita

para a oração “Já esqueci a língua” (l. 13): Já esqueci da língua.

Questão 17    (CESPE/INSS/ANALISTA/2016)

O Sr. Estêvão Soares levou sua amabilidade

23| ao ponto de pedir a comédia para ler segunda vez [...]

Na linha 23, o termo introduzido pela preposição “para” exerce a função de com-

plemento do verbo “pedir”.

Questão 18    (CESPE/INSS/TÉCNICO/2016) A correção gramatical e o sentido do

texto seriam preservados, caso se substituísse o trecho “lembrei-me de que” por

lembrei que.

Questão 19    (CESPE/TJDFT/SUPERIOR/2015)

Art. 1º Reeditar o Programa de Responsabilidade

Socioambiental do TJDFT Viver Direito, cuja base é a Agenda

Socioambiental do TJDFT que, em permanente revisão,

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10| estabelece novas ações sociais e ambientais e as integra às

existentes no âmbito do Poder Judiciário do Distrito Federal e

Territórios, visando à preservação e à recuperação do meio

13| ambiente, por meio de ações sociais sustentáveis, a fim de

torná-lo e mantê-lo ambientalmente correto, socialmente justo

e economicamente viável.

O termo “à recuperação do meio ambiente” (l. 12 e 13) desempenha a função de

complemento verbal na oração em que ocorre.

Questão 20    (CESPE/FUB/NÍVEL MÉDIO/2015) Mantém-se a correção gramatical

do primeiro período do texto ao se substituir “agradar os superiores” por agradar

aos superiores.

Questão 21    (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A correção do texto seria mantida caso

o pronome “se”, em “poder-se-ia falar”, fosse deslocado para imediatamente após

a forma verbal “falar”, escrevendo-se poderia falar-se.

Questão 22    (CESPE/TCM-BA/AUDITOR/2018)

11| Temendo-se a naturalização da moral, moraliza-se a natureza.

Seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto caso se substituísse

o trecho “Temendo-se” (l. 11) por Se temendo.

Questão 23    (CESPE/SEDUC-AL/PROFESSOR/2018)

1| Inicialmente me parece interessante reafirmar que

sempre vi a alfabetização de adultos como um ato político.

A correção gramatical do texto seria prejudicada caso o pronome “me”, em “me pare-

ce” (l. 1), fosse deslocado para logo após “parece”, da seguinte forma: parece-me.

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Questão 24    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016)

13| Sendo tal prestação obrigação personalíssima,

não se pode admitir que seja executada por meio de pessoa interposta.

A correção gramatical do texto seria mantida caso, na linha 14, a partícula “se”

fosse empregada imediatamente após a forma verbal “pode” – escrevendo-se da

seguinte forma: pode-se.

Questão 25    (CESPE/TJDFT/NÍVEL MÉDIO/2015)

41| propiciando o resgate dos sentimentos que a mantêm coesa e saudável.

Em “que a mantêm coesa e saudável” (l. 41 e 42), o deslocamento do pronome

“a” para logo após a forma verbal “mantêm” prejudicaria a correção gramatical

do período.

Questão 26    (CESPE/STJ/ANALISTA/2015)

1| A ideia de solidariedade acompanha, desde os

primórdios, a evolução da humanidade. Aristóteles, por

exemplo, em clássica passagem, afirma que o homem não é um

4| ser que possa viver isolado; é, ao contrário, ordenado

teleologicamente a viver em sociedade. É um ser que vive, atua

e relaciona-se na comunidade, e sente-se vinculado aos seus

7| semelhantes. Não pode renunciar à sua condição inata de

membro do corpo social, porque apenas os animais e os deuses

podem prescindir da sociedade e da companhia de todos os

10| demais.

A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso se

inserisse o pronome se imediatamente antes da forma verbal “pode” (l. 7).

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Questão 27    CESPE/MEC/SUPERIOR/2015)

5| Amanda recusou-se e foi consagrada naquela que

seria a última tentativa de ser modelo.

Haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso o pronome “se”, em

“Amanda recusou-se” (l. 5), fosse deslocado para imediatamente antes da forma

verbal “recusou”: Amanda se recusou.

Questão 28    (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) A correção gramatical do texto seria

preservada, caso o trecho “O que se constata”, no início do segundo parágrafo,

fosse reescrito da seguinte forma: O que constata-se.

Questão 29    (CESPE/MPU/ANALISTA/2015)

24| Evidencia-se, portanto, que é justamente na fase do

inquérito policial [...]

Em “Evidencia-se” (l. 24), o pronome “se” pode, facultativa e corretamente, ser

tanto posposto — como aí foi empregado — quanto anteposto à forma verbal —

Se evidencia.

Questão 30    (CESPE/TJ-SE/TÉCNICO/2014) No segmento “isso então nem se fala”,

a posição do pronome “se” justifica-se pela presença de palavra de sentido negativo.

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GABARITO
1. E 25. C

2. E 26. E

3. E 27. E

4. E 28. E

5. E 29. E

6. E 30. C

7. E

8. C

9. E

10. E

11. C

12. C

13. E

14. C

15. C

16. E

17. E

18. C

19. C

20. C

21. C

22. E

23. C

24. E

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (CESPE/SEFAZ-RS/AUDITOR/2018)

8| Embora, infelizmente, tais metas não tenham sido

9| atingidas, ocorreram diversos avanços, como, por exemplo,

10| a diminuição da mortalidade infantil e do analfabetismo;

A correção gramatical e os sentidos do trecho acima seriam preservados caso a

forma verbal “ocorreram” (l. 9) fosse substituída por aconteceu.

Errado.

O sujeito da forma verbal ocorreram está posposto. Se perguntarmos ao verbo “o

que é que ocorreram?”, a resposta será: diversos avanços. Assim, a substitui-

ção pela forma verbal aconteceu, flexionada na terceira pessoa do singular, não

manteria a correção gramatical, dado que o sujeito (diversos avanços) manifesta

traços de terceira pessoa do plural. A forma verbal correta, observando apenas a

questão de adequação gramatical (concordância), deveria ser aconteceram.

Questão 2    (CESPE/STM/ANALISTA/2018)

24| Ao buscar as causas da grandeza da Roma antiga,

25| Maquiavel acaba por encontrá-las na discórdia entre seus

26| cidadãos, naquilo que tradicionalmente era estigmatizado como

27| “tumultos”. Trata-se de uma visão revolucionária, já que o

28| convencional era fazer o elogio da harmonia e da unidade.

Se a expressão “uma visão revolucionária” (l. 27) fosse substituída por ideias re-

volucionárias, seria necessário alterar a forma verbal “Trata-se” para Tratam-se,

para se manter a correção gramatical do texto.

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Errado.
Lembra-se daquela aula em que destaquei que o sujeito de uma oração NUNCA
pode ser preposicionado? Pois então: no trecho em análise, uma visão revolu-
cionária é iniciado pela preposição de. Por esse motivo, não importa a forma (se
singular ou plural) do que está após a preposição, pois a sequência de uma visão
revolucionária/ideias revolucionárias nunca desencadeará concordância na
forma verbal.
O sujeito da forma verbal Trata-se é classificado como indeterminado (verbo na
terceira pessoa do singular + partícula apassivadora).

Questão 3    (CESPE/STM/ANALISTA/2018)


17| Grandes jornais seriam levados à falência por difamações
involuntárias, exércitos inteiros seriam imobilizados por
19| manuais de instrução militar sutilmente alterados, gerações de
estudantes seriam desencaminhadas por cartilhas ambíguas
e fórmulas de químicas incompletas.
A substituição da forma verbal “desencaminhadas” (l. 20) por desencaminhados
manteria a correção gramatical e a coerência textual, caso em que passaria a
concordar com “estudantes” (l. 20).

Errado.
A forma verbal desencaminhadas concorda com o núcleo gerações – e a predi-
cação recai sobre esse núcleo. Caso a predicação recaia sobre o termo estudan-
tes, a coerência textual sofre alteração.

Questão 4    (CESPE/TRF1/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017)

15| A Vale S.A. e o estado do Pará, por intermédio de

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seus representantes, buscaram a rejeição dos argumentos das


comunidades indígenas [...]
No contexto em que foi empregada, a forma verbal “buscaram” (l. 16) poderia
ter sido flexionada no singular, buscou, sem que houvesse prejuízo para a cor-
reção gramatical do texto.

Errado.
O verbo deve concordar obrigatoriamente com o sujeito composto → A Vale S.A.
e o estado do Pará.

Questão 5    (CESPE/TRF1/ANALISTA JUDICIÁRIO/2017)


1| O espaço urbano foi organizado de sorte a favorecer
as operações de circulação, compra e venda de mercadorias; e,
ao mesmo tempo, nele se oferece ao consumo uma diversidade
4| de localizações, paisagens, topografias físicas e simbólicas que
são de diferentes modos incorporadas à dinâmica mercantil.
Hoje, podemos talvez acrescentar que a cidade se torna o lugar
7| do consumismo e do consumismo de lugar. O que isso quer
dizer e que implicações isso tem para o compartilhamento da
cidade como espaço público?
Na linha 8, caso fosse suprimido o vocábulo “isso”, seria necessário flexionar a for-
ma verbal “tem” no plural — têm —, para que se mantivessem o sentido e a corre-
ção gramatical do texto.

Errado.
A forma pronominal (neutra) isso na linha 7 faz referência à ideia expressa ante-
riormente. Na linha 8, esse pronome é novamente utilizado e possui o mesmo refe-

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rente (a ideia expressa anteriormente). Com a retirada do pronome, temos ainda o


mesmo referente para o verbo: a forma pronominal neutra singular isso, que agora
está elíptica. É por esse motivo que o verbo NÃO pode ser flexionado no plural.

Questão 6    (CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA/MÉDIO/2017)

1| O reconhecimento e a proteção dos direitos humanos

estão na base das Constituições democráticas modernas.

A forma verbal “estão” (l. 2) está no plural para concordar com “direitos humanos”

(l. 1).

Errado.

A concordância ocorre porque o sujeito é composto:

[O reconhecimento]1 e [a proteção dos direitos humanos]2 estão

Observe que o termo direitos humanos está precedido de preposição, o que o

impossibilita de ser sujeito da forma verbal estão.

Questão 7    (CESPE/SEDF/PROFESSOR/2017) Seriam mantidos a correção grama-

tical e o sentido original do texto se o trecho “São duas gramáticas distintas” fosse

reescrito da seguinte forma: Tratam-se de duas gramáticas diferentes.

Errado.

Vemos um padrão na banca CE(BRA)SPE: basicamente, o examinador quer saber

se você sabe quando um termo da frase é ou não o sujeito do predicado. A partir

dessa identificação, o examinador pergunta se esse termo destacado desencadeia

ou não concordância no núcleo do predicado.

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Observe bem e me diga se “duas gramáticas diferentes” pode ser sujeito das formas

verbais são ou tratam-se. É CLARO QUE NÃO! Olha a preposição de introduzindo

a forma nominal! Assim, o verbo não pode concordar com de duas gramáticas

diferentes pelo simples fato de esse termo ser preposicionado (novamente, para

nunca mais esquecer: EM PORTUGUÊS, NÃO EXISTE SUJEITO PREPOSICIONADO).

Questão 8    (CESPE/FUB/AUXILIAR/2016)

A estrutura administrativa e financeira era amparada

19| por um conceito novo nos anos 60 e até hoje menina dos olhos

dos gestores universitários: a autonomia.

No último parágrafo do texto, a expressão “era amparada” está no singular para

concordar com a palavra “estrutura”, que é núcleo do sujeito.

Certo.

O trecho administrativa e financeira é adjunto do núcleo do sujeito estrutura

(um substantivo). Observe que esse núcleo é precedido de um artigo definido (A).

O predicado (verbo auxiliar + particípio) manifesta as propriedades desse núcleo

substantivo, e por isso deve estar na terceira pessoa do singular (auxiliar) e no fe-

minino singular (particípio).

Questão 9    (CESPE/FUB/AUXILIAR/2016)

Darci e Anísio convidaram cientistas, artistas e

12| professores das mais tradicionais faculdades brasileiras para

assumir o comando das salas de aula da jovem UnB.

Nas linhas 11 e 12, a forma verbal “convidaram” está no plural porque concorda

com os termos “cientistas”, “artistas” e “professores”.

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Errado.

Vamos perguntar ao verbo: “quem é que convidaram?” A resposta será: Darci

(Ribeiro) e Anísio (Teixeira). Assim, o verbo está no plural porque concorda com o

sujeito composto Darci e Anísio. Os termos cientistas, artistas e professores

formam o objeto direto da forma verbal convidaram.

Questão 10    (CESPE/FUB/AUXILIAR/2016)

13| Sua missão é ser uma instituição inovadora,

comprometida com a excelência acadêmica, científica e

tecnológica, e formar cidadãos conscientes do seu papel

16| transformador na sociedade, respeitadas a ética e a valorização

de identidades e culturas com responsabilidade social.

No parágrafo acima, o adjetivo “respeitadas” (l. 16) encontra-se no plural porque

concorda com os termos “ética”, “valorização”, “identidades” e “culturas”.

Errado.

Essa questão é interessante. Vamos à explicação.

O adjetivo respeitadas está no plural porque concorda com os núcleos ética e va-

lorização. O termo valorização, por sua vez, é complementado pelas formas de

identidades e culturas. Esse complemento nominal NÃO desencadeia concordân-

cia no adjetivo respeitadas. A representação da relação de concordância fica assim:

respeitadas [A] e [B]

respeitadas [a ética]A e [a valorização de identidades e culturas]B

Questão 11    (CESPE/SEDUC-AL/PROFESSOR/2018)

1| SEM DATA 1926

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Carlos,
Tenho estado pensando todos estes dias em você e Dolores.
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ela melhorar me mande apenas uma nota avisando que ela
7| melhorou. Meu pensamento está aí com vocês e meus desejos
nem se fala!
Me lembre a Dolores e tenha a certeza deste abraço de
10| companhia
Mário
Aí vai o conto. Mando a primeira redação. Peço guardar recato.
13| Porque o livro Histórias de Belasarte não sai tão já.
O sentido do trecho “Me lembre a Dolores” (l. 9) seria alterado caso ele fosse rees-
crito como Me lembre da Dolores.

Certo.
O trecho “Me lembre a Dolores” é construído com o verbo transitivo direto lembrar
(sentido de sugerir, trazer à lembrança – no caso, fazer a Dolores se lembrar dele).
Na construção “Me lembre da Dolores”, temos um objeto indireto (e o sentido é
outro: fazer recordar – no caso, alguém deve lembrar o homem, Mário).

Questão 12    (CESPE/STM/ANALISTA/2018) Em “disse-o quem sabia” e em “Quem


não sabe deve perguntar”, o verbo saber é intransitivo.

Certo.
Não há complemento exigido pela forma verbal – há apenas o sujeito da oração.
Por isso, o verbo nas construções é classificado como intransitivo.

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Questão 13    (CESPE/STM/ANALISTA/2018)


Preferirá falar, gaguejando, uma língua estranha, mas
7| natural, do que falar, com relutante perfeição, uma língua
artificialmente construída.
A regência do verbo preferir observada no quarto período do texto é típica da
variedade culta do português europeu, sendo pouco frequente na variedade bra-
sileira do português, principalmente em textos informais.

Errado.
No texto, observamos a seguinte estrutura
[alguém] preferirá [algo] [do que alguma coisa]
A preposição utilizada no texto, então, é de.
Isso é diferente do que se estabelece na norma culta (brasileira e, consequentemen-
te, europeia, dado que a nossa tradição assumiu como corretas as características
dessa): o verbo preferir é transitivo direto e indireto, selecionando a preposição a.
Então o item está errado por afirmar que a construção preferir algo do que alguma
coisa é pouco frequente – na verdade, ela é muito frequente!
Outro erro do item: a regência típica da variedade culta do português europeu é:
[alguém] preferirá [algo] [a alguma coisa]

Questão 14    (CESPE/STM/ANALISTA/2018) No trecho “estado de que meu coração


precisava”, a preposição “de” é regida pela formal verbal “precisava”, não pela pa-
lavra “estado”.

Certo.
Lembra-se da aula sobre as subordinadas adjetivas? Pois é, eu falei lá que o
complemento indireto do verbo da subordinada pode estar à frente do sujeito (da
subordinada). Assim, a ordem direta da subordinada é a seguinte:

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meu coração precisava de que

Suj v Obj. Ind.

Assim, o item está certo ao afirmar que a preposição de é regida pela forma verbal

precisava.

Questão 15    (CESPE/TRF1/TÉCNICO/2017)

14| O parasita, feliz por ver quanto o amigo aviltava a

mulher, concordava em tudo plenamente [...]

Seriam preservados os sentidos originais, bem como a correção gramatical do

texto, caso a expressão “em tudo” (l. 15) fosse substituída por com tudo.

Certo.

Tanto a preposição em quanto a preposição com podem ser selecionadas pelo ver-

bo concordar: o sentido será o mesmo (pôr de acordo).

Questão 16    (CESPE/SEDF/PROFESSOR/2017) Considerando-se as regências do

verbo esquecer prescritas para o português, estaria correta a seguinte reescrita

para a oração “Já esqueci a língua” (l. 13): Já esqueci da língua.

Errado.

Esquecer é transitivo direto (como no trecho). Esquecer-se, pronominal, é tran-

sitivo indireto (seleciona a preposição de). Assim, o trecho só estaria correto se

houvesse o pronome me: Já me esqueci da língua.

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Questão 17    (CESPE/INSS/ANALISTA/2016)

O Sr. Estêvão Soares levou sua amabilidade

23| ao ponto de pedir a comédia para ler segunda vez [...]

Na linha 23, o termo introduzido pela preposição “para” exerce a função de com-

plemento do verbo “pedir”.

Errado.

O termo é mero adjunto, como se pode verificar por sua opcionalidade: O homem

pediu o livro.

Questão 18    (CESPE/INSS/TÉCNICO/2016) A correção gramatical e o sentido do

texto seriam preservados, caso se substituísse o trecho “lembrei-me de que” por

lembrei que.

Certo.

No trecho original, a forma verbal lembrei-me é pronominal, selecionando com-

plemento indireto (preposição de). Na substituição proposta pelo item, a forma

verbal lembrei não é mais pronominal, selecionando agora complemento direto.

Em ambos os casos, o sentido é o mesmo.

Questão 19    (CESPE/TJDFT/SUPERIOR/2015)

Art. 1º Reeditar o Programa de Responsabilidade

Socioambiental do TJDFT Viver Direito, cuja base é a Agenda

Socioambiental do TJDFT que, em permanente revisão,

10| estabelece novas ações sociais e ambientais e as integra às

existentes no âmbito do Poder Judiciário do Distrito Federal e

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Territórios, visando à preservação e à recuperação do meio

13| ambiente, por meio de ações sociais sustentáveis, a fim de

torná-lo e mantê-lo ambientalmente correto, socialmente justo

e economicamente viável.

O termo “à recuperação do meio ambiente” (l. 12 e 13) desempenha a função de

complemento verbal na oração em que ocorre.

Certo.

O termo em destaque é complemento do verbo visar. Os complementos indiretos

desse verbo são dois (e estão em coordenação).

visando [à preservação]1 e [à recuperação do meio ambiente]2

Questão 20    (CESPE/FUB/NÍVEL MÉDIO/2015) Mantém-se a correção gramatical

do primeiro período do texto ao se substituir “agradar os superiores” por agradar

aos superiores.

Certo.

No sentido de causar agrado ou prazer/satisfazer, o verbo agradar pode ser

transitivo direto ou indireto.

Questão 21    (CESPE/STJ/ANALISTA/2018) A correção do texto seria mantida caso

o pronome “se”, em “poder-se-ia falar”, fosse deslocado para imediatamente após

a forma verbal “falar”, escrevendo-se poderia falar-se.

Certo.

Não havendo palavra atrativa, a forma pronominal pode ocorrer após a forma infinitiva.

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Questão 22    (CESPE/TCM-BA/AUDITOR/2018)

11| Temendo-se a naturalização da moral, moraliza-se a natureza.

Seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto caso se substituísse

o trecho “Temendo-se” (l. 11) por Se temendo.

Errado.

Segundo a norma padrão, o período não pode ser iniciado por pronome oblíquo

átono. Assim, a correção gramatical do trecho não se mantém com o pronome se

deslocado para o início do período.

Questão 23    (CESPE/SEDUC-AL/PROFESSOR/2018)

1| Inicialmente me parece interessante reafirmar que

sempre vi a alfabetização de adultos como um ato político.

A correção gramatical do texto seria prejudicada caso o pronome “me”, em “me pare-

ce” (l. 1), fosse deslocado para logo após “parece”, da seguinte forma: parece-me.

Certo.

Como a forma adverbial (Inicialmente) é partícula atrativa, exige-se a próclise.

Com isso, a ênclise (proposta pelo item) é incorreta.

Questão 24    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016)

13| Sendo tal prestação obrigação personalíssima,

não se pode admitir que seja executada por meio de pessoa interposta.

A correção gramatical do texto seria mantida caso, na linha 14, a partícula “se”

fosse empregada imediatamente após a forma verbal “pode” – escrevendo-se da

seguinte forma: pode-se.

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Errado.

A presença da partícula atrativa (advérbio de negação não) força a próclise.

Questão 25    (CESPE/TJDFT/NÍVEL MÉDIO/2015)

41| propiciando o resgate dos sentimentos que a mantêm coesa e saudável.

Em “que a mantêm coesa e saudável” (l. 41 e 42), o deslocamento do pronome

“a” para logo após a forma verbal “mantêm” prejudicaria a correção gramatical

do período.

Certo.

O pronome relativo que é partícula atrativa. Com isso, a forma pronominal a ocorre

antes do verbo (isto é, em posição proclítica).

Questão 26    (CESPE/STJ/ANALISTA/2015)

1| A ideia de solidariedade acompanha, desde os

primórdios, a evolução da humanidade. Aristóteles, por

exemplo, em clássica passagem, afirma que o homem não é um

4| ser que possa viver isolado; é, ao contrário, ordenado

teleologicamente a viver em sociedade. É um ser que vive, atua

e relaciona-se na comunidade, e sente-se vinculado aos seus

7| semelhantes. Não pode renunciar à sua condição inata de

membro do corpo social, porque apenas os animais e os deuses

podem prescindir da sociedade e da companhia de todos os

10| demais.

A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso se

inserisse o pronome se imediatamente antes da forma verbal “pode” (l. 7).

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Errado.
Gramaticalmente, a inserção do pronome na posição sugerida pela banca man-
tém o trecho correto (Não se pode [...]), dado que o advérbio de negação não
é partícula atrativa.
No entanto, o sentido original do texto seria alterado: o verbo passaria a ser
indeterminado (e, no texto original, esse verbo é determinado e tem como re-
ferente o homem).

Questão 27    (CESPE/MEC/SUPERIOR/2015)


5| Amanda recusou-se e foi consagrada naquela que
seria a última tentativa de ser modelo.
Haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso o pronome “se”, em
“Amanda recusou-se” (l. 5), fosse deslocado para imediatamente antes da forma
verbal “recusou”: Amanda se recusou.

Errado.
Estamos diante de um caso de colocação facultativa. Não há partícula atrativa (for-
çando a próclise) e não há fator de ênclise.

Questão 28    (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) A correção gramatical do texto seria


preservada caso o trecho “O que se constata”, no início do segundo parágrafo, fosse
reescrito da seguinte forma: O que constata-se.

Errado.
A forma pronominal que é partícula atrativa, por isso o pronome deve estar
em posição proclítica. Assim, a reescritura O que constata-se é gramati-

calmente incorreta.

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Questão 29    (CESPE/MPU/ANALISTA/2015)

24| Evidencia-se, portanto, que é justamente na fase do

inquérito policial [...]

Em “Evidencia-se” (l. 24), o pronome “se” pode, facultativa e corretamente,

ser tanto posposto – como aí foi empregado – quanto anteposto à forma ver-

bal – Se evidencia.

Errado.

Segundo a norma padrão, o período não pode ser iniciado por pronome oblí-

quo átono. Assim, a correção gramatical do trecho não se mantém com o

pronome se deslocado para o início do período (logo, não se trata de uma

colocação facultativa).

Questão 30    (CESPE/TJ-SE/TÉCNICO/2014) No segmento “isso então nem se fala”,

a posição do pronome “se” justifica-se pela presença de palavra de sentido negativo.

Certo.

Como havíamos trabalhado em aula, palavra de sentido negativo é fator de atra-

ção: por isso a próclise é obrigatória.

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REFERÊNCIAS

BECHARA, E. Lições de português pela análise sintática. São Paulo: Padrão,

1988.

BRASIL. Manual de Redação da Presidência da República. 2. ed. Brasília: Pre-

sidência da República, 2002.

CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed.

Rio de Janeiro: Lexicon, 2008.

HOUAISS, A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. São Paulo:

Editora Objetiva. 2009.

HAUY, A. Gramática da língua portuguesa padrão. São Paulo: Editora da Uni-

versidade de São Paulo, 2014.

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